9 - IBADEP - Ética Cristã-Teologia Do Obreiro PDF
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9 - IBADEP - Ética Cristã-Teologia Do Obreiro PDF
Ministrio da Igreja
IB A D E P In s titu to B b lic o da A ssem b lia de D eus -
E n sin o e p e sq u isa
IBADEP
A lu n o (a):.....................................................................................
D IG ITA LIZA O
5a Edi o - Ju nho /2 0 06
A E A D E P A R - Conselho D eliberativo
Pr. Israel S od r - P r e s id e n te
Pr. Ival T e o d o r o da S ilv a - R ela to r
Pr. Jos A n u n ciao dos Santos - M em bro
Pr. M oiss Lacour - Membro
Pr. Sam uel A z e v e d o dos Santos - M em bro
Pr. Simo B ilek - M em bro
Pr. M i r i s l a n D o u g l a s S c h e f f e l - M e m b r o
Pr. J o s C a r l o s C o r r e i a - M e m b r o
Pr. J a m e r s o n X a v i e r d e S o u z a - M e m b r o
A E A D E P A R C onselho de A d m in istr a o
Pr. J o s P o l i n i - P r e s i d e n t e
Pr. R o b s o n J o s B r i t o - V i c e - P r e s i d e n t e
Pr. M o y s s R a m o s - I o S e c r e t r i o
Pr. H e r c l i o T e n r i o d e B a r r o s - 2 o S e c r e t r i o
Pr. E d i l s o n d o s S a n t o s S i q u e i r a - I o T e s o u r e i r o
Pr. L u i z C a r l o s F i r m i n o - 2 o T e s o u r e i r o
IBADEP
Pr. H r c u l e s C a r v a l h o D e n o b i - C o o r d . A d m i n i s t r a t i v o
Pr. J o s C a r l o s T e o d o r o D e l f i n o - C o o r d . F i n a n c e i r o
3
Cremos
4
8) Na ne ce s si da de e na pos si b il id ad e que temos de
viver vida santa m e d ia n te a obra e x pi at ri a e
re de nto ra de Jesus no C al vrio , atravs do pode r
rege nerad or, in s pi ra d or e sa nt if ic ad or do Espri to
Santo, que nos cap a c ita a viver como fiis
te st em u nh a s do po d e r de Cristo (Hb 9.14 e IPe
1.15).
9) No batis mo bblico no Esp ri to Santo que nos
dado por Deus m ed ia nt e a int ercesso de Cristo,
com a ev id n c ia inicial de falar em outras lnguas,
c onfor me a sua vo nt a de (At 1.5; 2.4; 10.44-46;
19.1-7).
10 ) Na atualidade dos dons espirituais distrib udo s
pelo Esprito Santo Ig re ja para sua ed ificao,
c onf orm e a sua so be ra na vo n ta d e ( I C o 12.1-12).
11 ) Na S e gunda Vind a p re m il e n ia l de Cristo, em duas
fases distintas. Pr im e ira - inv isvel ao mu ndo , para
arre bat ar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande
Tr ibulao ; se g un da - vis vel e corporal, co m sua
Igreja glorificada, para rein ar sobre o mund o
durante mil anos ( l T s 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap
20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cristos c om par ec e r o ante o
T ri bu nal de Cristo, para r e c eb e r re c o m p e n s a dos
seus feitos em fa vor da caus a de Cristo na terra
(2Co 5.10).
13) No ju z o vi ndouro que re c o m p e n s a r os fiis e
c onden ar os infiis (Ap 20.1 1-15).
14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiis
e de tristeza e to rm en to pa ra os infiis (Mt 25.46).
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M e t o d o lo g i a de E studo
1. Devocional:
a) Faa uma orao de a gr a de c im e nt o a Deus pela
sua salvao e por pr opo r ci o n a r- l h e a
op or tun id ade de e st ud a r a sua Palavra, para assim
ganhar almas para o Rein o de Deus;
b) Com a sua h u m ild a de e orao, Deus ir iluminar
e direc ion ar suas fac uld ad e s mentais atravs do
Esprito Santo, d e sv e n d a n d o mistrios contidos
em sua Palavra;
c) Para m e lh or a pro v e it a m e n to do estudo, temos que
ser org an izados, ler com prec iso as lies,
m e d ita r com ateno os contedos.
2. Local de estudo:
Voc precisa dis por de um lugar prprio para
estud ar em casa. Ele deve ser:
6
a) B em arejado e com boa ilu m in a o (de
pre fer ncia, que a luz v e n h a da esquerda);
b) Isolado da ci rcula o de pessoas;
c) Lon ge de sons de rdio, tele vis o e conversas.
3. Disposio:
Tudo o que fazem os por opo alc a n a bons
resultados. Por isso ad quira o hbito de est uda r
v o lu nta ria m e nt e, sem im posi es. C on sc ie ntiz e- se
da im po rt n ci a dos itens abaixo:
a) E s ta b el ec er um h or rio de estudo ex traclasse,
div idi ndo- se entre as disci plina s do currculo
(dispense mais te mp o s matrias em que tiver
m ai or dif iculdade);
b) Rese rva r, di a ria m e nte , algum tempo para
descanso e lazer. Ass im , quando estudar, estar
deslig ado de outras atividades;
c) C on cen tra r- se no que est fazendo;
d) A dota r u m a co rreta pos tu ra (sentar-se mesa,
tronco ereto), para ev itar o cansa o fsico;
e) No pa ssa r para outra lio antes de d om in a r bem
o que estiver est udando;
f) No ab usar das c a pa c id ad e s fsicas e mentais.
Quan do p e rc eb e r que est cansado e o estudo no
alcana mais um b om r e nd im e nto , faa uma pausa
para descansar.
4. A pr o v e it a m e n t o das aulas:
Cada dis cipli na a pre se nt a carac ters ticas
prprias, e n v olv en do di fere nte s c om port am en tos :
raciocnio, analogia, inte rp re ta o, aplica o ou
si mp le sm en te h a bili da d es motoras. Todas, no
7
1
5. Estudo extraclasse:
O bs er va ndo as dicas dos itens 1 e 2, voc deve:
a) Fazer dia ria me nte as tarefas propostas;
b) Reve r os co n te do s do dia;
c) Pr ep a ra r as aulas da seman a seguinte. Se
con stata r alguma dvida, anote-a, e apre sen ta ao
m on ito r na aula seguinte. Procure no deixar suas
dvidas se acumulem.
d) Mater ia is que pode r o ajud-lo:
Mais que u m a ve rso ou tradu o da Bblia
Sagrada;
Atlas Bblico;
Dicionrio Bblico;
E nc ic lo p di a Bblica;
Livros de Hist ri as Gerais e Bblicas;
Um bom dic ion rio de Portugus;
Livros e apo stilas que tratem do mesmo
assunto.
8
e) Se o estudo for em grupo, tenha sem pr e em
mente:
A ne ce s si da de de dar a sua c olab or a o
pessoal;
O direito de todos os int egrantes opinarem.
9
Currculo de Matrias
> Teolog ia
CO Bibli olo gia /
CO A Trin dad e /
CO Anjos, H om e m , Pecado e Salvao ^
CO H e re s io lo gi a v/
CO Ec lesi ol og ia / M is s io lo g ia S
> Bblia
& C3 Penta teuco
CO Livros Hist ri co s /
0 CO Livros Poticos
CQ Profetas Maiores
EDI Profetas M en ore s J
CO Os Eva nge lh os / Atos \i
C3 Epstolas Paulinas / Gerais v
e. 3 A po cal ip se / Esc at olo gi a
10
Abreviaturas
11
ndice
Referncias B i b l i o g r f i c a s .................................................137
13
Lio 1
A tica Crist
I C o n h e c e r d i s t in t a m en te ; p e r c e b e r laro por q ua lq ue r d os
I I nlidos: apreciar; d is t ingu i r ; d i sc r i m i na r.
15
Vs Sois o Sal da Terra
1 Q u e no t em sabor; q u e n o s p i do . F i g . D e s a g r a d v e l ;
t ed i o s o ; m o n t o n o .
Que no tem sal; i n s o s s o ; q u e n o t em sabor; i n s p i do .
17
^ P e r d e o seu s a b o r . Se o s al f o r inspido, com que
se h de s a l g a r ? (Mt 5.13).
^ P e r d e o seu v a l o r . Pa r a na da mais p r e s t a (Mt
5.13).
v P e r d e o seu l u g a r . P a r a se lanar f o r a (Mt
5.13).
N a Q umic a, o sal ch am a do de cloreto de
sdio. Esta su bs t nc ia tem p ro pr ie da de s importantes.
P or isso, Jesus a usou para tipif ica r o papel daqueles
que so seus discpulos.
1. O s al p r e s e r v a .
D esde tempos ime mo ria is , o sal tem sido
utilizado pelos povos como s ubs t nc ia co nservante, que
p re s er va as c ar ac ters tic as dos alimentos.
O cristo, como o sal espiritual
c ap ac idade de p re s e rv a r o a mb ie nte sob sua influncia.
Este mu ndo ainda existe porq ue , apesar de sua
d e gen e ra o, a Igreja, fo rm ada pelos crentes, est
p re s erv a nd o o que resta de sade moral e espiritual no
mundo. Quan do a Igr eja for tirada da terra, a podrid o
to ma r conta dos povos sem Deus, levand o-o s
de c o m p o s i o final, que os levar ao Inferno.
O crente tem o dev er de s a lg
p re s er v a r sua famlia, seus amigos, crentes ou no e
todos os que estejam de u m a forma ou de outra sob sua
influncia. Atra v s das misses, da ev ang e liz a o local
e regional, a Igreja esp al ha o sal sobre o mundo, para
que ele no a po dre a de vez.
2. O s al d sabor.
U ma comida sem sal nunc a vista como
saborosa. N o rm a lm e n te , indic ad a para pessoas que
esto com pro ble ma s de sade, para quem contra-
indica do o uso do sal.
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A Bblia registra a im po rt n c ia do sal, como
elem ento que d sabor: Ou c o m er -s e- sem s a l o que
inspido? Ou hav er g o s to na clara do o v o ? (J 6.6).
Da me sm a forma, o crente em Jes us tem a pro p r ie d a d e
de dar sab or espiritual ao a m bie nt e em que vive, vida
dos que lhe cercam.
H pessoas que se sentem felizes em
conv iver com crentes fiis, senti ndo o efeito ben fico
do contato com eles. E isso glorifica o nome do
Senhor. E n e ces sr io ter sal na vida, ou seja, um viver
cheio de alegria, de poder, entusias mo, cheio do
Ksprito Santo.
Jesus re c o n h ec ia o va lor do sal, quando
afirmou: B o m o sal, mas, se o s a l se torn ar insulso,
com que o a duba r eis ? Tende s al em vs m e sm os e paz,
uns com os o u tr o s (Mc 9.50). Em seu ensino, Ele disse
que, se o s al f o r inspido, com que se h de s alga r?
l'ara nada mais pres ta, s e n o p a r a se lanar f o r a e ser
pis ado p e lo s h o m e n s 1' (Mt 5.13). Isso quer dizer que, se
0 crente deixar de dar seu te st em u n h o , sua vida perde o
sentido, torna-se intil, e pa ssa a ser p i s a d o pelos
pecadores.
i. S a l na medida.
Uma das ca r ac te r s ti c as do sal sua
hu m ild a de . Ele p re s e rv a e d sabor, sem aparecer.
Assim o crente fiel. Ele humilde. No faz questo
ilc iiparecer. Q ua ndo o sal a p a r e c e , pelo excesso,
ningum suporta.
O crente com o sal pr eg a mais com a vida do
i|iii com pa lavras. Joo Bat ista foi um exemplo.
1 .iliindo sobre Jesus, disse: E necessrio que ele
i ic s a e que eu d i m i n u a (Jo 3.30).
O crente, qua nd o tem sal demais, torna- se
insuportvel. Isso aco ntece, qu a n d o se torna fantico.
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Em lugar de pa s s a r para os outros o sabor da vida
crist, acaba a fu g e nta nd o as pe sso as, com excesso de
santidade. So legalistas, que v em pe ca do s em tudo.
Por outro lado, h os que no tm mais sal
em suas vidas. So os liberalis tas , que se ac o m o d a m
com o m un d a n is m o , e diz em que nad a pecado. So
extremos. E preciso ter eq uilbr io no te stemunho.
Paulo disse: A vo ssa p a l a v r a seja s e m p r e
agradvel, te m pe r ad a com sal, p a r a que saib ais como
vos convm r e s p o n d e r a cada u m (Cl 4.6). O fruto do
Es prito inclui a te m p e ra n a (G1 5.22).
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ge ra o p e r v e r t i d a e corrupta, na qual r esp la nd ece is
como luzeiros no m u n d o (Fp 2.15).
A esfera do m u n d o trevas; trevas da
ignorncia, a sua esfera escu rid o, Jesus foi luz
entre os hom en s (Jo 1.5). M as os home ns a m ar am mais
as trevas que a luz, porqu e as suas obras era m ms.
Os crentes ta m b m so luzes que ilum ina m
as trevas segundo os en sinos de Jesus, sem essa
iluminao o mu nd o seria um lugar te n eb r oso , seus
discpulos, pois, de v e m ser como u m a cidade
edificada sobre um m o n t e .
M es m o que as luzes fos sem fracas, as
cidades ed ificadas sobre o monte, seriam vistas de
grande distncia. A ss im ta m b m deve ser o crente,
brilhando e di ssi pa nd o as trevas.
A pre s e n a real de Deus na vida do crente
far dele uma luz ve rd a de ir a, e Deus ser g lorificado
era sua vida. O crente como luz exerce o seu ver da dei ro
sacerdcio.
/. Vs sois a luz do m u n d o .
Faz end o uso de m e t f o r a s 1, Jesus afirmou
que os seus disc pulos so a luz do m u n d o . Figura
extra ord in ria essa! D if e re n te m e n te do sal, que no
visto em ao, a luz s tem va lor qua ndo pe rcebida,
quando aparece.
1.1. O te st em u nh o elevado.
C o m p a ra n d o seus seguid ore s com o luz do
inundo, Jesus disse que no se p o d e e s c o n d e r uma
1 Tr op o que c o n s i s t e na t r a n s fe r n c i a de u ma p al av ra para um
ninbito s e m n t i c o que n o o do o b j e t o que e l a d e s i g n a , e que se
li md ame nt a n uma r e l a o de s e m e l h a n a s u b e n t e n d i d a entre o
s e nt i do prprio e o f i gu r ad o ; t ra ns l a o. [Por m et f or a, c h a m a - s e
r a p o s a a uma p e s s o a ast ut a, ou se d e s i g n a a j u v e n t u d e p r i m a v e r a
<l;i vida.]
21
c id ad e edifica da s o b r e um monte". De fato, as cidades
sobre os montes, quando chega a noite, refle te m as
luzes de suas casas e ruas.
Como luz, o crente est edificado sobre
Cristo, em po s i o muita elevada. Ele nos res suscitou
j u n t a m e n t e com ele, e nos f e z a s se n ta r nos lugares
celestiais, em Cristo J e s u s ( E f 2.6). O salmista
re c o n h ec ia essa posi o elevada, qua ndo disse: Leva-
me p a r a a ro cha que mais alta do que e u (SI 61.2).
1 P e q u e n o a p a r e l h o de i l u m i n a o , que se s u s p e n d e por um
p r e g o , c o m r e c i p i e n t e de f o l h a - d e - f l a n d r e s , barro ou outro
ma t er i al , a b a s t e c i d o c o m l e o , no qual se e m b e b e uma t orcida, e
de u s o e m c a s a s p o b r es .
2 U m a v a s i l h a de m e d i d a de a l q u e i re , que s e rv i a para medir
c e r e a i s , f ei t a de barro, c o m a c a p a c i d a d e de 8 litros e m e i o .
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ser c om par ad o a um planet a, que um astro ilum ina do
por um a estrela, em torno do qual ele gravita. Na
verdade, ns somos ilumi na dos por Jesus. Ele, sim, a
estrela da a l v a (2Pe 1.19), a r e s p la n d e c e n te Est rel a
da m a n h (Ap 22.16). NEle , e em torno dEle, ns
vivemos, e rec eb e m os a sua luz. C om nosso
testemunho, p re ci sam os e s p a r z i r 1 a luz do evange lho
da gl r ia de C r i s t o (2Co 4.4).
24
Questionrio
Ass ina le com X as a lt e rn at iv as corretas
1. tica no :
a ) |_] A parte da Filosofia que estuda os valores morais
e_os princpios ideais da conduta humana
b ) U A cinc ia normativa que serve de base filosofia
prtica
c) l_J O conjunto de princpios morais que se devem
observar no exerccio de uma profisso
d ) 0 O senti men to que p re d is p e algum a deseja r o
bem de outrem, ou de a lg u m a coisa
Je su s cum pr iu o AT.
