Apostila
Apostila
Apostila
Observao:
Reduzidos, quando tonos no final do vocbulo.
// - ma.
/am/ /an/ - campo, canto,
/em/ /en/ - tempo, venda,
/im/ /in/ - limpo, tinta.
// - pe.
/om/ /on/ - lombo, lontra,
/um/ /un/ - tumba, mundo.
3. FONEMAS SEMIVOGAIS
Os fonemas i e u - representados por /y/ e /w/ - que se juntam a um fonema vogal, formando ditongos ou tritongos.
Exemplos:
Neutro /w/, seiva /y/, anes /y/, mgoa /w/, ao/w/, falam /w/, tambm /y/, hfen /y/, sol /w/ (vocalizao do " ").
Observao:
Vrias letras representam ou acrescentam semi- vogais.
DITONGO
Dois sons voclicos na slaba (vgl + svgl > pois) ou (svgl + vgl > -gua).
1.DITONGOS ORAIS
a)abertos: /ai/ /i/ /u//i/ - baixo, ideia, chapu, heri.
b)fechados: /ei/ /eu/ /oi/ /ou//iu//ui - rei, gineceu, doido, ouro, sorriu, contribui.
2. DITONGOS NASAIS
a) indicados pelo "til"- /ao/ /e/ /e/ /i/ /u/ - no, mes, limes, cibra, araqu.
b)nasalizados pelo "m" - /ui/ - muito, mui.
c)"no-grafados" - /am/ /em/ /en/ - (no final dos vocbulos) contam, vende/n , plen.
3.DITONGOS CRESCENTES
Semivogal + vogal - /ia/ /ie/ /io/ /ua/ /ue/ /uo/
Exemplos:
glria, srie, dio, mtua, tnue, rduo.
Observao:
So encontros instveis, classificados como ditongos ou hiatos.
1
4. DITONGOS DECRESCENTES
Vogal + semivogal - /ai/ /au/ /ei/ /eu/ /ou/ /oi/ /ui/ /iu/
Exemplos:
mais, pausa, pnei, cu, outro, pois, possui, faliu.
Observao:
So encontros estveis, no permitem outra classificao.
TRITONGO
Trs sons voclicos na mesma slaba:
(svgl + vgl + svgl).
Exemplos:
i-guais, sa-gues, U-ru-guai, mn-guam.
HIATO
DGRAFOS
ENCONTROS CONSONANTAIS
Contagem de Fonemas
2
sexo - 4 letras /sekso/ - 5 fonemas.
FALSO / VERDADEIRO
a) conscincia; b)quando;
c) guardavam; d)toureiro.
7. Em "folha", temos:
a) enxame - inexaurvel;
b) defluxado - taxar;
c) intoxicado - exceto;
d) txtil - xtase;
e) txico - taxativo.
11. Assinale o item que contm, respectivamente, o verdadeiro valor fontico do x nos vocbulos: txico, sintaxe e
axioma:
12. No trecho abaixo, de Jos de Alencar: "Quando eles se separaram, porm; Peri saltou por cima da estacada.", os
ditongos encontrados, pela ordem, so:
3
a) crescente nasal /decrescente nasal /decrescente nasal /decrescente oral.
b) decrescente nasal /decrescente nasal /decrescente nasal /decrescente oral.
c) decrescente oral.
d) crescente nasal / decrescente oral.
e) crescente nasal / decrescente nasal / decrescente oral.
14. Das palavras abaixo, aponte a que tem o mesmo nmero de fonemas que a palavra destacada no seguinte trecho: "...
tinha o brilho de mil lmpadas..."
a) minhas
b) laranjas
c) agulhas
d) lucros
e) revistas
15. "Quis tirar o brao, mas o dele reteve-lho com fora". Na palavra "quis" h:
GABARITO
ORTOGRAFIA OFICIAL
Gramtica(do Grego transliterado grammatik,feminino substantivado de grammatiks), a "arte de ler e de escrever",
(pelo Latim grammatica, com o mesmo significado, Ferreira, Aurlio Buarque de Holanda). Segundo um Dicionrio da lngua
portuguesa: o conjunto de regras individuais usadas para um determinado uso de uma lngua, no necessariamente o que se
entende por seu uso "correto". ramo da Lingustica que tem por objetivo estudar a forma, a composio e a inter-relao das
palavras dentro da orao ou da frase, bem assim o seu apropriado ou correto uso.
REFORMA ORTOGRFICA
A nova reforma ortogrfica entrou em vigor em janeiro de 2009, mesmo sem a aprovao de Portugal. o que prope a Colip
(Comisso da Lngua Portuguesa), rgo ligado ao MEC (Ministrio da Educao) e representante brasileiro para discusses
sobre o tema. A proposta foi encaminhada nesta quarta-feira ao ministro da Educao, Fernando Haddad.
De acordo com a COLIP, a partir de janeiro de 2009 todos os textos produzidos j devem ser escritos na nova norma.
Vestibulares, concursos e avaliaes devero aceitar as duas regras como corretas at 31 de dezembro de 2011. Os
livros didticos distribudos pelo governo de 2009 para o Ensino Mdio podero estar escritos na norma antiga. Como a compra
de livros no acontece todos os anos para todas as sries, espera-se que os estudantes do Ensino Mdio possam utilizar a norma
atual at 2011. J os estudantes do Ensino Fundamental devero receber material didtico adaptado s normas do acordo
ortogrfico a partir de 2010.
4
Mudanas no alfabeto
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade no tinham desaparecido da maioria dos dicionrios da nossa lngua, so usadas em vrias
situaes. Por exemplo:
TREMA
No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui,
que, qui.
agentar / aguentar
argir / arguir
bilnge / bilngue
cinqenta / cinquenta
delinqente / delinquente
eloqente / eloquente
ensangentado / ensanguentado
eqestre / equestre
freqente / frequente
lingeta / lingueta
lingia / linguia
quinqnio / quinqunio
sagi / sagui
seqncia / sequncia
seqestro / sequestro
tranqilo / tranquilo
1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima
slaba).
alcalide / alcaloide
alcatia / alcateia
andride / androide
apia (verbo apoiar) / apoia
apio (verbo apoiar) / apoio
asteride / asteroide
bia / boia
celulide / celuloide
clarabia / claraboia
colmia / colmeia
Coria / Coreia
debilide / debiloide
epopia / epopeia
estico / estoico
estria / estreia
estrio (verbo estrear) / estreio
5
gelia / geleia
herico / heroico
ideia / ideia
jibia / jiboia
jia / joia
odissia / odisseia
parania / paranoia
paranico / paranoico
platia / plateia
tramia / tramoia
Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavrasoxtonas e
os monosslabos tnicos terminados em is e i(s).
2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.
baica / baiuca
bocaiva / bocaiuva*
caula / cauila**
feira / feiura
* bocaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento
Ateno: 1. se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau;
abeno / abenoo
crem (verbo crer) / creem
dem (verbo dar) / deem
do (verbo doar) / doo
enjo / enjoo
lem (verbo ler) / leem
mago (verbo magoar) / mago
perdo (verbo perdoar) / perdoo
povo (verbo povoar) / povoo
vem (verbo ver) / veem
vos / voos
zo / zoo
4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera.
Esse gato tem plos brancos. / Esse gato tem pelos brancos.
6
Comi uma pra. / Comi uma pera.
Ateno!
Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na
3. pessoa do singular.
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter,
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba.
Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra.
Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.
Ele detm o poder. / Eles detm o poder.
Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas as aulas.
facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma / frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a
frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da frma do bolo?
5. No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do
verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir.
6. H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do
presente do subjuntivo e tambm do imperativo.
Veja:
Exemplos:
verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem.
verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.
Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
* Excees: No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligao.
Exemplos: reco-reco, bl-bl-bl, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague,
esconde-esconde, pega-pega, corre-corre
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Exemplos: p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora, cara
de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho
de sete cabeas, faz de conta
As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por
elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
2. Usa-se o hfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
3. No se usa o hfen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
autoescola, antiareo, intermunicipal, supersnico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicrculo.
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear por r ou s, dobram-se essas letras.
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r.
8
Exemplos: circum-murado, circum-navegao, pan-americano.
3. Usa-se o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, vice.
Exemplos: alm-mar, alm-tmulo, aqum-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, ps-graduao,
pr-histria, pr-vestibular, pr-europeu, recm-casado, recm-nascido, sem-terra, vice-rei.
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste ltimo caso, corta-se o h. Se a
palavra seguinte comear com r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: coobrigao, coedio, coeducar, cofundador, coabitao, coerdeiro, corru, corresponsvel, cosseno.
5. Com os prefixos pre e re, no se usa o hfen, mesmo diante de palavras comeadas por e.
6. Na formao de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hfen diante de palavra comeada por b, d ou r.
2. Com mal*, usa-se o hfen quando a palavra seguinte comear por vogal, h ou l.
Exemplo: mal-francs.
3. Usa-se o hfen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como au, guau, mirim.
4. Usa-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando no propriamente
vocbulos, mas encadeamento ponte Rio-Niteri eixo Rio-So Paulo.
5. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao de palavras coincidir com o hfen, ele deve
ser repetido na linha seguinte.
Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. / O diretor foi receber os ex-alunos.
c)Verbos:
Terminao izar - derivados de nomes sem "s" na ltima slaba:
utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar...
e) Depois de ditongos:
letras s- lousa, coisa, aplauso, clausura, ma/sena, Creusa...
Emprego da letra X
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Observao:
Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra primitiva: encharcar, enchapelar, encher, enxadrista...
b)depois de ditongos:
caixa, ameixa, frouxo, queixo... Exceo: recauchutar.
1.Letra g
2. Letra c ()
a) nos sufixos:
barcaa, virao, cansao, bonana, rolio.
b) depois de ditongos:
loua, foice, beio, afeio.
c) cognatas com "t":
exceto> exceo, isento > iseno.
d) derivaes do verbo "ter":
deter> deteno, obter > obteno.
3. Letra s / ss
Nas derivaes, a partir das terminaes verbais:
pretender> pretenso;
ender
ascender>ascenso.
imergir> imerso;
e rg i r
submergir> submerso.
inverter> inverso;
e rt e r
perverter> perverso.
repelir> repulsa;
pelir
compelir> compulso.
discorrer> discurso;
c o rre r
percorrer> percurso.
ceder> cesso;
c eder
conceder> concesso.
agredir> agresso;
g re d i r
regredir> regresso.
exprimir> expresso;
primir
comprimir> compressa
permitir> permisso
ti r
discutir> discusso
.
MAIUSCULAS E MINSCULAS
11
c) em nomes de vias e lugares pblicos: Avenida Beira- Rio, Esplanada dos Ministrios, Praa dos Trs Poderes, Rodovia dos
Imigrantes...
d) altos conceitos religiosos, polticos ou nacionalistas: a Igreja, o Estado, a Nao, a Repblica, o Senado, a Capital...
e) nomes de artes, cincias e disciplinas: a Msica, a Matemtica, a Pintura, o Portugus...
f) nomes de obras: Os Lusadas, Os Sertes, a Nona Sinfonia, a Divina Comdia, o Dirio...
g) nomes de altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Presidente, Governador, Ministro...
h) nomes de expresses de tratamento: Dom, Senhor, Vossa Excelncia, Ilustrssimo Senhor...
i) nomes de pocas e fatos histricos: a Revoluo Francesa, a Renascena, o Fico, Descobrimento do' Brasil, a Idade Mdia...
j) nomes de atos de autoridades polticas: o Decreto-Lei n 200, a Lei n 7.625, o Aviso n 12...
Emprega-se inicial minscula:
a) nomes de povos: gachos, cariocas, chilenos, aimors, capixabas, porto-alegranse, potiguara...
b) nomes dos meses e dias da semana: janeiro, fevereiro,maro...segunda-feira, sbado...
c) partculas tonas no interior de locues ou expresses com iniciais maisculas: Memorial de Aires, Uma Jangada para
Ulisses, Vestida para Matar...
d) nomes comuns que acompanham os geogrficos: o rio Amazonas, o oceano Pacfico, a baa da Guanabara, o canal de
Suez...
e) nomes de festas pags ou populares: o carnaval, a vaquejada, o rodeio...
f) nomes prprios formando compostos: agrio-do-brasil, joo-ningum, deus-nos-acuda...
FALSO / VERDADEIRO
12
17. pretencioso, xodo, baliza, aziago;
a) aquiescer; b) suscinto;
c) conscincia; d) florescer;
e) intumescer.
27. Assinale o vocbulo cuja lacuna no deve ser preenchida com "i":
a) pr_vilgio;
b) corr_mo;
c) d_senteria;
d) cum_eira;
e) cas_mira.
a) usina - buzina
b) ombridade - ombro
c) mido - humilde
e) nscio - cnscio
GABARITO
01. F 07. F 13. F 19. F 25. F
02. V 08. V 1 4 .F 2 0 .V 26. B
03. F 09. F 1 5 .F 2 1 .F 27. D
04. V 10. V 1 6 .V 2 2 .V 28. A
05. F 11. V 1 7 .F 2 3 .F 2 9 .B
06. F 12. F 18. V 24. F 30. C
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EMPREGO DO HFEN
USO DO HFEN COM COMPOSTOS
* Excees: No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligao.
Exemplos: reco-reco, bl-bl-bl, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague,
esconde-esconde, pega-pega, corre-corre
Exemplos: p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora, cara
de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional.
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho
de sete cabeas, faz de conta
Obs.: no se usa o hfen, quando os compostos que designam espcies botnicas e zoolgicas so empregados fora de seu
sentido original. Observe a diferena de sentido entre os pares:
As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por
elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
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2. Usa-se o hfen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
3. No se usa o hfen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra.
Exemplos:
autoescola, antiareo, intermunicipal, supersnico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicrculo.
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear por r ou s, dobram-se essas letras.
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hfen tambm diante de palavra iniciada por r.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
3. Usa-se o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, vice.
Exemplos: alm-mar, alm-tmulo, aqum-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, ps-graduao,
pr-histria, pr-vestibular, pr-europeu, recm-casado, recm-nascido, sem-terra, vice-rei.
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste ltimo caso, corta-se o h. Se a
palavra seguinte comear com r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: coobrigao, coedio, coeducar, cofundador, coabitao, coerdeiro, corru, corresponsvel, cosseno.
5. Com os prefixos pre e re, no se usa o hfen, mesmo diante de palavras comeadas por e.
6. Na formao de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hfen diante de palavra comeada por b, d ou r.
2. Com mal*, usa-se o hfen quando a palavra seguinte comear por vogal, h ou l.
Exemplo: mal-francs.
3. Usa-se o hfen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como au, guau, mirim.
4. Usa-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando no propriamente
vocbulos, mas encadeamento ponte Rio-Niteri eixo Rio-So Paulo.
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5. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao de palavras coincidir com o hfen, ele deve
ser repetido na linha seguinte.
Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. / O diretor foi receber os ex-alunos.
ACENTUAO GRFICA
1. Regras gerais:
1.1. Proparoxtonas
1.2. Paroxtonas
ditongo: Itlia, ustria, memria, crie, rseo, sia, Cssia, fceis, imveis, fsseis, jrsei.
o(s): rgo(s), sto (s), fo (s), bno (s).
(s): rf(s), m (s).
ps: bceps, frceps
1.3. Oxtonas
Acentuam-se tambm os monosslabos tnicos terminados em a, e, o (seguidos ou no de s): p, p, p, ps, ps, ps, l, d,
hs, crs.
As formas verbais terminadas em a, e, o tnicos seguidos de lo, la, los, las tambm so acentuadas: am-lo, diz-lo, rep-lo,
f-lo, rep-la, f-lo-, p-lo, compr-la-.
O til vale como acento tnico se outro acento no figura no vocbulo: l, f, irm, alem.
2. Regras especiais
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sa--da, sa-s-te, sa--de, ba-la-s-tre, ba-, ra--zes, ju--zes, Lu-s, pa-s, He-lo--sa, Ja-.
No se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma slaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im,
con-tri-bu-s-te, sa-ir-des, ju-iz.
Tambm no se acentua o hiato seguido do dgrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha, ba-i-nha.
Coloca-se o trema na letra u dos encontros gue, gui, que, qui, quando a letra u for pronunciada atonamente (nesses casos, o
semivogal: tranquilo, frequente, linguia, sagui.
Se a letra u de tais encontros for pronunciada tonicamente, levar acento agudo (nesses casos, o u vogal): averige,
apazige,
argi, argis.
Se a letra u de tais encontros no for pronunciada, evidentemente no levar acento algum (nesse caso, temos dgrafo): quilo,
quente, guerra, guerreiro, queijo.
Observaes finais
a) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3 pessoa do plural do presente do indicativo:
ele tem/ eles tm, ele vem/eles vm.
b) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3 pessoa do singular e acento circunflexo na 3 pessoa do plural do
presente do indicativo: ele retm/ eles retm, eles intervm /eles intervm.
c) As nicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras so as seguintes:
cas, ca = 2 e 3 pessoas do singular do presente do indicativo do verbo coar. Eu co, tu cas, ele ca.
coas, coa = contrao da preposio com com o artigo a ou as. Ele no se encontrou coas garotas.
pra = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo - Ele no pra de
pla, plas = bola de borracha, jogo da pla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira
pessoas do singular do Presente do Indicativo. Eu plo, tu plas, ele pla.
pela, pelas = preposio per mais artigo ou pronome. Ele fugiu pela porta da diretoria.
pelo, pelos = preposio per mais artigo ou pronome. Ele fugiu pelos fundos.
pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder. Hoje ele pode.
pde = terceira pessoa do singular do Pretrito Perfeito do Indicativo do verbo poder. Ontem ele pde.
plo, plos = as extremidades de um eixo; espcie de jogo. Foi campeo de plo aqutico.
Observao
17
O circunflexo da forma verbal pr a distingue da preposio homgrafa (tona) por.
Os demais acentos diferenciais foram sumariamente eliminados pelo Acordo. Deixaram de existir as seguintes grafias: pra
(do verbo parar), plo/s (substantivos), plo, plas e pla (do verbo pelar), plo/s, plo/s e pra (substantivos).
Esses acentos se justificavam pelos correspondentes homgrafos tonos: para (preposio), pelo (combinao de
preposio e artigo), polo (combinao arcaica de preposio e artigo) e pera (preposio arcaica).
Com exceo do acento na forma verbal para, os demais j vo tarde.
O de para far falta em alguns casos. Um ttulo como Trnsito pesado para Recife ser ambguo, portanto no dever ser
publicado.
Por fim, uma novidade: opcional o acento em forma (sinnimo de molde).
por por
p o rq u p o r q u e
que qu
1. por que (movito) - pelo qual e
X
flexes
Exemplos:
1) J sei por que no s mais nosso candidato.
2) Por que as pessoas no so mais sinceras?
3) No deverias trair os princpios por que sempre lutaste.
4) Tanto estudo, tanto trabalho, por qu?
5) Os polticos reclamam sem saber por qu.
6) Voc o porqu da minha vida.
7) Sejam perspicazes, porque a vida luta renhida.
8) A questo mais difcil porque no tem soluo.
9) Estudem porque possam fazer excelente prova.
FALSO / VERDADEIRO
18
5. Todos esto corretos, porque so livres.
"Todos os cidados devem saber __________ o PoderLegislativo est assim. Estamos instalando novos
computadores, um momento de transio, eis o ____________.
15. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o padro culto da modalidade escrita da lngua portuguesa:
16. Assinale a opo em que o vocbulo entre parnteses preenche corretamente a lacuna correspondente:
GABARITO
CRASE
19
Do grego krsis (mistura, fuso). Em gramtica normativa, significa a contrao ou fuso de duas vogais em uma s (aa > ),
esse fenmeno indicado pelo acento grave. Formulrio Ortogrfico (ttulo XII, n 43, 16 regra).
Refiro-me concorrncia.
crase
Mtodo prtico:
Substituir a palavra feminina por masculina e observar a consequncia (a > ao = ).
Mtodo prtico:
Substituir o antecedente por palavra masculina e observar a consequncia (a > ao > ).
Esta caneta igual a(?) que perdi.
Este livro igual ao que perdi.
Esta caneta igual que perdi.
20
No chegars quele patamar. Sempre visou quilo mesmo.
Mtodo prtico:
Substituir os pronomes, respectivamente, por "isto" ou "este", observando a presena ou no da preposio.
aquilo > isto = aquilo
aquele > este = aquele
aquilo > a isto - quilo
aquele > a este = quele
Observao:
Nomes de lugares determinados por adjetivos, locues adjetivas e alguns pronomes, sempre sero determinados por artigo.
Ainda voltarei Roma eterna.
CASOS PARTICULARES
b) Indicando ser a casa de outrem ou estabelecimento comercial, aparece acompanhada de adjetivos, pronomes ou locues.
Nesse caso, pode haver crase: h artigo, mas depende de preposio.
