Eletroeletrônica Basica
Eletroeletrônica Basica
Eletroeletrônica Basica
Experimentos com:
Resistores, Capacitores, Relés, Transformadores, Multímetro, Osciloscópio.
Atualizada em Janeiro/2006
ELETROELETRÔNICA BÁSICA
INDICE
EXPERIMENTO 01 INTRODUÇÃO A ELETROELETRONICA 03
EXPERIMENTO 02 MONTAGEM DE CIRCUITOS 15
EXPERIMENTO 03 MEDIDAS ELÉTRICAS 20
EXPERIMENTO 04 TENSÃO ELÉTRICA 32
EXPERIMENTO 05 CORRENTE ELÉTRICA 39
EXPERIMENTO 06 RESISTORES ESPECIAIS 46
EXPERIMENTO 07 RELÉ INDUTOR E CAPACITOR 52
EXPERIMENTO 08 OSCILOSCÓPIO 59
EXPERIMENTO 09 TRANSFORMADORES 64
EXPERIMENTO 10 CIRCUITO RC SÉRIE E CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA 71
BIBLIOGRAFIA 89
2
EXPERIÊNCIA
INTRODUÇÃO A ELETROELETRÔNICA
Letras de Referência
Existe um consenso mundial no que diz respeito às letras utilizadas para referências de
componentes, sendo as mais comuns as relacionadas na tabela abaixo:
3
J Jumper* T Transformador
L Indutores / Bobinas U ou CI Circuito Integrado
LD ou LED Diodo emissor de Luz (LED) X ou XT Cristal
* Utiliza-se tanto para conjuntos de barras de pinos com estrapes como para pontes de fio
utilizadas em placas de face simples.
Simbologia
Simbologia é o estudo dos símbolos que são utilizados no meio técnico como uma
linguagem clara, objetiva e universal na análise ou no desenvolvimento de circuitos
eletroeletrônicos. Temos na tabela a seguir os símbolos empregados constantemente:
Componente Símbolo Função
Componente passivo de dois terminais
cujo sua finalidade é armazenar
energia quando polarizado por tensão.
Sua unidade de medida é o Farady (F)
Existem vários tipos de capacitores onde
Capacitor
podemos classificá-los de polarizados e
não polarizados.
Polarizados são os: Eletrolítico e Tântalo
Não Polarizados são os Cerâmicos e
Poliéster
Tem a mesma função do capacitor a
vantagem é pode ter sua capacitância
Capacitor variada através o parafuso central,
Variável normalmente são comercializados na
ordem de pF e também são conhecidos
como Trimmer
Componente de dois terminais também
denominado como bobina ter como
Indutor principal função criar campo magnético.
Sua unidade de medida é o Henry (H),
componente bastante utilizado em filtros.
O relé eletromecânico, como o próprio
nome diz, é um dispositivo formado por
uma parte elétrica e outra mecânica.
A grande vantagem do relé é poder
Relê acionar um circuito elétrico de potência
Eletromecânico por meio de um outro circuito elétrico,
muitas vezes de menor potência,
estando ambos isolados eletricamente
entre si, já que o acoplamento entre eles
é apenas magnético.
Quando aplicado uma tensão no
primário o mesmo gerará através de um
campo magnético uma tensão induzida
Transformador no secundário do transformador.
Temos três tipos mais comuns de
transformador que são: Elevador,
Rebaixador e Isolador.
4
Componente de dois terminais
denominados de Anodo (A) e Catodo (K)
construído de material semicondutor que
Diodo
quando polarizado diretamente faz com
que a tensão nele seja próximo de 0,6V
e funcione como uma chave aberta.
Componente de dois terminais como
denominados Anodo e Catodo e que
LED quando polarizado diretamente emite luz
numa tensão de aproximadamente
2V/20mA de corrente
Componente de três terminais
denominada Base (B), Emissor (E) e
Coletor (C) também como o diodo é
construído de material semicondutor e
funciona quando é aplicado ao terminar
Transistor de Base uma corrente que faz com que
a corrente flua entre coletor e emissor
atuando como uma chave.
De acordo com sua construção existem
dois tipos de transistores o NPN e o
PNP.
O MOS-FET é um elemento largamente
empregado na construção de circuitos
integrados, pois sua característica nos
Transistor
permite construir circuitos muito mais
MOS-FET
complexos e versáteis do que os
construídos com simples transistores de
junção (bipolar)
Componente de três terminais
denominados Catodo (K), Anodo (A) e
Gate (G) da família dos tiristores
SCR
(componentes de potência) são
utilizados para acionamentos de carga
de alta potência.
São componentes semicondutores que
num tamanho muito reduzido executam
várias funções conforme suas
Circuitos
especificações encontradas em livros de
Integrados
dados do componente, os circuitos
integrados podem ser: memórias,
contadores e etc.
Os equipamentos eletrônicos possuem
fusíveis de proteção contra sobrecarga
de corrente.
O Fusível tem um filamento a base de
estanho (baixo ponto de fusão) que se
Fusível
derrete quando a corrente que passa por
ele é maior que a nominal estampada
em seu corpo. Quando isso ocorre, é
preciso substitui-lo após a correção do
problema.
5
Gerador de tensão contínua é um dos
dispositivos utilizados para a
alimentação dos circuitos eletrônicos, os
geradores mais comuns são as pilhas,
Bateria as baterias de automóveis, etc.
No laboratório estaremos usando como
gerador uma fonte de alimentação que
vai ser gerará as tensões para os
circuitos.
Identifica o terminal negativo ou neutro
de um gerador que tanto pode ser
Terra alternado ou contínuo
Num potencial de terra a tensão deve
ser igual a (0) zero.
Múltiplos Submúltiplos
10 = 101 1 = 100 Na área de elétrica tomamos como padrão
100 = 102 0,1 1/10 = 10-1 algumas notações que são bastante
1000 = 103 0,01 1/100 = 10-2 utilizadas e recebem um nome de acordo
10000 = 104 0,001 1/1000 = 10-3 com sua grandeza:
100000 = 105 0,0001 1/10000 = 10-4
1000000 = 106 0,00001 1/100000 = 10-5
6
10A x 10B = 10A + B
Exemplos:
A) 1000 x 10000 = 103 x 104 = 107
B) 0,0001 x 0,01 = 10-4 x 10-2 = 10-6
C) 10000 x 0,001 = 104 x 10-3 = 101 = 10
Observação
Lembrando que na potenciação qualquer número elevado a 0 é igual a 1, exemplo 100 =
1.
Quando dividimos dois números que têm a mesma base, mantemos a base e subtraímos
o expoente do numerador do expoente do denominador.
Genericamente temos:
10A
= 10A x 10-B = 10A B
10B
Exemplos:
A)
10000 104
= = 104 x 10-3 = 101 = 10
1000 103
B)
100 102
= = 102 x 10-4 = 10-2 = 0,01
10000 104
C)
10000 104
= = 104 x 10-(-2) = 106 = 1000000
0,01 10-2
7
Palavras que terminam com letras s, x ou z não se acrescenta s : siemens; lux;
hertz;
Palavras compostas por unidades e elementos complementares e ligadas por hífen
ou preposição, os elementos não levam s : anos-luz; elétron-volts;
Veja alguns exemplos:
Singular Plural
Decibel Decibels
Quilograma-força Quilogramas-força
Ohm-metro Ohms-metros
Milímetro cúbico Milímetros cúbicos
Volt Volts
Metro por segundo Metros por segundo
Não são admitidos prefixos compostos formados pela justaposição de vários prefixos SI:
1 nm = um nanômetro; 1 GW = um gigawatts.
Os símbolos de uma mesma unidade podem coexistir num símbolo composto por
divisão: kWh/h = quilowatt-hora por hora ; mm²/m = ohm vezes milímetro ao quadrado
por metro.
8
Resistor Fixo
É um dispositivo construído com material resistivo, que tem como principal função resistir
a passagem de corrente elétrica. Comercialmente, são encontrados resistores desde
alguns décimos de Ohm até dezena de Megaohm, com tolerâncias que varia de 1% até
20% e potências entre alguns décimos de Watt até algumas dezenas de Watt.
Construtivamente, os resistores podem ser de fio, filme de carbono, filme metálico, entre
outros.
Símbolo Unidade de Medida Representado pela
letra
Ohm
Resistor de Fio: Consiste em um tubo cerâmico, que servirá de suporte para enrolarmos
um determinado comprimento do fio, de liga especial para obter-se o valor de resistência
desejado. Os resistores de fio são encontrados com valores de resistência de alguns
ohms até alguns quilos ohms, e são aplicados onde se exige altos valores de potência,
acima de 5W, sendo suas especificações impressas no próprio corpo.
Resistor de filme metálico: Sua estrutura idêntica ao filme de carbono, somente que,
utilizamos uma liga metálica (níquel-cromo) para formarmos a película, obtendo valores
mais precisos de resistência, com tolerâncias de 1% e 2%.
9
Código de Cores
Alguns tipos de resistores (Normalmente os de alta potência) têm as especificações
escritas diretamente em seus encapsulamentos. Porém, a maioria tem as especificações
dadas em forma de código de cores.
