Apostila Sae para E-Mail
Apostila Sae para E-Mail
Apostila Sae para E-Mail
Introdução
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PARTE 1
TEORIA DE ENFERMAGEM, MODELO CONCEITUAL E SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Da sua Essência
Japiassu e Marcondes (1991) registram que essência é o ser mesmo das coisas, aquilo
que a coisa é, ou o que faz dela aquilo que ela é. Para Ferreira (1986), essência significa
aquilo que constitui a natureza do ser, o principal, o cerne.
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nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam não
eram preparadas para tal.
Este novo conhecimento posto, de algum modo, aponta como principal preocupação
não a patologia, mas o indivíduo, doente ou não, experenciando o processo saúde-doença,
com o enfoque na promoção do bem-estar e da saúde.
Refletindo
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• Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanços da profissão.
• Ter clareza sobre a fonte de onde esta prática se origina.
• Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistência.
• Estar atentos aos aspectos teóricos, práticos e ético-morais da profissão.
• Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistência.
• Ser coerentes entre no que pensamos, falamos e fazemos Saber avaliar e retro-
alimentar nossa prática.
• Ter bom senso para usar a cabeça, o coração e as mãos Conciliar ciência, alma e
habilidade.
• Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas.
• Tempo.
• Compreensão da arte.
• Sensibilidade para utilizar o material necessário.
• Extrema paciência... enquanto aprendemos as habilidades básicas.
Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de:
Experimentar, fracassar, arriscar... Conhecer frustração e mesmo o
desespero... Antes de poder abandonar técnicas aprendidas mecanicamente.
Projetar-se, plenamente, na própria criação.
Sua educação meticulosa, vinda de seu pai, um homem culto formado em Cambridge
e Edimburgo, era pouco comum para uma mulher do século XIX. Estudou latim, grego,
línguas modernas, artes, matemática e estatística, filosofia, história e religião. Sua educação
e os acontecimentos da época estimularam seu pensamento crítico, levando-a a interessar-
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se por política, economia, governo, liberdade, condições sociais e instituições. Leu e citou
em seus escritos: Platão, Dante, Mill, Bacon, Locke, Newton, Kant, Hegel, Comte e São João.
Por outro lado era tímida e espiritualista. Acreditava que servindo ao homem estava servindo
a Deus, o que a impulsionava a fazer seu caminho, a ser independente, a buscar uma
profissão para utilizar sua capacidade (Carraro, 1999). Esta educação influenciou seu
pensamento e sua concepção da Enfermagem como ciência e arte, subsidiando e
determinando a prática da profissão.
2. Marco Conceitual
Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais não são uma realidade nova na
Enfermagem; existem desde Nightingale (1859), com suas primeiras idéias avançadas sobre
Enfermagem, mesmo que não tenham sido expressas formalmente como marcos.
A proliferação formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu
concomitante à introdução das idéias sobre teorias de Enfermagem, ambas com interesse
em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta. Para Fawcett (1995), o
desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanço para a
disciplina.
No entanto, este é um tema que vem gerando discussão e mostrando divergências
conceituais entre os estudiosos, principalmente no que se refere às terminologias de marco
e modelo, teórico e conceitual, conforme podemos ver a seguir:
Newman (1979) registra que Marco Teórico é uma matriz de conceitos que, juntos,
descrevem o foco da investigação.
De acordo com Fawcet (1984 e 1978), Modelo Teórico ou Marco Teórico refere-se a
uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipóteses, políticas e
currículo de uma ciência.
Para Neves e Gonçalves (1984), Marco Conceitual é uma construção
mentalogicamente organizada, que serve para dirigir o processo da investigação e da ação.
Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989), Marco Conceitual é sinônimo de Modelo Conceitual e
é definido como um conjunto de conceitos e proposições abstratas e gerais, intimamente
relacionados.
Em 1993, Silva e Arruda registram que o Marco de Referência apresenta nível de
abstração de menor complexidade do que os Marcos Conceituais/ Teorias, no que se refere a
sua construção teórico-conceitual. Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se
apóia, servindo de base para as ações de Enfermagem (Silva e Arruda, 1993).
Na compreensão de Wall (2000), o Marco Conceitual é um conjunto de elaborações
mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo. Um ponto que serve como força,
como orientação. Uma proposta da qual queremos nos aproximar.
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Teórico, Modelo Teórico), com suas diferenças e semelhanças, formam um emaranhado de
conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as ações de Enfermagem. Podemos
dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem.
Em resumo, todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a ação de
Enfermagem, pois buscam, por meio dos conceitos, formalizar uma construção
mentalogicamente organizada, que fundamente a ciência e, consequentemente, as ações de
Enfermagem.
4. Da sua Construção
Todos nós temos uma imagem pessoal do que seja a prática da Enfermagem. Esta
imagem influencia nossa interpretação dos dados, decisões e ações. Mas pode uma
disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes
imagens? Os proponentes dos marcos conceituais para a prática estão procurando fazer uso
consciente destas imagens, sem o que não poderemos começar a identificar semelhanças
em nossas percepções sobre a natureza da prática nem evoluir para conceitos bem
ordenados (Reilly's, citado por Fawcett, 1995).
Segundo King (1988), conceitos são abstrações que provêem conhecimento sobre a
essência das coisas. Um conceito é uma imagem mental de uma coisa, de uma pessoa ou de
um objeto. Para Chinn e Jacobs (1982), os conceitos são formulações mentais complexas de
um objeto, propriedade ou acontecimento, originárias das percepções e experiências
individuais.
Os conceitos registram ainda as crenças e valores do autor sobre aquilo que está
sendo conceituado. Quando os conceitos são inter-relacionados, como no caso da
Enfermagem, eles formam uma base para as ações, seja na pesquisa, seja na prática
profissional. A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carrão, 19).
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A construção de um Marco Conceitual pode partir da prática, da conceituação das
imagens privativas do Enfermeiro sobre a prática da Enfermagem vivenciada pelo autor,
baseada em suas crenças e valores, com a busca de subsídios na teoria. Nesta forma de
construção, primeiramente se elaboram os conceitos eleitos, registrando-se aquilo em que
se acredita sobre cada um deles, com leituras releituras e reformulações, até que reflitam os
pensamentos do autor. Pode-se usar a estratégia de discuti-los com a Equipe de
Enfermagem e/ou com outras pessoas. Somente após esta prévia estruturação dos conceitos
busca-se uma teoria que venha ao encontro das idéias ali expressas, potencializando-as.
Então, incorporam-se aos conceitos as idéias contidas na teoria.
Pode-se também partir da teoria. Contudo, antes de optarmos por uma teoria,
primeiramente é necessário estudá-la, procurando compreendê-la, buscando as relações
entre o que ela retrata, aquilo em que se acredita e a aplicação que se pretende fazer.
Somente após essa identificação é que deve ser feita a opção por uma determinada teoria.
Então, alguns dos seus conceitos são escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a
prática da Enfermagem.
Convém lembrar que a teoria escolhida não necessita ser especificamente de
Enfermagem. Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria, porém com muita
cautela, pois as concepções teórico - filosóficas delas podem ser divergentes,
comprometendo assim toda a construção do Marco Conceitual e, consequentemente, a
assistência de Enfermagem a ser prestada.