Cristo no s ratif ic ou, mas cumpri u em si
mesmo o Antigo T e s ta m en to (Mc 1.17), en glo ban do a
os m inu ci os os tipos d esc rit os no Pe nta te uco e os
v a t i c n i o s 2 dos prof etas que ap o nt av a m em sua direo.
Ele rec on hec eu -s e o po nto co nver ge nte da histria da
salvao p ri m e ir a m e n te a n u n ci a d a por Deus ao
1 C o n f o r m i d a d e ; a c o r do de i d i a s .
2 Predio, profecia.
26
primeiro casal e p o s te r io rm e n te re ite ra da aos patriarcas
e ao povo de Israel m e di a nte a Lei e a revela o
proftica (ver Gn 3.15; 12.1-3; Is 9.6; Mq 5.2).
O ato da e nca rn a o do Filho de Deus, cujo
p i c e 1 foi a sua entrega com o o C ordeiro que re dim e o
homem (ver Jo 1.14,29), c um pri u a p e r s p e c ti v a da f
dos heris do AT e inaug ur ou um novo te mp o em que
os padres ticos reve la do s por Deus na Lei e nos
profetas so re a fir m a dos por Cristo (Jo 1.18) como o
modelo desta nova era.
P o r q u e a tica do R ei no de D e u s absoluta.
A tica do Sermo do Mo nte, portanto, tem
car ter absoluto. Ela no se altera ao sabor das
dif erentes situa e s, no se ajusta ao que pensa o
h o m e m e nem se m odif ic a para ad aptar-se ao estilo de
vida de cada um, mas a exata ex pre ss o do propsito
de Deus para o seu povo (ver Mt 5.48; IPe 1.13-16).
p a r t e da r e s p o n s a b i li d a d e crist. A busca
deste pa dr o tico deve, porta nto , consti tui r-s e no alvo
de cada crente, sendo parte de sua r e s po nsa bil id a de
crist. C om o Paulo ensi nou aos glatas, no se trata de
obrigao im po st a por um sist em a legal, mas de algo
que re sulta de j est arm os c ru ci fic ado s com Cristo e de
Ele ter ass u mi do a no ssa p r p ri a vida para torn ar-n os
capazes de a rd e nte m e nt e p r o s s e g u ir em bu s c a desse
objetivo (ver G1 2.20; Fp 3.12).
Isto implica afirmar, com absoluta
segurana, que se o crente no ma nife st a esse desejo de
ap erfeioar a sua vida crist a cada dia, nos mold es
ensinados por Cristo no Serm o do Monte, certo que
no tenha e x p e r im e n t a d o a v e rd a d ei r a tra n s fo rm a o
interior ou a tenh a pe rdi do no meio do caminho. Ainda
que a fora da Lei no p ro d u z a n e n h u m a piedad e, s
aparncia, o cora o tr a n s fo rm a d o ser co mp el id o a
expressar em sua vida esse pa dr o tico dese ja do por
Deus (cf. SI 42.2; 63.1).
E r es ulta do e xcl us ivo da graa. Por outro
lado, cabe ressaltar, com a m e sm a seg urana, que, se
nenhum esforo hu m a n o pode pro du z ir no s o
ardente desejo, mas ta m b m a p os si b il id ad e de se
experimentar, aqui e agora, essa dim en so tica do
Reino de Deus, s h uma re sp os ta a ser dada: ela
resultado ex cl usi v o da graa (ver Rm 6.1-15).
O p ro p s ito de Cristo que as ex igncia
espirituais da Lei de Deus se c u m pr a m na vida de seus
seguidores (Rm 3.31; 8.4). O re la c io n a m e n to entre o
rente e a Lei de Deus en volve os seguin tes aspectos:
A lei que o crente ob rig a do a c um pri r consiste
nos pri nc pi os ticos e morais do AT (M t 7.12;
22.36-40) b e m como nos e n s in a m e n to s de Cristo e
29
dos a psto lo s (Mt 28.20; IC o 7.19; G1 6.2). Essas
leis re ve la m a n at ur eza e a vo nt a d e de Deus para
todos e c on ti n u a m hoje em vigor. As leis do AT
destin ada s diret am en te nao de Israel, tais
como as leis sacrificiais, cerimon iais, sociais ou
cvicas, j no so obrig at ri as (Hb 10.1-4; Lv
1.2,3; 24.10).
O crente no deve c on si de ra r a Lei como sistema
de m a n d a m e n to s legais atra vs do qual se pode
obter m rit o para o perd o e a salva o (G1
2.16,19). Pelo contrrio, a Lei deve ser vista como
um cdigo moral para aqueles que j esto num
r e la ci ona m e nt o salvfico com Deus e que, por
meio da sua ob e dinc ia Lei, ex pre ssa m a vida de
Cristo dentro de si me sm os (Rm 6.15-22).
A f em Cristo o po nt o de pa rtida para o
c um pri m e nto da Lei. M ed ia n te a f nEle, Deus
torna-se nos so Pai (cf. Jo 1.12). Por isso, a
obe di nc ia que pre st am os como crentes no
pr ov m som ent e do nos so r e la ci on a m e nt o com
Deus como leg is lad or sober ano , mas ta mb m do
re la ci on a m e nt o de filhos para com o Pai (G1 4.6).
30
A Conduta Crist e a Santidade Pessoal
31
J- O crente no p e r t e n c e ao mundo.
A de gra da o moral do ho m e m sem Cristo
no leva Deus a re la xar os seus padres. A santific ao
o apelo em que Deus co ns in ta o ho me m a subir um
po uc o mais, q u a lq ue r que seja a sua c on di o
espiritual.
Diante de ns est um alvo posto por Deus:
A t que todos c h e gu e m os a unid ade da f , ao
c o n he c im e nto do Filho de Deus, a varo pe rfeito, a
m e d id a da estat ura co m pl eta de Cristo' ( E f 4.13).
1 P l an ta he r b ce a, da f a m l i a das v a l e r i a n c e a s (N a r d o s t a c h y s
j a t a m a n s i ), ori gi n r i a da s i a , c u jo r i z o m a , a r o m t i c o , f oi m ui t o
e m p r e g a d o p e l o s a n t i g o s em p er f u ma r i a
32
nosso ser p e n et r ar a fr ag r nc ia dos nardos cel estiais, e
0 nosso rosto brilha em meio e scu rid o em que vive o
mundo.
A s anti fi c a o o f r u t o do trabalho do h o m e m de
Deus. S a a lc a n a r e m o s se a de se ja rm os e a
bus carmos. S por seu esf oro, porm, o ho me m
n un ca po de r alcan-la. Po r isso, Deus diz: Eu
sou o Senh or que vos s a n t i f i c o .
Sa ntid ade um atribu to p e s s o a l de Deus.
Pr oc ura nd o eleva r-se as alturas em que Deus est,
o crente vai e sca lan do, pouc o a pouco, os degraus
desta asc e ns o sublime. No se c o n s e g u e a
santi fica o num instante.
E obra p a r a toda a vida. Dia nte de cada crente
est a figura m xim a, o motivo insp ira dor, o
V aro Perfeito, que Cristo, o Senhor. Ele a
razo pela qual nossa vida deve tr a ns fo rm a r-s e ,
dia a dia, na m a io r se m e lh a n a de Sua pessoa.
4- A s a n ti d a d e u m a n e c e s s i d a d e h u m a n a .
E a p r e s e n a de D e us na alma que p r o d u z a
s an tif ica o. E s c re ven d o aos crentes de Corintos,
Paulo disse: N o sa beis que vs sois o templo de
Deus, e que o Es pr ito de D eu s habita em vs? ( I C o
3.16). Real me nte , santo no sentido absoluto, s existe
34
um em todo o unive rso. N u n c a ser iamos santos sem a
atua o de Deus em ns.
A s a n ti d a d e de vida a g l r ia de Deus
reflet ida p e l o crente. Q uan do o ho m e m est cheio da
paz de Deus, na tu ra lm e n te p ro c u ra viv e r em paz com
seus semelhantes. Por falta de santidade na vida, ocorre
miopia, para no diz ermo s a ceg ue ira espiritual.
A santi dad e a cond i o e xcl us iv a para se
ver a Deus em sua Palavra , na vida diria, na natureza
ou no co m p an h e ir i sm o ntimo e na vida escato lgic a
(Hb 12.14; Mt 5.8).
35
reco men da : San tif icai-vos em vo sso s co raes a
Cristo como o S e n h o r .
S a s a n ti d a d e reali za m ila gr es de glria. Se
cre scerm os em san tidade, a Igreja ta m b m crescer em
nvel, e daremos a Deus me lhores condi es de usar-
nos na sua santa causa (2Co 6.16 - 7.1).
Sa n ti fi c a r s e p a r a r p a r a dedicar. Santo
aquilo que se sepa ra do pro fa no pa ra ser dedicado ao
servio da Div ind ad e. Ass im os vasos de ouro usados
nos cultos sacrificiais de Israel eram santos. Porque
eram separados de q u a lq u er outro uso para serem
dedica dos e xcl u s iv a m e nt e ao servio de Jeov. O
crente santo po rqu e est sep arad o do mund o e
dedi cad o a Deus.
Viver uma vida de sa nt id a d e deve ser o
objetivo de cada crente. Ele est neste inundo, mas
sep arado de Deus, sujeito sua vonta de em tudo, e
esf or a nd o- s e para de se nv olv e r- s e s e m e lh a n a do
Mestre. U m a vez que no h como enfatizar em
dem asi a o impe rat ivo m ora l do Evan ge lho . Este requer
obe di n c ia e santidade, por quanto nad a tem o podei de
salvar o h o m e m a no ser o Ev angelho.
A sant if ic ao leva o crente mais perto de
Deus e leva o pe c a d o r a se in te ressa r por Ele por causa
da linha divis ria existente, na ma n ife st a o do poder
de Deus na vida do crente. M ed ia n te a tran sf orm a o
moral segundo a im a g e m de Cristo que auferimos a
tr a ns fo rm a o me tafsica. Isso si gnifica que med ia nte a
ve re d a moral somos levados p a rt ic ip a o na na tureza
de Cristo, na qua lidade de filhos de Deus em que
duplica a ima ge m do Filho.
Mas todos ns, com cara descoberta,
refletindo como um espelh o gl r ia do Senhor, somo s
tr an sfo rm ados de gl r ia em glria, na m esm a imagem,
como p e lo Esp rito do S e n h o r (2Co 3.18).
36
Aq ue les que esto sendo tr a ns fo rm a do s
segu nd o a ima ge m de Cristo te m a re sp o n sa b il id a d e de
d e m onst ra r aos homens deste m un d o a e fi cc ia da
graa de Deus, que neles opera. Se isso for feito como
se deve, ento os crentes, sant if ic ado s, sero capazes
de levar outros a p a r ti c ip a re m da graa de Deus, de
mo do a virem louv ar ao Se n h o r com suas p a la v r as e
com sua vida diria:
E p e r s e v e r a n d o u n n im e s todos os dias no
Templo, e p a r t i n d o o p o em casa, com iam j u n t o s com
alegria e s in gel ez a de corao, louva ndo a Deus, e
caindo na g r a a de todo o pov o. E todos os dias
a c re s ce nt av a o S e n h o r I g r e ja aq ue les que se haviam
de s a l v a r (At 2.46, 47).
Questionrio
37
8. corre to afirmar que:
a)[x| Santifica r s ep a ra r para dedicar
tOP] Santidade um atributo pessoal de toda a
hu m a ni da de
c ) D A santi ficao no pos sui finalidade tica
d ) Q A santi dade in c a p a z de rea liz ar milagres de
glria
38
Lio 2
Uso e Abuso da Lngua
40
A lista acim a co nt m boas e ms qualidades.
Isto mostra que h um pote nci al para o b e m e para o
mal na fala humana.
Com nossas lnguas ferimos ou curamos,
construmos ou de str um os , a be n o a m os ou
amaldioamos. impo rtante, portanto, que apren dam os
usar a lngua como in s tru m e nto de b n os (Pv 18.21).
O ho m e m que fala a v erd ad e no tribunal
louvado. A pe sso a que j u s t a semp re p ro m o v e r a
ju st i a por falar a verdade. A pe sso a j u s t a fala a
verdade, no po rqu e est sob j u r a m e n to , mas por que
da sua n a tu re za faz-la. Q ua lq u e r outra atitude seria
altamente detestvel.
O m en tir os o, por outro lado, no merece a
co nfiana para dizer a ver da de , mesm o qua ndo est sob
juram en to. Suas me ntiras le vam ao fracasso da justia.
O falso te st em un ho um pro b le m a srio.
41
Enq ua nt o o mpio estiver perto, a boca
dever estar fechada (SI 39.1). Todo h om e m deve ser
pronto pa ra ouvir e tardio para falar. E tardio para se
irar. Por que a ira no ope ra a j u s ti a (Tg 1.19).
A Sinceridade na Palavra
=> O uso r e s p o n s v e l da p a la v ra .
E no en volve apenas a verdade. No deve
usar esse dom para aquilo que for ftil, grosseiro,
prejudicial. A pa lav ra deve ser te m p e ra d a com sal, de
modo a levar sempre ao outro al gu ma edificao, toda
e q u a lq ue r forma de m en tir a deve ser abominada.
46
Q u a lq u er tipo de m e xer ico s, intrigas,
insinuaes m a ldo sas , segundas intenes nas
expresses, de sc ulp a para e sc a p ar de alguma
res pon sab ili dad e e di ssi m ul a e s, no passa de formas
de mentiras e ne m de v e m ser n o m e a d o s pelos santos.
H pais que inst rue m seus filhos va len do de
vrias mentiras. Q u a ndo as cria nas p e rc e b e m algumas
delas, os prprios pais caem no d e sc r dito das crianas.
Q u a lq u er p a lav r a que sair de vossa boca
deve ser e xp re ss o da ve rda de cristalina, a mentira
procede do diabo, ele n u n c a se fir mo u na verdade:
Vs tendes p o r p a i ao diabo, e quereis
s at isf aze r os de sej os de vosso pai, ele f o i ho m ic id a
desde o pr in c pi o, e no se f i r m o u na verdade, p o r q u e
no h ver da de nele; quando ele p r o f e r e mentira, fa la
do que lhe p r p ri o, p o r q u e mentiroso, e p a i da
m e n ti r a (Jo 8.44).
A que les que amam e c o m et em a me ntira
ficaro fora do reino de Deus, no p od e r o entrar nos
cus: F ic ar o de f o r a os ces e os fe it ic e i r o s , e os que
se p r ost it uem , e os homicidas, e os idlatras, e
qualque r que am a e co m et e a m e n t i r a (Ap 22.15).
1 Qu e n o trabalha; d e s o c u p a d o ; i n at i vo .
48
d e sve nda os seus p e n s a m e n to s , sen ti mento s e valores.
Jesus no est di zen do que o be m e o mal esto no
corao, de onde vem a pa lavra.
As palavr as r e v e la m p r o f u n d a m e n te o carter
de uma pess oa e ta m b m o seu estado de esprito.
O p e r i g o das p a l a v r a s oc io sa s (M t 12.36).
H mu ita s pe ssoas com grandes
r e s po nsa bil ida des esp ir itu ai s que no tem pesado bem
suas pa lavras, us am grias e no tem pa rado para
pensar nos perigos das pa lav ras ociosas.
Gria v o c a b u l ri o dem on aco . Q uantas
grias so usada s no dia a dia de muita s pe ssoas e at
nos plpitos!
P or nog ra fi a pa re ce ser um mal incurvel para
muitos, us am -n os em pa lav ras e at com gestos.
Co nsc ie nt e m en te ou in c o n s c ie n te m e n te qu a lq ue r
palavra ou gesto ocioso, ser levado a juzo : Mas eu
vos digo que toda a p a l a v r a oc iosa que os home ns
disserem ho de dar c onta no dia do j u z o . P or qu e p o r
tuas p a l a v r a s sers c o n d e n a d o (Mt 12.36-37).
Q uando a tribo de E fr ai m quis fazer guer ra a
Jeft por no terem p a r ti c ip a d o da grande vitria deste
guerreiro, sendo d e rr ota do por ele, te nta ram fugir da
morte, mas quando t e n ta r a m a tra v es sa r os Vales do
Jordo, ti nh am que pa ss a r po r um teste: pr o n u n c ia r
uma pa lav ra que eles no c o n s e g u ia m falar (Jz 12.6).
Com isto p ro va ra m que era m da tribo de Efraim, sendo
assim, j u l g a d o s pela palavra.