Falta pouco para chegarmos casa dos noivos. (chegar a)
Todos querem comprar a casa prpria, (comprar - v.t.d.)
4.Crase Facultativa
a) Antes de nomes personativos femininos
Os diretores dirigiram elogios a () Maria Helena.
Se fosse um nome personativo masculino: Os diretores dirigiram elogios a (ao) Paulo Miguel.
21
Como se v o uso do artigo facultativo.
Observao:
Vindo o nome determinado como de pessoa amiga, parente, a crase no mais ser facultativa, porque nesse caso o uso do
artigo se far mister.
Os diretores dirigiram elogios Maria Helena, minha irm.
Observao:
Em se tratando de pronome substantivo (e havendo a preposio) a crase ser de rigor. Viso a () minha salvao e no tua.
a) Locues adverbiais
A primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem simples.
Sempre estudei noite e nem por isso fiquei obscuro.
b) Locues prepositivas
Quem vive espera de facilidades, encontra falsidades.
Triunfaremos custa de nossos mritos.
c) Locues conjuntivas
O flagelo aumentava medida que as chuvas continuavam.
A proporo que subamos, o ar tornava-se mais leve.
Observaes:
1
Segundo alguns dos principais autores, s vezes, o acento grave no "a" () representa apura preposio que rege
substantivo feminino, formando locuo adverbial. Se tal procedimento no fosse adotado, teramos, ento, muitas frases
ambguas.
O rapaz cheirava a bebida, (aspirava o cheiro da bebida)
O rapaz cheirava bebida. (exalava o cheiro da bebida)
2
Em relao crase nas locues adverbiais, h certa divergncia entre alguns gramticos; porm h consenso nos casos
em que possa haver ambiguidade: Fique a vontade na sala.
Sujeito ou adj. Adv. Modo?
FALSO / VERDADEIRO
22
7. Via-se, a distncia de cem metros, uma luz.
13. Eles andavam toa, sempre procura de dinheiro, vivendo e comendo medida que podiam.
14. Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase obrigatrio nas duas ocorrncias:
a) Uma lei sempre est ligada a alguma outra. As leis esto subordinadas a Lei-Me.
b) Obedecer aqueles princpios necessrio. E direito.que assiste a autora rever a emenda.
c) Alguns parlamentares anuram a proposta de emenda. Agiram contra a lei.
d) Estamos sujeitos a muitas leis. So contrrios a lei. .
e) O Presidente atendeu a reivindicao do ministro. Procurou-se assistir as populaes atingidas pela seca.
15. No sei ____quem devo dirigir-me: se _____ funcionria desta seo, ou _____da seo de protocolo.
a) a - a - a;
b) a - - a;
c) a - - ;
d) - a - ;
e) - - .
a) a - - h - ;
b) h - a - - a;
c) - h - - ;
d) a - - - ;
e) h - a - h - a.
18. O progresso chegou inesperadamente ___ subrbio. Daqui ___ poucos anos, nenhum dos seus moradores se
lembrar mais das casinhas que, ___ to pouco tempo, marcavam a paisagem familiar.
a) aquele - a - a;
b) quele - - h;
c) quele - - ;
d) quele - a - h;
e) aquele - - h.
a) a - a - a; b) a - - ;
c ) a - - a; d) a - - ;
e) - - a.
23
20. J estavam ____ poucos metros da clareira ____ qual foram ter por um atalho aberto ____ faco.
a) - - a; b) a - - a;
c ) a - a - ; d) - a - ;
e) - - .
21. Assinale a opo incorreta no que se refere ao emprego do acento grave indicativo de crase:
a) H cinco anos vivendo em So Paulo, um cidado ingls foi constrangido a abandonar a tradicional pontualidade britnica.
Para ir casa de seus alunos, ele enfrenta horas de trnsito congestionado.
b) Assustado com os efeitos de trnsito sobre os ndices de poluio, o Secretrio estadual de Meio Ambiente pregou a
necessidade de restringir circulao de carros na capital paulista.
c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do Pas, a prefeitura recorreu parceria com a iniciativa privada para alargar as
avenidas mais importantes.
d) O motorista entregou a documentao a uma das funcionrias do Departamento e ficou espera do resultado, a fim de que
pudesse resolver o seu problema a curto prazo.
e) Quanto quele problema de falta de verbas para o Departamento, o diretor resolveu dirigir-se diretamente a Sua Excelncia,
de modo a deixar os funcionrios mais tranquilos.
22. Hoje deve haver menos gente por l, conjeturou; timo, porque assim trabalho vontade. Assinale a alternativa
em que tambm deve ocorrer o acento grave indicador da crase:
23. Assinale a frase em que o acento indicador da crase foi usado incorretamente:
a) A obsesso qual sacrificou a juventude no o persegue mais.
b) Sentavam-se nas pedras do caminho espera da comitiva do peo.
c) Na imaginao, porm, ele voltava quele mundo de sonho e fantasia.
d) Depois de refletir, dirigi-me, decididamente, casa de meu amigo.
e) Tenho certeza de que os documentos no fazem referncia nada do que dizes.
24. Assinale o emprego incorreto de a e :
a) "Os detritos csmicos viajam a mais de 3.200 km por hora, 2,6 vezes a velocidade do som.
b) A essa velocidade, uma esfera de metal do tamanho de uma unha que se chocar contra um objeto maior...
c) ... libera energia equivalente a exploso de uma granada. O futuro desses objetos um dia precipitarem-se sobre a Terra.
d) Os menores devem desintegrar. Os maiores podem chegar superfcie quase intactos.
e) Na prtica, isso j vem ocorrendo em escala menor: em algumas de suas misses, tambm o nibus espacial j retornou
Terra com avarias provocadas por colises em rbita."
25. Indique a letra em que os termos preenchem corretamente, pela ordem, as lacunas do trecho dado:
"Assustada ______ famlia com os versos em que ouvia sempre ocupado, foi reclamar ao grande mestre que no o via estudar
em casa, ao que lhe foi respondido que ______ sua assiduidade e aplicao ______ aulas nada deixavam desejar.Era o que
bastava e da por diante continuou tranquilo a ler e fazer versos..."
(Francisco Venncio Filho)
a ) - a - a s - ; b )a - - s - a ;
c)a - a - s - a; d) - a - as - ;
e) - - s - a.
GABARITO
MORFOSSINTAXE
MORFOLOGIA
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Observao:
Nomes terminados em vogais tnicas, em desinncias de gnero e em consoantes (bambu, aluno, acar) so atemticos.
f) Desinncias: indicam as flexes dos vocbulos variveis.
1) Desinncias nominais: indicam o gnero feminino e o plural
(moa - des. nom. de gnero)
(dentes - des. nom. de nmero)
2) Desinncias verbais: indicam o nmero, a pessoa, o tempo e o modo em que se encontram flexionados os verbos -
vencereis - nmero- pessoal > 2 pessoa do plural, trabalhavas - modo-temporal > pret. imperf. do indicativo.
PROCESSOS DE FORMAO
1. Composio
(decorrente da unio de dois ou mais radicais).
a) Justaposio
(sem perda ou transformao fontica): toca-discos, p-de-galinha, girassol, cafeicul- tura, rodap...
b) Aglutinao
(com perda ou transformao fontica): (plano + alto) > planalto
(ponta + agudo) > pontiagudo
(em + boa + hora) > embora
(filho + de + algo) > fidalgo
2. Derivao
(decorrente de modificaes em um radical).
25
d) Parassinttica: enfurecido, amanhecer, desabitado... Observao:
Nesse processo, o prefixo no pode ser retirado sob pena de o segmento restante no ter autonomia, isto , no existir.
3. Outros processos
a) Sigla: ONU, MEC, FGTS, VOLP(Volp), FUNAI (Funai), SEN AI (Senai), EMBRATEL (Embratel), VARIG (Varig). Observao:
Letras minsculas, havendo mais de trs letras formando slabas.
d) Hibridismo (lnguas diferentes): buro + cracia > francs + grego bat + ismo > grego + portugus, auto + mvel > grego +
portugus.
FALSO / VERDADEIRO
26
11. Considerando sua estrutura, a palavra implantamos apresenta os seguintes elementos mrficos (morfemas):
13. Num dos itens abaixo, est errada a classificao do processo pelo qual se formou a palavra:
GABARITO
CLASSES GRAMATICAIS
1. CLASSIFICAO SEMNTICA
1. Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma espcie)
- estudante, dana, felicidade, doena, cardume, bruxa...
27
- Paula, Braslia, Xuxa, Canad, Europa, Chico, Pirineus...
2. CLASSIFICAO ESTRUTURAL
1. Simples (com apenas um radical)
- gato, caneta, poltica, sculo, bando, estudo, viagem, dor...
Substantivos coletivos (dentre os comuns encon- tram-se os coletivos, que no singular, designam conjunto de seres da
mesma espcie).
Exemplos:
acervo (bens, obras), alcatia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas (mapas), baixela (utenslios de mesa), banca
(examinadores), bandeira (exploradores), boana (peixes midos), cabido (cnegos), cabilda (selvagens), cfila (camelos),
chusma (marinheiros), cdigo (leis), cingel (bois), corja (bandidos), cortio (abelhas, casas velhas), correio (formigas),
dactilioteca (anis), enxoval(roupas), falange (soldados, anjos), farndola (maltrapilhos), fressura (vsceras), girndola (fogos),
hemeroteca (jornais, revistas), matilha (ces), m (gente), pinacoteca (quadros), rcua (animais de carga), tertlia (amigos),
scia (gente ordinria)....
Observao:
A maioria das gramticas e dicionrios registra, tambm, o plural com flexo de ambos os termos: pombos-correios,
peixes-espadas, mangas-rosas.
substantivo + prep.+ substantivo: gua-de-colnia > guas-de-colnia, mula-sem-cabea > mulas-sem-cabea.
28
(b) verbos repetidos - (tm dois plurais):
pisca-pisca > pisca-piscas ou piscas-piscas.
FALSO / VERDADEIRO
11. Marque a opo que contenha substantivos que variam, de acordo com o gnero, os seus significados:
29
e) guas-de-cheiro, guas-furtadas, baixos-relevos.
14. Assinale a alternativa em que se encontra um substantivo cujo plural altera o sentido do singular:
15. Os plurais das palavras compostas abaixo esto errados apenas na alternativa:
GABARITO
ADJETIVO
Adjetivo a palavra que qualifica o substantivo, indicando-lhe qualidade, caracterstica ou origem.
O aluno moreno brasileiro e muito inteligente.
1. CLASSIFICAO SEMNTICA
1. Restritivo
No pode ser aplicado a todos os seres da mesma espcie'.
Aluno inteligente. Mulher sincera. Homem fiel. Cidade limpa.
2. CLASSIFICAO ESTRUTURAL
1. Simples (um s radical): lindo, elegante, bom, verde, claro.
2. Composto (mais de um radical): azul-claro, pol- tico-social.
3. Primitivo (original): fcil, nobre, afvel, ruim, srio, gil.
4. Derivado (de outro vocbulo): hospitalar, anticido, feioso.
30
Traumas afetivo-emocionais.
Excees:
1. Cores, indicadas com auxlio de substantivo, ficam invariveis:
Vestido rosa > Vestidos rosa. Blusa gelo > Blusas gelo.
Bandeira azul-turquesa > Bandeiras azul-turquesa.
Terno cinza-chumbo > Ternos cinza-chumbo.
2. Tambm ficam invariveis: azul-marinho, azul- celeste.
3. Flexionam-se ambos os termos:
surdo-mudo > surda-muda > surdos-mudos > surdas-mudas.
4. GRAU DO ADJETIVO
1. COMPARATIVO
a) de igualdade (to/tanto...como/quanto)
Os alunos eram to dedicados como/quanto os mestres.
Os alunos eram to dedicados como/quanto inteligentes.
b) de inferioridade (menos...que, menos...do que) O salrio era menos interessante que/do que o trabalho.
O salrio era menos interessante que/do que necessrio.
c) de superioridade (mais...que, mais...do que) Portugus era mais fcil que/do que Matemtica.
Portugus era mais fcil que/do que complicado.
2. SUPERLATIVO
a) relativo de inferioridade (o menos... de)
Seu chute era o menos confivel do time.
Observao:
Usam-se as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno, quando se comparam qualidades do mesmo ser:
Aquele aluno mais bom que inteligente. Esta sala mais grande do que confortvel.
FALSO/VERDADEIRO
2. Do-nos ideia de grau : "rei dos reis, livro dos livros, sbio entre os sbios".
3. A expresso "magrrimo" d aparncia de maior magreza que "muito magro"; no entanto ambas as formas so
superlativos corretos.
4. No s do ideia de superlativo' como tambm so corretas as formas: "integrrimo, asprrimo, bacanrrimo".
31
8. As crianas surdas-mudas foram encaminhadas clnica para tratamento.
12. Dentre as frases seguintes, marque a que apresenta um nome no grau superlativo absoluto analtico:
a) Esta frase congregou em torno de Joo Pina a gente mais resoluta da vila.
b) Este fato um documento altamente honroso para a sociedade do tempo.
c) Compreendeu que a sua perda era irremedivel, se no desse um grande golpe.
d) Os crebros bem organizados que ele acabava de curar eram to desequilibrados como os outros.
e) D. Evarista, contentssima com a glria do marido, vestira-se luxuosamente.
VERBO
a palavra que exprime
Ao:
Os peregrinos percorreram terras distantes.
32
Estado:
No sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Fenmenos:
Trovejou muito; mas, felizmente, no choveu.
FLEXO VERBAL
O verbo a classe gramatical que mais se flexiona, indicando tempo, modo, nmero, pessoa e voz.
1. Auxiliares - os que- indicam a flexo de um verbo principal e emprestam novo matiz ao, formando as locues verbais.
c)Ir, vir, estar, poder,dever, querer, parecer e outros (+ gerndio ou infinitivo) - indicam matizes da ao (os aspectos
verbais).
O dia vinha chegando, (ao progressiva) Os alunos estavam estudando, (ao continuada) O tempo parecia voar. (ao
aparente) Todos queriam estudar muito, (ao pretendida) A prova poderia ser fcil, (ao possvel)
Observao:
Quando o infinitivo puder ser desenvolvido em orao, no haver locuo verbal; e, portanto, o primeiro verbo no auxiliar.
Penso estar com sono.
que estou com sono.
3. Verbos regulares - os que no modificam seus radicais durante a conjugao e seguem integralmente o modelo de sua
conjugao.
Observao:
Obtm-se o radical de um verbo, a partir do infinitivo, retirando-se as terminaes -ar, -er, -ir: >fal -ar, chov -er, possu -ir.
4. Verbos irregulares - os que, em algumas flexes, apresentam modificaes nos radicais e afastam-se do paradigma da
conjugao.
Observao:
Os irregulares se dividem em fracos e fortes. Fracos, aqueles cujos radicais se modificam apenas no pres. indic. e tempos
derivados; fortes, cujas modificaes ocorrem no pret. perf. indic. e seus derivados.
4. Verbos anmalos - assim so classificados os verbos ir e ser, em funo das profundas modificaes que se verificam em
seus radicais.
33
verbos pres. indic. pret. perf. indic.
ser s o u , s , ... fui, foste, foi...
ir vou, vais, vai... fui, foste, foi...
5. Verbos defectivos - aqueles que no apresentam determinadas flexes de pessoa, tempo ou modo.
Exemplos:
abolir, brandir, carpir, colorir, falir, demolir, esculpir... (que no se conjugam na Ia pes. sing. do pres. indic. e tempos
derivados, como ser visto).
Nomodo indicativo
a.Presente: fato atual, habitual, definies.
Os concursandos trabalham cuidadosamente.
Ela sempre vai ao cinema.
O tomo uma partcula da matria.
No modo imperativo
a.Imperativo afirmativo: ordens, pedidos, vontades.
Estuda e no te arrependers.
34
CONJUGAO
TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS
Primitivo Derivados
Pres. subj.
1. Pres. indic. Imper. afirm.
Imper. negat.
1. Do presente do indicativo, forma-se o presente do subjuntivo, trocando-se a desinncia "o" da 1 pes.- sing. por "e" ou "a" ,
dependendo da conjugao a que pertencer o verbo:
Pres.
Pres. indic. > Conjugao
s ubj.
estudo o > e estude 1 conjugao
vendo o > a venda 2 conjugao
p a r to o > a p a rt a 3 conjugao
Pret. Perf. indicativo Pret. m-q-perf. indicativo Futuro do subjuntivo Imperfeito subjuntivo
disseram disseram disseram
(-m ) (-a m ) (-ram + sse)
disse dissera dis s e r dissesse
disseste disseras disseres dissesses
disse dissera disser dissesse
dissemos dissramos dissermos dissssemos
dissestes dissreis disserdes disssseis
disseram disseram disserem dissessem
35
Infinitivo pessoal Pret. imperf. indicativo Fut. pres. indicativo Fut. pret. indicativo
des. "r" des. "va"e"ia" des. "rei" des. "ria"
s o r ri r amava s o rri a sorrirei sorriria
sorrires amavas sorrias sorrirs sorririas
s o r ri r amava s o rri a sorrirs sorriria
sorrirmos amvamos sorramos sorriremos sorriramos
sorrirdes amveis sorreis sorrireis sorrireis
sorrirem amavam sorriam sorriro sorririam
3. Derivados do verbo "pr": antepor, apor, compor, contrapor, decompor, depor, dispor, expor, impor, propor, repor, supor,
transpor...
Exemplo: verbo frear
(formas que apresentam problemas)
a) Pret. perf. indic.: freei, freaste, freou, freamos, freastes, frearam.
b) Pret. m.-q.-perf.: freara, frearas, freara, freramos, frereis, frearam.
c) Fut. subj.: frear, freares,. frear, frearmos, freardes, frearem.
d) Imperf. subj.: freasse, freasses, freasse, fressemos, fresseis, freassem.
36
penteiam penteiem (vocs) penteiem penteiem (vocs)
(*)Observaes:
Forma rizotnica: vogal tnica dentro do radical (pente/fino)
Forma arrizotnica: vogal tnica fora do radical (pente/fino)
2) Nos demais tempos, so regulares; portanto, sem i no radical.
Exemplo: verbo frear
(formas que apresentam problemas)
a) Pret. perf. indic.: Freei, freaste, freou, freamos, freastes, frearam.
b) Pret. m.-q.-perf.: freara, frearas, freara, freramos, frereis, frearam.
c) Fut. subj.: frear, freares, frear, frearmos, freardes, frearem.
d) Imperf. subj.: freasse, freasses, freasse, fressemos, fresseis, freassem.
M e dia r
Ansiar
(So regulares nas formas rizotnicas do presente do indicativo e tempos derivados, em que o radical acrescido
Remediar
d e e ).
Incendiar
Odiar
1) O verbo ansiar
(comparado ao verbo copiar)
Observao: Este verbo tambm se escreve mobilhar e mobiliar (forma preferida em Portugal); ambas de conjugao
regular.
Observao: Alguns apresentam deslocamento da slaba tnica, no presente do indicativo e tempos derivados.
Exemplo:aguar, desaguar, enxaguar, minguar.
a) Pres. indic.: guo, guas, gua, aguamos, aguais,guam.
b) Pres. subj.: gue, gues, gue, aguemos, agueis, guem.
"H quem considere corretas as formas com slaba tnica no "u" (aguo, aguas, agua...), porm tal procedimento no deve
encontrar amparo nas normas cultas da lngua portuguesa". (Mrio Barreto)
6. Verbo requerer
b) Modelo:"ferir" - trocam o "e" por "i" na 1 pes. sing. do pres. indic. e em todo o pres. subj. Pres. indic.: fira, feras, fera,
ferimos, feris, ferem.
Pres. subj.: fira, firas, fira, firamos, firais, firam.
Seguem o modelo: aderir, advertir, aferir, as- sentir, auferir, competir, conferir, conseguir, consentir, convergir, deferir,
desferir, despir, diferir, discernir, divergir, divertir, expelir, gerir, impelir, inferir, ingerir, inserir, investir, mentir, perseguir, preferir,
preterir, proferir, referir-se, refletir, repelir, repetir, revestir, seguir, sentir, servir, sugerir, transferir, vestir e outros.
c) Modelo: "agredir" - trocam o "e" por "i" nas formas rizotnicas do pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic.: agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem.
Pres. subj.: agrida, agridas, agrida, agrida- mos, agridais, agridam. Seguem o modelo: regredir, progredir, transgredir,
prevenir, cerzir e denegrir.
d) Modelo "cobrir" - trocam o "o" por "u" na I a pes. sing: do pres. indic. e em todo o pres. subj. Pres. indic.: cubro, cobres,
cobre, cobrimos, cobris, cobrem.
Pres. subj.: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram.
Seguem o modelo: encobrir, engolir, descobrir, recobrir, dormir, tossir.
e) Modelo "subir" - trocam o "u" por "o" nas formas rizotnicas do pres. indic. (exceto na Ia pes. sing.)
Pres. indic.: subo, sobes, sobe, subimos, subis, sobem.
