Usando o Ftool - ESCAVAÇÃO ATIRANTADA - Mota - GM - Me - Bauru
Usando o Ftool - ESCAVAÇÃO ATIRANTADA - Mota - GM - Me - Bauru
Usando o Ftool - ESCAVAÇÃO ATIRANTADA - Mota - GM - Me - Bauru
Bauru
2017
GISELE MACHADO MOTA
Bauru
2017
Mota, Gisele Machado.
Previso do comportamento de escavao atirantada a
partir de um modelo numrico de elemento de barra /
Gisele Machado Mota, 2017
167 f.
Agradecer...
Primeiramente a Deus e N. Sra Aparecida, pela minha vida, sade e graas recebidas. Pelas
oportunidades de estudo, pelas portas que se fecharam e se abriram me conduzindo at
aqui.
Aos meus pais Alcides e Ftima por todo amor, por sempre guiarem meus passos e pelo
apoio em todas as fases de minha vida.
Ao Mateus, meu noivo, meu amor, meu porto seguro e meu grande apoiador. Por todo
amor e pacincia dedicados neste tempo.
Aos meus irmos Renata e Rafael, meus sobrinhos Guilherme, Giovana e a mais nova
sobrinha: Luiza, simplesmente por serem minha paixo e parte da minha motivao.
Aos professores do departamento de engenharia civil da FEB e da FEG por todo
conhecimento transmitido, todas as lies dadas dentro e fora da sala de aula. Ao professor
Eduardo DellAvanzi pelas estimadas contribuies e especialmente ao meu orientador
George Bernardes pelas orientaes e discusses fundamentais durante o desenvolvimento
deste trabalho.
Por fim Sabesp, nas pessoas do Eng Sidney e Eng Eugenio, pelos conhecimentos de
engenharia transmitidos constantemente e pela compreenso, quando da minha ausncia
necessria realizao deste trabalho.
A todos, muito obrigada!
i
Resumo
As construes nos grandes centros urbanos requerem cada vez mais o uso do espao
subterrneo. Diante dessa necessidade, so necessrias estruturas de conteno eficientes
de modo a garantir uma escavao segura e sem comprometimento das estruturas vizinhas.
Muitos so os mtodos de dimensionamento de estruturas de conteno e os programas
disponveis para este dimensionamento so na maioria deles, comerciais e de interface
mais complexa. Este trabalho avalia o potencial do programa Ftool, criado por Luiz
Fernando Martha junto ao Tecgraf/PUC-Rio para anlise de estruturas, como ferramenta
preliminar para o dimensionamento de uma cortina atirantada, mostrando que o programa
de computador com apelo em estruturas poder ser aplicado em geotecnia.
O caso principal estudado foi de uma cortina atirantada executada na cidade de Curitiba,
estado do Paran, numa regio onde o solo pertence da Formao Guabirotuba. Esta obra
contava com instrumentao por inclinmetros posicionada na regio mais crtica da
estrutura onde foram observadas medidas de deslocamentos horizontais acima dos
previstos em projeto.
Ao final das simulaes chegou-se a uma curva de deslocamentos horizontais a qual foi
comparada quela obtida pela instrumentao (inclinmetro e carga dos tirantes). Para as
anlises adotou-se o mdulo de elasticidade do solo igual a duas vezes e meia o nmero de
golpes do SPT e uma extenso equivalente a distncia entre os perfis metlicos da cortina.
Os deslocamentos finais previstos ficaram dentro da faixa dos deslocamentos medidos.
Ao final, uma discusso apresentada quanto modelagem da cortina pelo Ftool no que
diz respeito ao uso do elemento mola formando o modelo de Winkler.
ii
Abstract
Building in urban centers increasingly requires the use of underground space. Faced with
this, efficient Reinforced Walls are required to ensure safe excavation of neighboring
structures. Several design methods for this structures and softwares are available, most of
them commercial and with a complex interface. This study evaluates the potential of the
software Ftool, created by Tecgraf / PUC-Rio for analysis of structures, as a preliminary
tool for anchored walls design.
The principal case studied here, is an anchored wall built in the city of Curitiba, state of
Paran, in a region where the soil belongs to the Guabirotuba Formation. This work
counted with instrumentation by inclinometers positioned in the most critical region of the
structure where bigger horizontal displacements measurements were observed those the
predicted in project.
At the end of the simulations a horizontal displacement curve was reached which was
compared to that obtained by the instrumentation. The expected final displacements were
within the range of measured displacements.
A discussion is presented at the end regarding the modeling of the wall by Ftool, with
respect to the use of the Winklers spring element model.
iii
ndice de Figuras
FIGURA 1: A) TIPOS DE PERFIL DE ESTACA PRANCHA B) EXECUO DA ESTACA PRANCHA (PINI, 2011). _____ 5
FIGURA 2: PERFIL PRANCHADO COM PARAMENTO EM PLACAS DE CONCRETO (PINI, 2010). _______________ 6
FIGURA 3: ESTACAS HLICE JUSTAPOSTAS (SERKI, 2016). ________________________________________ 6
FIGURA 4: CLAMSHELL (PINI, 2013). __________________________________________________________ 7
FIGURA 5: PAREDE DIAFRAGMA (TECHNE, 2012). ________________________________________________ 7
FIGURA 6: CLCULO DO EMPUXO PELO MTODO DE COULOMB _____________________________________ 8
FIGURA 7: CONDIES PARA APLICAO DA TEORIA DE RANKINE (DCC, UFPR) ______________________ 10
FIGURA 8: COMPORTAMENTO DE CORTINA EM BALANO: A) DEFORMAO. B) PROVVEL DISTRIBUIO DE
PRESSES. C) DIAGRAMA DE PRESSES SIMPLIFICADO. (ADAPTADO DE BOWLES, 1982). ___________ 11
FIGURA 9: DIMENSIONAMENTO DE CORTINA EM BALANO PARA SOLO GRANULAR, ILUSTRANDO A
POSSIBILIDADE DE DIFERENTES PROPRIEDADES DE SOLO ABAIXO DO NVEL DE GUA (ADAPTADA DE
FIGURA 19: DIAGRAMAS APARENTES DE PRESSES DE TERRA PARA QUATRO NVEIS DE ESCORAMENTO EM
ESCAVAO ABERTA NO METR DE BERLIM (ADAPTADO DE TERZAGHI E PECK, 1967). ____________ 25
FIGURA 20: COMPARAO ENTRE CARGA TOTAL MEDIDA E CALCULADA PARA ESCAVAES EM NOVA YORK,
BERLIN E MUNIQUE (ADAPTADO DE TERZAGHI E PECK, 1967). _______________________________ 26
FIGURA 21: A) ENVELOPAMENTO DO DIAGRAMA DE PRESSES APARENTES MEDIDOS EM ESTRONCAS EM
ESCAVAES EM AREIA. B) DIAGRAMA SUGERIDO (ADAPTADO DE TERZAGHI E PECK, 1967). _______ 27
FIGURA 22: DIAGRAMAS APARENTES REPRESENTATIVOS PARA CARGAS DE ESTRONCAS DE VRIAS
LOCALIDADES EM ARGILAS MOLES A MDIAS (ADAPTADO DE TERZAGHI E PECK, 1967). ___________ 28
iv
FIGURA 23: DIAGRAMA DE PRESSES APARENTES PARA ARGILAS MOLES A MDIAS, PARA VALORES DE M=1,0
EXCETO PARA ARGILA NORMALMENTE ADENSADAS E QUANDO N= H/C EXCEDE 4, NESSE CASO M=0,4
FIGURA 28: DIMENSES DA PAREDE E PROPRIEDADES DOS SOLOS USADAS NAS ANLISES DAS PAREDES A, B E
C (ADAPTADO DE BJERRUM ET AL., 1972). _______________________________________________ 35
FIGURA 29: RESULTADOS PAREDE A (ADAPTADO DE BJERRUM ET AL., 1972). ________________________ 36
FIGURA 30: RESULTADOS PAREDE B (ADAPTADO DE BJERRUM ET AL., 1972). ________________________ 37
FIGURA 31: RESULTADOS PAREDE C (ADAPTADO DE BJERRUM ET AL., 1972). ________________________ 38
FIGURA 32: ANALISE DA REDISTRIBUIO DE PRESSO ATIVA CAUSADA POR UMA NICA ETAPA DE
ESCAVAO. A) MOSTRA O EFEITO DA DA REMOO DO SUPORTE LATERAL PELA ESCAVAO DO SOLO.
FIGURA 35: DISTRIBUIO DA PRESSO ATIVA E PASSIVA OBSERVADAS POR CLULAS DE CARGA EM
ESCAVAES DO METR DE OSLO (BJERRUM ET AL., 1972). __________________________________ 44
FIGURA 36: COMPARAES ENTRE DEFORMAES E PRESSES DE TERRA MEDIDAS E CALCULADAS PELO
MTODO DOS ELEMENTOS FINITOS, EM VATERLAND3, OSLO (BJERRUM ET AL., 1972). _____________ 46
FIGURA 37: ESQUEMA NUMRICO DE ACORDO COM PLAXIS (A), SAP (C) E A DISTRIBUIO DE PRESSO ATIVA
DE ACORDO COM O PLAXIS (B). (TOTSEV, 2016).___________________________________________ 48
FIGURA 38: PAREDE ANCORADA (ESQUERDA). DISTRIBUIO DE CARGA ASSUMIDA (DIREITA). ___________ 48
FIGURA 39: A) VARIAO DE KM EM FUNO DE PHI E C. B) DETERMINAO DA CONSTANTE ELSTICA, CA,
DO TIRANTE (TOTSEV, 2016). __________________________________________________________ 49
FIGURA 40: DISTRIBUIO DE KZI NA PROFUNDIDADE T (COMPRIMENTO DA FICHA) (TOTSEV, 2016). _______ 50
FIGURA 41: SOLUO PARA SOLO COMPOSTO POR CAMADAS DE DIFERENTES PROPRIEDADES (TOTSEV, 2016).
