''Direito Penal Ilustrado - Parte Geral'' - Denise Saraiva PDF
''Direito Penal Ilustrado - Parte Geral'' - Denise Saraiva PDF
''Direito Penal Ilustrado - Parte Geral'' - Denise Saraiva PDF
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Arts. 1 a31 do CP
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Volume 1
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Capa
Denise Cardia Saraiva 1udo pode ser inventado ereinventado. Tudo pode ser pintado, ilustrado,
fotografado, filmado e desenhado. Tudo pode tomar forma no papel, na madeira,
Fotolitos na tela, na areia, e onde mais se inventar, e oDireito Penal tambm pode... Quem
que nos impede?
FA editorao eletrnica Itda.
Este livro tem o mesmo objetivo das outras obras juridieas ilustradas da
autora: trazer a arte, a leveza c humor ao Direito.
Impresso e Acabamento O objetivo elucidar, elarear, tomar acessvel e agradvel o estudo do Direito.
Markgraph Com essa obra, os alunos do curso de graduao e os candidatos a
concurso na rea jurdica, principalmente nos concursos que se exige
conhecimento mais especfico na rea penal, como Magistratura, Defensoria e
Min. Pblico, contaro com uma excelente ferramenta.
S243d
Saraiva, Denise Cardia
Espero que olivro consiga alcanar oseu objetivo: dismistificar e derrubar '-..,..
Direito penal ilustrado: parte geral/volume I : o mito de que oDireito assunto reservado apenas aos profissionais da rea.
arts. Jo a 31 do CP / Denise Cardia Saraiva. Rio Estudem, leiam, divirtam-se e aguardem novas publicaes no gnero.
de Janeiro; Edies Ilustradas, 2001.
170 p.; il.; 23 em.
ISBN 8587274015
CDD345
2003
Proibida a reproduo total ou parcial.
Todos os direitos reservados pela Edies Ilustradas Ltda.
-c:ii~
5
ND~(~ ND~(~
Nota da Autora . ........... 05 Erro Determinado por Terceiro ( 2 2 do Art. 20) 112
Erro Sobre a Pessoa ( 3 2 do Art. 20) 114
Ttulo I - DA APLICAO DA LEI PENAL . ............ 09 Desconhecimento da Lei (Art. 21, 1 parte) 120
Erro de Proibio (Art. 21, 2 parte) 121
Anterioridade da Lei (Art. 12) 11 Erro de Proibio Inevitvel ou Escusvel ( nico do Art. 21) 124
Abolitio Criminis (Art. 2 2 ) ....................................... 14 Coao Irresistvel e Obedincia Hierrquica (Art. 22) 127,
Novatio Legis in Mellius ( nico do Art. 22 ) ........ , ................ 19 .,,>Causas de Excluso da Antijuridicidade (Art. 23) 130 ;
Leis Temporrias ou Excepcionais (Art. 3 2 ) ........................... 23 Excesso nas Justificativas ( nico do Art. 23) 131
Tempo do Crime (Art. 42 ) .................................................. 30 Estado de Necessidade (Art. 24) 132
Territorialidade (Art. 52) 34 Excluso do Estado de Necessidade ( 12 do Art. 24) 133
Territrio por extenso (ou fico) ( 12 do Art. 52) 35 RedUo da Pena (Pargrafo 2 2 do Art. 24) , 134
Embarcaes e Aeronaves Estrangeiras quando Legtima Defesa (Art. 25) 135
Ingressam no Territrio Nacional ( 2 2 do Art. 52) 38
Lugar do Crime (Art. 6 2 ) ......................................... 40 Ttulo 111- DA IMPUTABILIDADE PENAL......................................... 141
Extraterritorialidade (Art. 7 2 ) .................. '" .................. 44
Punio Segundo a Lei Brasileira ( 12 do Art. 7 2) 47 Disposies Gerais (Arts. 26 a 28) 143
Condies para aplicao da Lei Brasileira ( 2 2 do Art. 7 2 ) ......... 48 Inimputveis (Art. 26) 144
Requisitos para aplicao da Lei Brasileira aos crimes cometidos por Culpabilidade Diminuda ( nico do Art. 26) 145
estrangeiros contra brasileiros fora do Brasil ( 3 2 do Art. 7 2 ) ............. 52 Mnoridade (Art. 27) 147
Pena Cumprida no Estrangeiro (Art. 8 2 ) ............................. 53 Emoo e Paixo (Ar!. 28) 149
Eficcia da Sentena Estrangeira (Art. 9 2 ) 54 Embriaguez Fortuita ( 12 do Art. 28) 150
Contagem do Prazo (Art. 1O) 57 Reduo da Pena ( 2 2 do Art. 28) 151
Fraes no Computveis na Pena (Art. 11) 59
Legislao Especial (Art. 12) 60 Ttulo IV - DO CONCURSO DE PESSOAS 153
6 7
ANTERIORIDADE DA LEI
Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina.
0
~
J,.cJTR!H OUTRA QUESTO DE PROVA (XXI CONCURSO PARA
INGRESSO NA CLASSE INICIAL DA DEFENSORIA
PBLICA - PROVA PRELIMINAR):
12 13
~~(1) 1b ART. }: ... "CESSANDO EM VIRTUDE DELAA EXECUO
EOS EFEITOS PENAIS DA SENTENA CONDENATRIA."
"IlT;l!L .
.. ,se o sentenciado estiver preso...
Art. 2' - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos
penais da sentena condenatria.
l(
1b "NINGUM PODE SER PUNIDO POR FATO QUE LEI
POSTERIOR DEIXA DE CONSIDERAR CRIME..."
... ser posto em liberdade...
~:e?b
responsabilizados seus reflexos penais, permanecendo apenas os civis. Nesta
penalmente os
autores, ainda que parte, a sentena condenatria transitada em julgado, sem
os tenham praticado embargo da "abolitio criminis", torna certa a obrigao de
durante a vigncia indenizar o dano causado pelo crime (art. 91, I, do CP.) Isto
da lei atual. porque j ficou reconhecida em juzo a ocorrncia do fato e
.
PRINCIPIO DA
r;> ~l
~~
"s--,
W
Art. 5' ..
XL: A lei penal no retroaglra, salvo para
lo
estabelecida a sua autoria; o fato j no crime, mas um ilcito
civil que obriga reparao do dano. O art. 2', "caput", do CP,
IRRETROATIVIDADE beneficiar o re." portanto, no tem efeitos civis ou processuais civis.
DA LEI PENAL
I ( l
E ElES PRATicARAM O
CRiME' NA VGNOA DA li
./'A-.A ANTRioR-.
!b QUAIS SO AS H IPTESES LEGAIS DE CONFLITOS
DE LEIS PENAIS NO TEMPO?
o nosso Cdigo Penal vigente prev
-~
no art, 240 o crime de adultrio, 1, Aboli!io Criminis (art. 2')
Mas, se uma lei nova abolir o crime, o
autor do crime, praticado na vigncia 2. Nova!io Legis Incriminadora (pag. 16)
~
da lei anterior, no mais ser respon. 3. Nova!io Legis In Pejus (pag. 18)
sabiJizado penalmente.
- I
. , 4. Nova!io Legis In Mellius (art. 2' pargrafo nico)
14 15
~E SE UM INDIFERENTE PENAL FOR CONSIDERADO
... e digamos que a lei nova que tipifique o assdio sexual
~ CRIME PELA LEI POSTERIOR? entre em vigor em 2002 ...
~
Ocorre a "novatio legis" incriminadora quando um indiferente no podero ser alcanados pela nova lei enquanto praticados antes do incio
penal em face de lei antiga considerado crime pela posterior. de sua vigncia.
Tem ifllprio a regra "tempus regit actum" _A lei que incrimina
novos fatos irretroativa, uma vez que prejudica o sujeito. O
fundamento deste princpio se encontra no aforismo "nullum
crimen sine praevia lege" ...
1fi 17
~ ~&'j]JQ) mJ?3 []}!J ~ ~&'j]JQ) mG0 ~ ~
Quando a lei nova mais severa que a anterior.
. . _. pAIlGR4E.Q-,Ni(tDq~Rt.2
~,,~
I
N'O 50[50 De MINHA ;JAPONA
Ar! 5, XL: "A lei penal no retroagir, ...Se o sujeito pratica um fato cri-
salvo para beneficiar o ru." minoso na vigncia da lei X, mais
benigna, e, no transcorrer da ... em 1999, surge uma lei
ao penal, surge a Y, mais seve- nova definindo que a ao
ra, o caso deve ser apreciado .penal, no caso de furto,
r--~,--:-:<::i,....}. OCJlIME1l> ffl/i1doDO Allro.s tA sob a eficcia da antiga, em face
da exigncia de no fazer recair
procede-se mediante re-
~~l presentao...
IEii /:()5 Ul.J/IlES HaJioMOO5 efTAAR.
sobre ele uma valorao mais
~
EiM ViGDR: poR (fVE, "(6R6 QV5- o que acontecer com
'FIcAR. 5"'" ~1~.To A PR0611ES5ft grave que a existente no mo-
mento da conduta delituosa. H {.r:x:J8?AC'V '\, . - o processo.?
bE RE:elMS' PO~ QJi; m'Si ...0 promotor inicIa a ao penal publica
,"\ QUl; MIO sOaM.,6R- As RE~ obedincia do princpio "tempus
regitactum."
..o delegado abre o inqurito... envia o atravs da denuncia e..
relatrio com os autos do inqurito ao
I ! \ '.'!.!I"'""'" '-"<.. ~O CP.IM Hf)ONbOJ M.P.
'- PORQV5<'?~
11' 19
~ A LEI NOVA MODIFICA O REGIME ANTERIOR
o QUE ACONTECER COM O PROCESSO QUANDO
BENEFICIANDO A SITUAO DO SUJEITO? flIAS1 As VZt>, No t:\c,OifihL MJAAR. GlJAI AlEi "iAI5 13eJ/6NA ~ tXI~ UMA
RE6RA PARA APVRAI QUAis A/8 MAis ttNi6~A ?
MANI'(.~1M....
~ ..OU
0/ I v .....: !# veu M6"*N/~1t PARA
pI\OSSSGOIR. SSlf f'R(X!E"S5lI 1
, , - '\. QlJSPof MANWJ fUlUAle ?
20 21
~ QUAL
CONFLITO IMTERTEMPOMI. DE LEIS li
DAS LEIS APLICAR?
DVIDA: r!IID A [3 ~L;U'","~'~
ABT3!f
Quando houver conflito intertemporal e houver dvida qual das
~.~ "'
leis aplicar deixe ao interessado a escolha da lei que mais lhe
convm. Havendo conflito, somente o interessado pode aquilatar /
o que mais o beneficia. LEI EXCEPCIONAl. OU TEMPORRIA
Art. 3~- A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o
II
transcorrer do processo, termina a revoluo. Ocorre uma 8UtO-
cominando pena mais severa em quantidade, dever ser aplicada apenas uma lei,
A
revogao da lei penal excepcional. Poder Caio ser condenado?
~
I a que, afinal, favorece o
Elf "'"BiNA. agente. A melhor soluo,
AS blM$ lEIS porm, a de que pode
<J.- haver combinao das duas
leis aplicando-se sempre os
dispositivos mais -~ ...~~_~I
"""" A5~
benficos".
(Jos Frederico Marques) "7~~":---Jf ~
I
'Ao lEi ~
FlWDIlEl$ IJEs~
A&l!iMt"JP4AS - -- I
~~
22 23
~ LEI TEMPORRIA =1= UI EXCEPCIONAl.
~ EMBORA DECORRIDO OPERODO DE SUA DIJRA~O
DIZ OART. 3 (LEI TEMPORRIA): "A LEI TEMPORRIA,
~
ACNJOU A REVolUO?
A lEi XCEPcio NA\. 'foi DAMSIO
EXPLICA A
AuTo- REV06ADA', "RACIO"DO
LEGISLADOR.
~
J\ . vigncia pelo decurso de seu perodo de durao ou de suas
~J\SIQ circunstncias determinadoras (...) Se a lei temporria no
tivesse eficcia aps o decurso do lapso temporal pr-fixado,
todos os que tivessem desobedecido a sua norma nos ltimos
~ dias de vigncia ficariam impunes, pois no haveria tempo para o
'W .processamento das aes penais antes da auto-revogao.