Seguem o modelo: acudir, bulir, consumir, cuspir, entupir, escapulir, fugir, sumir.
f) Modelo "polir" - trocam o "o" .por "u" nas formas rizotnicas do pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic.: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.
Pres. subj.: pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam.
Seguem o modelo: sortir e despolir.
g) O verbo "frigir" - troca o "i" por "e" nas formas rizotnicas do pres. indic. (exceto na Ia pes. sing., em que troca o "g" por "j").
Pres. indic.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem.
Pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam.
8. Verbos defectivos
Aqueles que no so conjugados integralmente, faltam-lhes pessoas ou tempos inteiros.
a) Reaver e Precaver-se
Conjugados apenas nas formas arrizotnicas do presente do indicativo e tempos derivados.
38
(1) Pres. indic.: Pres. subj. no h
(Reaver) (Precaver-se) Imper. negativo no h
_____________________
_____________________
_____________________
Imper. afirmativo
reavermos precavermos (reaver) reavei (vs)
reaveis precaveis (precaver) precavei-vos (vs)*
(*) Precaver-se usa-se mais frequentemente como verbo reflexivo.
b) Grupo do EI
Conjugados apenas nas formas com E ou I depois do radical:
abolir, aturdir, banir, brandir, carpir, colorir, demolir, delinquir, esculpir, explodir, fulgir, feder, soer.
c) Grupo do I
Conjugados apenas nas formas com I depois do radical:
falir, adir, remir, ressarcir, vagir, espavorir.
9. Particpios abundantes
As formas regulares so empregadas na voz ativa (tempos compostos) com os auxiliares "ter" ou "haver", as formas
irregulares so usadas na voz passiva com os auxiliares "ser" ou "estar".
O diretor havia aceitado a proposta, (voz ativa - tempo composto)
A tarefa foi aceita por ns. (voz passiva)
O professor tinha suspendido a aula. (voz ativa - tempo composto)
O jogo foi suspenso pelo rbitro. (voz passiva)
Gastar gastado
gasto
Pagar pagado
pago
Na linguagem contempornea, j no se usam os particpios ganhado, gastado e pagado, embora tais usos no estejam
incorretos.
39
3)Particpio literrio
Pegar pegado
pego
"Embora o uso tenha consagrado o particpio "pego", deve-se preferir "pegado" com qualquer auxiliar". (Rocha Lima).
O ladro foi pegado pela polcia.
Jamais tinha pegado um passarinho na arapuca.
VOZES DO VERBO
Ativa - sujeito agente.
O deputado apresentou um novo projeto.
(sujeito)
A voz reflexiva obtida com os pronomes oblquos me, te, se, nos, vos.
Observao:
Uma variante da voz reflexiva no plural denota reciprocidade (ao mtua). Os irmos abraaram-se e cumprimentaram-se
com alegria.
VOZ ATIVA
O fo g o destrua o jardim.
s u j e i to v.t.d. Objeto direto
VOZ PASSIVA
VOZ ATIVA
Os alunos estavam assinalando as respostas.
v. principal
s u j e i to v. aux. obj. direito
v. t. d.
VOZ PASSIVA
Pelos
As respostas estavam sendo assinaladas
alunos.
verbo ag. da
suj. paciente v. aux. particpio
ser passiva
40
E o processo inverso:
VOZ PASSIVA
A prova seria corrigida pela professora.
Suj. paciente ag. da passiva
VOZ ATIVA
A professora corrigiria a prova.
suj. agente fut. pret. obj. direto
(1 ) (3 ) (2 )
Observaes:
1) O ag. da passiva volta a ser o sujeito agente.
2) O sujeito paciente volta a ser o objeto direto.
3) Elimina-se o verbo ser, conjugando-se o verbo principal no mesmo tempo em que se encontrar o verbo ser.
FALSO/VERDADEIRO
1. Viemos, agora, avis-lo de que se ela ver o contedo da mensagem, todos veriam quais so nossos planos.
2. Vi, mas no intervim, o guarda no interveio; dois policiais tambm no intervieram. Se tivssemos intervindo talvez
tivssemos evitado tantas mortes.
3. Ela sempre freia o carro antes da faixa de pedestres, mas ontem no freiou: mesmo que freasse no evitaria o
acidente.
4. Ela anseia por dias melhores, mas no h bem que sempre dure, nem mal que no se remedeie.
5. Se ainda hoje ela cerze tuas rotas meias e, mesmo assim, denegres seu passado: gratido h, mas no tua.
6. Quando ela pule o carro, ele parece novo, uma jia. Queres que ela pula tambm o teu.
7. No ano passado, os alunos requiseram aumento do efetivo de servidores: imediatamente o diretor proviu todos os
cargos vagos.
8. Desejo que voc reaveja seus documentos e que doravante se precavenha contra novas e eventuais perdas.
9. Todos, trabalhando: Ana gua as flores, Andra moblia a sala e eu averguo quem ir pagar as contas.
10. Neste momento, ela frege um ovo para o lanche. No queres que ela frija um para ti tambm?
11. Querem que voc demula todas as instalaes da loja e, com isso, fale; o que a concorrncia no sabe que a lei
que vigia em 1980, j no vige mais.
12. Embora tenham suspenso as aulas, os recursos dos candidatos foram imprimidos a tempo.
13. Todos tm ganhado, gastado, mas tm pagado suas dvidas. Os inadimplentes so pegados pelo SPC.
14. "O fogo destrua os documentos"; na voz passiva: "Os documentos foram destrudos pelo fogo".
15. "Alugou-se uma casa para veraneio"; na voz ativa : "Uma casa foi alugada para veraneio".
41
17. Transpondo para a voz passiva a orao:
"O menino ia assinalando as respostas."
Obtm-se a forma verbal:
a) foram assinaladas; b) tinham sido assinaladas;
c) iam sendo assinaladas; d) eram assinaladas;
e) estavam assinaladas.
18. "Embora os exames j tenham sido devolvidos pelos professores, a escola ainda no divulgou os resultados."
a) prepare-se; b)preparas-te;
c) prepara-te; d) prepare-te;
e) preparem-se.
20. Uma das alternativas abaixo est errada quanto correspondncia no emprego dos tempos verbais. Assinale-a:
21. Assinale a frase em que aparece o pretrito mais- que-perfeito do verbo "ser".
a) coloque; b)coloca;
c) coloques; d) colocas;
e) coloqueis.
24. Errado.
a) Ela sempre frege ovos no almoo.
b) O problema a perca salarial.
c) Todos mantiveram a palavra dada.
d) Ali eu no caibo.
e) No creio que tudo se equivalha.
42
25. " ___________ tudo o que digo a voc".
a) Copies; b)Copia;
c) Copie; d) Copiai;
e) Copiem.
a) Se era primrio e tivera bons antecedentes, no tinha sido preso e sua pena tinha sido simplesmente prestar servios
comunitrios.
b) Se fosse primrio e tivesse bons antecedentes, no seria preso, e sua pena seria simplesmente prestar servios
comunitrios.
c) Se fosse primrio e tivesse bons antecedentes, no era preso,- e sua pena teria sido simplesmente prestar servios
comunitrios.
d) Se era primrio e tinha bons antecedentes, no tinha sido preso e sua pena tinha sido simplesmente prestar servios
comunitrios.
27. Nas frases abaixo, escreva (1) para as formas verbais corretas e (2) para as incorretas:
28. Assinale a frase que expressa a afirmativa verdadeira sobre os verbos do seguinte texto. "Sabamos ser alegres,
mas no tanto que ofendssemos os tristes; e em nossa tristeza havia suavidade, porque ramos pacientes e
compreensivo. Acreditvamos nos valores do esprito; e neles fundvamos a nossa grandeza e o nosso respeito.
Mesmo quando no tnhamos muito, sabamos partilhar o que tivssemos."
"Naturalmente, espera-se que o Brasil e a Amrica Latina _________ associar progresso e liberdade.No necessrio que
_________ um confronto de civilizaes, sobretudo quando estas so definidas de maneira interessada. Mas se_________ ou
no esse confronto impossvel antecipar com certeza cientfica."
30. Assinale a correta transposio do trecho sublinhado para a voz passiva, respeitando o emprego dos tempos e
modos verbais:
"Talvez essas duas ideias nos possam levar a uma espcie de neo-humanismo no triunfalista."
GABARITO
43
01. F 02. V 03. F 04. V 05. F
06. V 07. F 08. F 09. F 10. V
11. F 12. F 13. V 14. F 15. F
16. D 17. C 18. B 19. C 20. E
21. D 22. E 23. B 24. B 25. C
26. B 27. E 28. E 29. A 30. E
PRONOMES
Palavras que representam ou acompanham um substantivo.
1. PRONOMES PESSOAIS
EMPREGO E FORMAS DE TRATAMENTO
Classificao:
RETOS OBLQUOS
- sujeito - outras funes - observaes:
Eu me, mim, comigo 1. Os pronomes eu e tu
Tu te, ti, contigo so normalmente
s e , s i , o /a , l h e , . pronomes retos.
Ele
consigo
2. Os demais pronomes:
Ns nos, conosco ele, ns, vs, eles -
Vs vos, convosco sero oblquos quando
se, si, os/as, lhes, em outras funes sin
Eles tticas.
consigo
1) Para eu - para tu
Antes de infinitivos na funo de sujeito:
Recomende um livro para eu ler. > sujeito
do verbo ler.
44
2) Para mim - para ti
Sempre que no forem sujeito da orao:
Traga um presente para mim. > objeto indireto.
fcil para mim trabalhar aqui. > complemento nominal.
b. Entre mim e ti
Entre mim e ti
Os pronomes eu e tu no podem vir
preposicionados.
O namoro acabou, nada mais h entre mim e ti.
Pesam suspeitas sobre voc e mim.
1)Conosco ou convosco
Os pronomes ns e vs combinam-se com a
preposio com.
Os mestres ficaram satisfeitos conosco.
2)Com ns e com vs
No haver combinao se os pronomes
vierem determinados por mesmos, prprios.
outros, ambos e numerais cardinais.
A autora dedicou o trabalho a ns todos.
1)Consigo
Pronome pessoal reflexivo (indica que a ao
verbal se refere ao prprio sujeito).
O rapazinho trazia consigo a marca da intolerncia.
2)Contigo
Pronome no-reflexivo de 2 pessoa do singular.
Leva contigo tuas lembranas e segredos.
3)Com voc(s)
Pronome no-reflexivo de 3 pessoa.
Espere um pouquinho: quero falar com voc.
e. O pronome o, a, os, as
(e suas transformaes)
45
lhe + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas.
nos + o, a, os, as > no-lo, no-la, no-los, no- las.
vos + o, a, os, as > vo-lo, vo-la, vo-los, vo- las.
lhes + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas
No lhos perdoar.
lhe(o.i.) + os(o.d.)
1)o, a, os, as
- objeto direto
Jamais o acompanharei nesta loucura.
- sujeito de verbos causativos (mandar,
deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir)
Deixei-o sair em pssimas companhias.
2)lhe, lhes
- objeto indireto (pessoa)
No faam apenas o que lhes convm.
- adjunto adnominal ou objeto indireto de
posse (valor de um possessivo)
A flecha transpassou-lhe o corao.
- complemento nominal (acompanha verbo
de ligao)
Era-lhe impossvel sorrir.
Pronomes de Tratamento
Referem-se s pessoas de modo cerimonioso ou oficial.
Pronomes Abreviaturas Autoridades
Vossa Excelncia V. Exa. Governamentais
Vossa Magnificncia V. Maga. Reitores
Vossa Alteza V. A. Prncipes, duques
Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores
Vossa V. Rev. Sacerdotes
Reverendssima
Vossa Eminncia V. Em". Cardeais
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. Sa. As demais
Observao:
Vossa - para falar com (2 pes. gram. o receptor)
Sua - para falar de (3 pes. gram. o assunto)
46
FALSO/VERDADEIRO
13. Assinale a alternativa em que o pronome "lhe" pode ser adjunto adnominal:
14. De acordo com a prxis consagrada do uso dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa correta:
a) Pela presente, enviamos a V. S. a relao de seus dbitos e solicitamos-lhe a gentileza de sald-los com urgncia,
(correspondncia comercial)
b) Vossa Alteza Real, o Prncipe de Gales, vir ao Brasil para participar da ECO-92. (nota de jornal)
c) Sua Santidade pode ter a certeza de que sua presena entre ns motivo de jbilo e de mstico fervor, (discurso pronunciado
em recepo diplomtica ao Sumo Pontfice)
47
d) Solicito a V. Ex. dignar-vos aceitar as homenagens devidas, por justia, a quem tanto engrandeceu a ptria, (ofcio dirigido a
ministro do Supremo Tribunal)
GABARITO
1 .F 4 .F 7 .V 10.V 13.C
2 .F 5 .V 8 .V 11.D 14.A
3 .F 6 .V 9 .V 12.D 15.B
2. PRONOMES POSSESSIVOS
Indicam "posse" e "possuidor", posicionam os seres em relao s pessoas gramaticais.
b) O pronome seu quase sempre traz ambiguidade: Chegou Pedro, Maria e o seu filho.
(De quem o filho? de Pedro? de Maria? ou seu?)
c) Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo referindo-se s partes do prprio corpo: Estou sentindo muita dor
no meu joelho.
(Poderia sentir dor no joelho de outra pessoa?)
3. PRONOMES RELATIVOS
Substituem um termo comum a duas oraes, estabelecendo uma relao de subordinao entre elas.
Pronomes relativos:
- que , quem, o qual, onde, quanto, como, cujo.
48
Emprego dos pronomes relativos
Pronomes: caractersticas e emprego
-refere-se a pessoas
q uem - prep. a com V.T.D.
Conhea a mulher a quem tanto amas
- refere-se a coisas ou pessoas
- antecedente mais prximo
que Voc a pessoa que sempre chega na hora
O estudo o Caminho que conduz ao sucesso.
Aquela me da menina que venceu na prova
- refere-se a coisas ou pessoas
- antecedente mais distante
qual
Voc a pessoa que sempre chega na hora.
Aquela me da menina a qual vence a prova.
- equivalente a em que ou no qual
- indica lugar
onde - aonde e donde (com verbo de movimento)
Visitaremos a casa onde nasceu Bilac.
Ela sabe aonde voc quer chegar.
- aps tanto, todo e tudo.
quanto
No gaste num dia tudo quanto ganhas no ms.
- antecedes: maneira, modo, forma.
como
Este o modo como deves estudar gramtica.
- refere-se a um antecedente, mas concorda com o consequente, indicando posse.
- sempre pronome adjetivo.
c ujo
- no admite artigo (antes ou depois)
H pessoas cuja inimizade nos honra.
4. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Demonstram a posio dos seres no tempo e no espao.
Dilogo entre pais e filhos difcil: estes no querem ouvir nada, e aqueles querem falar muito.
49
So tambm pronomes demonstrativos
a) o, a, os, as
Todos diziam o que queriam (isso, aquilo)
Conheo o idioma latino e o grego. (idioma)
b ) ta l
Jamais fiz tal assertiva. (essa, aquela)
5. PRONOMES INDEFINIDOS
Referem-se a verbos e a substantivos, dando-lhes sentido vago ou quantidade indeterminada.
Algum vir procur-lo mais tarde. (quem?)
Muitos candidatos sero chamados. (quantos?)
Observao:
Alguns podem pertencer a mais de uma classe gramatical:
6. PRONOMES INTERROGATIVOS
Que, quem, qual e quanto, usados em frases interrogativas.
Quem inventou a pinga?
Que loucura essa?
Qual o plano?
Quantos candidatos foram aprovados?
b) Pergunta indireta: pronome aps verbos "dicendi", como, saber, responder, informar, indagar, ver, ignorar, etc.
Observao:
Outras palavras usadas em frase interrogativa, sero, com certeza, advrbios interrogativos.
Quando comearam as provas? (adv. de tempo)
Como tens vindo para o trabalho? (adv. de modo)
Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar)
FALSO/VERDADEIRO
6. Na cidade do Mxico, os veculos com placas de final par circulam s segundas, quartas e sextas- feiras; os
automveis que as placas tm final mpar rodam s teras, quintas e sbados.
7. Contadas todas as horas onde ficam enredados no trfego, os brasileiros perdem quatro dias a cada ano; os
americanos passam, no mnimo, dois meses por ano esperando o sinal abrir.
8. A proposta do secretrio, com a qual, lamentavelmente, o prefeito no concorda, poderia solucionar os graves
problemas de congestionamento no trfego da cidade.
9. Na reunio do conselho diretor, durante a qual foram discutidas questes fundamentais para a reestruturao do
anel virio da cidade, fechou- se um acordo com os polticos.
10. Tendo em vista a falta de solues de longo prazo, os tcnicos em engenharia de trnsito, cujos trabalham para a
prefeitura de So Paulo, esto apelando para operaes de emergncia.
a) H muito no a vejo.
b) Ele muito calmo;
c) Trata-se de caso muito famoso.
d) Ele estivera passando muito mal.
e) Voc muito competente.
Ao comparar os diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixo a proeminncia ________
sobre cada um ___________.
16. Aponte, nas sries abaixo, a construo errada que envolve pronome relativo:
17. Destaque a frase em que o pronome relativo e a regncia foram usados corretamente:
20. Na frase: "Os que ficarem nesta sala sabero de algumas novidades."
52
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
GABARITO
ARTIGO
1. Artigo definido: o, a, os, as - "define" um ser dentre tantos da espcie, determinando, tambm, gnero e nmero.
Chamem o jovem, (aquele jovem, sexo masculino)
2. Artigo indefinido: um, uma, uns, umas - designa qualquer ser dentro da espcie, deixando-o vago "indefinido";
determinam gnero e nmero. Contratem uma jovem, (qualquer jovem, sexo feminino)
ADVRBIO
a palavra invarivel que modifica o verbo, o adjetivo e o prprio advrbio.
Classificam-se como advrbios interrogativos as palavras onde, aonde, donde, como, quando, por que,usadas nas
interrogaes.
53
o i to oitavo ctuplo oitavo
nove nono nnuplo nono
dez dcimo dcuplo dcimo
onze dc. primeiro (1) undcuplo onze avos
doze dc. segundo (2) duodcuplo doze avos
vinte vigsimo vinte avos
t ri n t a trigsimo trinta avos
quarenta quadragsimo quarenta avos
cinquenta quinquagsimo cinquenta avos
sessenta sexagsimo sessenta avos
setenta septuagsimo setenta avos
oitenta octogsimo oitenta avos
noventa nonagsimo noventa avos
c em centsimo cntuplo centsimo
duzentos ducentsimo ducentsimo
trezentos trecentsimo trecentsimo
quatrocentos quadringentsimo quadringentsimo
quinhentos quingentsimo quingentsimo
seis centos sexcentsimo sexcentsimo
setecentos setingentsimo setingentsimo
oitocentos octingentsimo octingentsimo
novecentos nongentsimo nongentsimo
Observaes: (1) ou undcimo (2) ou duodcimo.
PREPOSIO
a palavra invarivel que liga duas palavras, estabelecendo entre elas uma relao de dependncia.
1. Preposies essenciais: a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.
Era nosso agregado desde muitos anos.
E jorrou a gua de todos os afluentes...
O velho pescador usava culos sem aros.
2. Preposies acidentais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, menos, salvo, segundo,seno, tirante,
visto etc.
Salvo melhor juzo, julgo correta a expresso.
Ele sofreu um acidente durante o exerccio.
Eles sempre se vestiam conforme a moda.
3. Locuo prepositiva: ao lado de, abaixo de, acima de, a despeito de, a fim de, ao redor de, a par de, apesar de, de acordo
com, por causa de, graas a, junto a, at a, etc.
O perigo morava ao lado de todos.
Passamos no concurso graas a nossa capacidade intelectual.
A prova foi realizada de acordo com o calendrio do edital.
CONJUNO
a palavra invarivel que liga oraes ou termos de mesma funo.
1. CONJUNES COORDENATIVAS
a) Aditivas: e, nem, mas tambm, mas ainda, como tambm, bem como.
b) Adversativas: mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entanto, e.
c) Alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja.
d) Conclusivas: logo, portanto, seno, por isso, por conseguinte, pois.
e) Explicativas: porque, que, porquanto e pois (antes do verbo).
2. CONJUNES SUBORDINATIVAS
a) Integrantes: que, se.
b) Causais: porque, visto que, pois que, como.
c) Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, tal qual.
d) Condicionais: se, caso, uma vez que, posto que, salvo se, sem que.
54
e) Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que.
f) Conformativas: conforme, segundo, consoante, como.
g) Consecutivas: to... que, tal...que, tanto... que, de modo que.
h) Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de modo que, porque.
i) Proporcionais: medida que, proporo que, quanto mais... menos.
j) Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que.
INTERJEIO
Palavra ou expresso que exprime o sentimento de que estamos possudos.
Ah! oh! ai! oxal! apoiado! psiu! puxa! ! ol! Ai meu Deus! Nossa Senhora!