A construção de um Marco Conceitual, partindo da prática ou partindo da teoria, é um
processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos, reformulando-os tantas vezes
quantas forem necessárias para que estes reflitam o pensamento do seu autor. Busca-se,
ainda, a inter-relação entre os conceitos de tal modo que, lendo-se um deles, os demais
estejam implícitos, mostrando forte relação entre si.
É importante ressaltar que, independentemente da forma de construção, o Marco
Conceitual deverá contemplar as especificidades da prática a que será aplicado, uma vez
que ele é um instrumento que subsidia a prática da Enfermagem (portanto, um meio e não
um fim em si mesmo, embasando a construção e o desenvolvimento da Metodologia da
Assistência de Enfermagem).
Após a construção do Marco Conceitual, passa-se a sua aplicação, para que deverão
ser buscados os elementos de cada conceito, as ações a que cada elemento conduz e a
estratégia para desenvolver cada ação. Esta operacionalização pode configurar-se como um
"mapa" da assistência a ser prestada, embasando a metodologia de assistência.
Como exemplo*, vai imaginar que, ao conceituar-se ser humano, esteja registrado
que ele é singular, integral, indivisível e insubstituível. As ações a que este registro conduz
são ações de humanização da assistência, e as estratégias poderão ser: chamar pelo seu
nome, envolver sua família na assistência, ouvir, tocar, entre outras.
Se o registro diz que a Enfermagem é uma ciência e uma arte, as ações deverão ser de
aplicação tanto do conhecimento científico quanto da sensibilidade. Imaginação/criatividade
e habilidade ao prestar cuidados. As estratégias deverão contemplar diálogo, observação e
desenvolvimento de técnicas específicas.
Enfim, o resultado final da Assistência prestada deverá refletir o Marco Conceitual
proposto, além de servir para confirmar / testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes
novos direcionamentos e / ou reconstruções.
5. Algumas Considerações
A implementação da prática assistencial embasada num Marco Conceitual
proporciona uma perspectiva de assistência sistematizada e singular, um embasamento
teórico para o desenvolvimento da prática e, por meio desta, um enriquecimento da teoria,
num movimento de ir e vir.
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No transcorrer da assistência evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a
subsidiam. Quando se inicia a implementação da prática subsidiada por um Marco
Conceitual, pode-se encontrar dificuldades, até por uma questão de hábito: "... O
pensamento se configura, mas a ação é tão automática que, quando percebemos, já a
executamos, não como a pensamos, mas como estávamos condicionados a fazer" (Carraro,
1994, p. 119).
Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em nós para conseguirmos vencer os
hábitos anteriores e avançar rumo a uma nova proposta de assistência, estando alertas para
nossas ações, até para não nos desanimarmos com o processo, pois aos poucos podemos
transpor as dificuldades de implementação que se apresentarem.
O Marco Conceitual, quando conscientemente aplicado, pouco a pouco vai mostrando
que o fazer, fazendo, aprendendo e teorizando à luz da prática concretiza-se no dia-a-dia da
assistência de Enfermagem. Enfim, conduz ao fazer reflexivo, proporcionando satisfação na
Prática Assistencial de Enfermagem, tanto para o profissional quanto para o ser humano que
está sob seus cuidados.
BILBIOGRAFIA
CARRARO&WESTPHALEN. Metodologias para a assistência de enfermagem:
teorizações, modelos e subsídios para a prática. Goiânia:AB, 2001. pág. 5-14 .
CARRARO&WESTPHALEN. Metodologias para p Assistência de Enfermagem:
teorizações, modelos e subsídios para a prática. Sobre teorias e marco conceitual: sua
influência na metodologia da assistência.Goiânia:AB, 2001. pág. 29-37.
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CAPÍTULO 3. TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM.
1. NOÇÕES GERAIS SOBRE TEORIA
1.1. A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEÓRICO
“A unidade básica do pensamento teórico é o CONCEITO.
Os conceitos são palavras que representam a realidade e
facilitam a nossa capacidade de comunicação sobre ela.
(Webester, 1991)”.
Os conceitos podem ser:
EMPÍRICOS = sentidos percebidos, observados, OU
ABSTRATOS = não são observáveis. Ex. esperança, infinito.
“Todos os conceitos tornam-se abstrações na ausência do
objeto”.
TEORIAS
Conjunto de conceitos inter-relacionados, definições e proposições que apresentam
uma forma sistemática de ver fatos/eventos, pela especificação das relações entre as
variáveis com a finalidade de explicar ou prever o fato/evento. (Kerlinger, 1973).
1.2. NATUREZA CÍCLICA DA TEORIA
PRÁTICA PESQUISA
TEORIA E CONCEITOS
1.3. CARACTERÍSTICA DE UMA TEORIA
Características de uma teoria segundo Torres, 1990:
1. as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira
de ver determinado fenômeno.
2. as teorias devem ser de natureza lógica
3. as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizáveis
4. as teorias podem ser as bases para as hipóteses serem testadas ou para a teoria ser
expandida.
5. as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da
disciplina através da pesquisa implementada para validá-las.
6. as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua
prática
7. as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas, leia e princípios, mas
devem deixar abertas as questões não-respondidas, que devem ser investigadas.
3. METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
CATEGORIAS DE CARACTERÍSTICA
TEORIAS TEÓRICAS DE ENFERMAGEM
1.NECESSIDADE Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes têm, buscando preenchê-los
S ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem.
PROBLEMAS Nightingale, Abdellah, Henderson, Orem, Hall, Watson, Horta*
2.SISTEMAS Sugerem que o homem é composto de muitas partes ou subsistemas que, quando
juntos, são mais e diferentes do que sua soma.
Johnson, Roy, Beth Newman, Levine, Leininger.
3.INTERAÇÃO Enfocam o processo de comunicação no preenchimento das necessidades do cliente.
Peplau, Orlando, Wiedenbach, King, Paterson e Zderad, Erickson, Tomlin e
Sawai, Boykin e Schoenhofer.
4.CAMPO DE Acreditam que as pessoas são campo de energia em constante interação com o seu
ENERGIA ambiente ou com o universo.
Rogers, Parse, Margareth Newman.
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Quadro 2. Tema central das teóricas escolhidas para o estudo.
FUNDAMENTAÇÃ
CATEGORIAS NOME DA
TEÓRICAS TEMA CENTRAL O
DE TEORIAS TEORIA
PRINCÍPIOS
A Enfermagem é necessária Teoria de
sempre que a manutenção Kortabisnk, da ação
contínua do autocuidado eficiente, 1965.
Autocuidado
DOROTHEA E. requer o uso de técnicas Teoria da ação
OREM especiais e a aplicação de social de Parson,
1971
conhecimentos científicos1968.
para prover o cuidado ou
administrá-lo.
1. A Enfermagem como parte Teoria da
NECESSIDADE integrante da equipe de saúde motivação Humana
S implementa estados de de Maslow
PROBLEMAS equilíbrio, previne estados de (necessidades
Necessidades
desequilíbrio, e reverte humanas básicas)
WANDA DE Humanas
desequilíbrio em equilíbrio Lei da homeostase
AGUIAR Básicas
pela assistência do ser e do holismo.