24 25
I
~
ENTENDEU AGORA POR QUE AS LEIS TEMPORRIAS ~~~~rn
%
!b EEXCEPCIONAIS SO UI.TRATIVAS? ~:mlru
mf_t1El1fJi,j\~~
~
(J EO PASSE'
.~~
1'0Ru1': ;:srA- COMETe:Nllt> CRIME
o li PEft>; Ft>NTEi VoNTAA A eCONOMIA poPo lAR',
o ENAO
--
---
~r- T-
=
~
.!...:fg~~
~~~. ~~
~~. f;1.7IJ7 U f:1 FlJ7 D eu EsToo SENbO CONDfiNADO POR VENDER. }.-----,
Se o comerciante cobra
~O ~O
CA1'6UNNO POR Z ReAiS, MAS AGORA i
C<OAANlE preo excessivo,
~. ,\ A IE' TEiftlFlll'l~AII\ Nilo POPlR VE~Wi: ,
ESSo o PRcp IlO
CAl'2iNNo NA1BEiA
~
desrespeitando norma
penal em branco (a
~~ flEBIt>'S AlCOl<.- E EO VEN)' l \ DE PIl.SYOS!
tabela) e, na ocasio da
M/)AA ElA 'fOI MTo _li EiVll61<PA' .~
condenao este preo
~ est aqum daquele
. ,li anterior pela inflao,
.l'i ~
t~ O pode, assim mesmo
('~L~~
ser condenado em
funo do tempo
~'\J 'IfJ~
passado.
IR~
26 27
EM QUE CASOS A NORMA PENAL EM BRANCO NO SER
~ ULTRATIVA? EM QUE CASOS HAVER A RETROATIVIDADE
I>OS FATOS OCORRlI>OS ANTES I>E SUA VIGNCIA?
~~ QUAL O TEMPO DO CRIME: O DO MOMENTO DA AO
OU DO RESULTADO?
~
"EV QUf;'O MA- lo ~
(Com carter (Sem carter
excepcional) excepcional) /
'\
~
No ter ultratividade a lei penal em branco se a norma complementar
no estiver ligada a uma circustncia temporal ou excepcional.
~MSUA Mol"S11A ~
tov ~lfR.,A ffi'I1uNlcA(l,Ab
g.
Este foi o momento da ao. Quando o
agente praticou o crime, no tinha 18 anos
28 29
~~~ ~ COMO SmAAPUCAAo DA noRIA DAA'fIVIDADE
NOS CRIMES PERMANENTES?
A LEI VIGENTE HOJE A X
<.,=~~=-"":""""=.""""",,,,., ~,~."".,"t"'=~"~;
TEMPO DO CRIME
Art. 4' - Considera-se praticado o crime no momento da
ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.
"
~
lNI....m",t '.
4t
30 31
1b COMO SERAAPL!CAAO DA noRIA DAATIVII>ADE
NOS (RIMES CONTINUADOS? ~ QUANTO AO TERMO INICIAL DA PRESCRiO, SE APLICA A
REGRA GERAL DA ATIVIDADE ADOTADA PELO CDIGO PENAL?
..duas horas depois... Termo inicial da prescrio antes de transitar em julgado a sentena
MATo CAiO SOB O f'Y1P6/llb final.
PAle-)(
--.,,-
~ I
Art. 111 - A prescrio, antes de transitar em julgado a sentena final,
.. MATo ouTRA VTIMA) SoB comea a correr:
"I - do dia em que o crime se consumou;
O iMP~I';fo 7A/IIBFM bA
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
Ii)( ! ]11 - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanncia;
IV - nos de bigamia e nos de faisificao ou alterao de
~ assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou
conhecido.
J
No ftrlo-e, no rouba,
...cinco dias depois...
o crune. 6e. c.ol'\6W'l'lD.
com a pO.:S6e.
t-~Ui!a dil
, cai$.
~
o agente praticou a srie de crimes sob o imprio de duas ieis,
sendo mais grave a posterior: aplica-se a lei nova, tendo em
,. .
- -,. --
Art. 103 - Salvo disposio expressa em comranu, U UTenOlOO aecal
do direito de queixa ou de representao se no o exerce dentro do
prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem
~':aji; ~~
vista que o delinqente j estava advertido da maior gravida-
de da "sanctio juris", caso "continuasse" a conduta delituosa. o autordo crime, ou, no caso do 3' do art. 100, deste Cdigo, do
dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denncia.
32 33
~.I~..u-.6-..d.I~ J::t> TERRITRIO POR EXTENSO (OU FiCO)
_:tj1M'Xt?J.l;I'iJj!!~
~
"...CONSIDERAM-SE COMO EXTENSO DO TERRITRIO
NACiONAL AS EMBARCAES E AERONAVES
TERRITORIALIDADE BRASIlEIRAS, DE NATUREZA PBI.ICA OU A SERViO DO
Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de GOVERNO BRASILEiRO ONDE QUER QUE SE
direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional. ENCONTREM...
Pargrafo 10 - .Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio
nacional, as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a EMBARCAES E AERONAVES DE NATUREZA PBI.ICA-
servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as PARGRAFO 1, 1A PARTE
aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
que se achem. respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.
EMBARCAES E AERONAVES BRASILEiRAS DE
Pargrafo 2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se
NATUREZA PBLICA:
aquelas em pouso no territrio nacional ou vo no espao areo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil. QUE o
r,----~-:>,\,JJAvjO DE
GUERRA?
Pela Conveno de Genebra (1958)
navio de guerra o pertencente marinha
~REO
foras armadas, inclusive as
-~ requisitadas na forma da lei para
J!7 MAR TERRITORIAL
Li
] misses militares. Aeronaves
LAGOS, RIOS - GUAS INTERIORES I pblicas civis so as mais
{7 utilizadas pelo Estado em servio
pbiico que no seja de natureza
militar como aeronave de policia.
Faixa ao longo da Costa, Teoria que prevalece no
As guas interiores so incluindo o Jeito e o Brasil = Teoria da soberania
compreendidas entre a subsolo (plataforma sobre a coluna atmosfrica
~~~
costa do Estado e a linha continental). Limites do (Lei 7.565/86) delimitada
de base do marterritoriaJ. mar territorial dec. Lei por linhas imaginrias que Se for cometido um crime no
I~~'/Ilb
1098/70 ~ 200 milhas se situam perpendicular M
interior dessas embarcaes
martimas de largura. mente aos limites do e aeronaves, onde quer que
territrio fsico, incluindo o o estejam (alto-mar, mar
mar territorial. territorial, portos e aeroportos
)J /R:r,,~ estrangeiros) aplicvel a lei
); ~j7 brasileira pela regra da
)1 o
territorialidade.
34 35
ESE AS AERONAVES EAS EMBARCAES NACIONAIS
~ EMBARCAES EAERONAVES DE NATU~EIA INGRESSAREM MO MAR TmRITORIAI. ESTRANGEIRO
PRIVADA' lEI DA BANDEIRA OU PRINCIPIO OU O SOBREVOAREM?
DO PAVILHO ~ PARGRAFO PRIMEIRO,lA PARTE
1lBIIB..
1b "BEM COMO AS ERONAVU EAS EMBARCAES
BRASILEIRAS, MERCANTES EDE PROPRIEDADE
.
fs- NAviO E' DE PROPRlDAPE
pRiEVAM E. .sTA' iN6fl<SSANDO
~ VRUUulI1 rI,
EJVl1RRiT'FiO EsTRANGiRO" "
BEM f'lGOf{NHA ...
EsTAMOS M
1p,p,iTfilo
~ / Ei5TflI>N6 1iiRQ '.
PRIVADA, QUE SE ACHEM, RESPECTIVAMENTE, NO "'::
ESPAO AREO CORIU$PONDENTE OU EM ALTOMAR: .. ' f)
Ewiu ."
~
-~~--.-r\
oRFI... fo R QUE' Sr:;f,Et'
o (Ri ME ACONTECEU JLGAPO ff/A l
ENIENDi "f SE A EMBI1f5GAc70 OU A AffiO;;;;;~1'~
DE ?RoP~MWt DNTRO DE uNIA ~ 'JAPoNeSA?
PRiVAM f" Es7i'VEREM 15M ALTO-{1IJAf?-) APliCA-S A
EM I3ARiJAq,o oQUE o
~ lGi BU8i/SiRA.!fi2!2~~'
6
PRiVAM t
EsTAVA
- JAPo
1WiA
r;;;;c:D 17f1N iNGRESSANDO
EiNl C'RRiTo'RiO
vau";'
sr'-;I' ~~'i/~
~
~C <:>"co,
.1"'--' \ n '\~ )f,fON5S .. I'cc=>'
. ksso?g
0.[
~-
I cionais ingressam ou sobrevoam mar terri-
torial estrangeiro. se ocorrer crime em suas
dependncias, no ser considerado territ-'-
rio brasileiro.
w
trio brasileiro crime ocorrido a bordo de navio
mar (partes do mar que no so guas interiores ou mar terri- mercante estrange"lro em guas territoriais brasi-
~
torial estrangeiro) ou o estejam sobrevoando. Nessa hipte- leiras, afastando a incidncia do Art. 301 do
<[~~
se, prevalece a denominada "lei da bandeira" ou "princpio do Cdigo de Bustamante, tanto mais quanto os pa-
~'S pavilho", que considera as embarcaes e al?~onaves como ses de nacionalidade de autor e vitima e da ban-
deira do navio no eram signatrios da
extenses do pais em que se acham matriculadas.
Conveno de Havana (Vide RT 665/353)
36 37
ESE OS NAVIOS ESTRANGEIROS FOREM DE NATUREZA
1b EMBR(A~S mAEROHAVES ESl"RAN'~IRAS QUANDO
INGRESSAM NO TERRITRIO NACIONAL PRIVADA?
'i ,:)/'-~~l!~;~ii~~:~'~~~~~~i!''~:,~~:i>~)?:'
<o:
Se os navios estrangeiros de natureza privada ingressarem em territrio
brasileiro e ocorrer crime em suas dependncias, aplica-se a lei brasileira.
Pargrafo 2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo
de aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-
se aquelas em pouso no territrio nacional ou em vo no espao areo
correspondente, e estas em porto ou marterritorial do BrasiL
,/
No se aplica o art, 5 pargrafo 2 se os navios forem pblicos, Aplica-se a lei
do pas de origem, quando ingressarem em territrio brasileiro. Ocorrendo um
crime em suas dependncias e se j estiverem em solo brasileiro, aplica-se a
lei do pas de origem.
38 39
~lli@~ ART 6 PO CP SE OUTRO LOCAI. FOR TERRITRIO
FORA DO BRASIl. TEORIA DA UBIGIDADE
o
LUGAR DO CRIME
Art.6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao
ou omisso, no todo Ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.
BFs!7SiL E"
".
RIi'G/I/I li! --:;0 1)0 CDiGO bE" fAOCSSO PENAL
~
o MEU p,MiG1l QUE !-lOi!,
~NA rNG/ATERRA NViOV
:.,;
I
---(J;
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i 60W\BtlNS .. "
OBA! !(
?riS !~ft
Tambm se aplica a lei brasileira quando um estrangeiro expedir a uma pessoa
que viva no Brasil um pacote de doces envenenados.
Art. 70 - A competncia ser de regra determinada pelo lugar onde
se consumar a infrao.
G.N1:lJbi ! QUAN.bO o~ loCAis !li FR;ENf~
~sTiVel!.f:M -raM f>O BRASiL, OU 5~JAI NO
BRASiL r= fM {J1]7@ lOCAl f MA cu BRASiL)
~AP(~ A 'oAifl
I~I/~
t>R velGibAbE!
40 41
~ QUAIS SO AS TEORIAS QUE EXISTEM SOBRE O
DO CRIME? A DETERMINAO DO LUGAR EM QUE SE
LU("All
W~" RESOLVER OPROBLEMA DA TENTATIVA PElA
tEORIA DA IJBIGIDADE, (A TEOlllAADOTD
CONSIDERA PRATICADO DECISIVA NO TOCANTE
COMPETNCIA INTERNACIONAL.
.. OU ...
I ~VAL
~
I~A TEDRiA
NO JlAAsiL '?
o.\
(.
. , foi IVU ~, ..
DI;VEP,iA EP- MOp.I\DO
Basta que uma poro da conduta
criminosa tenha ocorrido em nosso
Territrio para ser aplicada a nossa lei,
~
;;fjfJiw~ ....>.~
~
D ",o lugar da figura tpica da ampliao temporal no s
h
'"" . .' .. '\I,jA3/D aquele em que o sujeito desenvolveu a atividade executria,
>:.-,_. _ como tambm onde "deveria produzir-se o resultado."
~ EXTRATERRiTORIALIDADE INCONDICIONADA ~~O ART. 7' - FICAM SUJEITOS LEI BRASILEIRA, EMBORA COMETIDOS NO
ESTRANGEIRO:
II)OSCRIMES:
Art. 7' - FICAM SUJEITOS LEI BRASILEIRA, EMBORA COMETIDOS NO a) que, por tratado ou conveno, o Brasil se obrigou a reprimir;
ESTRANGEIRO:
b) praticados por brasileiro;
I)OSCRIMES:
c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, mercantes ou de pro-
priedade privada, quando em territrio estrangeiro e a no sejam julgados.
a} contra a vida ou a liberdadedo Presidente da Repblica;
b) contra o patrimnio Ou af pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de
Territrio, de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundao instituida pelo Poder Pblico;
c) contra a administrao pjblica, por quem est a seu servio;
d) de genocdio, quando o 8gente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
r
Por que O Art. 7,
inciso n, trata da
~~'.'"''J,.."'-Oi
extraterritorialidade
1b n<lCSSO I, LETRA "A" ;, ..> ','.,. '-.:l' I ' condicionada?
