Manual Das Vítimas de Violência
Manual Das Vítimas de Violência
Manual Das Vítimas de Violência
do Distrito Federal
Brasília, 2009
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Coordenação do Projeto
Laurez Ferreira Vilela
2ª edição 2009
68 páginas.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 7
5
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 60
6
APRESENTAÇÃO
A palavra “violência” tem uma conotação negativa porque é associada a um ato moralmente re-
provável, de tal forma que quem comete intencionalmente esse tipo de ato é obrigado a justificá-lo.
Essa noção de violência expressa uma posição normativa que não implica necessariamente que todo
ato violento seja moralmente reprovável. É o caso da violência por legítima defesa.
Para caracterizar um ato como “violento”, devem ser preenchidas ao menos as seguintes condi-
ções: causar dano, usar a força (física ou psíquica), ser intencional ou ir contra a livre e espontânea
vontade de quem é objeto do dano.
A Organização Mundial da Saúde reconhece a violência como um grave problema de saúde públi-
ca, além de constituir uma violação dos direitos humanos. Como afirma Agudelo (1990, p.1-7), “ela
representa um risco maior para a realização do processo vital humano: ameaça a vida, altera a saú-
de, produz enfermidade e provoca a morte como realidade ou como possibilidade próxima”.
A violência, além de ser uma questão política, cultural, policial e jurídica, é também, e principal-
mente, um caso de saúde pública. A violência não é um problema específico da área da saúde. No
entanto, ela a afeta, já que muitas vítimas adoecem a partir de situações de violência.
Considera-se que a violência é um fenômeno complexo, que envolve fatores sociais, ambientais,
culturais, econômicos e políticos. Logo, para compreender e enfrentar essa problemática, devemos
analisar um conjunto de fatores, como condições de vida, questões ambientais, trabalho, habitação,
educação, lazer e cultura.
É importante destacar que a violência acontece no mundo todo e atinge pessoas de todas as
idades; independe de sexo, raça, religião, nacionalidade, escolaridade, opção sexual ou condição
social. No entanto, a violência apresenta-se nas classes menos favorecidas com mais facilidade de-
vido às condições precárias de sobrevivência. Ela está presente na vida de todas as pessoas, sejam
como vítimas sejam como agressores. Reproduz-se nas estruturas e subjetividades em diferentes
espaços, como na família, escola, comunidade, trabalho e instituições. Ou seja, é um fenômeno
socialmente construído, que necessita ser desconstruído, a partir de uma ação intersetorial e mul-
tidimensional.
A mortalidade e a morbidade por violência têm aumentado em todo país. Situa-se como a segun-
da causa de morte em nossa população. Em média, as causas externas provocam 120.000 mortes
por ano no Brasil. Diante disso, a violência caracteriza-se como sério problema de Saúde Pública,
pois causa forte impacto na saúde da população brasileira.
Segundo estudiosos, essa mudança de perfil denomina-se transição epidemiológica (SOUZA,
2007 apud BARRETO; CARMO, 1995; OMRAM, 1971). Em conseqüência, exige do setor de saúde a
ampliação dos serviços para assistência em todos os níveis de complexidade, o que afeta os serviços,
os custos, a organização e os profissionais da área da saúde, além de exigir intervenção interdiscipli-
nar, multiprofissional e intersetorial, visando a promoção da saúde e prevenção da violência.
Com a mudança de perfil epidemiológico nos últimos 20 anos, as violências e os acidentes vêm
ultrapassando as doenças degenerativas e infecciosas em taxas de mortalidade e morbidade, já que
cada vez mais surgem enfermidades psicossomáticas causadas pelas condições de vida, pelos aci-
dentes e violências.
Embora todas as pessoas possam agredir ou ser agredidas, as maiores vítimas da violência – físi-
ca, sexual, psicológica ou por negligência – são as crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas,
homossexuais, portadores de alguma deficiência e de transtorno mental.
Muitas pessoas que recorrem aos serviços de saúde com queixa de enxaquecas, gastrites, dores
difusas e outros problemas vivem situações de violência dentro de suas próprias casas. Sabemos
7
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
que a ligação entre a violência e a saúde tem-se tornado cada vez mais evidente, embora a maioria das
vítimas não relate que viveu ou vive em situação de violência.
O efeito também é social, pois afeta o bem-estar, a produtividade, o desenvolvimento pessoal e a
auto-estima da vítima.
O enfrentamento desse fenômeno exige uma convergência de medidas de impacto, que passa por
campanhas educativas, visando a ações de prevenção, segurança, melhoria dos registros ambulatoriais,
hospitalares e à capacitação de recursos humanos para prevenção e atendimento às vítimas de violência.
Entre as várias manifestações da violência, a sexual é uma das mais danosas, visto que provoca
grandes transtornos físicos e emocionais, como ansiedade, medo, pesadelos, dores no corpo, risco
de adquirir DST/AIDS e de gravidez indesejada, além de tornar suas vítimas mais suscetíveis a ou-
tros tipos de violência, ao abuso de drogas, à prostituição, às disfunções sexuais, à depressão, às
doenças psicossomáticas e ao suicídio.
A principal dificuldade dos profissionais, apontada pela literatura especializada, são alguns proce-
dimentos específicos, como a notificação dos casos ao sistema legal. Além disso, tem-se notado que
nem sempre a família aceita uma interferência na dinâmica familiar, que é fundamental na assistência
aos casos de violência doméstica. Assim, deve haver habilidade no manejo dessas situações, colocan-
do o serviço de saúde como aliado na saúde da vítima.
Nesse contexto, os profissionais encontram-se diante do desafio de evitar “as formas traumáticas
de intervenção”, além de estar sensibilizados e capacitados para identificar e tratar os pacientes que
apresentem sintomas que possam estar relacionados ao abuso e à agressão, possibilitando, dessa for-
ma, um atendimento integral e de qualidade.