HORTA*
humano em suas
1979
necessidades básicas: procura
sempre reconduzi-lo à
situação de equilíbrio
dinâmico no tempo e espaço.
Fonte: adaptado de ALMEIDA & ROCHA. O saber de enfermagem e sua dimensão prática.
FUNDAMENTAÇÃ
CATEGORIAS NOME DA
TEÓRICAS TEMA CENTRAL O
DE TEORIAS TEORIA
PRINCÍPIOS
A Enfermagem é uma Sociologia
profissão humanística e Antropologia
científica que é apreendida e cultural
focalizada no fenômeno do
cuidado humano e em
Teoria de
atividades que propiciem
MADELEINE M. enfermagem
assistência, suporte,
LEININGER transcultural
facilitação e capacitação a
1985
indivíduos, grupos, para
manter ou reaver o seu bem-
estar, de uma forma
2.SISTEMAS
culturalmente significativa e
satisfatória.
A ação da Enfermagem está Biologia
baseada no cuidado total da Psicologia
pessoa e, assim sendo, na Sociologia
conservação dos princípios de
MYRA ESTRIN Holística
energia, integridade
LEVINE 1969
estrutural, pessoal e social.
Todos têm como postulado a
integridade e unidade do
indivíduo.
Fonte: adaptado de ALMEIDA & ROCHA. O saber de enfermagem e sua dimensão prática.
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FUNDAMENTAÇÃ
CATEGORIAS NOME DA
TEÓRICAS TEMA CENTRAL O
DE TEORIAS TEORIA
PRINCÍPIOS
A Enfermagem é um processo Teoria de Sistemas
de interação humana entre Sistemas pessoais,
enfermeira e cliente através interpessoais e
do qual um percebe o outro e sociais
Alcance dos a situação: e, através da Psicologia
IMOGENE M. objetivos comunicação, eles fixam os Teorias sociais
KING 1971 objetivos, exploram os
1981 recursos, concordam sobre
meios para o alcançarem os
3.INTERAÇÃO objetivos. É um processo de
ação, reação, interação,
transação.
Concebem essa teoria para Teorias de Erckson,
HELEN
compreender o modo como Maslow, Selyee,
ERICKSON,
Teoria do clientes estruturam seu Engel e piaget
EVELYN
Papel mundo. A Enfermagem é um
TOMLIN,
modelagem modelo de autocuidado,
MARY ANN
baseado na percepção e na
SWAIN
adaptação aos estressores.
Fonte: adaptado de ALMEIDA & ROCHA. O saber de enfermagem e sua dimensão prática
FUNDAMENTAÇÃ
CATEGORIAS NOME DA
TEÓRICAS TEMA CENTRAL O
DE TEORIAS TEORIA
PRINCÍPIOS
A ciência da Enfermagem é Fisiologia
dirigida para descrever o Biologia
processo vital do homem e Psicologia
para explanar e predizer a Antropologia
natureza e direção de seu Sociologia
desenvolvimento. A
4.CAMPO DE MARTHA E. Martha Rogers
Enfermagem é uma ciência
ENERGIA ROGERS 1970
humanística dedicada a um
interesse compassivo para
manter e promover a máxima
potencialidade de saúde do
homem que é um todo
unificado.
A Enfermagem não é Idem
promover bem-estar ou
prevenir doença, mas ajudar a
MARGARET pessoa a usar o próprio poder
1989
NEWMAN através de um alto nível de
consciência para manter o
processo vital
Fonte: adaptado de ALMEIDA & ROCHA. O saber de enfermagem e sua dimensão prática.
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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
SER HUMANO
♣ DOROTHEA E. OREM
SERES HUMANOS são diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de:
- refletir sobre si mesmos,
- simbolizar o que experimentam,
- usar criações simbólicas(idéias, palavras para pensar, comunicar-se e orientar os
esforços para fazer coisas que são benéficas para si e para outros”(Oren, 1991).
O funcionamento humano integral inclui os aspectos físicos, psicológicos, interpessoais e
sociais.
O indivíduo tem potencial para aprender e desenvolver-se.
A forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado não é instintiva,
mas um comportamento aprendido. Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade,
capacidade de mental, a cultura, a sociedade e o estado emocional do indivíduo. Se o
indivíduo não pode aprender as medidas de autocuidado, outros devem aprender e
proporciona-los.
SAÚDE
♣ DOROTHEA E. OREN
SAUDE. Oren apóia a definição da organização mundial de saúde como estado de bem-estar
físico, mental e social e não apenas a ausência de da doença ou da enfermidade. Ela
constata que os aspectos físico, psicológico, interpessoal e social são inseparáveis no
indivíduo. Oren também apresenta a saúde como base do conceito de cuidado preventivo de
saúde. Esse cuidado inclui a promoção e a manutenção da saúde- prevenção primária, o
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tratamento da doença ou da lesão- prevenção secundária, prevenção de complicações –
prevenção terciária.
AMBIENTE
♣ DOROTHEA E. OREM
São requisitos de autocuidado universais, demandas que a espécie humana possui, seja por
sua condição biológica, seja por sua condição sócio-psicológica, não significando, porém, que
para todos os seres humanos será igual em qualidade e em quantidade. São eles:
- manutenção suficiente de suporte de ar, água, alimentos.
- Provisão de cuidados associados aos processos de eliminação e excreção,
- Manutenção do balanço entre estar só e a interação social,
- Prevenção de risco à vida, ao funcionamento e bem-estar como ser humano
ENFERMAGEM
♣ DOROTHEA E. OREN
ENFERMAGEM. O sistema de enfermagem, delineado pela enfermeira, é baseado nas
necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as
atividades de autocuidado. Se houver um déficit de autocuidado, isto é, se houver um déficit
entre o que o indivíduo pode fazer (ação de autocuidado) e o que precisa ser feito para
manter o funcionamento ideal (exigência de autocuidado) a enfermagem é exigida.
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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas,
valendo-se para isto dos conhecimentos e princípios científicos das ciências físico-químicas,
biológicas e psicossociais. A conclusão será:
SER HUMANO
♣ MADELEINE M. LEININGER
SERES HUMANOS são melhor representados em seus pressupostos. Os homens são
considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar, e a
sobrevivência dos outros. O cuidado humano é universal, ou seja, é visto em todas as
culturas. Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque são
capazes de cuidas dos bebês, das crianças, e dos idosos de maneiras variadas e em muitos
ambientes diferentes. Assim, os homens são universalmente seres cuidadores que
sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a
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universalidade do cuidado de várias maneiras e de acordo com as diferentes culturas,
necessidades e situações.
A enfermagem, como ciência do cuidado deve enfocar além da interação tradicional
enfermeira-paciente, incluir famílias, grupos, comunidade, culturas completas e instituições,
assim como as instituições mundiais de saúde, e a forma de desenvolvimento e políticas e
práticas de enfermagem internacionais, pois em muitas culturas as instituições e as famílias
dominam. Há culturas em que as pessoas não são um conceito importante, podendo até não
haver o termo pessoa no idioma.