FALSO/VERDADEIRO
11. No fragmento a seguir, h preposies ou combinaes grifadas indicadas por algarismos romanos. Indique o
nmero em que isso no ocorre.
"A urbanizao, apesar de (I) criar muitos modos citadinos de (II) ser, contribuiu para (III) ainda mais uniformizar os brasileiros no
(IV) plano cultural, sem (V), contudo, borrar suas diferenas",
55
a) I b ) II c ) III d ) IV e) V
"Compete ao Centro de Documentao e Informtica, por meio de suas unidades de trabalho: armazenar, selecionar e
divulgar, sistematicamente, informaes tcnico-administrativas, ____________ esses estudos e anlises sejam de
interesse para os servidores e os servios pblicos."
14. Assinale o nico item em que o termo grifado no uma palavra denotativa:
CONCORDNCIA VERBAL
O verbo concorda com o sujeito em nmero e pessoa.
SUJEITO SIMPLES
SUJEITO COMPOSTO
Regra geral: verbo no plural e (caso seus ncleos sejam de pessoas gramaticais diferentes) na pessoa de nmero mais baixo.
56
Tu e as melhores alunas representareis nosso colgio.
2
3 pes. 2 pes. pl. (vs)
pes.
Observao:
Na linguagem moderna, ocorre, cada vez mais, a substituio do tratamento "vs" por "vocs" (uma forma de silepse de
pessoa).
1.Posposto ao verbo - o verbo vai para o plural, mas pode concordar tambm com o ncleo mais prximo.
A festa, compareceram / compareceu o prefeito e sua comitiva.
Passareis / Passars tu e todos aqueles que estudarem.
3. Ncleos em gradao - o verbo concorda com o ncleo mais prximo, podendo tambm ir para o plural.
Um sculo, um ano, um ms no far / faro diferena.
4. Ncleos sinnimos - o verbo concorda com o ncleo mais prximo, podendo tambm ir para o plural.
A dor e o sofrimento sempre nos acompanha / acompanham.
5. Ncleos ligados pela preposio "com" - o verbo de preferncia no plural, podendo concordar com o 1 ncleo para
real-lo.
O professor com seus alunos realizaram / realizou a pesquisa.
Observao:
Se o ncleo preposicionado vier separado por vrgulas, o verbo dever concordar com o 1 ncleo (suj. simples).
O professor, com seus alunos, realizar a pesquisa, suj. simples adv. companhia
7. Ncleos infinitivos - o verbo fica no singular. Fazer e escrever para mim a mesma coisa.
Observao:
Verbo no plural se os infinitivos estiverem determinados por artigo ou se forem antnimos.
Em sua vida, porfia, rir e chorar se alternam.
O amar e o sofrer tornam os homens mais humanos.
CASOS PARTICULARES
57
Nem concurso nem loteria daria / dariam maior felicidade.
Observao:
Essa regra ser quebrada se houver:
1)reciprocidade - verbo somente no plural. Um e outro carro chocaram-se na pista.
2)excluso - verbo somente no singular.
Nem Fernando nem Paulo se eleger presidente.
Observao:
Essa regra ser alterada se ocorrer:
1)reciprocidade - verbo no plural.
Mais de um deputado se agrediram verbalmente.
2)repetio - verbo no plural.
Mais de um professor, mais de um aluno ficaram surpresos. .
d)Um dos que - verbo no singular ou no plural, facultativamente.
Cames foi um dos poetas que fez / fizeram escola na Literatura.
No serei eu um dos que lutar / lutaro por muitas reformas.
e)Sujeito coletivo, partitivo ou percentual o verbo concorda com o ncleo do sujeito ou com seu determinante, se houver.
O bando pousou no varal.
O bando de pssaros pousou / pousaram no varal.
A maioria estuda seriamente para o concurso.
A maioria dos alunos estuda / estudam para o concurso.
Dez por cento vivem na misria.
Dez por cento da populao vivem / vive na misria.
Observao:
Se o percentual vier determinado por artigo ou pronome, o verbo concordar apenas com o ncleo do sujeito (o percentual).
Meus dez por cento do lucro sumiram.
f)Locuo pronominal com pronome pessoal preposicionado - podem ocorrer duas estruturas:
1)pronome inicial no singular - verbo na 3 pessoa do singular.
Nenhum de ns faria tamanha tolice.
Qual de vs comunicou o resultado da pesquisa?
2)pronome inicial no plural - verbo na 3 pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal.
Poucos de ns fariam / faramos tamanha tolice.
Quais de vs comunicaram / comunicastes o resultado?
Observao:
O verbo pode flexionar-se (hajam vista), havendo nome no plural sem preposio: No viajaremos, hajam vista os problemas
surgidos.
58
i)Verbo "parecer" seguido de infinitivo -flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nunca os dois.
As crianas parecem estar felizes.
As crianas parece estarem felizes.
ndice de indeterminao do sujeito [se + (v.i. /v.t.i. / v. lig.)] - verbo na 3 pessoa do singular, sujeito indeterminado.
Aqui, vive-se feliz: l, s Deus sabe.
Na escola, assistiu-se a filmes instrutivos, v.t.i. i.i.s.
s vezes se parecia calmo, mas era apenas aparente.
Observao:
Quando se empregar o objeto direto preposicionado, o verbo ficar, tambm, na 3 pessoa do singular: sujeito indeterminado.
Louva-se a Deus, porque se teme ao demnio.
n) Pronome "quem" - o verbo fica na 3 pessoa do singular, mas pode concordar, tambm, com o antecedente.
Fui eu quem resolveu a questo.
Fui eu quem resolvi a questo. (Rocha Lima)
Exemplos:
O povo, h alguns anos, acreditou em sua prosperidade.
Faz mais de dez dias que se publicou o edital.
No Sul fazia dias constantemente frios.
Trovejava noites a fio, mas no chovia.
Como havia poucas vagas, o povo fazia filas na escola.
Observao:
Nas locues verbais, formadas com esses verbos, a impessoalidade (3 pessoa do singular) recai no verbo auxiliar.
Os lugares eram poucos e, por isso, comeou a haver brigas.
Observao:
Em relao s datas, admitem-se trs construes:
59
1)Concordando com o numeral:
Amanh sero vinte de abril.
2)Concordando com a palavra "dia", expressa:
Hoje dia quatro de janeiro.
3)Concordando com a palavra "dia", elptica:
Hoje (dia) quatro de janeiro.
CONCORDNCIA FACULTATIVA
Sujeito pronome indefinido (tudo ou nada)
Na juventude, tudo / so flores.
VERDADEIRO/FALSO
60
12. Mais de um atleta completou a maratona.
14. A maior parte dos alunos passaro, isto , cerca de cem alunos passar.
15. As naes parecia ficarem felizes, haja visto que Os Estados Unidos apoiou o projeto de desarmamento.
19. Deve fazer muitos anos que no chovem dlares l em casa, mas h de haver outras ocasies para que chova
novamente.
21. Dez mil reais muito, embora a maioria seja peas raras.
a) So Paulo e Rio de Janeiro esto entregues a uma bilateral delinquncia - a dos criminosos comuns e a dos policiais
criminosos. De permeio, dezenas de inocentes so brutalmente sacrificados.
b) compreensvel o pavor da populao diante da criminalidade. Porm, esse clima angustiante estimula a matana oficial.
c) Assim, a poltica de extermnio que toma conta de nossos policiais, alm de covarde e cruel com inocentes nivelam por baixo
bandidos e policiais, tornando-os delinquentes comuns.
d) A segurana pblica, dever do Estado, exercida, tambm, pelas polcias militares. Foroso reconhecer que o Estado est
falhando, para dizer o mnimo, em seu dever.
e) A violncia uniformizada, alm de covarde e odiosa, ao contrrio de manter a segurana, causa a total insegurana.
a) A inveno da roda frequentemente descrita como um dos fatos fundamentais que permitiram ao homem construir sua
civilizao. Ela tambm sinnimo de coisa evidente, ovo de Colombo.
b) A roda, ao lado de outras importantes invenes como a alavanca e o guindaste, inaugurou uma era tecnolgica que hoje nos
permitem construir todas as espcies de veculos, desde carroas at foguetes espaciais.
c) Um dos mais populares , sem dvida alguma, o carro que facilita a vida de milhes de pessoas em todo o planeta.
d) H, porm, um grande inconveniente quando muitos carros procuram passar pelo mesmo local ao mesmo tempo.
e) Os veculos simplesmente deixam de cumprir a finalidade para a qual foram criados. Eles deixam de se locomover.
28. Indique o trecho em que ocorre erro de concordncia verbal, segundo o padro culto da Lngua Portuguesa:
a) A outra das terras por eles exploradas, pela mesma poca, os portugueses deram o nome de Brasil, porque havia ali muito
pau conhecido por esse nome. Foi sorte. Havia tambm, muitos macacos nessa mesma terra, e muitos papagaios.
b) Os cheques pr-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo, em alguns casos representam
at a metade dos cheques recebidos pelo comrcio.
c) Os desarranjos na economia se expressam na ordem social por desequilbrios calamitosos. So o desemprego generalizado,
as presses inflacionrias, a queda do produto, a depresso das massas e, sntese dialtica, a violncia.
61
d) Mas, se, para alm das palavras, se consideraram os atos do executivo e as atuais negociaes, parece que as presses j
comeam a ter efeito. H dez dias o pas foi surpreendido com a nova verso do Oramento que prev uma elevao de U$
10 bilhes nos gastos do governo e igual aumento na estimativa de receitas.
e) O momento grave. Cabe aos polticos a obrigao de manter a serenidade e o equilbrio nos debates, que certamente
passaro para o plenrio da Cmara e do Senado.
a) N. Elias um dos autores que opem o conceito de civilizao ao de cultura para definir o que nao ocidental.
b) A catequese, a pacificao torna o ndio assimilvel e oportuniza o avano branco.
c) A catequese, a pacificao tornam o ndio assimilvel e oportunizam o avano branco.
c) Na literatura missionria, mais de um relato faz distino entre ndio "civilizado" e ndio "selvagem".
d) Nem o mulato nem o caboclo perde sua identidade frente ao branco, como acontece com o indgena.
e) Muitos de ns brasileiros reconhecem que a concepo de nossa identidade vem do branco europeu.
GABARITO
CONCORDNCIA NOMINAL
FLEXO NOMINAL: PALAVRAS VARIVEIS E INVARIVEIS
Os adjuntos adnominais, isto , artigos, pronomes, numerais e adjetivos, concordam em gnero e nmero com o nome a que
se referem.
b)Adjetivo anteposto:
1)o adjunto adnominal concorda apenas com o mais prximo.
62
O cavalheiro oferecera-lhe perfumadas rosas e lrios.
2) o predicativo vai para o plural no gnero predominante.
O vencedor considerou satisfatrios a nota e o prmio.
Observao:
Segundo alguns autores, o predicativo anteposto pode tambm concordar com o ncleo mais prximo.
" preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins". (Cegalla)
"Mantenha acesas as lmpadas e os lampies. (Sacconi)
Estava deserta a vila, a casa e otemplo. (Savioli)
b)Bastante
Concorda com o nome a que se refere.
O estudo gera bastantes ansiedades e poucas certezas.
Observao:
Invarivel, quando se referir a verbos, adjetivos ou advrbios.
No a procuramos bastante para encontr-la.
Todos parecem bastante ansiosos.
O ancio, na noite anterior, passara bastante mal.
c) Meio
Concorda com o substantivo a que se refere (indicando frao).
No serei homem de meias palavras.
Observao:
Invarivel, quando advrbio (referindo-se a adjetivos).
A funcionria sentiu-se meio envergonhada com a situao.
d) Le s o
Concorda em gnero e nmero com o 2 vocbulo do composto.
Seu comportamento revela desvios de lesos-caracteres.
e)Quite
Concorda com o nome a que se refere.
Os eleitores ficaram quites com suas obrigaes cvicas.
S far prova o aluno quite com a tesouraria do colgio.
f) S
Adjetivo (s = sozinho), concorda com o nome a que se refere.
Merecem elogios os meninos que se fazem por si ss.
Denotando circunstncia adverbial (s = somente), invarivel.
S os deuses so imortais.
Observao:
A locuo a ss invarivel.
Nesses casos, nada melhor que uma conversa a ss.
Observao:
As locues em anexo e em separado so invariveis.
Em anexo, seguiro as duplicatas correspondentes.
Seguem, em separado, as cpias das notas fiscais.
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h) Possvel
Concorda com o nome a que se refere.
J fizemos todas as tentativas possveis.
No singular, com as expresses superlativas o mais, o menos, o melhor, o pior.
Mantenha os alunos o mais ocupados possvel.
No plural, com essas expresses no plural:
os / as mais, os / as menos, os / as melhores, os as piores.
Na Sua, fabricam-se os melhores relgios possveis.
Observao:
A expresso (o) quanto possvel invarivel.
Gosto de cervejas to geladas (o) quanto possvel.
m) A olhos vistos
Na linguagem contempornea, invarivel.
A menina emagrecia a olhos vistos.
Observao:
Em linguagem j arcaica, o particpio "visto" concorda com o sujeito (aquilo que se v): Amenina emagrecia a olhos vista.
n) Tal qual
Em funo predicativa, concordam com os respectivos sujeitos.
Os jogadores do Flamengo so tais qual o prprio time.
FALSO/VERDADEIRO
16. Considerando o perodo: "Reincidente, ter sua carteira permanentemente cassada na terceira vez." assinale a
opo que se apresenta de acordo com a norma culta do Portugus:
a) Garantiu-lhe que pode ser dispensado, nestes casos, apresentao da carteira de habilitao de motorista.
b) Enviou-lhe anexas aos depoimentos das testemunhas a fotocpia da multa que ela mesma havia amassado durante a
discusso.
c) Apreciava encantado as tranquilas montanhas e bosques, esquecendo-se at de que proibido a ultrapassagem pela direita.
d) Mostrou-lhe que estava quites com os impostos e as taxas relativos ao veculo, mas no conseguiu evitar que lhe fosse
imputado a multa pela infrao cometida.
a) J esto incluso no processo as investigaes a respeito das manifestaes lingusticas das abelhas.
b) No h nenhuma probabilidade de aprofundar as pesquisas sobre comunicao dos chimpanzs.
c) Foi desnecessria discusso sobre a possibilidade da existncia de uma comunicao lingustica animal.
d) perigoso a afirmao a respeito da emisso fnica dos vertebrados como um conjunto de smbolos lingusticos.
e) Muito obrigado, disse-me a juza sorridente.
19. Aponte a opo cuja sequncia preenche corretamente as lacunas deste perodo:
"Muito __________, disse ela. Vocs procederam __________, considerando meu ponto de vista e minha argumentao
__________."
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4. justo que todos ajudem.
justo a ajuda de todos.
Esto corretas:
a) 1, 2 e 3 b )3 e 4
c ) 1 e2 d )2 e 3
e) 1 e 4
21. Todos os perodos abaixo esto corretos. Existem, porm, dentre eles alguns que admitem outra forma de
concordncia, correta tambm. Indique a alternativa que abrange estes perodos:
22. Tendo em vista as normas de concordncia, assinale a opo em que a lacuna s pode ser preenchida por um dos
termos colocados entre parnteses:
"Queremos bem __________ nossa opinio e nossos argumentos, deixando __________, sem possibilidade de outras
interpretaes, as palavras que ___________ expressam."
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b) meio-dia e meia, disse o locutor.
c) A convidada chegou com sapatos e bolsa escuros.
d) Choveu no escritrio embora a janela s estivesse meio aberta.
e) Durante meu curso de Direito, pude adquirir bastantes conhecimentos.
28. "Os privilgios e interesses ilegtimos esto arraigados." Das seguintes alteraes da frase, aquela em que a
concordncia nominal est em desacordo com a norma culta :
GABARITO
REGNCIA VERBAL
a maneira de o verbo relacionar-se com seus complementos.
Observao:
O pronome lhe normalmente usado quando o objeto indireto for palavra que indique pessoa e com verbos que exijam a
preposio "a"; caso contrrio, na maioria das vezes, usa-se o pronome ele com a respectiva preposio.
Principais verbos que repelem o pronome lhe: aludir, anuir, visar, aspirar, referir-se, assistir.
67
Assistir (a) - (v.t.d. ou v.t.i.) - dar assistncia.
O Governo assiste as populaes carentes.
O Governo assiste-as.
O Governo assiste s populaes carentes.
O Governo assiste a elas.
Observao:
Se ocorrer ambiguidade, deve ser usado apenas como v.t.d.
A enfermeira assistiu ao transplante.
(viu ou deu assistncia?)
A enfermeira assistiu o transplante.
Observao:
Alguns gramticos do preferncia ao uso do pronome "o".
68
Constar - (v.i. - dizer-se, passar por certo).
Consta que Cristo fez maravilhosos portentos.
Constar de- (v.t.i. - ser composto ou formado, constituir-se).
Esta obra consta de dois volumes.
Constar em - (v.i. - estar registrado, escrito).
Algumas palavras nem constam no dicionrio.
Observao:
Como se pode ver, o objeto indireto pessoa e o sujeito, oracional; devendo, portanto, evitar-se:
Os alunos custaram a entender tais assuntos.
Observao:
Essa construo clssica que tem como sujeito o ser lembrado.
Esquecer, recordar e admirar apresentam idntica regncia.
Precisar - (v.t.d. - indicar com exatido).
O guarda no precisou o local da infrao.
O guarda no o precisou.
Precisar de - (v.t.i.) - ter necessidade, carecer).
Quem no precisa de dinheiro?
Quem no precisa dele?
Observao:
Alguns autores clssicos o empregaram como v.t.d. - porm, na linguagem atual, esse procedimento no tem mais trmites.
69
Querer a - (v.t.i. - amar, estimar, bem-querer).
Quero muito a meus pais. Quero-lhes muito.
Observaes:
a) Seguido de infinitivo, pode a preposio ficar subentendida.
O pequenino visava conquistar a simpatia de todos.
b) Apesar de exemplos clssicos como transitivo direto, no se recomenda tal procedimento na linguagem hodierna.
Observao:
O erro comum o uso da preposio emem vez de a.
Quando cheguei em Braslia, (incorreto)
Observao:
O erro comum usar a preposio em.
Com licena, preciso ir no banheiro, (incorreto)
Namorar - (v.t.d.)
Paula namorava todos os rapazes da rua.
Observao:
O erro comum usar-se com a preposio com.
Raimunda s foi feliz namorando com Ricardo, (incorreto)
Observao:
O erro comum tem sido us-los como transitivos diretos.
Pedrinho, no desobedeas teu pai! (incorreto)
70
J paguei a prestao ao cobrador.
Observao:
O erro comum a construo com objeto direto "pessoa".
Amanh pagaremos os funcionrios. (incorreto)
Preferir - (v.t.d.i.)
H indivduos que preferem o sucesso fcil ao triunfo meritrio.
Observao:
O erro comum o uso redundante de "reforos" (antes, mais, muito mais, mil vezes, etc.) e de "comparativos" (que ou do
que). Prefiro mil vezes um inimigo do que um falso amigo, (incorreto)
Observaes:
Tm a mesma regncia os verbos morar, situar-se, estabelecer-se e os adjetivos derivados sito, residente, morador,
estabelecido.
Ela reside na SQN 315, estabeleceu-se na QNG, sito na casa 10.
O erro comum usar-se a preposio a.
Todos estaro no local determinado, sito a SCLN 314. (incorreto)
Observao:
O eixo comum us-lo como verbo pronominal, reflexivo.
Nunca me simpatizei com modas, (incorreto)
Observao:
O erro comum, com esses verbos, a construo em que aparecem dois objetos diretos ou dois indiretos, isto , por excesso
ou omisso de preposio.
Avisei-os que a prova fora transferida. (incorreto)
Avisei-os de que a prova fora transferida. (correto)
Avisei-lhe de que a prova fora transferida. (incorreto)
Avisei-lhe que a prova fora transferida. (correto)
REGNCIA NOMINAL
a relao de subordinao entre o nome e seus complementos, devidamente estabelecida por intermdio das preposies
correspondentes.
I m b u d o (d e , e m )
Imbudo de / em vaidades.
Incompatvel (com)
A verdade incompatvel com a realidade.
Passvel (de)
O projeto passvel de modificaes.
Residente (em)
Os residentes na Capital.
FALSO/VERDADEIRO
2. O rbitro, aspirando simpatia da torcida, preferiu marcar pnalti do que simples falta.
72
7. Est na hora da falta ser cobrada e isso implica em grande concentrao.
9. Sei que namorou com a bola, beijou-lhe, pois a queria como a uma noiva.
10. O goleiro avisou ao rbitro de que estava pronto, mostrando-lhe aonde ficaria.
a) Eu no lhe vi avanar o sinal, mas assisti o seu desrespeito ao pedestre, conduzindo o veculo, em alta velocidade, pelo
acostamento.
b) No lhe conheo bem para afirmar que ele tem o hbito de namorar com a vtima dentro do automvel.
c) Informou-lhe que as medidas de preveno de acidentes no trnsito no implicavam custo adicional para a administrao.
d) O agente de trnsito tentava explicar ao motorista de que no visava o agravamento da punio e, sim, que queria ajudar-lhe.