Nos resistores de quatro faixas a leitura Nos resistores de cinco faixas a leitura é
procede-se de acordo com a figura abaixo: feita de acordo com a figura abaixo:
Cinco Faixas
Cor 1º Alg. Sign. 2ºAlg. Sign. 3ºAlg. Sign. Nº de Zeros Tolerância Temperatura
Preto 0 0 0 (Nenhum) 200 PPM/ºC
Marrom 1 1 1 1 (Um zero) 1% 100 PPM/ºC
Vermelho 2 2 2 2 (Dois zeros) 2% 50 PPM/ºC
Laranja 3 3 3 3 (Três zeros) 15 PPM/ºC
Amarelo 4 4 4 4 (Quatro zeros) 25 PPM/ºC
Verde 5 5 5 5 (Cinco zeros) 0,5%
Azul 6 6 6 6 (Seis zeros) 0,25% 10 PPM/ºC
Violeta 7 7 7 0,10% 5 PPM/ºC
Cinza 8 8 8 1 PPM/ºC
Branco 9 9 9
Ouro Multiplica por 0,1 5%
Prata Multiplica por 0,01 10%
Ausência 20%
A seguir uma tabela com os múltiplos para valores comerciais de resistores fixos com
tolerância de 5%:
10 12 15 20 22 24 27 30 33 39 47 51 56 68 75 82 91
Capacitância 1
Condutância 2 H
Freqüência 3 W
Indução magnética 4 F
Indutância 5 S
Potência 6 Hz
Resistência elétrica 7 T
CPMA2 Os terminais de um transistor são chamados de:
Dreno / Porta / Fonte Coletor / Base / Emissor
CPMA5 As unidades Mega e Nano podem ser representadas na notação cientifica como:
106 e 109 106 e 10-9
11
CPMA7 Relacionar o nome do componente ao símbolo elétrico da lista abaixo:
RESISTOR 1
CAPACITOR 2
DIODO 3
TRANSISTOR 4
BATERIA 5
TRANSFORMADOR 6
FUSÍVEL 7
RELÉ 8
LED 9
INDUTOR 10
SCR 11
FONTE AC 12
12
CPMA8 Dado o circuito abaixo circule os componentes listados na tabela abaixo do circuito
e logo após anotar a sua especificação na mesma tabela.
Componente Especificação
A Q4
B R26
C IC1
D R32
E D10
13
CPMA9 Anotar as cores e determinar o valor nominal e a tolerância de cada resistor
fornecido através do código de cores anotando os valores encontrados na tabela abaixo:
CPMA10 Na tabela abaixo copie o valor nominal encontrado acima e calcular o valor
Máximo e Mínimo das tolerâncias para cada valor dos resistores lidos na tabela anterior
usando a formula abaixo:
+ + + + +
R1 N R2 N R3 N R4 N R5 N
- - - - -
14
EXPERIÊNCIA
MONTAGEM DE CIRCUITOS
Matriz de contatos
Imagine o trabalho que seria se todo o
circuito que quiséssemos experimentar ou
analisar fosse necessário fazer uma placa
de circuito impresso, além do projeto se
tornar muito caro iria nos causar um
trabalho enorme em fazer novas placas a
cada componente modificado.
A Matriz de Contatos é formada, basicamente por uma peça plástica moldada com espaços
internos próprios para acomodação de conectores metálicos. Os conectores metálicos são
acessados através dos pequenos furos que cobrem a superfície da peça plástica. Conforme a
figura abaixo:
Os pequenos furos servem para fixação dos componentes eletrônicos. Quando encaixados,
os terminais dos componentes ficam presos entre duas laminas que constituem os
conectores metálicos.
Quando montamos um circuito, primeiro os componentes são fixados sobre a matriz, depois
através de pedaços de fios rígidos de diâmetro apropriado, as demais interligações são
efetuadas. Assim, sobre a matriz pode-se montar desde circuitos simples até os mais
complexos sem a necessidade de soldar os componentes.
Existem muitos modelos de matriz de contatos, uns com mais, outros com menos pontos de
interligação, porém, a organização dos contatos obedece na maioria dos casos os padrões a
seguir nas figuras abaixo.
Figura 1 Figura 2
16
condutor metálico, localizado internamente à base plástica, onde são conectados os
componentes.
Observação:
- Na canaleta entre os furos da figura 2 é utilizada para montagem de circuitos integrados,
Relés entre outros, para que seus terminais não fiquem em curto na matriz.
Observação:
Nunca um componente pode entrar e sair para o mesmo barramento, pois o mesmo estará
em curto e não fará diferença para o circuito, tornando se um fio.
LED
O LED é um tipo especial de diodo, pois emite luz quando polarizado diretamente. Por isso,
ele é classificado como um dispositivo optoeletrônico. Neste experimento o LED será
analisado com o objetivo de ser utilizado na sua aplicação mais básica que é a de indicador
luminoso.
O nome LED é a sigla de light emitting
diode, que significa diodo emissor de luz.
Trata-se de um dispositivo optoeletrônico,
cuja principal característica é a conversão
de sinal elétrico em óptico.
Na polarização direta, quando os elétrons
do lado N cruzam a junção, eles se
recombinam com as lacunas do lado P. A
recombinação produz uma irradiação de
energia. Nos diodos comuns, a energia
irradiada é a térmica, produzindo calor.
Nos LED s, a energia irradiada é na forma
de onda eletromagnética, produzindo luz.
A irradiação da energia luminosa é possível pela utilização de elementos como o gálio (Ga),
arsênico (As) e o fósforo (P) na fabricação da junção PN.
17
Os principais LED s de luz visível são feitos a partir de GaAs acrescidos de fósforo que,
dependendo da quantidade, podem irradiar luzes vermelha, laranja, amarela, verde ou azul e
são muito utilizados como sinalizadores em instrumentos eletrônicos ou na fabricação de
display s (indicadores numéricos de sete segmentos onde cada segmento é um LED).
Os LED s têm as mesmas características dos diodos comuns, ou seja, só conduzem quando
polarizados diretamente com tensão maior ou igual à tensão de polarização. Comercialmente,
eles trabalham normalmente com correntes na faixa de 10mA à 50mA e tensões na faixa de
1,5V a 2,5V.
Todo LED por segurança deve sempre vir acompanhado por um resistor limitador de corrente
que tem a finalidade de garantir que a corrente do LED não seja ultrapassada.
2
3
18
CPMA2 Montar os circuitos propostos e solicitar o visto do professor ou do monitor para
cada circuito montado corretamente
R2
1.0kohm V1
8
12V
4 VCC
RST
7 3
R3 6 DIS OUT
1.2kohm 2 THR R1
TRI 100ohm
5 U1
CON LM555CM
GND LED1
C2 1 LED_red
100uF C1
100nF
19
EXPERIÊNCIA
O multímetro é distinguido através das categorias onde são dispostas as características dos
mesmos, acompanhe através da tabela abaixo.
Tipos
Características
A B C D E
Sensibilidade 1000 a 5000 5000 a 10000 10000 a 50000 50000 a 100000 22M
( /V)
Escalas de 2 a 4 escalas com 3 a 5 escalas 5 a 7 escalas 5 a 7 escalas 4 a 8 escalas
tensões valores entre 1,5V a com valores com valores com valores com valores
1500V entre 1,5V a entre 1,5V a entre 5V a entre 1,5V a
contínuas 1500V 3000V 3000V 5000V e ponta
MAT
Escalas de 2 a 4 escalas com 3 a 5 escalas 5 a 7 escalas 5 a 7 escalas 4 a 8 escalas
tensões valores entre 6V à com valores com valores com valores com valores
1000V entre 6V à entre 6V à entre 6V à entre 6V à
alternadas 1000V 3000V 3000V e MAT 5000V
(15000V)
Escalas de 1 ou 2 escalas com 2 ou 3 escalas 4 escalas com 4 a 5 escalas 5 escalas com
resistência fatores com fatores fatores com fatores fatores
multiplicativos de x1 multiplicativos multiplicativos multiplicativos multiplicativos
e x10 de x1, x10 e de x1, x100, de x1, x10, de x1 a x10k.
x100. x1k e x10k. x100, x1k e
x10k.
Fonte de 1 ou 2 pilhas 1 ou 2 pilhas Pilhas mais Pilhas mais Rede e Pilhas
alimentação bateria de 15V bateria de 15V
Aplicação Multímetro Instrumento Multímetro Multímetro Este multímetro
recomendado aos mais adequado considerado avançado com é especial por
iniciantes em geral, para equipar profissional que podemos utilizar
estudantes que oficinas indicado para contar em transistores de
estejam começando modestas de técnico nosso trabalho, efeito de campo
suas atividades em reparação de reparador de recomendado em sua
eletrônica. rádio e TV radio, TV, por construção
aparelhos de profissionais de favorecendo a
som, para o eletrônica. diminuição da
instalador de sensibilidade do
som em carro e mesmo.
projetistas
técnicos.
Recomendações Básicas
Ao medir uma grandeza de cujo valor você não tem a menor idéia, o ideal é sempre
posicionar o multímetro na maior escala da grandeza no qual se deseja medir e ir
abaixando a escala até que tenha uma leitura precisa e agradável;
Deve-se selecionar a escala antes de conectar o multímetro no circuito a ser
medido. Podendo danificar o aparelho (ou um pequeno fusível de vidro de proteção
que o mesmo possui internamente) caso utilize ele na escala errada como, por
exemplo, tentar medir corrente ou tensão na escala para resistência.
Escalas
Escala ou fundo de escala é o maior valor que o multímetro pode medir em cada escala.
Um multímetro possui várias escalas, cuja escolha é feita em função da grandeza e seu valor
numérico da medida a ser realizada.
No multímetro analógico, as medidas mais precisas são obtidas com a deflexão do ponteiro
na região central da sua escala graduada.
Para determinar o valor de cada divisão de uma escala deve-se determinar intervalo da
escala e dividir pelo número de espaços da mesma o resultado desta equação é a precisão
da escala.
Veja:
Precisão = (Maior valor do intervalo Menor Valor do Intervalo)
Número de espaços do intervalo
Observações:
Muitos instrumentos de medidas utilizam em seus manuais a palavra precisão no lugar de
erro de medida e a palavra sensibilidade no lugar de precisão.
Erro de Paralaxe
Além do erro característico do
instrumento, existe o erro de leitura
inerente aos instrumentos analógicos
(de ponteiro).
O erro de paralaxe é um erro de
leitura que ocorre quando a mesma
não é feita olhando-se frontalmente o ponteiro, devido à distância entre este e a escala do
instrumento.
Para evitar o erro de paralaxe, os instrumentos analógicos possuem um espelho sob a
escala, de forma que a leitura deve ser feita somente quando o ponteiro encobrir a imagem
refletida.
23
Ohmímetro
Escala
Efeito Joule
Quando uma resistência recebe energia elétrica de uma fonte de alimentação, ela a
transforma em energia térmica, provocando seu aquecimento. Efeito Joule é o nome dado
ao fenômeno do aquecimento de um material devido à passagem da corrente elétrica.
24
Por isso, os fabricantes de dispositivos eletrônicos sempre informam qual é a máxima
potência que eles podem dissipar, pois isto está relacionado à máxima temperatura que eles
podem atingir sem se danificarem.