O objetivo deste Manual é orientar e sistematizar as condutas dos profissionais para a identificação
dos diversos tipos de violência – física, sexual, psicológica e negligência –, a fim de que o atendimento,
a notificação, o encaminhamento, o acompanhamento e a realização da profilaxia das doenças resul-
tantes da violência sexual sejam adequados.
Ressalte-se que os pacientes deverão ter seguimento em ambulatórios específicos, com acompa-
nhamento multiprofissional para suas demandas sociais, psicológicas e médicas, proporcionando,
assim, sua reestruturação emocional e reintegração social.
8
TIPOS DE VIOLÊNCIA
Violência contra Criança e Adolescente
É qualquer conduta – ação ou omissão, agressão ou coerção – ocasionada pelo fato de a vítima ser
criança ou adolescente, e que cause dano, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, mo-
ral, psicológico ou social.
É um ato único ou repetido ou, ainda, a omissão que cause dano ou aflição ao idoso, tal como: dis-
criminação; agressão ou coerção; morte; constrangimento; limitação; sofrimento físico, sexual, moral,
psicológico, social ou perda patrimonial.
Violência de Gênero
Violência sofrida pelo fato de ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou
qualquer outra condição; produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
Violência Intrafamiliar
Praticada por membros da família (pai, mãe, filha, filho, marido, sogra, padrasto ou outros), por
afinidade (por exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que more na mes-
ma casa ou fora). Geralmente, expressa-se como abuso físico, sexual, psicológico ou como negligên-
cia ou abandono.
Violência Física
Qualquer ação que machuque ou agrida intencionalmente uma pessoa, por meio da força física,
arma ou objeto, provocando ou não danos e lesões internas ou externas no corpo.
9
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Violência Institucional
Violência Moral
Violência Patrimonial
Ato de violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, do-
cumentos pessoais, bens , valores e similares.
Violência Psicológica
Violência Sexual
É toda relação sexual em que a pessoa é obrigada a se submeter, contra a sua vontade, por meio
de força física, coerção, sedução, ameaça ou influência psicológica. Essa violência é considerada
crime, mesmo quando praticada por um familiar, seja ele pai, marido, namorado ou companheiro.
Considera-se também, como violência sexual o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns
desses atos com terceiros.
Consta, ainda, no Código Penal Brasileiro que a violência sexual pode ser caracterizada de forma
física, psicológica ou com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro.
Situação em que os pais submetem as crianças a consultas médicas, exames clínicos e/ou cirúr-
gicos, alegando sintomas físicos, patológicos, fictícios, mediante administração de substâncias à
criança. Conseqüência do desequilíbrio emocional dos pais/responsáveis.
10
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Negligência
É negligência: deixar vacinas em atraso, não levar ao médico, não fazer os tratamentos necessá-
rios, perder documentos importantes da criança (ex: certidão de nascimento, cartão da criança), a
criança não estar matriculada ou não ir à escola, aparência descuidada e suja, falta de supervisão
dos responsáveis - crianças pequenas sozinhas em casa ou constantemente fora de casa, em festas
populares, em casa de vizinhos, nas ruas, em abandono; acidentes domésticos previsíveis: quedas
da cama, berço, janelas, escadas, banheiras; asfixias por objetos pequenos, brinquedos, traves-
seiros, fios de telefone, saco plástico, pedaços grandes de alimentos, cordão de chupeta e outros;
intoxicações por medicamentos, material de limpeza, veneno de rato, cosméticos, bebida alcoólica,
dentre outros; queimaduras no forno quente, tomada, ferro de passar, velas, fósforos, panelas, líqui-
dos quentes, álcool e exposição excessiva ao sol; atropelamentos e afogamentos em piscinas, lagos,
praias, banheiras, baldes e vasos sanitários).
É negligência contra o idoso: negar cuidado e supervisão adequados (especialmente em casos
de pessoas com incapacidades físicas ou mentais), deixar o idoso passar fome, não dar as medica-
ções que necessita, não levar às consultas marcadas, não prover outros cuidados físicos, isolá-lo dos
outros, vesti-lo inadequadamente face ao tempo ou às condições ambientais, deixar o idoso sozinho,
entre outros.
Autonegligência: comportamentos de uma pessoa idosa que ameaçam a sua própria saúde ou
segurança. A definição de autonegligência envolve situações nas quais uma pessoa idosa mental-
mente capaz (que compreende as conseqüências das suas ações) toma decisões conscientes e vo-
luntárias de se envolver em atos que ameaçam a sua saúde ou segurança.
Assédio Moral
Auto-extermínio/Suicídio
Ação pela qual alguém põe intencionalmente termo à própria vida. É um ato exclusivamente hu-
mano e está presente em todas as culturas. As causas do suicídio são numerosas e complexas.
11
DIFERENÇA ENTRE
ACIDENTE E VIOLÊNCIA
Segundo a Classificação Internacional de Doenças – CID (OMS, 1985; OMS, 1995), os acidentes
e as violências são classificados como causas externas, que englobam agressões (físicas, psicológi-
cas e sexuais); lesões autoprovocadas; acidentes de trânsito, de trabalho; quedas; envenenamen-
tos; afogamentos; entre outros acidentes. Apesar de o CID inserir os acidentes e violências no mes-
mo grupo, é de suma importância esclarecer que o conceito de violência é aquele que causa danos
à vida de forma geral, e o conceito formal de acidente é um evento não intencional, que também
causa dano físico e emocional. No entanto, os acidentes podem ser evitados com medidas de pre-
caução, retirando, em alguns casos, seu caráter não intencional. Mas, para chegar a essa conclusão,
demanda-se interpretação.