49
Questionrio
A ss in a le co m X as al te rn at iv as corretas
1. errado:
a^l_j O p e ns a m e nto im p u ls io na do por su gestes
verbais
b ) 0 J se tornou n o rm a l c onh ec e r os pe ns am en to s
sem as pa lav ras que e x p r e s s a m as idias
c ) D To da a c ooper ao entre os seres huma nos
depende, para seu sucesso , da co mu nic ao verbal
d)|_J O carter re ve la do pela ling ua ge m
e m pre ga da pelo ind iv duo
1 Tornar v u l g a r ou n o t r i o , di f undi r .
51
forma c on tr ria ao que ju ra ra m . Isto porque, nem
sempre eles esto disp ostos a ar carem com os efeitos
de um j u r a m e n t o in c onse qe nt e. Outrossim, os nossos
j u r a m e n t o s so relativos diante da quEle que tem todo o
po de r sobre o Universo. N os s a s palavr as so finitas e
se e sg o ta m em nossas pr pri as limitaes.
O que levaria o Mestre a tocar nesse
assunto? P ode m os inferir duas razes:
Para que os crentes refl it am na r e s po nsa bili da de e
limitao de suas pal avr as; e
Saibam quando dev ero, com prud nc ia, dizer,
s im ou n o .
O co m pr om is s o com a pa lav ra em pe nh a da
um a rea ex tre m am en te signific at iva para os
rela ci on a m e nt os . No po d e ri a ter sido diferente porque
a pa lavra a fora p r o p u l s o r a 1 da e ng ren ag em humana,
tanto para o bem quanto para o mal. Ela o
ins tru me nto que aciona grand es negcios, constri
slidas amizad es, a pr ox im a as naes, mas, ao mesmo
tempo, pode ter efeito d e v a s t a d o r 2, de pen d e ndo . da
forma como em pregada. Da a sua imp ortnc ia no
contexto da tica p re g a d a por Cristo.
1. A r e la ti vi da de dos ju r a m e n t o s .
1.1. R e l a ti v i d a d e ante a g r a n d e z a divina.
N a pa ss a g e m bb lic a em apreo destaca-se
outra vez a expresso: ouv ist es que f o i dito aos
a n ti g o s (Mt 5.33), em aluso forma estritamente
legalista como os fariseus in te rp re ta va m a lei mosaica,
agora na quest o dos ju r a m e n to s . E tanto que o
prin cp io farisaico ao qual Jesus se reporta nesse
1 Qu e i m p e l e para diant e.
2 A q u e l e que d e s t r i , d a n i f i c a .
52
versculo no aparec e da q u el a forma em ne nhum a parte
do AT (ver x 20.7; Lv 19.12; N m 30.2; Dt 5.11;
23.23), c on sti tui ndo -s e, portanto, apenas numa
interpretao es tr ita m en te j u r d ic a que os doutores da
lei tinham do Pen tateuco.
Quand o o M est re qu est io na essa ab ordagem,
no est pondo em dv ida o de ve r de man te r-s e o
co mprom isso com a pa lav ra e m pe nh a d a , nem est
admitindo o p e r j r i o 1.
O que est sendo argido pelo Senhor a
vulgarizao dos ju r a m e n to s , isto , a forma
de srespeitosa de usar o sagrado (o nome de Deus, por
exemplo, em Mt 5.34) para le g i t i m a r 2 situaes da
rotina diria (s vezes c om p ro m e te d o ra s ), onde a
palavra de cada um dev eria ter o peso do carter de
quem a profere. o que a Bblia id en tif ica como tomar
o nome de Deus em vo (x 20.7).
Era comum, entre os ju d e u s , j u r a r pelo altar,
pela oferta, pelo templo, pelo ouro do templo e por
Jerusalm, a cidade do grande Rei. Quanto mais
importante o objeto do j u ra m e n to , m ai or significado
linha o compro mis so .
At m esm o o cu era invoc ado por
testemunha entre as pa rtes (ver Mt 23.16-22). Mas
como pr o trono do A lt s si m o como av alista de nossas
palavras, se apenas o Deus eterno tem o controle
absoluto e s ober ano do tempo para de te r m in a r o rumo
da histria?
1 Juramento f a l s o.
Tornar l e g t i m o para t o d o s o s e f e i t o s da l e i , l e ga l i z ar .
53
O prp rio M est re levanta a questo, quando
afirma: Nem j u r a r s p e l a tua cabea, p o r q u e no
p o d e s torn ar um cabelo branco em p r e t o (Mt 5.36).
Ora, se nos faltam condies de de ter mi na r o
efeito das circ unst nc ia s do tempo sobre o nosso
organis mo, como firmar nossas pa lavra s em nome de
alguma coisa sobre a qual no temos controle?
Chega -s e, porta nto , seguin te concluso:
n e nh um ju ra m e n to gara nte que as nossas palavras sero
cumpridas, por m a io r valor que ten ha o smbolo
sagrado para firm-lo. Eis a razo pel a qual o Senhor
nos ensi na a evitar esse recurso para gara nti r o que
estamos falando. En si no este, que Tiago repete em sua
epstola (Tg 5.5).
A verdade que j na q ue la poca, como
tam b m nos dias de hoje, o uso i n d i s c r i m i n a d o 1 dos
ju r a m e n to s tornou- se um recurso sem cred ibilida de
porqu e pa sso u a ser um a form a de ten tar legitimar a
mentira. N o r m a lm e nt e , quando al gu m precisa j u r a r
por alguma coisa porque a sua v e r d a d e est
desacreditada.
1 N o d i s t i n g u i d o , no s epa r ado.
54
palavra tenha o peso c o r re s p o n d e n te ser iedade com
que lidamos com as situa es da vida. Aqui entra a
prudncia da reflexo. E o estarm os pro nto s para
ou v ir , c onf orm e Tiago 1.19.
Temos a te n d n c ia de falar mais do que
devamos e ouvir me nos do que prec isam os . Isto
contribui pa ra a p e rd a da c ap ac id ad e de refletir,
resultando fr eq e nt e m en te em afirma es pre c ip ita da s
ou mesm o frau du lenta s que no p a ss a m na p r o v a da
verdade.
2.3. A p r u d n c i a do do m n io verbal.
Tal atitude leva a outro co mp or ta me nto : a
cap acidade de d om in a r a lngua, cujo efeito o apstolo
Tiago comp ara fora do pe q u en o leme de uma nau,
capaz de c on duzi- la de um lado para outro ao m e no r
m ov im en to dos braos do piloto (Tg 3.1-12).
3. A p a l a v r a do cristo.
3.1. Qua n do p o s s v e l d iz e r sim.
Com isto em me nte, ch egamos ao mago do
ensino de Cristo sobre a p a la vr a do cristo (Mt 5.37).
Aqui est im plcita a idia de firmeza em nossa
co m unic a o pessoal, de m a ne ir a que a nossa palav ra
em si baste, sem q u a lq ue r j u ra m e n to , para firmar os
nossos comp romis so s. Sem nos esque cer mo s, por outro
lado, de po nd e ra r as circu nstn cias, as nossas
limitaes e a so ber ani a de Deus sobre todas as coisas
(ver Tg 4.13-15).
Tal dis ce rn im en to nos dar condies no s
de saber a hora de diz er sim, mas a forma de (e
quando) faz-lo, para que seja mos capazes de cumprir
com as nossas obrigaes.
56
Por faltar ao sace rdo te Eli a c ap ac ida de de
dizer no aos p e ca do s dos filhos, Israel sofreu um de
seus mais r e t u m b a n t e s 1 fracassos e pe rd e u a glria de
Deus (cf. 1 Sm 3.10-14; 4.1-22).
O Dever Correspondido
1 A q u i l o q u e r e f l et i d o c o m e s t r o n d o , que e c o a , r e s s o a .
57
Jesus veio a dar o v e rd a de ir o sentido da lei.
A ssume assim u m a autoridade sup er ior aos profetas do
AT. Estes disseram; Assim diz o S e n h o r , Jesus disse:
Eu vos d ig o .
Paulo mos tra que aq uilo que vigor a da lei a
parte tica e no a cer imonial ( I C o 7.18.19; Cl 2.16).
Por isso Jesus pode falar em guardar os seus
ma nd am en to s (Jo 14.15). E Paulo em cu mprir a lei de
Cristo (G1 6.2).
A f a l t a de r e la c io n a m e n to (M t 7.21-23).
Pode p a re cer que este pa rgra fo oferece uma
escolha simples entre dizer e fazer, mas no este o
caso. Os que aqui foram reje ita dos foram tanto os que
falavam quanto os que faziam. Eles disseram: Senhor!
Senhor! e fa ziam obra religiosa, pro fetizavam,
e xp ul sa va m de mnios, e re a li z a v a m milagres e feitos
poderosos.
Os atos requeridos so o fazer a von tade de
Deus, e no m e ra m en te rea lizar atos e ritos religiosos,
por imp re s si onan te s que sejam.
Para muitos que dizem: Senhor! S e n h o r ! , e
fazem coisas sensa cio na is como profecia, exorcismo,
milagres ou grandes feitos, e que no serve para
glori fic ar a Deus, o vere dicto, no Juzo Final ser:
N u n c a vos c o n h e c i (Mt 21.22). No que uma vez
eles tivesse m sido c onhec ido s, depois esq uecidos, eles
nunc a haviam entrado em um re la ci ona m e nto salvador
em Cristo.
Ao f a z e r que re qu e rid o alm de d iz e r ,
clarame nte no igualado com ortodoxia, profecia,
exorci smo ou milagre.
A entrada no Reino dos Cus prom etida
apenas para os que fazem a vo nt a de do Pai celestial
(Mt 6.10).
58
O E v a ng e lh o de Mate us te rm in a com e
nota: E n s in a n d o -o s a o b s e r v a r todas as coisas que eu
vos tenho o r d e n a d o (Mt 28.20).
59
I i |)i i.i i ivsposllr do segundo filh
11111 tu l' 11 ' iilii iii|iii os piibIicanos e meretrizes,
11111 ii u-lmlo 1 1( indo .111111 1<> que vil, re pugna nte e
alheio ao s em in u nlo puro c palriolico.
Mas esses csl;lo mais cnscios do pecado e
se ar re pe nd e m mais prontamente . O ponto central aqui
que a aut ori da de re s pe ita da pela obedincia, no
com meras palavras.
H pessoas cuja pro fi ss o de f me lh or que
sua prtica. Pr o m et em muito, a pa re nt am pie dade e
fidelidade. Mas e squ ec em de por isso em prtica.
C om o pode mos saber a vontade de Deus? A
Bblia a prim eir a fonte. Muitas vezes ela no nos d
tudo pronto. D princpios. Ela como uma candeia
que alumia em lugar e s c u r o (2Pe 1.19).
A ve rda de s pode ser rec o nh ec id a pela
prtica. Pala vras no s ub sti tu em a prtica. Podemos
co nfessar a Deus com nossos lbios e neg-lo com a
prtica (Tt 1-16). Rec ita r um credo no suficiente,
preciso viv er a palavra.
No adianta usar vocab ul rio cristo,
p art ic ip ar de suas atividades. A f de m on st rada pela
obedincia.
60
Questionrio
A Chamada Universal
' Tr e pa de i r a l e nh o s a , da f a m l i a das v i t c e a s ( V i t i s v i n i f e r a ) ,
c u l t i v a d a no m u n d o i nt e i r o por s e u s d e l i c i o s o s f ru t o s , as u va s .
63
prp ri a vid a que nos sustenta, dotados dessa vida,
damos fruto para a videira. Somos meros cana
atravs dos quais a s e i v a 1 vital da v id e ira corre,
vis and o produ o do fruto.
Aq uela distin o entre ministros e leigos,
que afirma ser a obra de e va nge liz a o rese rv a da aos
min istros ex cl usi v a m e nt e, tot almente co ntrria ao
ensino da Palavra e aos desejos de Cristo. Em sua
m e n s a g e m s Igrejas de Efeso, e de Prgamo, o Senhor
de clarou, sem rodeios, que a bo mi na as obras e a
doutrina dos n ic o la itas (Ap 2.5,15).
Conforme se pen sa, esse era o nome de uma
antiga seita crist que e ns in a v a que os leigos de vi am
ser domi na dos , e que os min is tro s de vi am m o n o p o l i z a r 2
o minist rio cristo. Mas o Sen ho r mesm o declaro u
ab ert am en te em Mate us 23.8; ... todos vs sois
i r m o s Sem dvida aqui ensin av a que, entre os
m e mb ros do seu corpo de vem p re va le c e r a
fraternidade, a c a m a ra d a g e m e a de m ocr aci a dirigida
pelo Esprito Santo.
Portanto, a bem def ini da von tade de Deus
que a grande paixo e v a n ge ls tic a de nosso M estre
divino no se limite ao m ini st r io oficializado, mas
antes, encontre ex pre sso m ed ia nt e cada me mbr o de
seu corpo.
Quan do o Se nh or enviou seus p r m e i r o s
discpulos a pre ga r o E v a n g e lh o por todo o mundo,
deu-lhes instrues acerc a dos no.vos convertidos. Aos
apstolos foi ordenado cl aram en te que fossem por
todas as naes a e nsi na r (Mt 28.19), ou que fossem
por todo o mundo a p re g a r o E va nge lho a toda a
criatura (Mc 16.15,16), e tam b m que o
1 L q u i d o c o m p l e x o que c i rc ul a n o o r g a n i s m o v e g e t a l .
2 Possuir ou d esf rutar em carter exclusivo; tomar
e x c l u s i v a m e n t e para si:
64
arre pen di me nto e a re m is s o de p e ca dos de ve ri am ser
pregados em seu nom e, entre todas as na e s,
com ea ndo por J er us a l m (Lc 24.47). A ss im sendo, no
h dvida de que os apsto los for am c o m is si on a do s a
anunciar o E v a ng e lh o da Salva o a todas as naes e a
cada ser humano.
M ate us 28.20 de cla ra fran c am en te que
depois de os re c m - c o n v e rt id o s h a v e r e m sido ba tiz ad os
em gua, em nome do Pai, e do Filho e do Esp ri to
Santo, dev eriam ser en sinados a obs er var tudo quanto
Ele lhes havia ensinado. Por tan to , a ord em de
ev angelizar o mundo, que foi orig in al m e nte dada aos
pr imeiros dis cpulos, sada dos lbios de Jesus, de ver ia
ser trans mit ida pe los disc pulos a cada novo
convertido.
Isso quer dizer que ns como seus
con vertid os r e m o t o s 1, somos se m e lh a n te m en te
instrudos a pre ga r o E v a n g e lh o a todas as naes e a
cada criatura. De fato, o Sen hor nos tinha em vista em
Sua grande orao S u m o- sa c er do ta l, ao dizer:
No rogo s o m e n t e p o r estes, mas tambm
p o r aqueles que vierem a crer em mim, p o r int ermdio
da sua p a l a v r a (Jo 17.20).
Todos os crentes r e c eb e m o po de r da pr pr ia
au toridade do Sen ho r para op e ra rem as me sm as obras
que Ele realizou, e ma ior es ainda (Jo 14.12). Os sinais
que os obreiros cristos devem pos su ir p a r a le la m e nt e
ao seu ministrio, em re al id ad e segu ir o aque les que
c r e m (Mc 16.17).
Note-se que no dito ness a pa ssa gem ,
estes sinais seguir o os ap stolos ou p r e g a d o r e s , mas
a pr om e s sa dirig ida aos que derem ouvidos - os
home ns, de todo o mun do , que cre rem e forem salvos.
1 Qu e s u c e d e u h m ui t o t e m p o ; a n ti g o , l o n g n q u o
65
Aesses c onv er tid os, tantos os primeiros
como aos ltimos, que foi dada esta prom es sa
dinmica: Estes sinais ho de a co m pa nh a r aqueles que
crem .
esp e c ifi c am e nte ensinado que o ba tis mo no
Esprito Santo uma un o divina para a preg a o do
Ev a nge lh o at aos confins da Terra. ... recebereis
poder, ao de sc e r s obre vs o Esp rito Santo, e sereis
minhas te st em unhas tanto em Jer usalm, como em toda
a J u d ia e Samaria, e at aos confins da Ter ra (At
1.8).
Pedro em Atos 2.39 ass evera com clareza
que o ba tismo no Espri to Santo no se de stinava
apenas aos ju de us que o ouviram naquele dia de
Pente cos te s, mas antes, para todos os que ainda
esto longe, isto , para quantos o Senhor nosso Deus
c h a m a r . Assim pois, todos quantos tm sido ch amados
por Deus, do pe cad o para a salvao tm o direito de
re ceb er o ba tismo no Espri to Santo, que a ddiva de
pod er para que test ifi quem do Evangelho.
Cento e vinte crentes, inc luindo pr eg ad ore s e
leigos, re ceb eram esse ba tis m o no Esprito no dia de
Pente cos te s. Mi lha res de outros crentes, po s ter ior me nte
conver tid os, p e rm a n e c e ra m i n a b a l v e i s 1 na doutrina e
co mu nh o dos apstolos.