_________________________________________________________________________________ 50
FIGURA 42: A) PLANTA DE LOCALIZAO DAS LINHAS DOS ESCORREGAMENTOS. B) LAYOUT DAS CONTENES
PARA ESTABILIZAO DO TALUDE (SONG ET AL., 2006). _____________________________________ 52
FIGURA 43: CORTINAS ATIRANTADAS INSTALADAS NO CORTE DO TALUDE (SONG ET AL., 2006). __________ 52
v
FIGURA 51: DISCRETIZAO DO SOLO POR MOLAS, MODELO DE WINKLER. A) FUNDAES SUPERFICIAIS. B)
ESTACAS (SANTOS, 2008). ____________________________________________________________ 65
FIGURA 52: VIGA EM BASE ELSTICA, DEFORMADA (ADAPTADA DE SILVA, 2004). _____________________ 68
FIGURA 53: VIGA EM BASE ELSTICA, COM BORDO ENGASTADO E CARGA CONCENTRADA _______________ 70
FIGURA 54: VIGA EM BASE ELSTICA, COM BORDO ENGASTADO E CARGA DISTRIBUDA. _________________ 70
FIGURA 55: VIGA ENGASTADA EXEMPLO 1 ____________________________________________________ 71
FIGURA 56: LINHA ELSTICA _______________________________________________________________ 72
FIGURA 57: CORTE DA VIGA NA POSIO X ____________________________________________________ 72
FIGURA 58: MODELO DE VIGA DO EXEMPLO 1 INSERIDO NO FTOOL. _________________________________ 75
FIGURA 59: TELA DO FTOOL: CONFIGURAO DA DEFORMADA DA VIGA DO EXEMPLO 1. ________________ 75
FIGURA 60: VIGA ENGASTADA EXEMPLO 2 ____________________________________________________ 76
FIGURA 61: MODELO DE VIGA ESTUDADO INSERIDO NO FTOOL. ____________________________________ 80
FIGURA 62: TELA DO FTOOL: CONFIGURAO DA DEFORMADA DA VIGA DO EXEMPLO 2. ________________ 81
FIGURA 63: EXEMPLO 3, VIGA EM BASE ELSTICA, COM CARGA CONCENTRADA. _______________________ 82
FIGURA 64: MODELO DE VIGA ESTUDADO, INSERIDO NO FTOOL. ___________________________________ 83
FIGURA 65: TELA DO FTOOL: CONFIGURAO DA DEFORMADA DA VIGA DO EXEMPLO 2. ________________ 84
FIGURA 66: EXEMPLO 4, VIGA EM BASE ELSTICA, COM CARGA DISTRIBUDA._________________________ 85
FIGURA 67: MODELO DE VIGA EXEMPLO 4, INSERIDO NO FTOOL ___________________________________ 86
FIGURA 68: TELA DO FTOOL: CONFIGURAO DA DEFORMADA DA VIGA DO EXEMPLO 2. ________________ 87
FIGURA 69:FORA HORIZONTAL EQUIVALENTE (ADAPTADA DE SOUZA, 2012. ________________________ 88
FIGURA 70: ELEMENTOS DE BARRA REPRESENTANDO O SOLO ______________________________________ 89
FIGURA 71: REPRESENTAO DOS TIRANTES NO MODELO FTOOL (AUTORIA PRPRIA) __________________ 90
FIGURA 72: MODELO REPRESENTATIVO ADOTADO (FTOOL). _____________________________________ 90
FIGURA 73: TESTE 3 FHWA. A) GEOMETRIA A PAREDE. B) GEOMETRIA DA VIGA DE AO. C) GEOMETRIA DA
PRANCHA. _________________________________________________________________________ 92
FIGURA 74: DESLOCAMENTO HORIZONTAL DA PAREDE E PRESSO LATERAL DE TERRA, TESTE4 (FHWA-IF-99-
015). _____________________________________________________________________________ 94
FIGURA 75: MODELO NO FTOOL, ANLISE I, TESTE 4. ___________________________________________ 97
FIGURA 76: LOCALIZAO DA BACIA SEDIMENTAR DE CURITIBA (SALAMUNI E SALAMUNI, 1999, APUD
KORMANN, 2002). _________________________________________________________________ 107
vi
FIGURA 77: ALGUMAS BACIAS DO RIFT CONTINENTAL DO SUDESTE DO BRASIL (SALAMINI, 1998, APUD
KORMANN 2002). __________________________________________________________________ 108
FIGURA 78: VARIAO DO OCR COM A PROFUNDIDADE (KORMANN, 2002). _________________________ 109
FIGURA 79:CORTINA ATIRANTADA EXECUTADA EM CURITIBA (IMAGEM CEDIDA PELO PROJETISTA). ______ 114
FIGURA 80: MODELO ESTRUTURAL EMPREGADO (ADAPTADO DOS DADOS DO PROJETISTA). _____________ 115
FIGURA 81: PERSPECTIVA DO MODELO ESTRUTURAL (AUTORIA PRPRIA). __________________________ 115
vii
ndice de Tabelas
TABELA 1: VALORES DE KA (ADAPTADO DE TERZAGHI E PECK, 1967). ........................................................... 26
TABELA 2: MDULO DE REAO DO SOLO CORRIGIDO ..................................................................................... 66
TABELA 3: RESULTADOS DA DEFORMAO E INCLINAO DA LINHA ELSTICA ATRAVS DA SUA EQUAO,
PARA EXEMPLO 1 E PONTOS ESCOLHIDOS. ............................................................................................... 74
Sumrio
RESUMO .................................................................................................................................................... I
SUMRIO ................................................................................................................................................ IX
1 INTRODUO ................................................................................................................................ 1
2 OBJETIVOS..................................................................................................................................... 3
4 MODELAGEM .............................................................................................................................. 91
1 INTRODUO
2 OBJETIVOS
3 REVISO BIBLIOGRFICA
reta, conforme Figura 1a abaixo. Sua instalao se d atravs do martelo vibratrio (Figura
1b).
a)
b)
Figura 1: a) tipos de perfil de estaca prancha B) Execuo da estaca prancha (PINI, 2011).
6
Parede diafragma uma estrutura composta por painis de concreto armado, que
podem ser moldados no local ou pr-moldados, instalados em escavaes realizadas no
terreno por mquinas especficas como o clamshell em conjunto com um guindaste.
7
Teoria de Coulomb
1
=
2
e
Equao 2: Coeficiente de empuxo ativo por Coulomb
'
&
. ( )
= &
&
( + !). ( $)
( !) + # &
( $)
%
Analogamente, o empuxo passivo ser dado por:
Equao 3: Empuxo passivo por Coulomb
1
( = (
2
Onde, Kp:
'
&
. ( + )
( = &
&
( + !). ( + $)
( !) # &
( $)
%
Teoria de Rankine
10
)* 1
= = = -(45 )
)+ 1 + 2
)*( 1 +
( = = = -(45 + )
)+ 1 2
possvel ainda, notar a relao entre os dois coeficientes, onde:
1
( =
3.1.2.2 Dimensionamento
Cortinas em balano
So estruturas que resistem ao empuxo devido seu engastamento no solo. Sua
estabilidade depende apenas dos empuxos passivos mobililizados na parte frontal da
cortina, ou seja, na sua ficha.
Uma cortina em balano se comporta estruturalmente como uma viga em balano e
sua ficha mnima pode ser determinada atravs do mtodo simplificado de Blum.
Figura 9: Dimensionamento de cortina em balano para solo granular, ilustrando a possibilidade de diferentes
propriedades de solo abaixo do nvel de gua (Adaptada de Bowles, 1982).
Atravs dos termos mostrados na figura acima, Bowles, 1982, define uma soluo
geral para uma cortina em balano em solo granular da seguinte forma:
Primeiro, todas as foras acima do ponto O devem ser substitudas por uma
resultante Ra localizada a uma distncia deste ponto;
Segundo, o ponto O localizado a uma distncia a abaixo da linha de dragagem,
onde a presso lateral na parede zero. Conforme equao a seguir define-se a:
Equao a
< =
6 + 78( + 8 :: ( ; 8( = 0
2 2
Resolvendo para z, tem-se:
Equao c
8( = 26
<=
8( + 8 :: (
Equao d
Bowles, 1982, prope ainda para simplificar o processo, passos de soluo para o
caso descrito acima da seguinte forma:
i. Elenque as condies dadas;
ii. Calcule os coeficientes de presso ativa e passiva;
iii. Calcule as presses 8( , 8 : ( , 8 :: ( , a distncia a, e a resultante Ra e sua
posio .
pode ser determinado se o diagrama de presso um triangulo de base
H+a e a altura de 8 :
Equao 8: Embutimento da cortina em balano por Bowles
+ 21
>
3=
3
iv. Insira os valores da etapa anterior na equao 13-1 e encontre o valor
de Y.
O mtodo de tentativa e erro para encontrar Y ir providenciar uma
soluo rpida, desde que solues na casa de 0,15m sejam suficientes, e
comece as tentativas por volta de 0,75H, a menos que a parede seja profunda e
deva ser usado o valor de 0,75H a H;
H =+I
I ==+1
14
Figura 10: Dimensionamento de cortina em balano para solo coesivo (Adaptado de Bowles, 1982).
)J = )D 1B K45 " L " 2 tan K45 " L
2 2
E
Equao f
)D = )J 1B K45 L 2 tan K45 L
2 2
Relacionando com a Figura 10, Bowles, 1982, define o que segue:
Equao g
) = P? 1B K45 L 2 tan K45 L = P? 2
2 2
E
Equao h
)( = P? 1B K45 " L " 2 tan K45 " L = P? ( " 2 (
2 2
No ponto A, onde a presso P? nula e considerando Ka e Kp igual a 1,0, a presso
lquida ser:
Equao i
)( ) = 2 P? 2
= 4 P?
