Livro de Manutenção de Monitores
Livro de Manutenção de Monitores
Livro de Manutenção de Monitores
Nesta obra ora iniciada falaremos sobre monitores, este importante perifrico que permite a
visualizao do que est sendo feito no micro. Quando um monitor queima, o microcomputador
fica sem utilidade a no ser que seja instalado um outro monitor ou consertado o defeituoso.
Ensinaremos o funcionamento dos circuitos, os tipos, os defeitos mais comuns bem como a
forma de consert-los. Portanto s acompanharmos os captulos da obra a seguir.
I. TIPOS DE MONITORES
Temos os monitores convencionais (com tubo de imagem TRC ou CRT) e os de cristal lquido
(LCD). Nesta obra estudaremos os modelos convencionais. Veja os tipos abaixo na figura 1:
A escolha da resoluo deve ser feita dentro do Windows 98, 2000, ME ou XP da seguinte
forma: Quando o computador ligado, entra no modo DOS (texto). Aps a entrada no
Windows, proceda como mostrado abaixo na figura 5:
Importante Podemos trocar um de corpo reto pelo de corpo com degrau, mas no
recomendvel a troca de um transistor com diodo pelo sem diodo ou vice-versa.
Teste do transistor fora da placa Este procedimento vale para qualquer tipo de transistor
de sada H. Coloque o multmetro em X10K, ponta preta no coletor (meio dele) e a vermelha
em cada terminal restante. O ponteiro no deve mexer em nenhum deles. Se o ponteiro mexer
em algum ou nos dois, o transistor est em curto. Veja o teste abaixo na figura 8:
Conforme estudaremos mais adiante, o teste deste transistor no circuito deve ser feito em X1.
2. Funcionamento
O canho eletrnico possui internamente trs catodos (tubinhos metlicos) aquecidos
por um filamento. Cada catodo emite um feixe de eltrons que so atrados para tela
atravs da alta tenso (MAT) de 25 KV gerada pelo fly-back e aplicada ao tubo atravs
de um cabo com chupeta. Cada feixe acende os pontos de fsforos de uma das cores
(vermelho R, verde G e azul B). Veja a estrutura abaixo na figura 10:
Pino 4 no usado
Pino 5 G1
Pino 6 catodo verde (GK)
Pino 7 G2 (screen)
Pino 8 catodo verm. (RK)
Pino 9 terra do filamento
Pino 10 filamento
Pino 11 catodo azul (BK)
Pino 12 no usado
Pino 1 - G3 (foco)
Os tubos dos monitores de 17 possuem dois pinos para o foco (1 e 2), para dar nitidez
imagem tanto no centro como nas laterais da tela. Porm os demais pinos so os mesmos do
monitor de 15, tendo os mesmos eletrodos ligados na mesma ordem descrita acima
Importante Os ajustes no tubo (pureza e convergncia) devem ser feitos com pacincia
porque so demorados. S conseguiremos um ajuste prximo da perfeio se o yoke e o tubo
forem perfeitamente casados, ou seja, na troca do tubo por da mesma marca (tubo Samsung
por outro Samsung, por exemplo) ou na troca do yoke por outro igual.
A convergncia dos cantos da tela mais difcil. Para acertar a convergncia nestas reas, a
maioria dos yokes possui uma capa plstica em cima. Dentro h uma plaquinha com dois
trimpots e uma bobina para corrigir a convergncia nos cantos da tela. Veja na figura 21:
Veja abaixo na figura 23 uma placa de monitor analgico destacando o CI detetor de modos:
Veja abaixo na figura 25 uma placa de monitor digital destacando o CI micro e a EEPROM:
1. Circuito horizontal
Os componentes mais fceis de achar desta etapa so: o fly-back e o transistor de sada
horizontal. Abaixo temos a forma de localizar os componentes principais desta etapa no
monitor. Nos prximos captulos veremos como funciona e o conserto deste circuito:
9 Fly-back Transformador de ferrite de onde sai o cabo de MAT (alta tenso) com
presilhas e chupeta para o tubo. Do fly-back tambm sai o cabo de foco e do screen;
9 Sada horizontal (H) Transistor grande (de potncia) ao lado do fly-back;
9 Driver Pequeno transformador prximo e ligado na base do sada H;
9 Pr horizontal Transistor prximo e ligado no primrio do transformador driver;
9 Oscilador H e V CI ligado na base do pr horizontal;
9 Capacitor de largura Capacitor de polister grande de 1600 V ou mais de tenso
perto do transistor de sada H;
9 Controle geral de largura e efeito almofada (pin cushion) Transistor de potncia
prximo ao sada H e ao fly-back;
Em alguns monitores o CI pr RGB fica na placa principal onde entra o cabo de sinal.