A que les e a todos qua ntos acolhem esse
glorioso ba tismo no Esprito Santo dada essa
c ristalina instruo de que todos devem ser
te st emun ha s do E van ge lho de Cristo. Todo s os crentes
so dotados para o servio cristo instrudos a trabalhar
para Deus.
Esta afirmao fica de v id am en te c omp rov ad a
pelo fato de os discpulos (exceto os apstolos),
67
Como bvio, nem todos ob e dec e ra m ao
Ev angelho, mas a despeito disso, por toda a terra se fez
ouvir a voz dos crentes, e suas palavr as at as
e xtremidades da Terra.
Aqui ve mo s um de saf io e uma co ndena o
aos crentes evang lic os de cada gerao que no tem
tido a viso, a f ou a co nsa gr a o ne ce ss ria para
obed ece r ao Senhor e seguir o exemplo de seus
an tepassados esp irituais apostlicos. Nisso tam b m nos
dado ver a eficcia e a op e ro si dad e da no rm a de
ma nte r cada me mb ro da Igreja ativa men te atarefado no
te st em unh o em favor de Cristo, pr op ag an do o
Evan ge lho por onde quer que ande.
Se a pres ente gerao de crentes, tanto de
pastores quanto de m e mb ros das igrejas, estivesse to
cheio do Esprito Santo como aq uela prim eir a gerao,
ainda que o mu nd o de hoje contasse com deis bilhes
de habitantes, o E van ge lho seria pregad o a toda a
massa humana.
Chamada Especfica
69
vida orao. A in da n e c e s s it a de outros que sejam
liberais nas finanas que suste nte m os obreiros na
frente.
Fazem -l he falta tan to os que vo aos campos,
como os da re taguarda. No pode pre sci ndi r de
profes sor es e memb ros da Esc ol a Bblica Do minic al, de
di conos, de presb tero s, de porteiros e de lderes de
j o v e n s, cada crente tem seu prprio trabalho, que lhe
de term in a do pelo Sen hor da Seara.
Faz parte do priv ilgio e dev er de cada
me mbr o da famlia de Deus, de cada obreiro da vinha
do Senhor, receber a tarefa esp e c fi c a que o Mestre lhe
deseja entregar. A alguns, Deus ch amar para o
m inistrio de tempo integral, que lhes absorva todas as
energias. Co ntudo, Ele c h am a a todos os crentes para
servirem con forme a c ap ac ida de de cada um.
Variedades de Ministrios
E como p r e g a r o se no f o r e m e n v i a d o s ?
(Rm 10.15). Po rq ue assim como em um corpo temos
muitos membros, e nem todos os m e mb ro s tm a m esm a
operao, assim ns, que s om os muitos, so mo s um s
corpo em Cristo, mas in di v id u a lm e n te s omos me mb ro s
uns dos outros. De m odo que, tendo dif erentes dons,
s eg undo a g r aa que nos dada: se prof eci a, seja ela
s eg undo a med ida da f ; se ministrio, seja em
ministrar; se ensinar, haj a de dic a o ao ensino; ou o
que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte,
f a a - o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o
que exercita misericrdia, com alegria'1' (Rm 12.4-8).
Por isso diz: Q uan do Ele subiu s alturas,
levou cativo o cativeiro, e c on ce de u dons aos homens...
e Ele me smo co nce de u uns p a r a apstolos, outros p a r a
pro fet as, outros p a r a eva ngelistas, e outros p a r a
p a s t o r e s e m e s tr e s ( E f 4.8,11).
70
O te rceiro captulo de 1Ti m te o c om ea com
a descrio dos pre sb tero s ou bispos, e o oitavo
ve rsculo introduz os di conos e as car act ers tic as do
seu ministrio. Assim, nesse captulo, dois nveis ou
espcies de m in is t rio s so indicados. E em IC o r n t io s
12.11 e 18 fica mos sab endo que o Senhor disps os
m e mb ros no corpo, segun do a Sua vontade.
Uma int eress an te rev e la o quanto aos
propsitos e ao plano de Deus nos ou tor ga da nos
pr imeiros seis ve rs cu los do captulo 31 de xodo.
Bezalel e A oli ab e foram ch am ad os por nome s e foram
dotados do Es prito de Deus para que r e c eb e ss e m
habilida de em toda obra.
O servio deles con sistia em obra m e c n ic a
especializada, em tr ab al hos em ouro, pra ta e bro nze, e
em lapidao de pedras prec iosas. N ess e caso
enco ntr amo s ho m e ns e sp e c if ic am e n te ch am a do s e at
mesmo cheios de Esprito Santo, a fim de se to rna rem
artesos habilitados.
A tarefa secu lar deles foi d e te r m in a d a por
Deus. Isso revela cla ra m e nte que Deus chama alguns
para o trabalho secular, e os ha bilita para o mesmo.
Portanto, pode-se e sp e ra r que Ele co ntinue ch am a ndo
muitos, na Igreja, para serem hbeis em servios
seculares.
72
Seria muito m e l h o r pa ss a r a vida em u m a
tarefa secular, fazendo aquilo que inofensivo, ainda
que espir itu al me nt e intil, do que se intro meter no
s agrado terreno espiritual.
Nad abe e A b i e ntr a ra m no antigo
Ta ber n cu lo levando fogo estranho; e da parte do
Se nho r saiu uma chama que os con sum iu , e m o rr er am
perante o Senhor (Lv 10.1,2). N e m aos me nos se
pe rm iti u ao pai (Aro), e aos irmos que os
lame ntass em, po rq u a n to isso daria a im presso de
te rem ficado do lado deles e contra Deus, que os
julg ara .
A o bs erv ao geral leva-nos a co ncluir que
h pe ssoas que e sc ol he m o m in is t rio do E van ge lho
como profisso, a fim de a d q u ir ir e m prestgio social e
te re m oportu ni dad e de exibir suas aptides t r i b u n c i a s 1
e sociais. A ocasio de de d ica r- se leitura e ao estudo,
u m a vida re la tiv a m en te fcil, e a posi o social na
c om un ida de, c o nst it ue m grande atrao para certos
homens. Os tais m o n o p o li z a m a chave do
c onhec im en to; po s ta m -s e porta do reino dos cus e
ali no en tram nem pe rm it e m que outros entrem (Lc
11.52).
So lderes cegos a guiar cegos, sem o
c onhec im e nto da vida eter na e das ve rda des do reino, e
que ou sam oc upar a pos i o de chefes e a p asc en ta do res
das almas dos homens. Mas, de stitud os de vida ou do
c on he c im e nt o espiritual, so inc apazes de tra ns mi tir
essas riquez as queles que os ouvem. Quo grande ser
a c on de na o destes, tanto da parte daqueles aos quais
iludiram, como da parte do Senhor, o ju iz de todos.
1 Q u e t em ares, m o d o s , ou v o c a o ou t al en to de tribuno.
73
Questionrio
Ass in a le com X as a lte rna ti vas corretas
74
O M o d o da Chamada
Um conceito espiritual.
O c ha m a m e n to para a p r dic a do Ev a n g e lh o
uma concep o espiritual. Ora o ho m em n a tu r a l no
aceita as coisas do E sp r ito de Deus, p o r q u e lhe
loucura; e no p o d e e n tend -la s p o r que elas se
di sce rn em e s p i r i t u a l m e n t e ( I C o 2.14). Essa uma
daquelas coisas do Espri to de D e u s que o h o m e m
natural no pode co m p re en de r, mas que, no obstante,
so p e rfe ita me nt e claras e reais para o ho m e m
regenerado.
O Senhor mesm o afirmou, em Joo 10.27:
As minhas o v elh as ouvem a m in ha voz . Essa voz
inaudvel para os ouv idos naturais, mas pe rfe ita me nt e
inteligvel para o co rao do hom em, mas nascido do
alto. Elias a ouviu, te n d o -a d e no m in a do de Voz m an sa
e d e li c a d a ( l R s 19.12). E Isaas escreveu: ... os teus
ouvidos ouviro atrs de ti uma pa la v ra , dizendo: Este
o caminho, anda i p o r e le (Is 30.21).
No mais prof und o da alma do filho de Deus
hav er uma voz m e ig a e suave que lhe chegar
co nscincia, e que lhe servir de ch am a da para o
servio do Senhor, como se fosse de trombeta.
75
a pr ese nt a o voluntria pa ra o servio cristo que deu
comeo no ssa carreira ne ssa direo; mas o impulso
inicial veio de Deus.
a bs ol u tame nt e ne cessrio c om pr e en de r
isso. E, se a iniciativa d Ele, cabe-lhes tam b m a
resp o n sa b il id a d e por todo o emp reend im ento. Posto
que Ele v o fim desde o princ pio , e conhece nossas
po s si bi li da de s e falhas, e ap es a r disso nos c ha ma para
o Seu traba lho, pode mos co nc lu ir que Ele avaliou tudo
e sabe que seremos teis em sua seara.
O modo de o Senhor aproxim ar -s e de
algum, para cham - lo ao seu servio, mui
pr o v a v e lm e n t e ser bem dif erente do seu modo de agir
com rela o a outro. Exemplos:
El iseu estava lavrando no campo quando Elias
pass ou e lanou sobre ele sua capa ( l R s 19.19);
Samuel veio ung ir a Davi e chamo u- o dos pastos
de ovelhas para a c er im nia simples de uno;
Ams no era profeta, ne m filho de profeta; era
cria dor e plantador; mas o Senhor o tomou quando
a co m p a n h a v a o reb an h o e lhe disse: Vai, e
pro fe tiz a ao meu povo I s r a e l (Am 7.14,15); e,
Paulo recebeu uma viso celestial, mas Timteo
foi escolhid o por ele, um pre ga do r mais idoso,
para que via jasse m ju n to s na obra do evangelho
(At 26.19 e 16.1-3).
Por conse guinte, no tente mos receb er nossa
c ham ad a seguindo os padr e s utilizados em outros
casos. Cada ho me m uma criao distinta de Deus e
tem o direito de ser ch ama do pelo Senhor de maneira
individual. Que cada um se sati sfa a com seu modo de
ser chamado, e que o Senhor chame a cada obreiro de
modo que lhe aprouver.
76
A direo do E sp r ito Santo.
Aps o toque de Deus c ha m a ndo, ha ver um
cuidado divino c on du zi nd o- nos na me did a que
seguirmos o Sumo- Pas tor . Seguim os a Ele po rqu e
ouvimos a sua voz (Jo 10.27). O Senhor firma os
passos do h om e m bom (SI 40.2). Guia os hum ild es na
ju s ti a , e en sina aos m ans os o seu c a m i n h o (SI 25.9).
No de cl a ra d a a m a nei ra exata como o
Esprito Santo falou em Atos 13.2, mas a Bblia afirma
que o Esprito Santo disse: Se parai-me agor a a
Ba r n a b e a Saulo p a r a a obr a a que os tenho
c h a m a d o . E ento, qua ndo j estava em sua j o r n a d a
mis sion ria, o Espri to Santo im pe diu que fossem para
a esq ue rda ou pa ra a direita, mas per mit iu que
seguissem sempre em frente (At 16.6-10).
A orien ta o do Senhor ser sempre to clara
e de finida como a sua ch am a da original.
A p ti d e s naturais.
O c ha m a m e n to para o minist r io pode ser
analisado da seg uinte maneira: antes da cham ad a, na
ma ioria dos casos, h a ver uma certa aptido natural
para o traba lho a que o Senhor nos tem chamado.
sempre c on ven ie nte ao obreiro que possua:
S Voz clara, que no seja difcil de ser entendida; ^
s Uma ap arnc ia pess oa l agradvel; e ainda mais,
S Que di sp onha de certo grau de intel ig nci a para 4/
pe nsa r e ex pre ssar-se.
Se n s ib il id a d e espiritual.
Como pri m eir o passo, 0 Senhor soprar
sobre ns o seu Esprito, de sp e rta nd o em ns interesse
e inclinao para 0 seu servio. Logo esse desejo de
nossa parte ser a co m p a n h a d o pelo senso de nossa
inc ap a c id ad e pessoal. Isso nos c ondu zir a deix armos a
77
questo da nossa c h am a d a inteiramente nas mos do
Senhor e a esperarmos n Ele. E logo a re sp os ta divina
nos ser dada: no que p o r ns m esm os sejamos
capazes de p e n s a r alg um a coisa, como se p a r t i s s e de
ns; p e l o contrrio, a nos sa s uf icin ci a vem de D e u s
(2Co 3.5).
Ass im como o apstolo Paulo come ass e a
sentir e a dizer: ... tudo p o s s o naquele que me
f o r t a l e c e (Fp 4.13). A no ssa confian a em Deus no
somente substituir no ssa pos sv el a uto con fi an a, mas
ta mb m ench er o grande vazio do nosso senso de
inaptido. A essa altura raia r ta mbm em nossos
coraes a elevad a estima pelo trabalho que nos est
destinado. P e rc eb ere mo s que esse o ministrio e a
vida mais imp ortante que um ser hum a n o pode ocupar.
Outras coisas so terrenas, mas esse o
servio celestial. As ocup a es seculares so
te mp orrias; essa, porm, eterna.
R e c o n h e c im e n to p o r outros.
Ao se to rna rem claras e de finidas a chamad a
e a direo de Deus, far-se-o pe rcept ve is certas
ex presses embrio n rias do dom e do mi nistrio que
fut uramente se exercer:
S Os colegas e crentes em geral notaro a chamad a
de Deus que repo us a sobre ns.
S H aver a con fir ma o da ch am a da de nume ros as
m aneiras, bem como a aprov a o geral do nosso
desejo de servir ao Senhor como ministro
(obreiro).
S A c on sag rao que o prprio Senhor
inicia lmen te nos p ro pic io u ser depois
co nfir m a da pela co ns a gra o da Igreja atravs de
seus lderes.
78
Esse o pla no de Deus pa ra o
d e s e nvo lv im e nt o do ministrio. Ele c o n d e s c e n d e u 1 em
ficar vinc ula do Igreja, e os obre iro s da vinha r e c e b e m
assim uma dupla c on sag ra o .
Fina lmen te, a p e ss oa assim c h am a d a no
recu ar diante de forte presso que sente pelo trabalho:
"... ai de mim se no p r e g a r o e v a n g e l h o " , disse o
ap stolo Paulo. Todas as demais coisas sero como
nada. Tal pe sso a c h am a d a no senti r paz, ne m p ra z er
em q u a lq uer outra atividade.
1 T r a ns i g i r e s p o n t a n e a m e n t e ; ce de r, anuir v o n t a d e ou a o - r o g o
de a l g u m .
2 C o n j u n t o de b e n s que f o r m a m o p a t r i m n i o de a l g u m ; ri qu ez a,
a c e rv o .
79
O home m na tur al ja m a is c om pre en de r as
coisas do Esprito de Deus, pelo que a bso lut am en te
neces srio que ao h o m e m seja conce dido a me nte de
Cristo, o qual confere o e nte n d i m e n to espiritual.
Ora, o ho m em n a tu r a l no aceita as coisas
do Es prito de Deus, p o r q u e lhe loucura; e no p o d e
entend - las p o r q u e elas se di sc e rn em espiritualmente.
Por m o hom em esp ir itu a l j u l g a todas as coisas, mas
ele mesm o no j u l g a d o p o r ningum. Pois, quem
con hec eu a mente do Senhor, p a r a que o p o s s a
instruir? Ns, po rm, temos a mente de C ris to ( I C o
2.14-15).
R ea lm e nte o Se n h o r se aborrece com o
indivdu o que presu me falar a p a lavr a de Deus quando
ele m esm o de sob ediente. Mas ao mpio, diz Deus: de
que te ser ve repetires os me us pr ec e it o s e teres nos
lbios a minha aliana, uma vez que ab or rec es a
dis ciplina e rejeitas as minhas p a l a v r a s ? (SI
50.16,17).
81
batismal que ou to rg a v a aos discpulos o poder
neces sr io p a ra serem te st em un ha s de Cristo.
C om o se pode negar, portanto, que os crentes
e esp e c ia lm en te os obreiros e atuais cristos, sobre as
quais pesa a me sm a r e s po ns a bi lid a de, ne ce ssi te m do
me smo po d e r do alto para p re g a r o mesm o Evang el ho
aos me sm os coraes incr dul os, presos pelo mesmo
Satans? N o s s a co ncluso, porta nto , que ningum
deveria ficar satisfeito em pre ga r o E va nge lho do
Senhor Jesus Cristo sem h a v er pri m ei ra m e nt e recebido
o batismo no Esprito Santo. Isso co nsidera como
ab so lu ta me nt e essencial pr e ga o para o ministrio.
O an da r com Deus.