~~~
estrangeiro, desde que preenchidos os requisitos
previstos no pargrafo segundo do mesmo artigo. So
casos de extraterritorialidade condicionada, pois
o crime de genocdio esta
dependem dessas condies..
~
previsto na lei 2889/56 que
no considera crime poltico A aplicao da lei brasileira, nessas trs hipteses,
para efeito de extradio. entretanto, fica subordinada s condies
~----- _ _-l estabelecidas pelo pargrafo 2' do Art. 7'..
44
45
@ill~~~Cl1J~@XQ)IA 000 ~[ill0~
~ C:RIMES QUE O BRASil. Si OBRIGOU A REPRIMIR
ART. 70. INCISO U. LETRA A:
, PARGIFO 1 DQ~"T. i "
,_ ~
. ,
__ _ ,_ _ __ """_ "__ r ,_ /
~~t>
para a represso aos delitos que atingem vrios pas~s,
como atos de pirataria, o trfico de mulheres, o trfico de ,.' -:J COMPF\i PeNA NO
entorpecentes, a difuso de publicaes obscenas, a ESTAAN6iRO' .
prtica de crime a bordo de aeronaves, a danificao ou
destruio de cabos submarinos etc. todos objetos de
convenes e tratados a que o Brasil aderiu.
E ai?
~ ART. "F'. BNCBSO 11, LETRA B :
CB'UMES IPRATlCADOS POR
I Como fica a
situao dele?
BRASU,IURO NO EnlElUOR
? !!li
GiVE-ME f
Pargrafo 2' - Nos casos do inciso 11, a aplicao da lei brasileira depende do concurso ~~vt:-ME'! HELf!
das seguintes condies:
a) entrara agente no territrio nacionai;
b) ser o fato punivel tambm no pais em que foi praticado; HELrl
c) estaro crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio;
d) no ter sido o agente absoivido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena;
e) no ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais favorvel.
~
Anecessdade da presena do
CONDrO DE PROCEDlBlUIlADE
agente condio de procedibilidade
ou condio objetiva de F"lt> i;3
punibilidade ?1?? CONOO OBJETIVA DE PUN~1:l\I:l;
Hum", E~ou verificando qJe Como j se decidiu, "tratando-se de cr"lme... inteiramente executado
d~
no h condio pora oexerccio no exterior e de autoria de brasileiro, tornava-se, entre outras
condies, indispensvel para o exerccio aqui da ao penal, que ele
da ao penal H iaita do condio tivesse voltado ao solo ptrio. Ora, o denunciado, ao que consta,
lJe procedibilidode ! permanece ainda no estrangeiro. Da a nulidade da ao penal,
reconhecida pela turma julgadora que, ao decidir o feito, retificaua
dispositivo da sentena, porque a espcie de nulidade "ab initio" da
ao e no de absolvio. (RT,233:122)
~
H ousncia de pressuposto pro
cessual ?No h condio de proce
dibilidade? Anulo aoo penal eno
absolvo oacusado I
No julgo omlITo do causa i \ ~~
. 0\
,--_ _---....:j!XVeR DizeR QUe o
AG",rrE NO pisove
solo 13f\A5ilEiRO?
M
~
~ penal, uma vez que a nulidade no obsta ao seu
1)4/1lA. \IV' exerccio, desde que satisfeita a condio, qual seja, a
S/O entrada do agente no territrio nacional.
49
48
'!t> SEGUN~A CONDIO: SERO FATO PUNvEl, TAMBM
NO PAIS EM QUE fOI PRATI(AI)O.
o o
,
'~vol<lo. flQ", NO CA'JAi)~,
~ <6.1:;' ~ ,~__
o 6'', ~
,. ROUBAR. C.RIME
MAS NAO E""
I
~
pais em que foi praticado, quer com "[
o mesmo "nomem juris",empregado
pela nossa, quer com outro.
'------------,
51
50
\
~1~ThM:Ii~!ll:~:@@~I!lID~~~ ~~G!JID~
~Wm~'~~~:ID~
,,' PA~G~.FQ~(~ A~T. 7?', __ ': c o " ,:,:
"":;~.
Pargrafo 30 - A lei brasileira aplica-se tambm ao crime cometido por estrangeiro contra PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEiRO
brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condies previstas no pargrafo anterior: Art. 80 _ A pena cumprida na estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo
a) no foi pedida ou foi negada a extradio;
mesmo crime, quando diversas, ou nela computada, quando idnticas.
b) houve requisio do Ministrio da Justia.
,
PARA APliCAR. A fEl' BRASilEiRA AO (RiM
COMeTiDO PoR E'5TRANGEIRO ccxvTRA ERA- I)IV~RSIDADEQUALITATIVA: "... A PENA IMPOSTA
----
SiJERo "foRA Do BRASL -rEM QuE
\ R'E"NIR :5 C-OIfDicPE"':> E NO BRASil. PElO MESMO CRIME, QUANDO DIVERSAS:
2 RQL'isiTos
Mas, seu juiz. eu j Bem... Sendo assim, a
pena fiar atenuada
~----ll paguei multa por este
crime no estrangeiro! porque a pena para este
( rime aqui no Brasil
=:......... de recluso!
I
I~ : -----------
'~J::_ _~~II ~_ov~
Diz-se qualitativa porque as qualidades das penas no so iguais. No caso, a pena
I imposta pelo crime no estrangeiro a de multa, enquanto no Brasil a pena de recluso,
;;\\-~'
Sendo assim, como diz o Art. ao 1$. parte, a pena ser atenuada.
)~~-
"0J ~\ \ 11'YJ " DIVERSIDADE QUAN1ITATIVA: "... OU NELA
~- ~ ~ ~)
))
ELE AMERICANO EMATA O
BRASILEIRO NOS ESTADOS UNIDOS...
COMPUTADA QUANDO IDNTICAS."
------
Bem... Sendo
assim. voc ter
que cumprir apenas um ano
de recluso porque a pena
imposta no Brasil a este crime
53
52
PRIMEIRA HIPTESE DE HOMOLOGAO
~~~~~
P SENTENA PENAL ESTRANGEIRA:
1b "OBRIGAR OCONDENADO REPARAO DO DANO,
90 -INCISO I A RESTITUiES EA OUTROS EFEITOS CIVIS;"
I .-J
1:t> A quem compete a homologao da sentena estrangeira? PP,SiDf.NTP
s,T-F
~r;:J
C.f:: guardada Constituio, cabendo-lhe:
:~ 8a I -processarejuIgar,originariamente: Esta homologao depende de
o Presidente do STF observar as
~
. h - a homologao das sentenas estrangeiras e a concesso do normas a respeito da homologao
pedido da parte interessada
L ~ "exequatur" s cartas rogatrias, que podem ser conferidas pelo nos arts. 787 a 790 do Cdigo de
~ (j \Iv' regimento interno a seu Presidente;
(art. 9', pargrafo nico, a).
Processo Penal.
"-)
55
k: -,(~~l\) (L = u..LAI-lJ'lI6* 54
!b SEGUNDA HIPnSE DE HOMOLOGAO
DA SENTENA PENAL ESTRANGEIRA:
~~~
ART.l~
ART. 9 -INCiSO 11 lb SUJEITAR O SENTENCIADO AMEDIDA DE SEGURANA,
CONTAGEM DE PRAZO
EM QVAL :Pir/oMA lEGAL Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo. Contam-
se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum.
) ) !sTO PREVIsTAS As
2_ \ . . , MrODAs DE
SEGO RANA ? r
!t> "..0 DIA DO COMEO INCLUI-SE NO CMPUTO DO PRAZO..."
~
_fj~. I
1- internao em hospital de custdia e tratamento Psiquitrico ou, falta,
em outro estabelecimento adequado;
~I~~=-
" - sujeio a tratamento ambulatorial.
~
Il\ cumprir a pena privativa de liberdade s 1511, assedia .contado
~ por inteiro, no se levando em conta que, realmente, durante ele,
ficou encarcerado somente nove horas.
56
57
~ CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS PENAIS j~tj'>~~~~~~
VV" :; CONTAGEM DOS PRAZOS PENAIS.
-';;i;:J":tY: A.~T.11
PRAZO PROCESSUAL PENAL: NO SE COMPUTAR
lb NO PRAZO O DIA DO COMEO, INCLUINDO-SE, PORM,
O DO VENCIMENTO (VIDE ART. 798 E 1 DO C.P.P. ) FRAES NO COMPUTVEIS DA PENA
Art. 11- Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas
:---"...-~
o Art. 10 do CP e o Art. 798 1',do C.P.P,
~. ~~!;'1I'n.LuGO
~ ~O~ ~ ~1'l1l.l'
embora diversos, no so de coexistncia _---- t".'1 CONOENO A PENA O livi" fiWU',
inconcilivel, pois se justificam em face do PRiVA1i Do li ",AMD .DE TI j
fundamento de poltica criminal que os ANOS,4 DIA'5,:2 HoRA",
VA W\
informam no Processo Penal. Quanto mais .~ 1r
'.0 "'iNUTO 305,,,,,),,005... /-'''':/
longo o prazo ou demorado o seu incio,
tanto mais beneficiar o ru ...
~ i~ !\I~~
vou APIA~l "'fRE-'S Cf,NTAVOS D
MuLTA .. '
~
cartrio e sero contnuos e ... Tambm so desprezadas nas penas de multa aplicadas, fixadas
peremptrios, NO SE INTERROM- em dias-multa, as fraes de cruzeiro. Embora a lei, na poca de sua
PENDO POR FRIAS, DOMINGOS E elaborao, se referisse moeda vigente h que se fazer uma
FERIADOS. interpretao progressiva. Extintos o cruzeiro antigo e o cruzado, o
~u~
e at mesmo anos. (...) Para se saber como se contam os prazos, urge brasileira.
indagarquaJ a unidade-tempo real fixada em lei para a realizao do ato.
e
Quando fixada em dias, e o mais freqente (...) observar-se- a regra do
1 do Art. 125 do Cdigo Civil, aplicvel por analogia. Se o prazo for
W inferior a 24 horas, obedecido ser o Cdigo Civil.
58 59
i::~
~~ EU TENTOU, MAS O (RIME NO SE
CONSUMOm EAGORA?
- --- NA LEI 6368/76 NO H PREVISO
LEGISlAO ESPECIAl A RESPEITO PATENTATIVA!
Art. 12 - As regras gerais deste Cdigo aplicam-se aos fatos incriminados
por lei especial, se esta no dispuser de modo diverso.
/r.>~-.-)'
E ... NAO HA PREV(sM A RESPEiTO,
DA TENTATIvA NA lEi 63"-8/"I 6 ! 5ER/I
r C\ <uE SE APlicA A TENTATIVA, PR~visTANO
PoD" Dii<AR! VOll T;NViAR. A COCANA
DENRO bOS JUsRE5 EM MiNiATuRA f'sJo
u~ /lP,T.1+, iNClSO.rr DO
~R5iQ! L.r---/ ~ (J:>IGO PEWAL?
Art.14 Diz-se o crime:
Esse cara um traficante de drogas. TENTATIVA
II _ tentado, quando, iniciada a
A lei 6368/76 (Lei de Txicos)
//l;ma lei extravagante ou especial
porque no est contida no Cdigo
q:e execuo, no se consuma por
circunstncias alheias vontade
Penal. O Art. 12 da Lei 6368/76
estabelece o crime de trfico.
lt do agente.
CONSlJMOV rI determina o citado artigo, por dispor de modo diverso essa Lei Especial (Art. 4' da
~~ o cARA oA -...-.w!/"-J-. o....
AlfN*GA M1u LCP).
A eMARAM
61
60
I J
I ,
@:@~
L.:;:.#U~~Jl.1'<';:r~O~@[]~
p CONCEnO DE (RIME
"
Para que haja crime preciso, em primeiro lugar, uma conduta
humana positiva ou negativa (ao ou omisso).
.., OU."
~-
.~; h"
E... NO BASTA QUE SEJA TPICO. DEVE SER, TAMBM, AN'I1/URDICO, QUAiS OS ElEMENTOS DO FATO TRP8CO ?
n
O
r 4A~~U E"NI1o cuLPA .. '
'FOI 5l:'M QUfR.e,R ...
r
'" ou ...
1- RESUlTADO: POPE SE APRESENTAR DE VRIAS FORMAS...
MATAR ALGUM
FATO TPICO
~~~f
- >1
EFEITOS PSICOLGICOS: (OMO A
EFlEITOS fIS!OLGICOS ; PERCEPO DE UMA EXPRESSO
MORTE DE UM HOMEM OFENSIVA POR PARTE DE UMA
PESSOA NA INJRIA E NA DIFAMAO
~ MATARAI.GUM
~'Pi
Para a teoria causalista
a conduta comportamento EU DOU
humano voluntrio no uM
o mundo exterior, que consiste Soco
em fazer ou no fazer. ~I~'.