Ao ligar o monitor, D1 a D4 fornecem 150 VCC para o dreno do Q1. Esta tenso tambm passa
por R1 (disparo), carrega C10 com 15 V e alimenta o pino 7 do IC1 (3842). A partir da o CI
oscila e produz uma onda quadrada chamada PWM que controla o gate do mosfet Q1. Quando
o PWM positivo (nvel lgico 1), Q1 conduz, passa corrente no chopper e ele produz um
campo magntico. Quando o PWM zero (nvel lgico 0), Q1 corta e o campo magntico do
chopper induz vrias tenses no secundrio. Cada +B aps a retificao vai alimentar um
circuito do monitor. Um dos +B mantm o pino 7 do CI alimentado com 15 V. O CI oscila a
cerca de 50 KHz atravs da carga e descarga de C6 no pino 4.
9 Sincronismo da fonte No pino 4 entra um sinal do fly-back para sincronizar a fonte
com o horizontal para ela no apitar e no aparecerem listras bem finas na imagem.
9 Controle e ajuste dos +B Um dos +B monitorado por um CI amplificador de erro
TL431. Quando o +B altera, este CI controla a conduo de um fotoacoplador que
altera a tenso no pino 2 do 3842. Assim ele altera sua freqncia de trabalho e corrige
os +B. H um trimpot em alguns casos para ajustar manualmente o valor dos +B.
1. Mea os +B de sada da fonte aps cada diodo ligado no chopper usando a escala de
DCV do multmetro, como indicado abaixo na figura 39:
Nesta medida de tenso, use o terra isolado (malha do tubo, dissipador que fica em volta do
fly-back ou qualquer trilha que vai ligada no terra do secundrio do chopper). Em alguns
monitores as tenses de sada da fonte esto indicadas no chopper, em outros no.
Tambm podemos testar o sada H no circuito do monitor assim: na escala de X1, coloque a
ponta preta no coletor e a vermelha nos outros terminais. Se o ponteiro mexer em algum ou
nos dois, o transistor ou alguma pea ligada na linha de +B est em curto. Teremos que tirar o
transistor e confirmar, testando-o em X10K como visto no item anterior. Veja na figura 41:
Coloque a ponta preta no terminal + e a vermelha em cada terminal onde entra a alternada. O
ponteiro no deve mexer em nenhum. Se mexer em algum, a ponte est em curto. A seguir
coloque a vermelha no e a preta nos alternados. O ponteiro tambm no deve mexer. Se
mexer, a ponte est em curto. Na placa o teste deve ser feito em X1 da mesma forma.
Funcionamento e conserto de monitores 23
9 Como verificar se o CI STR est em curto No circuito use a escala de X1. Se for um
CI de nove pinos, coloque a ponta preta no pino 1 e a vermelha no 2. O ponteiro no
deve mexer. Se mexer o CI deve estar em curto. Mea novamente em X10K com o CI
fora do circuito, para confirmar, como indicado abaixo na figura 45:
9. Se o monitor passar a funcionar aps algum tempo Isto ocorre com alguns
modelos de Samsung, Troque todos os eletrolticos ligados no CI da fonte
principalmente o do pino 7;
10. Teste o fotoacoplador e o TL431 (se tiver) por troca Se esto bons verifique os
resistores da fonte, especialmente os ligados no mosfet. Se estiverem bons, teste o
prprio mosfet;
O mosfet Q504 recebe no dreno 53 V atravs da bobina L501. Seu gate controlado por uma
onda quadrada gerada pelo CI oscilador H e amplificada em corrente por Q502 e Q503.
Quando a onda quadrada est em nvel 1, o mosfet conduz, passa corrente por ele e por L501
que cria um campo magntico. Quando a onda no gate atinge o nvel 0, o mosfet corta e a
energia magntica armazenada em L501 se soma com o +B de 53 V e aps a retificao e
filtragem por D515 e C509 resultam num +B entre 60 e 130 V para o sada H. Sempre que a
freqncia horizontal mudar, a onda quadrada tambm mudar e desta forma o valor do +B
fornecido pelo conversor. Se o circuito horizontal parar de funcionar, no haver a onda
quadrada para o mosfet e o +B que ir para o coletor do sada H ser de apenas 53 V. Veja
abaixo na figura 54 o aspecto fsico dos principais componentes do conversor descrito:
a.2 Entra 160 V no source, mas no sai tenso no dreno Devemos antes de mais nada
testar o mosfet fora da placa. Este conversor depende do horizontal para funcionar,
portanto tentemos alimentar o transistor de sada H com +B de outra fonte (pode ser,
por exemplo, usando a sada de 70 V que vai placa do tubo). Retire da placa a bobina
L403 e aplique uma tenso de pelo menos 50 V sobre o C432 do desenho acima;
a.3 Aplicando a tenso na linha do pino 2 do fly-back o monitor produz MAT Ento o
defeito mesmo no conversor e como j testamos o mosfet, trocamos o CI hbrido
IC402 (difcil de achar, apenas em sucatas) e testamos as peas associadas a ele;
a.3 Aplicando outra tenso no pino 2 do fly-back o monitor no gera MAT - O defeito
no no conversor e sim no circuito horizontal do mesmo;
a.4 O sada H est em curto Demos testar o mosfet IRF9610 do conversor e trocar os
eletrolticos associados a ele antes de trocar o transistor de sada H.