De maneira alg uma devem os ter o batismo
no Esprito Santo, por muito ma ra vi lh o so e necessrio
que seja e xp er inci a e ao te st em un ho pessoal, como
sinal de per fei o espiritual.
Quan do Pedro e Joo estava m cercados pela
multid o m a ra vil ha da, aps a cura do paraltico Porta
Formosa, Pedro pro te st ou que no foi pelo prprio
poder que aquele h om e m pde an dar (At 3.12). O
ba tismo no Esprito Santo o reve sti m ent o com o
pode r do alto, pelo qual p ode m os a nu nc ia r eficazmente
o Ev a ng e lh o de Jesus Cristo.
Todo o crente bat izado no Esprito Santo
deve pa ss a r pela t ra n s fo rm a o de carter e o
a p ro fu nda m e nto nas e xper inci as da vida ntima com
Cristo. Essas ex per incias dirias, ao andar no Esprito
e ao ap re nd er as lies da vida Crist, so igualmente
neces sr ios como qual ifi ca o para um ministrio
cristo eficaz.
A escola da experincia.
O mestre cristo deve conh ece r aquilo que
ir ensinar, sua p re rro ga tiv a no somente ensinar a
82
doutrina e o esbo o geral da f crist, mas ta m b m as
ex perincias reais que os crentes e nf re nt am
diariamente.
O a d ver sr io no apenas u m a idia terica;
ele real e in te ns am e nt e agressivo. Ele ataca todo
crente com toda va rie da de de armas. Faz parte da tarefa
do past or c o nd uz ir seu p ov o pela mo, a fim de gui-lo
atravs das e xp er inci as qua n do tomado de
pe rp le x id ad e e confuso.
E nqu an to de um lado o inimigo pr oc ura
de rrotar os crentes e p-los por terra, tarefa do
pastor, de outro lado, levant-los e fir m-los na f. Mas
este estar to ta lm en te de sp re p a ra do para tal ministrio
a menos que j ten ha pa ssado por e xp er inci a com os
semelhantes.
E prec iso que o indivdu o passe
p e ss oa lm en te pelo moinho, a fim de que seja feito po
para os outros. O an dar na f, por exem pl o, algo que
n in gu m pode c o m p re e n d e r a no ser que a pre nda a
faz-lo pe ss oa lm ent e. O d e sc obri m e nt o de Cristo como
o o quarto h o m e m que est c ono sco na fornalh a
ardente, nos far uma atitude po si tiv a e de grande
alegria.
Po de re mo s ento e xplic ar aos outros que
estejam pa ssa ndo por sua prov a de fogo, que perto
deles, tambm, sempre e nc on tr ar o a p re sen a do Filho
de Deus.
Essas ex pe ri n c ia s pe ssoais, que devem
en vo lv er a vida do futuro pastor, ta m b m incluem
c on sag ra es que o atin gem na pr pr ia alma. Sem uma
con sa gr a o total, n in g u m est apto a servir a Deus
efic azmente. Po de m os servir r e la tiv a m en te bem,
mesm o com o co ntrole de Deus. Mas chegar o
m om e nto em que o Se nhor ch am ar a aten o para
qua lq ue r coisa que surja entre Ele e ns.
83
Deus tem cimes, e a glria e afeio que lhe
so devidos. Ele ja m a is p erm iti r que sejam dados a
outrem. Quem ama seu p a i ou sua me mais do que a
mim, no digno de m i m " .
O Valor da Educao
85
Exemplos de homens pr ep ar ad os :
Moiss Estudado em toda cincia do Egito.
Daniel
Instrudos em toda sabedoria, doutores em
Mesaque
cincia e versados no conhecimento.
Abedenego
Paulo Membro do Sindrio, altamente educado.
Questionrio
Assina le com X as a lte rna ti vas corretas
6. O ch am a m e nt o para a pr dic a do Evang el ho :
a ) l_1 U ma c once p o natural
b)l 1 U m a concep o hu m a na
c ) l_| U ma concep o inte lectual
d ) Q U m a c onc ep o espiritual
7. E co erente dizer que, a p re p a ra o para o mi nistrio
pode ser en carada sob duas fases:
a ) D Orao e Jejum
b ) 0 Ex per i nc ia e Ed u c a o
c)l I D e se n v o lv im e n to ps q ui co e Intele ct ual ida de
d ) l_| R en nci a e Pr epa ro H omiltico
8. Consiste em seguir a esc ola diria da vida, com o
auxlio de uma pre pa ra o auto did tica
a ) 0 A Ed uca o In fo rm al
b)IH A Educ a o Secular
c ) l_| A Ed uc a o Estuda ntil
d ) l_I A Edu cao Formal
1. Conceiuao.
R en nc ia quer dizer: ato ou efeito de
r e n u n c i a r e re nu nc iar si gnifica no querer; rejeitar,
recusar; de ixar vo lu n ta r ia m en te a p o s s e de algum bem,
de algu m a c o i s a (Aurlio).
N e st a lio, en te nde re m os a renncia, no
sentido da prega o de Jesus, si gnificando a
v ol un ta rie da de em abrir mo dos pr prios interesses, e
da p r pr ia vida, a fim de segui- Lo fielmente.
pre ciso que te nh am os em mente que a
re nn cia do seguid or de Cristo no um ato de
n . f .
a l i e n a o ', in co nse qe nte , gratuito e sem proposito.
Pelo contrrio, quando algum abre mo de si prprio
para en tregar sua vida ao senhorio de Cristo, esse
al gu m foi c onsc ie nti zad o pelo Esprito Santo de que o
1 D e p o u c a durao; p a s s a g e i r o , transi t ri o.
2 D e c i s i v o , pr o n t o , direto, s e m r o d e i o s .
3 D e s i n t e r e s s e ; q u e e s t a l h e i o a tudo.
88
faz porqu e sabe que ter algo infi nit am ente m e lh o r
para a sua vida.
2. Condies p a r a s eg u ir a Jesus.
2.1. Ter vontade.
Jesus re sp ei ta a von ta de da pessoa, e essa
uma das mais imp re s si on an te s carac ters ticas do seu
re la cio nam en to co m o homem. Em sua pr e ga o Ele
disse: Se algu m q ue r vir aps mim...'' (Lc 9.23a). Ele
no imps sua vo nta de sobre os sentim ento s dos
pecadores.
Nas Esc rit ura s vemos esse trao da sua
perso nalidad e. N u m a festa, em J eru sal m , dentro do
templo, Ele disse: Se algum tem sede, que venh a a
mim e b e b a (Jo 7.37). N a carta igreja de Laodicia,
Jesus escreveu: Eis que estou p o r t a e bato; se
algu m ouvir a minh a voz e abrir a po rt a, entrarei em
sua casa e com ele cearei, e ele, c o m i g o (Ap 3.20).
[Grifo nosso], Jesus no e mp urra portas, no fora a
vontade humana. E pr ec iso segui-Lo volun ta ria me nte .
2.2. R e n u n c ia r a si mesmo.
E o m esm o que ne gar a si mesmo. Jesus
disse: ne gue- se a si m e s m o ... (Lc 9.23b). E isso no
fcil. A nat ure za hum a na , aps a queda, tornou- se
egosta, ins ensvel, indivi dua lis ta , pers on alis ta . O e u
tornou -s e uma espcie de d e u s .
Poucas pe ssoas c on se g u e m ro m pe r com a
na tu re za carnal, a fim de re nun c ia r a si prpr ias e
dare m lugar a Deus. Na pa r b o la do sem e a do r (Lc 8.4
15), vemos que u m a parte da sem ente caiu entre os
espinhos, e Jesus e xplic ou que so aqueles que re ceb em
a Pal av ra com alegria, mas depois, so s u fo ca do s com
os cuidados, e riquezas, e deleites da vida, e no do
f r u t o com p e r f e i o (Lc 8.14).
89
A nat ure za hum a na , m esm o a do cristo,
tende a a co m od a r- se vel ha vida, aos velhos costumes.
Mas para ser dis cpulo de Jesus, im pr esc in dv el
re n u n c ia r as prticas antigas e ms (vide 2Co 5.17).
3. P e r den do p a r a ganhar.
3.1. Quem quer g anh ar, p e r d e (Lc 9.24).
Jesus coloco u diante dos discpulos uma
c r u c i a l 3 deciso a ser tomada. Ele afirmo u que
qu a lq u e r que quis er s a lv a r a s u a vida p e r d - l a - " .
A vida hum a na , por me lho r que seja,
efmera, passageira. M uit as pe sso as apega m-s e a ela de
tal forma, que reje ita m a Deus, a Cristo e a salvao.
S H os que pe rd e m a salva o, mesm o tendo ouvido
a Palavra, por causa dos cu idados deste mu ndo, da
seduo das ri quez as (Mt 13.22);
S H os que no adm ite m de mod o algum de ixa r de
lado a vida social, co m suas festas, encontros,
reunies de fi m -d e-sem an a;
S H os que no que re m pe rd e r a condio
financeira, pois, se tor na nd o cristos, tero que
1 P ri ori d ade .
93
m esm o no esteja di sp ost o a realizar. D a mesma
forma, Cristo ap on to u o p r p r i o exem plo aos
disc pul os
5. O ato s a c r if ic ia l de Cristo.
(9 fil h o do ho mem veio... p a r a dar a sua
vida em r es gate p o r m u i t o s .
Ti ves se o Sen hor en cer rado com as palavras
para ministrar, e seria mais um na longa lista de
mestres que m o s tr a va m h u m a n id a d e como viver e
depois a dei xav a lutando no la maal do pecado.
94
To d a v ia Ele pro sse gu iu . Suas palavr as
c onf irm am ter vindo Ele no s ome nt e para m o s tr a r o
caminho da salvao, mas para salva r a hum a ni da de
dos seus pecados.
Questionrio
95
Qualidades Naturais
* C o r a g e m .
Fora ou e n erg ia moral ante ope rigo, nimo,
bravura, intr epidez, ousadia. Exig e-s e do lder
espiritual c or a g em da mais alta ordem, sempre, e
fr eq e nt em en te , c or ag em fsica tambm.
C o ra g em a quela qua lidad e de Esprito que
cap acita os ho m e ns a e nfr en ta r o perigo, ou a
dificu lda de , com firmeza, ou sem medo, sem depresso
m e n ta l .
Paulo era corajoso, tanto fsico como
mo ralm en te , mas sua c or a g em no era do tipo que no
co nhece o temor. E f o i em f r a q u e z a , te mo r e gr an de
tr emo r que eu estive entre v s ( I C o 2.3). Por qu e
cheg an do ns a Mac ed nia, ne nh um alvio tivemos,
p e lo contrrio, em tudo f o m o s atribulad os ; lutas p o r
fo r a , temores p o r d e n t r o (2Co 7.5). E m bor a no
co rtejasse o perigo, Paulo no o evitou, desde que os
interesses de seu Mestre e st iv es se m em jogo.
M ar tin ho Lutero po s su a esta importante
qua lidad e em me did a desc omu na l. Tem -se ass everado
que ele foi, pro va ve lm en te , o ho m e m mais corajoso que
j existiu. Ao partir para sua his tr ic a via gem a
W orms, disse: Po de is es pe r ar de mim tudo, menos o
medo, ou a retratao, no fu g ir e i, nem me r e tr a ta r e i.
Seus amigos a dver tir a m -n o dos perigos que
enfrentaria, e ten ta ram d i s s u a d i - l o 1. Contudo, Lutero
no se deix aria dissuadir. No ir a W o r m s ! Disse ele:
Irei a Worms d is su a di r m esm o que haja tantos
de mnio s l, como telhas nos t e l h a d o s .
Quand o Lutero foi ch ama do perante o
imperado r, pe d ira m -lh e que se retratasse. In sistiram em
que ele dev eria dizer numa pa lavra, se ele se retrataria
1 Tirar de um p ro p s i t o ; d es p er su a d i r ; d e s a c o n s e l h a r .
96
ou no. A men os que eu s eja c onve nc ido p e la s
E s c ri tu ra s Sagradas, ou p o r ra z e s lcidas, de outras
f o n te s , no p o d e r e i retratar-me', declarou: N o p o s s o
c o n d e s c e n d e r com Conclios, nem com o Papa, p o r q u e
eles erraram fr e q e n t e m e n t e . M in ha c o n sc i n cia
p r i s i o n e i r a da P a l a v r a de D e u s .
Q uando, outra vez, lhe foi dad a uma
op ortu ni da de para retrat ar-s e, ele cruzou os braos.
Fico aqui, no p o s s o f a z e r outra coisa. D e u s me
a j u d e . A lg um dia antes de sua morte, rel e m b ra n d o
este incidente, Lut ero d e s c re v e u seus sentimentos: Eu
no tenho medo de coisa algum a; D e us p o d e tornar
uma p e s s o a tr e m e n d a m e n t e a u d a z 1. No sei se eu
p o d e r i a estar to a n im ad o h o j e .
Contudo, nem todos so corajosos, por
natu reza, como era Lutero, fato que est ex plcito e
implcito nas Escrituras. O m a io r grau de c or a gem
atribuda p e ss oa que tem gran de medo, mas rec usa -s e
a capitular. No impo rt a qua nto me do ten ham sentido
os lderes de Deus em todas as geraes, rec eb e m a
ord em para ter bom nimo. No s en ti sse m eles
qu a lq u e r medo, esta ord em no teria razo de ser.
A re sp o n sa b il id a d e pela sua prpr ia cora gem
c o lo ca da no lder, vista que ele temp lo do Esprito
de Poder, que torna, pos sv el o de se m pe nho corajoso.
A c ora gem de um lder de m on st rada
qua nd o ele est dis pos to a e nf re nta r fatos e condi es
de sa gra dv e is , e m esm o d e v a s t a d o r e s 2, e a agir com
firmeza, luz dessas c ir c unst nc ia s adversas, mesm o
que esta repr ese nte d e sp r es tg io pessoal. A inrcia e a
opos i o das outras no o detm. Sua cora gem no
coisa de mome nto, mas co n t n u a at que a tarefa seja
feita.
1 Q u e t em audcia; o u s a d o , c o r a j o s o , temer ri o.
2 D es t ru i r , assol ar.
97
* Diligncia.
Cuidado ativo, pre st ez a em fazer alguma
coisa, zelo, esforar-se.
Outra q ua li d a d e esse ncia l para o M ini st ro
(lder) b e m sucedido a diligncia. Somos en sinados
em R om a no s 12.8, que aquele que preside faa-o com
dilign cia, e que no de vem os ser pre gui os os em
nos sas atividades.
Vs a um ho m e m p e r it o na s ua obra?
P e r a n te reis ser p o s t o ; e no entre a p l e b e (Pv
22.29). N in g u m pense que a vida de um obreiro
fcil. pos sv el que alguns j u l g u e m t-la para o lazer.
P r o v av e lm e n te pe rd e m m e ta de das opo rtu n id ad e s que
lhes surgem, e sero ch am a dos re s ponsa b ili da de em
conseq ncia .
H tanta coisa a ser feita no cami nho do
m ini st r io espiritual, que m e ra m en te o tempo
suficien te cada dia ou se m a na para rea liza r tudo.
Por tan to , deve o pa st or re a b a s te c e r o corao e a
mente, dia a dia, alm de at arefar-se na salvao de
almas prec iosa s, na ed ifi c a o da sua igreja e na
pro p a g a o do Reino. Isso re que r uma aplicao
coerente, de ma nh at ta rde da noite.
O leigo tr a ba lh a oito horas por dia, e o
traba lho da dona de casa nunc a termina. O ho m e m
re s pons vel por seu prp rio neg cio , ja m a is se satisfaz
com oito horas de tra ba lh o e pass a cada mom en to
de sperto em intensa c o n ce ntr a o , a me ditar sobre as
obri ga es de seu e m pr e en dim en to . Esse h de ser o
esprito e a p re oc up a o de um v erd ad eir o h om e m de
Deus. No deve ha ve r nele o m e nor sinal de preguia, e
cada pa rc ela de suas ener gia s, a cada instante, de vem
ser ine sg ota ve lm e n te de v o ta d a sua enorme tarefa.
98
* D i s c ip l in a .
Sujeio das ativi da des ins tintivas refletidas,
proc e di m en to correto, obed in ci a autoridade.
Te m sido dito, a ce rt a da m en te , que o futuro
pe rte nce ao disci plinad o. Esta qu alida de foi co lo ca da
em prim eiro lugar, em nos sa lista, po rqu e as demais
qualidades, por gr an dio sas que sejam, sem a disci plina
ja m a is realizaro seu pote nci al mximo . S a pe sso a
disci plinada subir at os mais altos poderes. Ela
capaz de liderar p or que c on se gu iu co nquis ta r- se a si
mesmo.
