Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
Dificuldades de Aprendizagem
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
MATRICULA: 110052315
Gois 2015
EUZILA PEREIRA DOS SANTOS
Gois 2015
Ficha Catalogrfica:
FE/UNB-UAB
EUZILA PEREIRA DOS SANTOS
_______________________________________________________________
Professor Msc. Gilberto Vieira Rios
Faculdade de Educao (UAB/UnB)
1.1 Apresentao-------------------------------------------------------------------------------10
PARTE II MONOGRAFIA------------------------------------------------------------------19
Introduo---------------------------------------------------------------------------------------19
CAPTULO 2: METODOLOGIA------------------------------------------------------------34
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS------------------------------------------------------64
1.1 Apresentao
PARTE II MONOGRAFIA
Geral:
Investigar como os professores percebem as dificuldades de
aprendizagem, nas sries iniciais do ensino fundamental.
Especficos:
Verificar- se como a educao inclusiva est descrita no Projeto Poltico
Pedaggico da escola.
Identificar como os professores percebem e expressam as dificuldades
de aprendizagem de seus alunos.
Verificar se existe Atendimento Educacional Especializado na escola
investigada, e descrever como ele ocorre.
E ainda,
Dislexia uma dificuldade de aprendizagem de origem
neurolgica. caracterizada pela dificuldade com a fluncia
correta na leitura e por dificuldade na habilidade de
decodificao e soletrao. Essas dificuldades resultam
tipicamente do dficit no componente fonolgico da linguagem
que inesperado em relao a outras habilidades cognitivas
consideradas na faixa etria. (BRADY et al., 2003, p.1)
Disortografia
Discalculia
a dificuldade que algumas pessoas apresentam ao realizar clculos,
no conseguem lidar com numerais e quantidades de maneira a encontrar os
resultados esperados, prejudicando assim as atividades da vida diria que
envolvem essas habilidades e conceitos. De acordo com o (Manual de
diagnstico e Estatstica de Doenas Mentais), em indivduos com transtornos
da Matemtica, a capacidade para a realizao de operaes aritmticas,
clculo e raciocnio matemtico encontra-se substancialmente inferior mdia
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Diante esse aspecto fica claro que o sistema educacional deve adaptar-
se de modo a atender s necessidades de seus alunos (escolas inclusivas),
mais do que os alunos adaptando-se ao sistema educacional (escolas
integradas).
Sendo assim a incluso dos alunos com necessidades educacionais
especiais uma questo a ser tratada com cuidado, pois constitui preparao
prvia de profissionais a fim de qualific-los para trabalhar com competncia e
conhecimento nessa rea do ensino que requer ateno. Sabe-se que o aluno
com alguma deficincia seja fsica, auditiva, visual, mental dentre outras, no
possui o mesmo grau de aprendizagem dos ditos normais, dos que no
apresentam necessidades educacionais especiais, so necessrios utilizar de
materiais e metodologias diversificadas para se atingir o objetivo que se espera
alcanar com esses alunos, e a formao dos profissionais que atuam na
educao, a concretizao das leis e a garantia de recursos (materiais, fsicos
e acessibilidade) importante para superar as desigualdades educacionais
existentes.
No entanto, necessrio que o educador respeite as limitaes
especficas no apenas das crianas com TDAH, mas tambm de todos os
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alunos que necessitam de ajuda mais elaborada para que tenham uma
aprendizagem significativa.
Os autores apresentados neste Referencial Terico apontam aspectos
importantes que devem ser observados pelos professores e pela escola, em
relao aos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. Nesse
sentido, essa pesquisa pretende investigar como os professores percebem as
dificuldades de aprendizagem dos alunos das sries iniciais do ensino
fundamental. A realidade alvo dessa pesquisa a escola JL que se localiza na
Vila Boa esperana, Praa Maria Galvo Bueno, s/n, localizada na cidade de
Itabera Gois. Os aspectos mais detalhados do (s) espao (s) da pesquisa
ser descrito no captulo abaixo.