b. Monitor com excesso de largura e MAT e o sada H esquentando muito
b.1 Mea a tenso no dreno do mosfet que vai ao sada H Se estiver com mais de 100
V nas resolues baixas (640 x 480 ou 800 x 600), devemos testar o mosfet IRF9610
fora da placa. bem provvel que ele esteja em curto;
b.2 O mosfet est bom Neste caso tentemos trocar os capacitores de filtro da linha de +B
que vai ao pino 2 do fly-back;
b.3 Os capacitores tambm esto bons Trocamos o CI hbrido que controla o mosfet;
Se aps a troca do mosfet, o monitor funciona, mas este transistor esquenta muito, teste os
transistores do par casado (Q502 e 503) ligados nele e troque a bobina L501 ligada no dreno
que est em curto. s vezes quando esta bobina entra em curto, suas espiras ficam torradas.
b. Monitor com excesso de MAT, quadro muito esticado e desliga
Devemos testar o diodo (no exemplo D515) que leva o +B ao sada H aps o conversor. Se ele
est bom trocamos os capacitores da linha de +B do sada H aps o conversor.
c. Monitor com pouco brilho e pouca largura
Mea a tenso antes do conversor (antes da bobina grande ligada no mosfet). Deve ter cerca
de 50 V. A seguir mea aps o conversor (pino 2 ou 3 do fly-back). Deve ter mais de 50 V (60 a
130 V dependendo da resoluo escolhida no windows). Veja este teste na figura 57:
5. Fly-back
um transformador com ncleo de ferrite usado para produzir a alta tenso (MAT) de 25.000 V
para o tubo atrair o feixe de eltrons do canho at a tela. Do fly-back saem trs cabos: o mais
grosso com duas presilhas e chupeta de borracha o de MAT. O cabo mdio o da tenso de
foco de cerca de 7.000 V e o mais fino o da tenso de screen de cerca de 300 V. A tenso de
foco tem um ajuste por potencimetro no fly-back para tornar a imagem ntida e a de screen
tambm tem um potencimetro para ajustar o brilho da imagem. Dentro do fly-back do monitor
h o capacitor de filtro de MAT que quase sempre entra em curto e pra o monitor. Veja na
figura 65 um exemplo de fly-back para monitor com a pinagem e os potencimetros citados:
Observe como a contagem dos pinos do fly-back deve ser feita em sentido horrio.
O tubo dos monitores grandes possui duas grades de foco e por isto o fly-back tem dois fios e
dois potencimetros de foco. Um deles ajusta o foco mais no centro e o outro mais nos cantos.
Mas se houver erro na hora da ligao destes dois fios e no der um bom ajuste no foco, basta
inverter os fios e estar resolvido. Veja na figura 67 um fly-back para monitor de 17:
Ao trocar o fly-back se o fio que vai para a fonte ficar invertido aparece listrinhas na imagem.
O monitor no liga
Este sintoma idntico ao ocorrido quando a fonte no
funciona. O led do painel pode ou no acender
dependendo do caso. O primeiro procedimento a
inspeo visual conforme j dito para a fonte. Aps isto
veja se o monitor faz um barulho bem baixo (tic tic)
conforme j explicado para a fonte. Se fizer este barulho,
teste a frio: o sada H (figuras 8 e 40), o mosfet do
conversor DC/DC (figura 29), os diodos damper e os
ligados nos secundrios do chopper. Se o sada H ou o
mosfet estiver em curto, teste o fly-back da seguinte
forma: Usando a escala de X10K, coloque uma ponta na presilha da chupeta de MAT e a outra
na carcaa do monitor sem a necessidade de retirar o fly-back. O ponteiro no deve mexer. Se
mexer, o capacitor de filtro interno do fly-back est em curto. A soluo ser fazer a troca do
fly-back. Veja na figura 68 como feito este teste:
Quando o capacitor interno do fly-back entra em curto pode queimar alguns componentes da
placa que esto ligados a ele. Portanto se encontrar algum resistor torrado ou capacitor
estourado ligado no fly-back, porque este ltimo est em curto.