12
MÓDULO I
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE
A violência contra crianças e adolescentes é um
fenômeno complexo que envolve causas socioeco-
nômicas e histórico-culturais, aliado a pouca visi-
bilidade, à ilegalidade e à impunidade. Na primeira
causa, pode-se destacar a má distribuição de renda,
a migração, a pobreza, o acelerado processo de ur-
banização e a ineficácia das políticas sociais. No que
tange aos aspectos histórico-culturais, identifica-se
a concepção, ainda vigente, da criança e do adoles-
cente como objeto de dominação dos adultos, mere-
cedores de amor desvalorizado, contaminado pela
idéia de fraqueza e inferioridade.
Essa desvalorização tem raízes na sua história,
pois, antes de 1870, as crianças eram vistas como
adultos e a infância não existia; trabalho infantil
não era visto como exploração, mas como dever à
sociedade e a Deus; além disso, eram julgadas como
adultos nos crimes que cometiam. O infanticídio, até
o século IX, não era crime, já que as crianças ilegíti-
mas ou portadoras de alguma deficiência eram joga-
das de precipícios.
No século XIX, a criança começa a ter direito à
educação e, somente em 1924, foi realizada a 1ª De-
claração dos Direitos da Criança.
Apesar de algumas conquistas, as crianças e adolescentes ainda são as maiores vítimas da violên-
cia, seja intra ou extrafamiliar.
Geralmente, a família é o porto seguro, onde seus integrantes a têm como referência central para
si mesmos e nela procuram refúgio sempre que ameaçados. No entanto, há vários casos em que, no
núcleo familiar, acontecem situações extremamente dolorosas, que modificam para sempre a vida
de um indivíduo, deixando marcas em sua existência.
Dentre os tipos de violência mais comuns e os fatores que desencadeiam as agressões citamos a
negligência fruto do despreparo para maternagem e paternagem e o referencial de falta de cuidados
básicos na infância. A violência física muitas vezes é utilizada como instrumento pedagógico. Já o
abuso sexual trata-se de uma falta de fronteira entre as gerações, onde predomina o abuso de poder
do mais forte e a cultura de coisificação da criança e do adolescente. A violência psicológica refere-se
à depreciação, a ameaças e à rejeição do adulto sobre a criança, desenvolvendo nesta um comporta-
mento destrutivo ou autodestrutivo devido à desvalorização que sofre.
Portanto, observa-se que o adulto – mais forte contra o mais fraco, a criança – é o ponto funda-
mental nessa relação de violência. Somam-se a isso outras causas, como baixa escolaridade, uso
de drogas, alcoolismo e famílias desestruturadas emocionalmente. Enfim, trata-se de um fenômeno
multifatorial.
Os maus-tratos praticados pelos próprios pais ou responsáveis são extremamente comuns. Exis-
tem pesquisas que apontam a própria família (pai ou mãe) como o maior índice de agressão: pai,
25% dos casos; mãe, 50%; pais, 13%. As pesquisas também apontam que quem revela as violências
13
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Considerando que a violência possui causas multifatoriais e necessita de uma intervenção inter-
disciplinar para o atendimento resolutivo, o médico, o assistente social, a enfermagem, o psicólogo,
o terapeuta ocupacional, o técnico de enfermagem, o agente comunitário de saúde e outros profis-
sionais que possuem contato direto com o paciente têm uma importância crucial na identificação,
notificação e intervenção das situações de violência dentro de suas especificidades.
Trabalhar de forma interdisciplinar possibilita uma discussão sobre os desfechos que a equipe de
saúde pretende alcançar, evitando medidas precipitadas, que podem acabar afastando a família.
Nas situações de violência contra a criança, os profissionais ficam entre os deveres de proteger a
criança, de tratá-la clinicamente, de mantê-la junto à família e de melhorar as relações familiares.
Ressalta-se que a violência, na esfera pública ou privada da família, coloca a criança/adolescente
vítima de maus-tratos diante de um verdadeiro pacto de silêncio, do qual fazem parte os pais, os fa-
miliares, os vizinhos, os profissionais de saúde, educação, justiça e segurança pública.
O Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (Lei Federal nº 8.069/1990) – resgata a cidadania da
criança por meio da doutrina da proteção integral. Essa lei tornou obrigatória a notificação de casos
suspeitos ou confirmados de maus-tratos contra criança ou adolescente (artigos 13 e 245), e os
profissionais de saúde e educação passaram a ter uma razão prática para proceder à notificação: o
dever previsto em lei.
Por meio da notificação, cria-se o elo entre a área da saúde e o sistema legal, delineando-se a for-
mação da rede multiprofissional e interinstitucional da atuação fundamental nesses casos, permitin-
do também o dimensionamento epidemiológico da violência. Dessa forma, o profissional de saúde
deve priorizar a assistência à criança/adolescente e a sua família e encaminhar para a intervenção
intersetorial: órgãos de proteção, responsabilização e atendimento.
14
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
VIOLÊNCIA FÍSICA
Presença de lesões físicas, como Muito agressivo ou apático; hiperativo Muitas vezes oculta as lesões da
queimaduras, hematomas, feridas ou depressivo; temeroso; tendências criança, justificando-as de forma
e fraturas, que não se adéquam à autodestrutivas e ao isolamento; baixa não convincente ou contraditó-
causa alegada. Ocultação de le- auto-estima; tristeza; medo dos pais; ria; descreve a criança como má
sões antigas e não explicadas. alega agressão dos pais; relato de cau- e desobediente; abusa de álcool
sas pouco viáveis às lesões; fugas de ou drogas; possui expectativas
casa; problema de aprendizado; faltas irreais acerca da criança; defen-
freqüentes à escola. de uma disciplina severa; tem
antecedentes de maus-tratos na
família.