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CAPTULO 2 - METODOLOGIA
2. Descrio da escola
2. 1 A escola
A pesquisa foi realizada numa escola pblica municipal inaugurada em
1990. Trata-se de uma escola perifrica, onde primeiramente fiz a leitura de
seu Projeto Poltico Pedaggico a fim de conhecer melhor sua proposta de
trabalho e seu funcionamento.
Situada na Vila Boa esperana, Praa Maria Galvo Bueno, s/n,
localizada na cidade de Itabera Gois com a perspectiva de atender a
populao dos bairros mais prximos e tambm da zona rural. tambm
inclusiva.
Atualmente a escola atende uma clientela composta por 365 alunos
matriculados nos turno matutino e vespertino. Sendo crianas a partir de 5 a 12
anos de idade, distribudos desde a Educao Infantil, 1, 2, 3, 4 e 5 sries.
Seu objetivo atender a clientela de diferentes nveis socioculturais e
econmicos. Com o intuito de aperfeioar a qualidade do ensino e a presente
preocupao de formar cidados crticos e atuantes na vida, surge ento a
necessidade de elaborao de projetos que melhor atenda a demanda da
escola.
Percebe-se que o aspecto fsico da escola encontra-se em bom estado
de conservao. Possui um laboratrio de informtica, seis salas de aulas com
mesas, carteiras e armrios, quadro a giz e dois bebedouros. Conta com
apenas uma sala para coordenao e professores, uma secretaria, uma
cozinha, uma biblioteca, uma rea coberta onde os alunos so acolhidos e
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2. 4 Os Participantes da Pesquisa
Os sujeitos do referido estudo so cinco professores de 1 ao 5 ano e a
coordenadora pedaggica da instituio, minha opo por professores dessas
sries se deu pelo fato de ser o perodo de alfabetizao das crianas e
neste momento que as dificuldades de aprendizagem se manifestam com
maior frequncia no processo de ensino aprendizagem.
Os professores escolhidos para minha pesquisa so todos do sexo
feminino com idade de 28 a 48 anos de idade. Quatro delas possui curso
superior em Pedagogia e ps-graduao em Psicopedagogia e uma est
cursando tambm Pedagogia. Assim, busco aprofundar meu conhecimento
sobre o tema em anlise da coleta de dados obtidos atravs das questes
investigadas. Optei investigar tambm a coordenadora porque ela quem ajuda
as professoras na elaborao das propostas pedaggicas para serem
trabalhadas com as crianas e est ciente das dificuldades apresentadas pelos
alunos
Os caminhos descritos foram necessrios para lanar luz na
problemtica levantada por essa pesquisa que procurar responder: Quais so
as principais dificuldades de aprendizagem percebidas pelos professores, nas
sries iniciais do ensino fundamental?
Captulo 3
APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS
cultura ocidental, defendendo que nenhuma criana deve ser separada das
outras por apresentar alguma espcie de transtorno no desenvolvimento.
Segundo o Projeto Poltico Pedaggico da escola JL a Educao
Especial concebida como uma das modalidades de Educao nacional que
perpassa o sistema educacional em todos os nveis, etapas e modalidades de
ensino. oferecida como um conjunto de atividades e recursos pedaggicos e
de acessibilidade organizados institucionalmente, prestado de forma
complementar ou suplementar formao dos alunos. Sua oferta assegurada
sempre que se evidencie a necessidade de AEE mediante avaliao e
interao com a famlia e a cooperao dos servios de sade juntamente com
a equipe pedaggica da escola.
E ainda o PPP considera que pblico alvo da Educao Especial:
I. Alunos que tm impedimentos em longo prazo de natureza fsica,
intelectual, mental e sensorial.
II. Alunos com transtornos globais de desenvolvimento: aqueles que
apresentam um quadro de alteraes no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relaes sociais, na
comunicao ou estereotipias motoras.
III. Alunos com altas habilidades/superdotao: aqueles que apresentam
um potencial elevado e grande envolvimento com reas do
conhecimento humano, isolado ou combinadas intelectual,
liderana, psicomotora artes e criatividade.