~
voluntariamente, efetuando o disparo e atingido outra pessoa que vem a voluntrio, implica necessariamente uma finalidade. No se
morrer, somente ter praticado um fato tpico se tinha com fim esse concebe vontade de nada ou para nada, e sim dirigida a um fim.
resultado ou se assumiu conscientemente o risco de produzi-lo
(homicdio doloso) ou se no tomou as cautelas necessrias ao manejar
a arma para dispar-Ia, limp-Ia, etc. (homicdio culposo ).
68 69
)
RELAO DE CAUSALIDADE
Art. 13. - O resultado, de que depende a existncia do crime, somente
imputvel a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ao ou omisso
sem a qual o resultado no teria ocorrido.
No M;.NJ'o
MAl. '1'U61" Do IE....
JA~ Af'AtH\6
opsD[]J]
'-----,0 o 'O
D"MAI~...
OPS '.
~
segundo o qual causa todo antecedente que no pode ser
G5SfAo? suprimido" in mente" sem afetar o resultado. Assim, se a
tEsO rP<f'OI'AL vtima se fere na fuga quando procura fugir agresso, h
SGaiPA -pE: MOR1e: relao de causalidade, pois, se hipoteticamente se
suprimisse a agresso, a vtima no fugiria e, portanto, no
oU I sofreria a leso .
f!;JMio..D10
:/::;:::::"
70 { 71
~~oo~o~
')
I~I
~
". NAs 5~ dI: Mor:P\E"O PoR CA(}SA
1>0 CJlOQtlE JlJJA"FiLA'r,"co QUe 50"FRELI
.. 'El6 MORAE\.l POR :DuRANTe A ciRURGiA I;; MO POR (.AuSA
c+lOQUC ANAFilA'rfCO
}O fe.R.iMENTo) POR. QVE" VOU
\ RESPONDER. POR /10MiDiO'? A causa superveniente
no rompe o nexo de
causalidade quando
.~\
constituir um
\
JV prolongamento
ou desdobramento da
ao cometida
~ roR IloMl-Dio pelo agente.
r Hosrn-AL. \ ~
~il1GJV
\ ""~ ~\J~I~i
1 r LJ:01b I Se a causa sucessiva, porm, est na linha do desdobramento
fsico ou anatomopatolgico do resultado da ao primeira, o
resultado atribuido ao agente da primeira causa. Exemplos
clssicos so os do ferido que, levado ao hospital, morre por
Se a causa superveniente estiver fora do desdobramento choque anafiltico ou colapso cardaco provocado pela
No hospital, a vtima morre fsico necessrio, nonnal com a causa anterior, o agente anestesia ministrada quando os mdicos esto praticando uma
em decorrncia do no punido pejo resultado. Ele s responder por
incndio ocorrido no mesmo. interveno cirrgica para salv-lo.
tentativa de homicdio e no por homicdio.
~"~Z-'- - -
mento fsico necessrio, normal, o agente
no punido pelo resultado; se estiver ela
72
dentro desse desdobramento necessrio,
o agente responsvel pelo evento.
=_ I <~::c;,,'"
~~~..
. 73
~@)&@I]~~) A QUEM INCUBE O DMR LEGAl DE AGIR ?
- , '. PRGMECfl
- - .-DO ART.
- - 13
~ ~-
o c ' :< :".
"
@)t ~
c'()J2
- ~
,
NDS DELiTOS eJJMssivos POR
OMisso? fOR Qu?
.~ v ~ '<J;::I:t:1:S- J ~
Ciuil) &rt. 384;0
~~
~-
~-
t1 I
o primeiro caso de dever jurdico de agir ocorre quando
existe um mandamento imposto pela lei determinando a
~
. realizao da conduta impeditiva do resultado (..,) A
Crimes omissivos imprprios ou comissivos por omisso: AMASIO obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia advm das
A omisso consiste na transgresso do dever jurdico de impedir o resultado, relaes de ptrio poder, casamento, famlia, tutela, curatela,
praticando-se o crime que, abstratamente, comissivo. adoo, etc.
74
~
QUEM QUE TEM A o QUE SE ENTENDE POR RISCO ANTECEDENTE ?
POSIAO DE GARANTIDOR?
() COM SEU COMPORTAMENTO ANTERIOR, CRIOU O
B) DE OUTRA fORMA, ASSUMIU A RESPONSABILIDADE RISCO DA OCORRNCIA DO RUtll.TADO;
DE IMPEDIR O RESULTADO:
GOI\JFjAR-
voc :
)J
----
;:::.
,
---- ~c_
- ~
;;;;-
76
~
-)t> QUANDOSEDCONSUMAAo
NOS CRIMES MATERiAIS?
NOS CRIMES FORMAIS?
ART. 14 DIZ-SE O CRIME:
NOS CRIMES C.ULPOSOS ?
CRIME CONSUMADO
I - consumado, quando nele se renem todos os
NOS CRIMES DE
\ elementos de sua definio legal: MERA CONDUTA?
NOS CRIMES DE PERIGO?
Conceito de crime consumado: A noo de consumao expressa a total conformidade do
fato praticado pelo agente com a hiptese abstrata descrita pela norma penai incrimi-
nadara. a'~~
C7 ".?:"foc
No homicfdio culposo
;."
,j:; ~ CONSUMADO E E)(AURIDO ? <P tivo aquele que se
verifica a morte da
Nos crimes materiais o momento
vitima
<'o:
~':
';:: 1 s:.~1.se-Vodi;QUISER ,
o 'AFIro 05S5cR~jO ~
QI)E MS PAEN. 01'6
t6I.AASS~
~
li':
o'.
,:;., NOS CRIMES FORMAIS NOS CRIMES DE PERIGO NO
NOS CRIMES DE MERA
COM A CONDUTA TiplCA MOMENTO EM QUE O SUJEI-
CONDUTA A
IMEDIATAMENTE TO PASSIVO, EM FACE DA
CONSUMAO SE D
ANTERIOR FASE DO CONDUTA, EXPOSTO A
COM A SIMPLES AO,
EVENTO PERIGO DE DANO,
f7
com a consumao. Na corrupo passiva
(Art. 317) o crime se consuma com a simples
solicitao da vantagem indevida.
gem, esse acontecimento posterior se sitUa
na fase de exaurimento do crime.
{7 f7
I I
v
Com a solicitao da vantagem
v A CONSUMAO SE
PROTRAI NO TEMPO ATE
QUE CESSE O
COMPORTAMENTO DO
-I INSTANTE DA CONDUTA
PRODUO DO
RESULTADO
o crime se exaure com o AGENTE
indevida se consuma o crime recebimento da vantagem
de corrupo passiva
78 79
~~~& TENTATIVA PERfE!TA
J O paciente
est salvo! ,
NA TENTATIVA PERFEITA
(OU CRIME FALHO) A
Nossa lei no faz diferena entre tentativa perfeita (crime falho) e imperfeita, CONSUMAO NO OCORRE,
pelo que recebem igual tratamento penal no que tange imposio da pena em APESAR DE TER O AGENTE
abstrato (art. 14, pargrafo nico). Todavia, quando da aplicao da sano em
concreto, o juiz deve levar em conta a existncia de uma das espcies (art. 59, PRATIC!"DO O~ ATOS _ (
caput). NECESSARIOS A PRODUAO
DO EVENTO.
IL
.
:~~_::.::
81
80
A~~l]
l:t> TENTATIVA IMPERFEITA
.,
D
~~~l]~
~;~-
\'00 ACAf>l\R oM VOcUj
.~
<;ftJ\/AUlA ~
DESI$TN(~AVOLUNTIUA
E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Art. 15 _O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou
impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.
Ctl6Al>
aA"W'
NelE"!
VANlllS
PAOlA"'GlM
J:t> ARREPENDIMENTO HICAZ:
isso',
Na tentativa imperfeita o agente no exaure toda a sua potencialidade lesiva por circuns-
tncias alheias sua vontade. fe:NSANO
eM,AT6' aLre
=- ev_ilA
OS CRIMES CULPOSOS
OS CRIMES PRETERDOLOSOS OU PRETERINTENCIONAIS
AS CONTRAVENES
OS CRIMES OMISSIVOS PRPRIOS Se ele morrer, no h que-
OS CRIMES UNISSUBSISTENTES (MATERIAIS. FORMAIS OU OE MERA CONDUTA) se falar em arrependi.
menta eficaz..
OS CRIMES HABITUAIS
OS CRIMES PERMANENTES DE FORMA EXCLUSIVAMENTE OMISSIVA
OS CRIMES DE ATENTADO
83
82
Jt> VOLUNTRIA
QUAL A DIFERENA DE DESISTNCIA
E ARREPENDIMENTO EFICAZ?
o~
Pensando bem... No
ViM RfSliTuiR O )I-----l
vou furtar nada...
Vou ,embora .
~\..,RElGio QuE - '.,
Vou desistir .
'FuRTEi J
s
r-.
84
85
1t> QUAL O CRITRIO PARA
REDUO DE PENA?
QUANDO A REPARAO DO
DANO n:RA CAUSA DE EXTINO
DA PUNIBILIDADE?
Vim restituj~~_ Mas voc j es-
o vaso que t com o vaSo
furtei h 3 anos...
de
voc!
o colega, distrado, Comentrios sobre
deixou a gaveta aberta! o assunto no livro
Direito Penal ilus-
trado Parte
Especial (pag. 318)
<:7
SMULA554STF:
"O pagamento de cheque emitido sem
proviso de fundos, aps o recebimento
da denncia, no obsta o prosseguimento
da ao penal"
87
86
QUESTO DE PROVA NO ~VII CONCURSO PARA iNGRESSO ARREPENDIMENTO UICAZ 0.0 '!t> ART. 1S
NA CLASSE INiCIAL DA CAIUtEiRA DA DIEFENSORIA PBLICA
CRj/OUT/98) :
89
88
~~[1 IMPROPRIEDADE ABSOLUTA DO OBJETO
~
A AAMA
~
~CAI'\REC<>AtlA I.
R/ FI! R I.
91
90
~ QUAL A DIFERENCA DE FLAGRANTE
VV' ESPERADO E FLAGRANTE PREPARADO? .....A AUSNCIA MATERjAL NOS DELITOS DE
.,,:\:c:
FURTO OU ROUBO HA CRIME IMPOSsVEL?
&6AS POSiES
Al? Po{teiA, o MEU ~E5A1'<1 VAi
1NTAR ME" MAAIZ.
crime impossvel por impropriedade absoluta do objeto materai (dinheiro ou
HOje 'AS 10 UOAA5! :6r Damso tem essa posio
-r;"Q(JE"M NA ESPREiTA ~ ,'No h crime impossvel, subsistindo a tentativa de roubo pela impropriedade
'~tiva do objeto material.
~~
PoLkiA f
'----1~
f
l.~"--~
~. ~ ,/J ~-"- I---'--)::J
""=l '== I=:=J J
--'
Ie"-:o/---"-\ GU NAO
iRouxff
.DiN H'E~~O I.
FLAGRANTE ESPERADO.
Quando a policia apanha o autor no momento da prtica IIlcita, no se trata de crime putativo. O
sujeito responder pejo crime. Se existir a tentativa vlido o flagrante.
92
93
~~ ECEssmo INDAGAR: QUAL VONTADE 00 AUTOR?)')
't> \t:~
-
Eu no queria
mat-lo, mas. __
Dolo a atitude interior de ade-
so aos prprios impulsos intra-
psquicos anti-sociais.
c[ r,;::Jl 1t
omisso do agente tal qual caracterizada pela lei, devendo igualmente
compreender o resultado, e, portanto, o nexo causal entre este e a atividade
desenvolvida pelo sujeito aflvo.Age, pois, dolosamente quem pratica a ao (em
!3 -/J
~ sentido amplo) consciente e voluntariamente .
~
embora essa descrio esteja no art. 121 do CP (matar algum).
abajur lindo
e quero lev-lo
RfSULADO ?~~ ~
para mim!
V
No. Se assim fosse, somente os juristas e
advogados poderiam cometer crimes. Para o
ladro saber que furtar delito, no necessita
cientificar-se de que o fato est definido no art.
155 do Cdigo Penal. Conhecimento da anti-
juridicidade a convico de incorrer no juzo de
reprovao social. por nascermos e vivermos
em sociedade que cedo adquirimos essa
conscincia de agir no sentido do lcito ou
permitido. Em regra, o crime, antes de se achar
QUER DIZER QUE o
AUTOR DEVE definido em lei, j , para ns, ato nocivo e
TER CONHECIMENTO DA LEI? contrrio aoS interesses individual e coletivo. H
O simples fato de causar o resultado morte no basta para preencher o tipo penal leis porque existem crimes.
objetivo.