A potência fornecida por uma fonte de alimentação a um circuito é dada pelo produto de sua
tensão pela corrente consumida pelo circuito:
P=VxI
P = R x I² P = V² / R
O fusível possui um filamento à base de estanho que se derrete quando a corrente que
passa por ele é maior que a sua nominal. Quando isso ocorre, é preciso substituir o fusível
por outro de igual valor de corrente nominal sempre após de verificar o que ocasionou a
queima do mesmo.
No disjuntor, quando a corrente é maior que a corrente especificada no dispositivo, ele
apenas desarma, bastando rearmá-lo novamente, logo após o problema com o sistema ou
circuito seja resolvido.
Todos esses dispositivos funcionam na conversão de energia elétrica em energia térmica.
IMPORTANTE
Para que você tenha um maior controle do seu gasto mensal de energia, este procedimento
deverá ser realizado periodicamente.
Medidor de Ponteiros
O tipo mais comum de medidor de energia elétrica é o
de ponteiros. Ele é composto por quatro relógios. Veja
como é fácil fazer sua leitura:
Comece a leitura pelo marcador da unidade localizado à
sua direita na figura.
Repare que os ponteiros giram no sentido horário e anti-
horário, e sempre no sentido crescente dos números, ou
seja, do menor para o maior número.
Aquecedor central elétrico: Não ligue o aquecedor vazio à rede elétrica. Instale o
equipamento próximo aos pontos de consumo. Isole adequadamente as canalizações. Ajuste
de acordo com a temperatura ambiente. Evite esquentar a água nos dias quentes. Ligue
apenas o suficiente para aquecer. Não tome banhos demorados e só ligue a torneira quando
for usar a água.
26
Geladeira e freezer: O abre e fecha constante das portas dos aparelhos gasta muita energia.
Retire tudo o que vai precisar de uma única vez. Nunca deixe as portas abertas. Mantenha o
equipamento longe de fontes de calor: fogão e sol, por exemplo. Não guarde alimentos
quentes, nem líquidos em vasilhas sem tampas. Regule a temperatura de acordo com a
estação do ano.
Não use a parte traseira da geladeira ou freezer para secar roupas ou sapatos. Ao viajar,
esvazie o aparelho e desligue da tomada.
Ferro elétrico: Evite ligar o ferro várias vezes. Acumule o máximo possível às roupas e
passe de uma única vez. No ferro automático, use a graduação correta para cada tipo de
tecido. Não esqueça o aparelho ligado.
Máquinas de lavar roupas, louças e secadoras: Use sempre a capacidade máxima. Usar
para poucas peças gasta muita energia e água. Mantenha os filtros sempre limpos.
Televisão: Reduza os aparelhos ligados na casa. Evite dormir com a TV ligada. Muitos
aparelhos já possuem dispositivo para desligar automaticamente. Não deixe a TV ligada se
não estiver vendo um programa.
Iluminação: Use lâmpadas adequadas para cada tipo de ambiente. Se o local estiver vazio,
apague a luz. Lembre-se que a luz natural é sempre melhor. Abra portas e janelas durante o
dia e deixe o sol entrar. Faça sua decoração interna com cores claras. Use lâmpadas
fluorescentes, elas são mais duráveis e econômicas. No mercado estão disponíveis lâmpadas
que são mais caras, mas que economizam até 80% de energia e duram muito mais.
Evite usar energia no horário de pico - entre 5 da tarde e 9 da noite.
Atenção: superstição não economiza energia . Colocar garrafas de água em cima das caixas
de medidores não reduz o consumo. É besteira.
27
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS
Qtde. Descrição Especificação
1 Rede Elétrica 110V
1 Fonte de alimentação FCC 3005D
1 Multímetro Analógico
1 Multímetro Digital
DCV ACV
Escala Precisão Erro de Medida Escala Precisão Erro de Medida
Erro para Erro para
Tabela 1
todas as todas as
escalas de escalas de
corrente corrente
alternada é de alternada é de
+/- 3% +/- 4%
V V~
Escala Erro de medida Escala Erro de Medida
Tabela 2
28
CPMA4 Relacionar na tabela abaixo as escalas do multímetro que medem resistência
elétrica.
MULTIMETRO ANALÓGICO
Escalas do
Ohmímetro MULTÍMETRO DIGITAL
TABELA 4
Multímetro Valor Medido Escala Precisão
Analógico
Multímetro Valor Medido Escala
Digital
29
CPMA9 Fazer a leitura dos valores dispostos nas escalas a seguir:
X10
XK
ESCALAS VALOR MEDIDO
X100
X10K
X1
XK
XK
X10K
X10
X10K
30
CPMA11 Medir as cinco resistências com o multímetro analógico, não importando a ordem
de escolha, e anotar a escala utilizada em cada medida.
CPMA12 Ajustar a fonte de alimentação para a tensão de 10V e desligar a mesma. Montar
o circuito proposto abaixo e aguardar a ordem do professor para ligar a fonte
CPMA13 Após 60 segundos, tocar as resistências com a mão, verificou-se que... Assinale a
alternativa correta:
R1 atingiu temperatura maior que R2 R2 atingiu temperatura maior que R1
R1 100 ½W R2 100 5W
PR1 = V² PR1= _______ PR2 = V² PR2= _______
PR1 = PR2 =
R R
ER1= PR1. t ER1 = ER1 = ER2 = PR2. t ER2 = ER2 =
CPMA16 Calcular a corrente máxima suportada por cada resistor de acordo com sua
potencia.
R1 100 ½W R2 100 5W
P P
I R1 I R2
R R
CPMA17 Responda X na alternativa correta:
Potência dissipada é a potência máxima suportada por um componente.
Energia é a grandeza física que indica a quantidade de potência dissipada por um
aparelho ou equipamento por um determinado valor de tempo.
31
EXPERIÊNCIA
TENSÃO ELÉTRICA
32
As pilhas alcalinas são semelhantes à de
Leclanché. As principais diferenças são: sua
mistura eletrolítica que contém hidróxido de
potássio ou de sódio (bases), ao invés de
cloreto de amônio (sal ácido), e o ânodo é feito
de zinco altamente poroso, que permite uma
oxidação mais rápida em relação ao zinco
utilizado na pilha seca comum.
As pilhas alcalinas dão voltagem de 1,5 V, e
não são recarregáveis. Comparando-as com
as pilhas secas comuns, as alcalinas são mais
caras, mantêm a voltagem constante por mais
tempo e duram cinco vezes mais. Isso ocorre
porque o hidróxido de sódio ou potássio é
melhor condutor eletrolítico, resultando uma
resistência interna da pilha muito menor do
que na pilha de Leclanché comum.
Mitos e Verdades
- Depois que a pilha comum para de
funcionar (descarrega) ela pode ser
recarregada e voltar a funcionar
novamente?
Não. Porque a pilha de Leclanché não é
recarregável (semi-reação de redução
irreversível). A pilha cessa seu funcionamento quando todo o dióxido de manganês é
consumido.
- Por que será que ocorrem alguns vazamentos nas pilhas comuns, causando muitas
vezes estragos nos equipamentos?
Porque essa pilha não funciona totalmente a seco, ocorrem paralelamente, lentas reações
oxi-redução, causando ruptura do cilindro de zinco e vazamento da pasta ácida corrosiva, por
isso é importante não deixar pilhas sem uso dentro dos equipamentos durante longos
períodos.
- Será que a pilha comum dura mais se intercalar períodos de uso e de repouso?
Sim. Pois ao utilizar continuamente a pilha, os gases formados: hidrogênio e gás amônia
impedem o fluxo de cargas elétricas fazendo com que a corrente caia. Retirando a pilha do
aparelho, após um certo tempo ela irá funcionar, pois as bolhas gasosas formadas serão
desfeitas.
- Se colocarmos uma pilha gasta na geladeira ela é recarregada?
Não, ela volta a funcionar durante algum tempo, porque a baixa temperatura faz com que o
gás amônia seja removido, o que não significa que ela foi recarregada.
- E na água quente a pilha é recarregada?
Recarregada não, mas o aumento de temperatura irá favorecer a perda de elétrons, fazendo
com que ela funcione por mais algum tempo.
- Por que será que as pilhas alcalinas duram mais que as comuns?
Nas pilhas alcalinas, o meio básico faz com que o eletrodo de zinco sofra um desgaste mais
lento, comparado com as pilhas comuns que possuem um caráter ácido.
Potencial Elétrico
Quando uma carga q se desloca através de um campo elétrico sem importar a trajetória de
um ponto a qualquer outro ponto denominamos de Diferença de Potencial (ddp) que nada
33
mais é que a força ou a tensão elétrica responsável pela movimentação das cargas elétricas
num circuito.
Unidade de Trabalho
Unidade de DDP =
Unidade de carga
O nome volt (símbolo V) dado à unidade de DDP é uma homenagem ao físico Alessandro
Volta.
Fonte de Alimentação
De forma simplificada, uma tensão contínua pode ser chamada apenas de tensão CC ou DC
(relativos à Corrente Contínua ou Direct
Current).
O símbolo genérico de uma fonte CC e a
reapresentação gráfica de sua tensão são
mostrados ao lado:
Se fonte de alimentação fornece tensão alternada, isto é, com valor variável, seus terminais
são, ora positivo, ora negativo, alternadamente. A tensão alternada mais importante é a
senoidal.
De forma simplificada, uma tensão alternada senoidal pode ser chamada apenas de tensão
CA ou AC (relativos à Corrente Alternada ou
Alternate Current).
No caso das tensões alternadas, além dos geradores de laboratório e industriais, existe a
própria rede elétrica que alimenta as resistências e as indústrias. Essas tensões são geradas
pelas usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleares.
Voltímetro
34
O voltímetro CC possui um pólo positivo (vermelho) e um negativo (Preto), nos quais são
colocadas as pontas de prova, utilizadas para conectá-lo nos pontos onde se deseja medir a
tensão. No voltímetro CA, não há polaridade.
Associação de resistores
Como o próprio nome diz a associação de resistores consiste na soma de resistência no
qual se deseja um certo valor ôhmico a um valor de corrente, o resultado de uma associação
de resistores é sempre um resistor equivalente que nada mais que um resistor que se
substituído no circuito é capaz de produzir a mesma corrente que todos os resistores da
associação.
