O Mito Da Deusa Perséfone

O MITO DA DEUSA PERSFONE
Raquel Rocha Macedo1
RESUMO
O presente trabalho foi realizado a partir do mito da deusa Persfone e sua

relao com a sua me a deusa Demter. Esse mito da deusa Persfone, relata sua
histria quando a mesma ainda era uma adolescente chamada Kor, que vivia sobre os
cuidados de sua adorada me. Filha de Demter com o seu pai Zeus que no s permite
entregar sua filha a seu irmo Hades como tambm participa do ardiloso plano para
rapt-la, mesmo esta sendo sua prpria filha. A partir disso Demter que jamais
concordaria com essa ou qualquer unio, sofre muito por no saber onde est sua
adorada filha, e sai do Olimpo disfarada de uma velha caminhando sem rumo at
chegar cidade de Elusis, onde fica por um tempo cuidando de uma criana. Por sua
exigncia edificaram um templo a deusa Demter onde a mesma entra nesse templo e
joga uma maldio sobre toda a terra. Depois de um tempo as duas, me e filha se
reencontram.
Palavras- chaves: dependncia; mito; rapto; sofrimento
INTRODUO
Na mitologia grega, Persfone corresponde deusa romana filha de Zeus e

da deusa Demter. Diz a lenda, que existia uma bela donzela dos cabelos longos e que
adorava brincar com as criaturas da floresta. Esta era filha da impotente deusa da
colheita Demter. A bela jovem ajudava a sua me a manter o fogo sagrado, e as duas
viviam em grande paz e harmonia de modo que eram grandes amigas, tanto que elas
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Estudante, UFCA (Universidade Federal do Cariri), Juazeiro do Norte, CE, e-mail:
raquelmacedufc@gmail.com
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eram invocadas em uma nica referncia, me e filha eram inseparveis, mostrando
assim um alto grau de dependncia entre as duas. O hino Homrico a Demter relata o
mito central das deusas.
Essa dependncia fica abalada quando Persfone raptada por Hades.
Hades tendo se apaixonado insanamente por Kor pediu a sua me Demter para
despos-la. Sem querer perde a companhia da filha, pois a jovem auxiliava no cultivo
dos campos recusou-lhe o pedido. J com o consentimento de seu irmo Zeus, Hades
resolve raptar a bela jovem sem consultar a sua me Demter.
PROBLEMATIZAO
Tendo visto que este tema de relevncia social no mbito da filosofia