15
)( = P? + Q I + 2
e
Equao k
) = Q I 2
Somando essas presses, obtm-se:
Equao l
Q I + P? + 2 (Q I 2) = 4 + P?
Fazendo o somatrio das foras horizontais igual a zero e somando as reas das
presses, tem-se:
Equao m
<
6 + (4 P? + 4 + P?) I(4 P?) = 0
2
Ento,
Equao n
I(4 P? 6
<=
4
Pelo equilbrio, possvel tambm somar os momentos mesmo que nenhum ponto
seja igual a zero. Tomando pela base, tem-se:
Equao m
IB <B
6 (>? + I) (4 P?) + (4) = 0
2 3
6 (12>? + 6 )
IB (4 P?) 2I6 =0
2 + P?
Cortinas atirantadas
Figura 11: Parede de conteno com um nvel de tirante. A) Solo granular. B) Solo coesivo abaixo da linha de
dragagem com solo granular no aterro (Adaptado de Bowles, 1982).
23 23
1= =
5
66 >?
2R D + 3R B (D + 1) =0
5
A fora no tirante obtida pela soma das resultantes horizontais:
Equao q
T = 6 6(
O embutimento D, ser ento: D=X+a.
Solo coesivo
Da Figura 11b, onde o solo abaixo do nvel dragado coesivo (=0 ou condies
no drenadas), deve se somar os momentos no nvel do tirante, obtendo-se:
Equao r
I
6 >? I(4 P?) KD + L = 0
2
Rearranjando em funo da profundidade, D, tem-se:
Equao s
2>?6
I + 2ID =0
4 P
2V8
TU = 2,0
WV1
Onde, A a resultante da presso lateral a direita;
P a resultante da presso lateral a esquerda.
b) Obtm-se a fora horizontal T aplicada ao tirante atravs do coeficiente
de segurana contra o deslocamento, conforme equao:
Equao 11: Determinao da fora do tirante
Y+2
TU = 1,5 2,0
W
A fora total no tirante dada por:
Equao 12: Fora no tirante
Y
YZ =
Figura 13: Configurao da deformao e linha elstica nas cortinas. i) Extremidade livre. ii) Extremidade fixa:
Ponto de inflexo na linha elstica (Gomes, 2016).
19
Figura 14: Resistencia do solo assumida (linha cheia) e provvel (tracejada), e presso de terra ativa para uma
cortina atirantada e engastada na base (Adaptado de Bowles, 1996).
O roteiro de dimensionamento para este caso, conforme Barros, 2015, dado como
segue:
a) Determinar o comprimento x at o ponto de inflexo, sendo que esse
valor depende do ngulo de atrito do solo, dado no quadro abaixo.
x
25 0,15H
30 0,08H
35 0,03H
40 0
HB
[\^ =
8
e) Calcular fora cortante B no ponto de inflexo por equilbrio de
momentos em relao ao ponto de fixao do tirante.
f) Calcular a ficha total t atravs de:
21
6`
= _ " 1,2#
8 1
` " Y
TU = 1,5 2,0
3.1.2.3 Tirantes
A NBR-ABNT 5629-1996 define um tirante injetado como sendo peas
especialmente montadas, tendo como componente principal um ou mais elementos
resistentes trao, que so introduzidas no terreno em perfurao prpria, nas quais por
meio de injeo de calda de cimento (ou outro aglutinante) em parte dos elementos, forma
um bulbo de ancoragem que ligado estrutura atravs do elemento resistente trao e
da cabea do tirante. E ela ainda frisa que a fora que o tirante deve absorver deve ser
transmitida ao terreno apenas pelo bulbo de ancoragem.
Onde:
1 representa a cabea do tirante e seus componentes (1a- placa de apoio, 1b-
cunha de grau e 1c- bloco de ancoragem);
2 Estrutura a ser ancorada (parede de conteno);
3 Perfurao do terreno;
4 Bainha que receber as barras de ao;
23
diferentemente, portanto ser feita uma reviso bibliogrfica buscando encontrar uma
convergncia para esse clculo, especialmente em trabalhos relacionados a contenes
ancoradas e escaoradas.
Figura 18: Mtodo de clculo de diagrama de presso aparente a partir de medidas de cargas, Q, nas
estroncas, em escavaes abertas (Adaptado de Terzaghi e Peck, 1967).
Figura 19: Diagramas aparentes de presses de terra para quatro nveis de escoramento em escavao aberta
no metr de Berlim (Adaptado de Terzaghi e Peck, 1967).
Figura 20: Comparao entre carga total medida e calculada para escavaes em Nova York, Berlin e Munique
(Adaptado de Terzaghi e Peck, 1967).
Da Figura 20 possvel observar uma proximidade entre os valores calculados atravs da equao da Teoria
de Rankine e das cargas medidas nas escavaes citadas. Os autores tambm comparam na
abaixo, que para valores do ngulo de atrito, , e para valores de na entre 0,4 e 0,6,
os valores do coeficiente de presso ativa, Ka, mostram-se similares.
Baseados nos diagramas definidos, com uma estrutura calculada para aguentar a
carga mxima, os clculos foram executados pautando-se nos resultados que englobassem
todos os casos estudados anteriormente. Assim, os trs casos tomados foram plotados num
mesmo diagrama e a partir da foi possvel aos autores estimar a presso aparente com base
na carga mais alta aplicada no escoramento, em cada nvel. Esta presso foi ento, expressa
em termos de quantidade de KAH, onde KA o coeficiente de Rankine.
A melhor envoltria encontrada segundo Terzaghi e Peck, 1967, corresponde a uma
presso uniformemente distribuda ao longo da profundidade, de valor igual a 0,65 KAH,
como pode ser visto na Figura 21.
27
Figura 22: Diagramas aparentes representativos para cargas de estroncas de vrias localidades em argilas
moles a mdias (Adaptado de Terzaghi e Peck, 1967).
4
f = 1 a
O diagrama de presses aparentes desenvolvido por Terzaghi e Peck, 1967, para
argilas mole a mdia e saturadas, assim como para areia, considerou um englobamento dos
valores encontrados nos estudos realizados e ficou definido como 1.0KAH, distribudo
conforme Figura 23.
Figura 23: Diagrama de presses aparentes para argilas moles a mdias, para valores de m=1,0 exceto para
argila normalmente adensadas e quando N= H/c excede 4, nesse caso m=0,4 (Adaptado de Terzaghi e Peck, 1967).
Para argilas rijas e fissuradas, os autores perceberam que em dois testes realizados
em Oslo e Londres, o valor de KA era negativo se a coeso, c, fosse determinada em termos
de ensaios no drenados e indeformados, entretanto os valores de presso lateral
desenvolvido eram considerveis. Desta forma, considerando as informaes disponveis,
propuseram um diagrama de presses, onde as presses mximas foram calculadas entre
0,2H e 0,4H (0,2 se os movimentos na estrutura se mantm mnimos e a construo
ocorre num espao curto de tempo, e 0,4 para situao contrria). Este diagrama pode ser
observado na Figura 24.
30
Figura 24: Diagrama de presses aparentes para argilas rijas e fissuradas (Adaptado de Terzaghi e Peck,
1967).
Figura 25: a) Aparato para investigao do arqueamento numa camada de areia sobre uma plataforma
horizontal com uma pequena porta. B) Presso na plataforma e na portinhola antes e depois de um ligeiro abaixamento
da porta (Terzaghi e Peck, 1967).
Como o trabalho de BJERRUM, et al, 1972, traz uma estimada contribuio a este
trabalho, esta seo ser toda empenhada em descrever as discusses nele realizadas.
O objetivo dos autores neste trabalho, foi fazer uma reviso no desenvolvimento e
melhoria no entendimento dos fatores que afetam a magnitude e distribuio das presses
de terra em estruturas flexveis. Para isso, o comportamento de paredes diafragmas
ancoradas foi examinado luz de modelos testados, observaes de campo e anlises
tericas (tambm pelo mtodo dos elementos finitos), providenciando entendimentos das
deformaes, resistncia da ancoragem e do arqueamento do solo.
32
Numa Conferncia em Zurich (1953), cinco anos depois, novos avanos foram
apresentados. Skempton, na ocasio, ficou incumbido de mostrar os avanos em presses
de terra, paredes de conteno, tneis e escavaes escoradas, onde apresentou solues
prticas encontradas para muitos problemas, o que passou a abrir novos caminhos ao
dimensionamento de estruturas em parede diafragma.
Nesta conferencia, Rowe continuou apresentando seus estudos em paredes
diafragmas. Nas suas publicaes de 1956 e 1957b mostrou que houve redistribuio de
presso abaixo da linha de ancoragem e abaixo do nvel de dragagem. Tambm identificou
uma deflexo da parede abaixo da linha de ancoragem e um aumento da presso na regio
do tirante. Percebeu tambm que havia uma reduo de 20% do momento fletor em
paredes ancoradas e que isso era atribudo a um arqueamento de solo causado atrs da
parede.
Figura 27: Princpios de arqueamento em torno de uma parede diafragma atirantada (Bjerrum et al., 1972).
A partir desses efeitos apresentado o estudo de Rowe, que mostra trs fontes de
reduo do momento fletor na parede: a primeira devido ao aumento de presso no p da
parede na face anterior e posterior; na segunda ocorre um aumento de presso acima da
ancoragem e na terceira acontece a reduo de presso entre os nveis de ancoragem e
dragagem, efeito esse chamado tambm de arqueamento.
Concluem ento que, o tipo de arqueamento considerado em 1948 no foi tido
como importante por Rowe, mas sim a causa mais importante foi a reduo de momento
identificada em seus testes, que por sua vez ocorreram devido ao arqueamento. Efeito que
depende da flexibilidade da estrutura.