Existem três tipos de associação de resistores:
Série, Paralela e Mista.
Resistor Equivalente
Na associação de resistores podemos substituir os resistores da
associação por um único resistor que é denominado de resistor
equivalente, pois o mesmo ligado ao circuito com a mesma
tensão deverá produzir uma intensidade de corrente em todos os
resistores da associação, este circuito é denominado circuito
equivalente. Veja na figura ao lado o circuito equivalente:
35
A equação para a definição do resistor equivalente é a soma dos valores ôhmicos de todos os
resistores da associação em outras palavras à equação pode ser descrita da seguinte forma:
REQ = R1 + R2 + R3 +... RN
Leis de Kirchhoff
2ª Lei de Kirchhoff
A soma das tensões de uma malha qualquer, num determinado sentido é sempre igual à
soma das tensões elétricas dessa mesma malha no sentido oposto , esta também conhecida
por lei das malhas.
Para amenizar este problema foi elaborada esta seqüência de etapas para analisar um
circuito, que é mostrada a seguir:
- Determinar inicialmente, quantas correntes diferentes existem no circuito analisado;
- Adotar um sentido de corrente qualquer para cada uma das correntes do circuito;
- Por meio das corrente adotadas no item anterior, determinamos, conseqüentemente, o
sentido de cada tensão elétrica do circuito (só para componentes passivos, isto é, receptores
= resistores, etc.);
- Aplicar a 2ª lei de Kirchhoff m vezes, sendo m o número de malhas internas do circuito.
Pode se aplicar a 2ª lei de Kirchhoff nas malhas externas, não é recomendado pela
complexidade matemática;
- Determina-se o valor de cada uma das tensões do circuito.
36
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS
Qtde. Descrição Especificação
1 Fonte de Alimentação FCC 3005 D
2 Multímetro Analógico e Digital
1 Resistor 270 5W
1 Resistor 470 5W
1 Resistor 1k 5W
1 Resistor 4,7k 5W
1 Resistor 10k 5W
CPMA2 Na medida de tensão contínua, o terminal positivo do voltímetro deve ser ligado.
Ao terminal de menor potencial Ao terminal de maior potencial
CPMA4 Medir a tensão com a fonte ajustada de acordo com a tabela a abaixo com o
multímetro analógico.
37
CPMA6 Montar o circuito 2 proposto e medir a tensão usando o multímetro analógico e o
digital
Multímetro Multímetro
Analógico Digital
VR1
VR2
VR3
VR4
VR5
CPMA7 Após as medidas podemos concluir que de acordo com o circuito montado é
possível obter diferentes valores de tensão. Assinale a alternativa que indica se a afirmativa
acima é verdadeira ou falsa
Verdadeira Falsa
38
EXPERIÊNCIA
CORRENTE ELÉTRICA
A corrente contínua (CC ou DC) caracteriza-se pelo fato de fluir sempre num único sentido,
em função da tensão aplicada ao condutor ter sempre a mesma polaridade. Se esta tensão
for constante, a corrente gerada também será constante.
39
Amperímetro
O amperímetro é o instrumento utilizado para a
medida da corrente elétrica. Em geral, utiliza-se
um multímetro numa das escalas de corrente. Os
símbolos genéricos do amperímetro estão
apresentados ao lado
O amperímetro CC possui um pólo positivo (Vermelho) e um negativo (Preto), nos quais são
colocadas as pontas de prova, utilizadas para conectá-lo nos pontos onde se deseja medir a
corrente. No amperímetro CA, não há polaridade.
Efeitos estimados da eletricidade Choque elétrico. O choque elétrico é causado por uma
CORRENTE CONSEQUENCIA corrente elétrica que passa através do corpo humano
1 mA Apenas perceptível ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele
10 mA Agarra a mão que se origina quando uma corrente elétrica entra
16 mA Máxima tolerável pela mão da pessoa e sai pela outra. Nesse caso,
20 mA Parada Respiratória atravessando o tórax, ela tem grande chance de
100 mA Ataque Cardíaco afetar o coração e a respiração. Se fizerem parte do
2A Parada Cardíaca circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de
3A Valor Mortal uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor. O
valor mínimo de corrente que uma pessoa pode
40
perceber é 1 mA. Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos,
sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre
10 mA e 3 A.
Queimaduras: A pele humana é um bom isolante e apresenta, quando seca, uma resistência
à passagem da corrente elétrica de 100.000 Ohms. Quando molhada, porém, essa
resistência cai para apenas 1.000 Ohms. A energia elétrica de alta voltagem, rapidamente
rompe a pele, reduzindo a resistência do corpo para apenas 500
Ohms. Veja estes exemplos numéricos: os 2 primeiros casos,
referem-se à baixa voltagem (corrente de 120 volts) e o terceiro, à
alta voltagem:
a) Corpo seco: 120 volts/100000 ohms = 0,0012 A = 1,2 mA (o
indivíduo leva apenas um leve choque)
b) Corpo molhado: 120 volts/1000 ohms = 0,12 A = 120 mA
(suficiente para provocar um ataque cardíaco)
c) Pele rompida: 1000 volts/500 ohms = 2 A (parada cardíaca e sérios danos aos órgãos
internos).
Além da intensidade da corrente elétrica, o caminho percorrido pela eletricidade ao longo do
corpo (do ponto onde entra até o ponto onde ela sai) e a duração do choque,
são os responsáveis pela extensão e gravidade das lesões.
Quedas de altura: Os acidentes com eletricidade ocorrem de várias
maneiras. Os riscos resultam de danos causados aos isolantes dos fios
elétricos devido a roedores, envelhecimento, fiação imprópria, diâmetro ou
material do fio inadequado, corrosão dos contatos, rompimento da linha por
queda de galhos, falta de aterramento do equipamento elétrico, etc. As
benfeitorias agrícolas estão sujeitas à poeira, umidade e ambientes
corrosivos, tornando-as especialmente problemáticas ao uso da eletricidade.
Recomendações:
- Plugue e use os dispositivos elétricos de segurança disponíveis como, por exemplo, a
tomada de 3 pinos;
- Considere todo fio elétrico como "positivo", ou seja, passível de provocar um choque mortal;
- Cheque o estado de todos os fios e dispositivos elétricos; conserte-os ou substitua-os, se
necessário. Aprenda como dimensionar fio elétrico;
- Certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma ferramenta elétrica;
- Se um circuito elétrico em carga tiver de ser reparado, chame um eletricista qualificado para
fazê-lo;
- Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma barreira adicional entre você e a corrente
elétrica;
- Use os fios recomendados para o tipo de serviço elétrico a que ele vai servir;
- Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos, usando, por exemplo,
o "Benjamin";
- Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu chuveiro, pois o ambiente molhado
aumenta o choque.
41
número de resistores da associação e a corrente possui intensidades diferentes para cada
resistor da associação.
A potência total como na associação em série deve ser somada pela potência dissipada por
cada resistor para chegar no seu valor e que o circuito equivalente possui a mesma potência
total que a soma de todos os resistores.
PE = PT = P1 + P2 + + PN = PEQ
i
Conforme a figura ao lado:
IR1
IR2
IR3
VR1
VR2
VR3
Resistor Equivalente
O resistor equivalente da
associação em paralelo é conseguido pela soma do inverso do
inverso de todas as resistências da associação onde que a
particularidade é que no circuito em paralelo o resistor equivalente
será sempre menor que todos os resistores da associação.
Vejamos a equação da resistência equivalente em paralelo e o
modelo do circuito equivalente na figura ao lado:
Equação
1 1 1 1
= + +
REQ R1 R2 R3
Resistência Elétrica
Resistência elétrica é a medida da oposição que os átomos de um material oferecem à
passagem de corrente elétrica. Ela depende da natureza do material, de suas dimensões e
da temperatura.
42
Leis de Kirchhoff
Continuando o estudo sobre as leis de kirchhoff, agora iremos conhecer a analise das
correntes e algumas recomendações.
1ª Lei de Kirchhoff
A soma algébrica das correntes que entram num determinado nó é igual à soma das
correntes elétricas que saem deste mesmo nó , está lei também é conhecida como a leis dos
nós.
Aplicar a 1ª lei de Kirchhoff n vezes, sendo n o número de nós do circuito menos
um;
Resolver o sistema de equações, determinando o valor de todas as correntes;
Todas as corrente que resultarem em resultado negativo devem ter seus sentidos
alterados e conseqüentemente, altera também o sentido das tensões atingidas por
essas mesmas correntes.
Após todos os cálculos, verifica-se se em cada nó a 1ª lei de Kirchhoff está sendo
obedecida e se para qualquer malha (interna ou externa) a 2ª lei de kirchhoff está
sendo cumprida. Se não estiver, refaça a análise das equações e os cálculos,
porque há algum erro; se estiver tudo correto, a análise chegou ao fim.
43
CPMA3 Medir a corrente do circuito para cada resistor de acordo com os valores de tensão
indicados na tabela abaixo:
CPMA6 Qual a quantidade de carga por segundo fornecida pela fonte à carga (100 ) do
circuito 1 quando a fonte estiver com 10V.
100 x10-3A.s
100 x10-6A.s
CPMA7 Uma bateria 12V tem autonomia de energia de 5A/h, determine o tempo que um
sistema de iluminação de emergência com inversor para lâmpada fluorescente que cujo
circuito necessita de 0,5A. Assinalar a resposta com o tempo correto.
5hs 10hs
44
E = 10V E = 12V E = 14V E = 16V E = 19V E = 22V E = 24V E = 26V E = 28V
IT
IR1
IR2
IR3
IR4
IR5
CPMA10 Repetir o item anterior usando a tabela e com os valores de tensão estipulados
em cada coluna medir as diferentes intensidades de corrente utilizando o multímetro digital.
Rede Elétrica
IT
IR1
IR2
IR3
IR4
IR5
45
EXPERIÊNCIA
RESISTORES ESPECIAIS
46
Um resistor variável pode ter sua resistência variada de duas
maneiras linear ou logarítmica conforme a variação em função
da ação da haste de ajuste.
Os gráficos da figura ao lado mostram a diferença de
comportamento da resistência entre os dois tipos de
potenciômetros.