1. O sada H, o mosfet do conversor e os
diodos esto todos bons, mas no
chega +B no coletor do sada H - Para
confirmar se o defeito realmente no
horizontal, desligue a linha de +B que
entra num dos pinos do fly-back (figura
69 ao lado) e veja se a fonte volta a
funcionar (o LED do painel acende).
2. A fonte no funciona Da o defeito
na prpria fonte ou num outro circuito do
monitor (vertical, sadas RGB, etc.);
1. No tem +B no sada H Veja se sai +B da fonte que alimenta o sada H (figura 39).
Em alguns monitores, o sada H alimentado por uma fonte de 150 ou 160 V. Em
outros por uma fonte de 50 ou 55 V. Se o +B da fonte est normal, teste os
componentes do caminho do pino 2 ou 3 do fly-back at a fonte. Um deles est
interrompido. Alguns monitores tem um pequeno fusvel ou fusistor de 1 em srie com
o +B do sada H. Se este componente estiver aberto, no esquea de ver se o sada H
no est em curto antes da troca.
2. Tem +B normal no coletor do sada H (50 a 130 V) Neste caso se o monitor no
tem MAT, o defeito est relacionado com o transistor pr H ou o CI oscilador H e V;
Se o pino de +B tiver tenso normal, troque o CI detetor de modos ou o micro. Tente trocar ou
regravar a EEPROM (mais adiante ensinaremos como). Teste os componentes ligados a eles
(cristal de clock, diodos, capacitores, etc.).
Defeito na largura
Verifique antes se o conversor
DC/DC no est inoperante no
caso da falta de largura. Se o +B
no coletor do sada H estiver em
apenas 50 V, o defeito no
conversor. Testamos o mosfet e
os componentes ligados nele e
ver se no gate entra os pulsos de
controle do CI oscilador H.
1. O +B que vai ao coletor do sada H est normal Teste a frio: os diodos damper, os
mosfets do circuito H, o transistor darlington controlador geral de largura e cada
capacitor de polister grande do horizontal. Retire-os da placa e mea em X10K nos
dois sentidos. O ponteiro dar um pulso nos capacitores de alto valor (100 nF ou mais
por 250 ou 400 V). J nos capacitores de largura (baixo valor e 1600 V) o ponteiro dar
um pulso quase imperceptvel. Se o ponteiro no mexer em algum capacitor de alto
valor, ele est aberto e se o ponteiro parar em qualquer local da escala, ele est em
curto. Tambm podemos testar os capacitores do horizontal usando um capacmetro
para ver se eles esto com seu valor correto dentro da tolerncia.
2. Como saber se o defeito de largura est relacionado com o darlingon Se o
monitor est com pouca largura, faa um curto entre coletor e emissor do transistor
citado e se o monitor estiver muita largura tire a solda do transistor. Veja na figura 75:
Aps a montagem, o teste feito da seguinte forma: Dessolde e retire o fly-back da placa. No
necessrio tirar os cabos de MAT, foco e screen. Coloque as garras jacar nos pinos do fly-
back que levam +B no coletor do sada H. Normalmente para monitor so os pinos 1 e 2 ou 1 e
3. Se o led acender, o fly-back est normal sem nenhuma espira em curto. Se o led no
acender (apenas fica dando umas piscadas), o fly-back est em curto e podemos troc-lo. Se
no sabemos quais so os pinos que alimentam o sada H, vamos testando por tentativa at
encontrarmos dois pinos que o led acenda. Pode ser que acenda em trs ou at em quatro
pinos. O importante acender em pelo menos dois. Este testador bem montado tem um ndice
de acerto de uns 90 por cento.
O vertical formado basicamente por dois CIs: O oscilador H e V IC2 que produz o sinal de 60
a 120 Hz e o CI de sada vertical IC1 que amplifica o sinal para a bobina defletora vertical
(BDV) do yoke. O potencimetro P1 ajusta a altura da trama e P2 ajusta a centralizao vertical
do quadro na tela.
2. CI de sada V assimtrico
encontrado em monitores antigos, sendo os CIs mais comuns o LA7837 e o TDA1675. Este
CI possui dois pinos de +B de cerca de 24 V e um outro pino de 9 ou 12 V (caso do LA7837).