SAÚDE
♣ MADELEINE M. LEININGER
SAUDE. Ela fala de sistemas de saúde, práticas de atendimento de saúde, mudança de
padrões de saúde, promoção de saúde e manutenção de saúde. A saúde é um conceito
importante na enfermagem transcultural. Devido à ênfase sobre a necessidade de as
enfermeiras conhecerem a cultura específica na qual a enfermagem está sendo praticada,
presume-se que a saúde seja vista como universal nas culturas, porém definida em cada
uma delas de uma maneira que reflete as crenças, os valores e as práticas daquela
determinada cultura. Assim a saúde é tanto universal como diversificada.
AMBIENTE
♣ MADELEINE M. LEININGER
AMBIENTE. NESTA TEORIA O contexto ambiental é definido como sendo a totalidade de um
evento, situação ou experiência. A definição de cultura de Leininger, enfoca um determinado
grupo-sociedade e a padronização de ações, pensamentos e decisões que ocorre como
resultado de valores, crenças e normas aprendidos, compartilhados e transmitidos. Esse
aprendizado, compartilhamento, transmissão e padronização ocorrem dentro de um grupo
de pessoas que funciona como um cenário ou ambiente identificável.
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Os esforços para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os
indivíduos é vital. “É o sistema social que em todas as gerações e em todos os lugares,
determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes são
julgados. A integridade social do indivíduo espelha a comunidade à qual ele pertence.
ENFERMAGEM
♣ MADELEINE M. LEININGER
ENFERMAGEM. Define enfermagem como uma profissão e uma disciplina científica
aprendida e humanista, enfocada em fenômeno e nas atividades do cuidado humano para
assistir, apoiar, facilitar ou capacitar indivíduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu
bem-estar (saúde) em formas culturalmente significativas e benéficas ou para ajudar a
pessoa a enfrentar a deficiência ou morte (Leininger, 1991).
SER HUMANO
♣ IMOGENE M. KING
SERES HUMANOS – São seres sociais, reativos, perceptivos, controladores, intencionais e
orientados no para a ação e o tempo. A partir dessas crenças desenvolveu os seguintes
pressupostos que são específicos para a interação enfermeira-cliente:
- as percepções influenciam o processo de interação.
- as metas, as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o
processo de interação.
- Os indivíduos têm direito de conhecimento sobre eles mesmos.
- Os indivíduos têm direito de participar das decisões que influenciam a sua vida, a sua
saúde e os serviços comunitários.
- Os profissionais de saúde têm a responsabilidade de compartilhar a informação que
ajudará o indivíduo a tomar decisões sobre o seu atendimento de saúde.
- Os indivíduos têm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de saúde.
- As metas dos profissionais de saúde as metas do receptor do atendimento de saúde
podem ser incongruentes.
Afirma que as enfermeiras estão preocupadas com o ser humano interagindo com o seu
ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e à manutenção da saúde. Os
seres humanos tem três necessidades fundamentais de saúde:
1ª necessidade de informação de saúde que seja no momento necessária e que possa ser
utilizada.
2ª necessidade de atendimento que procura prevenir a doença.
3ª necessidade de atendimento quando os seres humanos são incapazes de cuidar de si
mesmos.
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Ela afirma que “as enfermeiras estão em uma posição para investigarem o que as pessoas
sabem sobre a sua saúde, o que elas pensam sobre a sua saúde e como elas agem para
mantê-la.”
SAÚDE
♣ IMOGENE M. KING
SAUDE. É definida como experiência dinâmica de vida do ser humano, que implicam o
ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo através do uso ideal
dos próprios recursos para atingir o potencial máximo para a vida diária. E como um estado
dinâmico no indivíduo no qual a mudança é constante e permanente e pode ser vista como a
capacidade do indivíduo para funcionar em seus papéis habituais. King afirma que a saúde
não é uma continuidade mais um estado holístico. As características de saúde são genéticas,
subjetivas, relativas, dinâmicas, ambientais, funcionais, culturais e perceptivas. Ela discute a
saúde como um estado funcional e a doença como uma interferência nesse estado. Define a
doença como um desvio do normal, isto é, um desequilíbrio na estrutura biológica da pessoa,
ou em seu esquema psicológico, ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa.
AMBIENTE
♣ IMOGENE M. KING
AMBIENTE. A sociedade pode ser vista como a porção dos sistemas sociais da estrutura de
sistemas abertos. Em sua teoria os três sistemas forma os ambientes que influenciam os
indivíduos:
1º sistemas pessoais – cada indivíduo é um sistema pessoal. Para o sistema pessoal os
conceitos relevantes são: percepção, o ser, o crescimento, o desenvolvimento, a imagem
corporal, o espaço, o aprendizado e o tempo.
2º sistemas interpessoais - são formados pelos seres humanos interagindo.
3º sistemas sociais - é definido como sistema de limites organizados de regras sociais,
comportamentos e práticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que
regulam as práticas e as regras.
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AMBIENTE. O ambiente é visto como interno e externo, e inclui tanto os estressores quanto
os recursos para adaptação a eles. Os estressores existem sempre e são necessários para o
crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indivíduos tem recursos tanto internos
como externos para lidar com os estressores. Os recursos potenciais existem e os indivíduos
talvez necessitem de auxílio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizá-los
construtivamente.
ENFERMAGEM
♣ IMOGENE M. KING
ENFERMAGEM. Um processo de ação, reação e interação pelo qual a enfermeira e o cliente
compartilham informações sobre as suas percepções na situação de enfermagem e como
um processo de interação humanas entre a enfermeira e o cliente através do qual cada um
percebe o outro e a situação, e através da comunicação estabelecem metas, exploram
meios e concordam com os meios para atingir as metas. A meta da enfermeira é ajudar o
indivíduo a manter a sua saúde de
forma que possam funcionar em seus papéis. O âmbito da enfermagem inclui a promoção,
manutenção e restauração da saúde e o atendimento aos doentes, aos feridos ou aos que
estão morrendo.
♣ HELEN ERICKSON, EVELYN TOMLIN, MARY ANN SWAIN
ENFERMAGEM. A enfermagem é um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um
relacionamento interpessoal e interativo. Ela descreve três características da enfermeira
nessa teoria:
1ª Facilitação – implica que a enfermeira ajude o indivíduo a identificar, a mobilizar e a
desenvolver seus próprios pontos fortes.
2ª Nutrimento – é a fusão e a fusão dos processos cognitivos, psicológico e afetivo, visando
auxiliar o cliente a atingir uma saúde holística.
3ª Aceitação incondicional – é a aceitação de cada indivíduo como único valioso e
importante, mesmo sem vínculos.
SER HUMANO
♣ MARTHA E. ROGERS
SERES HUMANOS. Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos:
1º cada homem é presumidamente um ser unificado com individualidade.
2º o ser humano está em troca contínuas de energia com o ambiente.
3º os processos de vida de um ser humano evoluem irreversível e imprevisivelmente na
pandimensionalidade.
4º existe um padrão para a vida.
5º o ser humano é capaz de abstração, visualização, linguagem, pensamento, sensibilidade e
emoções.
Os homens são campos de energia irredutíveis, indivisíveis, pandimensionais,
identificados por padrões e manifestam características e comportamentos diferentes dos das
suas partes e que não podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes.