95
94
t*> DOLO DIRETO ~ DOLO EVEN1'UAI.';i~ ~~
<? <? iii:::ifJZ!fsii&
"...Quis o resultado.
ou
"...Assumiu o risco de Produzi-lo... "
DOlO DIRETO ART. 18 -DIZ-SE O CRIME
(RIME CULPOSO
1/ - culposo, quando o agente deu causa ao
resultado por imprudncia, negligncia ou impericia.
Voei Of:VERiA
il '-reFI ilDO m si mesma, a inobservncia do.dever de cuidado no
Age com dolo eventual o mdico MAIs w.i DAOO' constitui conduta tpica porque necessrio outro
que ministra medicamento que 5a. elemento do tipo culposo: o resultado. S haver ilcito
be poder conduzir morte o paci- penal culposo se da ao contrria ao cuidado resultar
ente, apenas para testar o produto. leso a um bem jurdico. Se, apesar da ao descuidada
do agente, no houver resultado lesivo, no haver
crime culposo.
96
~~~o;;;.:.o-';:;;"''c,",~::;;:-~i~~--=-:--~~,_ Q7
'''-''''~-'.-
o FATO ERA PREVISVEL , . , , o QUE IMPRUPNCIA'
111
111 '" 111
voc no devia pescar em local onde tem
muita gente por perto e, ainda por cima, sem
00 ATI'l"III(~A1\ Vou uLTRAPASSAR cuidado com essa vara, ora!
d~.
o
tA
;=..
COMO 5-
QuE EU il'lA
f1io
!r;'J
"O
~RVER QUe o suj E ;To
IRIR TRAVE"5SAR?
71NJiA UI\1 CAMiNHo
NA M,NUA -FF?J.J7f: ~
((~
(:
)7 .
'\
Se o fato for previsvel, pode o agente, no caso concreto, prev-lo ou no. No tendo
sido previsto o resultado, existir a chamada culpa inconsciente; se previsto, pode
ocorrer a culpa consciente ou dolo eventual. Inexistente a previsibiJidade, no
responde o agente pelo resultado, ou seja, inexiste o crime culposo.
chofer imprudente!
MANt;lAR. A Ai'lM~ N4\
?~bSt.~ \)1; VR\R5
Pe:SSDAS I,
-'"
~
99
98
t;? o QUE IMPERciA'
lIiII
o QUE NEGLIGNCIA' li!
~<;
das regras e princpios que a cincia sugere e sim, devido imper-
feio da medicina e precariedade dos conhecimentos humanos; h
erro escusvel e no impercia, sempre que o profissional, empregando
correta e oportunamente os conhecimentos e regras de sua cincia,
chega a uma concluso, embora da advir resultados de dano ou de
perigo.
!(
1n1
100
i~~~~GW@~V~
..
.... ,~~,Clt0 nico - Salvo Os casos expressos em lei, ningum pode ser punido AGRAVAO PHO RESULTADO
por fato previsto como crime, seno quando o pratica dolosamente. Art.19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, s responde
o agente que o houver causado ao menos culposamente.
~-=..~ .....- -
~o"' ... NAo!I f"I/iu5l\O ..
DE cuLPA "'0 CRl\l DE DANO',
~ OODIWO
"'lI. I.,
o legislador, algumas vezes, aps descrever o crime em sua forma fundamental, acrescenta-
A"T. j6~ lhe um resultado que aumenta abstratamente a pena imposta no preceito sancionar. So os
crimes qualificados pelo resultado, punidos em sua maioria a titulo de preterdolo ou
preterinteno. Por exemplo: arts. 127; 129 pargrafo 1, II paragrfo 2, V, e pargrafo 3; 133,
pargrafos 1 e 2; 134, pargrafos 1 e 2; 135, pargrafo nico; 136, pargrafos 1 e 2; 137,
pargrafo nico; 148 pargrafo 2; 223, pargrafo nico; 232 (com vistas ao art. 223); 258,1 8
parte; 260, pargrafo 1, 261, pargrafo 1, 262, pargrafo 1; 263; 264, pargrafo nico; 267,
paragraf01'e285. ~'
Analisadas as figuras penais do crime de dano (arts. 163 a 166), no "'Slc
encontramos referncia a espcie culposa. Logo, o dano s admite dolo.
Como o sujeito agiu com culpa, no responde por crime algum (sub- Para que ocorra tal hiptese necessria a conjugao de trs elementos: a) um fato bsico,
\)
-.. J sistindo, se for o caso, a responsabilidade civil pela reparao dos prejuf-
zos sofridos pelo prejudicado).
criminoso, doloso; b) um resultado no desejado; e c) um liame entre o fato bsico doloso e o
resultado no desejado (nexo de preterintencionalidade). Por fora de tal dispositivo normativo
o agente s responder pelo resultado, pelas conseqncias agravadoras, quando as causar
ao menos culposamente. ~
O~ci
'NA
i
L.,. 102
'._...- -- - s,._ ~=--~--""-.,.~ ._ 103
!IDIDQ) ~ ~ lli@ 'j]]~ QUAIS AS FORMAS DE EMO DE TiPO?
TIPO ESSENCIAL t:!) VERSA SOBRE ELEMENTARES OU CIRCUNSTNCIAS
DE TIPO ACiDENTAL t:!) VERSA SOBRE DADOS SECUNDRIOS DA FIGURA TpICA
existiria.
105
104
JfJE"'i
dil F'V)(A'. SE EU SOU6SSE QoE l
/, .\.. 0\ O ATIRAR. . ,
I
o erro de tipo essencial pode se..
1. Erro de tipo essencial invencivel (ou
escusvel)
H previso de culpa no crime de homicidio? Sim. (vide pg 28 do livro Direito Penai
2. Erro de tipo essencial vencivel (ou Ilustrado - parte especial, da autora) - art. 121 pargrafo 3. Ento, responder por
inescusvel).
homicdio culposo porque incidiu em erro de tipo essencial vencvel.
~ QUAIS OS EfEITOS DO ERRO DI: TIPO ESSENCIAL? Pergunta a fazer: o erro era vencvel? H previso de culpa no crime? SIM? Responder
pelo crime na modalidade culposa
r ... MAS EU roi DIi(6ENTe....
'ST"AVA E'5<:AJRO ~ o 8ARotrlO o erro essencial invencvel exclui
PAREdA SEI>. o b() dolo e culpa. No responder por
AniMAL "BRAvio! crime doloso nem culposo. Provan-
do-se que qualquer pessoa, nas
ElE roi
bESffcNTO!
'PoDER!A TR
Sioo MAis
CAuTEloso !
<::tll- ,
v
Tratando-se de erro de tipo essencial vencvel, no responde por crime de homicdio
doloso, mas sim por crime de homicidio culposo. Se o erro resultou de desateno,
o erro era vencvel? Sim.
H previso de culpa no crime de
leses corporais? Sim. (vide art. 129
pargrafo 6 do CP).
l>
leviandade, negligncia do sujeito, deve responder pelo fato CUlposo, como dispe o
art. 20, "caput", 2' parte. .. e o meu filho no iria sofrer
leses corporais graves."
106
107
~ ESE O CRIME NO PREVER AMODALIDADE (,ULPO<Ai\ ~~~ ~~'4J'lM~
JIi L:.II I
0, AGDRA?
GVAl DES1FS
GuARDA' CHuVAS
O MEU? DESCRIMINANTES PUTATIVAS
Pargrafo 1 - isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias,
J - tf ,dr! supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. No h iseno de pena
;/d cjo' ri d quando o erro deriva de culpa e o fato punvel como crime culposo.
ti' -I, (/
d (/ tf .. por erro plenamente justificado pelas circunstncias ..."
ri d
""
'\tfdrf,; , I i
Art. 23 - No h crime quando o
I
agente pratica o fato:
tf ri d I) em estado de necessidade;
17
1 So uma das causas justifi-
11) em legitima defesa;
IH) em estrito cumprimento de dever
tl cl tl' cl cativas previstas em lei. legal ou no exerccio regular do
direito.
l> i/
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,
,,- :::: .....
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.P.777
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( . ')
SOCllRRO!
G;lJ6'\
SAlvE-~
Pu~\ O dwglo A
~~fOOJ!
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,,' MA5 ERA IM po.5S\ '!EL ~
'N~;~AS-'\
EU ;Ao EsTou ..
Se o erro de tipo for invencveJ exclui-se o dolo e a culpa e o agente no responde
i
I
E AlARME
fLSO'
"
No caso do exemplo, tratava-se de alarme falso e qualquer pessoa normal perceberia isso.
Logo, no haver iseno de pena e o fato ser punivel como crime culposo. Aplica-se o
pargrafo 1, segunda parte.
110 111
@mJJ@ o ~ D o ~W~O~ (ASO DE PROVOCAO CULPOSA
~
, _
PA~GBAI01!>b.(J'J\IlT.l0 .-'~~,c,-::
J _ ~ _ _r _ o:: i:~.j:-
- - - _ ~ ~ - _ -' ~_~_
3
./ \ I H"OM.-. AP!i QJe 10 cm
DE Al>OI'V'IciL NO
ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO DOuTOR. o PAci..'NT 00 QUARl 5 EsT
seNfi Nto M1Jlr~ bORE"'s ... RECEitt AL601Y1
f'AUENTE O"
Pargrafo 2 - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. P.M~blo PAF\A APU'O;\ti:.
Ms/E!
t>r0J\/ ~
:S
CAAABAM A ,UIANO PAlIA QUE ElE
~ MATE sl<:.'IH'Q E VOU
fOR ()uE" NAO 'P6NSe ~r9:0 AflfS?
OtlOl.iTOR. ~
MENTIR QUE
Em< R.ECi"1u 00.$
r.
DFScARRlj6AtA! EXC!ESSivA [)
MEDlcAMBlfo!
~
~
DAMAslO , o terceiro conscientemente induz o sujeito a incidir em erro. Neste
...ambos respondem
caso, o provocador responde pelo crime a titulo de dolo. por homlcidio culposo.
"'=-
~
Quem provocou, dolosa-
mente, o erro responde por
homicdio doloso. A posio do terceiro provocador a seguinte:
~ ~I~\~\ 'it
Responde pelo crime a titulo de dolo ou culpa, de acordo com O
elemento subjetivo do induzimento.
o provocado, em face do erro, A posio do provocado a seguinte:
a) tratando-se de erro invencivel, no responde pelo crime cometido,
no responde pelo crime,
salvo se agiu com culpa, caso quera titulo de dolo ou culpa;
~
b) tratando-se de provocao de erro vencvel, no responde pelo
em que incide em delito
DAMAslO crime a titulo de dolo, subsistindo a modalidade culposa, se prevista
culposo.
na lei incriminadora.
in
112
!
)
'I )
~ MAIO ('AiO
EIS f\o,5SA POR I'lILIi
11Jpj\S AS NO;1'ES fi
-
;.
E5Th
HoRA~ ~ARAM~ Sobre o fato no incide a agravante ge-
OCAFlA nrica prevista no art. 61, li, e, l' figura (ter
l) tIl'UII cometido o crime contra ascendente).
... ' 1
I"'A\ '
:Q
cus ~~~ MATEi A.
PssoA EAAA~ I,
~
115
114
~ QUAIS OS CASOS EXISTENTES DE ERRO A\.IY OUTROS CASOS DE ERRO ACIDENTAL:
......
1. Erro sobre o objeto "errar in objecto"
2. Erro sobre a pessoa "error in persona" - art. 20 pargrafo 3' CP na execuo "aberratio ictus" - art. 73
3. Erro na execuo "aberratio ictus" - art. 73 CP
4. Resultado diverso do pretendido "aberractio criminis" _art. 74 CP
ERRO NA EXECUO
73. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execuo, o agente, ao in-
vs de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como
CONCEiTO DE ERRO ACIDENTAL:
tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no pargrafo 3'
Erro de tipo acidental o que no versa sobre elementos ou circunstn_
art. 20 deste Cdigo. No caso de ser tambm atingida a pessoa que o agente pre-
cias do crime, incidindo sobre dados acidentais do delito ou sobre a con_
tendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Cdigo.
duta de sua execuo. No impede o sujeito de compreender o carter
ilcito de seu comportamento. Mesmo que no existisse, ainda assim a
conduta seria antijurdica. O sujeito age com conscincia do fato, enga-
O erro irrelevante, pois a tutela penal abrange a posse e a propriedade de qualquer coisa,
e no de objetos determinados. O agente responder pelo crime de furto.
116
117
" oumo CASO DE ERRO ACIDENTAI.:
~~"'Itado diverso do pr.etendido "aberratio criminis" -art. 74
Quando ocorre a aberrratio ictus? Erro na pontaria, desvio da trajetria do projtil por
algum haver
defogo, etc. esbarrado no brao do agente no instante do disparo, defeito da arma ,.
i
))
EXEMPLO DE ERRO SOBRE PESSOA:
A vtima sofreu leses
Cus: No mA ElE :
~u NkJ "N~E"RGUEi biRIl"iTO
ESlAVA 6'5Cul:lo... P'N5li
corporais...