A luz de estudos de Chelapati, 1964, em solues elsticas tericas para
arqueamento de faixas horizontais rijas, os autores do uma aproximao simplificada das
variaes de presso que ocorrem nos limites da poro de massa de solo que deforma,
indicado na Figura 26, sendo a reduo de presso dada no centro da regio deformada
descrita na equao que segue:
Equao 17: Variao de presso no arqueamento do solo
35
!
8 = m
V
Onde, /l a razo de deformao, E o Mdulo de Elasticidade do solo, e um
coeficiente que varia de 0,3 a 1,0 e depende da massa do solo e de seu coeficiente de
Poisson.
Eles afirmam que o aumento de presso no solo no limite onde h deformao
igual ou maior que a reduo no trecho onde h a deformao da estrutura. Valores tpicos
da razo /l foram encontrados como sendo de 0,2 a 1,0%.
Observa-se que como a relao de variao de presso depende do Mdulo de
Young, ela maior em solos mais rijos.
Por fim, concluem que o montante de arqueamento ser indubitavelmente
controlado pela deformao da parede.
Figura 28: Dimenses da parede e propriedades dos solos usadas nas anlises das paredes A, B e C (Adaptado
de Bjerrum et al., 1972).
Observaram que as curvas se diferem por dois motivos: primeiro que devido a
deformao da parede a mobilizao da presso passiva maior prxima ao nvel dragado
(embutimento) e diminui com a profundidade; segundo, a deformao da parede acima do
nvel de ancoragem resultou em aumentos de presso nessa rea. Uma terceira observao
foi feita percebendo que h uma reduo de presso entre o nvel da ancoragem e o da
dragagem, representando o efeito de arqueamento.
Concluram que, baseados nos resultados das anlises por elementos finitos, as
presses de terra em paredes flexveis so muito diferentes das presses previstas pelas
teorias clssicas de distribuio de presso e tambm que os momentos fletores na parede
so menores que o esperado por essas teorias. E ainda que, a redistribuio de presses em
volta da parede pode ser entendida como resultado do arqueamento do solo o qual reduz as
presses em onde h deformao e aumenta onde a deformao pequena.
39
Bjerrum et al, 1972, afirmam que quando se h a remoo de uma poro de solo
em frente a uma parede de conteno, a deformao lateral da parede e do solo adjacente a
ela associada a uma deflexo e uma redistribuio das presses. Afirmando ainda que o
problema da distribuio de presses que ocorre em uma escavao escorada um
problema de arqueamento que ocorre no solo adjacente a esta escavao.
Para compreender as deformaes causadas pela mudana de tenso no solo
durante a construo de uma escavao, sero considerados dois modelos onde os autores
apresentam as etapas de escavao e as mudanas que ocorrem no conjunto, conforme
descrito a seguir.
Modelo 1
Toma-se a Figura 32, que contm uma sequncia de eventos de escavao em uma
vala escorada por estroncas. A remoo do solo entre a etapa C e D apresenta dois efeitos:
A)
Ocorre um desaparecimento do suporte lateral que previamente
suportava a parede entre os nveis C e D;
A parede agindo como uma viga suportada pela estronca e pelo solo
imediatamente abaixo da escavao ir lanar esta carga para as novas reaes e
a estronca C ir receber uma primeira contribuio desta carga;
Com a remoo do suporte horizontal o momento fletor na parede ir
aumentar ocasionando uma deformao entre os nveis C e D;
A consequncia desta deformao ser uma redistribuio local nas
presses atrs da parede. A presso de terra ir diminuir nesta rea onde a parede
se deforma e aumentar na regio da estronca C e abaixo do nvel de escavao, e
consequentemente a carga nesta estronca vai aumentar.
O montante de redistribuio da presso ativa devido esse efeito
depende da rigidez da parede, da distncia entre as estroncas e da rigidez do solo
imediatamente abaixo o nvel de escavao atrs da parede.
B)
40
A deformao que ocorre no solo abaixo do nvel da escavao pode ser dada
pela relao:
Equao 18: Deformao do solo no fundo da vala
!= n n
J B
Onde,
E o Modulo de Young do solo;
1 um parmetro que depende da razo entre largura e profundidade da
escavao;
2 um parmetro que depende da razo entre da profundidade at um estrato
de solo firme e a largura da escavao.
41
Figura 32: Analise da redistribuio de presso ativa causada por uma nica etapa de escavao. A) Mostra o
efeito da da remoo do suporte lateral pela escavao do solo. B) Mostra o efeito da reduo na presso passiva
abaixo o nvel de escavao (Adaptado de Bjerrum et al., 1972).
Modelo 2
Figura 33: Mudanas na deformao e presses de terra na parede diafragma durante dois estgios de
escavao em Oslo (Adaptado de Bjerrum et al., 1972).
Alm dos modelos anteriores mais trs sero apresentados, neles os autores passam
a considerar o efeito de vrias etapas de escavao.
Modelo 3
As escavaes mostradas na Figura 34, sero usadas para ilustrar duas condies
extremas, a primeira em uma areia densa, onde as deformaes abaixo do nvel de
escavao no so importantes, e a segunda em uma argila mole, onde as deformaes
abaixo da escavao tambm tm importncia.
43
Figura 34: Deformaes em parede diafragma e redistribuio da presso ativa que ocorre numa escavao
em areia densa (A), ou sem argila mole (B). (Adaptado de Bjerrum et al., 1972).
possvel observar que para o caso de argila mole, a distribuio de presso aumenta alm
do previsto por Rankine, na parte superior da estrutura, o que ocasionar maior carga nas
estroncas deste caso.
Modelo 4
Figura 35: Distribuio da presso ativa e passiva observadas por clulas de carga em escavaes do metr de
Oslo (Bjerrum et al., 1972).
Na parte superior observa-se que a carga prevista para as estroncas foi cerca de
duas vezes quela prevista atravs de Rankine.
O comportamento ilustrado na Figura 34 e na Figura 35, alm de ser comum para
argilas moles, o tambm para areia fofa, silte e argilas mdias. Percebe-se ainda das
anlises anteriores que o efeito do arqueamento mais acentuado em escavaes mais
amplas do que em escavaes estreitas.
Exemplo 5
Um ltimo caso em Vaterland 3, Oslo, apresentado. Este caso foi analisado por
meio de Elementos Finitos e trata-se de uma escavao em argila mdia sobre um depsito
de argila normalmente consolidada com baixa plasticidade.
Uma camada de solo de 2,5m de espessura foi removida antes da escavao
comear, e a argila foi considerada levemente sobreconsolidada.
Os resultados podem ser vistos na Figura 36, correspondentes a uma primeira fase
de escavao at 5,0m e depois, uma segunda at 9,0m de profundidade. Nestas figuras so
mostradas as deformaes na parede, os recalques na superfcie do terreno, as cargas nas
escoras e a presso de terra atuando na parede. possvel comparar os resultados
estimados pela anlise por elementos finitos e os medidos reais, sendo eles similares.
46
Figura 36: Comparaes entre deformaes e presses de terra medidas e calculadas pelo mtodo dos
elementos finitos, em Vaterland3, Oslo (Bjerrum et al., 1972).
3.1.5.5 Concluso
Por fim, os autores concluem que as cargas suportadas pelas escoras dependero de
dois fatores:
Primeiro, da magnitude da presso ativa total exercida pelo solo atrs
da parede, at na profundidade onde o solo se movimenta, a qual depende
exclusivamente da tenso cisalhante e do peso especfico do solo atrs da parede.
Segundo, da distribuio de presso de terra, a qual determina o
quanto a presso ativa total ser sofrida pelas estroncas. Esta distribuio depende
do montante de arqueamento e controlada pela magnitude de deformao no solo
abaixo da escavao. Se a deformao do solo pequena, o arqueamento tambm
ser, e a soma das cargas atuantes nas estroncas ser prxima aquela calculada pela
teoria. No entanto, se houver uma grande deformao no solo abaixo o nvel de
escavao, uma carga maior ser sofrida pelas estroncas. A deformao do solo
depende do Modulo de Young e do peso especfico do solo abaixo o nvel de
escavao e atrs da parede, da largura e da profundidade da escavao e da
profundidade de uma camada resistente.
47
Figura 37: Esquema numrico de acordo com Plaxis (A), SAP (C) e a distribuio de presso ativa de acordo
com o Plaxis (B). (Totsev, 2016).
2$ = p\
E
49
2 = 1,2 ( + ) p
Figura 39: a) Variao de Km em funo de phi e c. B) Determinao da constante elstica, Ca, do tirante
(Totsev, 2016).
qJ,\^ = J
+2
Onde: E Mdulo de Young;
1 Coeficiente de Correo de valor 4,2;
- comprimento do elemento (finito) que substitui o solo (t/ n de molas).
uma reduo a partir de Kz1,max dada por uma reduo da rigidez para cada camada, est
reduo determinada por k, dependendo do nmero de molas, n da seguinte forma:
Equao 22: Reduo da rigidez K nas camadas de mola anteriores mxima.
qJ,\^
r =
Ou seja, Ki= Kz1,max-k (Figura 40).
No entanto, os valores da primeira e ltima mola so menores levando em conta
que na primeira camada sua profundidade apenas Kz1,max do valor obtido, assumindo a
descompactao do mesmo, e que a ltima camada ser igual a Kz1,max porque substituir
o solo apenas at a metade da camada. Essa distribuio de Kz pode ser observada na
Figura 40.
Figura 41: Soluo para solo composto por camadas de diferentes propriedades (Totsev, 2016).
51
2s = s \,s
Para a regio de embutimento da parede, percebeu-se que a adoo dos coeficientes
comuns do solo ( e Ka) no representavam os resultados encontrados pelo Plaxis, por esta
razo o autor indicou a relao Pt para esta regio, onde:
Equao 24: Presso de terra lateral parede de conteno na regio do embutimento
2t = 1,2u( ( + ),u(
Com:
,J . J + ,B . B + ,s . s
,u( =
+
E
J . J + B . B + s . s
u( =
+
(a) (b)
Figura 42: a) Planta de localizao das linhas dos escorregamentos. B) Layout das contenes para
estabilizao do talude (Song et al., 2006).