VIOLÊNCIA SEXUAL
Infecções urinárias; dor ou incha- Comportamento sexual inadequado Oculta freqüentemente o abu-
ço nas áreas genitais ou anais; para a idade; não confia em adultos; so; é muito possessiva, negando
lesões e sangramento; secreções fugas de casa; regressão a estado de à criança contatos sociais nor-
vaginais ou penianas; doenças desenvolvimento anterior; brincadei- mais; acusa a criança de promis-
sexualmente transmissíveis; difi- ras sexuais agressivas; comportamento cuidade, sedução sexual e de ter
culdade de caminhar; baixo con- promíscuo; vergonha excessiva e ale- atividade sexual fora de casa; crê
trole dos esfíncteres; enfermida- gações de abusos; idéias e tentativa de que o contato sexual é forma de
des psicossomáticas. suicídio; autoflagelação. amor familiar; alega outro agres-
sor para proteger membro da
família.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Problemas de saúde, como obesi- Comportamentos extremos de timi- Tem expectativas irreais sobre a
dade, afecção da pele, distúrbios dez ou agressividade, destrutividade criança; rejeita; aterroriza; igno-
do sono e dificuldades na fala; e autodestrutividade; problemas do ra; desqualifica; exige em dema-
comportamentos infantis; enure- sono; isolamento; baixo conceito de si sia; corrompe; isola; descreve a
se noturna. próprio; abatimento profundo; triste- criança como má, diferente das
za; idéia e tentativa de suicídio; inse- demais.
gurança.
NEGLIGÊNCIA
Padrão de crescimento deficien- Comportamentos extremos de hiper ou É apática e passiva, não se im-
te; fadiga constante e pouca hipoatividade; contínuas faltas ou atra- portando muito com a situação
atenção; problemas físicos e ne- sos à escola ou ao médico; comporta- da criança; tem baixa auto-esti-
cessidades não atendidas; vesti- mentos infantis ou depressivos. Difi- ma e severo desleixo com higie-
menta inadequada ao clima. culdade na aprendizagem. ne; é despreocupada em resol-
ver as necessidades de atenção
da criança.
Fonte: Assis, S. G. Crescer sem violência: um desafio para educadores. Rio de Janeiro: Fiocruz/ENSP/CLAVES, 1994, p. 24.
15
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
1. Acolhimento
16
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
refletir estratégias protetoras, pois a família tende a se situar, face ao sofrimento, também
como vítima;
orientar a família para evitar comentários sobre o ocorrido com vizinhos e/ou amigos, pois a
exposição gera nova violência à vítima.
17
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Durante o processo terapêutico deve-se resgatar o projeto de vida ou mesmo elaborar esboço de
propostas para o futuro. Outro ponto a focalizar é a busca de sonhos e desejos para realização pessoal.
2. Procedimentos
Exemplo:
Caso 1: O paciente apresenta lesões em ambos os lados do corpo e/ou com diferentes
graus de evolução, e o relatado é que as lesões foram ocasionadas por uma queda de bici-
cleta. A lógica indica que,nesse tipo de acidente, observam-se lesões no local sobre o qual o
paciente caiu, fundamentalmente nas zonas expostas e nas proeminências ósseas.
Caso 2: Familiares relatam que a criança ou o adolescente sofre acidentes freqüentes.
Nesses casos é importante observar o comportamento da criança/adolescente. Se estão
temerosos, assustados, com dificuldade de relacionamento, aprendizagem ou se já houve
tentativas de suicídio.
Conforme Fontes e Lira (2005), é de suma importância realizar o diagnóstico diferencial
entre as lesões infligidas e as lesões decorrentes de traumas acidentais, doenças, infecções,
lesões auto-infligidas e manchas naturais. Faz-se necessário, também, diferenciar impetigo
de queimadura de cigarro, hematomas e/ou equimoses provocadas por patologias ou man-
chas congênitas. Além disso, os citados autores apontam os locais mais acometidos nos ca-
sos de violência, como:
18
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Notificação
Ao detectar casos de violência (espancamento, fraturas, queimaduras...), deve-se preen-
cher e dar andamento às 4 (quatro) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar a criança, juntamente com a Ficha de Notificação, ao plantão policial do hos-
pital, que as encaminhará à Delegacia de Polícia mais próxima ou à Delegacia Especial de
Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA. Encaminhar duas vias da Ficha de Notificação
ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendimento às Vítimas de Violência –
PAV para sua intervenção e posterior encaminhamento das Fichas ao Conselho Tutelar e
Sistema de Informação da SES/DF.
Notificação
Preencher e dar andamento às 4 (quatro) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar uma via da Ficha de Notificação junto com a criança/adolescente ao plantão
policial do hospital, que a encaminhará à Delegacia de Polícia mais próxima ou à Delegacia
Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA. Se possível, a criança/adoles-
19
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
cente deve ser acompanhada pelo Técnico de Enfermagem ou Agente de Serviço Social ou
outro profissional disponível. A Delegacia de Polícia encaminhará o paciente para o exame
pericial no IML (a comprovação do espermatozóide é feita até 12 horas após o coito anal e
até 48 horas após o coito vaginal).
Encaminhar duas vias da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Preven-
ção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encami-
nhamento ao Conselho Tutelar e Sistema de Informação da SES/DF.
Em Caso de Negligência
Fazer exame clínico.
Orientar a família.
Encaminhar pais / responsáveis a grupo de orientação, quando necessário.
Notificação
Preencher e dar andamento às 4 (quatro) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Somente em casos graves, encaminhar para Delegacia de Polícia.
Encaminhar duas vias da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Preven-
ção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encami-
nhamento ao Conselho Tutelar e ao Sistema de Informação da SES/DF.