Sensores de Temperatura
Termistores
São resistores termicamente sensíveis a mudança relativamente pequena a temperatura. São
semicondutores eletrônicos cuja resistência elétrica varia com a temperatura. Eles são
utilizados medição e controle da grandeza física. Os elementos resistivos são óxidos de
metais como manganês, níquel, cobalto, cobre, ferro, titânio.
A figura ao lado dá a ilustração de um tipo comum.
Existem duas variedades básicas de termistores: os de
coeficiente positivo de temperatura (PTC) e os de coeficiente
negativo de temperatura (NTC). Nos primeiros a resistência aumenta com a temperatura e o
contrário nos segundos.
Os PTC s são resistores que apresentam um coeficiente térmico positivo, isto é, sua
resistência aumenta com a temperatura.
Os NTC s são resistores ao contrario do PTC, ou seja, apresenta um coeficiente térmico
negativo onde a resistência diminui quando a temperatura aumenta este é o tipo mais usual
na medição e controle de temperatura. Mas não são recomendados em processos industriais,
devido a falta de padronização entre os fabricantes.
A relação entre resistência e temperatura é dada pela equação de Steinhart & Hart:
T = 1/(a + b ln R + c ln R3).
A tabela abaixo dá as principais características de um tipo comum de NTC.
Parâmetro Valores
Resistência a 25°C 2252 ohms
Onde os
Faixa de medição -80 a +120°C típico (250°C max) coeficientes a, b e
Tolerância ±0,1 ou ±0,2°C c são
Estabilidade em 12 meses < 0,02°C a 25°C e < 0,25°C a 100°C característicos de
Constante de tempo < 1,0 s em óleo e < 60 no ar calmo cada modelo e
informados pelos
Auto-aquecimento 0,13 °C/mW em óleo e 1,0 °C/mW no ar
fabricantes.
Coeficientes a = 1,4733 10-3 b = 2,372 10-3 c = 1,074 10-7
Dimensões 2,5 x 4 mm
Termopar
O termopar é um sensor de temperatura que funciona medindo a diferença de potencial
causada pela variação de temperatura. Isso só é possível graças sua construção ser
obedecida por um efeito físico conhecido como efeito Seebeck. Seebeck descobriu que
quando unimos dois materiais diferentes, flui ao circuito uma corrente elétrica através da
variação de temperatura no ponto em que os materiais foram unidos.
Com o avanço na tecnologia, atualmente temos oito tipos de termopares: S, E, J, K, N, T, B, e
R. Os dois termopares mais conhecidos são os T J e K explicados a seguir:
Termopar Tipo T
COBRE X CONSTANTAN
Composição: Cobre(+) / Cobre(-) Níquel(-);
Faixa de utilização: 200 a 350ºC;
47
Podem ser utilizados em atmosferas oxidantes, redutoras, inertes e no vácuo. Adequados
para as medições abaixo de zero grau. Apresenta boa precisão na sua faixa de utilização.
Termopar Tipo J
FERRO X CONSTANTAN
Composição: Ferro(+) / Cobre(-) Níquel(-);
Faixa de utilização: 40 a 750ºC;
Podem ser usados em atmosfera oxidantes, redutoras, inertes e no vácuo. Não devem ser
usados em atmosferas sulfurosas e não se recomenda o uso em temperaturas abaixo de zero
grau. Apresentam baixo custo.
Termopar Tipo K
CHROMEL X ALUMEL
Composição: Níquel Cromo(+) / Níquel Alumínio(-);
Faixa de utilização: 200 a 900ºC;
Recomendáveis em atmosferas oxidantes ou inertes. Ocasionalmente podem ser usados
abaixo de zero grau. Não devem ser utilizados em atmosferas redutoras ou sulfurosas. Seu
uso no vácuo é por curto período de tempo.
Sensores de Luminosidade
LDR
O LDR possui a interessante característica de ser um componente eletrônico cuja resistência
elétrica diminui quando sobre ele incide energia luminosa. Isto possibilita a utilização deste
componente para desenvolver um sensor que é ativado (ou desativado) quando sobre ele
incidir energia luminosa.
A resistência do LDR varia de forma inversamente proporcional à quantidade de luz incidente
sobre ele, isto é, enquanto o feixe de luz estiver incidindo, o LDR oferece uma resistência
muito baixa.
Quando este feixe é cortado, sua resistência aumenta.
Características do LDR
Também chamado de célula fotocondutiva, ou ainda de fotoresistência, o LDR é um
dispositivo semicondutor de dois terminais, cuja resistência varia linearmente com a
intensidade de luz incidente, obedecendo à equação R = C.L.a, onde L é a luminosidade em
Lux, C e a são constantes dependentes do processo de fabricação e material utilizado.
Como foi dito anteriormente o LDR tem sua resistência diminuída ao ser iluminado. A energia
luminosa desloca elétrons da camada de valência para a de condução (mais longe do
núcleo), aumentando o número destes, diminuindo a resistência.
Conforme aumenta a intensidade de luz incidente no LDR, um número maior de elétrons na
estrutura tem também seu nível de energia aumentado, devido à aquisição da energia
entregue pelos fótons. O resultado é o aumento de elétrons livres e elétrons fracamente
presos ao núcleo.
48
LDR - Simbologia LDR - Constituição
P1 P2
CPMA2 Ajustar os dois potenciômetros simultaneamente na mesma posição e medir a
resistência entre um terminal externo e o central conforme a tabela abaixo:
P1 P2
Potenciômetro Pontos
Corrente
0
25%
50%
75%
Potenciômetro Pontos
nos pontos A e C VA e C VC e B
0
25%
50%
75%
100%
50
CPMA9 Podemos concluir que quando usamos o potenciômetro com dois dos terminais
curto-circuitados temos um resistor que controla sua __________ de zero até o valor do
mesmo.
Resistência Admitância
CPMA10 Podemos concluir que quando usamos o potenciômetro com os terminais ligados
independentemente temos dois resistores com __________ da resistência do componente.
a metade o dobro
Corrente
LDRCLARO LDRESCURO
T(Inicial)
Funcionamento
Ao passar uma corrente elétrica pelas espiras, cada uma delas cria ao seu redor um campo
magnético, cujo sentido é dado pela regra da mão direita. No interior do indutor, as linhas de
campo se somam, criando uma concentração de fluxo magnético.
Os núcleos de ferro e ferrite têm como objetivo reduzir a dispersão do campo, pois esses
materiais apresentam baixa resistência à passagem do fluxo magnético.
Pelo sentido das linhas de campo, o indutor fica polarizado magneticamente, isto é, cria um
pólo norte por onde sai o fluxo magnético e um pólo sul por onde entra o fluxo, comportando-
se como um imã artificial, denominado eletroímã.
Relé Eletromecânico
O relé eletromecânico, como o próprio nome diz, é um dispositivo formado por uma parte
elétrica e outra mecânica.
Funcionamento
A parte mecânica é formada por uma chave, cujo terminal móvel encontra desconectado do
terminal fixo.
A parte elétrica é formada por um eletroímã, isto é, uma bobina com núcleo de ferro que, uma
vez alimentada por uma tensão ou corrente, fica polarizada magneticamente, atraindo o
terminal móvel, fechando o contato.
Quando a alimentação da bobina deixa de existir, esta se desmagnetiza, fazendo com que o
terminal móvel retorne à sua posição de repouso.
No teste de identificação dos pinos do Relé para determinamos a bobina com o multímetro
serão os únicos terminais que possuem resistência elétrica, pois os terminais de contatos por
serem chaves apresentaram um curto ou aberto conforme a sua construção.
A grande vantagem do Relé é poder acionar um circuito elétrico de potência por meio de um
outro circuito elétrico, muitas vezes de menor potência, estando ambos isolados
eletricamente entre si, já que o acoplamento entre eles é apenas magnético.
Veremos a seguir algumas características importantes dos Relés comerciais:
52
Tipos de Contatos
- Normalmente aberto (NA) ou Normal open (NO): o seu estado de repouso é aberto,
fechando quando a bobina é alimentada.
- Normalmente Fechado (NF) ou Normal close (NC): o seu estado de repouso é
fechado, abrindo quando a bobina é alimentada.
- Reversível: o seu estado de repouso é fechado com um dos dois pólos da chave,
comutando quando a bobina é alimentada.
Tempos de Fechamento e de Abertura dos Contatos
- Normal: os tempos de fechamento e de abertura são quase instantâneos, impostos
apenas pelas limitações elétricas e mecânicas do Relé.
- Retardo na Energização: o tempo de fechamento é controlado por um ajuste externo.
- Retardo na Desenergização: o tempo de abertura é controlado por um ajuste externo.
Condição de acionamento
- Normal o acionamento ocorre quando é satisfeita a sua condição de operação
(tensão, corrente ou potência).
- Subtensão O acionamento ocorre quando ele detecta uma variação de tensão abaixo
de um valor de referência preestabelecido.
- Sobretensão O acionamento ocorre quando ele detecta uma variação de tensão
acima de um valor de referência preestabelecido.
CAPACITOR
Associação de Capacitores
Associação em Série
Na associação série, os capacitores estão ligados de forma
que a carga Q armazenada em cada um deles seja a mesma,
e a tensão E total aplicada aos capacitores se subdivida entre
eles de forma inversamente proporcional aos seus valores.
Pela lei de Kirchhoff para as tensões, a soma das tensões nos
capacitores é igual à tensão total E aplicada: e =
V1+V2+...+Vn.
Q Q Q Q E 1 1 1
Vi , tem-se: E= + + = + +
Ci C1 C2 CN Q C1 C2 CN
1 1 1 1
= + +
CEQ C1 C2 CN
Associação Paralela
Na associação paralela, os capacitores estão ligados
de forma que a tensão total E aplicada ao circuito seja
a mesma em todos capacitores, e a carga total do
circuito se subdivida entre eles proporcionalmente aos
seus valores.
Substituindo as cargas dos capacitores dos capacitores por Qi=E x Ci, tem-se:
Q = C1 x E + C2 x E +...+ Cn x E Q = E(C1+C2+....+Cn)
54
Q
Dividindo a carga Q pela tensão E, chega-se a: = C1+C2+...Cn
E
CEQ = C1 + C2 + ... Cn
CEQ = n x C
Associação Mista
A associação mista é formada por capacitores ligados em série e em paralelo, não existindo
uma equação geral para desenvolvimento do calculo da capacitância equivalente, assim o
calculo deve ser feito em etapas, conforme as ligações entre os capacitores.