Figura 43: Cortinas atirantadas instaladas no corte do talude (Song et al., 2006).
Figura 47: Esquema do diagrama aparente de presso de terra (Song et al., 2006).
2 = (P + )
Onde, vale 1,0 para presses medidas e 0,65 para presses tomadas
empiricamente;
q a sobrecarga aplicada no terreno;
Ka o coeficiente de empuxo ativo de Rankine;
56
Por fim, os autores comparam a presso medida com a presso ativa de Rankine
calculada, e ainda com a presso emprica estimada atravs de Terzaghi e Peck, 1967.
possvel observar na Figura 48 que a presso medida atravs das clulas de carga foi maior
do que a emprica, e igual a de Rankine, sendo encontrado como o coeficiente na do
diagrama inicialmente dado por Terzaghi (soluo emprica) para areias, o valor 1,0, ao
invs de 0,65.
Figura 48: Comparao entre as presses empricas e a medida (Song. Et al, 2006).
3.1.8 Concluso
Diante dos diversos casos ilustrados anteriormente, observa-se que existe grande
variao no comportamento de uma estrutura de conteno de solo, sendo que seu
comportamento influenciado pelo mtodo de construo, pela profundidade a ser atingida
com a escavao, pelas rigidezes dos materiais do conjunto, tipo de solo e presso que o
mesmo exerce sobre a parede, incertezas essas que podem gerar dvidas quanto a soluo
adotada. Alm disso, conforme escreve Totsev, 2016, em cortinas atirantadas, a
complexidade do problema vem tambm do fato de ser uma estrutura no somente apoiada
57
Dados de entrada
Criao da estrutura (parede, tirante, elementos de solo) a
partir da insero dos membros: barra e ns;
60
Dados de sada
Configurao da deformada, sendo possvel obter os
deslocamentos em cada n proposto;
Valores das reaes de apoio nos suportes definidos;
Anlises estruturais
Com relao as anlises estruturais, o FTOOL utiliza um resolvedor interno
chamado FRAMOOP, que uma verso simplificada do FEMOOP somente capaz de
realizar anlises lineares elsticas (Martha, 1991 e Parente 2002 apud Del Savio, 2005).
Neste tipo de anlise examina-se a estrutura a partir de uma configurao
indeformada, ou seja, neste caso no so levados em considerao os efeitos de segunda
ordem (anlise que leva em conta os deslocamentos da estrutura para formular as
condies de equilbrio na configurao deformada). Na anlise de primeira ordem, no
caso do Ftool, so considerados apenas pequenos deslocamentos.
61
Martha, 2010, descreve as leis constitutivas dos materiais para anlise linear, da
seguinte forma:
O modelo matemtico do comportamento dos materiais expresso por
um conjunto de relaes matemticas entre tenses e deformaes chamadas de
leis constitutivas, tais relaes contm parmetros que definem o comportamento
dos materiais. A teoria da elasticidade estabelece que as relaes da lei
constitutiva so equaes lineares com parmetros constantes, dizendo-se ento
que o material trabalha em regime elstico-linear.
O comportamento considerado elstico quando, ao se descarregar a
estrutura, o material no apresenta deformao residual alguma, ou seja, ele
retorna ao estado natural sem deformao. E linear quando existe
proporcionalidade entre tenses e deformaes.
Este comportamento bastante simplificado, mas apesar disso justificado, pelo
autor pelos seguintes motivos:
De maneira geral, as estruturas civis trabalham em regime elstico-
linear. Por isso a maioria das estruturas analisada adotando-se essa aproximao;
Mesmo para projetos com base em estado de limite ltimo, a
determinao da distribuio de esforos internos, em geral, feita a partir de uma
anlise linear, isto , faz-se o dimensionamento local no estado ltimo de
resistncia com o uso de coeficientes de majorao de carga e minorao de
resistncia, mas com esforos calculados atravs de uma anlise global linear. Essa
aproximao razovel na maioria dos casos, mas o correto seria fazer uma anlise
global considerando o material em regime no linear (mais complexo);
Na prtica, uma anlise no linear executada por computadores de
forma incremental, sendo que cada passo do processo feita uma anlise linear.
)^ = w^
Onde: E o mdulo de elasticidade do material;
x a tenso normal na seo transversal da barra (direo
longitudinal);
x a deformao normal na direo longitudinal da barra.
Alm das leis constitutivas dos materiais, uma anlise estrutural considera dois
outros grupos de condies bsicas: condies de equilbrio (garantem o equilbrio esttico
da estrutura em partes ou como um todo) e de compatibilidade entre deslocamentos e
deformaes (condies geomtricas que devem ser satisfeitas para garantir que a estrutura
ao se deformar permanea contnua e compatvel com seus vnculos externos).
Martha, 2010, apresenta essa teoria, a qual despreza deformaes devidas ao efeito
cortante e estabelece uma equao diferencial que relaciona os deslocamentos transversais
v(x) de uma viga com a taxa de carregamento distribudo transversalmente q(x). Para se
chegar nessa equao, primeiro obtida uma relao entre o momento fletor na seo
transversal e a segunda derivada do deslocamento transversal em relao a x. As equaes
da deduo desta Teoria esto relacionadas em anexo (ANEXO 01).
Considerando o caso geral de momento de inrcia varivel ao longo da barra, a
partir de vrias literaturas clssicas, tem-se a equao que relaciona a deformao v(x) da
elstica da viga com o seu momento fletor:
Equao 26: Equao da linha elstica de uma viga
Z{ [(_)
=
Z_ |(_)
Essa relao com a curvatura da viga, que aproximada por dv/dx pode ser
empregada para casos de pequenos deslocamentos (Timoshenko & Gere 1994, White et al.
1976 apud Martha, 2010). Ou seja, para anlise linear elstica de primeira ordem, tipo de
anlise empregada no Ftool.
Combinando-se as equaes da deduo (ANEXO 01), chega-se a:
Z Z{
}|(_) ~ = P(_)
Z_ Z_
No caso em que a barra prismtica (momento de inrcia, I, da seo transversal
constante ao longo da barra), tem-se:
Equao 27: Equao de Navier
Z C { P(_)
=
Z_ C |
Esta equao para inrcia constante, chamada de Equao de Navier.
Pode ser considerada ainda, a relao que existe entre o deslocamento transversal e
o esforo cortante em uma barra, considerando EI constante:
Z D { (_)
=
Z_ D |
elstica. Esta curva tambm conhecida como deformada, objeto de interesse nesse
trabalho.
Figura 50: Substituio do solo de suporte da fundao por uma camada de molas igualmente espaadas e
igualmente compressveis, independentes umas das outras (Terzaghi, 1943).
a)
b)
65
Figura 51: Discretizao do solo por molas, Modelo de Winkler. a) Fundaes superficiais. B) Estacas (Santos,
2008).
2 = p . {
Ou
Equao 29: Coeficiente de reao do solo a partir da hiptese de Winkler
2
p =
{
Onde, P a tenso aplicada (presso de contato), kN;
v o deslocamento (recalque), m; e
k o coeficiente de reao do solo, tambm conhecido por coeficiente de
mola ou mdulo de reao.
Porm, de acordo com Souza 2008, o coeficiente de reao atravs dessa relao
baseado em premissas bastante simplificadas, diante do fato que ele obedece a Lei de
Hooke. Desta forma, Terzaghi, 1955 defende que afim de se obter valores para o
coeficiente de reao razoavelmente acurados, o mesmo deve ser compatibilizado com as
deformaes potenciais do solo e a respectiva dimenso da rea carregada. Terzaghi
apresenta fatores que influenciam o valor do coeficiente de reao, tanto vertical quanto
horizontal, tanto para solos arenosos quanto para solos argilosos.
66
Equao 30: Mdulo de reao em funo da variao de rigidez do solo com a profundidade
p = * . <
Neste trabalho, conforme a teoria de Winkler, a camada de solo na regio onde atua
o empuxo passivo de uma cortina atirantada (embutimento), ser substituda por uma
camada de molas igualmente espaadas e com rigidez definida.
Assumindo que o solo constiui-se de um material isotropico e homogneo, e que o
mesmo se coporta como um material elstico linear, segundo a Lei de Hooke, a razo entre
uma tenso, , nele aplicada e sua correspondente deformao, , uma constate:
Equao 31: Lei de Hooke
)
= (pg/a)
w
Esta constante chamada modulo de elasticidade de Young.
Conhecendo-se da teoria da elasticidade que a tenso corresponde a uma fora, P,
por unidade de rea, A, e que a deformao indica uma variao de comprimento, L, por
unidade de comprimento, L, numa dada direo, a equao anterior pode ser reescrita
como:
2 H
. = (pg/a)
W H
Reescrevendo esta equao:
Equao 32: Lei de Hooke em funo de fora aplicada, rea e comprimento do elemento
2 . W
= (pg/a)
H H
Tomando-se a relao do coeficiente de reao do solo apresentado por Winkler,
Equao 29, e considerando o deslocamento v [m] desta relao semelhante ao
deslocamento L [m] obtido da deformao do material pela Lei de Hooke, Equao 32,
tem-se a relao:
Equao 33: Coeficiente de reao do solo em funo do Mdulo de Young, rea e comprimento do elemento
de solo
. W
p= (pg/a)
H
Onde, k o coeficiente de reao do solo (kN/m);
E o Mdulo de Young (MPa);
A a rea de contato entre elemento de solo e parede (m);
L o comprimento do elemento de solo, definido pela a distncia entre a
parede e o plano de ruptura passivo de Rankine, = 45-/2, (m).