As pa lav ras dis cp ulo e disci plina de riv am da
me sm a raiz. Lder a pe sso a que, pr im eira m e nt e , se
su bm et eu de boa vo nta de, e a p re nd eu a obe decer,
segundo uma dis ci pl in a im po st a de fora, e que, em
seguida, imps a si m e sm o de dentro, uma dis ci pli na
ainda mais rigorosa.
Aq ue les que se rebe la m co ntra a au to rid ad e e
m of a m da au to d is ci p li n a ra ra m e nt e se qu a lif ic a m para
uma lid erana de pr im ei r a ordem. Eles evitam os
rigores e sacrifcios exigidos, e reje ita m a dis ci pli na
divina env olv ida na liderana.
Muitos que abandonam o trab alho
mis si onr io o fazem no p or qu e no te n h am sido
s ufi ci ent em en te dotados de dom, mas porqu e grandes
reas de sua vida ja m a is foram en tregues ao controle
do Esprito Santo.
O p re gu i oso e o d e s or gan iz a do j a m a is
estaro altura da v e rd a de ir a liderana. Mui tos que
to ma m cursos de li der an a falha m na esp e ra n a de
atingi-lo porque nunc a a p re n d e ra m a obedecer.
Um grande esta dis ta fez um discurso que
mu d ou a direo dos assuntos na cionais. 'Posso
p e r g u n t a r - l h e quan to tempo o s e n h o r levou p a r a
p r e p a r a r esse dis cu r s o? P e r g u n t a - l h e um a d m i r a d o r .
99
M in ha vida toda tem sido um p r e p a r a t i v o p a r a aquilo
que eu dis se h o j e " .
O j o v e m que tem calibre de lder trabalha
enq uanto os outros pe rd e m te mp o, estuda en qua nto os
outros dorm em , ora en qu an to os outros brincam. No
h lugar para h bitos desl ei xa dos quanto a
p e nsa m e nt os , palavras, aes ou mesm o vesturio. Ele
obser var u m a dis ci pli na mi lit ar na dieta e no
c o m p ort a m e nto , de m an ei ra a po de r lutar bem.
Ele ass um ir sem relutncia, a tarefa
desa g ra d v e l que os outros evitam, ou a abnegao
oculta de que as pe ssoas fazem porqu e no h nela
aplausos ne m r e c o nh ec im e nt o . O lder cheio do
Esprito no re cu ar diante de situaes difceis, nem
de pe ssoas pr ob le m tic as , nem mesm o do servio sujo.
Quando ne ce s s rio ele ex er ce r dis ciplina b on do s a e
c or a jo sa m e n te quanto aos interess es da alma que o
Senhor o exigirem.
Du ra nt e toda sua vida, Geo rge W hite fie ld foi
um m ad ru g a d o r, u s ua lm en te le van ta va -s e s quatro
horas, era pontual, tamb m, quanto hora de se
rec o lh er noite, quando o relgio batia dez horas, no
im port ava quem fosse seus visitan tes , ou que tipo de
co nve rs a o oc up ar ia no mo m e nt o, ele se lev antava de
sua cadeira e, a va n an do para a porta dizia com muito
bom hu m o r a seus amigos venh am senhores, hora
das p e s s o a s boas estare m em c a s a .
r Dignidade.
Mo do de p ro c e d e r que infunde respeito
honra, g ra n de za moral.
A qua lid ad e da dig ni da de no pode faltar no
minis tro (lder). Ao dizermos ass im no nos referimos
pie dad e for ada ou ao s em bl an te solene, sepulcral e
am eaador; antes, temos em vista aq uela calma,
100
te m pe ra n a e re ser va digna que c o n v m ao lder das
almas e salve quem pe sa m to grandes
re sp ons ab ili da des . Paulo r e c o m e n d o u a Timteo:
N in g u m de sp re za a tua m o c i d a d e ... ( l T m 4.12).
Aos Santos em feso escr ev eu que no
ho uv e sse entre eles nem p a l a v r a s torpes, nem
chocarrice, mas antes, a es de g r a a s ( E f 5.4).
O j o v e m p re g a d o r deve ev itar mani fes ta es
ju v e n is , nada fazend o que o p os sa re b a ix ar no conceito
e respeito do reba nho ou dos c onci da d os. No deve
ha ver fami lia rid ad e ind e vid a com aqueles que o
cercam.
Em outras palav ras, a int im id ade que seria
p r pri a entre pe ssoas do m esm o nvel social ou
m em bro s de uma famlia, no deve h a v er entre o lder
(Pastor) e os m e m bro s da Igreja. N o de ver am trat-lo
ir rev ere nte me nt e pela po si o que ocupa, nem deve ele
most rar -s e de m a s ia d a m e n te ntimo com os crentes.
f Sabedoria.
C o n h ec im e n to da verdade, ins truo imensa,
razo, ju s to c o nhec im e nto natural ou adquirido, das
ve rda des (m or ment e morais), saber, doutrina, cincia,
to talidade dos c o n hec im e nto s adquiridos. A faculdade
de fazer-se uso do co nh ec im e nt o , uma co m bin a o de
d is c e r n im e n to . Nas Esc rituras , o ju l g a m e n t o justo
c on cer ne nte ve rdade moral e espiritual.
S a be doria mais que c on hec im e nt o, o qual
simples acmu lo de fatos. Ela tem uma co notao
pessoal, implica ndo em s a g a c i d a d e 1. mais do que
p e rc ep o humana; dis ce rn im en to celestial. E
c o nh ec im e nt o com p e n et r a o no cora o das coisas.
Dizia Th e o d o re R oo se ve lt que s a be do r ia
no ven ta p o r cento uma que sto de s er sbio a te m p o .
1 A g u d e z a ou s u t i l e z a de es p r i t o ; p e r s p i c c i a .
101
A m a io ri a das pe ssoas quase s bia depois do
e v e n to .
A sab ed ori a d ao lder o equilbrio
neces sr io, e o livra da e x ce ntri c id a de e da
extrav ag nc ia. O co n h ec im e n to obtido pelo estudo,
mas qua ndo o Esprito enche um hom em , ele concede
sabedoria para us ar e aplicar esse co nh ec im e nto de
man ei ra correta.
Cheio de s a b e d o r i a era um dos requisitos
at m e sm o para lderes su bo rd in a do s na Igreja
A po st lic a (At 6.3).
A orao de Paulo pelos crentes de Colossos
deveria estar c on st a nt e m e nt e nos lbios dos lderes que
detm re s p o n sa b il id a d es espirituais: Que tran sbo rd em
de p l e n o co n h ec im e n to da su a vo nta de em toda a
s a b e d o r ia e e n te nd im e nt o e s p ir it u a l (Cl 1.9).
* Tato.
Per c e p o agud a do que conven ie nte dizer
ou fazer em uma situao difcil ou delicada, sem
m e lin dra r os sen ti me nt os dos outros, delicadeza,
discrio.
E outra qu al ida de de grande valor para o
ministro. H m om e nt os inc on ve nie nt e s de fazer o
trabalho de Deus, o que pode frustrar os props itos
c o l i m a d o s 1. Por exemplo, em co rrigir uma de so rd em na
igreja, ao i m pugna r uma de cl a ra o feita por algum
p u blic a m en te e com a qual no se pode concordar,
deve-se usar do m x im o cuidad o ev itando escolher
palavras pesadas.
As crianas pod em ser ch ama da s ordem
sem ha ver r e s se nt im e nt o por parte dos pais, os quais
pod em mesm o ch eg a r a sorrir com a observao. Por
1 Mi r a d o , o b s e r v a d o .
102
outro lado, se o obreiro for sem je ito na m an ei ra como
co nto rna r as situ a es p o d e r abr ir u m a brecha fazend o
com que a simp at ia pe nd a para o lado dos que esto
errados e no para o seu.
O pa sto r tem de c on se guir pro d gi o de
to rn ar s u a v e a repr ime nda . Que n in gu m pen se que
isso uma hip ocrisia, e que a fraqueza spe ra a
melhor virtude do obreiro.
Pode mo s ser dota dos de tato sem e n g a n a r a
n in gu m e in sistirmos em que isso uma de m o n st ra o
de grande sabedoria.
* Discrio.
Prudn ci a, qua lid a de daquele que sabe
gua rdar segredo. Ato de discernir. qualidad e que fica
muito bem no ministro.
R ef er im o -n os c on fo rm id a d e com as leis da
co nduta ap ropriada, m ed ia nt e o exer cc io da pru d n c ia
em todos as ocasies.
O apstolo Paulo ex pr e ss a essa ne ce s si da de
como segue: No seja, p o i s v it upera do o vosso b e m
(Rm 14.16). Um cor a o to ta lm e nt e simples pode
co locar -s e em situ a es de lic ada s por falta de cuidad o
e chega r a ser fals ame nte acusado.
Que uma mente sbia e uma vontade firme
co nt ro le m o co rao simples. Para sermos mais claros,
todo o contato com o sexo oposto deve ser
c u id ad os a m en te vigiado.
E bom que o crente seja sempre um
cavalheiro. A jud ar as damas, em ocasies prprias, faz
parte do cavalh eiris mo. Mas, levar uma senho ra ou
moa r e pe tid am en te at sua casa, a dois a ss,
ex ata m e nte a situao que no pode deix ar de su scitar
c om ent ri os maliciosos.
103
* C orte s ia .
Ci vilidade, re v e r n c ia , polidez, urba nid ad e,
c um pri m e nto , hom e na ge m .
O apstolo Pe dro exortou aos convertidos
que fos sem corteses ( I P e 3.8). Espe ra -se de qua lqu er
pro f is s io na l que seja um cav alheiro. Quanto mais deve
ser corts o lder de cren tes que vivem em contato com
pro fi ssi on a is, para que saiba c om por ta r-s e dentro de
certa linha.
O por fa v o r e o muito o b r i g a d o ja m a is
de vem faltar e as ordens sempre dadas que foram de
solicitao. Nenhuma in tr o m is s o ind el ic ada na
c onver sa o de outras pe ss oa s ou na int im id ade dos
lares alheios deve ser pratic ada .
O toque gentil e o sorriso, be m como
r e fi na m e nt o culto de um c av alhe iro cristo deve
semp re car act eriz ar o h o m e m de Deus.
* A s s e i o .
Li mpeza, higie ne , correo. Nos trajes
pe sso ai s o p r e ga do r deve ser e sc ru p u lo s a m en te limpo.
N o dizem os que seja ex ag e ra do na moda, mas no
asseio pess oa l e na corre o do vestir.
De ve m os o b s e r v a r a pure za da mente e da
li ngua ge m, tanto quanto a hi gie ne corporal.
f P o n tu a li d a d e .
E uma virtude. Quan do e m pe nh a m os a
pa lav ra num encontro, as s um im os uma obriga o que
tem de ser cumprida.
Atra sar -s e num e ncon tr o e, pior ainda, faltar
ao me sm o, uma injus tia e um erro. A borre ce aqueles
a que damos a pal avr a, e reflete mal quanto a nossa
honest id ad e e co mp orta me nt o.
104
J se disse que cheg ar tarde a um encontro
m a rcado equivale a me nti r e ro ub a r o tempo da outra
pessoa. Neste caso a pr e se n ta m -s e de scu lpa s
satisfatrias.
Jamais se deve ad quiri r o mau hbito da
ne gl ig nci a no c um pri m e n to dos deveres, ne m se deve
p erm iti r que haja tal re put a o a nos so respeito.
1 Ser m er c ad o r ou n e g o c i a n t e ; c o m e r ci a r , traficar, f a l s i f ic a r.
105
Qualidades Espirituais
=> O a m o r .
O amor de Deus sig nif ica amor divino em
nossos co raes, o mi nis tro deve pos su ir um corao
pleno de amor de Deus.
O prim eir o dev er de todo pastor, amar ao seu
Deus de todo o corao, alma e esprito. Pro ced en do
assim, a sua co nsa gr a o se tor na r completa. No
haver as pe re za ne m re s se nti m e nto s em qualquer
feio de sua vida e mi nistrio. Pois, se aquele que ama
foi quem c ha m ou e o a mo r da p e ss oa ch am a da a ele
pe rm a nec e fiel e ve rd a dei ro , ento todas as suas
solicitaes sero re s p o n d id as e tudo correr bem. Isso
im po rt an t ssi mo , sendo a soluo para todos os
pro ble ma s pessoais.
O prp rio Deus amor, e, obviamente,
ne ce s sit a m os mais de Deus qua ndo o nosso amor
c o me a a enfraquec er. Do m esm o modo, mister, a
plen a m e did a do a mo r de Deus para c ap ac itar o
min istro a servir e fic azm en te o povo.
A n at ur eza h um a na gera lmen te ma rcada
pela ing ratido, ego sm o e desco rte si a. possvel que
haja falta de a pr eci a o por parte dos liderados quanto
aos nossos sacrifcios e esforos. No,sso amor natural
em breve se e sgo ta ria e assim ns nos vol taramos
ex ata m e nte contra aqueles para quem fomos enviados
106
como ministros. Mas o amor mais intenso de Deus, uma
vez tr a ns b or da nte em nossos co rae s, fora -no s a
amar, at mesm o os que no fazem por me re ce r amar.
I m pe lin do - se lhes fazer o be m m esm o que
nos desp rez em , nos im pu ls io n a r a c on tin ua r
de rra ma ndo nossas vidas em favor daqueles que se
mos tra m indignos e que talvez c h eg ue m a ponto de
p rat ic ar injustias co ntra ns. Eis a, portanto, uma
qualidade que deve d om in ar os no sso s coraes, se
qu is ermo s ser b e m su cedidos no pa st o r ad o e no cam po
missionrio.
=> A f.
Bem p r x im o do amor, e quase to
im portante quanto ele na vida e no serv io cristo, est
a f. Desde o co me o at o fim da vida crist, a f a
chave capaz de abrir os tesou ros de Deus, pela f
somos salvos, pela f somos g ua rda dos , pela f ta mb m
ns, assim como Eno que, ser emos arre bat ado s ao
en contro do Senhor qua ndo vier.
Todos os e m p re e n d im e n to s que de vem ser
realizados pelo p re g a d o r so de n a tu re za sobrenatural.
Q ue m pode salva r u m a alma h u m a na ? Quem pode
bat iz ar no Espri to Santo? Q ue m po de de rru ba r por
terra o pre c once ito e alterar os sent im ent os de uma
pessoa, ind ep en den te de sua v on ta de? Somente Deus
pode fazer essas coisas.
Mas o p re g a d o r ig ua lm en te deve faz-los, e
como? Im pe lin do a Deus que os possibilite. A f o
po de r que move a mo de Deus, po r con seg uinte , a f
a bso lu ta me nte ess en cial ao ministro be m sucedido.
=> A santidade.
C omo pode um a pe sso a p re g a r a santi dade e
levar outras pessoas a um a vida santa se ela prpria
107
no te m u m a vida pura? pur ifi ca i-v os, os que levais
os ute nslios do S e n h o r ... (Is 52.11). Sem a
san tificao, n in gu m j a m a i s ver a Deus (Hb 12.14).
Uma dbil d e m onst ra o do pod er do
Ev a nge lh o o que resulta, quando o p r e ga do r no
mostra em sua vida o p o d e r s an ti fic ado r de Deus. Se o
prprio p re g a d o r no pra tic a o que prega, d prov a de
ins in c er id ad e e torna intil e hipc rit a a sua mensagem.
O senso de ju s ti a, at no ho m e m mais
simples, exige que o p r e g a d o r seja fiel sua palavra,
puro em seus pro n u n c ia m en t o s, hon est o em seus tratos,
e que saiba levar uma vi da limpa e santa. N a tu ra lm e n t e
que isso possvel, pois de outro modo seria falsa a
a pr ese nt a o da ve rda de divina. O po de r de Deus pode
fazer de ti aquilo que deves ser, a graa do Senhor nos
suficiente.
=> A h u m i l d a d e .
O inimigo tem um meio de m a cu l ar uma vida
santa. Se no pode e str ag -la de outro modo, ele
semeia o jo io do orgulho en qu anto o crente d o r m e .
A co nt ece sutilmente, sem que o i n c a u t o 1 d conta
disso.
Esse fermento de p e rv e rs id ad e come a a sua
ao mor t fe ra e, em pouc o tempo hav er evidncias
flagrantes de orgulho espiritual. Alm disso,
m a n if e st ar - se - as formas mais comuns de soberba: da
profisso, da po si o e do lugar que ocupa.
As almas fracas ficam inchadas quando
elevadas posi o de m i n i s t r o , pa ssa m a revestir-se
de tal im po rt n c ia a seus pr prios olhos, que no
pode m sujar as mos em q ua lq ue r traba lho manual nas
coisas da igreja. D e se ja m pa re ce r o que no so e
1 N o a c a u t e l a d o ; i m p r ud en t e . C r du l o , i n g n u o .
108
reje ita m q u a lq ue r desafio sua au toridade ou
diminu i o de seus poderes.