♣ MARGARET NEWMAN
SERES HUMANOS. Os seres humanos são unitários com o ambiente. Não existem limites. Os
seres humanos são identificados por seus padrões. Os padrões do indivíduo são integrantes
dos de sua família e, por outro lado, estes são integrantes dos padrões da comunidade e da
sociedade. Os homens dirigem-se para uma organização sempre crescente e são capazes de
tomar decisões. O progresso para um nível superior de organização ocorre, com freqüência,
após um período de desorganização ou ponto de escolha, quando as formas antigas não
mais funcionam. O movimento é um ponto de escolha crucial na evolução da consciência e é
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a expressão da consciência. A restrição do movimento, força a pessoa além do espaço-
tempo.
SAÚDE
♣ MARTHA E. ROGERS
SAÚDE : A SAÚDE NÃO É ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade, ser vista como um
estado não é apropriado à teoria de Rogers. Ela considera a saúde um termo de valor. Para
ela a doença, patologia e a saúde são termos de valor. Os termos de valor modificam-se e,
quando discutimos em nível da dinâmica de comportamentos manifestados pelo campo
humano, necessitam ser definidos individualmente.
♣ MARGARET NEWMAN
SAUDE é a expansão da consciência: o padrão do todo em evolução, a explicação do
descobrimento da ordem implicada. Newman propõe que as flutuações no padrão,
identificadas como doenças, podem proporcionar o distúrbio necessário para reorganizar os
relacionamentos de um padrão mais harmoniosamente. A doença pode atingir aquilo que a
pessoa queria mas não tinha sido capaz de reconhecer; pode proporcionar ou representar o
desequilíbrio necessário para manter o intercâmbio vital ativo com o ambiente. Crescemos
ou evoluímos através da experiência do desequilíbrio e aprendendo como atingir um novo
sentido de equilíbrio. Portanto a doença pode ser vista como padrão emergente quanto
como expansão da consciência. É importante lembrar que apesar de o indivíduo apresentar
o padrão emergente denominado doença, esse padrão relaciona-se e afeta os padrões de
outros -família, amigos, comunidade. Como sistemas de energia abertos em interação
constante, os homens influenciam os padrões uns dos outros e evoluem juntos.
AMBIENTE
♣ MARTHA E. ROGERS
AMBIENTE. Consiste da totalidade de padrões externos existentes no indivíduo. Tanto o
indivíduo como o ambiente são considerados sistemas abertos. O ambiente é um campo de
energia irredutível, indivisível, pandimensional identificado por padrões e integrado ao
campo humano.
♣ MARGARET NEWMAN
AMBIENTE. – os seres humanos são unitários com o ambiente.
ENFERMAGEM
♣ MARTHA E. ROGERS
ENFERMAGEM. É uma arte e uma ciência humanística e humanitária. É dirigida ao homem
unitário e preocupa-se com a natureza e a direção do desenvolvimento humano. A meta das
enfermeiras é participar do processo de mudança de forma que as pessoas possam se
beneficiar.
♣ MARGARET NEWMAN
ENFERMAGEM. Define a enfermagem como o “cuidado na experiência de saúde humana”.
Acredita que cuidar é imperativo moral para a enfermagem. Com base na declaração de
Moss,(1981) para o amor ela diz que cuidar é algo que transforma a nós todos e tudo o que
fazemos mais do que ser algo que fazemos. Cuidar reflete o todo da pessoa. Cuidar exige
que sejamos abertos, e ser aberto é ser vulnerável. Ser vulnerável pode levar ao sofrimento,
o que tendemos a evitar. Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforços em direção
a níveis superiores de consciência. “A necessidade é de deixar correr , abraçar a nossa
experiência e permitir a descoberta da expansão da consciência.”(Newman, 1994). Sem o
cuidado a enfermagem não ocorre.
25
Bibliografia
ALMEIDA, Maria Lúcia Puntel e ROCHA, Juan Stuardo Yaszlle. O saber de enfermagem e sua
dimensão prática. 2ª ed. São Paulo:Cortez, 1999.
CARRARO&WESPHALEN. Metodologias para a assistência de Enfermagem:teorizações,
modelos e subsídios para a prática. Goiânia:AB,2001.
GEORGE, Julia B. e colaboradores. Teorias de Enfermagem -os fundamentos à prática
profissional. 4ª edição. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000.
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
LEOPARDI, Maria Tereza. Teorias em Enfermagem: instrumentos para a
prática.Florianópolis:Papa Livros, 1999.
PARTE 2
ASPECTOS POLÍTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE
Para o estudo da legislação sobre a SAE, exporemos alguns textos na íntegra, outros,
somente as partes que consideramos importante enfatizar.
28
Art. 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais,
independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.
CAPÍTULO IV
Dos Deveres
Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de
imperícia, negligência e imprudência.
Art. 25 - Garantir a continuidade da assistência de Enfermagem.
Art. 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.
RESOLVE:
Art. 1º - Ao Enfermeiro incumbe:
I - Privativamente:
A implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de
enfermagem, que compreende as seguintes etapas:
Consulta de Enfermagem
Compreende o histórico (entrevista), exame físico, diagnóstico, prescrição e evolução de
enfermagem.
Para a implementação da assistência de enfermagem, devem ser considerados os aspectos
essenciais em cada uma das etapas, conforme descriminados a seguir:
Histórico: Conhecer hábitos individuais e biopsicossociais visando a adaptação do paciente
à unidade de tratamento, assim como a identificação de problemas.
Exame Físico: O Enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas:
inspeção, ausculta, palpação e percussão, de forma criteriosa, efetuando o levantamento de
dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades encontradas para
validar as informações obtidas no histórico.
Diagnóstico de Enfermagem: O Enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no
histórico e exame físico, identificará os problemas de enfermagem, as necessidades básicas
29
afetadas e grau de dependência, fazendo julgamento clínico sobre as respostas do individuo,
da família e comunidade, aos problemas, processos de vida vigentes ou potenciais.
Prescrição de Enfermagem: É o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, que
direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e
contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção da
saúde.
Evolução de Enfermagem: É o registro feito pelo Enfermeiro após a avaliação do estado
geral do paciente. Desse registro constam os problemas novos identificados, um resumo
sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24
horas subseqüentes.
Artigo 2º - A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - deve
ocorrer em toda instituição da saúde, pública e privada.
Artigo 3º - A Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE deverá ser registrada
formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário, devendo ser composta por:
-Histórico de enfermagem
-Exame Físico
-Diagnóstico de Enfermagem
-Prescrição da Assistência de Enfermagem
-Evolução da Assistência de Enfermagem
-Relatório de Enfermagem
Parágrafo único: Nos casos de Assistência Domiciliar - HOME CARE - este prontuário deverá
permanecer junto ao paciente/cliente/usuário assistido, objetivando otimizar o andamento do
processo, bem como atender o disposto no Código de Defesa do Consumidor.
Artigo 4º - Os CORENS, em suas respectivas jurisdições, deverão promover encontros,
seminários, eventos, para subsidiar técnica e cientificamente os profissionais de
Enfermagem, na implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE;
Artigo 5º - É de responsabilidade dos CORENS, em suas respectivas jurisdições, zelar pelo
cumprimento desta norma.
Artigo 6º - Os casos omissos, serão resolvidos pelo COFEN.