Existe o crime de
leso corporal culpo-
~
QUE fC$6 ElE ... o sa? SIM! Logo, o a-
gente vai responder
por leso corporal a
titulo de culpa.
118
119
~I}O~~~[b/]Q . ;
11,; --,,~ ...
:-
svel, indesculpvel...
120
t 121
EXEMPLOS DE ERRO DE PROIBIO OU SOBRE A ILlc:.mJDE DO FATO:
SiM! 8J 1)EsLlGuCI os
APARELHos ... ElE ESTAVA . O agente supe ser lcito seu comportamento de
retirar do lar uma jovem de 20 anos, com o consenti-
SOFRENDO Muifo E A 'DOENA mento desta, mas revelia de seu responsvel, por
DElE t:RA iNOJRVeL . desconhecer a violao do ptrio poder...
~
<P
t>
. incide em erro de proibio, supondoo agente que a eutanasia permitida.
-'
:~~
'~e"'~)cemplo, tambm conhecido como erro de proibio direto, incide sobre a ilegalidade do com-
AAh~~ent~, :obre a n~rma penal ,<no sobre a lei). Mirabete cita ou~os. e.xemplos de erro de proib~
~p_:'f:exiblao de um filme de carater obsceno quando o agente supoe lICita a sua conduta por ter Sl-
uoo BEM ... ~,rib~rado pela censura.
EU 00 Nsellll O 5U
I'Elclo. l/EIJ HA evSQ-/O "Tambm erro sobre a ilicitude do fa-
NO Di A '20 '. to o que incide sobre a existncia do de-
ver de agir. O sujeito no sabe que
~
D5P~\ pondo estar o autor da subtra-
o em estado de necessidade,
visto seu desemprego e estado
de dificuldades econmicas.
...ele vendeu o relgio Supondo que a lei permite a venda para pagamento dos servios de reparo.
relojoeiro incidiu em erro de proibio.
O
122
123
;';
",
@~ @J! 00W1~ Q~~~~@1D ~~
p
~
bilidade.
"...quando lhe era possvel, nas circunstncias, ter ou atingir essa conscincia."
~~-..." M 'FAvoR-, l>tS/6UE o
'MAS COMO AVERiGUAR \ .. , .' Al'AREUlO " ME' 1iIA/E
, ~ 5f:;- O AGE't\JTE AGiu COM ~ e:ro ~e d~r:lto (ou Ignora,ncla ,de P()PJ;OE' soU ooDNE
ERRO iNEViTA'VEL CU . dIreito) rnevltavel ou escusavel e o 1f\f'I'N'AL..
ES()JSVEL? "/ erro no imputvel ao prpro agen-
... MoRI',EO ...
~
~~~~ te e que no deriva de sua falta de
DA.
MASla
J..V ateno ou cuidado. {;
V~,
~
(.:h f A bOEN0 DL' !
-' 'I\) cuflAVr IItAS NAO ':. RA NA
I "-'NP''\A _ "AD MO
EOI~, I VOCE N NA
"BRASil. NJ),A NENl HA I
ALEM AN , I
Entr""j"l~ p"blie~<Ia no Jom~1 <lo era.il OfA,
em 12.03.97 eom Mar<: e~umgarl ..n
125
124
H
"
WI.l'i
~ 'l;
I~~~l:t
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f~~~,,\
'ti/ ERRO DE TIPO :tJ:. ERRO DE PROIBIO ~~~[]~rn1a~
i~:',j~~i
i:
1,
li:;
~; ;
o MW flEI66io qUE
ESTAVA SVMipv s7J,VA
NA C/1SA D' MEV A/Ili60 ~
VAU:',: Uf!IJ~~~ UAU".!
~Wii60 Dt1E TER.
~......... cUAi(bM>fJ (i)
"1EJ) 'if:/~'6;o'
QUf "BOM I!'.
COAO IRRESISTvEl. EOBEDINCIA HIERRQUICA
Art. 22 - Se o fato cometido sob coao irresistvel ou em estrita
obedincia a ordem, no manifestamente ilegal, de superior
~ .
,>
'::," hierrquico, s punvel o autor da coao ou da ordem.
,~:;
'~!
~ Coao Fsica (vis absoiuta) Irresistivel =f= Coao Moral (vis compulsiva)
W" Irresistvel
fl,1~:~
~,
~~:(
!", ,
alheia. Maurach expe os conceitos de erro
de tipo e de proibio: "erro de tipo o
desconhecimento de circunstncias do fato
!!H
,I ~ pertencentes ao tipo legal, Com
Quando o sujeito pratica o fato sob coao fsica irresistvel no h a vontade integrante da conduta,
pelo que no h o prprio comportamento, primeiro elemento do fato tpico. No h crime pela
I'~'(' independncia de que os elementos sejam
i'~
dl~'.~
ausncia de conduta (art. 13 CP). No existe o fato tpico em relao ao coato.
'!,~"t
descritivos ou normativos, jurdicos ou
fticos. Erro de Proibio todo erro sobre a
";:jjH
Quando o sujeito pratica o fato tpico e antijurdico sob coao moral irresistvel no h culpabilidade
~ I ( VAMVS'.
EXEMPLO DE
til j !'lATA NtlE I.
~: J
COAO MORAL
~u 65Tou IRRESISTVEL
I~~ ; MAN!lANbD '.
,Ii,~i
11 !
'lH
",
Ji!',
~
.
li;
J ~
t
~~
l A coao moral deve ser irresistivel. Tratando-se de coao moral resistvel,
n
~,~
no h excluso da culpabilidade, incidindo uma circunstncia atenuante
(CP. art. 65. 111. c. 1"figura).
lU 126
127
o QUE ORDEM NO MANIFESTAMENlt ILEGAL?
P EXEMPLO DE COAO MORAL RESmmVEl:
~;;.---
5cL~) MIl1~
---
N~II.
~
1rF~~';l:~~f'l~"~:,~; eSTou S
_ o' nO "0"0" 1bRG;lJ 6lJ
RESISTiNbO
~
NAO
1
roem nG\U llldllllt::::>\<;llll A ORW'1
QVEffO! o
es~" HoMoM \ e; 16
~
eM ARMA E" ...
'-V'
~
I,~ ~ Ei!ff F\ES1~1iNDO AO
~ANDADO f'l<sAO '.
----
"De;
~I\~ V I
{
Podendo o agente resistir
coao (coao resistvel) e
no o fazendo, existir a
culpabilidade, respondendo
aquele pelo ato ilcito que
praticar. Surgir, porm, uma
circunstncia atenuante No caso da ordem no ser manifes-
genrica (art. 65, IH,c, tamente ilegal, embora a conduta
primeira parte) do subordinado constitua fato tpi-
co e antijurdico, no culpvel, em
face de incidir um relevante errO de
proibi co.
~ " ... ou em estrita obedincia a ordem de superior hierrquico... "
~
OF..l.AL DE [JusTiA, (,VMPRA
O MANDADO ~
Quando a ordem legal nenhum
crime comete o subordinado (e
t>
~
nem o superior), uma vez que se
encontra no estrito cumprimentode
dever legal.
A conduta do soldado
o comandante da no culpvel.
escolta responde
pelo crime.
"...OU EM ESTRITA OBEDINCIA A ORDEM, NQ p Requisitos para que o subordinado cumpra a ordem e se exclua a
culpabilidade:
MANIFESTAMENTE ILEGAL, DE SUPERIOR HIERARQUICO..."
Ordem manifestamente ilegal =f=. Ordem no manifestamente ilegal 1 seja emanada da autoridade competente;
2 ~ tenha o agente atribuies para a prtica do ato;
.p EXEMPLO DE ORDEM MANifESTAMENTE ilEGAl. 3 ~ no seja a ordem manifestamente ilegal .
fI1,1'
;~i~~;i::
~Ilil
I'
' . .". ilJl 1'10 ..
~;II~ I
f;f'~r!i: EXCLUSO DE ILICITUDE
~
EXCESSO PUNVEl.
Ili
Art. 23 - No h crime quando o agente pratica o fato: Pargrafo nico. O agente, em qualquer das hipteses deste artigo,
I) em estado de necessidade; responder pelo excesso doloso ou culposo.
lJ)em legtima defesa;
-r' <: 1/1) em estrito cumprimento de dever legal ou no exerccio regularde direito, J
illf 2t> OEXISTNCIA
(RIME FATO l1PICO E AN'rSJUmDICO. PARA A
DO ILciTO PENAL NECESSRIO QUE A
VOU ~rNo
~'-::-.:,
"fAqA sso!
VO U l.#f bA~
,----<..
'
'I
I EU AV (SEI '/---1
!~~~': UMA
!HJ:
Hf;$; CONDUTA TIPI(A Sa TAMBM AN1"'JURDICA n-oRA oA !
~!1q'? l
~@
i~;'" , -=:::::
1~ti'
Matar algum fato tpico, mas no
ser antijurdicb se o agente agiu em
I(
ilf~!t ' legtima defesa.
nn':'"
!1f~,:;:,: '
~F';p,
~~. ,j
Jj~r;:
.~.~~,: VOU e Mti7.4 f'? I,
,;l': !'IDRA ~U PfsoTEAR. vO~J C/',NALJIA!
2~~'; " """---""\ \ -: IJ 5!i AP/lOxl ME J Excedendo-se o agente na
i~F" 5rENAO vAi lEVAR conduta de preservar o bem
UMA P5bRADA\ juridlco, responder por
Iltl:
I~H1
ilcito penal se atuou dolosa
ou culposamente. O exces-
so pode ser doloso ou culpo-
A tipicidade o indcio da antijuridicidade,
que ser excluda se houver uma causa so (no intencional), Se agiu
que elimine a sua ilicitude. com dolo (caso do exemplo)
responder a ttulo de dolo
11 l-lil-!I! ElE /IIORRE1I!
MAS J7MBM, OQuE
pelo fato constitutivo do
excesso.
l/i
,li
EU POSS{l"fAZ<iR,
ElE QUERIA ME
roti~A ~
Quando o sujeito age em legitima defesa
no haver crime. A antijuridicidade a
contradio entre uma conduta e o orde-
; 1 namento jurdico. Se o sujeito agiu em
legtima defesa o fato ser tpico, mas
no ser antijuridico.
1:
l 130
131
,"1:1:'.,; ..
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.!lll' ' ',' 'P~CIA(FO1'>.1)0 ART. 24 ' ,
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fj'J'I'f~~:'
:j. "
tl~~~~:'~:"
HhL:
'!~"":"'" .
11li'
di1'" :
ESTADO DE NECESSIDADE
Art, 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o
fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua
Pargrafo 10 - No pode aiegar estado de necessidade quem tinha o
dever iegal de enfrentar o perigo.
J
fte*JJ,
iiiiLj" : vontade. nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio,
M;~h cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se.
~Hirr.
',," E'i) oli>, voi!NAO
11!,1t VEM cet-\i~o P6WI\R.
"
i~l,~"i: ' OS 1lAN~iD05?
~U!~:f ACJJRtA VA ROmPfR' vou ~MPOR
!j";' P.K-Io)AMi60! 00 vo~ ou
"~i' ,. EU!
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O
~ !~.~ii ... subtrao de alimentos para salvar )! ,,~ O QUE SIGNIFICA DEVER LEGA!.?
fi""
~ .~:'~ algum de morte por inanio.
~N~:i
ijll,;; Dever legal aquele previsto em uma norma jurdica (lei, decreto, reguiamento. etc.), o que
ijH.~.~ ;' ivE QUe sueTRAiA ESSE CARRO PAPA AAN5- inclui a obrigao funcionai do policial, do soldado, do bombeiro, do mdico sanitarista, do
'IU~:I:' PO~TAA o OO'ENfE EM PERlco Ui vlCi\\
r:;~:h ' capito de navio, etc,
~
~!~j
,r" ".
'~(
11)*:
\\ ~II Discute-se na doutrina se o dispositivo vedaria a excludente queles que tm o dever juridico
no previsto em lei de enfrentar o perigo, tal como se afirma na exposio de motivos do CP
l,li1
de 1940, ao se referir a "um especial dever jurdico". A opinio predominante, porm, a de
li!! que podem ser beneficiados aqueles que no tm o dever legal, mas o dever jurdico no
.,iii ...Se no h outro meio de transporte Ou
Ili'
,'li
",J.,l.
comunicao. previsto em lei de enfrentar o perigo. A lei nova, porm, ao conceituar o dever de agir na
omisso tpica, cuida expressamente das espcies de dever jurdico, incluindo aqueles que,
de outra forma, assumiram a responsabilidade de impedir o resultado e os que, com o seu
'oi;
~j;I; comportamento criaram o risco da ocorrncia do resultado. Nesses termos, pl a lei, o dever de
agir passou a ser legal, previsto no art. 13 pargrafo 2 do CP. Assim, em uma interpretao
'ir: sistemtica, se o sujeito pratica um fato tpico em uma dessas condies, quando podia agir, a
1!li
~f conduta antijurdica. Nessa hiptese, h crime e somente poder ser excluda a
1'li!!
l~r!:, culpabilidade pela inexigibilidade de conduta diversa.