Quo triste e ru ido sa essa atitude.
D esq ual ifi ca o ind iv duo com o lder espiritual dos
santos.
S Tomai s obre vs o meu j u l g o e apr end ei de mim,
p o r q u e sou m anso e h u m il d e de c o r a o (Mt
11.29).
S ...tomando uma toalha, c in giu -s e com ela. D e po is
deitou a gua na bacia e p a s s o u a lavar os p s
dos disc pulos e a en xu g - lo s com a toalha com
que estava c in g id a ...' (Jo 13.4-5).
S P or q ue eu vos dei o exemplo, p a r a que, co mo eu
vos fiz, f a a i s vs t a m b m (Jo 13.15).
A h u m ild a de im po rt an te e rara.
=> A p a c i n c i a .
As obras im port an te s , de va lor pe rm a nen te ,
no se real iza m em po uc o tempo. N a d a sobre a face da
terra pode c om par ar -s e ao edifcio espiritual que o
ho m e m de Deus co nstri, no que diz respeito ao seu
va lor ou qualidad e de p e r m a n nc ia .
Eis que o la v ra d o r a g u a r d a com p a c i n c i a
o p r e c i o s o f r u t o da terra, at re c e b e r as p r i m e i r a s e as
ltima s c h u v a s (Tg 5.7). A sem en te da pa lav ra re q u e r
te mp o para ge rminar, cre sc er e am adur ecer.
O past or deve post ar -s e pa cie nte e fiel em
faz er a sua parte, e sp e ra n d o o cre sc im e nto e o
de se n v o lv im e n to que e m b o ra im pe rc ep t veis , esto
latentes. Ass im sendo, a pa ci nc ia espiritual que no
po de faltar aos m in is tr os e obreiros da Pal av ra de
Deus, em todos os camp os de trab al ho ( l T s 5.14).
109
=> O esprito perdoador.
En qua nto a n a tu re z a hu m a na correr seu curso
natural, h a ver ocasio em que o pr eg ad or ter de
m os tra r esprito perdoador.
Se ele for o f e nd id o p e sso al me nte e guardar
re sse nt im en to s, po de r dar lugar a uma diviso da
igreja ou at m e sm o a uma r u n a geral.
O pa sto r da igreja no pode esperar que seu
povo seja mais sem el ha nte a Cristo do que o lder desse
povo. So neces sr ia s duas pe ss oa s para que surja uma
contenda.
Se, porm, o ob re iro tom ar a ini ciativa de
de ixar de lado o re s se n ti m e n to e pe rd oa r a pe sso a que
errou, dar de m on st ra o de ma tur ida de , como de fato
lhe compete. Se, todavia, no pu de r mo strar-se altura
da pro va de tanta es p ir itu a lid ad e e der lugar a
car nal ida de , ao r e s se ntim e n to e a retaliao, isso lhe
ser u m a derrota, s ig ni fic a nd o o fim de utilidade no
ministrio.
Quo glorioso qua nd o o pa sto r (obreiro) se
mos tra capaz de a ssu m ir o doce esprito da quele que
exclamou: Pai, pe rd o a - lh es , p o r q u e no sa bem o que
f a z e m , se Estev o e Paul o foram capazes de
d e m o n st ra r esse esprito de pe rd o (At 7.10 e 2Tm
4.16). Ento cer tam en te po ss ve l que os obreiros do
Ev a nge lh o m a nif e st em a m e s m a atitude ( E f 4.32).
110
Questionrio
(B) D iligncia ( ) L i m p e z a , h i g i e n e , c o r r e o
( E) D i g n i d a d e ( ) C u i d a d o a t i v o , p r e s t e z a e m f az e r a l g u m a
coisa, zelo, esforar-se
A s eq nci a correta :
a ) D (E) (B) (C) (D) (A)
b ) D (D) (C) (A) (E) (B)
c ) D (E) (C) (B) (D) (A)
d ) D (D) (B) (A) (C) (E)
111
M ar qu e C para Certo e E para Errado
I 12
Lio 5
Teologia do Obreiro - Parte 3
O Carter
Ass im como o fruto de te rm in a do pela
espcie da rvore, o mi nistrio inteiro de um ho m e m de
Deus ser in fl uen ci ad o e ser qualifi ca do pelo tipo de
hom em que ele .
O Se nho r Jesus disse: a boca f a l a do que
est cheio o c o r a o . . . (Mt 12.34). O grande Pr eg a do r
escreveu: P o r q u e , como im agi na em sua alma, assim
ele e.. . (Pv 23.7). Isso requer que o corao seja puro
e repleto das coisas que ele de sej a que tr a n s pa r e a no
ministrio. So br e tudo o que se d eve guardar, g u a r d a
o teu corao, p o r q u e dele p r o c e d e m as sa d as da
v i d a (Pv 4.23).
Jesus era pleno de graa e da verdade; e
assim, logic am ente , isso o que e m an a v a de toda a sua
vida (Jo 1.14).
=> O ho m e m de Deus.
Paulo c ham ou a Tim te o de ho m e m de
D e u s ( l T m 6.11). O que est e nv olv ido nesse ttulo?
Note-se que no foi Ti m te o que usou esse ttulo com
relao a Paulo. Se assim fosse, po de ra mo s entender
mais p r o nta m e nt e a questo, j que Paulo merecia
realmente essa qualificao.
No era Paulo o apstolo dos gentios? No
foi o fu nda dor de muitas igrejas? No foi ele o autor do
maior nme ro de epstolas do NT? Todas essas coisas o
tor na ria m m e re c e d o r do ttulo - ho m e m de D e u s .
114
P or m foi Ti m teo , seu filho na f, da
seg un da ge rao de pr e ga do re s do Eva ng el ho , que
me re ce u a designa o. Dess e modo, en ten de mo s que
no pr es un o de nos sa parte ace itar esse ttulo, mas
que isto j u s ta m e n te vo nt a de do Senhor, s ub ent en de -
se que somos m in is tro s de Deu s, cheios dEle e p o r Ele
enviados.
Que solene encargo. Quanto a isso nos
dev emos ter dign ida de e p r o f u n d a co nsc i nci a desse
fto, ao fazermos o nosso trabalho.
N a da h nisto que sirva para to rn ar- no s
altivos1 e or g ul h os os, antes devem os estar
h u m il de m e nt e im p r e s si o n a d o s com a tr e m e n d a
re s p on sa bi lid a de que nos foi im post a pelo Senhor.
Deus tem certas qua lid a des que os p e ca d or e s
sent em ins tin tiv a m e nt e - sua bon dad e, amor,
m is eri c rdi a, ju s ti a , e impa rcia lid ade . Sua
c o n d e s c e n d n c i a 2 hum ild e. Sua santidade virtude.
N a qualidade de ho m e ns de Deu s, e me re ce do re s do
alto ttulo que o Senh or nos conferiu.
Outros Ttulos
O mensageiro Ml 2.7
0 pastor E f 4.11
0 supervisor > l T m 3.1
0 atalaia Ez 3.17
0 embaixador > 2Co 5.20
Ancio ou pai > IPe 5.1
Dirigente > Hb 13.17
Profeta E f 4.11; Lc 7.26
Mestre > 1Co 12.28
Servo > 2Co 4.5
1 Arrogante, presunoso.
2 T r a n s i gi r e s p o n t a n e a m e n t e ; c e d e r , anuir v o l u n t a r i a m e n t e . Ter
at it ude c o m p l a c e n t e e m r e l a o a; m o s tr a r - s e c o n d e s c e n d e n t e
co m .
115
Em Atividades Diversas
Pescador Mt 4.19
Guia * Rm 2.19
Construtor > 1Co 3.10
Semeador > Mt 13.3
Critrio > Jo 4.35-38
Soldado * 2Tm 2.3
Trabalhador > ICo 3.9
S P e s c a d o r e Guia.
O p e sc a dor deve ser pa ci e nte e hbil para ser
bem sucedido. Essas q u a lid a de s so ne cessrias aos
p e sc a do re s de homens.
O guia deve c on he c e r o caminho, indo
frente, e deve p ro v id e n c ia r a p ro te o aos liderados
para que, ev itando -se os perigos, ca mi nh em com
segurana.
Esse e um b o m quadro da posio do guia
e spiritual que vai frente da Igreja. Quem serve de
amo deve atentar c u id a d o s a m e n t e s neces sid ad es
fsicas daqueles que fo ra m pos tos aos seus cuidados,
i gua lm en te o que cuida de enfermos tem a
r e s po nsa bili da d e de m in is tr a r e atender pront am en te,
p ro c u ra n d o levar o p a ci e nte a um b o m estado de sade.
No caso de cr ianas pe qu ena s, a ama tem que
ser fiel ao encargo, dev o lv en d o - as me no fim do dia.
116
De igual modo, as criancin ha s que o Senhor nos deu
para cuidar, no so v e r d a d e ir a m e n te nossas, mas no
fim te remos de pre s ta r contas. O trecho de M at e us 18.6
adverte-nos quanto ira do Senhor contra quem
esc andaliza um desses pe q u e n in o s que co nfiam nEle.
Quo cau te lo sa m en te , pois, deve o minis tro
zelar pelos interesses espirituais daqu ele s que o Se nh or
lhe pe no regao.
S A rq u it e to e Lavr ador.
Como c on str uto res da casa espiritual de
Deus, devem os ed ificar sobre a rocha, que Cristo
Jesus, vigia nd o semp re a n os sa m a n ei ra de ed ificar
( I C o 3.10). Os que ainda no se c on ver te r am no
de vem fazer parte desse edifcio no qual estamos
ocupados.
Aq uele dia d e cla ra r que sorte de trab al ho
cada um de ns fez hoje. Por isso m e sm o c on v m que
edi fiq ue mo s c u id a d o s a m e n t e com todo o cuidado, e de
co nfor mi da de com o p lano de Deus. De outro mo do, o
grande insp eto r c o n d e n a r nosso tra ba lh o e na da de til
teremos para apresentar.
Um semeia, e outra ceifa (Jo 4.36-38) . E
mister tanta p a ci n c ia como f, alm de habi lid ad e,
devemo s p lanta r e e spe rar a colheita. A ss im como um
em pr eg ad o est s ub or di na do ao a g ric ulto r dono da
terra, e lana a sem en te no devido tempo, do m esm o
mod o o evang el is ta ou pa st or que vem depois, que
colhe o fruto que outro pla ntou, so iguais pera nte
Deus, pois ambos ig ua lm e nt e tra balharam.
Que cada u m ceife fielm en te as espigas
douradas, mas que h u m il d e m e n te d crdito a qu em
merece.
117
S Sol dado.
A oc upa o de so ldado quase sempre
pe rigosa. R e q u e r corag em, alm de habilida de e
d is p os i o de s u b m e t e r o prp rio corpo aos rigores
ex tre mos e ao perigo das batalhas. O servo de Deus,
qual capelo em ple na luta, v-se entre Deus e pessoas
m or i bu ndas como r e s pons vel po r suas almas.
Isso re a lm e n t e um solene encargo. O
grande adver sr io de nossas almas, atravs de milhares
de meios postos a sua dis posio, nos ataca sem
trguas, por todos os lados.
H av er ocasies em que seremos chamados a
e nf re nt a r lutas e d ifi cul da de s no somente fsicas, mas
de tod a espcie. No po d e m o s de sa ni m a r no dia da
a dve rs ida de , mas c om bat er o b o m co mbate da f, e
depois de terdes venc ido tudo, p e r m a n e c e r in a b a l v e l
(E f 6.13).
S Trabalhador.
Este ttulo pode ser reputa do como o mais
simples da srie, mas ser um tr a ba lh ad or comu m algo
respeitvel. O trab al ho rduo e cansativo dos obreiros
re p re se nt a o m o u r e j a r 1 diligente do h om e m de Deus.
Desde cedo pela m a nh at altas horas da
noite, os au tnticos past or es ca r re ga m os cargos do seu
povo, de rra m a m a alma na orao, no estudo da palavra
e na vis itao pastoral; a pel am s almas, mini st ram a
pa lavra, e p a ss a m longas noites de viglia com
enfermos. No se aplica aos pre ga do re s a declarao:
eles no tr a ba lh am nem f i a m ! .
Atra v s das co mi ss es que o Senhor deu aos
discpulos, os quais nos foram tran sm iti dos, podemos
Suas Tarefas
120
Questionrio
Ass ina le co m X as a lte rnati vas corretas
1. errado:
a'iM A gra a de Deus r e a lm en t e unif or me - ela se
ma nif est a s om ent e de um mo do
b ) l_! Jesus disse: a b oc a fala do que est cheio o
_c or a o .
c )| _ | Paulo c ham ou a Ti m te o de ho m e m de D e u s
d'il_] M en s a ge ir o; pastor; atalaia e ancio; so alguns
dos ttulos dados aos m in is tro s da Pa la vr a de Deus
3. A m e lh o r tr ad u o de e n s i n a i , em Mateus 28.19 :
a)l 1 T e s t e m u n h a i
b ) D Insista com os f r a c o s
c)l I Doutrina i aos m p i o s
d ) |_] Fazei d i s c p u l o s
121
A Vida Particular do Obreiro
No h asp ec to da vida do obreiro sobre a
qual no deva re s p la n d e c e r a luz de Deus. Em verdade
nada h de oculto para aq uele a quem temos de pr e s ta r
contas (Hb 4.13). E im p o s s v el que um p r e ga dor do
E v a n ge lh o seja v e rd a d e ir a m e n te espiritual em pblico
e carnal na vida particular.
Deve hav er um a atitude espiritual constante
em cada fase de sua vida. Portanto, no apenas
p erm is s ve l, mas c on v e n ie n te que ex am in em os a vida
pa rt ic u la r do ministro, a lm de c on sid er arm os os
pro b le m a s que di ga m re s pe ito a seu ministrio.
^ C o nv en i nc ia do matr im ni o.
Eu sei, Senhor, que no cabe ao homem
d e te r m in a r o seu caminho, nem ao que c am inh a a
d ir ig ir os seus p a s s o s (Jr 10.23). R e c o nh ec e -o em
todos os teus caminhos, e ele en di rei ta r as tuas
v e r e d a s (Pv 3.6).
Essa lei eter na se ap lica a cada p ro b le m a na
vida de algum. Somos a bs olu ta m e nt e incap az es de
en co ntr ar o camin ho da v i d a por nossa prpria
sabedoria, ou luz de n os sa pr pr ia razo. Deus,
todavia, no deixou o h o m e m sozinho, pro veu para ele
orien ta o pessoal em todos os aspectos da vida,
co ntanto que o ind iv d uo se valha do instrumento
divino que lhe posto nas mos. Ora, isso se aplica a
cada detalhe e deciso de e sc o lh e r a esposa ou esposo.
Ab rao Li n co ln e Joo W esl ey foram
exem pl os notrios dos tr e m e n d o s obstculos que um
ho m e m ter que e nf re nta r se com et er um erro na
escolha da esposa.
Quo c u id ad os a m en t e, pois, devemos orar
pa ra que o Senhor nos guie nessa questo do
matrim nio . Aos solteiros dada a ordem: no
122
p r o c u r a is c a s a m e n t o ( I C o 7.27). Por outro lado,
de cla ram as Escrituras: O que ac ha uma esp os a acha
o bem e a l c an o u a be n e v o l n c ia do S e n h o r (Pv
18.22). A h a r m o n ia entre essas duas pa ss a ge ns est em
de ixarmos a quest o do c a s a m en to int ei ra me nte nas
mos do Senhor, o qual c onhec e as nos sas
necessidades.
Tem os n e ce s si d a d e de ntida orient a o
divina na escolh a da c o m p a n h e ir a para toda a vida.
Q uando essa nos pr o v id a por Deus, ento te remo s
re almente a lc an ad o a b e n e v o l n c ia do Senhor.
No p are ce ne ce s s rio dizer aos min istros
que as Esc rituras pr o b em , te rm in a n te m en t e, a u ni o do
crente com o inc rdulo (2Co 6.14). Essa u m a lei
de finitiva que se ap lica a todos os crentes, e, u m a vez
desobede cida , trar um s em -f im de m is r ia e
lamentaes.
123
c on tar mo s com outr em que nos po ssa apre sen ta r um
ponto de vista di ferente, nu ma ap reciao bem
eq ui lib ra da em dive rsas situaes.
O simples fato de termos al gu m com quem
tratar dos prob le ma s, j de grande proveito, pois a
co m un ic a o com outro nos capa ci ta a ver as coisas de
u m po nto de vista mais acertado e a chegar a uma
m e lh or concluso.
O co nselho que rec eb e m os da parte do outro
c njuge , muitas vezes, o que estv am os precisando. E
p ro ve ito s o ao crente, e sp ir itu al me nt e falando, o
aceita r conselhos, pois isso diminui sua auto-
s ufic in ci a e cultua nele a h u m ild a de e a disposio
para ser ensinado.