14. Quanto regncia verbal, escreva (1) nas corretas e (2) nas incorretas:
a) "Os rebeldes sem causa j haviam tomado de assalto as telas do cinema muito antes que a primeira guitarra roqueira fosse
plugada na tomada."(Veja/95)
b) "A exemplo das grandes sagas empresariais, 'Um Sonho de Liberdade' prega a supremacia da perseverana sobre a
adversidade, da pacincia sobre a brutalidade, da frieza sobre o instinto." (Veja, 15/3/95)
c) "Para lembrar o assassinato de Zumbi, muitos estaro somente danando e tocando tambor - o que somente acontecer em
reforo aos esteretipos atiados sobre seus descendentes." (Folha de So Paulo, 26/3/95)
d) "Art. 3. So direitos de cada condmino: reclamar Administrao, exclusivamente por escrito, todas e quaisquer
irregularidades que observe, ou que esteja sendo vtima."
e) "4.1 - Este contrato irrevogvel e irretratvel. Desejando o assinante cancel-lo, dever remeter editora cpia xerogrfica
da face preenchida deste documento, acompanhada de carta explicativa dos motivos do cancelamento."
a) Quando se desativa uma linha de trem, esto-se isolando muitas localidades que perdero o nico meio de transporte que
dispem.
73
b) Em muitas cidades pequenas, no interior do Pas, prevalece a ideia, a qual se desconfia que o prprio Prefeito seja adepto, de
que o trem meio de transporte obsoleto.
c) Como interesse do Pas de que o preo do frete diminua, so urgentes e imprescindveis os investimentos em nosso
sistema ferrovirio.
d) A partir dos anos 50, o baixo custo do petrleo justificou a opo do transporte de carga por rodovias, s quais foram
ganhando cada vez mais preferncia.
e) No Brasil, dadas suas dimenses continentais, deve-se dar preferncia s ferrovias para a movimentao de cargas.
19. Assinale a opo que contm erro, segundo os padres formais da lngua portuguesa:
a) Algumas ideias vinham ao encontro das reivindicaes dos funcionrios, contentando-os, outras no.
b) Todos aspiravam a uma promoo funcional, entretanto poucos se dedicavam quele trabalho, por ser desgastante.
c) Continuaram em silncio, enquanto o relator procedia leitura do texto final.
d) No momento este Departamento no pode prescindir de seus servios devido ao grande volume de trabalho.
e) Informamos a V. S. sobre os prazos de entrega das novas propostas, s quais devem ser respondidas com urgncia.
20. De acordo com a norma culta, h erro de regncia do termo destacado em:
22. Aponte, entre as alternativas abaixo, aquela que relaciona os elementos que preenchem corretamente as lacunas do
texto abaixo:
"A ida dos meninos _____ casa da fazenda fez _____ que o velho, sempre intolerante _____ crianas e fiel _____seu
costume de assust-las, persistisse _____ busca _____ um plano para p-las _____fuga."
74
23. Assinale a alternativa que completa corretamente:
a) II - III - IV
b) I - II - III
c) I - III - IV
d) Todos os perodos esto corretos.
e) Todos os perodos contm erros.
Ele anseia _____visit-la porque _____ estima muitoe deseja que ela _____ perdoe ____ erros.
27. Assinale a opo cuja lacuna no pode ser preenchida pela preposio entre parnteses:
28. Aponte a opo em que a substituio da preposio (entre parnteses) contraria os preceitos gramaticais da norma
c u l ta :
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II. D. Pedro abdicou a coroa na pessoa de sua filha D. Maria da Glria.
III. Na Academia teria um lugar de direito, se o aspirasse realmente.
IV. Ns o chamvamos tiozinho e brincvamos com ele como um boneco.
GABARITO
COLOCAO PRONOMINAL
Os pronomes oblquos tonos podem ser colocados em trs posies:
PRINCPIOS BSICOS
1. Desde que no inicie orao, a colocao do pronome antes do verbo estar, quase sempre, correta.
As competies se iniciaram na hora marcada.
Observao:
O pronome tono pode iniciar oraes interferentes.
As frias de julho, me diziam as crianas, foram as melhores.
2. Depois dos infinitivos invariveis, a colocao ser correta, mas no obrigatria.
No dizer-lhe a verdade, ser pior.
No lhe dizer a verdade, ser pior.
3. E proibida a colocao do pronome depois de verbos no particpio, no futuro do presente ou no futuro do pretrito.
Tenho dedicado-me ao trabalho.(incorreto)
76
Tenho-me dedicado ao trabalho. (correto)
Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)
Avisar-te-ei assim que chegarem. (correto)
PRCLISE
CASOS OBRIGATRIOS
1. Oraes negativas, exclamativas, interrogativas e optativas.
Ningum o chamou aqui.
Como te iludes! meu amigo.
Onde nos informaro a hora certa?
Bons ventos o levem.(!)
PRCLISE FACULTATIVA
1. Estando o sujeito expresso
Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de no terem estudado.
NCLISE
CASOS OBRIGATRIOS
MESCLISE
A mesclise ser obrigatria com verbos no futuro do indicativo, desde que no haja caso de prclise obrigatria.
Por este processo, ter-se-o obtido os melhores resultados.
Sua atitude serena,poder-se-ia dizer hiertica, quase ritual.
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Os presos tinham-se revoltado. Haviam-no declarado vencedor.
FALSO/VERDADEIRO
1. Macacos me mordam!
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a) O horrio eleitoral no tem permitido que se explique para que serve um vereador, (ocorre prclise pronominal porque a forma verbal
no particpio rejeita a posio de nclise)
b) Um candidato ter poder de interferir e atuar onde menos se imagina, (a prclise obrigatria por tratar-se de estrutura sinttica de
orao subordinada desenvolvida)
c) Em "Os cargos executivos monopolizam as atenes", a substituio do objeto direto por um pronome pessoal oblquo resultaria em:
Os cargos executivos monopolizam-nas,
d) E do prefeito quase sempre a iniciativa, aos vereadores cabe acat-la ou recus-la. ( inaceitvel a prclise aos verbo acatar e recusar)
e) Em "Fica difcil fazer o mesmo", a substituio do objeto direto por um pronome oblquo resultaria em: Fica difcil faz-lo.
19. Assinale a nica alternativa que no se coaduna com a norma culta da colocao pronominal:
a) Quem o trouxe sem convite que se encarregue de acompanh-lo.
b) Os meninos comam por todos os cmodos da casa, impedindo-me de pensar.
c) Quando meninote, eu devorava livros com este tema: O que se no deve dizer.
d) Se nos procurarem arrependidas, daremos-lhes novas oportunidades.
e) Jamais te daria tantas atenes, se no te amasse como amo ainda.
20. Assinale a alternativa em que a colocao pronominal praticada contrariou preceitos gramaticais da linguagem
escrita:
a) At agora, o desempenho da Pioneer tem sido quase milagroso para os cientistas que a acompanham.
b) A Nasa usa um gigantesco radiotelescpio, que capaz de distinguir o sinal da nave entre o turbilho de rudos produzidos
pelas estrelas distantes e ao distingu-lo o faz com perfeita nitidez.
c) A nave Pioneer se transformar, em breve, no maior laboratrio espacial.
d) Nada se compara aos avanos tecnolgicos das pesquisas espaciais neste sculo.
e) A Nasa, que se comprometeu a desvendar os in- sondveis mistrios, tem-se portado com eficcia indiscutvel.
21. (CESGRANRIO) Assinale a opo que completa as lacunas da seguinte frase: Ao comparar os diversos rios do
mundo, defendia com azedume e paixo a proeminncia .................. sobre cada um ................. .
a) desse, daquele
b) daquele, destes
c) deste, daqueles
d) deste, desse
e) deste, desses
22. (UNIRIO) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho: A maxila e os dentes denotavam a
decrepitude do burrinho; .........., porm, estavam mais gastos que .......... .
a) esses, aquela
b) estes, aquela
c) estes, esses
d) aqueles, esta
e) estes, esses
79
GABARITO
ANLISE SINTTICA
A ORAO
TERMOS ESSENCIAIS
SUJEITO
CLASSIFICAO DO SUJEITO
1. Simples (um s ncleo)
O professor de Portugus chegou atrasado.
Todos tm, ou julgam ter, bom senso.
Jos Almir Fontella Dornelles um grande nome.
Convm que estudem muito.
3.Elptico
(Sujeito oculto, elptico ou desinencial) o sujeito simples ou composto que no vem diretamente expresso na orao: est
implcito na desinncia verbal ou elptico.
80
Falaram muito mal de vocs.
Observao:
Os verbos no imperativo no apresentam sujeito indeterminado:
Observao:
Com V.T.D. + objeto direto preposicionado
Observao:
Essas, quando desenvolvidas, levam o verbo para a 3 pessoa do plural.
Ateno:
No sentido "conotativo" no sero impessoais: tero sujeito.
PREDICADO
a declarao que se faz a respeito do sujeito.
1. PREDICADO NOMINAL
82
Joo ficou aborrecido. Joo ficou em casa.
v. lig. Predicativo v. i. a.adv. Lugar
Predicativo - o ncleo do predicado nominal.
2. PREDICADO VERBAL
A declarao, no predicado verbal, tem como ncleo o prprio verbo que, geralmente, expressa ao.
a) Intransitivos:
Verbos de sentido completo porque expressam ao que se realiza no prprio sujeito (s vezes necessitam de adjuntos
adverbiais).
O bandido morreu.
O aluno procedeu bem.
Os ces latiam.
b) Transitivos:
Verbos de sentido incompleto necessitam de complementos, pois expressam ao que se realiza fora do sujeito.
3. Predicado verbo-nominal
verbo intransitivo
83
O preso foi encontrado morto.
(voz passiva) pred. suj.
TERMOS INTEGRANTES
OBJETO DIRETO
Morfossintaxe:
a) Substantivo
d) Orao substantiva
Objeto direto que vem regido de preposio (no exigida pelo verbo)
b) Pronomes substantivos
Ofenderam a mim, no a ele.
(Preposio exigida pelo pronome)
c) Pronomes substantivos
Aprecio mais a este.
Magoou a todos indistintamente.
A quem preferes?
Conheci a pessoa a quem admiras.
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d) Quando antecipado
Aos maus, no os temo.
g) Construes paralelas
Conheo-os e a seus amigos.
h) Construes enfticas
Expresses idiomticas
Puxou da arma.
Comeu do po.
Beber do vinho.
Cumpriu com o dever.
Os revoltosos tomaram das armas.
OBJETO INDIRETO
Morfossintaxe:
O ncleo do objeto indireto pode ser
a)Substantivo
Penso constantemente em meus pais.
c) Pronomes substantivos
Eles no desconfiaram de nada.
d) Orao substantiva
Duvido de que saibam toda a histria.
COMPLEMENTO NOMINAL
Termo preposicionado que completa o sentido de "nomes".
Substantivos abstratos
85
Recebemos a notcia do incndio.
Adjetivos
Sempre fora muito obediente lei.
Advrbios
Reagiu satisfatoriamente ao infortnio.
Necessitamos de paz.
(verbo) o. i.
Concluso:
Objeto indireto(termo preposicionado complementando verbo)
Complemento nominal (termo preposicionado complementando nome)
Observaes:
1) Verbo + termo preposicionado
V.T.I. Objeto indireto
Concordamos com a proposta.
o. i.
86
a)Substantivo + termo preposicionado
(concreto) Adjunto adnominal
No devemos queimar lenha da floresta.
adj. adn.
Exemplos:
1) Votei na eleio do presidente.
c.n. ou adj. adn?
2) Ouvi o discurso do presidente.
c.n. ou adj. adn?
Como estabelecer a diferena?
Simples:
Adjunto adnominal - Agente, (corresponde ao sujeito agente, verbo na voz ativa).
Complemento nominal - Paciente, (corresponde ao sujeito paciente, verbo na voz passiva; ou corresponde ao complemento
do verbo).
Ento,
1) Votei na eleio do presidente.
O presidente foi eleito.
suj. paciente verbo na voz passiva
ou "Elegeram o presidente".
complemento do verbo
Portanto,
Votei na eleio do presidente.
compl. nominal
Concluso:
O complemento nominal vem sempre ligado a um nome de sentido "transitivo" e indica o alvo sobre o qual recai a ao do
nome.
A resposta do professor foi insatisfatria.
adj.adn.
Mtodo prtico: O professor respondeu.
agente adj. adn.
AGENTE DA PASSIVA
Indica o ser que pratica a ao expressa pelo verbo na voz passiva.
A cidade estava cercada pelo exrcito.
O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa.
O fo g o destruiu o jardim.
suj. (agente) v.t.d. o.d. (paciente)
Observao:
A voz passiva sinttica provm de uma orao com o sujeito indeterminado e por isso no tem agente da passiva.
Anularam todas as provas, (voz ativa)
87
* Sujeito indeterminado.
Anularam-se todas as provas.
Sujeito
TERMOS ACESSRIOS
ADJUNTO ADNOMINAL
Morfossintaxe:
-sero sempre adjuntos adnominais: artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.
Os nossos dois alunos passaram.
Morfossintaxe:
Funo sinttica do adjetivo:
Adjunto adnominal ou predicativo
Adjunto adnominal
- ligado ao substantivo
- estado perene
- sem nfase
Predicativo
-ligado ao verbo
-estado acidental
-com nfase
ADJUNTO ADVERBIAL
Morfossintaxe:
Adjuntos adverbiais: advrbios e locues adverbiais.
Observao:
Embora o adjunto adverbial seja termo ligado ao verbo, os advrbios de intensidade modificam, tambm, adjetivos e outros
advrbios.
Os concursandos estudam muito.
adj. adv. intens.
Os meninos falam muito alto.
adj.adv. intens.
88
Aquela mulher era muito bonita.
adj. adv. intens.
APOSTO
Termo ou expresso de funo esclarecedora.
nica irm de mame, Marcela morreu cedo.
Morfossintaxe: o ncleo substantivo ou pronome substantivo Ou orao substantiva.
TIPOS DE APOSTO
a) Explicativo:
A palavra, mensageira das ideias, a profunda expresso da alma.
b) Enumerativo:
O homem, para ver a si mesmo, necessita de trs coisas: olhos, luz e espelho.
c) Especificativo (denominativo)
O presidente Vargas cometeu suicdio.
A cidade de Curitiba muito jovem.
d) Resumitivo (recapitulativo):
Dinheiro, poder, glria, nada o seduzia mais.
e) Distributivo:
Carlos e Jos so timos alunos; este em Fsica e aquele em Biologia.
Observao:
No confundir aposto especificativo com adjunto adnominal.
A cidade de Braslia continua linda, (aposto)
(nome da cidade)
O clima de Braslia continua pssimo, (adj. adn.)
(no o nome do clima)
VOCATIVO
Termo isolado (chamamento), indica com quem se fala.
Meninos, estudem para a prova. Estudem para a prova, meninos. Estudem, meninos, para a prova.
Ateno:
Aposto: fala do ser.
Vocativo: fala com o ser.
FALSO/VERDADEIRO
1. "Pedaos de dor e de saudade povoam (1) minha alma; quando penso (2) em ti, chamam-me (3) louco; se h (4)
loucura no amor, que se viva (5) nesse enlevo." O sujeito das oraes, cujos verbos esto numerados, classifica-se
como (1) composto, (2) elptico, (3) elptico. (4) simples e (5) indeterminado.
2. "O artista apareceu sorridente e saudou o pblico com uma reverncia: a platia ficou agitadssima." O predicado
das oraes, correspondentes aos verbos numerados, classifica-se como (1) verbo-nominal. (2) verbal e (3) nominal
3. "Os justos no temem Senhor (1) pois obedecem a sua lei (2) e vem-na (3) como inspirao de um Deus (4) que vive
no corao deles (5). A funo dos termos numerados (1) objeto indireto. (2) objeto indireto. (3) objeto direto. (4)
complemento nominal e (5) objeto indireto.
4. Embora tivesse averso aos estudos (1), a exigncia de mais aulas (2) foi feita pelo aluno (3) Almir (4), um dos piores
da turma (5). A funo sinttica dos termos numerados (1) complemento nominal. (2) complemento nominal. (3)
agente da passiva, (4) aposto e (5) aposto.
5. Os nossos dois piores alunos passaram numa prova difcil. Os cinco termos sublinhados exercem funes
sintticas diferentes na orao.
89
6. O ladro, muito inteligente, ontem, noite, abriu a porta com um p-de-cabra. Os seis termos sublinhados exercem a
mesma funo sinttica: so todos adjuntos adverbiais.
7. No trecho: "Ah! quem vos visuou, lugares humildes da Palestina, que ainda hoje pareceis os mesmos de outrora, em
vossa rstica simplicidade.", tem-se, respectivamente, predicado:
a) verbo-nominal e nominal;
b) nominal e verbal;
c) verbal e nominal;
d) verbal e verbo-nominal;
e) verbal e verbal.
10. "Usando do direito que lhe confere Constituio", as palavras destacadas exercem a funo, respectivamente, de:
11. Quanto ao sujeito do verbo ter em "Dependendo da autoridade de trnsito, o motorista pode perder sua carteira por
um a doze meses. Reincidente, ter sua carteira permanentemente cassada na terceira vez." correto afirmar:
a) indeterminado;
b) est expresso pela palavra reincidente;
c) reconhecido pela desinncia verbal e remete motorista;
d) est posposto ao verbo e apresenta como ncleo a palavra carteira.
12. Marque a assertiva incorreta a respeito dos aspectos gramaticais do trecho "Incrvel; o nmero de leviandades que
se falam sobre a cidade."
a) O adjetivo "incrvel" predicativo do sujeito em uma orao em que houve elipse do verbo 'ser'.
90
b) Caso o pronome "se" fosse suprimido, no haveria prejuzo para o sentido do perodo, mas tal alterao repercutiria na
relao sinttica dos termos da orao.
c) A palavra "que" classifica-se como pronome relativo e tem como termo antecedente a palavra "leviandades".
d) A expresso "sobre a cidade" exerce a funo e adjunto adverbial de lugar.
13. As expresses sublinhadas desempenham a funo sinttica de adjuntos adverbiais, exceto em:
14. O juiz aplicar ao serventurio faltoso a penalidade cabvel pelo descumprimento de deveres funcionais. funo
sinttica da palavra sublinhada :
a) adjunto adnominal; b) complemento nominal;
c) objeto indireto; d) verbo transitivo direto;
e) adjunto adverbial de negao
15. " possvel chegarmos cansados,/mas isso no impedir a realizao do encontro." Nas trs oraes do perodo acima, os
predicados so, respectivamente:
( ) Eu a vejo sempre.
( ) Tenho neurose de per- feio
( ) Corri por entre vrios carros.
( ) Obedeamos s normas.
a) 2 - 2 - 1 - 3 b) 2 - 4 - 1 - 3
c) 4 - 2 - 3 1 d) 3 - 4 - 1 - 1
e) 1 - 3 - 4 - 2
20. No trecho: "E as mos geis ds vendedores que abrem e fecham caixas, estendem papis maravilhosos,
desenrolam atilhos dourados, fitas cintilantes, que entre seus dedos se convertem em flores de inmeras ptalas".
(C. Meireles), os termos sublinhados so, respectivamente:
GABARITO
- Frases nominais
Socorro! Fogo!A belas praias do Sul.
- Frases verbais
Gosto muito de vocs.
O sbio aquele que sabe o que sabe e sabe o que no sabe aquele que no sabe.
CLASSIFICAO DO PERODO
1. PERODO SIMPLES: s uma orao, chamada "absoluta".
Voc estuda muito.
Algumas rdios de Braslia transmitem de seus estdios, diariamente, excelentes programas musicais e esportivos.
a) Por coordenao: rene oraes independentes, isto , uma no funo sinttica da outra.
Voc estuda em Braslia e trabalha em Taguatinga.
(a ) (b )
Observao:
As oraes existem independentemente.
(a)Voc estuda em Braslia.
(b)Voc trabalha em Taguatinga.
As oraes possuem, internamente, todos os termos necessrios sua estrutura sinttica.
b)por subordinao: rene oraes dependentes, isto , uma funo sinttica da outra.
Desejo que voc seja feliz.
92
(a ) (b )
Observao:
As oraes no existem separadamente.
(a)Desejo (o qu?)
(b)que voc seja feliz. - objeto direto de (a) Uma orao no possui todos os termos necessrios sua estrutura sinttica. A
outra no tem nexo isoladamente.
CONJUNES COORDENATIVAS
Aditivas: e, nem, mas tambm, que, mas ainda, como tambm, bem como; adversativas: mas, porm, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, e;
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer,seja...seja;
Conclusivas: logo, portanto, seno, por isso, por seguinte, pois;
Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo)
3. Alternativa - estabelece uma relao de alternncia (uma opo implica a recusa da outra).
Siga o mapa ou pea informaes.