Diante esse aspecto fica claro que o sistema educacional deve adaptar-
se de modo a atender s necessidades de seus alunos (escolas inclusivas),
mais do que os alunos adaptando-se ao sistema educacional (escolas
integradas).
Portanto, a Educao Inclusiva contrape homogeneizao de alunos,
conforme critrios que no respeitam a diversidade humana. Cabe ressaltar
que a deficincia considerada como uma diferena que faz parte dessa
diversidade e no pode ser negada, porque ela interfere na forma de ser, agir e
sentir das pessoas e devem ser tratadas com naturalidade.
Sendo assim, a Educao Inclusiva visa diminuir todas as presses que
levem excluso e todas as desvalorizaes, sejam elas relacionadas
capacidade, ao desempenho cognitivo, raa, ao gnero, classe social,
estrutura familiar, ao estilo de vida ou sexualidade.
De acordo com o Decreto n. 7.611, de 17/0122011, considera-se
Atendimento Educacional Especializado (AEE) o conjunto de atividades,
recursos de acessibilidade e pedaggicos organizados institucionalmente,
prestados de forma complementar ou suplementar formao dos estudantes
no ensino regular. No PPP faz clara meno ao Atendimento Educacional
Especializado (AEE), pois estas atividades so oferecidas nas salas de
recursos multifuncionais dotadas de equipamentos, mobilirios e materiais
didticos e pedaggicos para a oferta do AEE aos estudantes que so pblicos
da educao especial que sero atendidos pelo professor de AEE que dever
realizar o atendimento de acordo com as especificidades dos alunos.
Verifiquei que a escola pesquisada procura fazer o possvel para realizar
um trabalho com o processo de incluso, tanto nos aspectos organizacionais,
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Ela gosta de realizar as atividades que lhe so apresentadas pinturas e colagem est
reconhecendo a letra M que a primeira letra do seu nome e, algumas cores.
Realiza pinturas com lpis de cor e tinta guache, participa de brincadeiras ldicas em sala de
aula e faz argumentaes, porm, s vezes fica agitada, grita, chora sem motivo, como tambm
em alguns momentos ela sorri no tendo algo nenhum para essa manifestao de alegria.
Relatrio Mdico:
A aluna M encontra-se em acompanhamento
neuropsiquitrico, com diagnstico de, via CID-10; F84. 1/ G
93.0 apresentando necessidade de estimulao com
psicopedagoga/fonoaudiloga/ terapia ocupacional e psicloga,
com nfase aspecto cognitivo e comportamental, controle dos
impulsos, rotina, linguagem global, socializao,
comportamentos repetitivos, atividade fsica, apoio pedaggico
com maior tempo para execuo das atividades e avaliaes,
professor assistente, reforo e planejamento do aprendizado,
uso de medicao Risperidona 4 MG/dia, bem como
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Reconhece os membros da famlia (pai, me, irmos, avs) da escola (professora, alguns
colegas, porteiro), no consegue ficar quieta, est quase sempre movimentando.
Percebe-se que uma criana que no recebe a ajuda da famlia na realizao das
atividades escolares.
Por isso, h necessidade do apoio da equipe pedaggica juntamente com atendimento AEE,
para melhorar seu desenvolvimento acadmico, percebido que suas dificuldades podero ser
superadas mediante ajuda e apoio tanto da equipe escolar quanto familiar.
Percebe-se que quando a aluna est medicada ela se socializa bem com
os colegas e demais pessoas a sua volta, realiza atividades propostas,
pinturas, colagem, jogos. Com calma e interesse.
Em relao aluna R, observei que a mesma se relaciona bem com os
colegas e a professora, no momento do recreio, brinca com os colegas, e est
quase sempre sorrindo, gosta muito de se alimentar, aceita tudo que lhe
oferece para comer sendo preciso controlar a impulsividade. agitada, no
consegue ficar quieta, somente quando dorme, pois isso ocorre todos os dias
na escola ela dorme por alguns minutos, acredito que devido ao
medicamento que usa.
Porm, apresenta resistncia para realizar atividades propostas,
segundo sua professora de apoio aluna tem dificuldades em sua
coordenao motora para escrever ou realizar outras atividades e tambm
dificuldade de concentrao.