Outra v a n ta g e m de ser casado que a vida
na tu r al comp letada. O m a tr im n io perm ite -no s
pa rt ic ip a r das alegrias, das tristezas e das muitas
di fi culda de s da e xp er i nc ia hu ma na , e nos ap erfeioa
se to m a rm o s parte ativa ne ssas experincias.
R ec o m e n d a es .
H, no entanto, outro aspecto que deve ser
co nsi de rado com resp eito s va n tage ns da vida de
casado. Somos a dve rt ido s pelo ap stolo Paulo, em
IC o r n t io s 7.33, que O que se casou cuida das causas
do mundo, de como agr a d a r a e s p o s a .
E na tural e lgico que o marido cuide do
ne ces sr io para o lar, d e vo ta nd o aquilo que ga nha ao
be m estar e ben ef cio da esposa e dos filhos. Do ponto
de vista na tural esse est entre os maiores deveres de
sua vida. Mas para o min istro esta no deve ser a
pre o c u p a o mais sria.
O Senhor de cl a ro u pe sso a lm en te : Se algum
vem a mim, e no abor re c e a seu pai, e me, e mulher,
e fi lh o s , e irmos e ainda a sua p r p r i a vida, no p o d e
ser meu d i s c p u l o (Lc 14.26).
124
O p a st o r e sua espos a de v e m ter p o uq us si m o
apego a tudo que for ma terial que te nh am re c eb id o do
Senhor. As coisas ma teriais de v e m ser c on ser va da s em
total s ub or din a o ao grande objetivo espiritual,
conforme a vo nta d e sup er ior de Deus.
Ta nto da parte do pa st or como de sua esposa
deve hav er sujeio mtuo das coisas materiais em
grau de v e rd a d e ir a re n n c ia de tudo que terreno.
A p r io r id ad e do Senhor. N oss os filhos,
s em e lh a nt e m en te , de ve m ser po st os no altar. D e ve m os
estar prontos a dar q u a lq ue r te mp o de acordo com a
vo ntade de Deus. Mas, afinal de contas, essa uma
vida de alegria suprema, e no s so Pai Celestial
pro v id e n c ia r para que, se bu s c a rm o s pr im ei r am e n te o
Seu Reino e sua ju s ti a, todos as demais coisas nos
sejam acr escentad as.
E me p u s e r a m p o r g u a r d a de vinhas, a
vinha, por m, que me p ert en ce, no a g u a r d e i , esse
foi o clam or da noiva, no livro Cant are s de Salomo
1.6. Mas pode ser, igua lm en te, a triste confis so de
alguns past or es e esposas, em re lao aos prprios
filhos. Isso no re c o m en d v e l, , alis, b e m triste.
Se um h o m e m pa st or e pai, deve dar nfase
p rim eir a funo sem d etrim en to da segunda. Todavia,
as questes, esp irituais e o b e m -e s ta r dos outros, por
mais re sp eit ve is que sejam, no de ve m j a m a is ser
causas de nos sa ne g li g n c ia quanto aos prp rios filhos.
Se o h o m e m to m ou a esp os a para si, Deus
ab en o o u essa u ni o com filhos, ento h uma
re sp o n sa b il id a d e de fin id a e certa, e da qual no h
como se eximir.
O pa st or um pai crente, e m b o ra seja pastor,
e deve de si nc um bir -s e pl e n am en te de seus deveres,
como ho m e m de Deus te m tanta obr iga o como
q ua lq uer outro m e m b ro da igreja, de trei na r seus filhos
e de pro ve r-l hes o neces sr io.
125
& Um lar pa d r o .
E da v ont ad e de Deus que o pastor e a esposa
se c o n d u z a m no lar como pa dr o para todos os crentes
(Tt 2.7). N os s os liderados seguiro o exemplo que
virem em ns muito mais do que os prec eitos que
declaramos.
A Igreja certam en te obser var como nossa
famlia se porta, e far co me nt ri os a respeito. A nica
coisa que nos resta para alterar esses comen t ri os
pro ve r b o m mater ial para esses comentrios.
N oss o Pai Celeste tem um Filho, para quem
est sendo pr e pa ra da uma noiva. Ele cond uz a sua casa
como mode lo para todos os seus filhos, mo st ra n do -s e
mis e ric ord io s os e fiel as suas prp ri as leis eternas. O
pastor, seme lhante , em sua pr p r ia igreja deve co nduzir
a famlia como exemplo a todos os crentes.
Que belo modo de pre ga r o Ev a nge lh o e
de mo nst rar sua be le z a ao mundo! Se um h o m e m falhar
nessa op ortu ni dad e e obriga o , s po de r faz-lo para
seu prprio de scr d ito e p re ju di c ar g ra nd em en te a sua
e ficincia como pastor.
1 F e i t i o , c o n d i o , carter.
126
m ini st r io devem ser casados ( l T m 3.2-12), e quando
em pr e ga o termo c o n v m pode m os assim entend er
que no c o n v m , que os obreiros sejam solteiro. Ou
seja, melhor que sejam casados. mais
re co me nd ve l.
A ob ser va o di vin a de que no bom que
o h om e m esteja s , nos leva a crer que, para exer cer
u m a funo mini st er ia l na obra de Deus, o obreiro deve
c on tar com a ajuda in d is pe ns ve l de uma esposa fiel,
de dic a da no somente ao lar e vida conjugal, mas
ta m b m ao minis t rio da Igreja. Ela ir ta m b m ajud ar
a cu mpri-lo e, por seu turno, co nco rr er para que seja
ainda mais eficiente.
O obreiro que po de contar com uma esposa
intel ige nte e de vot ada obra de Deus, ter melhor
nimo para de se m p e n h a r suas funes na Igreja. E
ta m b m ele pro c ura r facilitar a atuao da prp ri a
espos a nas tarefas a que se dedicar e que lhe forem
destinadas.
U ma esposa de obreiro que bus ca a santidade
quer nas palavras, nas atitudes, nas vestes, e no
co mp or ta me nt o, ser de muit a valia para ele e para a
Igreja, bem como pa ra si m esm o, pois recair sobre ele
a c onfi an a da Igr eja na sua au toridade para falar,
ensinar, acomp an ha r, diri gir re uni e s e depar tame ntos .
Obreiros que no so auxiliados por sua
espo sa e nco ntr am de fato um a certa difi cul da de para
e x erc er seu ministrio ( I C o 7.5).
Sua p reg a o, seus ensinos, suas
de m on st ra e s car ecem de s egu ran a e apoio e por
mais que sejam pe rti nen te s e alic er ad os na Pa la vr a de
Deus no m os tr a m na pr tic a o reflexo que cau sa va m
se oriundos de obreiros que, alm da did tica e da
exegtica, ti ve sse m o re for o e o exemp lo de sua
pr pr ia esposa, ela o faz de mo do a no causar sombra
127
ao esposo, c o n se rv a nd o- s e na graa de Deus e na sua
condio de auxiliadora. E aind a que no obstante um
ttulo minist er ia l, o seu m in is t ri o estar
reco nhe cid o.
O im por tan te na espos a do obreiro
re c o n h e c e r que a ela tem um real chamado de Deus e
est se e sf ora ndo para por em prti ca a misso que lhe
foi confiada, e assim esteja a c oo pe r ar com ele, a fim
de que cresa na graa e alca nc e a aprova o de Senhor
no seu ministrio. Te m c o n sc i n ci a de que parte
ind is pe ns v el no sucesso do seu esposo, po rqu e se ele
tiver sucesso, ela ta m b m o ter. Afinal, no so os
dois uma s c a r n e ? ( E f 5.31).
Q ua ndo ouvim os ou sabemos atravs de
livros ou outros pe ri dic os que deter min ad o obreiro foi
b em -s u ce d id o na vida m in is te ria l, ou em algum grande
e m pr e en dim en to , verifi ca -s e, porm, que quase nada,
se diz a respeito da to difcil tarefa da esposa desse
obreiro, res po ns ve l em grande parte, pelo sucesso do
marido. Em geral, essa ilustre mu lh e r fica no
anonimato.
Todav ia, esse obreiro de sucesso,
difi cilm ent e cheg aria ao a u g e 1 do seu ministrio se no
fosse a dedi ca o de sua a be n o a d a esposa. Ela foi a
m e lh o r auxiliar, a mais e xc e le nt e ajudante, ap oiand o- o
durante as vinte e quatro horas do dia.
^ Os oficiais da Igreja.
O obreiro p re s b ter o ( I P e 5.1). Atravs do
NT, os termos p re s b te r os , bispo e ancio so
emp regad os alte rn ad a m e nte , com o em Atos 20.17,28;
1. A H u m i l d a d e e a A u t o r i d a d e A p o st l ic a de Pedro.
1.1. H u m il d a d e.
Sou tamb m p r e s b t e r o com e le s ( I P e 5.1).
Pedro no vindic a sua su pe ri or id a de apostlica,
eclesistica, e muito menos papal, como ensina a Igreja
Romana. Era de fato uma t e s t e m u n h a dos sofrimentos
de Cristo e p o d ia c on ser va r distinta sua posi o de
apstolo. Entr et ant o, aqui ele se ap resenta com
p ro fu nda hum ild a de , niv e la n d o -s e aos demais colegas
de mi nistrio, os quais exortava.
Em sua pr im eir a epstola, captulo 1 e
vers culo 1, Pedro id e nti fic ou-s e como apstolo
cer tam en te para dar c re di bi lid a de ao conted o de sua
doutrina.
1.2. A u t o r i d a d e atestada.
Pedro adv ertiu aos min istros a que evitassem
an dar atrs de au toridade ou pos io , pelas quais
po d e ri a m cair no lao de os ten ta r a l t i v e z 1 ou
ar ro g nci a para com os m e m b ro s da Igreja.
Ao contrrio disso, p e la santi dade de suas
vidas, de ve r ia m cuid ar de suas ovelhas e tornar-se
mo de los do reba nho, pois Deus no fica indiferente ao
m odo como sua Igreja tratada. Estas advertncias,
s egu ram en te , ba se a ra m -s e em sua au toridade como
te st e m u n h a ocu lar dos s ofr im en tos e morte de Cristo.
1 Q u a l i d a d e de al t iv o; a rr og nc ia , o r g u l h o , a mor- pr pr i o.
130
Pedro ta m b m viu a glria divina ma nifestar-
se nEle por oc asio de sua tr a n s fi g u ra o no monte
santo (2Pe 1.17,18; Mc 9.2-7). O apst ol o mostra que
tinha plenas c ond ies de tr a ns m iti r queles crentes
um a me nsa ge m res ult ant e da sua e x pe ri n c ia de sofrer
po r Cristo e de p a rt ic ip a r da sua glria.
2. A s I n c u m b n c ia s do Ofcio Pastoral.
2.1. A p a s c e n ta i o r eb an ho de D e u s ( I P e 5.2).
Aqui o ve rb o a p a s c e n t a i literalmente
pastoreai. A idia su b en te n d id a a de um past or
cu id an do do seu reb an ho de ovelhas.
O sub stan tivo co rr e sp o n d e n te aparece em
Ef si os 4.11, onde a P a la v ra fala de hom en s que Deus
deu Igreja, com r e s p o n s a b il id a d e s especficas - essas
re s p o n sa b il id a d es pa sto ra is ass in a la m minis trio s que
so mais que sim ple sm e nte alimentar.
A ex pre sso a p a s c e n ta r exprime em
res u m o o trplice m in is t rio do obreiro:
S Pr o v er o pasto;
S Co nduzi -lo pelo c am in ho que leva ao pasto; e,
S P r ot eg e r o r e ba nh o ao longo do caminho que leva
ao pasto. (Ver Hb 13.17).
3.2. N e m p o r t o r p e 3 gan n ci a .
repugna nte o obreiro que traba lha
m o tiv a do e xcl us iv a m e nte pelo lucro material. Isso
m e rc ena ris mo , ganho d e s o n e s t o , e foi repr ovad o por
Jesus (Jo 10.12).
Pedro no estava proibi ndo uma
c o m pe ns a o digna pelo bom servio pres tado pelos
pastores, mas antes c o m b at ia a te nd n c ia de certos
ho m e ns de s olharem p a ra a va n ta g e m econmica.
Os ministros d e v e m servir por amor a obra
do Senhor, e no cal cu la nd o o lucro que o seu trabalho
lhes pode oferecer. Aquel es que se deixam do mi na r por
este desejo ficam sujeitos ao pecado da cobia,
pode nd o at, po r amor ao dinheiro, e nv er gonhar o
genuno E va ngel ho de Cristo.
1 I n t e nt o, i n t e n o , p l a n o , p r o j e t o , p r o p s i t o .
2 Q u e r e v e l a o m i s s o , f alta, l a c u n a , e s q u e c i m e n t o ; d e s c u i d a d o ;
negligente.
3 D e s o n e s t o , i m p u di c o ; i n f a m e , v i l , abjeto; m a c u l a d o .
1 32
En tr et an to , a re s pei to do ve rd a de ir o
ministro, disse o Mestre: digno o obreiro do seu
s a l r i o (Lc 10.7; Mt 10.10; IC o 9.7-14; l T m 5.17). A
Lei j pre c ei tu a va isso (Dt 25.4).
A s p e c t o s ( +)
Hospitaleiro ( l T m 5.10)
A m i g o do b em ( Fp 4 . 8 )
Mo d e r a d o (Tt 1 . 6 -8 )
Justo (Tt 1 . 6 - 8 )
Sa nt o (Tt 1 . 6 - 8 )
133
O obreiro no exer cc io da sua miss o deve
ser e xem plo vivo para suas ovelhas, a partir do modelo
do Su pr em o Pastor, que Cristo ( I P e 5.3; 2.21; ICo
11.1; Fp 3.17; Hb 13.7). O nvel espiritual da Igreja
difi cilm en te se el evar acim a do nvel de integridade
espiritual de seu pastor. Pa la vr a e vida devem
c o rr e sp o n d e r uma outra.
De um mod o geral, a ex presso mais id o s o
era n o rm a lm e n te tr a du z id a entre os cristos pela
pa lavra gre ga presbtero. Toda via , entre algumas
igrejas p ura m e nte gentias, que d e sc o n h e ci a m os
costumes j u d a ic o s , as ex pre ss es mais i d o s o e
pre sb ter o sig nif ic av am , via de regra, um hom e m de
idade, e no p ro p ri am e nt e um lder.
Para que no h ou ve ss e co nfuso, pa ssa ram a
usar o termo grego ep isc opo s - inspetor,
superi ntenden te . No pe ro do do NT, os termos bispo e
mais idoso eram usados de form a inte rc am bi v e l com
lder, que co rre sp on di a a pastor.
Nos sculos seguintes, o pa sto r da igreja
pri ncipal da cidade pa sso u a ser intitulado de bispo,
enq uan to os pa stores a ss is ten te s e os das igrejas
menores, ou filiadas eram ch am ad os de presbteros.
Com a evoluo do pro c e sso , marcad o pela
de ge ne ra o, uma h ie ra rq uia j estava a co m an da r a
igreja. Os bispos pa ss a ra m a ch efiar os demais, e o
termo pre sb tero co rr o m p e u -s e para sacerdote, que
nada tinha a ver com a p a la vr a similar do AT.
Mas, como j dissem os , o termo mais
id o s o , pre sb te ro e bispo eram usados
in di fe re nt e m e nt e nos dias de Pedro.
Pedro no se refere aos mais idosos como se
fora um papa. Ele no est dando ordens, mas
ex or ta nd o- os na cond i o de um c om pan he iro ainda
mais idoso. Da r ordens no a tnica de seu
ministrio.
134
Questionrio
A ssi na le com X as a lte rnat iva s corretas
6. errado:
a ) __ Aos solteiros dada a ordem: no pro cu ra is
c a s a m e n to ( I C o 7.27)
b ) 0 O corao h u m a no no de n a tu re za solitria
c ) l_! Deus disse: bom que o h om e m esteja s
d ) |_| Uma outra va n ta g e m da vida de casado a do
conselho
8. E certo afirmar:
a ) l_I O servio do p a st or eio deve ser feito: no por
espo nta n e am e nt e , mas por n e ces sid ad e
b ) 0 O obreiro no exer cc io da sua misso deve ser
exemplo vivo para suas ovelhas
c)l 1 louvvel o obreiro que tr ab al ha mo tiv a do
ex clu si va me nt e pelo lucro material, assim ele
rende mais
d ) l | O past or deve servir como algum que
d o m i n a o r e ba nh o, us a n d o do au toritarismo
135
M ar qu e C para C erto e E para Errado
136
tica Crist/Teologia do Obreiro
Referncias Bibliogrficas