Notificação
Preencher e dar andamento às 4 (quatro) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Somente em casos graves, encaminhar para Delegacia de Polícia.
Encaminhar duas vias da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Preven-
ção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encami-
nhamento ao Conselho Tutelar e ao Sistema de Informação da SES/DF.
3. Recomendações
20
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Nos casos de suspeita de violência física e sexual, encaminhar a Notificação ao Plantão Policial.
21
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
22
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
23
MÓDULO II
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, afirmou,
muito bem, “que a violência contra as mulheres causa
enorme sofrimento; deixa marcas nas famílias, afetan-
do as várias gerações; e empobrece as comunidades.
Impede que as mulheres realizem as suas potencialida-
des, limita o crescimento econômico e compromete o
desenvolvimento”.
A violência contra a mulher refere-se a qualquer ato
ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano
ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto na esfera pública como na esfera privada. Dessa
forma, a violência contra as mulheres é uma manifesta-
ção da relação de poder historicamente desigual entre
homens e mulheres.
Entre todos os tipos de violência existentes contra
a mulher no mundo, aquele praticado no ambiente
familiar é um dos mais cruéis e perversos. O lar, identi-
ficado como local acolhedor e de proteção, passa a ser,
nesses casos, um ambiente de perigo contínuo, que re-
sulta em um estado de medo e ansiedade permanentes.
Envolta no emaranhado de emoções e relações afeti-
vas, a violência doméstica contra a mulher mantém-se, até hoje,
como uma sombra em nossa sociedade.
No Brasil, quase 2,1 milhões de mulheres são espancadas por
ano, sendo 175 mil por mês, 5,8 mil por dia, 4 por minuto e uma a cada
15 segundos. Em 70% dos casos, o agressor é uma pessoa com quem ela
mantém ou manteve algum vínculo afetivo. As agressões são similares e recorrentes, acontece nas
famílias, independente de raça, classe social, idade ou de orientação sexual de seus componentes.
A violência contra a mulher é um fenômeno complexo, com causas culturais, econômicas e so-
ciais, aliado a pouca visibilidade, à ilegalidade e à impunidade. A violência doméstica e familiar
contra mulheres é a tradução real do poder e da força física masculina e da história de desigualdades
culturais entre homens e mulheres que, por meio dos papéis estereotipados, legitimam ou exacer-
bam a violência.
A família é uma teia de vínculos e de emoções que se expressa simultaneamente por meio do amor
e do ódio. É nesse âmbito que as gerações se defrontam mútua e diretamente e os sexos definem
suas diferenças e relações de poder. As funções da família são, basicamente, a social e a de repro-
dução ideológica. Quer dizer, os valores e crenças de cada pessoa – mulher e homem – são passados
para os descendentes e divididos entre todos os membros da família.
24
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
No ano de 1789, foi instituída a carta de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, como
cidadão e sujeito de direitos. E em 1791, Olympe de Gouges, uma mulher revolucionária, escreveu a
Declaração dos Direitos da Mulher, na tentativa de incluir a mulher como sujeito de direitos na carta
de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Como represália, foi executada na guilhotina em
1793.
Em 8 de março de 1857, 129 mulheres fizeram greve em uma indústria têxtil de Nova York, pois
recebiam a metade dos salários dos homens e cumpriam jornadas de trabalho desumanas. Como
reparação, foram queimadas vivas. Por isso, foi instituído o 8 de março como Dia Internacional da
Mulher.
Na legislação brasileira não foi diferente, pois no Código Civil de 1916, a mulher era relativamen-
te capaz, sendo seu responsável um curador, marido ou o pai. Em 1962, foi instituído o Estatuto da
Mulher Casada como “colaboradora” na família. Somente em 1988, com a Constituição Federal, a
mulher passou a ter as mesmas funções na família, porém isso só foi reafirmado no Código Civil de
2002, e entrou em vigor apenas em janeiro de 2003.
Esse histórico contribui para que a sociedade e a própria mulher acredite que ela é culpada pela
violência sofrida apenas pelo fato de ser mulher. Essas atitudes sociais podem ser exercidas também
por profissionais da área de saúde, resultando, algumas vezes, no tratamento inadequado ou impró-
prio quando se trata de uma mulher vítima de violência que busca atendimento médico e psicológico.
O efeito da violência doméstica e familiar contra a mulher, decorrente de maus-tratos, humilha-
ções, agressões físicas, sexuais, morais, patrimoniais e psicológicas, é, sem dúvida, devastador para
sua auto-estima. Além disso, há o medo vivenciado cotidianamente e o temor aterrorizante causador
de insegurança e instabilidade, agravados pelo fato de as vítimas nunca saberem a razão capaz de
desencadear nova fúria dos agressores; e a vergonha que passam diante de familiares, vizinhos, ami-
gos e conhecidos, que provoca ansiedade, depressão, dores crônicas, entre outras enfermidades.
Os adoecimentos decorrentes da violência são evidenciados pelo aumento da busca pelos servi-
ços de saúde após a vivência da violência, tanto para o tratamento dos ferimentos atuais quanto para
o tratamento das doenças posteriores à violência.
A violência contra a mulher, praticada por um estranho, difere de um delito praticado por alguém
da estreita convivência da vítima, pois a agressão por uma pessoa da convivência da vítima – como o
marido ou o companheiro –, dado a proximidade dos envolvidos, tende a acontecer novamente, for-
mando o ciclo perverso da violência doméstica, que pode acabar em delitos mais graves; enquanto o
praticado por estranhos, dificilmente voltará a acontecer.