Circuito RC de Temporização
Um circuito temporizador é aquele que executa uma ação após um intervalo de tempo
preestabelecido.
Agora vamos analisar o comportamento de um circuito formado por um resistor e um
capacitor ligados em série, no qual veremos a relação entre os níveis de tensão e um
intervalo de tempo definido pelos mesmos.
Constante de Tempo
Ligando um resistor em série com um capacitor é possível retardar o tempo de carga,
fazendo com que a tensão nos terminais do capacitor aumente gradativamente de acordo
com o valor da resistência ligada ao capacitor.
O produto entre resistência e capacitância denomina-se constante de tempo e é representado
pela letra grega (tau).
=RxC
Num circuito RC, quanto maior a constante de tempo, maior é o tempo necessário para que o
capacitor se carregue.
Nº de Zeros
Capacitor Poliéster
Capacitores de poliéster podem ter como ordem de grandeza de nF à F onde normalmente
os valores já estão descritos em nF, quando a capacitância é em F é descrito no corpo do
componente
Exemplo:
No modelo ao lado indica que a capacitância é de:
330K/250
330nF +/-10% com tensão de isolação de 250V
56
O K encontrado no valor do componente indica a tolerância da capacitância. Esta possui seus
valores tabelados da seguinte forma:
Abrem / Fecham
Fecham / Abrem
57
CPMA5 Ligar a fonte e acionar o cronômetro simultaneamente. Determinar e anotar o
instante em que cada tensão for atingida na tabela abaixo:
VC (V) 0 3 6 9 12
t (s)
VC (V) 12 9 6 3 0
t (s)
CPMA8 Responda as afirmações abaixo com (V) para Verdadeiro e (F) Falso.
a) Capacitor componente que armazena energia
b) Capacitor Eletrolítico pode ser usado diretamente na rede elétrica
c) O resistor em série com o capacitor retarda a carga do capacitor
d) Quanto maior a resistência de descarga menor o tempo de descarga do capacitor
LED1
K1
C1 R1
220uF 330ohm
LED_red
RELAY1C
V1
25V
58
EXPERIÊNCIA
OSCILOSCÓPIO
59
7 3º anodo ou revestimento condutor: mediante a alta tensão positiva, atrai em definitivo o
feixe, fazendo-o chocar com a tela.
8 Tela: anteparo revestido por material químico que ao ser atingido pelo feixe, cria um ponto
luminoso. Esse revestimento é comumente denominado de fósforo .
9 Placas defletoras horizontais colocadas na vertical deflexionam o feixe horizontalmente.
10 Placas defletoras verticais colocadas na horizontal, deflexionam o feixe verticalmente.
Se esse potencial for negativo, teremos a atração do feixe para a parte inferior da tela.
Aplicando-se um potencial variável teremos na tela, o ponto oscilando continuamente e
dependendo da freqüência, devido à alta persistência existente no tubo, formando um traço
vertical.
De forma análoga, utilizando as placas defletoras horizontais, teremos um traço horizontal.
Para descrevermos a
estrutura interna do
osciloscópio, bem como a
atuação de seus controles,
vamos utilizar o diagrama de
blocos, visto na figura ao
lado.
Através de uma ponta de
prova direta ou atenuada,
aplicamos o sinal a ser
observado e medido à
entrada vertical. Esse sinal
passa pelo amplificador
vertical através do circuito da
chave AC/DC, que o coloca
em um nível conveniente para
as placas defletoras verticais.
Paralelamente a isso, às
placas defletoras horizontais
é aplicado um sinal dente de
serra , originado pelo estágio
de varredura, que faz a devida deflexão horizontal, fornecendo uma base de tempo. Para
tanto, é necessário que a varredura esteja comutada com o amplificador horizontal através da
chave INT/EXT na posição INT. Conjuntamente ao estágio de varredura, encontramos o
circuito de apagamento que tem como finalidade apagar o feixe no retorno, para o inicio do
60
novo ciclo de deflexão. Os sinais de varredura e apagamento são mostrados na figura ao
lado.
Durante o tempo de varredura (tv),
estamos aplicando, uma variação de VVARREDURA
potencial às placas defletoras
horizontais, fazendo o feixe varrer a
tela da esquerda para a direita. Logo
após, em um período (tr), menor que
tv, o feixe retorna a posição inicial
apagado por atuação do estágio de
apagamento, aplicando um pulso
negativo à grade do tubo. Uma outra
possibilidade é a de utilizarmos a VAPAGAMENTO
entrada horizontal, bastando para isso
comutar a chave INT/EXT para a
posição EXT. (externa). Nessa tv
situação, é possível aplicar
externamente o sinal às placas
defletoras horizontais sem atuação da tr
varredura e do apagamento.
O estágio de sincronismo faz com que o sinal de varredura, seja aplicado às placas defletoras
horizontais, em sincronismo com o sinal aplicado à entrada vertical, para se obter uma melhor
fixação da figura na tela. Para tanto, o estágio tendo a chave comutada para posição INT.
(interno), gatilha a varredura através de uma amostra do sinal de entrada, proveniente do
amplificador vertical. Nesse estágio, encontramos os controles de nível e de polaridade de
sincronismo (± ) que respectivamente, controlam a amplificação desta amostra e a polaridade
de inicio a ser visualizada na tela. Podemos também, operar com uma amostra externa,
bastando para isso colocar a chave na posição EXT e injeta-la à entrada de sincronismo
externo.
Na figura ao lado temos um painel
frontal de um modelo padrão de
osciloscópio, onde vamos descrever
a finalidade de seus principais
controles e conectores de entrada e
saída:
Liga/Intensidade Liga o
osciloscópio e possibilita o ajuste da
intensidade do feixe.
Foco Possibilita o ajuste do foco do
feixe eletrônico.
Cal Saída de um sinal interno de
freqüência e amplitudes definidas, utilizando para a referência de calibração.
Chave AC/DC/0 Na posição AC, o sinal é acoplado capacitivamente para o amplificador
vertical. O acoplamento AC deverá ser usado na maioria dos casos e servirá para observar
variações de sinais AC ou DC, na posição DC o sinal é acoplado diretamente na entrada do
amplificador vertical. Isto significa que além do sinal, o nível DC (tensão contínua) também
passará. Ele deve ser usado quando o acoplamento AC estiver distorcendo sinais de baixa
freqüência pelo efeito da diferenciação capacitiva.
Volts/div Atenuador vertical que gradua cada divisão na tela, na direção vertical, em valores
específicos de tensão. O circuito interno é formado por vários resistores de precisão, com o
objetivo de levar o sinal com uma intensidade correta ao amplificador vertical. Na ponta de
prova do osciloscópio temos um circuito atenuador (x10) que atenua a tensão em dez vezes,
61
o que significa fazer a divisão valer 10 vezes mais do que o resultado apresentado na leitura
do sinal.
Tempo/div Varredura ou base de tempo que gradua cada divisão na tela, na direção
horizontal, em valores específicos de tempo, além disso, possibilita desligar o estágio, dando
acesso à entrada horizontal.
Chave INT/EXT/REDE: - Na posição INT, permite a utilização do sincronismo interno, na
posição EXT, dá acesso à entrada de sincronismo externo e na posição REDE, sincroniza a
varredura com a rede elétrica.
Posição Vertical Posiciona o feixe verticalmente na tela.
Posição Horizontal Posiciona o feixe horizontalmente no centro da tela.
Chave +/- Permite selecionar a polaridade de sincronismo da figura na tela.
Nível Sinc. Permite o ajuste do nível de sincronismo.
Ent. Vertical Conector para ligação de ponta de prova para o acesso ao estágio vertical.
Ent. Horizontal ou Sinc. Ext. Conector para ligação de ponta de prova, utilizando para o
acesso ao estágio horizontal, ou de sincronismo, conforme posicionamento dos controles de
varredura (EXT.) ou sincronismo (EXT.).
GND Conector de terra do instrumento.
62
CPMA3 Desenhar no quadro abaixo o sinal obtido com o osciloscópio na rede elétrica
proporcional ao visualizado no instrumento e completar a tabela ao lado com o valor da chave
volts/div e chave de varredura (Tempo).
Chave Volts/div
Chave Varredura
Ponta de Prova
1
Freqüência
Período
Rede Elétrica
Nº de Divisões Volts / div Nº Divisões X Volts/div Ponta de Prova Valor Medido
Tensão
Nº de Divisões Time / div Nº Divisões X Time / div Período Freqüência
Período
CPMA7 Calcular a tensão eficaz da tensão medida com o osciloscópio da rede elétrica
Vp Vpp
Vef Vef
2 2 2
63
EXPERIÊNCIA
TRANSFORMADOR
Transformador
110VAC 220VAC 220VAC 110VAC
Principio de Funcionamento
Campo Magnético
Quando uma bobina é conectada a uma
fonte de corrente alternada surge um Variável
campo magnético variável ao seu redor
como da figura ao lado
64
É importante observar que as bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre
si. A transferência de uma para a outra se dá exclusivamente através das linhas de forças
magnéticas.
A tensão induzida no secundário de um transformador é proporcional ao número de linhas
magnéticas que corta a bobina secundária.
Por esta razão, o primário e o secundário de um transformador são montados sobre um
núcleo de material ferromagnético.
O núcleo diminui a dispersão do campo magnético, fazendo com que o secundário seja
cortado pelo número de linhas magnéticas possível, obtendo uma melhor transfe6encia de
energia entre primário e secundário.
Com a inclusão do núcleo o aproveitamento do fluxo magnético gerado no primário é maior.
Entretanto, surge um inconveniente: o ferro maciço sofre grande aquecimento com a
passagem do fluxo magnético. Para diminuir este aquecimento utiliza-se ferro silicoso
laminado para a construção do núcleo.
Com a laminação do ferro se reduzem as correntes parasitas responsáveis pelo
aquecimento do núcleo.
A laminação não elimina o aquecimento, mas reduz sensivelmente em relação ao ferro
maciço.