Artigo 7º - A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando
disposições em contrário.
Bibliografia
www.portalcofen.gov.br
www.coren-mt.gov.br
PARTE 3
O PROCESSO DE ENFERMAGEM
Indivíduo
33
6. Prognóstico Família 3. Plano
Assistencial
Comunidade
5. Evolução 4. Prescrição
Implementação
Avaliação -validar plano de assistência
-avaliação das metas alcançadas -documentar plano de assistência
-reformulação do plano Prestar assistência de Enfermagem
assistencial Continuar coleta de dados
Avaliação
-monitoramento do resultado
Planejamento
no paciente
-priorização de problemas
-solução, manutenção e
-identificação de resultados
revisão do plano de
enfermagem. 34
Implementação
-realização das ordens da enfermagem
-documentação dos cuidados
-seleção de intervenções de enfermagem
-documentação do plano de cuidados
Investigação
Diagnóstico
Planejamento
Implementação
Avaliação
35
1. O QUE É PROCESSO DE ENFERMAGEM?
5. AVALIAÇÃO: determina
• se os resultados esperados foram atingidos
• se as intervenções foram efetivas
• se necessárias modificações
• existem novas prioridades de cuidados?
A V A L I A Ç Ã O
I N V E S T I G A D Ç I ÃA OG N Ó S TP I LC A O N E J A M I ME PN LT EO M E N T A Ç Ã O
M u d a n ç a s
n l ia s t a c o r r e t a v e r i f i c a r i d e n t i f i c a r
s
i t u a ç ã o d
e c o m p l e t a r e s u l t a d o s f a t o r e s q u e
s a ú d e . A s s e g u r a r d a s p r e j u d i c a m
d a d o s c o r r e t o s i n t e r v e n ç õ e s a u x i l i a m
36
CAPÍTULO 2. 1º PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGAÇÃO.
Características:
Determinação da situação de saúde através da coleta de dados.
A Investigação é um processo permanente
Recursos utilizados para coleta de dados:
• cliente, família, comunidade
• pessoas significativas
• registros de enfermagem e médicos
• consultas verbais ou escritas
• estudos diagnósticos e literatura relevante
A entrevista e o Exame Físico proporcionam as informações mais significativas,
determinarão os demais passos do Processo de Enfermagem.
“As pessoas que procuram o atendimento de saúde, estejam bem ou gravemente enfermas,
se encontram em uma posição extremamente vulnerável, necessitam saber que estão em
boas mãos e que sua principal preocupação será abordada”.Lefevre, 2000.
AO INICIAR A ENTREVISTA:
- informar seu nome e posição
- saber nome da pessoa e como quer ser chamada
EXAME FÍSICO
COMO SER ACERTIVO:
1º ser tecnicamente profundo
2º ser sistemático
3º habilidoso
37
INSPEÇÃO: observar cuidadosamente com dedos, olhos, ouvidos, olfato.
AUSCULTAÇÃO: ouvir com estetoscópio
PALPAÇÃO: tocar e pressionar para testar dor, sentir estruturas internas.
PERCUSSÃO: golpeara superfície para verificar reflexos ou líquidos (dedos, martelo
de percussão).
AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
Dados objetivos
Dados subjetivos
38
5. COGNITIVO-PERCEPTIVO: adequação dos modos sensoriais como audição, visão,
paladar, toque, olfato, percepção da dor, as capacidades cognitivas funcionais
6. SONO/REPOUSO: padrões de sono e períodos de repouso/relaxamento durante as 24 h
do dia, assim como a qualidade e a quantidade.
7. AUTOPERCEPÇÃO/AUTOCONCEITO: atitudes sobre sí mesmo, percepção das
capacidades, imagem corporal, sentido geral de valor e padrões emocionais.
8. PAPEL/RELACIONAMENTO: percepção dos principais papéis e responsabilidades na
Situação de vida atual.
9. SEXUALIDADE/REPRODUÇÃO: satisfação ou insatisfação percebidas com a
sexualidade.Padrão e estágio reprodutivo.
10.ENFRENTAMENTO/TOLERÂNCIA AO ESTRESSE: padrões gerais de enfrentamento,
tolerância ao estresse, sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situações
11.VALOR/CRENÇAS: valores, metas ou crenças que orientam as escolhas ou decisões.
39
ATIVIDADE
1) Agrupar os dados abaixo descritos, conforme teoria que embasa o serviço de
enfermagem.
c) Organização dos dados pelos sistemas orgânicos para determinar o que deve
ser encaminhado ao médico
2. BREVE HISTORICO
1953 – Fry identificou 05 áreas de necessidades dos clientes de domínio da enfermagem.
1950 – McManus, primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as
funções do profissional enfermeiro.
41
1960 – Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem, considerado um dos
primeiros sistemas de classificação para prática enfermagem.
1973 – ANA – Américan Nurses Association, utilizou o termo ao desenvolver os padrões
gerais para a prática de enfermagem (oito padrões), baseados no processo de enfermagem.
1982 – criação da NANDA – Associação Norte Americana de Diagnóstico de Enfermagem
⇓
1994 EM TEXCALA/MÉXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA ÁREA DE SAÚDE
COLETIVA – CIPESC
42
2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsáveis Técnicos dos Serviços de
Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilização dos DE.
2005- O COREN-MT mantém oficinas em pólos regionais do estado para estudo da SAE e
revisão/aprendizagem de elaboração dos DE.
1. DIAGNÓSTICO REAL
TÍTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERÍSTICA
DEFINIDORA
(o que causa ou contribui) (sinais e sintomas)
2. DIAGNÓSTICO DE RISCO
TÍTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade)
4. DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME
TÍTULO
43
Potencial para enfrentamento comunitário EVIDENCIADO POR comunicação positiva
entre membros da comunidade.
4. DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME
Síndrome do estupro, Síndrome do desuso.
4. Fábio: declara sentir-se um tanto nervoso, mas não consegue detectar a causa. Encontra-
se inquieto, olha em torno, não faz bom contato visual.
7. Adriana: relata estar sem apetite há duas semanas. Está 10 quilos abaixo do peso
recomendado.
8. Daniel: Declara estar resfriado há duas semanas; devido a dor na parte inferior das costas,
evita tossir apesar de ter vontade. Escarra muco branco e espesso.
9. Joana: refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posição
supina para a posição sentada.
10. Jafie: refere incapacidade de restaurar energias mesmo após o sono, falta de energia.
Seu hematócrito evidencia anemia severa.
44
Diagnóstico + que causa ou contribui + sinais e sintomas
(RELACIONADOS A)
Título + FATOR DE RISCO
Diagnóstico + aumentam a vulnerabilidade
45
6. Fabrício apresenta os seguintes sinais e sintomas.
Dados subjetivos: refere que tem dificuldade para mover-se.
Dados Objetivos: turgor e elasticidade da pele diminuídos, mantem-se imóvel.
Diagnóstico de Enfermagem:
1. CONSISTE EM:
Estabelecer prioridades e resultados
Determinar prescrições de enfermagem
Registrar plano de cuidados
OBJETIVOS:
• Promover a comunicação entre cuidadores
• Direcionar o cuidado e a documentação
• Criar registro para avaliações, pesquisa, uso legal
• Documentação das necessidades de atendimento/plano saúde
2. PLANO DE CUIDADOS
Componentes do plano de cuidados:
• DIAGNÓSTICOS OU PROBLEMAS/ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE
Qual problema exige plano de cuidados?