É importante destacar que a mulher, historicamente, vem sofrendo vários tipos de violência, seja
na família, pelo marido/companheiro; na sociedade; na violação de seus direitos; na dupla carga de
trabalho; na falta de respostas das políticas públicas de saúde de qualidade para acompanhar a ges-
tação, puerpério, climatério e as situações de violência. Tudo isso contribui para a perpetuação da
violência.
Portanto, faz-se necessário acompanhar, apoiar e empoderar a mulher em suas diferentes fases
vitais (infância, adolescência, adulta, velhice), para melhorar sua qualidade de vida e atuar como
agente de mudança na escola, em casa e na comunidade, possibilitando a ela novas formas de edu-
car seus filhos, pautadas em valores de igualdade, de direitos entre os sexos, companheirismo, divi-
25
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
1. Acolhimento
26
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Perguntar diretamente
A violência física, psicológica ou sexual está presente na vida de muita gente e pode afetar a
saúde mesmo depois de muitos anos. Você já sofreu ou sofre algum tipo de violência?
27
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Identifique um ou mais vizinhos para o(s) qual(is) você pode contar sobre a violência, e peça
para eles ajudarem se ouvirem brigas em sua casa.
Se a briga for inevitável, certifique-se de estar em um lugar do qual possa fugir e no qual não
haja armas.
Planeje como fugir de casa em segurança, e o lugar para onde você poderá ir, caso necessário.
Deixe em um lugar seguro um pacote com cópias de seus documentos e dos documentos
de seus filhos, dinheiro, roupas e cópia da chave de casa, para o caso de ter de fugir rapida-
mente.
Faça um acordo com alguma vizinha(o) em quem possa confiar, e combine um código de
comunicação para situações de emergência, como: “Quando eu colocar o pano de prato
para fora da janela, chame ajuda” ou “Quando ouvir briga, chame os vizinhos para bater em
panelas na frente da casa”.
Nunca brigue na cozinha ou em local em que haja armas ou facas.
Agendar – 3 a 5 retornos
O profissional deverá perguntar à mulher qual tipo de contato poderá ser realizado, caso ela falte
ao retorno (carta, visita, telefonema).
Procedimentos
Realizar a anamnese (tipo de violência, hora da violência, qual a relação do agressor com a
vítima, se o agressor fez uso de preservativo, número de agressores, última menstruação,
uso de contraceptivo etc.).
Fazer exame clínico e ginecológico (só realizar toque vaginal ou anal se houver necessida-
de emergencial). Nesse caso, há que se coletar provas para o IML, por meio de dois SWABs
ou similar, acondicionado em papel filtro estéril e mantido em envelope lacrado em am-
biente climatizado.
Até 72 horas após a ocorrência da violência sexual, iniciar profilaxia das DST/AIDS, Hepa-
tite B e de gravidez (quando necessário).
Orientar a paciente no sentido de comparecer à Delegacia de Polícia para registrar ocor-
rência e, a partir daí, encaminhá-la para o exame pericial do IML, pois a comprovação do
espermatozóide é feita até 12 horas após o coito anal e até 48 horas após o coito vaginal.
Se a agressão ocorreu quando a vítima estava indo (ou vindo) para (do) o trabalho, orientar
para fazer ocorrência de acidente de trabalho.
Fazer orientações necessárias.
Encaminhar para o Centro de Saúde referência em DST/AIDS mais próximo da residência
ou trabalho, a fim de adquirir o restante das medicações anti-retrovirais, preservativos e
fazer acompanhamento com médico (ginecologista, clínico ou infectologista).
Encaminhar, para acompanhamento social e psicológico. A Rede de Saúde do DF possui
os seguintes serviços de atendimento psicossocial: Programa Violeta – HRAS e Programa
Margarida – HRAN.
Notificação
Preencher e dar andamento às 2 (duas) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via ao prontuário.
Encaminhar a paciente e uma via da Ficha ao Serviço Social para intervenção e posterior
encaminhamento da Ficha ao Sistema de Informação da SES/DF.
28
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Procedimentos
Fazer exame clínico.
Orientar a paciente no sentido de comparecer à Delegacia de Polícia para registrar
ocorrência e, a partir daí, ser encaminhada ao exame pericial do IML. Solicitar retorno e
encaminhá-la para os Programas de Prevenção e Atendimento aos Acidentes e Violências –
PAVs – das Regionais, objetivando fortalecer a paciente para que ela saia da dinâmica abu-
siva.
Encaminhar a paciente para acompanhamento social e psicológico. A Rede de Saúde do
DF possui os seguintes serviços de atendimento psicossocial: Programa Violeta – HRAS e
Programa Margarida – HRAN.
Encaminhar para a Rede Intersetorial – Conselho dos Direitos da Mulher, CREAS, CRAS e
serviço de apoio jurídico. Após a denúncia, a mulher terá direito à Casa-Abrigo e ao Núcleo
de Atendimento às Famílias e Autores de Violência Doméstica.
Notificação
Preencher e dar andamento às 2 (duas) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário e a outra encaminhar ao Serviço Social ou ao Pro-
grama de Prevenção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e
posterior encaminhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Procedimentos
Orientar a paciente e familiares.
Encaminhar para a Rede Intersetorial – Conselho dos Direitos da Mulher, CREAS, CRAS e
serviço de apoio jurídico etc.
Encaminhar a mulher para acompanhamento psicossocial. A Rede de Saúde do DF possui
os seguintes serviços de acompanhamento psicológico e social: Programa Violeta – HRAS,
Programa Margarida – HRAN.
Notificação
Preencher e dar andamento às 2 (duas) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Orientar a mulher a fazer a denúncia na DEAM ou outra Delegacia de Polícia.