Tipos de transformadores de acordo com as bobinas
Observação
Como exemplo, vamos utilizar a tensão da rede elétrica para melhor exemplificar os tipos.
Símbolo Descrição
65
Transformador primário e secundário com derivação central
Este tipo de transformador na sua construção, na metade do numero de
espiras das duas bobinas é retirado uma derivação onde divide as
bobinas em duas fazendo com que o transformador possa ter duas
tensões diferentes tanto no primário como no secundário.
Exemplo: 110V/220V por 12+12, 110/220V por 15+15.
Relação de Transformação
A aplicação de uma tensão CA ao primário de um transformador resulta no aparecimento de
uma tensão induzida no seu secundário. Aumentando-se a tensão aplicada ao primário, a
tensão induzida no secundário aumenta na mesma proporção. A relação entre as tensões no
primário e secundário depende fundamentalmente da relação entre o número de espiras no
primário e secundário.
Exemplo:
Num transformador com primário de 100 espiras e secundário de 200 espiras a tensão do
secundário será sempre o dobro da tensão no primário.
Transformador Elevador
Denomina-se transformador elevador todo transformador com uma relação de transformação
maior que 1 (NS > NP), isto ocorre devido o número de espiras do secundário ser maior que a
do primário, obviamente a tensão no secundário será maior que a do primário.
Este transformador é muito utilizado nas usinas de energia, poste de iluminação pública, etc.
66
Transformador Rebaixador
Denomina-se transformador elevador todo transformador com uma relação de transformação
menor que 1 (NS < NP), isto ocorre devido ao fato que o número de espiras do secundário é
menor que a do primário, que obviamente a tensão no secundário será menor que a do
primário.
Os transformadores rebaixadores são os mais utilizados na eletrônica, para rebaixar a tensão
das redes elétricas domiciliares.
Transformador Isolador
Denomina-se transformador elevador todo transformador com uma relação de transformação
igual à 1 (NS = NP), isto ocorre devido ao fato que o número de espiras do secundário ser
igual a do primário, que obviamente a tensão no secundário será igual a do primário.
Este tipo de transformador é utilizado para isolar eletricamente um aparelho da rede elétrica.
Os transformadores isoladores são muito utilizados em laboratórios de eletrônica para que a
tensão presente nas bancadas seja eletricamente isolada da rede.
Especificando um transformador
A especificação técnica de um transformador em que o secundário tenha derivação central
deve ser feita da seguinte forma:
Transformador
110/220V 12+12 1A
Características Indica a tensão do secundário Corrente do
do Primário de 24V com derivação central Secundário
(12V entre a derivação e cada
extremo).
Fusível
Dispositivo de proteção que cuja função é romper-se caso a corrente absorvida pela rede se
eleve, devido a alguma anormalidade.
O fusível é dimensionado para um valor de corrente um pouco superior a corrente necessária
para o primário do transformador esse valor é de 15% do valor de corrente real calculada,
isso é feito para que o fusível não seja rompido por qualquer variação de corrente provocada
pelas variações da rede elétrica.
Chave HH
É uma chave que tem como característica visual de uma letra H e é bastante utilizada em
aparelhos eletrônicos como seletor de voltagem.
67
Os aparelhos eletrônicos modernos são fabricados de tal forma que podem ser usados tanto
em redes de 110V quanto de 220V. Isso é possível através da seleção feita por meio de uma
chave situada na parte posterior do aparelho.
Na maioria dos casos, essa chave é ligada ao primário do transformador onde esta chave é
preparada para receber 110 ou 220V da rede elétrica e fornece o mesmo valor de tensão ao
secundário.
Existem dois tipos de transformadores para conectar a chave seletora de voltagem, eles são:
- Transformadores 110/220V com primário de três fios;
- Transformadores 110/220V com primário de quatro fios.
Ligação em 220V
Em um transformador para entrada 110/220V com o primário a quatro fios, a ligação para o
220V é feita colocando as bobinas do primário em série, observando a identificação dos fios,
ou seja, C1 para a rede, C2 e F1 em ponte e F2 para a rede.
Ligação em 110V
Em um transformador para entrada 110/220V com primário a quatro fios, a ligação para 110V
é feita colocando as duas bobinas primárias em paralelo respeitando a identificando dos fios,
ou seja, C1 em ponte com C2 na rede, F1 em ponte com F2 na rede.
68
Ligação em 220V Ligação em 110V
Quando a chave HH é instalada e ligada na posição 110V, os terminais C1, C2, F1 e F2 são
conectados em paralelo às redes.
69
CIRCUITOS PROCEDIMENTOS MEDIDAS E ANÁLISES
CPMA1 Observar o kit do transformador montado em sua bancada.
B
C
CPMA3 Calcular agora o fusível de proteção do primário usando a relação entre tensão e
corrente do transformador utilizado no experimento e anotar na tabela abaixo:
VS IP VS x IS
= IP = IP = IP =
VP IS VP
CPMA4 Posicionar a chave em 220V e medir com o multímetro
Trecho Tensão medida
a tensão nos pontos AC
AC
CPMA5 Posicionar a chave em 110V
70
EXPERIÊNCIA
CIRCUITOS RC SÉRIE
CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
- Aprender a ler os valores dos capacitores de poliéster e cerâmico;
- Verificar o comportamento do indutor em corrente alternada;
- Verificar o comportamento do capacitor em corrente alternada;
OBJETIVOS:
- Verificar experimentalmente o circuito RC série, RL série.
- Aprender medir defasagem com o osciloscópio.
- Corrigir o fator de potência de um circuito elétrico.
Medida de Defasagem
No osciloscópio além das medidas de tensão e tempo já estudadas anteriormente, é possível
também medir as defasagens entre as formas de onda gerada por circuitos defasadores.
Com isso podemos determinar o ângulo em graus da defasagem entre os dois sinais.
É possível analisar também pelas formas de onda qual se o sinal está atrasado ou adiantado
em relação a uma referência.
Mede-se, então, o período da forma de onde T e depois a variação de tempo entre as duas
formas de onda, por fim determina-se a defasagem que pode ser calculada em graus ou em
radianos pelas equações abaixo:
n n
360 ou 2
T T
71
Comportamento do capacitor em CA
Como observado no experimento anterior podemos analisar o comportamento de carga e
descarga do capacitor em corrente contínua. No entanto em corrente alternada o
comportamento do capacitor muda radicalmente devido a troca de polaridade da fonte de
alimentação.
Os capacitores despolarizados
podem funcionar em corrente
alternada porque cada uma de suas
armaduras pode receber tanto
potencial positivo como negativo.
Quando o capacitor é conectado a
rede alternada, a troca sucessiva de
polaridade de tensão é aplicada às
armaduras do capacitor.
A cada semiciclo, a armadura que recebe potencial positivo entrega a fonte, enquanto a
armadura que está ligada ao potencial negativo recebe elétrons com esta alternância de
polaridade, uma mesma armadura recebe ora o ciclo positivo ora o ciclo negativo da fonte.
Isso faz com que circule uma corrente alternada no circuito embora as cargas não passem de
uma armadura para outra no capacitor através do dielétrico.
Reatância Capacitiva
Os processos alternados de carga e descarga continuamente de um capacitor ligado a
corrente alternada cria uma resistência à passagem da corrente no circuito. Essa resistência
é denominada de reatância capacitiva pela notação de XC e é expressa em ohms ( ) através
da expressão:
1
XC=
2 .F.C
Onde:
XC = Reatância Capacitiva;
2 = Constante (6,28)
F = Freqüência da corrente alternada em Hz;
C = Capacitância do capacitor em (F) Farad.
VC = I x XC I
Onde:
XC = Reatância Indutiva;
2 = Constante (6,28)
F = Freqüência da corrente alternada em Hz;
L = Indutância do indutor em (H) Henry.
VC = I x XL I
Circuitos RC e RL
Quando se conecta um circuito composto apenas por resistores a uma fonte de CC ou CA, a
oposição total que este circuito apresenta é a passagem de corrente denominada de
resistência total.
Entretanto, em circuitos CA que apresentem resistências e reatâncias associadas, a
expressão resistência total não é aplicável. A oposição total que os circuitos apresentam à
passagem da corrente elétrica é denominada de impedância.
Impedância
Impedância(Z), em ohm ( ), é um número complexo que caracteriza um dispositivo ou
circuito e reflete tanto a oposição total que ela impõe à passagem da corrente alternada
quanto a defasagem total entre a tensão e a corrente alternada.
A impedância (Z) é composta por uma componente real denominada de resistência (R) e por
uma componente imaginária denominada reatância(X).
A impedância de um circuito não pode ser calculada da mesma forma que uma resistência
total de um circuito composto apenas por resistores. Os componentes reativos que defasam
73
correntes ou tensões, fazem-se necessário de uso de formas particulares para o cálculo da
impedância de cada tipo de circuito CA.
Estas defasagens são muito importantes e utilizadas nos equipamentos industriais como, por
exemplo, os controles de velocidade para motores.
Para melhor compreendermos o funcionamento do circuito RC série em CA, é necessário
traçar os gráficos senoidais das tensões sobre seus componentes.
Quando um circuito série formado por um resistor e um capacitor e ligado a uma fonte CA
senoidal, ocorre a circulação da corrente. A corrente circulante tem a forma senoidal e pode
ser representada através de um gráfico.
74
Os gráficos senoidais não são apropriados para o desenvolvimento do cálculo dos
parâmetros dos circuitos CA. Por isso, o estudo dos circuitos CA é geralmente feito através
dos gráficos vetoriais.
Para montar o gráfico vetorial do circuito RC série, toma-se como ponto de partida o vetor de
corrente porque seu valor é único no circuito, Normalmente o vetor I é colocado sobre o eixo
X no sistema referencial.
Partindo do principio que a tensão sobre um resistor está sempre em fase com a corrente,
pode-se representar o vetor VR sobre o vetor I.
I
I I VR
Como a tensão no capacitor está atrasada 90º com relação à sua corrente. O seu o vetor
forma um ângulo de 90º com o vetor da corrente. A partir desse gráfico, é possível determinar
os parâmetros do circuito.
75
R é a resistência do resistor em ohms;
XC é a reatância capacitiva em ohms.