No pino de sada temos metade do +B alm do sinal dente-de-serra. Por este motivo h um
capacitor eletroltico grande em srie com a BDV para evitar que esta tenso (metade do +B)
v para o terra. Tal capacitor recebe o nome de acoplamento. Veja na figura 79:
O capacitor C3 um eletroltico de alto valor (470 a 2200 F) para evitar que a tenso de 12 V
do pino de sada do CI v para o terra. R2 um resistor de baixo valor (menos de 10 ) em
srie com a BDV para controle de altura. Observe como o trimpot de altura vai ligado nele.
Quando o vertical est funcionando corretamente, devemos ter metade do +B no pino que vai
para a BDV.
Um cuidado a ser tomado com esta sada no deixar seu dissipador encostar em nenhum
terra do monitor j que ele recebe -12 V. Se encostar no terra, queima a fonte do monitor.
4. Sada V em ponte
Este CI possui dois pinos ligados na BDV e tambm no necessita ter o capacitor de
acoplamento. Oferece maior potncia para a BDV, porm necessita de maiores tenses de
alimentao (35 a 45 V). Os mais usados so os CIs TDA4866 e o TDA8351. Veja na figura 81
a sada V de um monitor LG 520 Si. Muitos outros usam este mesmo CI.
Observe como a BDV vai ligada nos pinos 4 e 6 do CI. Em srie com a BDV vai ligado um
resistor (R606 no exemplo) de baixo valor que determina a altura da trama. O sinal entra pelos
pinos 1 e 2. O CI tem ainda dois pinos de +B: o pino 7 que recebe alimentao da fonte de 50
V e o pino 3 que recebe alimentao de uma fonte de 14 V. Observe como este CI tambm
dispensa o uso do capacitor de acoplamento.
Vertical fechado
Neste defeito a primeira coisa a
fazer diminuir o brilho no screen
para no queimar o fsforo da tela.
A seguir ressolde os pinos do CI de
sada V e os componentes em volta
dele. O sada V esquenta e acaba
ocorrendo as soldas frias;
1. Veja se o CI de sada V no est com o corpo queimado ou aquecendo muito
Neste caso devemos trocar o CI e os eletrolticos em volta dele e que tenham a mesma
numerao. Exemplo se o CI de sada V for o IC301, trocamos os eletrolticos que
comeam com 300. Veja na figura 82 um CI estourado e outro com solda fria:
No captulo VII est explicado como contar os pinos do tubo, a posio dos eletrodos internos
em cada pino e as tenses de funcionamento. Neste captulo falaremos a respeito dos circuitos
ligados no tubo para que o mesmo funcione corretamente.
1. Funcionamento dos circuitos de imagem
Os sinais RGB vindos do cabo de sinal passam por duas etapas: um CI pr-amplificador RGB
que fornece uma primeira amplificao nos sinais e faz o controle de contraste (diferena entre
as partes claras e escuras da imagem) e uma etapa de sada RGB para amplificar os sinais ao
nvel suficiente de excitar os catodos do tubo e produzir as imagens na tela. A sada RGB pode
ser formada por vrios transistores ou um CI de potncia. Veja o esquema na figura 87:
No exemplo dado, IC1 o pr RGB. O controle de contraste do monitor (P7) varia a tenso no
pino 12 dele. Aps sarem do CI, os sinais vo para os transistores de sada RGB (Q1 a Q9).
3. Sada RGB
Esta etapa amplifica os sinais para os catodos do tubo. Em alguns monitores este circuito
formado por transistores, sendo um de potncia e trs ou quatros menores para cada uma das
cores. Em outros monitores esta etapa est dentro de um CI de potncia. A etapa de sada
RGB est localizada na placa do tubo e recebe um +B de 70 a 100 V da fonte. A alimentao
do coletor dos transistores de sada RGB feita atravs de 3 ou 6 resistores de metalfilme.
Veja na figura 89 os dois tipos de sada RGB citados:
A melhor forma de ajustar os trimpots bias usar um software de ajuste de monitores, por
exemplo, o monitor tester que pode ser encontrado em http://www.geocities.com/tvdarekz. A
seguir usamos a tela com as barras branca, preta e cinza e ajustamos os bias at estas barras
ficarem com as cores corretas. Se os bias no conseguirem deixar as barras branca, preta e
cinza (sempre fica com predominncia de alguma cor), o tubo est fraco.
c. Potencimetro de contraste e trimpots drivers O controle de contraste varia a
tenso contnua num dos pinos do CI pr RGB. Desta forma podemos controlar o ganho dos
trs sinais RGB ao mesmo tempo. Quando aumentamos a tenso no pino do CI, ele amplifica
mais e a imagem fica mais viva (aumenta bem a diferena entre as partes claras e escuras).