Encaminhar uma via da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Preven-
ção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encami-
nhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
29
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
A mulher perante a lei se representa. Assim, somente ela poderá realizar a denúncia na Delegacia de
Polícia. O profissional de saúde realizará a notificação apenas para o Sistema de informação da Saúde –
SES/DF. No entanto, poderá orientar a mulher a realizar a denúncia em qualquer Delegacia de Polícia.
A mulher perante a lei se representa. Assim, somente ela poderá realizar a denúncia na Delegacia de
Polícia. O profissional de saúde realizará a notificação apenas para o Sistema de informação da Saúde –
SES/DF. No entanto, poderá orientar a mulher a realizar a denúncia em qualquer Delegacia de Polícia.
30
MÓDULO III
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA
No Brasil, atualmente, são 19 milhões de idosos
e até 2020 essa faixa etária será a maioria da popu-
lação brasileira.
Apesar do slogan “terceira idade, melhor idade”,
isso não é verdade, pois nossa civilização cultua o
novo e o belo, sendo que belo é também novo. Mas
esquecem que hoje somos jovens e amanhã sere-
mos idosos.
Com o Estatuto do Idoso, no ano de 2003, come-
ça o processo de visibilidade de sua problemática,
a partir da exigência de seus direitos. No entanto, a
Lei ainda não foi absorvida pela população.
Na atualidade a questão do envelhecimento vem
ganhando representatividade, visto o prolongamen-
to da expectativa de vida da população e o conse-
qüente crescimento do número de idosos em todo
o mundo. No entanto, no Brasil, é reduzido o inves-
timento em políticas públicas que possibilite uma
longevidade com qualidade para essa faixa etária.
Apesar de muitos indicadores positivos, a maioria
das culturas ainda tende a separar, de forma real ou
simbólica, o idoso, considerando-o inútil e descartá-
vel. É na terceira idade que as doenças são mais freqüentes, o que demanda mais cuidados por parte
dos familiares e, por falta de manejo, sobrecarrega seus cuidadores, que por intolerância, estresse
ou falta de vínculo afetivo maltratam esses idosos. É importante buscar alternativas no cuidado, bem
como na divisão de tarefas entre várias pessoas para não sobrecarregar o cuidador ou cuidadora.
Estudos mostram que milhões de idosos no mundo são vítimas diárias de violência decorrente
de golpes com objetos, pequenos empurrões, que podem resultar em fraturas, queimaduras e feri-
mentos.
Grande parte dessa violência física é cometida por familiares, mas o idoso não denuncia por ver-
gonha, culpa pelo fracasso das relações familiares, além do medo de aumentar as hostilidades ou
de perder o “amor” da família. Ocorre também a omissão do acontecimento pela vítima por aceita-
ção da violência como parte natural das relações familiares.
Outras formas de violência são a negligência com a saúde, com a alimentação e higiene; a vio-
lência psicológica; a violência sexual e o abuso financeiro, pois a vítima é presa fácil pela sua fra-
gilidade tanto física como emocional.
O idoso que aparentemente sofre mais violência é, na sua maioria, do sexo feminino, solteira/
viúva, tem 75 anos ou mais, baixa escolaridade e apresenta alguma doença neurológica, reumática
ou psiquiátrica.
A violência parece revelar ao idoso o sentimento de incapacidade em lidar com os filhos, os ne-
tos, o(a) companheiro(a) e em enfrentar o mundo que o cerca. Isso o leva a solidão e ao isolamento
crescentes. Portanto, as marcas da agressão contra o idoso não são apenas físicas, mas, sobretu-
do, psicológicas.
31
Fatores de risco para violência contra idoso:
quando existe dependência pelo declínio cognitivo, a perda de memória ou dificuldades motoras
para realizar atividades do cotidiano;
a pobreza: pode levar a falta de cuidados básicos com a alimentação e/ou higiene, pois o idoso
pode ficar sozinho em casa porque sua família precisa trabalhar para comprar seus remédios;
quando possui auxílio de apenas uma pessoa. Isso acontece porque os familiares não podem ou
não querem participar do cuidado;
a procura de cuidados médicos constantes;
quando há repetidas ausências às consultas agendadas;
explicações improváveis sua ou de seus familiares para determinadas lesões e traumas;
3 (três) ou mais quedas por ano podem ser indicador de existência de violência.
1. Acolhimento
Procedimentos
Fazer exame clínico.
Realizar anamnese (com quem reside, se é dependente de cuidados, se tem vínculo afeti-
vo com a família etc.).
Encaminhar o paciente para acompanhamento social e psicológico. A Rede de Saúde do
DF possui os serviços de acompanhamento psicossocial: Programa Violeta – HRAS e Pro-
grama Margarida – HRAN.
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar uma via da Notificação à Delegacia de Polícia.
Encaminhar uma via para o Serviço Social ou Programa de Prevenção e Atendimento às
Vítimas de Violência – PAV de sua Unidade de Saúde para realizar intervenção e posterior
encaminhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Notificar ao CREAS via telefone (3342-1407).
32
Em Caso de Violência Sexual
Procedimentos
Realizar a anamnese (tipo de violência, hora da violência, qual a relação do agressor com a
vítima, se o agressor fez uso de preservativo, número de agressores etc.).
Fazer exame clínico e ginecológico (só realizar toque vaginal ou anal se houver necessida-
de emergencial. Nesse caso deverá coletar provas para o IML, através de dois SWABs ou
similar, acondicionado em papel filtro estéril e mantido em envelope lacrado em ambiente
climatizado.
Até 72 horas após a ocorrência da violência sexual, iniciar profilaxia das DST/AIDS, Hepatite B.
Se a agressão ocorreu quando a vítima estava indo para o trabalho ou vindo, orientar para
fazer ocorrência de acidente de trabalho.
Fazer orientações necessárias.