• RESULTADOS ESPERADOS
Quais resultados esperados e a partir de quando espera vê-los?
• DESCRIÇÃO DAS INTERVENÇÕES/PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
O que será feito para alcançar resultados esperados?
1º ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
• Escolher método para designar prioridades
• Priorizar problemas que são fatores contribuintes para outros problemas
• Determinar os que necessitam atenção imediata
• Identificar problemas de solução simples
• Determinar como cada problema será controlado
Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E
MULTIDISCIPLINARES
- DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: responsável exclusivo para detectar e controlar o
problema
- PROBLEMAS COLABORATIVOS: responsável por plano que monitore, detecte sinais e
sintomas de complicações potenciais e implementação de prescrições médicas com
segurança.
- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES: deve refletir o resultado desejado para a alta.
2º ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
Mede o sucesso do plano
46
Dirigem as intervenções: “Você deve saber o que alcançar antes de decidir
como(Lefevre,2000).
COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS, OU SEJA, COMO FORMULAR AS METAS.
• SUJEITO: a pessoa
• VERBO: ações que a pessoa deve realizar
• CONDIÇÃO: sob quais circunstâncias a pessoa realiza a ação
• CRITÉRIO DE DESEMPENHO: como deve ser o desempenho da pessoa
• TEMPO ESPERADO: quando é esperado que a pessoa desenvolva a ação
EXEMPLO: João andara sem auxilio até o final do corredor ao final de uma semana
3º PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
São intervenções de enfermagem realizadas para:
• Monitorar o estado de saúde
• Minimizar riscos
• Resolver ou controlar problemas
• Auxiliar nas atividades diárias
• Promover a saúde e a independência
O que deve conter?
• DATA
• VERBO - no infinitivo
• SUJEITO - quem deve fazer
• FRASE DESCRITIVA - como, quando, onde, com que freqüência, por quanto tempo,
quanto.
• ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina
ESCOLHA DE VERBOS.
Ao escrever seu plano, ou seja, estabelecer resultados esperados, utilize VERBOS:
MENSURÁVEIS
• Escolher • Segurar • Exercitar
• Descrever • Demonstrar • Comunicar
• Desempenhar • Compartilhar • Tossir
• Relatar • Expressar • Caminhar
Afirmar • Perder • Ficar de pé
• Listar • Ganhar • Sentar
• Verbalizar • Ter ausência de • Discutir
COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR
• Ensinar • Expressar • Demonstrar
• Discutir • Compartilhar • Praticar
• Identificar • Ouvir • Desempenhar
• Descrever • Comunicar • Caminhar
• Listar • Relacionar • Administrar
• Explorar • Dar
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Consiste na colocação do plano em ação.
1. DICAS PARA IMPLEMENTAÇÃO
• Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento
• Levar material para anotação na passagem de plantão
• Após passagem plantão priorizar ações
• Elaborar lista pessoal de tarefas
• Delegar ações:
As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exercício Profissional e
regulamentado pelo COFEN, protocolos e procedimentos.
Há quatro facetas certas da “delegação de tarefas” segundo Hansten e Washburn,1992
1. a tarefa certa,
2. para a pessoa certa,
3. usar comunicação correta,
4. realização da avaliação da resposta do paciente certa.
1. A AVALIAÇÃO INCLUI:
• Determinação da obtenção dos resultados
• Identificação de fatores que afetam a obtenção de resultados
• Decisão de continuar, modificar ou terminar o plano.
48
IMPLEMENTAÇÃO: determinar a implementação do plano prescrito e identificar os fatores
que auxiliam ou prejudicam o progresso.
A V A L I A Ç Ã O
I N V E S T I G A D Ç I ÃA OG N Ó S TP I LC A O N E J A M I ME PN LT EO M E N T A Ç Ã O
M u d a n ç a s
n l ia s t a c o r r e t a v e r i f i c a r i d e n t i f i c a r
s i t u a ç ã o d
e c o m p l e t a r e s u l t a d o s f a t o r e s q u e
s a ú d e . A s s e g u r a r d a s p r e j u d i c a m
d a d o s c o r r e t o s i n t e r v e n ç õ e s a u x i l i a m
BIBLIOGRAFIA
WESTPHALEN &CARRARO. Metodologias para a assistência de enfermagem.Goiânia.Editora
AB, 2001.
LEFEVRE, Rosalinda Alfaro. Aplicação do Processo de Enfermagem: um guia passo a passo.
4ª ed. Porto Alegre; Artmed, 2000.
GEORGE, B.J. e colaboradores. Teorias de Enfermagem: os fundamentos à prática
profissional. 4ª ed.Porto Alegre: Artemed, 2000.
ATKISON, Leslie D.; MURRAY Mary Hellen. Fundamentos de Enfermagem. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan,1989.
Dados
Planejamento
Diagnóstico
Plano Prescrição
ANEXOS
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS
BÁSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por
Sandra Regina Altoé utilizando Diagnósticos da NANDA publicação 2003-2004)
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NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS Integridade Física
Regulação neurológica INTEGRIDADE DA PELE prejudicada
CAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzida INTEGRIDADE TISSULAR prejudicada
CONFUSÃO aguda MUCOSA ORAL prejudicada
CONFUSÃO crônica Risco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada
DISREFLEXIA autonômica
MEMÓRIA prejudicada Sono e repouso
NEGLIGÊNCIA unilateral Disposição para SONO melhorado
Risco para DISREFLEXIA Fadiga
Percepção dos órgãos do sentido PADRÃO DE SONO perturbado
DOR Aguda Privação de SONO
DOR crônica
NÁUSEA Atividade Física
PERCEPÇÃO SENSOCRIAL perturbada CAPACIDADE de transferência prejudicada
DEAMBULAÇÃO prejudicado
Regulação vascular INTOLERÂNCIA À ATIVIDADE
DEBITO CARDÍACO diminuído MOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicada
PERFUSÃO TISSULAR ineficaz MOBILIDADE no leito prejudicada
Risco de DISFUNÇÃO NEUROVASCULAR periférica MOBILIDADE física prejudicada
PERAMBULAÇÃO
Regulação Térmica RECUPERAÇÃO CIRÚRGICA retardada*
HIPERTERMIA Risco de INTOLERÂNCIA À ATIVIDADE
HIPOTERMIA Risco de síndrome do DESUSO
Risco de desequilíbrio na TEMPERATURA CORPORAL
TERMORREGULAÇÃO ineficaz Cuidado corporal
Déficit no AUTOCUIDADO para banho e/ou higiene
Déficit no AUTOCUIDADO para higiene intima
Oxigenação Déficit no AUTOCUIDADO para vestir-se/ arrumar-se
DESOBSTRUÇÃO INEFICAZ DAS VIAS AÉREAS
PADRÃO RESPIRATÓRIO ineficaz