Defeito neste circuito pode impedir o CI de amplificar e desta forma a imagem no aparecer.
2. CI micro
Este CI encontrado em todos os monitores digitais. Est localizado prximo do teclado de
funes e tem um cristal ligado assim como o detetor de modos. Controla as funes do
monitor e ajusta os circuitos para a resoluo escolhida. Veja um tipo de micro na figura 100:
Dos pinos SDA e SCL saem dados digitais (bits 0 e 1) que vo para os CIs do monitor, por
exemplo, o oscilador H e V. Este CI decodifica os dados e gera internamente a tenso que ir
ajustar largura, altura, posio e geometria do quadro. Feito o ajuste, a tenso correta ser
guardada na memria EEPROM do monitor. Desta forma no ser necessrio ajustar o monitor
toda vez que ele for ligado. Os pulsos SDA e SCL s podem ser medidos com o osciloscpio.
4. Menu na tela (on screen display ou OSD)
Em alguns monitores o micro indica a funo que est sendo ajustada atravs de leds no
painel. Em outros atravs de um menu na tela. Neste caso o micro controla um CI na placa do
tubo atravs das vias SDA e SCL. Tal CI gera os sinais RGB OSD para formar o menu
sobreposto a imagem. Veja na figura 102 um tipo de CI na placa do tubo que gera o OSD:
A grande desvantagem do CI micro est no seu alto custo e dificuldade para obter outro de
mesmo cdigo para reposio. s vezes mais fcil conseguir em sucatas do que em lojas.
Funcionamento e conserto de monitores 54
5. Principais pinos de um CI micro
6. Ajustes do monitor
Basicamente os ajustes do usurio so: brilho, contraste, dimenses do quadro (largura e
altura), posicionamento H e V, geometria (efeito almofada e trapzio) e rotao do quadro
em alguns modelos. Antigamente estes ajustes eram feitos por potencimetros no painel. Hoje
em dia so feitos por pequenas teclas ou boto no painel. Veja um exemplo na figura 104:
Falta de sincronismo
A imagem fica rolando no sentido
horizontal ou vertical. Na maioria
dos monitores a tela apaga aps
alguns segundos com este defeito.
Se o monitor for analgico o
defeito estar na rea do CI
detetor de modos ou mesmo no CI
oscilador H e V.
1. Verifique se o cabo no
tem pino torto ou
amassado;
2. Teste em X1 os pinos de
sinc H (13) e V (14) com
as trilhas que eles so
ligados;
3. Teste os componentes
que levam o sinc H e V
ao micro ou detetor;
4. Peas boas Se o
monitor for do tipo
analgico, verifique se o CI
detetor de modos est
recebendo +B;
5. No chega +B Teste
todas as peas que
alimentam o CI;
6. O CI est recebendo alimentao normal Ele deve ser trocado. Se no adiantar,
teste todos os componentes ligados nele e troque tambm o CI oscilador H e V. Alguns
CIs detetores de modos so os SL606, WT8045, WT8043, etc. Este componente
tambm dedicado e dependendo de qual deles est com defeito no se encontra para
reposio. Apenas em sucatas. Veja as peas a serem analisadas na figura 105.
7. Se o monitor digital Verifique se o CI micro est recebendo +B normal de 5 V.
Observe na figura 106 como medir o +B do micro:
3. Um dos maiores segredos para o sucesso no conserto da maioria dos monitores ter
as peas mais comuns (transistores de sada H, CIs de sada V, resistores, capacitores
eletrolticos, mosfets, etc.) e tambm sucatas (placas de monitores que no tiveram
conserto ou o tubo estava defeituoso) . Estas placas podem ser obtidas em lojas como,
por exemplo, da R: Sta Ifignia ou travessas no centro de So Paulo ou semelhante na
sua cidade ou ainda de monitores desmontados por voc. Veja na figura 113:
O modelo do exemplo usa uma bateria de 9 V, porm alguns usam uma fonte externa de 5 V.