J1H '
~~a7s
r
1~11 ~
!ll"
:1rl,I,: ...dois nufragos nadam em direo a uma
1
tbua de salvao. Para salvar-se A mata B. Caso de antropofagia entre perdidos na
I' selva.
I'
I':,
132
133
...... ~~
,i
~~~ ~
~1f:.~~,.i
,. ........
Pargrafo 2 - Embora seja razovel exigir-se o sacrifcio
do direito ameaado, UGTIMA DEFESA
a pena poder ser reduzida de um a dois teros Art. 25 _ Entende-se em legitima defesa quem, usando moderadamente
dos meios necessrios, repele injusta agresso, atual ou iminente,
w!'
!lI, ~ a direito seu ou de outrem.
!H~!,r:
Nos termos do pargrafo 2, do art. 24 do CP "embora seja razovel exigirMse o sacrifcio do
1'1""
~i;t:::
. direito ameaado, a pena poder ser reduzida de um a dois teros". Significa que, embora
jil''
~M,t;
h~,";':
reconhea que o agente estava obrigado a uma conduta diferente, pelo que no h estado de
necessidade e deve responder pejo crime, o juiz pode diminuir a pena. (...) A reduo
obrigatria, no se tratando de simples faculdade judicial. Assim, ojuiz"podera", diante do juzo
de apreciao, diminui-Ia, se presentes os requisitos; ou deixar de faz-lo, se ausentes.
~~-~
4
JlllL
,jl,$'
~';:'
3
ij.i:
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": r ~ (u sou o suPER- BOMBEiRo', o HE'\ti',
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AQUElE QuE r;;NF~Nll11D05 OS prR}6OS POR
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i;~! i;
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~AMOI1.-A 'P110ri0:'o .. S
>~ ... '
1.;i~'~ POi'- AMOr!. 'A PRo"F,'5lAO'"
!~~~ ;; S
-I'" '
li~i
j!Hi ----G.
!{!~
1i1,: No ha legitima defesa contra agresso
"1~~~ futura, remota, que pode ser evitada por
outro meio. O temor, embora fundado,
1ui,"~~ no suficiente para legitimar a conduta
jH do agente. ainda que verossimiL No
~H
p.~
admissvel a excludente sequer contra
uma ameaa desacompanhada de
11' perigo concreto, pois no se concebe
I~~ leg itima defesa sem a certeza do per',go,
,J~
l!i~,
e esta s existe em face de uma
I"
nO
fr1 \~
agresso imediata, isto , quando o
:ti perigo se apresenta "ictu oculi" como
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li L U4~"O realidade objetiva.
liS 134
135
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I
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ly'"Ir"
ll! ' Quem aceita desafio
para luta corporal no
NO (MO DE ERRO NA EX!t(UO (ABERRATIO
IOUS), SUBSlm A LEGITIMA DEFESA?
I),
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.-'!'. pode aiegar iegtima
Il!H
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defesa,
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ii!i' VOU SAIR DE CAR'AMBA( , ~~~_~-MiN~
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,,i!' Em caso de grupos que se digladiam para matar ou morrer, seus integrantes no
'l; podem alegar legitima defesa,
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Eu n ~P'APO '" PIRA
~
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CCJIl i 5SO '.
\ l( Repelindo a agresso injusta, o agente pode lesar o bem de terceiro inocente. como
~~ se o agredido tivesse atingido o agressor, aplicando-se o art. 73 do Cdigo Penal.
Subsiste a legitima defesa. ~ t-
H duas posies quanto ao brio: H posio no sentido de haver estado de necessidade.
1) O brio pode se defender (Damsio adota esta posio).
2) O brio no pode se defender.
136
137
":":0""""'-'_'_";"=0=,,__
CAUSAS DE EXCWSO pCUI.PABILIDADE
~ (OMO DIFERENCIAR AS CAUSAS DE ~X(WSO
DAANTUURIDICIDADE DAS CAUSAS DE EXCLUSO 1. Errode proibio (art. 21)
DA Cl,H.PABIUDADE? 2. Coao moral irresistivel (art. 22, l ' parte)
3. Obedincia Hierrquica (art. 22, 2' parte)
4. Inimputabilidade por doena mental ou
CAUSAS DE EXCLUSO DAAN'fIJUIUDiCIDADE: desenvolvimento mental incompleto ou
CULPABILIDADE CAUSAS DE
EXCLUSO retardado (art. 26," caput").
o "'FATo (PRESSUPOSTO 5. inimputabilidade por menoridade penai (art.
T, - -ruDO 6E""" _ '
A T6 uA S D ti Tpic.o ,MAS NAO E DA PENA) 27)
PARA 01'<\ 6. Inimputabilidade por embriaguez completa,
OJE POSSo MljUFlDic.o'. proveniente de caso fortuito ou fora maior
'F~<.I' ~
(C.P.. art. 28, pargrafo 1).
~~
literria, artstica ou cientfica e o conceito desfavorvel emitido por funcionrio pblico, em
apreciao ou informao que preste no cumprimento de dever de ofcio (art. 142) etc.
t?~
139
138
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o QUE IMPUTAR?
t
Ii ~(voe'k" uM
! i fi\PolAV5"L "
1
r(
\A~A\lt>
Imputar atribuir a algum a responsabilidade de alguma coisa.
Imputabilidade penal o conjunto de condies pessoais que do ao
agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prtica de
umfatopunive\.
I
~
'RABE:IE: i j H imputabilidade quando o sujeito capaz de compreender a ilicitude
de sua conduta e de agir de acordo com esse entendimento. S
reprovvel a conduta se o sujeito tem certo grau de capacidade psquica
I, que lhe permita compreender a antijuridicidade do fato e tambm a de
adequar essa conduta sua conscincia. Quem no tem essa
capacidade de entendimento e de determinao inimputvel,
I eliminando-se a culpabilidade.
143
......
~&~ .~ DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
j
INIMPUTVEIS
Art. 26. E isento de pena o agente que, por doena mental
Ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao
- EU SOU MBJoR DE
iS ANOS ...
SOu ON!SILvOOJA'iNAbAPTA'60:!
r---c,. f06.~ MA1}lP'1 P.OOeARj
~ 6sTOPRAR.
~f;>
1H.J.,'iNUOJ No ffQU6 senvolvimento mental incompleto, ainda, os silvcolas no adaptados
rSOIAt::O! lJE/JAA PARA civilizao. Entretanto, a condio de silvcola, por si s, no exclui a
A"'IA lNU1'ZA'" imputabilidade, mormente se o agente indio integrado e adaptado ao
COM A5 vjsiTAS~ meio civilizado.
I I
\1; ,
~ MSA) MUl.#f:R-1.
~
AM ~~senvoIVimento mental retardado o estado mental dos oligo-
ASIQ fremcos (Idiotas, ImbecIs e debels mentais) e dos surdos-mudos
(conforme as circunstncias l.
~ $
Outra forma de psicose funcional a
parania que afeta o pensamento e sobre- So tambm doenas mentais a epilepsia, a
tudo as relaes com o mundo exterior, s demncia senil, a psicose alcolica
vezes associadas sndrome paranide. (embriaguez patolgica ou alcoolismo crnico
que provoca acessos furiosos, atos de violncia,
ataques convulsivos, etc. )..
144
145
ti? o QUE A "CTIO LIBERA IN CAUSA"?
YOO aE"IlERotlA5 HojE '.
VOU M~AR O CA~ f
PA6"c.iso D CORAt.SM I
J~PASSARi A NoiE ClJEiFWJbo
r .. c =NA ... AMANil CbO ASSA(-
PJ
o AQUElA VL~A: MENORES DE 118 ANOS
.. ' OU ... ir Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos so penalmente
~L inimputveis, ficando sujeitos s normas estabelecidas
na legislao especial.
:lsW'~
/ou
NAO Esoo cnNSE60fN[)Q t:o.qMfR . VOUTDMAR.
QUATRO COMPAif,1too.s PARA PE6A~ NO
SONO, ..
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ESPf(Jo NfJ<1 PARlicE Tl<. D25S5ETE
~A!J05!,~
... E ... :;.
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~Jt
o caso clssico da "actio libera in causa" (ao livre quando da
conduta) o da embriaguez preordenada, em que o individuo
bebe Com a inteno de cometer determinado delito. O mesmo Adotou-se no dispositivo um critrio puramente biolgico ( idade
acontece se, em vez de bebida alcolica, intoxica-se com Um do autor do fato) no se levando em conta o desenvolvimento
estimulante, alucingeno etc.(... ) O principio, porm, foi mental do menor, que no est sujeito sano penal ainda que
estendido s situaes criadas culposamente pelo agente, plenamente capaz de entender o carter ilicito do fato e de
Como nos seguintes exemplos: o do guarda-chaves que Se determinar-se de acordo com esse entendimento.
embriaga culposamente e deixa de baixar a cancela causando
o desastre; o da me que, sabendo que tem sono agitado,
intoxica-se com substncias entorpecentes, deixa o filho
recm-nascido em Sua cama e ocasiona a Sua morte por
sufocao.
i.
146
147
I 1.-.
l~
tv EM QUE MOMENTO O MENOR
SER CONSIDERADO IMPUTVEl?
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I
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EMOO E PAIXO
Art. 28 - No excluem a imputabilidade penal:
i~j ME I G(lAL A HoRA eXATA quE eu NASci ? I
!
i) a emoo ou a paixo;
~
H; EMBRIAGUEZ
[,,;,;
,o,,' SABE QJ5 e:u NAo .'1 11) a embriaguez, voluntria ou culposa, pelo icooi ou
~:r EJJ/kJ ceRTEZA SE1'il AS 4,,005 ." r-
f';,'
U: NO blA r
EU Sl<' ou "fOI) MAS
I substncia de efeitos anlogos,
H; , A HORA xAT~ ...
"'- Nt..O sei
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I~~ "'><ATA'"
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*'-1-"'E'
considerado imputvel aquele que
comete o fato tpico aos primeiros
J....z? momentos do dia em que completa 18
I - A EMOO OU A PAIXO
~~t::,,'
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!~ ~: ,'"
iMP1'AV6L ~ crime no dia em que atinge a
maioridade penal.
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J: ;::
11 _ A EMBRIAGUEZ, VOU.,!NTRlA. CULPOSA E FQJmJITA PElO l.(OOl
i~:f:... OU SUBSTANCIAS DE EFEITOS ANAl.OGOS.
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tv E QUANTO AOS AGENTU
MENORES DE 11 IE ~
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MAIORES DE 18 ANOS? t7
lib
iF '
!Ir' Prev a lei alguns beneficios penais e processuais para os rus que tm
III menos de 21 anos na poca do fato ou do processo (denominados rus
menores ). circunstncia atenuante genrica ter o agente menos de 21
:
,n'a',m anos na data do fato (art. 65, i), e os prazos da prescrio, nessa hiptese,
so reduzidos de metade (art. 115). Prev a lei processual ainda que, se o
li!!,!.! acusado for menor de 21 anos, se proceder ao interrogatrio na presena
de curador (art. 194 do CPP)
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* E'M13'liAGOOZ 1'bA -ro",?, MlJoR
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_ il, li 1L1.R
149
I
~~cm~[[F& ~~I])&~
Par.grafo l' - E isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso Pargrafo 2' _A pena pode ser reduzida de um a dois teros,
fortuito ou fora maior, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de se o agente, por embriaguez, proveniente de casa
entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. fortuito ou fora maior, no possuia, ao tempo da ao ou
da omisso, a plena capac'ldade de entender o carter ilc'lto do fato ou de
detenminar-se de acordo com esse entendimento.
- -
C'lL(! \, 8J /VAO SABIA
QlJ6ricAfliA EM'M iMAOO ..
l.< (EU 5T'ou TAv ~l'ADo
-.. 1U flflt EAAI\'-ll>Q A ,
Cl ___~---., 'F CAPA , 'P'fAA1
MAl> E'M13A')/O
E~ AMI 1
Q.LMA' '{O 6 ~AO
Y,
~ ~~-
~
A embriaguez proveniente de caso fortuito quando o sujeito desconhece o efeito
inebriante da substncia que ingere, ou quando, desconhecendo uma particular condio ,
fisiolgica, ingere substncia que possui lcool (ou substncia anloga ), ficando ~I vv ~S/O
embriagado.
13e1?A~
~A! 13t13 -+ FORA MAIOR
150 151
~~~
/
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Pargrafo 1'; Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser
diminuda de um sexto a um tero.
Pargrafo 2: Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave,
ser-Ihe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na
hiptese de ter sido previsivel o resultado mais grave.
~
9
Marco rompe a porta da Caio penetra na residncia e subtrai ... e Guto fica de
residncia ... bens... atalaia
~
fala-se em co-delinqncia, concurso de pessoas, co-autoria, partici-
pao, co-participao ou concurso de delinqentes (concursus deli-
quentium). O CP emprega a expresso "concurso de pessoas".