Irei praia ou viajarei para Santos.
5. Explicativa - estabelece uma relao de explicao (uma confirmao da orao anterior ou argumentao em relao
aos imperativos).
93
Deve ter chovido noite, pois o cho est molhado. (confirmao).
No chore, porque melhores dias viro. (argumentao).
AS ORAES SUBORDINADAS
4. Oraes Reduzidas chama-se reduzidas as oraes que por no possurem conectivo, ou conjuno, apresentam-se
sem flexo, isto , aparecem nas formas nominais do verbo: infinitivo, gerndio e particpio.
2.O tipo da orao subordinada substantiva corresponde funo sinttica do pronome "isso".
No sabia que chegara sua hora.
No sabia isso.
objeto direto
Portanto:
No sabia que sua hora chegara.
or. subord. subst. objetiva direta
Observao:
Normalmente introduzidas pelas conjunes integrantes que e se.
94
CLASSIFICAO DAS ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
1. Subjetivas
Convinha a todos que voc partisse.
Convinha a todos isso.
suj.
Convinha a todos que voc partisse.
or. subord. subst. subjetiva
2. Predicativas
O problema foi que chegaste tarde.
O problema foi isso.
predic.
O problema foi que chegaste tarde.
or. subord. subst. predicativa
3. Objetivas diretas
Ela viu que o dinheiro terminara.
Ela viu isso.
o.d.
Ela viu que o dinheiro terminara.
or. subord. subst. objetiva direta
4. Objetivas indiretas
Todos gostaram de que estivesses l.
Todos gostaram disso.
o .i .
Todos gostaram de que estivesses l.
or. subord. subst. objetiva indireta
5. Completivas nominais
Tive a impresso de que algo explodiu.
Tive a impresso disso.
c.n.
Tive a impresso de que algo explodiu.
or. subord. subst. compl. nominal
6. Apositivas
Disse-me algo terrvel: que ia casar.
Disse-me algo terrvel: isso.
aposto
Disse-me algo terrvel: que ia casar.
or. subord. subst. apositiva
OBSERVAO:
Embora no estejam previstas na N.G.B. - h tambm as Oraes Subordinadas Substantivas Agente da Passiva.
1. Restritivas
Os tcnicos preferem jogadores que obedecem a esquemas.
2. Explicativas
Vozes d'frica, que um poema pico, um raro momento da poesia.
- A orao explicativa traz uma qualidade ou caracterstica inerente ao ser ou ao conjunto a que se refere.
O homem, que um simples mortal, julga-se eterno.
-A orao explicativa vem separada por vrgula.
95
Mtodo prtico para analisar oraes subordinadas adjetivas:
1.Toda orao introduzida por pronome relativo (que, quem, o qual, onde, quantos, cujo) adjetiva;
2.Estando separada por vrgula adjetiva explicativa; caso contrrio, restritiva.
CONJUNES SUBORDINATIVAS
96
3. Consecutivas: indicam consequncia da orao principal.
O professor falou tanto que ficou rouco.
or. subord. adv. consecutiva
Observaes:
(1) As oraes subordinadas adverbiais podem vir antes, no meio ou depois da principal.
Embora seja possvel, pouco provvel uma terceira guerra.
pouco provvel, embora seja possvel, uma terceira guerra.
pouco provvel uma terceira guerra, embora seja possvel.
ORAES REDUZIDAS
No constituem novos tipos de oraes. So assim chamadas aquelas que apresentam verbos em formas nominais e no se
iniciam por conjunes.
Diziam acreditar na sorte.
1. De infinitivo
necessrio terem pacincia.
or. subord. subst. Subjetiva
reduzida de infinitivo
97
O vaso caiu da mesa despedaando-se.
or. coord. aditiva
reduzida de gerndio
FALSO/VERDADEIRO
2. Terminarei o curso, ainda que tenha de estudar noite. - perodo composto por subordinao.
3. O espetculo acabou bem; foram, pois, infundadas as crticas e as incertezas. - or. coord. assindtica.
4. O menino deve estar doente, porque chora muito. - or. coord. sindtica explicativa.
5. Considero-me pessoa sensata, portanto no reagirei provocao. - or. coord. sindtica conclusiva.
8. Os jogadores do Grmio que so pernas-de-pau s pensam no bicho. - or. subord. adjetiva explicativa.
10. A verdade, que no dita por todos, sempre incomoda. - or. subord. subst. apositiva.
11. Era tanta sua dor, que pensava no resistir. - or. subord. adv. causai.
12. Logo chegaremos ao vilarejo onde morei como criana pobre. - or. subord. adv. locativa.
13. Ao entrar, deparou com a chocante cena. - or. subord. adverbial temporal, reduzida de infinitivo.
14. Vive mentindo: logo, no merece crdito. - or. subord. adv. temporal.
15. Estude toda a matria, que a prova ser hoje. or. subord. adv. causal.
19. No perodo: "Sabe-se que Jac props a Labo que lhe desse todos os filhos das cabras." Assinale a alternativa que
contm, na sequncia, a anlise correta das oraes:
20. "H prolas que so gotas de mgoas, que a lua chora e verte, e o mar gela e condensa."
A orao sublinhada :
a) coordenada sindtica aditiva;
b) coordenada anterior e subordinada adjetiva;
c) subordinada adverbial causai;
d) coordenada anterior e subordinada substantiva objetiva direta;
e) subordinada adverbial temporal.
22. "Era como se Copacabana regressasse ao seu antigamente sem casas, talvez nem cabana de ndio: ndio no iria
morar ali sem ter por perto gua doce." A orao sublinhada :
24. Analise o trecho "Joo, Francisco, Antnio, desde pequenos vm sendo construtivos; enfrentam as maiores
dificuldades, ajudam os pais, amparam os irmos, realizam breves alegrias entre mil sombras". Do ponto de vista da
construo sinttica, correto afirmar que esse perodo composto por:
25. "Maria Berlini no mentira quando dissera que no trabalhava, nem estudava." Esse perodo constitudo por:
99
d) trs oraes, sendo duas coordenadas e uma subordinada;
e) quatro oraes, duas subordinadas e uma coordenada e subordinada ao mesmo tempo.
a) "Contrariamente filosofia alem, que desce do cu para a terra, aqui parte-se da terra para que se atinja o cu."
b) "Sado dos guetos londrinos para suas filiais paulistanas, o 'jingle' se caracteriza pela rapidez."
c) "Tambm nesse perodo surgiram antroplogos interessados, como Nina Rodrigues (1862 - 1906), em conhecer a cultura
negra."
d) "Acossada por vrias dvidas e cobrada a se decidir, muita gente escolhe sua profisso a partir de fantasias que criou a
respeito da rea."
e) "Admitindo que a qualidade do ensino superior no pas ruim, o governo mais intelectualizado da Histria brasileira anunciou
o que pretende fazer para mudar essa situao vexatria."
27. Sobre o perodo sinttico constitudo pelo segmento: "Venho de longe e vou para longe: mas procurei pelo cho os
sinais do meu caminho e no vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.", pode-se afirmar que se
trata de um perodo composto por:
a) coordenao e subordinao;
b) coordenao;
c) subordinao;
d) justaposio;
e) correlao.
28. Marque a orao que complementa o texto abaixo, expressando ideia de consequncia. Na safra de 88/ 89. os
agricultores brasileiros produziram tanto:
29. " bom que estudem bem o programa." Nesse perodo h uma orao:
a) adjetiva explicativa;
b) substantiva predicativa;
c) substantiva subjetiva;
d) adjetiva restritiva;
e) coordenada sindtica.
GABARITO
100
21. A 22. C 23. C 24. C 25. E
26. A 27. A 28. B 29. C 30. D
FUNES DA PALAVRA SE
A palavra SE pode exercer diversas funes dentro da lngua portuguesa. Tais funes so as seguintes:
Aparece na formao da voz passiva sinttica com verbos transitivo direto, e transitivo direto e indireto; com verbo
transitivo apenas indireto, no h possibilidade.
Na prtica, a frase pode ser transposta para a passiva analtica ( com dois ou mais verbos).
Ex2: Entregou-se o prmio ao aluno que obteve a melhor nota. (= O prmio foi entregue ao aluno que obteve a melhor nota. )
VOZ ATIVA
b) Erros na arbitragem Brasil x Crocia eram esperados. (No existe Agente da Passiva)
VOZ PASSIVA
Tambm chamado de pronome impessoalizador, pronome apassivador impessoal ou, ainda, smbolo de indeterminao do
sujeito, aparece junto a verbo intransitivo ou transitivo indireto.
Como o nome j diz, quando exerce essa funo, a palavra SE indetermina o sujeito da orao. Esse tipo de orao no
admite a passagem para a voz passiva analtica e o verbo estar sempre na 3 pessoa do singular.
Pronome reflexivo
Usado para indicar que a ao praticada pelo sujeito recai sobre o prprio sujeito ( voz reflexiva). substituvel por: a si
mesmo, a si prprio etc.
Usado para indicar que a ao praticada por um dos elementos do sujeito recai sobre o outro elemento do sujeito e vice-versa.
Na prtica, substituvel por: um ao outro, uns aos outros etc.
Ex1: Pai e filho abraaram-se emocionados. (= abraaram um ao outro ).
Ex2: Amigo e amiga deram-se as mos afetuosamente. (= eram as mos um ao outro).
101
Parte integrante do verbo
H verbos que so essencialmente pronominais, isto , so sempre apresentados e conjugados com o pronome. No se deve
confundi-los com os verbos reflexivos, que so acidentalmente pronominais. Os verbos essencialmente pronominais geralmente
se referem a sentimentos e fenmenos mentais: indignar-se,ufanar-se, atrever-se, admirar-se, lembrar-se, esquecer-se,
orgulhar-se arrepender-se, queixar-se etc.
O SE considerado partcula expletiva ou de realce quando ocorre, principalmente, ao lado de verbos intransitivos, de
movimento ou que exprimem atitudes da pessoa em relao ao prprio corpo (ir-se, partir-se, chegar-se, passar-se,
rir-se, sentar-se, sorrir-se etc.), em construes em que no apresenta nenhuma funo essencial para a compreenso da
mensagem. Trata-se de um recurso estilstico, um reforo de expresso.
Objeto direto
Acompanha verbo transitivo direto que tenha sujeito animado.
Ex1: Ergueu-se, passou a toalha no rosto.
Ex2: Vestiu-se rapidamente, telefonou pedindo um txi, saiu.
Objeto indireto
Aparece quando o verbo transitivo direto e indireto.
Ex1: Ele arroga-se a liberdade de sair a qualquer hora.
Ex2: Ele imps-se uma disciplina rigorosa.
102
FUNO DA PALAVRA QUE
A palavra QUE pode pertencer a vrias categorias gramaticais, exercendo as mais diversas funes sintticas. Veja abaixo
quais so essas funes e classificaes.
- Advrbio
Intensifica adjetivos e advrbios, atuando sintaticamente como adjunto adverbial de intensidade. Tem valor aproximado ao
das palavras quo e quanto.
Ex1: Que longe est meu sonho!
Ex2: Os braos... Oh! Os braos! Que bem-feitos!
- Substantivo
Como substantivo, tem o valor de qualquer coisa ou alguma coisa. Nesse caso, modificado por um artigo, pronome adjetivo
ou numeral, tornando-se monosslabo tnico ( portanto, acentuado). Pode exercer qualquer funo sinttica substantiva.
Ex1: Um tentador qu de mistrio torna-a cativante.
Ex2: "Meu bem querer tem um qu de pecado..." ( Djavan) Tambm quando indicamos a dcima sexta letra do nosso alfabeto
usamos o substantivo qu.
Ex : Mesmo tendo como smbolo kg, a palavra quilo deve ser escrita com qu.
- Preposio
Equivale preposio de ou para, geralmente ligando uma locuo verbal com os verbos auxiliares ter e haver. Na realidade,
esse QUE um pronome relativo que o uso consagrou como substituto da preposio de.
Ex1: Tem que combinar? (= de)
Ex2: Amanh, teremos pouco que fazer em nosso escritrio. (= para) Alm disso, a partcula QUE atua como preposio quando
possui sentido prximo ao de exceto ou salvo.
Ex : Chegara sem outro aviso que seu silncio inquietante.
- Interjeio
Como interjeio, a palavra QUE (exclamativo) tambm se torna tnica, devendo ser acentuada. Exprime um sentimento,
uma emoo, um estado interior e, equivale a uma frase, no desempenhando funo sinttica em orao alguma.
Ex1: Qu! Voc por aqui!
Ex2: Qu! Nunca voc far isso!
- Partcula expletiva ou de realce
Neste caso, a retirada da palavra QUE no prejudica a estrutura sinttica da orao. Sua presena, nestes contextos, um
recurso expressivo, enftico.
Ex1: Quase que ela desmaia!
Ex2: Ento qual que a verdade? Obs: Pode aparecer acompanhado do verbo ser, formando a locuo que.
Ex: Mas que l passava bonde.
- Pronome relativo
O pronome relativo refere-se a um termo (por isso mesmo chamado de antecedente), substantivo ou pronome, ao mesmo
tempo que serve de conectivo subordinado entre oraes. Geralmente, o pronome relativo introduz uma orao subordinada
adjetiva, nela desempenhando uma funo substantiva. Neste caso, pode ser substitudo por qual, o qual, a qual, os quais, as
quais.
Substitui, nas frases da lngua, o elemento sobre o qual se deseja resposta, exercendo sempre uma das funes
substantivas, significando que coisa.
Ex1: Que ter acontecido? (= que coisa)
Ex2: Que adiantaria a minha presena? (= que coisa)
- A conjuno QUE
- Conjuno coordenativa
Como conjuno coordenativa, a palavra QUE liga oraes coordenadas, ou seja, oraes sintaticamente equivalentes.
- Aditiva
Liga oraes independentes, estabelecendo uma sequncia de fatos. Neste caso, o QUE no tem valor bastante prximo de
conjuno e.
Ex1: Anda que anda e nunca chega a lugar algum.
Ex2: Fica l o tempo com aquele chove que chove...!
- Explicativa
A orao coordenada explicativa aponta a razo de se ter feito a declarao contida em outra orao coordenada. Quando
introduz esse tipo de orao, o QUE tem valor prximo ao da conjuno pois.
Ex1: Mantenhamo-nos unidos, que a unio faz a fora.
Ex2: Deixe, que os outros pegam.
- Conjuno subordinativa
A conjuno QUE subordinativa quando introduz oraes subordinadas substantivas e adverbiais. Essas oraes so
subordinadas porque desempenham, respectivamente, funes substantivas e adverbiais em outras oraes ( chamadas
principais ).
- Integrante
- Causal
- Fi na l
Introduz oraes subordinadas adverbiais finais, equivalendo a para que, a fim de que.
Ex1: "...Dizei que eu saiba." (Joo Cabral de Melo Neto)
Ex2: Todos lhe fizeram sinal que se calasse.
- Consecutiva
- Comparativa
- Concessiva
- Temporal
Introduz orao subordinada adverbial temporal, tendo valor aproximado ao de desde que.
Ex1: "Porm j cinco sis eram passados que dali nos partramos." ( Cames)
Ex2: Agora que a lmpada acendeu, podemos ver tudo.
PONTUAO
VRGULA
o sinal que indica pequena pausa na leitura. Separa termos de uma orao e certas oraes no perodo.
Observao:
Normalmente no se separam termos unidos por e, nem e ou.
Possua lavouras de trigo, arroz e linho.
No aprecia cinema, teatro nem circo.
Os mendigos pediam dinheiro ou comida.
105
Essas palavras, eu no as disse jamais.
Aos poderosos, nada lhes devo.
4) No polissndeto (facultativa)
Os dias passavam, e as guas, e os versos, e com eles ia passando a vida.
c) Oraes subordinadas adverbiais antepostas ou intercaladas.
Embora estivesse muito cansado, compareci reunio.
Quando chegar o vero, iremos ao Sul.
As vivas inconsolveis, quando so jovens, sempre so consoladas
Observaes:
106
Com oraes adverbiais pospostas, s recomendvel usar vrgula:
1)Se a orao principal for muito extensa;
O ar poludo corri a sade do povo, embora no se perceba a curto prazo.
e) Oraes interferentes.
A Histria, disse Ccero, a grande mestra da vida.
O PONTO-E-VRGULA
Assinala pausa maior que a vrgula e menor que o ponto.
b) separando as partes principais de um perodo, cujas secundrias j foram separadas por vrgula;
Na volta da escola, alguns brincavam: outros, no entanto, vinham srios: quando chegamos. todos riam.
Assinalam uma pausa para indicar que a frase no foi concluda, isto , h algo a se acrescentar.
2. Introduzindo enumerao;
Os meios legtimos de adquirir fortuna so trs: ordem, trabalho e sorte.
107
FALSO/VERDADEIRO
12. Uns diziam que se matou; outros que fora para Gois.
16. "... chega a ser desejvel o no-comparecimento de 90 por cento dos funcionrios, para que os restantes possam,
na calma, produzir um bocadinho." A mesma justificativa para o emprego das vrgulas em "na calma" pode ser
us a da e m :
17. As opes a seguir apresentam um pargrafo de "O Povo Brasileiro" pontuado de diferentes maneiras. Assinale
aquela cuja pontuao est correta:
a) Somos povos novos ainda na luta para nos fazermos a ns mesmos como um gnero humano novo, que nunca existiu antes.
Tarefa muito mais difcil e penosa, mas tambm muito mais bela e desafiante.
b) Somos povos novos, ainda na luta para nos fazermos, a ns mesmos como um gnero humano - novo, que nunca existiu
antes. Tarefa muito mais difcil e penosa - mas tambm muito mais bela e desafiante.
c) Somos povos novos. Ainda na luta para nos fazermos a ns mesmos, como um gnero humano novo que nunca existiu antes,
tarefa muito mais difcil c penosa. Mas tambm muito mais bela e desafiante!
d) Somos povos novos ainda; na luta para nos fazermos a ns mesmos, como um gnero humano novo que nunca existiu antes,
tarefa muito mais difcil e penosa; mas tambm muito mais bela e desafiante.
e) Somos povos; novos ainda na luta para nos fazermos a ns, mesmos. Como um gnero humano novo, que nunca existiu
antes, tarefa muito mais difcil. Penosa, mas tambm muito mais bela e desafiante.
108
18. Pode-se atribuir o emprego de dois-pontos, em "Um poeta sempre irmo do vento e da gua: deixa seu ritmo por
onde passa." (Discurso, Ceclia Meireles), inteno de anunciar:
a) uma citao;
b) uma explicao;
c) um esclarecimento;
d) um vocativo;
e) uma separao, em um perodo, de oraes com a mesma natureza.
19. No trecho "Temos de cobrar dos deputados e senadores as leis necessrias para punir esses assassinos. Das
autoridades do trnsito, fiscalizao e multas vigorosas para quem desobedece s leis e sinalizao. E da justia ,
rapidez e dureza com os infratores."
Empregam- se as vrgulas para:
a) separar termos coordenados;
b) separar as oraes adjetivas;
c) isolar oraes intercaladas;
d) isolar adjuntos adverbiais;
e) indicar a supresso do verbo.
a) No se justifica que o ilustre autor, querendo valorizar a nobre misso de ensinar, atribua aos professores um salrio mnimo
profissional de to pouca expresso.
b) No se justifica, que o ilustre autor, querendo valorizar a nobre misso de ensinar; atribua aos professores um salrio mnimo
profissional, de to pouca expresso.
c) No se justifica que, o ilustre autor, querendo valorizar a nobre misso de ensinar, atribua aos professores um salrio mnimo
profissional de to pouca expresso.
d) No se justifica que o ilustre autor querendo, valorizar a nobre misso de ensinar atribua, aos professores, um salrio mnimo
profissional, de to pouca expresso.
22. Marque o item em que o uso incorreto da vrgula prejudica a coeso frasal:
a) No ano passado, 35.000 turistas estrangeiros escolheram a Amaznia com roteiro de frias e injetaram no complexo turstico
da regio 90 milhes de dlares.
b) O filo turstico da Amaznia foi impulsionado por um estrangeiro, o suo naturalizado brasileiro Heinz Gerth.
c) Em 1984, ele inaugurou o hotel AmazonLodge, uma casa rstica flutuante, com capacidade para dezoito pessoas, situado no
Lago Juma, 80 quilmetros ao sul de Manaus.
d) A Transamazon, organiza as excurses e recepciona os turistas estrangeiros no Aeroporto Eduardo Gomes.
e) Com o sucesso de seu primeiro empreendimento, o suo construiu em 1986 um hotel de porte maior, s margens do Lago
Poraquequara, a 30 quilmetros de Manaus.