Pode ser encomendado do meu amigo Marco, comprado em algumas lojas de componentes
eletrnicos ou montado usando o esquema encontrado no site http://www.eserviceinfo.com.
b. Ligao do jig no monitor e computador
Acompanhe abaixo na figura 115 o modo de lig-lo na CPU e no monitor que ser ajustado:
Ser utilizado apenas um dos conectores da fonte que pode ser qualquer um com fio amarelo
de 12 V para o pino 5 do soquete, o vermelho de 5 V para o pino 10 e dois pretos, sendo um
deles para o pino 9 e outro para a garra-jacar preta de teste. Solde o cabinho verde no pino 6,
o vermelho no pino 8 e o azul no pino 11. Coloque uma garra-jacar em cada e est pronto. A
seguir encaixe o soquete no tubo e ligue a fonte (se for ATX ter que curtocircuitar o fio verde
com o preto no conector maior). Espere o tubo aquecer por 1 minuto. Coloque a ponta preta do
multmetro em DCmA 25 na garra preta e a ponta vermelha nas outras garras, uma de cada
vez. O multmetro dever indicar uma corrente entre 6 e 15 mA (na maioria dos casos ficar em
torno de 10 mA). Os trs canhes (trs garras) devero indicar aproximadamente o mesmo
valor de corrente. Se algum canho indicar uma corrente abaixo de 3 mA, o tubo est fraco e
deve ser trocado. Se no indicar nenhuma corrente, o tubo est completamente esgotado.
E assim chegamos ao final desta obra feita com toda a dedicao esperando que ela possa ser
til de alguma forma aos tcnicos em manuteno de monitores iniciantes ou experientes. Eu
tenho um site de eletrnica na internet www.burgoseletronica.cjb.net. Qualquer dvida ou
sugesto mande-me um e-mail lburgos@terra.com.br.
I. TIPOS DE MONITORES...................................................................................................1
II. FERRAMENTAS PARA TRABALHAR COM MONITORES............................................1
III. ALGUNS DOS COMPONENTES MAIS USADOS EM MONITORES..............................2
IV. CABOS DO MONITOR...............................................................................................................2
1. Cabo de fora....................................................................................................................2
2. Cabo de sinal................................................................................................................................2
V. RESOLUO DO MONITOR...........................................................................................3
VI. COMO TESTAR O TRANSISTOR DE SADA HORIZONTAL.........................................4
VII. O TUBO DE IMAGEM (TRC, CRT ou CINESCPIO).....................................................5
1. Estrutura do tubo...............................................................................................................5
2. Funcionamento..................................................................................................................5
3. Soquete de tubo e o yoke..................................................................................................7
4. Outras bobinas ao redor do tubo de imagem....................................................................8
VIII. AJUSTES NO TUBO DE IMAGEM...................................................................................9
IX. CLASSIFICAO DOS MONITORES CONVENCIONAIS............................................11
1. Monitor analgico.............................................................................................................11
2. Monitor digital...................................................................................................................12
X. LOCALIZAO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES NA PLACA DE UM MONITOR.13
1. Circuito horizontal............................................................................................................13
2. Circuito vertical................................................................................................................14
3. Fonte de alimentao......................................................................................................14
4. Micro................................................................................................................................14
5. Placa do tubo...................................................................................................................14
XI. COMO TESTAR OS TRANSISTORES MOSFET...........................................................15
1. Fora do circuito................................................................................................................15
2. Teste do mosfet no circuito..............................................................................................16
XII. A FONTE DE ALIMENTAO DO MONITOR...............................................................17
1. Fonte com CI 3842 ou 3882............................................................................................17
2. Fonte com CI STR de 5 ou 9 pinos..................................................................................19
3. Fonte com CI DP104C.....................................................................................................20
XIII. CONSERTOS NA FONTE DE ALIMENTAO DO MONITOR.....................................21
XIV. CONVERSOR DC/DC.....................................................................................................27
1. Conversor em srie..........................................................................................................27
2. Conversor em paralelo.....................................................................................................28
XV. ROTEIRO PARA CONSERTO DO CONVERSOR DC/DC.............................................29
1. Conversor em srie com mosfet IRF9610.......................................................................29
2. Conversor em paralelo usando um mosfet IRF630 ou equivalente.................................30
XVI. CIRCUITO HORIZONTAL DO MONITOR.......................................................................31
1. Caractersticas do circuito horizontal dos monitores.......................................................31
2. Funcionamento do horizontal...........................................................................................31
3. Ajuste de largura, corretores de efeito almofada e efeito S..........................................33
4. CI oscilador horizontal/vertical e detetor de modos.........................................................34
5. Fly-back...........................................................................................................................34
6. Horizontal de monitores grandes (17 ou mais)...............................................................35