achamos interessante aborda-lo com o escopo de levar verdadeira historia desta
mitologia abordada.
DESENVOLVIMENTO
Ento certo dia a jovem Kor, estava colhendo flores no prado com suas
companheiras pela pradaria de Ena, na Siclia quando se deparou com um lindo narciso
solitrio, flor na beira do lago; sem saber que na realidade se tratava de um ardiloso
truque elaborado por Zeus para atra-la para os braos de seu irmo, a inocente jovem se
aproximou inclinando-se para apanhar flor to singela. Hades que j estava impaciente
emergiu das profundezas da terra em sua carruagem de ouro puxada por cavalos pretos e
a raptou enquanto ela colhia flores com as ninfas. A jovem gritou e sua me neste
momento sentiu uma dor aguda, ela sabia que algo de ruim acontecia com sua filha. Ela
logo arrancou a toucada da cabea e dos ombros, e voou como um pssaro sobre toda a
terra e gua em busca de sua filha.
A deusa ento ficou procurando por sua filha durante nove dias e nove
noites, sem comer e sem beber, sem se banhar e ficou a vagar pelo mundo. No dcimo
dia encontrou Hrate, que ouvira Persfone gritar, mas no vira quem a levava; Helio,
porm, que tudo v revelou a identidade do raptor Hades, e que este o fez com o
consentimento de Zeus.
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Demter que agora se sentia trada por Zeus, retirou-se do Olimpo e decide
no mais voltar abdicando de suas funes divinas at que lhe devolvam a sua filha.
Disfarada de uma velha vagou sobre a terra, chegando a Elusis sentou-se em uma
pedra (que depois essa pedra ficou conhecida como pedra sem alegria). Convidada pelo
rei Clio para cuidar do seu filho recm-nascido, Demofonte com a rainha Metanira a
deusa Demter que aceitou o convite e ao entra no palcio, sentou-se em um tamborete
e durante muito tempo ficou em silncio, at que uma criada chamada Iambe a fez rir
com gracejos e trejeitos. Demter no aceitou o vinho, mas pediu que lhe preparassem
uma bebida a base de cevado ao que parece pode ser uma bebida mgica cujo, os efeitos
no so conhecidos.
Demeter ento ficou encarregada de cuidar do filho caula chamado
Demofonte que significa: o que brilha entre o povo, Demter esfregava o menino com
ambrosia e durante a noite colocava-o no fogo. Cada dia o menino se tornava e se
parecia mais com um deus, e ficava cada vez mais belo. Mas essa era inteno de
Demter torn-lo um imortal e eternamente jovem, porm durante uma sesso de
imortalizao Metanira viu o seu filho em meio s brasas e comeou a gritar, a deusa
interrompeu o ritual e falou bravamente: Homens ignorantes, insensatos, que no
sabeis discernir o que h de bom ou mal em vosso destino.
A deusa Demter com esse ritual faria aquela criana um imortal e
eternamente jovem, sendo agora no poder escapar do destino triste da morte; em
seguida surgiu Demter com todo seu esplendor e antes de deixar o palcio exigiu a
construo de um templo onde ensinaria seus rituais e encarregou ao irmo de
Demofonte o Triptlemo seu irmo mais velho a misso de espalhar pelo mundo a
cultura do trigo.
Quando o templo ficou pronto, Demter recolheu-se ao seu interior e
sentindo muita saudade de Persfone sua filha, ela a deusa Demter provoca uma grande
seca sobre toda a terra, falando que se no tiver sua filha de volta ela no iria mudar sua
deciso e neste momento uma grande seca prostra-se sobre todos os campos.
Como conseqncia do rapto de Persfone, nada poderia nascer carestia
ameaou a raa humana. Destruindo assim as oferendas que eram oferecidas em
sacrifcios aos deuses do Olimpio. Zeus temendo essa situao enviou alguns
mensageiros pedindo a Demter a sua volta para o Olimpo, mas foi em vo. Finalmente
Zeus decide mudar de idia enviando Hermes (o deus mensageiro) at Hades para que
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ele devolva Persfone para sua me e quando a visse com seus prprios olhos
abandonasse sua raiva.
Hermes encontra Persfone triste, mas antes que Hades permita a
Persfone voltar para sua me, ele obriga a jovem a comer uma semente de rom, ela
come e depois disso Hermes leva Persfone para o templo de Demter sua me, que ao
v-la corre para seus braos. Demter ansiosa pergunta a sua filha se ela teria comido
algo no mundo das trevas (pois se ela tiver comido algo no poder ficar s com sua
me), contudo ela havia comido a semente de rom, com isso ela fica obrigada a ficar
tambm por um tempo do ano com Hades que ficou estabelecido da seguinte maneira:
Hades poderia ficar com a deusa durante 4 meses e a sua me ficaria o restante do ano
que corresponde a 8 meses.
CONSIDERAOES FINAIS
O presente estudo demonstrou a importncia que a deusa Persfone tem na

relao com sua me, uma relao to forte que as duas deusas eram invocadas como
uma nica deusa. Demter amava muito sua filha Persfone e esse amor to grande
quase acaba em tragdia.
A deusa Demter ficou enfurecida pelo o raptor de sua filha e
principalmente porque esse raptor teve o consentimento de seu pai o deus Zeus que
resolve em secreto entregar sua filha a Hades seu irmo; com isso a deusa no teve outra
opo a no ser castigar a terra deixando-a imprpria para o cultivo, ou seja, a terra
tornou-se estril.
O retorno de Persfone se torna um alivio tanto para os homens que
preciso comer como para os deuses que necessitam de seus rituais e mesmo Persfone
tendo retornado para sua me o deus Hades conseguiu que a bela jovem torna-se sua
esposa e rainha dos mortos; Persfone deixava o Hades e se reunia com sua me, no
Olimpo, para cultivar a terra e que essa terra desse bom fruto.
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REFERNCIAS
ALBUQUERQUE, mariana. O rapto de Persfone, a busca de Demetr, o infortnio

de Demofonte e os mistrio de Elusis na tica arcaica. Disponvel em:
http://www.nea.uerj.br/Anais/coloquio/mariana.pdf
BRANDO, junito de Sousa. Mitologia Grega vol.1, vozes Petrpolis, 1986.
BRANDO, junito de Sousa. Mitologia Grega vol.2, vozes Petrpolis, 1987.

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Na mitologia grega, Persfone corresponde deusa romana filha de Zeus e

Tendo visto que este tema de relevncia social no mbito da filosofia

O presente estudo demonstrou a importncia que a deusa Persfone tem na

ALBUQUERQUE, mariana. O rapto de Persfone, a busca de Demetr, o infortnio

BRANDO, junito de Sousa. Mitologia Grega vol.1, vozes Petrpolis, 1986.

BRANDO, junito de Sousa. Mitologia Grega vol.2, vozes Petrpolis, 1987.

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