68
A teoria de flexo de vigas sobre base elstica, desenvolvida em 1867 por Winkler,
conforme dito anteriormente, segue o modelo da Lei de Hooke, pois as foras reativas da
base, em um ponto da viga, so proporcionais deflexo naquele ponto. Hetnyi em 1946,
partindo da hiptese de Winkler, chegou equao diferencial da linha elstica de vigas
sobre base elstica, proporcionando o desenvolvimento de diversas equaes analticas e
consequentemente, soluo para vrios problemas (Silva, 2004).
Equao 34: Coeficiente de reao do solo em funo do mludo de fundao e largura da base do elemento
p =
ZC {
+ 4C { = 0
Z_ C
r
Onde, C =
Ckl
J para a viga em base elstica com atuao de carga distribuida, q, ser dada por:
Equao 36: Equao da elstica da viga em base elstica para carga distribuda
ZC{
|. = P(_) p. {
Z_ C
Neste estudo, a viga engastada com carga concentrada e/ou distribuda sero
importantes no entendimento do modo como a ferramenta Ftool realiza seus clculos.
Portanto, sero as suas equaes de soluo apresentadas a seguir.
Figura 53: Viga em base elstica, com bordo engastado e carga concentrada
r
Onde vale: =
Ckl
Figura 54: Viga em base elstica, com bordo engastado e carga distribuda.
Equao 38: Soluo da equao da viga em base eltica, engastada em um bordo e carga distribuda
1
1 . (H. (_ _ : + _ _ : )&
P H + H
B B
&
{(_) = . &
p
&
H. (_ _ : _ : _ _ : )) %
71
A deformada de uma viga ser agora calculada atravs das equaes descritas
acima e tambm atravs do Ftool, com o propsito de identificar o modo como esta
ferramenta computacional aplica a teoria no desenvolvimento dos clculos para obteno
da curva elstica.
Diversas so as formas de carregamento e condies de suporte possveis e
mostradas na literatura, com suas respectivas equaes. Neste estudo, a viga engastada
com carga concentra e/ou distribuda, em base elstica ou no, sero importantes, portanto
os mesmos sero apresentados a seguir.
P = 30,0 kN
L = 5,0 m
E = 200 GPa
I = 84,4. 106 mm4
Fazendo a soma dos momentos no corte, com sentido positivo anti-horrio, tem-se:
[ = 0 2. _ [(_) = 0 [(_) = 2. _
Z{
| Z = 2 _ Z_
Z_
73
Z{ _B
| = 2 + 5J
Z_ 2
Como, das definies tem-se que dv/dx igual ao ngulo , encontra-se assim a
equao da inclinao da linha elstica:
_B
| = 2 + 5J
2
Integrando a segunda vez:
Z{ _B _B
| = 2 + 5J | Z{ = 2 Z_ + 5J Z_
Z_ 2 2
Encontra-se a equao da linha elstica v(x):
_D
| { = 2 " 5J _ " 5B
6
Aplicando-se as condies de contorno, afim de encontrar as constantes de
integrao da equao definida anteriormente, tem-se:
Se x = L, ento = 0, e
Se x = L, ento v=0.
Desta forma:
_B HB
| = 2 + 5J |. 0 = 2 + 5J =
2 2
e
_D HD HB
| { = 2 " 5J _ " 5B |. 0 = 2 " 2 . H + 5B =
6 6 2
Substituindo os valores das constantes e reescrevendo as equaes:
Equao da inclinao da linha elstica:
Equao 39: equao da inclinao da linha elstica, exemplo 1
_B HB
| = 2 + 2
2 2
2
= (_ B HB )
2|
Equao da linha elstica:
Equao 40: equao da linha elstica, exemplo 1
_D 2HB 2HD
| { = 2 " )_ +
6 2 3
2 _D 2HD
{= H _+
B
2| 3 3
74
2 _D 2HD
{= HB _ + {
2| 3 3
30.10D 0D 2.5D
= . 5B
. 0 +
2(200. 10 ). 84,4. 10 . 10D 3 3
C
{ = 0,0741 a
Processamento
O boto deformed configuration acionado e os devidos clculos
em anlise linear elstica so processados.
Ps-Processamento
A deformada (linha elstica) da viga mostrada (Figura 59).
Ao ser calculada a deformada no programa, pontos ao longo da viga podem ser
selecionados para que sejam dados os valores de deformao e rotao em cada um deles,
conforme a necessidade. A figura abaixo apresenta os resultados de v e para a
extremidade livre da viga.
FTOOL
x v (m) (rad)
0 -0,07404 0,02221
1 -0,05213 0,02132
2 -0,03199 0,01866
3 -0,0154 0,01422
4 -0,004146 0,007997
5 0 0
Equaes
Aps soluo da Equao 36, e tomando a soluo da equao do caso anterior,
tem-se as equaes da elstica e da inclinao:
78
Para x: a x L
P1D 2_
= + (2H _)
6| 2|
P1D 2_ B
{= (4_ 1) + (3H _)
24| 6|
Para x: x=a
P1D 2_
= + (2H _)
6| 2|
P1C 2_ B
{= + (3H _)
8| 6|
Substituindo os valores:
Para x = 2, por exemplo: 0 x a
P_ 2_
= (31B 31_ + _ B ) + (2H _)
6| 2|
10000.2 30000.2
= C
(3.4B 3.4.2 + 2B ) + C (2.10 2)
6. (200. 10 ). 84,4. 10 . 10D 2(200. 10 ). 84,4. 10 . 10D
= 0,02646 1Z
_B 2_ B
{= (61B 41_ + _ B ) + (3H _)
24| 6|
2B 30000.2B
{ = C
(6.4B 4.4.2 + 2B ) + C
(3.10 2)
24(200. 10 ). 84,4. 10 . 10D 6(200. 10 ). 84,4. 10 . 10D
{ = 0,02646 a
79
= 0,06833 1Z
P1D 2_ B
{= (4_ 1) + (3H _)
24| 6|
10000. 4D 30000. 6B
{= (4.6 4) + (3.10 6)
24(200. 109 ). 84,4. 106 . 103 6(200. 109 ). 84,4. 106 . 103
4 4
{ = 0,22433 a
10000. 4D 30000.4
= + 4 (2.10 4)
6(200. 109 ). 84,4. 106 . 103 2(200. 109 ). 84,4. 106 . 103
4
= 0,05055 1Z
P1C 2_ B
{= + (3H _)
8| 6|
100004C 30000. 4B
{= + 4 (3.10 4)
8(200. 109 ). 84,4. 106 . 103 6(200. 109 ). 84,4. 106 . 103
4
{ = 0,10427 a
Processamento
O boto deformed configuration acionado e os devidos clculos
em anlise linear elstica so processados.
Ps-Processamento
A deformada (linha elstica) da viga mostrada (Figura 62).
Ao ser calculada a deformada no programa, pontos ao longo da viga podem ser
selecionados para que sejam dados os valores de deformao e rotao em cada um deles,
conforme a necessidade. A figura abaixo apresenta os resultados de v e para a
extremidade livre da viga.
81
FTOOL
v
x (m) (rad)
0 0 0
- -
2 0,02646 0,02646
- -
4 0,1043 0,05055
- -
6 0,2243 0,06832
- -
10 0,5355 0,08253
82
{(_) = 0,3972a
83
Equao da linha
elstica
x v (m)
0 0
2,5 0,1236
5,0 0,3972
Quando o modelo inserido no Ftool, a base elstica (solo) ser considerada como
um conjunto de molas independentes e igualmente espaadas (Winkler), com rigidez
definida, k, conforme pode ser observado na seguinte imagem:
Processamento
O boto deformed configuration acionado e os devidos clculos
em anlise linear elstica so processados.
Ps-Processamento
A deformada (linha elstica) da viga mostrada (Figura 65).
84
FTOOL
x v (m)
0 0
2,5 0,1244
5,0 0,3993
85
1
1 . (H. (_ _ : + _ _ : ) &
P B H + B H
&
{(_) = . &
p
&
H. (_ _ :
_ _ _
: : ))
%
1
{(_) = 10 F1 (0,97 + 0,97)G = 0,74a
1,45 + 0,64
Equao da linha
86
elstica
x v (m)
0 0
2,5 0,2638
5,0 0,7432
Processamento
O boto deformed configuration acionado e os devidos clculos
em anlise linear elstica so processados.
Ps-Processamento
A deformada (linha elstica) da viga mostrada (Figura 68).
FTOOL
x v (m)
0 0
2,5 0,2653
5,0 0,7474
possvel observar que os valores obtidos das duas formas apresentadas, equao
da linha elstica e Ftool so semelhantes, mostrando que o modo de inserir o modelo de
viga em base elstica, considerando o solo formado por molas compatvel com a forma
na qual o programa realiza seus clculos.
Ou seja, T = )* . W$(pg)
trecho compreendido entre parede e plano de ruptura passivo, pelo Mdulo de Elasticidade
do solo e da rea definida pela distncia entre elementos e a respectiva largura dos mesmos
dependendo do tipo de ficha da cortina. Para cortinas com ficha discreta, utiliza-se uma
largura de elemento igual largura da mesa do perfil metlico. Para cortinas com ficha
contnua, a largura do elemento solo deve ser igual profundidade de extruso do
paramento.
4 MODELAGEM
a b c
Figura 73: Teste 3 FHWA. a) Geometria a parede. b) Geometria da viga de ao. c) Geometria da prancha.
GEOMETRIA DA PAREDE
TESTE H(m) D(m) L1 (m) L2 (m)
4 1,90 0,38 0,46 0,76
GEOMETRIA DA VIGA
h (mm) b (mm) t (mm) Espaamento
horizontal (mm)
25,4 63,50 2,10 609,6
PROPRIEDADES DO SOLO
TIPO (kN/m) () Dr % E (MPa)
Areia 15,7 44 45-55 55,0*
Instrumentao
Duas das vigas foram equipadas com um tipo de strain gages colados ao longo de
todo o comprimento da viga, com espaamento de 15,0cm, e no embutimento de 7,6cm.