I I
155
(RIMES DE (ON(U~$O NE(E~IUO;i (~IM!E ~ QUAIS SO AS FORMAS DO CONCURSO DE PESSOAS?
1b DE (ON(U~O EVENTUAL
J 1 - (o-AUTORIA ri:
'll- PARTICIPAO
D-se a co-autoria quando
vrias pessoas realizam as
caractersticas do tipo. Se
Marco e Guto ofendem a inte-
gridade fsica de Caio, ambos
praticam o ncleo do tipo do
crime de leso corporal. (art.
129, "caput"), que o verbo
"ofender".
~
(quem mata, subtrai); participe o agente que acede sua conduta
realizao do crime, praticando atos diversos dos do autor. Assim, se
A instiga B a matarC, o primeiro partcipe e o segundo, autor.
156 157
nll:
~
lI'"
O
i ~ TEORIAS A RESPEITO DA (O-DELINQNCIA:
,11 1 TEORIA DUALISTA: H delito nico entre os autores e outro crime nico entre os participes.
o art. 29 emprega o termo crime no singular, demonstrando que todos os
~w
'li 2 - TEORIA PLURALS~: A cada um dos participantes corresponde uma conduta prpria, um
concorrentes respondem por fato tpico nico. A teoria unitria ou nionstica
~lr. elemento psicolgico prprio, um resultado prprio, devendo-se concluir que cada um responde por
equipara os participantes, sendo o evento nico e indivisvel, e ocorrendo
nivelao das causas antecedentes, o fato encarado como um s. H um
ifllI j delito prprio.
s crime.
l 3 TEORIA UNITRIA OU MONISTA: predominante entre os penalistas da escola clssica, Tem
:tp, como fundamento a unidade de crime. Todos os que contribuem para a integrao do delito cometem
o mesmo crime. H unidade de crime e pluralidade de agentes,
!ll,,!
I,:
iH
:,:,7
.
~ Q~AL DESSAS TEORIAS ADOTADA PELO NOSSO
iiH CO DIGO PENAL?
'I!i"lj!'i' ART 29: "Quem, de qualquer modo, concorre para o crime, INCIDE NAS PENAS A ESTE
:-II;:~ COMINADAS",
uI:;
Im:;
m', MONf~
~,:;
,nh O NOSSO C.P. ADOTOU ATEORIA ~~[:gJ D~lJ.~
!r:p
i~t~
iin
MO \ ONIS1:'" f
~O! *~ ~.
VAi', !'ATE NelE!
'ii!'f
ii~
'"i; PUXA o 1
11;;, Tanto num como noutro exemplo, ambos respondem por'leso corpora1. Seja
'I'! CA13E"/O! como co-autor ou como partcipe, Guto e Marco respondero pelomesmo crime.
P
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li;~ 158 1S9
~ EXCEES TEORIA MONISTA: 1t> O QUE SE ENTENE)E PORAUTORIAMEDIATA?
~~I'illJie
resultar de ausncia de
capacidade penal: caso do
inimputvel por menoridade
penal que induzido a
E7 . ~ $- cometer um fato descrito em
AUTOR INIMPUTVEL lei como crime.
o funcionrio que o particular res'- MEDIATO
recebe a vantagem ponde por cor-
responde por cor- rupo passiva.
~
1NA liSTA MMA
rupo ativa (art. (art. 333).
f: MtJi; AQutiE
317).
,_ ~ ."~I HO!>IM:
'-ToMA AQUI UMA GRANA PARA
VOC 1f:sTeMONHMEN1 ~ . ;mo
(iR<...R6.'' ~'~0'O ==
::2 ,...
~ A autona mediata tambm
Jrc
~~ l
.MEU "FAvOR I. vi/pode resultar de
InlmputabiJidade por
doena mental: caso do
louc?a quem se determina \-.~~~=~LLLlL
a pratIca de um crime.
ElA E5f FE/JSANW QO; EST COM-
Pl<WJWAq!.Rl M.tlS"f;..qcll' l/~N
<7
!l~.A!ro AAstiJico.
Responde por falso Pode ocorrer erro de tipo Outro caso: coao
Responde por corrup- testemunho (art. escusavel determinado por moral irresistvel - em
o de testemunha (art. 342). terceiro: em que o executor que o executor pratica
pratica o fato induzido a erro fato com a vontade
343). essencial, excludente da
submissa do coator.
tipicidade. Ex.: O dono do
armazm, com inteno de Tambm pode resultar a
matar determinadas autoria mediata de
Em alguns casos, como os do exemplo, o Cdigo Penal adotou a teoria plurarstica, em que a pessoas, induza a erro a obedincia hierrquica.
conduta do partcipe constitui outro crime. H, ento, um crime do autor e outro do partcipe, empregada domstica,
sendo que ambos so descritos pelas normas como delitos autnomos. vendendo-Ihe arsnico ao
invs de acar.
160 161
~ QUANDO SER possVEL o CONCURSO DE PESSOAS
NOS CRIMES POR OMISSO?
possvEl. A PARTICIPAO POR OMISSO
--
EM CRIME COMISSIVO?
N6Tif(CNjo
ali??? MAS- "
1 com pois<! RiA'.
EU EsTou
COM )~_ .. ~._ .. :s. -'--1A.. .
IJO vou "FAP,McJ.AS ~~
AIj)S ': IJcmFiCA~ A
~ NAO vou
OOENAI. "RANCAR ti POATA
"{{AA AQUelE /11 OR~
E"N"AAR' r _
~i;/
Quanto aos crimes omissivos prprios, no se pode falar em
co-autoria. Caso duas pessoas deixem de prestar socorro a
uma pessoa ferida, podendo cada uma delas faz-lo sem risco
pessoal, ambas cometero o crime de omisso de socorro,
isoladamente, no se concretizando hiptese de concurso de
agentes.
Se um empregado que deve fechar a porta do estabelecimento comercial no o faz, para que
terceiro possa mais tarde praticar uma subtrao, h participao criminosa no furt.o em
decorrncia do no-cumprimento do dever jurdico de impedir a subtrao. No se pode falar em
participao poromisso, todavia, quando no concorra o deverjurdico de impedi" 'J crime.
162 163
:I, ~[p~@~~~
__
I
~i w A respeito da participao de somenos por parte de um dos agentes, devem ser
~m~
iJ4tj"'4&~gU'" ai
feitas quatro observaes:
r~ a) Em primeiro lugar, aplica-se somente ao participe, pois incompatvel com a po-
'ti:
f~ "...Se a participao farde menor importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero." sio do autor. Quem realiza o tipo obviamente no pode agir com pequena par-
, l~;.,.
,~ . cela para o crime.
rp:(j
roll"
~H) NO I PARTI(IMO b) Em segundo lugar, por "menor importncia", somenos, deve ser entendida a
~i~ii::i
DE MENOR IMPORTN(iA de leve eficincia casuaL(... )
~,,,
~I r - - - - - - - - - , c) Em terceiro, incompatvel com as agravantes contidas no art. 62, todas elas
referentes ao concurso de pessoas. Isto porque ningum pode ter uma participa-
'"'
:1'[':' "... No deve ser reconhecida a
o de somenos e ao mesmo tempo promover, coagir, etc.
~jl~!
causa de diminuio de pena
quando o agente participou da d) Por derradeiro, a reduo da reprimenda facultativa e no obrigatria. O ver-
, idealizao do crime, forneceu bo, da forma usada - "pode ser" - indica uma facuidade judicial a ser usada com
I~
instrumento indispensvel pr- prudncia e no arbtrio..
tica do ilicito, etc.
~b.
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"!:r
:t~ L ,- - - - - ( \ '.1'RAeEorE
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~"~
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141
!1~ H duas posies quanto
I;~
if~
ao olheiro de crime. Idem
I;~
para transporte dos auto-
res do crime.
~;s
l~:?
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I!"
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!II
I
~
i~i:~
l',".i
H Fique calmo!
Estamos chegando
ao local do crime"
1:J
,:, amigo!
I~
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,,~
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,:,1
,';>
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j:;i
:1
"
!~i
1 164 165
~~~,% @~~ D1J:!Xs@~Iill?!J~~
-- __ : _' _~ _R~M~~~F[)!l~:j)O:~R'l~:~;9 ,- ~ _-:
CIRCUNSTNCIAS INCOMUNICVEIS
Art, 30 - No se comunicam as circunstncias e as condies
de carter pessoal, salvo quando elementares do crime_
I
$1 ,-------
Responde pela qualificadora
A regra da disposio tem aplicao a todos
os casos em que algum dos participantes
,. " rio:: ro::>::>.li7ordelito de menor gravidade.
I
~~t/
No caso de excesso qualitativo o partici-
pante que desejou o crime menos grave profisso, ou emprego _
ELEMENTARES: So os elementos tpicos do crime, dados que integram a definio
responder apenas por ele, j que falta a
~~
relao de causalidade, uma vez que o da infrao penaL
ato praticado no se situa na linha de des-
dobramento causal da ao desejada pe-
lo outro agente, como tambm lhe falta o
!;s fR"esponde I elemento subjetivo que se dirija ao outro
crime ...
No responder pejo furto qualificado
pelo repouso noturno.
166 167
~ A eIReUNSTN'IA OBJETIVA NO,PODE SER_ "AS IH.EMiENTAIUiS, $!UAM DE CARTER OBJETIVO
~ (ONSiDERADANO fATO DO PARTICIPE SE NAO OU PESSOAL, "::OMUNICAM-SE ENTRE OSFAYOS
ENTROU NA ESFERA DE SEU CONHECIMENTO COMIETU:l>OS PELOS PARTI<CIPANTES DESPE QUE
TENHAM INGRESSADO NA ESfERA
DIE SEU CONHECIMENTO"
(RASE l>E I>AMS'O)
?-
)'
D.AM1AOj AGORA vot!" uM 5DU. 7"I!Ho ~
r\.It.JrJCN~ o~ FAX, r.oMPu1J\DoRE",
bi' .-r: 1
;t'lfoNS t!lulJU2ESI
~{sffIIQ' v "\1'M -A "INNA_
~ '""'-- PlSPiqlO:
~ AMSJO
~
~
A induz B a praticar Um crime
de leso corporal contra C,
I ! ~
sem determinar a forma de execuo. 8, de emboscada, lesiona a integridade I
fsica da vtima. Ao fato do partcipe A no incide a circunstncia agravante
(objetiva) prevista no art. 61 ,11, C 2afrgura do CP.
Ao partcipe Marco no incide a causa de aumento de pena prevista no art. 146, pargrafo
primeiro, 2 a frgura doC.P.
168 169
- )
AjubE A
'-'=y~~~E6All.
. ESSE
c.o!'(l~UTAbOR'.
~ WJ UN\~~~~~~
. ART. 31
CASOS DE IMPUNIBILIDADE
Art. 31 - O ajuste, a determinao ou instigao e o auxiiio, salvo
disposio expressa em contrrio, no so punveis, se
o crime no chega, peio menos, a ser tentado.
( I
Is7AMOS NOS COMONICANb O
BEM? ~ ~ CGuTo'? eu vou IJ.IE ro!JTAR UM 'llEM,. QIltA 1>iZR ..
mRrA.~ SG:3REtO: 'EU SOU p(6Tolei'RO vou ffiN'SAR. lrit6!Jot.O,R.
;uco PRo'FS:5iONAl t Po.=60 rMTA- Nf5Sl5 A5SvNT E'
SAl3iA QOE ele; ERA !'lO"" lO P~RA vo($ ... JbF'Cl'-s A
fUN<.A.ONRio pelJ:(,O 1 v;/o 5:J:>i2R GEWre S
NOA.70. QuANbO .. "fAiA...
K
:j;
No h fato punvel onde no haja, pelo
~
menos, comeo de execuo.
i~
~~
OeterminandO a lei que no se comunicam as circunstncias de carter
ri pessoal, a ~contrrio sensu" determina que so comunicveis as de carter
r,"'
Ij! M1R.A,.f3E:i objetivo(...) Aquele que auxilia o funcionrio na subtrao do bem mvel da
E:
.~
Administrao, ou que esteja na posse desta, responder apenas porfurto
comum e no por peculato-furto se desconhecer a qualidade do co-autor.
,~
'I"',
.
Nessa hiptese, alis, aplica-se o art. 29 2, porque o "Extraneus" queria
r.i: participar de crime menos grave.
I;~
~t1
provocao para que surja em outrem a vontade de praticar o crime.
~~ 1\11 Instigao a estimulao de idia criminosa j existente. Auxlio a
~
~~ RASETE ajuda material, prestada na preparao ou execuo do crime. O
planejamento de duas ou mais pessoas para a prtica do crime (exceto
o caso do crime de quadrilha ou bando), o mandato, ou conselho, a
:1,
!,~ ajuda, o induzimento, etc. no incidem na esfera penal enquanto no
li!! se puder caracterizara tentativa.
~l
I 17n 171