23. Marque o item em que o uso do ponto-e-vrgula quebra a estrutura sinttica da frase:
a) E preciso observar que; para estar em forma necessrio adotar hbitos alimentares equilibrados; de acordo com o nvel de
atividades fsica e metablica do organismo.
b) A atividade aerbica traz muitos benefcios ao corpo humano; recomendvel, contudo, conversar com o mdico antes de
iniciar qualquer esporte.
c) O ciclismo um bom exerccio aerbico para o sistema cardiovascular; a natao exercita todo o corpo o vlei proporciona
bom condicionamento aerbico.
d) Um pedao de chocolate do tamanho de uma caixa de fsforos tem 150 calorias; um pouco de manteiga igual a uma tampinha
de garrafa tem 25 calorias.
e) Para entrar em forma, preciso empenho: de um lado praticar esportes com frequncia; do outro, ajustar a alimentao ao
metabolismo e s atividades.
109
a) regra velha creio eu, que s se faz bem o que se faz com amor.
b) Tem ar de velha, to justa e vulgar parece.
c) Da a perfeio dos trabalhos domsticos. So como dormir ou transpirar.
d) No lhes tiro com isto o mrito; por maior que seja a necessidade, no menor a virtude.
e) Tambm eu fiz o meu trabalho com amor - e ouvi dos meus superiores s elogios.
25. Marque a alternativa em que a vrgula indica anteposio da orao adverbial orao principal:
26. "Durante muitos anos o TUCA o Teatro da Universidade Catlica foi em So Paulo o templo da msica brasileira."
27. Examine as construes abaixo e marque, com relao colocao de vrgulas, a alternativa correta:
Ela tem, de acordo com as regras de uso da vrgula, a seguinte pontuao correta:
a) O presidente descobriu, que tinha aliados, virou a agenda de cabea para baixo e partiu para a reforma administrativa.
b) O presidente, descobriu que tinha aliados, virou a agenda de cabea para baixo e partiu para a reforma administrativa.
c) O presidente descobriu que tinha aliados, virou a agenda de cabea para baixo e partiu para a reforma administrativa.
d) O presidente descobriu que tinha aliados virou a agenda de cabea para baixo, e partiu para a reforma administrativa.
e) O presidente descobriu que tinha aliados, virou a agenda, de cabea para baixo e partiu para a reforma administrativa.
"Abaixo do Equador (onde no existe pecado1), a fuso da tradio europeia com a batucada africana libertou o carnaval na
plenitude. Em nenhum lugar, ele adquiriu a dimenso que alcanou no Brasil:2 durante quatro dias, o pas fica fechado para
balano.3 Ou melhor, fica aberto s para balanar,4 e se entrega ao espetculo que seduz e deslumbra os estrangeiros."
110
a) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexo, entrou na loja um sujeito baixo sem chapu trazendo pela mo, uma
menina de quatro anos.
b) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexo, entrou na loja, um sujeito, baixo, sem chapu, trazendo pela mo, uma
menina de quatro anos.
c) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexo, entrou na loja um sujeito baixo, sem chapu, trazendo pela mo uma
menina de quatro anos.
d) Enquanto eu, fazia comigo mesmo, aquela reflexo, entrou na loja um sujeito baixo sem chapu, trazendo pela mo uma
menina de quatro anos.
e) Enquanto eu fazia comigo mesmo, aquela reflexo, entrou na loja, um sujeito, baixo, sem chapu trazendo, pela mo, uma
menina, de quatro anos.
GABARITO
v. refl.,
estar includo ou contido;
entender-se.
111
Informativa e de reconhecimento;
Interpretativa.
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informaes e se preparando
para a leitura interpretativa. Durante a interpretao grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra
ideia-central de cada pargrafo.
A ltima fase de interpretao concentra-se nas perguntas e opes de respostas. Marque palavras com NO, EXCETO,
RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferena na escolha adequada.
Retorne ao texto mesmo que parea ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global
proposto pelo autor.
ORGANIZAO DO TEXTO E IDEIA CENTRAL
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, atravs dos pargrafos que composto pela
ideia central, argumentao e/ou desenvolvimento e a concluso do texto.
Podemos desenvolver um pargrafo de vrias formas:
Declarao inicial;
Definio;
Diviso;
Aluso histrica.
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o pargrafo
indicado atravs da mudana de linha e um espaamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do pargrafo o tpico frasal, ou seja, a ideia central extrada de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada pargrafo, asseguramos um caminho que nos levar compreenso do texto.
OS TIPOS DE TEXTO
Texto narrativo;
Texto descritivo;
Texto dissertativo.
DESCRIO
Descrever explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrio esttica, sem movimento, desprovida de ao.
Na descrio o ser, o objeto ou ambiente so importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a realidade atravs de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingusticos, tal que o receptor a
identifique. A caracterizao indispensvel, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto.
H duas descries:
Descrio denotativa
Descrio conotativa.
DESCRIO DENOTATIVA
Quando a linguagem representativa do objeto objetiva, direta sem metforas ou outras figuras literrias, chamamos de
descrio denotativa. Na descrio denotativa as palavras so utilizadas no seu sentido real, nico de acordo com a definio do
dicionrio.
Exemplo:
112
Samos do campus universitrio s 14 horas com destino ao agreste pernambucano. esquerda fica a reitoria e alguns
pontos comerciais. direita o trmino da construo de um novo centro tecnolgico. Seguiremos pela BR-232 onde
encontraremos vrias formas de relevo e vegetao.
No incio da viagem observamos uma tpica agricultura de subsistncia bem margem da BR-232. Isso provavelmente
facilitar o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuio de alimentos a CEAGEPE.
DESCRIO CONOTATIVA
Exemplo:
Joo estava to gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notrio o sofrimento daquele
pobre objeto.
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansvel, no cu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pssaros felizes
cantarolavam pelo ar.
NARRAO
Narrar falar sobre os fatos. contar. Consiste na elaborao de um texto inserindo episdios, acontecimentos.
A narrao difere da descrio. A primeira totalmente dinmica, enquanto a segunda esttica e sem movimento. Os
verbos so predominantes num texto narrativo.
No texto narrativo, o fato o ponto central da ao, sendo o verbo o elemento principal. importante s uma ao
centralizadora para envolver as personagens.
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capito Rodrigo Cambor entrara na vida de Santa F. Um dia chegou
a cavalo, vindo ningum sabia de onde, com o chapu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabea de macho altivamente
erguida e aquele seu olhar de gavio que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar l pelo meio da casa dos
trinta, montava num alazo, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dlm
militar azul, com gola vermelha e botes de metal.
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Exemplo:
Parei para conversar com o meu compadre que h muito no falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei:
Ele me respondeu:
- Compadre minha senhora morreu h pouco tempo. Por isso, estou to triste.
H tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento to triste nos encontramos. Ter sido o destino?
J o narrador-observador aquele que serve de intermedirio entre o fato e o leitor. o foco narrativo de 3 pessoa.
Exemplo:
O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam
da vitria, quando de repente o juiz apitou uma penalidade mxima.
O tcnico chamou Neco para bater o pnalti, j que ele era considerado o melhor batedor do time.
Neco dirigiu-se at a marca do pnalti e bateu com grande perfeio. O goleiro no teve chance. O estdio quase veio abaixo
de tanta alegria da torcida.
Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.
FORMAS DE DISCURSO
Discurso direto;
Discurso indireto;
DISCURSO DIRETO
Exemplo:
O juiz disse:
- O ru inocente.
DISCURSO INDIRETO
aquele reproduzido pelo narrador com suas prprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa.
No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuao e usamos conjunes: que, se, como, etc.
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Exemplo:
aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta prpria, servindo-se de oraes absolutas ou
coordenadas sindticas e assindticas.
Exemplo:
Sinh Vitria falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que
lembrana! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando. (Graciliano Ramos
Os elementos que fazem do texto um todo organizado de sentido so o contexto, responsvel pelo aspecto situacional,
ambiental, pois uma estrutura lingustica maior serve de base para uma estrutura lingustica menor; a coerncia, que nada mais
do que todos os fatores de relao harmoniosa entre as mais diversas partes integrantes do texto; e a coeso, que significa
entrelace, concatenao entre as partes do texto, fator esse conseguido pelo auxlio dos operadores textuais, denominados
conectivos (conjunes, preposies, advrbios e pronomes), porquanto, um texto s tem sentido se seus elementos estiverem
coesos entre si.
Exemplos:
a) Eu sabia que voc era colorido por fora, mas caiado por dentro.
b) Perguntado se estava envolvido no escndalo de corrupo, o secretrio de Estado da Administrao de So Paulo disse:
Como So Pedro, nego, nego e nego.
Resumindo
contexto = a parte no superior ao todo
coerncia = exata combinao entre as partes do texto
coeso = encaixe, encadeamento, costura entre as partes
A coeso de um texto depende muito da relao entre as oraes que foram os perodos e os pargrafos. Os perodos
compostos precisam ser relacionados por meio de conectivos adequados, se no quisermos torn-los incompreensveis.
Para cada tipo de relao que se pretende estabelecer entre duas oraes, existe uma conjuno que se adapta
perfeitamente a ela. Por exemplo, a conjuno MAS s deve ser usada para estabelecer uma relao de oposio entre dois
enunciados. Porm, se houver um relao de contradio ou ideia de concesso, a conjuno dever ser outra:
EMBORA. Se no for assim, o enunciado ficar sem nexo. Observe um caso de escolha inadequada da conjuno:
"EMBORA O BRASIL SEJA UM PAS DE GRANDES RECURSOS NATURAIS, TENHO CERTEZA DE QUE
RESOLVEREMOS O PROBLEMA DA FOME"
Veja que no existe a relao de oposio ou a ideia de concesso que justificaria a conjuno EMBORA. Como a relao
de causa-efeito, deveria ter sido usada uma conjuno causal:
COMO O BRASIL UM PAS DE GRANDES RECURSOS, TENHO CERTEZA DE QUE RESOLVEREMOS O PROBLEMA
DA FOME.
Para que problemas desse tipo no aconteam em suas redaes, acostume-se a rel-las, observando se suas palavras,
oraes e perodos esto adequadamente relacionados.
CONECTIVOS
Conectivos ou elementos de coeso so todas as palavras ou expresses que servem para estabelecer elos, para criar
relaes entre segmentos do discurso, tais como: ento, portanto, j que, com efeito, porque, ora, mas, assim, da, a, dessa
forma, isto , embora e tantas outras. Veja o exemplo:
Israel possui um solo rido e pouco apropriado agricultura, porm chega a exportar certos produtos agrcolas.
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No caso, faz sentido o uso do porm, j que entre os dois segmentos ligados existe uma contradio. Seria descabido
permutar o porm pelo porque, que serve para indicar causa.
1) assim, desse modo: tm um valor exemplificativo e complementar. A sequncia introduzida por eles serve normalmente
para explicitar, confirmar ou ilustrar o que se disse antes.
O Governador resolveu no comprometer-se com nenhuma das faces em disputa pela liderana do partido. Assim, ele
ficar vontade para negociar com qualquer uma que venha a vencer.
2) e: anuncia o desenvolvimento do discurso e no a repetio do que foi dito antes; indica uma progresso que adiciona,
acrescenta, algum dado novo. Se no acrescentar nada, constitui pura repetio e deve ser evitada. Ao dizer:
3) ainda: serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada concluso, ou para incluir um
elemento a mais dentro de um conjunto qualquer.
O nvel de vida dos brasileiros baixo porque os salrios so pequenos. Convm lembrar ainda que os servios pblicos so
extremamente deficientes.
4) alis, alm do mais, alm de tudo, alm disso: introduzem um argumento decisivo, apresentado como acrscimo, como
se fosse desnecessrio, justamente para dar o golpe final no argumento contrrio.
Os salrios esto cada vez mais baixos porque o processo inflacionrio diminui consideravelmente seu poder de compra.
Alm de tudo so considerados como renda e taxados com impostos.
5) isto , quer dizer, ou seja, em outras palavras: introduzem esclarecimentos, retificaes ou desenvolvimento do que foi
dito anteriormente.
Muitos jornais, fazem alarde de sua neutralidade em relao aos fatos, isto , de seu no comprometimento com nenhuma
das foras em ao no interior da sociedade.
6) mas, porm e outros conectivos adversativos: marcam oposio entre dois enunciados ou dois segmentos do texto. No
se podem ligar, com esses relatores, segmentos que no se opem. s vezes, a oposio se faz entre significados implcitos no
texto.
Choveu na semana passada, mas no o suficiente para se comear o plantio.
7) embora, ainda que, malgrado, conquanto, apesar de, mesmo que: so relatores que estabelecem ao mesmo tempo
uma relao de contradio e de concesso. Servem para admitir um dado contrrio para depois negar seu valor de argumento.
Trata-se de um expediente de argumentao muito vigoroso: sem negar as possveis objees, afirma-se um ponto de vista
contrrio. Observe o exemplo:
Ainda que a cincia e a tcnica tenham presenteado o homem com abrigos confortveis, ps velozes como o raio, olhos de
longo alcance e asas para voar, no resolveram o problema das injustias.
Como se nota, mesmo concedendo ou admitindo as grandes vantagens da tcnica e da cincia, afirma-se uma desvantagem
maior.
O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupe uma relao de contradio, que, se no houve, deixa o
enunciado descabido. Exemplo:
Embora o Brasil possua um solo frtil e imensas reas de terras plantveis, vamos resolver o problema da fome.
8) Certos elementos de coeso servem para estabelecer gradao entre os componentes de uma certa escala. Alguns, como
mesmo, at, at mesmo, situam alguma coisa no topo da escala; outros, como ao menos, pelo menos, no mnimo, situam-na
no plano mais baixo.
O homem ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da cincia, do prprio semelhante, at mesmo do futuro e da morte.
ou
preciso garantir ao homem seu bem-estar: o lazer, a cultura, a liberdade, ou, no mnimo, a moradia, o alimento e a sade.
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s vezes o conectivo tem seu uso inadequado de forma proposital, que revela um preconceito ou uma ironia. Mrio Amato,
ex-presidente da Fiesp, referiu--se ex-ministra Dorothea Werneck desta forma:
Jos e Renato, apesar de serem gmeos, so muito diferentes. Por exemplo, este calmo, aquele explosivo.
O termo este retoma a nome prprio Renato, enquanto aquele faz a mesma coisa com a palavra Jos. Este e aquele so
chamados de anafricos.
Anafrico, genericamente, pode ser definido como uma palavra ou expresso que serve para retomar um termo j expresso
no texto, ou tambm para antecipar termos que viro depois.
So conectivos anafricos:
O PT entrou em desacordo com o PMDB por causa de sua proposta de aumento de salrio.
No caso, sua pode estar se referindo proposta do PT ou do PMDB. Desfazendo a ambiguidade, ficaria assim:
A proposta de aumento de salrio formulada pelo PT provocou desacordo com o PMDB.
T e x to :
Um argumento cnico
(1)Certamente nunca ter faltado aos sonegadores de
todos os tempos e lugares o confortvel pretexto de
que o seu dinheiro no deve ir parar nas mos de
administradores incompetentes e desonestos. (2)
Como pretexto, a invocao insupervel e tem
mesmo a cor e os traos do mais acendrado civismo.
5 (3) Como argumento, no entanto, cnica e
improcedente. (4) Cnica porque a sonegao, que
nesse caso se pratica no compensada por qualquer
sacrifcio ou contribuio que atenda necessidade de
recursos imanente a todos os errios, sejam eles bem
ou mal administrados. (5) Ora, sem recursos obtidos da
comunidade no h policiamento, no h transportes,
no h escolas ou hospitais. (6) E sem servios
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pblicos essenciais, no h Estado e no pode haver
sociedade poltica. (7) Improcedente porque a
sonegao, longe de fazer melhores os maus
governos, estimula-os prepotncia e ao arbtrio, alm
de agravar a carga tributria dos que no querem e dos
que, mesmo querendo, no tm como dela fugir - os
que vivem de salrio, por exemplo. (8) Antes, preciso
15 pagar, at mesmo para que no faltem legitimidade e
fora moral s denncias de malversao. (9) muito
cmodo, mas no deixa de ser, no fundo, uma
hipocrisia, reclamar contra o mau uso dos dinheiros
pblicos para cuja formao no tenhamos colaborado.
(10) Ou no tenhamos colaborado na proporo da
nossa renda.
VILLELA, Joo Baptista. Veja, 25 set. 1985.
Os perodos esto numerados.
Comentrios:
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1 perodo: o autor comea a desmontar o argumento dos sonegadores atravs da expresso confortvel pretexto.
3 perodo: o conectivo no entanto introduz uma argumentao contrria, dizendo que a justificativa cnica e improcedente.
4 perodo: atravs do conectivo porque ele diz a causa pela qual considera cnico o argumento dos sonegadores.
5 perodo: o conectivo ora d incio a uma argumentao contrria ideia de que o Estado possa sobreviver sem arrecadar
impostos e sem se prover de recursos.
6 perodo: o conectivo e introduz um segmento que adiciona um argumento ao que se afirmou no perodo anterior.
7 perodo: depois de demonstrar que o argumento dos sonegadores cnico, o autor passa a demonstrar que tambm
improcedente, o que j foi afirmado no terceiro perodo. usado o conectivo porque para isso. Mais adiante o conectivo alm
de introduz um argumento a mais a favor da improcedncia da sonegao.
8 perodo: o autor usa dois conectivos: antes e at mesmo que reforam sua argumentao.
9 pargrafo: o conectivo mas estabelece a contradio das duas argumentaes (dos sonegadores e do autor).
10 perodo: o conectivo ou inicia uma passagem que contm uma alternativa que caracteriza ainda a atitude hipcrita dos
sonegadores.
(in Para Entender o Texto - Leitura e Redao
Plato &Fiorin, Editora tica, 1995)
Coerncia textual
As ideias numa dissertao precisam se completar, a geral se apia na particular, a particular sustenta a geral. Na narrao,
se uma personagem for negra no comeo, ser assim at o fim, s Michel Jackson trocou de cor. A menos que a mudana da
colorao seja significativa.
A coeso colabora com a coerncia, porque os conectivos ajudam a dar o sentido unio de duas ou mais ideias: alternncia,
concluso, oposio, concesso, adio, explicao, causa, consequncia, temporalidade, finalidade, comparao,
conformidade, condio.
Veja um exemplo de incoerncia na dissertao:
O verdadeiro amigo no comenta sobre o prprio sucesso quando o outro est deprimido. Para distra-lo, conta-lhe
sobre seu prestgio profissional, conquistas amorosas e capacidade de sair-se bem das situaes. Isso, com certeza, vai
melhorar o estado de esprito do infeliz.
Coeso significa unio ntima das partes de um todo. Os caroos de um prato de arroz unidos venceremos, que, se
jogado na parede, no cair nenhum gro, possui uma forte coeso.
Assim a construo de um texto, todas as palavras no necessrias. Os conectivos possuem funo muito importante, pois
sem eles o texto no seria tecido, mas um amontoado de palavras sem nexo.
Comparo a feitura de um texto construo de encanamento de gua. S com as barras de cano (6 m cada) no seria
possvel constru-lo, fazem-se necessrias as conexes: t, cotovelo, curva. Elas fazem o papel de conectivos nos textos. Veja o
exemplo abaixo:
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- Temos em nossa terra um homem direito. Seu pai furtou uma ovelha, e o filho deps contra ele.
Na nossa cultura, retrucou Confcio, ser direito proceder de maneira diferente. O pai oculta a culpa do filho, e o filho, a do
pai. Gente direita assim que se comporta. (Bertrand Russel, Mximas de Confcio, 1957)
Obs.: Os conectivos catafricos so aqueles que servem para antecipar uma estrutura dentro de um texto:
Dentre as coisas que temos para dizer-te, a primeira ESTA: jamais forme juzo desonroso sobre as pessoas que amas!
TIPOS DE COESO
Coeso lexical Leva esse nome por ser representada por uma palavra ou expresso usada em lugar de outra.
Exemplo.: Lus Incio Lula da Silva conseguiu vencer o segundo mandato. Assim, o Presidente estar mais vontade para
prosseguir com os programas populares.
Assim: Lus Incio Lula da Silva = presidente = ex-presidente do PT, o atual presidente, ex-trabalhador do ABC etc.
No necessrio, porm, que a coeso seja feita apenas com sinnimos.
Coeso por elipse Nesse tipo de coeso, deixa-se de repetir um termo ou expresso pelo fato de j ter sido referido
anteriormente, devendo o contexto deixar isso claro.
Exemplo.: As eleies presidenciais 2006 demonstram maior seriedade na democracia brasileira. No permitiram que
candidatos criminosos tivessem xito em suas investidas.
Exemplo.: No se pode barrar o progresso, uma vez que o estgio em que a humanidade se encontra irreversvel.
Aqui, temos uma locuo conjuntiva de causa, motivo, razo, mvel, que estabelece relao entre a fase em
que a humanidade se encontra e o impedimento do progresso.
Coordenativas so as conjunes que ligam as oraes de sentido completo e, portanto autnomas, no perodo.
Ei-las:
ALTERNATIVAS alternncia ou escolha ou ou, ora ora, quer quer, seja seja.