Os tirantes tambm receberam strain gages posicionados prximos a cabea de cada
ancoragem. Extensmetros tambm foram colados nas barras.
O recalque na superfcie do terreno foi medido atravs de strain gages (dial gages),
e os movimentos laterais e verticais no macio de areia foram medidos atravs de sensores
do tipo DC-DC LVDT posicionados dentro de uma proteo de PVC.
Figura 74: Deslocamento horizontal da parede e presso lateral de terra, Teste4 (FHWA-IF-99-015).
TENSES NO TIRANTE
Th (kN) Tv (kN)
T1 2,5 1,44
T2 2,56 1,48
4.3.1 Anlise I
Resultados
Teste 4 FTOOL
Prof. (m) Deslocamento Hor. (mm)
4.3.2 Anlise II
Na segunda anlise foram feitos alguns ajustes na estrutura visando modificar sua
rigidez e observar a reao nos deslocamentos horizontais.
1 ajuste: reduzir a rigidez da parede diminuindo em 20% a seo da viga.
Procedeu-se o ajuste, no entanto esse ajuste no gerou grandes modificaes.
Procedeu-se ento diminuio em 30% a qual tambm no provocou grandes efeitos, mas
foi possvel perceber a necessidade de fazer modificaes nos tirantes;
2 ajuste: manter caracterstica original da parede e modificar tirantes.
Foi diminudo o dimetro do Tirante 1 em 20% e do Tirante 2 em 30%. Para este
caso, os deslocamentos horizontais foram maiores na regio entre tirantes apenas;
3 ajuste: os dois ajustes anteriores foram combinados, modificando geometria da
parede (em 20%) e dos tirantes. Este resultado, entre outros ajustes testados (mas no
mostrados aqui), foi o qual mais aproximou os deslocamentos do real, sendo o modelo
inserido no Ftool apresentado em anexo (Anexo 02) e abaixo os resultados.
Resultados
Teste 4
Com FTOOL
Ajustes
Prof. (m) Deslocamento Hor. (mm)
Percebe-se que a rigidez relativa entre parede, pranches e tirante teve que ser
modificada, ficando cerca de 20% menor para parede testada e 25% para tirantes
(comparados aos valores do modelo original). No entanto, a rigidez da mola representando
o solo na regio passiva, ficou alta e no permitiu movimentao da parede nesta regio.
Anlise III-a
Cargas laterais e rigidezes das molas foram aplicadas no Ftool conforme tabelas
abaixo:
Tabela 18: Cargas laterais, Anlise IIIa.
CARGAS LATERAIS
Prof. (m) P (kN)
0,00 0,00
0,25 0,14
0,47 0,28
0,75 0,19
1,00 0,19
1,25 0,28
1,42 0,28
1,75 0,28
1,90 0,28
2,09 0,73
2,28 1,18
RIDIGEZ DA MOLA
Prof. (m) k (kN/m)
1,90 1.105
2,00 5.892
2,10 7.856
2,19 10.475
2,28 5.237
Resultados
Tabela 20: Deslocamento s Horizontais, Anlise IIIa, Teste4.
Teste 4 FTOOL
Anlise III-b
PRESSES LATERAIS
Prof. (m) P (kN)
0,00 0,00
0,25 0,90
0,47 1,81
0,75 1,26
1,00 1,26
1,25 1,81
1,42 1,81
1,75 1,81
1,90 1,81
2,09 4,77
2,28 7,73
Resultados
Teste 4 FTOOL
da conteno. Isso como reao alta presso passiva gerada na parede na regio do
embutimento.
Desta forma, proposta a terceira anlise, onde a teoria apresentada por Andrei
Totsev, aplicada. Nesta ltima anlise as presses laterais e rigidezes das molas so
redimensionadas segundo a proposta do autor, apresentada no Captulo 3. Alm disso
proposto uma correo do arqueamento do solo na regio entre tirante, diminuindo em
30% as cargas laterais que atuam na parede. Duas anlises so realizadas, primeiro
tomando-se a presso lateral do modelo em funo da rea de influncia da estrutura,
segundo considerando a rea de influncia igual a 1,0m, e tomando diretamente os valores
de tenso lateral.
Os resultados para os deslocamentos horizontais para a anlise III-a apresentaram-
se consideravelmente menores que no caso real, mas com curvatura semelhante. J na
anlise III-b, ficaram prximos aos do caso real, sendo possvel perceber grande
semelhana entre as curvas. Quanto s cargas nos tirantes, na anlise II-a, foram pequenas,
enquanto que na III-b elas apresentaram valor maior que os reais, ficando cerca de 50%
maiores no tirante T1 e 100% no T2, mas dentro do valor de projeto (7,78kN).
Diante dos resultados obtidos nestas anlises, o comportamento do modelo foi
verificado e poder ser aproveitado para o teste principal deste trabalho, o qual representa
uma estrutura real de cortina atirantada, a ser apresentado no prximo captulo.
107
5 ESTUDO DE CASO
Figura 76: Localizao da Bacia Sedimentar de Curitiba (Salamuni e Salamuni, 1999, apud Kormann, 2002).
108
Figura 77: Algumas bacias do Rift Continental do Sudeste do Brasil (Salamini, 1998, apud Kormann 2002).
O solo popularmente conhecido como sabo de caboclo (se torna liso quando
umedecido). Sua formao ocorreu da deposio de sedimentos finos, compostos
predominantemente por argilitos e siltitos, com intercalaes de areias arcosianas, arcsios,
depsitos rudceos e caliches (mais raro). Apresentam-se normalmente bem compactados e
com estrutura macia (Boszczowski, 2001).
Suas peculiaridades de acordo com Nascimento e Puppi, 1999, so: cor cinza
esverdeada, marrom e avermelhada, descrito como argila siltosa ou silte argiloso de boa
consistncia, com resistncia predominantemente elevada, rigidez alta, o que define baixa
compressibilidade e alto pr-adensamento, com alta expansibilidade diante de inundao
ou desconfinamento, e empastilhamento devido ao desconfinamento, a molhagem e a
secagem.
A composio mineralgica, estudadas por diversos autores e apresentadas por
Kormann, 2002, mostra que o argilo-mineral principal presente na formao Guabirotuba
a esmectita em cerca de 80%, montmorilonita 16%, e em menor proporo micas e
caulinitas. possvel ainda a presena de quartzo sendo associada a fraes de silte e
areia.
Conforme Koramnn (1999) observam-se com frequncia nos ensaios de SPT,
nmeros de golpes na faixa de 15 a 30 para os primeiros metros de sondagem, e valores de
presso de pr adensamento entre 400 a 1000 kPa com razes de sobreadensamento (RSA)
da ordem de 25, valores esses associados em parte remoo de camadas e parte a ciclos
109
de secagem e umedecimento. Boszczowski, 2001, diz que o RSA pode chegar a 32, e que o
sobreadensamento pode estar associado tambm ao de agentes cimentantes. A razo de
sobreadensamento diminui com a profundidade (Figura 78).
O lenol fretico tem posio varivel, podendo estar raso, prximo superfcie ou
entre 10 a 15 metros de profundidade. Testes da Mineropar em 1994, mostraram
profundidades da ordem de 3,4 a 4,4m na parte leste da bacia. Essa caracterstica pode
estar associada baixa permeabilidade do solo argiloso que constitui a bacia (Kormann,
2002).
Kormann (1999) cita que a partir dos valores de ngulo de atrito e de razes de
sobreadensamento da Formao Guabirotuba, para qualquer combinao de parmetros, o
coeficiente de empuxo no repouso, K0, resultaria em valor maior que 1,0, informao essa
importante no dimensionamento de obras de conteno em que o processo construtivo visa
impedir deslocamentos horizontais do terreno. Boszczowski, 2001, em seu trabalho
emprega diversos mtodos para avaliao da tenso lateral em solo da Formao
Guabirotuba e encontra valores para o coeficiente de empuxo no repouso que podem ser
observados na tabela de resumo abaixo.
110
Tabela 25: Quadro resumo dos possveis valores do Coeficiente de Empuxo no Repouso, K0 (Boszczowski, 2001).
Boszczowski, 2001, ao final de suas anlises e baseada nos resultados, conclui que
a faixa de ocorrncia do coeficiente de empuxo no repouso, seria entre os valores de 0,75 a
1,20, e que considerando a mdia dos valores, K0 seria aproximadamente igual a 1.
Com relao ao mdulo de elasticidade (E), Neto et al. (1999) em seus estudos de
uso do Ensaio de Placa num caso de obra de fundao direta na Formao Guabirotuba,
extraem valores indiretamente a partir das provas de carga e de duas formulaes derivadas
da teoria da elasticidade, onde a primeira gera valores mdios de E entre 9 e 25 MPa e a
segunda valores entre 14 a 40 MPa. Kormann, 2002, apresenta valores de Eu50% (mdulo
de elasticidade no drenado, secante, considerando 50% da resistncia) de valor entre 25 a
35 MPa, obtidos de curvas tenso x deformao, em ensaios no drenados realizados por
Massad et al., 1981, cujas tenses confinantes foram de 49, 98 e 297 kPa. O autor
apresenta ainda valores de Eu50% de 10 a 150 MPa obtidos por Boszczowski, 2001 para
tenses de confinamento entre 189 a 541 kPa.
Kormann, 2002, rene em seu trabalho, em duas tabelas, dados pesquisados a partir
de 29 amostras de diferentes profundidades e localidades de Curitiba e arredores, a fim de
ilustrar um quadro com os principais aspectos geotcnicos da Formao Guabirotuba.
As tabelas esto divididas em dois conjuntos, sendo o primeiro relacionado ao solo de
estado pouco alterado (no intemperizado) e o segundo com solos que apresentam indcios
de maior ao de intemperismo. Essas tabelas podem ser observadas a seguir.