A aluna foi matriculada na escola este ano 2015, veio de outra escola .
Analisando as observaes em relao a essas alunas especiais pude
notar que elas se relacionam bem com a professora e as outras crianas,
porm apresentam comportamentos caractersticos de suas patologias isso
influenciam no desenvolvimento e aprendizagem dos contedos escolares,
apresentando limitaes em seu desenvolvimento e necessitando de um
trabalho pedaggico diferenciado de professores que as acompanham e que
este venha atender suas necessidades. Como afirma Shigemoto, (2008, p. 09)
Defender uma proposta de educao inclusiva significa tambm, encarar o
desafio de viabilizar polticas e produzir prticas capazes de ultrapassar os
limites da simples colocao dos sujeitos na escola. Pois a incluso dos
alunos com necessidades educacionais especiais uma questo a ser tratada
com cuidado, pois constitui preparao prvia de profissionais a fim de
qualific-los para trabalhar com competncia e conhecimento nessa rea do
ensino que requer ateno. Sabe-se que o aluno com alguma deficincia seja
fsica, auditiva, visual, mental dentre outras, no possui o mesmo grau de
aprendizagem dos ditos normais, dos que no apresentam necessidades
educacionais especiais, so necessrios utilizar de materiais e metodologias
diversificadas para se atingir o objetivo que se espera alcanar com esses
alunos, e a formao dos profissionais que atuam na educao, a
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A Coordenadora Pedaggica
[ ...] Percebo que tem criana que apresenta muita dificuldade de aprendizagem
isso atrapalha seu desempenho escolar. Enquanto outras crianas vo
desenvolvendo ela permanece no mesmo estgio e no consegue assimilar um
contedo novo.(prof. B 2ano).
[... ] Tem criana que aprende no momento que o contedo est sendo
trabalhado. No dia seguinte ao revisar o contedo percebo que ela j esqueceu
tudo e no consegue lembrar. (Prof. A 1 ano)
[...] Olha, alguns dos meus alunos tm dificuldade na escrita, o problema grave
a troca de fonemas P e B, M e N, D e T.. Eles tm dificuldade de passar pro
papel o que sabe na fala troca e engole letras, da maneira que fala escreve:
fraco faco, tambm tamem (prof. B 2 ano).
[...] Tenho alguns alunos que copia, apenas escreve as letras do alfabeto, mas
no consegue ler o que escreveu, ou seja, desenvolveu a escrita e tem
dificuldade na leitura (prof. A 1 ano)
CONSIDERAES FINAIS
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
utopias. 25, 2002, Caxambu, MG. Anais... Rio de Janeiro: ANPED, 2002.
p.110-111.
058. Pontifica Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, Porto alegre, Brasil
PP. 85-105
http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2013/07/dificuldades-de-
aprendizagem-em-leitura_6.html, acessado em 01/05/ 2015
Apndice 1
Universidade de Braslia - UnB
Universidade Aberta do Brasil - UAB
Faculdade de Educao FE
Curso de Pedagogia a Distncia
Aluna: Euzila Pereira dos Santos
Orientadora: Andria Mello Lac
Roteiro da Observao
. Apndice 2
Apndice 3
Apndice 4
Universidade de Braslia - UnB
Universidade Aberta do Brasil - UAB
Faculdade de Educao FE
Curso de Pedagogia a Distncia
Aluna:Euzila Pereira dos Santos
Orientadora: Professora Dr Andria Mello Lac
ANEXO B
Eu,
____________________________________________________________________,
sob o nmero do CPF_________________________________________, abaixo
assinado, concordo em participar da pesquisa para a Monografia Dificuldades de
Aprendizagem nas sries iniciais do Ensino Fundamental. Fui devidamente informado
(a) e esclarecido (a) pela pesquisadora Euzila Pereira dos Santos sobre a trabalho e
autorizo a utilizao dos resultados colhidos, por meio do questionrio ou
entrevista semiestruturada etc, desde que as informaes sejam tratadas com tica
e para os fins desta pesquisa.
Assinatura do participante