XVII. CONSERTOS NO CIRCUITO HORIZONTAL DO MONITOR........................................36
XVIII. COLOCAO DO KIT FOCO NO MONITOR................................................................40
XIX. MONTAGEM DE UM EXCELENTE TESTADOR DE FLY-BACK..................................41
XX. CIRCUITO VERTICAL DO MONITOR............................................................................42
1. Funcionamento do vertical...............................................................................................42
2. CI de sada V assimtrico................................................................................................42
3. CI de sada V simtrico....................................................................................................43
4. Sada V em ponte............................................................................................................43
XXI. CONSERTOS NO VERTICAL.........................................................................................44
XXII. CIRCUITO DE VDEO E POLARIZAO DO TUBO.....................................................46
1. Funcionamento dos circuitos de imagem........................................................................46
2. CI pr RGB......................................................................................................................47
3. Sada RGB.......................................................................................................................47
4. Ajustes no circuito de vdeo e polarizao do tubo..........................................................48
XXIII. ROTEIRO PARA CONSERTO NOS CIRCUITOS DE VDEO........................................50
XXIV. CI DETETOR DE MODOS MICROCONTROLADOR SINCRONISMO....................53
1. CI detetor de modos........................................................................................................53
2. CI micro...........................................................................................................................53
3. CI micro IC.....................................................................................................................54
4. Menu na tela (on screen display ou OSD)....................................................................54
5. Principais pinos de um CI micro......................................................................................55
6. Ajustes do monitor...........................................................................................................55
XXV. ROTEIRO PARA CONSERTO NO SETOR DO MICRO OU DETETOR DE MODOS...56
CONSIDERAES FINAIS........................................................................................................59
COMPLEMENTO INSTRUMENTOS PARA FACILITAR O CONSERTO...............................60
1. SOFT JIG.........................................................................................................................60
a. Aspecto fsico...................................................................................................................60
b. Ligao do jig no monitor e computador..........................................................................60
c. Ajuste do monitor com o software do jig..........................................................................61
2. GRAVAO DA EEPROM DOS MONITORES..............................................................62
a. Gravador de EEPROM....................................................................................................62
b. Ligao do gravador de EEPROM..................................................................................62
c. Como fazer a leitura e salvar os dados de uma EEPROM.............................................63
d. Como regravar a EEPROM do monitor...........................................................................64
3. USO DO OSCILOSCPIO NO MONITOR......................................................................65
a. Controles do osciloscpio................................................................................................65
b. Alguns pontos do monitor para a pesquisa de sinais com o osciloscpio.......................66
4. TESTES EM TUBOS DE IMAGEM.................................................................................69
a. O reativador de cinescpio..............................................................................................69
b. Uso do reativador de tubos..............................................................................................69
c. Tentativa de reativao....................................................................................................70
d. Montagem de um simples testador de emisso para o tubo...........................................70
BIBLIOGRAFIA
Todos os textos, desenhos e fotografias desta obra so de minha autoria Luis Carlos
Burgos. As fotos foram tiradas nas assistncias tcnicas onde presto servios e da
escola de eletrnica Aladim onde sou instrutor desde 1992 (h 13 anos portanto)
O soft jig usado na explicao do ajuste dos monitores Samsung foi adquirido por mim
do meu amigo Marco Antnio marco.estevam@globo.com
www.eserviceinfo.com
www.freebr.com
www.esquemaseletricos.com.br
http://www.setemonitor.hpg.ig.com.br. Neste voc encontrar o gravador de EEPROM
DEDICATRIA
Eu dedico este trabalho a minha famlia minha me dona Darci, meu irmo Luis
Henrique e especialmente ao meu outro irmo Luis Marcelo que no est mais entre
ns materialmente e sim espiritualmente e que sempre foi meu grande incentivador.
Agradecimento especial aos meus colegas de trabalho e amigos Eliane, Viviane,
Patrcia, Eneida, Jlio, Carlos, Ccero, Ricardo, Jairo, Mrcia, Jos, meu grande amigo
Fernando Amaral, ao meu chefe Sr. Hlio de Npoli, aos meus colegas de assistncia
tcnica Vincius, Marcos, Ofini, Wagner, Hrcules, Ezequiel, Ana Paula e Elcione, aos
meus queridos Alunos da Escola Aladim de eletrnica e ao pessoal da Ed. Antenna que
possibilitou este trabalho feito com toda a dedicao.
APRESENTAO
Neste trabalho que ora se inicia daremos as tcnicas de conserto para cada circuito de
um monitor, ensinando a solucionar desde os defeitos mais simples at os mais
complicados. Tambm mostraremos o funcionamento e a maneira de localizar e testar
cada um dos circuitos que compem o monitor.
Est em linguagem bem simples e ilustrado com muitas fotos tiradas na bancada,
bastando apenas poucos conhecimentos de eletrnica por parte do leitor. Alguns
destes conhecimentos podem ser obtidos no meu site, cujo endereo est contido
nesta obra.
Abordaremos os ajustes feitos com soft jig muito usado em monitores modernos,
gravao de EEPROM dos monitores de ltima gerao, uso do osciloscpio em
alguns pontos e do reativador de tubos.