111
Tabela 25: Propriedades de sedimentos no intemperizados da Formao Guabirotuba (Kormann, 2002) - Continuao
Tabela 27: Propriedades de sedimentos intemperizados da Bacia Sedimentar de Curitiba (Kormann, 2002).
113
E = 2,5. N72(MPa)
Tomado o valor de N para o ponto estudado, conhecido e com valor mdio igual a
50, tem-se que o mdulo de elasticidade adotado inicialmente para o solo do modelo ser
E=125,0MPa.
Alm dos valores observados na literatura, para solos sobreadensados, o coeficiente
de empuxo no repouso pode ser estimado a partir da extenso da frmula de Jky, onde K0
obtido da seguinte forma:
Equao 42: coeficiente de empuxo no repouso para argilas sobreadensadas
p0 = (1 sin ). 6UWsin
Cortina:
Parede de 11,50m de altura;
Largura da base tomada a cada conjunto perfil/madeira mdia de
1,77m;
Viga em ao A 572, Perfil I: W250x44,8;
Dimenses da viga:
Tabela 28: Geometria da parede (Fonte: Gerdau).
GEOMETRIA DA VIGA
W 250x44,8
d (mm) 266
b (mm) 148
tw (mm) 7,6
tf (mm) 13
I (mm4) 7,08E+07
Tirantes:
Barras de ao de seo circular;
Mdulo de Elasticidade, E, de 210GPa;
Coeficiente de Poisson, , de 0,30;
Fixao articulada cortina;
Fixao em apoio fixo na extremidade em contato com o solo;
Tirante 1: comprimento livre: 5,0m, comprimento ancorado: 7,0m
instalado na profundidade de 3,1m, com dimetro nominal de 40mm (INCO 34
TD);
Tirante 2: comprimento livre: 4,0m, comprimento ancorado: 8,0m
instalado na profundidade de 3,1m, com dimetro nominal de 50mm (INCO 51
TD);
Cargas de trabalho (provisria) de 40tf e 60tf respectivamente;
Dimensionados para resistir a esforos de 25tf e carga limite de 50tf;
Solo:
Argila cinza e marrom rija a dura;
Molas com rigidez definida de acordo com a Equao 33, em funo
da rea, comprimento e Mdulo de Elasticidade;
Para clculo da rea:
117
o Espessura de 0,5cm;
o Seo da base variando de acordo com a base da parede/viga
considerada;
NSPT = 50 (ANEXO 10);
Mdulo de elasticidade, E, de 125MPa, calculado de acordo com
Dcourt (1995) para o SPT de projeto;
Nvel de gua: no encontrado na sondagem realizada;
Comprimento variando conforme plano de ruptura passivo.
Coeficiente de Poisson, , de 0,37;
Deslocamentos
Os deslocamentos da cortina, obtidos atravs de inclinmetros podem ser
observados no grfico abaixo (Grfico 3). Porm, a cortina em estudo sofreu
deslocamentos expressivos antes da instalao dos tirantes, em torno de 20,0mm. Para
considerar esses deslocamentos, foi feita uma distribuio proporcional de valores ao longo
da profundidade, originando novos valores, listados na Tabela 29.
118
DESLOCAMENTOS
PROF.
PROPORCIONAIS
(m) (mm)
0,0 93,5
0,5 81,0
1,0 69,3
1,5 58,9
2,0 42,2
2,5 34,6
3,0 27,7
3,5 20,8
4,0 17,3
4,5 17,3
5,0 13,9
5,5 13,9
6,0 17,3
6,5 15,2
7,0 26,3
7,5 27,7
8,0 20,8
8,5 17,3
9,0 13,9
9,5 10,4
10,0 6,9
10,5 3,5
11,0 0,0
11,5 0,0
120
5.3 Modelagem
5.3.1 Anlise I
A partir desses valores, o modelo foi inserido diretamente no Ftool e em uma nica
etapa calculou-se os deslocamentos horizontais sofridos pela estrutura (dimensionamento
para estrutura na situao final de escavao).
A configurao do modelo e a distribuio de tenses pode ser observada em anexo
(Anexo 05), os deslocamentos podem ser observados no grfico e na figura abaixo.
121
Resultados: Anlise I
Deslocamentos:
CARGA NO TIRANTE
Anlise I
FT1 [kN] 466,3
FT2 [kN] 291,4
122
5.3.2 Anlise II
Esta segunda anlise, foi desenvolvida tomando a teoria apresentada por Totsev,
2016, no Captulo 3.
A distribuio de tenses laterais e rigidez do solo foram calculadas de acordo com
este autor (Equao 19, Equao 20 e Equao 22), e tambm foram tomadas considerando
a cortina na situao final de projeto.
Para esta anlise as rigidezes da mola sero:
Resultados
Deslocamentos:
CORTINA ATIRANTADA
DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS (mm)
Deslocamento Horizontais [mm]
Prof. REAL Anlise II
0 50 100
(m)
0,0 93,5 54,7 0
0,5 81,0 47,4
1,0 69,3 40,1
1,5 58,9 33,0
2,0 42,2 26,2 2
2,5 34,6 20,1
3,0 27,7 15,4
3,5 20,8 12,7 Caso
4,0 17,3 11,2 4 Guabirotuba
4,5 17,3 10,2
Profundidade [m]
CARGA NO TIRANTE
Anlise II
FT1 [kN] 307,9
FT2 [kN] 238,07
124
3 Escavao:
o Etapa 3-0: aps redesenhar todo o modelo e proceder a simulao da
escavao, anota-se os novos deslocamentos;
o Etapa 4: soma 1+2+3, nesta etapa somam-se os deslocamentos encontrados
nas 3 etapas de escavao anteriores. O valor aqui obtido ser o
deslocamento final da face da estrutura estudada.
Resultados
Deslocamentos:
Tabela 36: Desloc. Horiz., Anlise III, Caso Guabirotuba
CORTINA ATIRANTADA
CARGA NO TIRANTE
Anlise III
FT1 [kN] 479,8
FT2 [kN] 277,2
127
Anlise I
Nesta primeira anlise, foram consideradas as dimenses da cortina real estudada,
com a distribuio de tenses laterais dimensionadas por Terzaghi e Peck. As molas foram
dimensionadas para o solo com Mdulo de Elasticidade de 125,0MPa, e os tirantes
tomados com seu comprimento total.
Este modelo foi inserido no Ftool e os deslocamentos foram calculados diretamente
com a estrutura em situao de final de projeto.
128
Nesta ltima anlise, a proposta foi verificar o efeito das etapas de escavao no
modelo inserido no programa Ftool: foram realizadas trs etapas de escavao. No entanto,
pelos dados de deslocamento obtidos e da anlise do Grfico 6, percebe-se uma grande
disparidade entre ambos, especialmente na regio do topo da estrutura.
Para este caso, a primeira etapa de escavao foi dimensionada com tenses laterais
a partir da condio de repouso, e nesta etapa os deslocamentos j atingiram o valor
prximo a 100,0mm. Ao se proceder as prximas duas etapas e a soma dos deslocamentos
em cada uma delas o valor foi se sobrepondo chegando ao triplo do esperado. Desta forma
percebe-se que este procedimento no condiz com a realidade e no deve ser explorado
neste formato de modelagem, restando aos estudos futuros, desenvolver uma nova forma
de representar as etapas de construo da cortina.
5.5 Concluso
6 CONCLUSES E RECOMENDAES
6.1 Principal
Diante dos resultados obtidos neste trabalho se conclui que o programa Ftool um
bom aliado na modelagem de escavaes atirantadas visando alcanar uma estimativa
preliminar de seus deslocamentos horizontais em final de plano. Tambm foi possvel
verificar a aplicabilidade do modelo de Winkler como ferramenta para a adaptao do
modelo real ao software, tratando o solo como molas com geometria e rigidez definida,
atingindo o objetivo inicial proposto.
6.2 Especficas
6.3 Recomendaes
Postas as divergncias encontradas, entende-se que o modelo deve ser testado para
novos casos reais, com maior quantidade de informaes, e tambm deve ser aprimorada a
distribuio de tenses laterais, afim de se refinar o processo e chegar a um modelo de
entrada no programa Ftool que fornea maior confiana.
Outro ponto a ser melhor explorado dever ser quanto ao comportamento do
modelo em relao a interao cortina/tirantes, pois para o processo adotado eles no
permitiram os deslocamentos reais observados devendo, portanto, haver um melhor
entendimento do funcionamento da estrutura a ser inserida para simulao na ferramenta,
visando otimizar o modo de estimar seu comportamento.
133
7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SILVA, Lucas Furtado. Clculo dos esforos internos e deflexes de vigas sobre
base elstica no linear usando o mtodo da flexibilidade. Dissertao de Mestrado/UFOP.
Ouro Preto, 2004.SABATINI, P.J., PASS, D.G., BACHUS, R.C. FEDERAL HIGHWAY
ADMINISTRATION: Relatrio tcnico FHWA-IF-99-015. Geotechnical Engineering
Circular n4, Ground Anchors and Anchored Systems.. Washington D. C., 1999.
SUSSEKIND, Jos Carlos. Curso de anlise estrutural. Volume II. Editora Globo.
Porto Alegre, 1979.
TERZAGHI, Karl. Theoretical Soil Mechanics. John Wiley & Sons, Nova York.
1943
9 ANEXOS
140
ANEXO 09: Planta de Localizao da sondagem por SPT, apresentados para a obra
em estudo, doados pelo projetista.
149
ANEXO 10: Boletins de SPT, SP14 e SP15 (pontos de interesse) apresentados para
a obra em estudo, doados pelo projetista.
150
151
ANEXO 11: Modelo no Ftool, Anlise I para solo com E=40,0MPa, Caso
Guabirotuba.
CORTINA ATIRANTADA
4
Profundidade [m]
Caso Guabirotuba
6
Anlise I
8 Anlise I c/E=40MPa
10
12