Segurança física / meio ambiente
RESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILARÓRIO
COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizado
TROCA DE GASES prejudicada
Disposição para COMPORTAMENTO INFANTIL
VENTILAÇÃO ESPONTÃNEA prejudicada
organizado aumentado
MANUTENÇÃO DO LAR prejudicada
Hidratação PROTEÇÃO ineficaz
Disposição para EQUILÍBRIO de líquidos aumentado RESPOSTA ALÉRGICA ao látex
Risco de desequilíbrio no VOLUME DE LÍQUIDOS Risco da SINDROME DE MORTE SÚBITA da criança
Risco de VOLUME DE LÍQUIDOS deficiente Risco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizado
VOLUME DE LÍQUIDOS deficiente Risco de ENVENENAMENTO
VOLUME DE LÍQUIDOS excessivo Risco de INFECÇÃO
Risco de LESÃO
Alimentação Risco de LESÃO PERIOPERATÓRIA por posicionamento
AMAMENTAÇÃO EFICAZ Risco de QUEDAS
AMAMENTAÇÃO interrompida Risco de RESPOSTA ALÉRGICA ao látex
Déficit no AUTOCUIDADO para alimentação Risco de SINDROME DO ESTRESSE por mudança
DEGLUTIÇÃO PREJUDICADA Risco de Síndrome PÓS TRAUMA
DENTIÇÃO PREJUDICADA Risco de SUFOCAÇÃO
Disposição para NUTRIÇÃO melhorada Risco de TRAUMA
NÁUSEA Síndrome da INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL prejudicada
NUTRIÇÃO desequilibrada: mais do que as Síndrome de ESTRESSE POR MUDANÇA
necessidades corporais Síndrome PÓS TRAUMA
NUTRIÇÃO desequilibrada: menos do que as
necessidades corporais Regulação: crescimento celular
PADRÃO ineficaz de alimentação infantil Atraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTO
Risco de ASPIRAÇÃO
Risco de ATRASO NO CRESCIMENTO E
Risco de NUTRIÇÃO desequilibrada: mais do que as
DESENVOLVIMENTO
necessidades corporais
Risco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL
Eliminação Sexualidade
CONSTIPAÇÃO
DISFUNÇÃO SEXUAL
CONSTIPAÇÃO PERCEBIDA
PADRÕES DE SEXUALIDADE ineficazes
DIARRÉIA
ELIMINAÇÃO URINÁRIA MELHORADA
ELIMINAÇÃO URINÁRIA PREJUDICADA Terapêutica
ELIMINAÇÃO URINÁRIA, DISPOSIÇÃO PARA CONTROLE AUMENTADO do regime terapêutico
INCONTINÊNCIA INTESTINAL CONTROLE COMUNITÁRIO eficaz do regime terapêutico
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO CONTROLE EFICAZ do regime terapêutico
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA CONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapêutico
INCONTINÊNCIA URINÁRIA FUNCIONAL CONTROLE INEFICAZ do regime terapêutico
INCONTINÊNCIA URINÁRIA REFLEXA Disposição para CONTROLE aumentado do regime
INCONTINÊNCIA URINÁRIA TOTAL terapêutico
RETENÇÃO URINÁRIA NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
Risco de CONSTIPAÇÃO
Risco para INCONTINÊNCIA URINÁRIA de urgência
51
Comunicação Disposição para CONHECIMENTO aumentado
COMUNICAÇÃO aumentada INSUFICIÊNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado
COMUNICAÇÃO VERBAL prejudicada de saúde
Disposição para COMUNICAÇÃO aumentada
Auto-realização
Gregária CONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de mãe
INTERAÇÃO SOCIAL prejudicada Espaço
ISOLAMENTO SOCIAL
Risco de SOLIDÃO Criatividade
Recreação e lazer
Atividade de RECREAÇÃO deficiente NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
Religiosidade/espiritualidade
Segurança emocional ANGÚSTIA ESPIRITUAL
ANSIEDADE CAMPO DE ENERGIA perturbado
ANSIEDADE relacionada à morte Disposição para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentado
DESEMPENHO DE PAPEL ineficaz Risco de ANGÚSTIA ESPIRITUAL
Risco de TENSÃO DO PAPEL de cuidador
TENSÃO DO PAPEL de cuidador
Medo
DESESPERANÇA
IMPOTÊNCIA
NEGAÇÃO ineficaz
Risco de IMPOTÊNCIA
Sentimento de IMPOTÊNCIA
Síndrome do TRAUMA DO ESTUPRO
Síndrome do TRAUMA DO ESTUPRO reação composta
Síndrome do TRAUMA DO ESTUPRO reação silenciosa
Amor, aceitação
CONFLITO de decisão
CONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou mãe
Disposição para PATERNIDADE ou MATERNIDADE
melhorada
Disposição para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionais
PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhorada
PROCESSOS FAMILIARES disfuncionais:alcoolismo
PROCESSOS FAMILIARES interrompidos
PROCESSOS FAMILIARES melhorados
Risco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicada
Risco de VÍNCULO PAIS/FILHOS prejudicado
SENTIMENTO DE PESAR antecipado
SENTIMENTO DE PESAR disfuncional
TRISTEZA crônica
Liberdade e participação
CONFLITO de decisão
Disposição para ENFRENTAMENTO AUMENTADO
Disposição para ENFRENTAMENTO COMUNITÁRIO
aumentado
Disposição para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentado
ENFRENTAMENTO ineficaz
ENFRENTAMENTO COMUNITÁRIO ineficaz
ENFRENTAMENTO DEFENSIVO
ENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometido
ENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado
52
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Resposta disfuncional ao desmame ventilatório
Perfusão tissular ineficaz(especificar tipo:renal,
NANDA-TAXONOMIA Ii cerebral, cardiopulmonar, gastrintestinal, periférica)
11.SEGURANÇA/PROTEÇÃO
Risco de infecção
Mucosa oral prejudicada
Risco de lesão
Risco de lesão perioperatória por posicionamento
Risco de quedas
Risco de trauma
Integridade da pele prejudicada
Risco de integridade da pele prejudicada
Integridade tissular prejudicada
Dentição prejudicada
Risco de sufocação
Risco de aspiração
Desobstrução ineficaz de vias aéreas
Risco de disfunção neurovascular periférica
Proteção ineficaz
Risco de síndrome de morte súbita
Risco de automutilação
Automutilação
Risco de violência direcionada a outros
Risco de violência direcionada a si mesmo
Risco de suicídio
Risco de envenenamento
12.CONFORTO
Dor aguda
Dor crônica
Náusea
Isolamento social
13.CRESCIMENTO/DESENVOLVIMENTO
Risco de crescimento desproporcional
Insuficiência do adulto para melhorar seu estado de
saúde
Atraso no crescimento e desenvolvimento
Risco de atraso no crescimento e desenvolvimento
Data Autores
55
1961 Ida Jean Orlando
Propõe a relação dinâmica enfermeiro-paciente, sendo o propósito da Enfermagem
suprir a ajuda requerida pelo individuo, de acordo com suas necessidades,
considerando percepção, pensamento e sentimento através de ações deliberadas.
56
1971 Dorothea Orem
Enfermagem é um sistema de ajuda para o autocuidado, quando o indivíduo não tem
condições de suprir seus próprios requerimentos. Há necessidade de autocuidado
universal, de desenvolvimento e de desvios da saúde.
57