ADVERSATIVAS adversidade, negao, oposio, contraste mas, porm, todavia, no entanto, contudo
CONCLUSIVAS concluso (aps verbo) pois, portanto, logo assim, por conseguinte.
Subordinadas Adverbiais soas conjunes que ligam as oraes de sentido incompleto e a principal. Ei-las:
CAUSAL causa, razo, motivo- j que, visto que, uma vez que, haja vista que, como , porque.
CONCESSIVA contradio, concesso- embora, ainda que, por mais que, se bem que, apesar de, conquanto,
malgrado.
PROPORCIONAL proporo- medida que, proporo que, na medida em que, na proporo em que.
TEMPORAL temporalidade- logo que, assim que, depois que, desde que, quando.
FINAL finalidade, meta, alvo, propsito, objetivo- a fim de, afim de que, para, para que, porque.
c) Eu sabia que voc era colorido por fora, mas caiado por dentro. (Lula, Eleies 1988 )
Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. O leitor dever fazer uma leitura
cuidadosa e atenta e, a partir da, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos
relevantes de uma opinio pessoal ou acercando-se de crticas bem fundamentadas. Portanto, a parfrase repousa sobre o
texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exerccio de redao, uma vez que
desenvolve o poder de sntese, clareza e preciso vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um dilogo intertextual, recurso
muito utilizado para efeito esttico na literatura moderna.
Exemplo de parfrase
Profecias de uma Revoluo na Medicina
H sculos, os professores de segundo grau da Sardenha vm testemunhando um fenmenos curioso. Com a chegada da
primavera, em fevereiro, alguns de seus alunos tornam-se apticos. Nos trs meses subsequentes, sofrem uma baixa em seu
rendimento escolar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem na sala de aula. Depois, repentinamente, suas energias
retornam. E ficam ativos e saudveis at o prximo ms de fevereiro.
Os professores sardenhos sabem que os adultos tambm apresentam sintomas semelhantes e que, na realidade, alguns
chegam a morrer aps urinarem uma grande quantidade de sangue. Por vezes, aproximadamente 35% dos habitantes da ilha
chegam a ser acometidos por este mal.
O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motulsky, da
Universidade de Washington, depararam pela primeira vez com a doena em 1959, enquanto desenvolviam um estudo sobre
padres de hereditariedade e determinaram que os sardenhos eram vtimas de anemia hemoltica, uma doena hereditria que faz
com que os glbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sanguneos. Os pacientes urinavam sangue porque
os rins filtram e expelem a hemoglobina no aproveitada. Se o volume de destruio for mnimo, o resultado ser a letargia; se for
aguda, a doena poder acarretar a morte do paciente.
A anemia hemoltica pode ter diversas origens. Mas na Sardenha, as experincias indicam que praticamente todas as pessoas
acometidas por este mal tm deficincia de uma nica enzima, chamada deidrogenase fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma
um elo de suma importncia na corrente de produo de energia para as clulas vermelhas do sangue.
Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vtima no aciona por si s
a doena - que h algo no meio ambiente que tira proveito da deficincia. A deficincia gentica pode ser a arma, mas um fator
ambiental quem a dispara.
Entre as plantas que desabrocham durante a primavera na Sardenha encontra-se a fava ou feijo italiano - observou o Dr.
Siniscalco. Esta planta no tem uma boa reputao desde ao ano 500 a.C. , quando o filsofo grego e reformador poltico Pitgoras
proibiu que seus seguidores a comessem, ou mesmo andassem por entre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de tal
proibio tornou-se claro; apenas aquelas pessoas que carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas ou parcialmente cozidas
(ou inspiravam o plen de uma planta em flor) apresentavam problemas, todos os demais eram imunes.
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Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de sangue simples para medir a presena ou ausncia de G-6-PD.
Atualmente, os cientistas tm um modo de determinar com exatido quem est predisposto doena e quem no est; a enzima
hemoltica, os geneticistas comearam a fazer a triagem da populao da ilha. Localizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes
para evitar favas de feijo durante a estao de florao. Como resultado, a incidncia de anemia hemoltica e de estudantes
apticos comeou a declinar. O uso de marcadores genticos como instrumento de previso da reao dos sardenhos fava de
feijo h 20 anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genticos eram empregados deste modo; foi um avano que
poder mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores genticos podem prever agora a possvel ecloso de outras
doenas e, tal como a anemia hemoltica, podem auxiliar os mdicos a prevenirem totalmente os ataques em diversos casos.
(Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, publicado no jornal O Globo).
Exemplo de pardia
FUNES DA LINGUAGEM
No processo de comunicao, o emissor (produtor do texto), ao transmitir sua mensagem para o receptor (leitor), pode faz-lo
com alguns objetivos.
Funo EMOTIVA Chama-se assim por basear-se nos estados subjetivos, nos sentimentos e emoes do emissor. O
nico objetivo mostrar o mundo do eu.
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre que embalsama os ares;
Ver minhalma adejar pelo infinito,
Qual branca neve namplido dos mares
No seio da mulher h tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo h tanta vida...
rabe errante, vou dormir tarde
sombra fresca da palmeira erguida.
Funo REFERENCIAL Referencial o texto contrrio ao emotivo, porquanto est centrado nas coisas nossa volta, no
mundo exterior, objetivo, na informao. ideal nas dissertaes, nos textos cientficos, nos trabalhos acadmicos etc. Sua
linguagem objetiva, descritiva, e as palavras so empregadas em seu sentido estritamente descritivo, real.
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Funo APELATIVA ou CONATIVA Diz-se apelativa a funo da linguagem em que o produtor do texto centra-se na
persuaso, na seduo do receptor, com o fito de model-lo, influenciando diretamente seus pensamentos e
comportamentos.
O brasileiro que quiser parar de fumar ter acesso a
tratamento e remdios custeados pelo governo federal.
No Dia Internacional de Combate ao Tabagismo, o
Ministrio da Sade publicou uma portaria incluindo no
Sistema nico de Sade (SUS) o suporte completo
para o dependente de cigarros abandonar o vcio:
adesivos e gomas de mascar de nicotina para substituir
a dose mnima da substncia em quadros de crise de
abstinncia e um antidepressivo que auxilia no
abandono do fumo. Nos postos de sade, tambm
estar disposio do fumante um programa de
psicoterapia em grupo, coordenado por profissionais
treinados pelo Instituto Nacional do Cncer (INCA), no
Rio de Janeiro.
O Globo, 1./6/2004, p. A3 (com adaptaes).
Funo POTICA Diz-se potica a funo da linguagem em que o produtor do texto centra-se na mensagem em si. Tem
como objetivo a expressividade, as tcnicas de escrita, de expresso.
Funo FTICA Denomina-se ftica a funo da linguagem em que o produtor do texto nada mais quer seno estar em
contato com o receptor, malgrado inexistncia de comunicao propriamente dita.
Funo METALINGUSTICA Diz-se metalingustica a funo da linguagem em que o produtor do texto centra-se no
processo de escritura e produo do texto. Ou seja, a linguagem olha para si mesma.
Potica
Que poesia?
uma ilha cercada de palavras
por todos os lados.
Que poeta?
aquele que faz o trabalho
com o suor do seu rosto.
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SIGNIFICAO VOCABULAR
o estudo da significao das palavras.
SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
Significante a parte fsica da palavra (os fonemas e as letras).
Significado o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma ideia.
SINONMIA E ANTONMIA
Sinonmia o fenmeno em que palavras diferentes apresentam o mesmo significado (ou bastante prximos).
Casa - moradia, lar, teto.
Rosto - face, semblante, cara.
Zelo - cuidado, carinho.
HOMONMIA E PARONMIA
Homonmia a identidade fontica e/ou grfica de palavras com significados diferentes.
Homnimos homfonos:
Conserto - concerto
Censo - senso
Incipiente - insipiente
Esotrico - exotrico
Homnimos homgrafos:
Colher (verbo) - colher (subst.)
Molho (caldo) - molho (de chaves)
Jogo (subst.) - jogo (verbo)
Homnimos homgrafos e homfonos:
Canto (verbo) - canto (subst.)
Vero (verbo) - vero (subst.)
Morro (verbo) - morro (subst.)
DENOTAO E CONOTAO
A denotao o emprego da palavra em seu sentido prprio (usada quando se quiser dar carter tcnico ou cientfico ao
texto).
A conotao o uso da palavra em sentido figurado, dando ao texto vrias interpretaes (nas obras literrias, os autores
valem-se desse artifcio para criarem a supra-realidade).
O mendigo morreu do corao(sentido denotativo)
Meu corao mendiga seu amor.(sentido conotativo).
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acerca de (a respeito de)a cerca de (distncia aproximada) h cerca de (aproximadamente),
afim (parente) a fim (para),
aleatrio (eventual) alheatrio (que alheia),
amoral (sem moral) imoral (indecente),
ao invs de (ao contrrio) em vez de (em lugar de),
a par (ciente) ao par (sem gio),
aprear (tomar preo) apressar (dar pressa),
rea (superfcie) ria (cantiga),
aresto (deciso judicial) arresto (penhora),
s (carta de jogo) az (esquadro),
asado (alado) azado (oportuno),
assoar (limpar nariz) assuar (vaiar),
-toa (ruim) toa (sem rumo),
brocha (prego curto) broxa (pincel grande),
cabide (pendurar roupas) cabido (coletivo de cnegos),
caar (apanhar animais) cassar (suspender),
casual (acidental) causai (de causa),
cavaleiro (homem a cavalo) cavalheiro (homem gentil),
cela (cubculo) sela (arreio),
censo (contagem) senso (juzo),
cerrar (fechar) serrar (cortar),
cesso (ato de ceder) seo (setor) seco (corte) sesso (atividade),
ch (infuso) x (soberano persa),
chcara (quinta) xcara (romance em verso),
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance de xadrez),
cvel (relativo ao Direito Civil) civil (relativo s relaes dos cidados),
comprimento (extenso) cumprimento (saudao),
concertar (harmonizar) consertar (restaurar),
coser (costurar) cozer (cozinhar),
deferir(conceder) diferir (divergir, adiar),
degradar (rebaixar) degredar (desterrar),
delatar (denunciar) dilatar (prorrogar, aumentar),
descrio (descrever) discrio (reserva),
descriminar (inocentar) discriminar (separar),
despensa (depsito) dispensa (licena),
despercebido (no visto) desapercebido (desprevenido),
destratar (ofender) distratar (desfazer trato),
eminente (clebre) iminente (imediato),
emigrar (sair da ptria) imigrar (entrar em pas),
emitir (expedir) imitir (fazer entrar),
espectador (assistente) expectador (esperanoso),
esperto (inteligente) experto (perito),
espiar (espreitar) expiar (pagar falta),
estada (permanncia de pessoa) estadia (permanncia paga de navio para carga e descarga),
flagrante (evidente) fragrante (perfumoso),
florescente(florido) fluorescente (luminoso),
fusvel (eletricidade) fuzil (arma),
incerto (duvidoso) inserto (inserido),
incipiente (principiante) insipiente (ignorante),
incontinente (imoderado) incontinenti (imediatamente),
indefeso (sem defesa) indefesso (incansvel),
infligir (aplicar pena, castigo) infringir (transgredir),
intercesso (interveno)interse(c)o (ponto onde se cruzam linhas),
intimorato (destemido) intemerato (puro, ntegro),
locador (proprietrio) locatrio (inquilino),
lustre (candelabro) lustro (quinqunio, brilho),
mandado (ato de mandar) mandato (procurao),
pao (palcio) passo (marcha),
preceder (anteceder) proceder (provir, comportar-se, realizar, ter fundamento),
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perfilar (alinhar) perfilhar (adotar como filho),
presar (capturar) prezar (estimar),
prescrever (ficar sem efeito, receitar) proscrever (condenar a degredo),
prever (antever) prover (abastecer),
ratificar (validar) retificar (corrigir),
sobrescritar (enderear) subscritar (assinar, subscrever),
tacha (prego) taxa (juro),
tapar (fechar) tampar (cobrir com tampa),
trfego (trnsito) trfico (negcio ilcito),
vestirio (onde se troca de roupa) vesturio (peas que se vestem),
vultoso (volumoso) vultuoso (o rosto vermelho e inchado).
FIGURAS DE LINGUAGEM
So recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construo, figuras
de pensamento e figuras de palavras.
Figuras de som
Figuras de construo
e) silepse: consiste na concordncia no com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que est implcito. A
silepse pode ser:
De gnero
Vossa Excelncia est preocupado.
De nmero
Os Lusadas glorificou nossa literatura.
De
O que me parece inexplicvel que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construo
sinttica e depois se opta por outra.
A vida, no sei realmente se ela vale alguma coisa.
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E rir meu riso e derramar meu pranto.
h) anfora: consiste na repetio de uma mesma palavra no incio de versos ou frases.
Amor um fogo que arde sem se ver;
ferida que di e no se sente;
um contentamento descontente;
dor que desatina sem doer
Figuras de pensamento
a) anttese: consiste na aproximao de termos contrrios, de palavras que se opem pelo sentido.
Os jardins tm vida e morte.
b) ironia: a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crtico ou humorstico.
A excelente Dona Incia era mestra na arte de judiar de crianas.
c) eufemismo: consiste em substituir uma expresso por outra menos brusca; em sntese, procura-se suavizar alguma afirmao
desagradvel.
Ele enriqueceu por meios ilcitos. (em vez de ele roubou)
e) prosopopeia ou personificao: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que so prprios de seres animados.
O jardim olhava as crianas sem dizer nada.
Figuras de palavras
a) metfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relao de similaridade entre
o sentido prprio e o sentido figurado. A metfora implica, pois, uma comparao em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
Meu pensamento um rio subterrneo.
b) metonmia: como a metfora, consiste numa transposio de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma
coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposio de significados no mais feita com base em traos de
semelhana, como na metfora. A metonmia explora sempre alguma relao lgica entre os termos. Observe:
No tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo especfico para designar um conceito, torna-se outro por emprstimo.
Entretanto, devido ao uso contnuo, no mais se percebe que ele est sendo empregado em sentido figurado.
O p da mesa estava quebrado.
a) antonomsia ou perfrase: consiste em substituir um nome por uma expresso que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
e)sinestesia: trata-se de mesclar, numa expresso, sensaes percebidas por diferentes rgos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
Vcios de linguagem
A gramtica um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da lngua, denominado norma culta ou lngua padro.
Acontece que as normas estabelecidas pela gramtica normativa nem sempre so obedecidas pelo falante.
Quando o falante se desvia do padro para alcanar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o
desvio se d pelo no - conhecimento da norma culta, temos os chamados vcios de linguagem.
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a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
pesquiza (em vez de pesquisa)
prototipo (em vez de prottipo)
b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construo sinttica.
Fazem dois meses que ele no aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordncia)
c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)
d) cacfato: consiste no mau som produzido pela juno de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.
e) pleonasmo: consiste na repetio desnecessria de uma ideia.
A brisa matinal da manh deixava-o satisfeito.
f) neologismo: a criao desnecessria de palavras.
Segundo Mrio Prata, se adolescente aquele que est entre a infncia e a idade adulta, envelhescente aquele que est entre
a idade adulta e a velhice.
g) arcasmo: consiste na utilizao de palavras que j caram em desuso.
Vossa Merc me permite falar? (em vez de voc)
h) eco: trata-se da repetio de palavras terminadas pelo mesmo som.
O menino repetente mente alegremente.
Por Marina Cabral
Especialista em Lngua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
Exemplo:
Gastei trinta dias para ir do Rocio grande at o corao de Marcela, no mais cavalgando o corcel do cego desejo, mas o
asno da pacincia. Meu amor por Marcela teve duas fases: a fase consular e a imperial. Na primeira, que no durou muito,
regamos o Xavier e eu, mas quando a evidncia no pde resistir por muito tempo, Xavier deps as insgnias. Da foi a fase
imperial, era meu o governo de Roma.
O narrador passou trinta para conquistar Marcela, agora no mais presente aquele desejo sexual ardente da fase de
apaixonado, mas de maneira mais racional e moderada. Seu amor por ela teve duas fases. A fase em que ele dividia
Marcela com Xavier, tambm amante dela. No entanto, quando Xavier descobriu que Marcela era mulher dos dois,
desistiu. Ento foi a vez do narrador segundo ele mesmo de possuir sozinho o amor de Marcela. A fase em que ela
(Roma) era s dele. O texto faz lembrar as fases do governo romano. A fase em que governavam os Cnsules, e a fase
imperial, em que os Csares dominavam.
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Chama-se temtico (tema= ideia, conceito, abstrao) o texto que transmite ideias mediante substantivos, adjetivos e verbos
que denotam conceitos abstratos, noes genricas. Isso geralmente feito mediante substantivos e adjetivos abstratos.
Exemplo:
A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso
das expectativas de que haveria a inaugurao de
tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da
humanidade. Os resultados das cpulas mundiais
5 alimentaram esperanas que novos tempos trariam
novas perspectivas referentes a qualidade de vida e
relacionamento humano em todos os nveis.
Contudo, o movimento que se observa em nvel
mundial sinaliza perdas que ainda no podemos
10 avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de
prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo,
tem representado fonte de frustrao dos ideais
historicamente buscados.
(Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes)
Falar em direitos humanos no Brasil falar de lutas sociais que se desenrolam em uma sociedade que carrega marcas
histricas de desmandos, violncias, arbitrariedades, desigualdades e injustias. Os resultados no poderiam ser outros, seno o
quadro de violaes aos direitos humanos que permeiam as relaes sociais em praticamente toda a sociedade brasileira e que
atingem com maior brutalidade as populaes empobrecidas e socialmente excludas.
O importante avano institucional que conquistamos com o fim do ciclo totalitrio, a redemocratizao do pas e a volta das
instituies democrticas, no foi acompanhado de correspondente avano no que se refere aos direitos econmicos, sociais e
culturais. Perpetuam-se no Brasil os modelos econmicos que aprofundam o escandaloso quadro de concentrao de renda e
contrastes sociais. O agravamento da situao de desesperana de nosso povo, atingido duramente pela excluso social, pela
falncia dos servios pblicos e pela violncia crescente, seja no campo seja nas grandes cidades, exige da sociedade civil
brasileira uma atuao consciente, transformadora e efetiva.
Internet: <http://www.mndh.org/br/asp> (com adaptaes).
Note-se a quantidade de substantivos abstratos, os quais no nos permitem visualizar sequer uma imagem visual, auditiva,
ttil, olfativa ou gustativa. Tudo dito diretamente razo. Assim, esse tipo de texto exige leitores mais hbeis, mais aptos
interpretao do que uma pessoa comum.
RESUMINDO
Texto figurativo Texto temtico
substantivos concretos substantivos abstratos
adjetivos concretos conceitos genricos
INFORMAES IMPLCITAS
No interior de um texto, por vezes existem informaes que se nos escapam s vistas, haja vista que fomos acostumados e
nos acostumamos a ler o que est posto no papel. Geralmente, no costumamos ver nas entrelinhas. Por isso, uma boa e
profcua leitura implica a percepo de tais ideias subjacentes.
Nesta lio, estudar-se-o algumas palavras e termos que contm ideais implcitas ou subjacentes.
Informaes implcitas por meio de Verbos
a) No entanto, nessa barbrie da indefinio, contra a qual o legalismo e o totalitarismo pretendem aparecer como os remdios
mais eficazes, convm observar a riqueza de novos horizontes possveis. Jos Arthur Giannotti. Folha de S. Paulo, Mais!,
3/3/2002, p. 9 (com adaptaes).
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O verbo pretender deixa implcita a ideia de que o produtor do texto no acredita que o legalismo e o totalitarismo possam, de
fato, ser remdios eficazes.
b) O Brasil tornou-se uma das principais naes emergentes do planeta.
O verbo tornar-se deixa implcita a ideia de que o Brasil no era nao emergente importante outrora.
c) Nos tempos do atual governo, o pas passou a exportar como nunca.
A locuo verbal passar a exportar deixa implcita a ideia de que isso no ocorria dessa forma anteriormente.
Informaes implcitas por meio de advrbios
a) Maria ainda no pde rever os parentes desaparecidos h muito tempo.
O advrbio deixa implcita, tcita, a ideia de que Maria poder rever os parentes.
b) Os deputados, e outras grandes autoridades, agora so punidos cor crimes comuns e de responsabilidade cometidos.
O advrbio deixa implcita a ideia de que em governos anteriores essa classe de sujeito ativo de crime no recebia punio,
coisa que no atual governo est ocorrendo.
c) O governo Lula foi muito criticado durante as denncias de crimes praticados por alguns de seus ministros. Desde ento, a
credibilidade no Presidente caiu um pouco.
O advrbio deixa implcita a ideia de que nem sempre houve descrdito quanto ao Presidente. Isso passou a ocorrer com as
denncias de crimes praticados por ministros seus.
d) Os deficientes que possuem carteira especial nos transportes terrestres urbanos tero de renovar o cadastro, a partir da
semana que vem.
A locuo, semelhantemente anterior, deixa implcita a ideia de que no tem havido recadastramento.
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