O ângulo de defasagem é a defasagem produzida pelo elemento reativo instalado ao circuito
este ângulo é conhecido com .
X
arctg C portanto temos: R Z cos ou X C Z sen
R
Estas defasagens são muito importantes e utilizadas nos equipamentos industriais como, por
exemplo, os controles de velocidade para motores.
Para melhor compreendermos o funcionamento do circuito RL série em CA, é necessário
traçar os gráficos senoidais das tensões sobre seus componentes.
Quando um circuito série formado por um resistor e um indutor ligado a uma fonte CA
senoidal, ocorre a circulação da corrente. A corrente circulante tem a forma senoidal e pode
ser representada através de um gráfico.
76
A circulação de corrente provoca o
aparecimento de uma queda de tensão sobre
o resistor.
Como a corrente tem a forma senoidal, a
queda de tensão sobre o resistor também é
senoidal em fase com a corrente.
A tensão no indutor também tem a forma
senoidal. Existe, porém um fator importante a
considerar. A tensão sobre o indutor está
sempre adiantada em relação a sua corrente.
Por isso, a senóide que representa a tensão
no indutor aparecerá deslocada ao se fazer a
sobreposição dos gráficos. O gráfico
completo representa o comportamento das
tensões e correntes no circuito RL série.
I I VR
Como a tensão no indutor está adiantada 90º com relação à sua corrente. O seu o vetor
forma um ângulo de 90º com o vetor da corrente. A partir desse gráfico, é possível determinar
os parâmetros do circuito.
XL R
VL VR
R I I
77
Então podemos redesenhar o gráfico vetorial conforme mostra a figura a seguir
P V I cos
Quando usamos circuitos resistivos não temos nenhuma perda por defasagem, portanto o
cos fica sendo o cosseno de 0, e pela trigonometria temos que o cosseno de 0 é 1, é devido
a esse fato que em circuitos lineares a potência seja determinada pela equação abaixo:
P V I
78
Em circuitos reativos dividimos o estudo das potências em três tipos: potência ativa ou
potência real, potência reativa e potência aparente.
Como estudamos agora circuitos com comportamento vetorial temos que calcular as
potências através de um triângulo de potências no qual temos potências ativa e reativas
como uma decomposição vetorial da resultante potência aparente. Então agora vamos
estudar cada potência individualmente
P U I cos
PR U I sen
Então podemos concluir que a potência reativa é totalmente perdida e não realiza trabalho útil
por devolver essa energia ao gerador.
PAP U I
A potência aparente é o maior valor devido à soma dos vetores decompostos que são a
potência ativa e a reativa. Ou seja, nem sempre a potência fornecida pelo gerador e
totalmente consumida pelo circuito.
P (VAR)
P (VAR)
P (W)
PAP (VA)
79
Deste triângulo, tiramos as seguintes relações entre as potências:
PR
PAP P2 PR2 e arctg e ainda
P
Fator de Potência
A relação entre a potência ativa (consumida) e a potência aparente (fornecida pelo gerador) é
denominada fator de potência FP, que é dado por:
P
FP ou FP cos
PAP
O fator de potência é um valor positivo entre 0 e 1 que reflete o quanto da potência aparente
fornecida pelo gerador é efetivamente consumida pelo circuito ou impedância.
Em conformidade com o estabelecido pelo Decreto nº. 62.724 de 17 de maio de 1968. E com
a nova redação dada pelo Decreto nº 75.887 de junho de 1975, as concessionárias de
energia elétrica adotaram, desde então, o fator de potência de 0,85 como referências para
limitar o fornecimento de energia reativa.
O Decreto nº 479, de 20 de março de 1992, reiterou a obrigatoriedade de se manter o fator de
potência o mais próximo possível da unidade (1,00), tanto pelas concessionárias quanto
pelos consumidores, recomendando, ainda, ao Departamento Nacional de Águas e Energia
Elétrica (DNAEE) o estabelecimento de um novo limite de referência para o fator de potência
indutivo e capacitivo.
A nova legislação pertinente, estabelecida pelo DNAEE, introduz uma nova forma de
abordagem do ajuste pelo baixo fator de potência, com os seguintes aspectos relevantes:
Aumento do limite mínimo do fator de potência de 0,85 para 0,92;
Faturamento de energia reativa capacitiva excedente;
Redução do período de avaliação do fator de potência de mensal para horário, a partir de
1996.
Com isso muda-se o objetivo do faturamento: em vez de ser cobrado um ajuste por baixo
fator de potência, como faziam até então, as concessionárias passam a faturar a quantidade
de energia ativa que poderia ser transportado no espaço ocupado por esse consumo de
reativo. Este é o motivo porque as tarifas aplicadas serem as de demanda e consumo de
ativos, inclusive ponta e fora de ponta para os consumidores enquadrados na tarifação
horosazonal.
80
períodos em que a rede é fortemente solicitada. As quedas de tensão podem provocar ainda,
a diminuição da intensidade luminosa das lâmpadas e aumento da corrente nos motores.
Sobrecarga da capacidade instalada A energia reativa, ao sobrecarregar uma instalação
elétrica, inviabiliza sua plena utilização, condicionando a instalação de novas cargas e
investimentos que seriam evitados se o fator de potência apresentasse valores bem mais
altos. O "espaço" ocupado pela energia reativa poderia ser então utilizado para o atendimento
de novas cargas.
Os investimentos em aplicação das instalações estão relacionados principalmente aos
transformadores e condutores necessários. O transformador a ser instalado deve atender à
potência total dos equipamentos utilizados, mas devido à presença de potência reativa, a sua
capacidade deve ser calculada com base na potência aparente das instalações. A tabela
abaixo mostra a potência total que deve ter o transformador, para atender uma carga útil de
1000 KW para fatores de potência crescentes.
Também o custo dos sistemas de comando, proteção e controle dos equipamentos crescem
com o aumento da energia reativa. Da mesma forma, para transportar a mesma potência
ativa sem o aumento de perdas, a seção dos condutores deve aumentar à medida que o fator
de potência diminui. A tabela abaixo ilustra a variação da seção de um condutor em função
do fator de potência. (Nota-se que a seção necessária, supondo-se um fator de potência 0,70
é o dobro da seção para o fator de potência 1,00).
Principais Conseqüências
Acréscimo na conta de energia elétrica por estar operando com baixo fator de potência;
Limitação da capacidade dos transformadores de alimentação;
Quedas e flutuações de tensão nos circuitos de distribuição;
Sobrecarga nos equipamentos de manobra limitando sua vida útil;
Aumento das perdas elétricas na linha de distribuição pelo efeito Joule;
81
Necessidade de aumento do diâmetro dos condutores;
Necessidade de aumento da capacidade dos equipamentos de manobra e proteção.
Para efeito de análise, consideraremos o caso mais geral que é o de uma instalação elétrica
composta por cargas indutivas.
82
Reatância Indutiva Impedância Fator de Potência
R 30
XL 2 F L Z R2 XL2 FP cos FP cos
Z 453,4
XL 2 60 1.2 Z 30 2 452,4 2 FP 0,06
XL 452,4 90º Z 453,4 86,2º
Defasagem
R 30
arccos arccos 86,2º
Z 453,4
Começamos a correção calculando a corrente para o fator de potência de 0,92 ou cos 23º.
Usando a potência ativa do circuito proposto, pois é a potência real.
83
7,06
PAT U ICOR cos ICOR ICOR 34,9mA
220 cos 23º
U2 220 2
PRCAP XC XC 467,6 90º
XC 103,5
1 1
XC C C 5,673 F
2 F C 2 60 467,6
Como vemos através da simulação que os valores de tensão e potência ativa são
aproximadamente os mesmos, no entanto a corrente do circuito são apenas 7% do valor
obtido sem a correção. Portanto acabamos de comprovar que esse cálculo é bastante
importante, e que para indústria e comércios, que normalmente possuem uma carga indutiva
muito grande, deveriam possuir um sistema para determinar o Fator de Potência.
Observação:
Se possuirmos um osciloscópio, wattímetro ou multímetro é possível também determinar o
fator de potência e chegar num circuito mais econômico e viável para as instalações elétricas
em geral.
84
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS
Qtde. Descrição Especificação
1 Fonte de Alimentação FCC 3005 D
1 Multímetro Analógico/Digital
1 Resistor 10K
1 Capacitor 330nF / 250V
1 Reator Lâmpada Fluorescente
1 Lâmpada 220V/40W
VAC VR
IT VC
VAC
VC
85
CPMA5 Com os valores obtidos de tensão e corrente no item 2 calcular a impedância, o
fator de potência e a defasagem do circuito utilizando as fórmulas abaixo e anotar os valores
no quadro.
Z FP
R
FP = FP = FP = arccos FP=
Z
CPMA8 Realizar a soma vetorial dos valores de tensão medidas no item 2, utilizando o
modelo abaixo:
VT = VR² + VC² VT = VT =
86
Parte demonstrativa
CPMA11 Medir a tensão de cada elemento do circuito com o multímetro, medir a defasagem
com o osciloscópio e anotar a corrente e a potência ativa do circuito na tabela a seguir.
CPMA12 Calcular a defasagem do circuito usando a potência ativa e a tensão da rede para
determinar o fator de potência do circuito. Calcular também o fator de potência do valor
medido pelo osciloscópio e responda a alternativa a seguir:
CPMA13 Determinar o capacitor para corrigir o fator de potência para 0,95 calculando todos
os itens solicitados a seguir. Ao final anote todos os valores na tabela abaixo:
87
CPMA14 Montar o circuito proposto com o capacitor de correção
CPMA16 Comparando os valores obtidos antes e depois da correção podemos afirmar que a
mesma se faz necessário sempre que tivermos cargas indutivas instaladas. Assinale a
alternativa correta
SIM NÃO
88
Bibliografia ELETROELETRÔNICA BÁSICA
Estude e Use
Praticando Eletricidade Circuitos em corrente contínua
Autor: Eduardo César Alves Cruz
Editora Érica
Ensino Modular
Eletricidade Circuito em corrente contínua
Autores: Marco Cipelli e Otávio Markus
Editora Érica
Minidicionário Aurélio
2ª Edição revista e ampliada
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Editora nova fronteira
89
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