Encaminhar para o Centro de Saúde referência em DST/AIDS mais próximo da residência
ou trabalho, a fim de adquirir o restante das medicações anti-retrovirais, preservativos e
fazer acompanhamento com médico (ginecologista, clínico ou infectologista).
Encaminhar para acompanhamento social e psicológico – A Rede de Saúde do DF possui
os serviços de atendimento psicossocial: Programa Violeta – HRAS e Programa Margari-
da – HRAN.
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via ao prontuário.
Encaminhar a Notificação e o idoso ao Plantão Policial ou à Delegacia de Polícia, a partir
daí o idoso será encaminhado para o exame pericial do IML, pois a comprovação do esper-
matozóide é feita até 12 horas após o coito anal e até 48 horas após o coito vaginal. Prefe-
rencialmente ser acompanhado pelo técnico de enfermagem, auxiliar de Serviço Social ou
outro profissional disponível.
Encaminhar uma via da ficha ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendi-
mento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encaminhamento ao
Sistema de Informação da SES/DF.
Notificar a violência contra o idoso ao CREAS via telefone (3342-1407).
Em Caso de Negligência
Procedimentos
Fazer exame clínico.
Realizar anamnese (com quem reside, se é dependente de cuidados, se tem vínculo afetivo
com a família etc.).
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar uma via da Notificação e o paciente idoso à Delegacia de Polícia (caso neces-
sário).
Encaminhar uma via ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendimento às
Vítimas de Violência – PAV de sua Unidade de Saúde para intervenção e posterior encami-
nhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Notificar ao CREAS via telefone (3342-1407).
33
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Procedimentos
Orientar o paciente e familiares.
Encaminhar o paciente para acompanhamento psicossocial. A Rede de Saúde do DF pos-
sui os seguintes serviços de acompanhamento psicológico e social: Programa Violeta –
HRAS e Programa Margarida – HRAN.
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar uma via da Notificação e o paciente idoso à Delegacia de Polícia (caso neces-
sário).
Encaminhar uma via ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendimento às
Vítimas de Violência – PAV de sua Unidade de Saúde para intervenção e posterior encami-
nhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Notificar ao CREAS via telefone (3342-1407).
Procedimentos
Realizar anamnese (com quem reside, se é dependente de cuidados, se tem vínculo afetivo
com a família, quem controla suas finanças etc.).
Observar se a aposentadoria ou fonte de renda do idoso está sendo utilizada indevidamen-
te por familiares ou cuidadores (ex.: a falta de uso da medicação, de alimentação ou vestu-
ário pela falta de recursos financeiros).
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via da Ficha ao prontuário.
Encaminhar uma via da Notificação e o paciente idoso à Delegacia de Polícia (caso neces-
sário).
Encaminhar uma via ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendimento às
Vítimas de Violência – PAV de sua Unidade de Saúde para intervenção e posterior encami-
nhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Notificar ao CREAS via telefone (3342-1407).
Notificar ao Ministério Público/PRODIDE.
34
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
O Estatuto do Idoso, Lei Federal nº 10.741, criado em 1º de outubro de 2003, é destinado a regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Conforme o artigo 19, “os casos de sus-
peita ou confirmação de maus-tratos contra o idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de
saúde também a Autoridade Policial.”
O Estatuto do Idoso, Lei Federal nº 10.741, criado em 1º de outubro de 2003, é destinado a regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Conforme o artigo 19, “os casos de sus-
peita ou confirmação de maus-tratos contra o idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de
saúde também a Autoridade Policial.”
35
ATENDIMENTO ÀS SITUAÇÕES
DE RISCO AO SUICÍDIO
Segundo a OMS, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio; é a sexta causa de incapacita-
ção entre 15 a 44 anos e preocupante nos idosos com idade superior a 75 anos.
Apesar de complexo, pode ser prevenido. É fundamental que profissionais da saúde saibam iden-
tificar, abordar, manejar e encaminhar uma pessoa com tendência suicida.
Por que o profissional de saúde não acredita que aquele que tenta suicídio não quer morrer?
O pouco entendimento acerca do suicídio gera concepções distorcidas (crenças) que interferem
no atendimento integral e podem levar a conseqüências fatais.
Verificar o estado mental atual e Você se sente triste? Quem se preocupa contigo? Sente
pensamento sobre morte e suicídio. que a vida vale a pena?
Você tem plano para acabar com sua vida? Tem idéia
O plano suicida atual – preparos,
como fazê-lo? Tem pílula, arma, inseticida ou outros
como e quando.
meios? Você decidiu para quando?
O sistema de apoio social. Família, amigos.
36
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE DE SAÚDE DO DF
Procedimentos
Orientar a família.
Encaminhar a criança/adolescente para acompanhamento psicossocial. A Rede de Saúde
do DF possui os seguintes serviços de acompanhamento psicológico e social: Programa
Violeta – HRAS, Programa Margarida – HRAN, Programa de Prevenção e Atendimento às
Vítimas de Violência (PAV) – HRT, Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica – COMPP e
Adolescentro.
Encaminhar ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS.
Notificação
Preencher e dar andamento às 3 (três) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via ao prontuário.
Encaminhar duas vias da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Pre-
venção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior enca-
minhamento ao Conselho Tutelar e ao Sistema de Informação da SES/DF.
Orientar a família.
Encaminhar para acompanhamento psiquiátrico ambulatorial nos Centros de Atenção
Psicossocial – CAPS com referência para transtorno mental ou Hospital São Vicente de
Paulo.
Em casos graves encaminhar para Emergência no Hospital de Base do DF ou Hospital São
Vicente de Paulo.
Encaminhar ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS.
Notificação
Preencher e dar andamento às 2(duas) vias da Ficha Única de Notificação.
Anexar uma via ao prontuário.
Encaminhar uma via da Ficha de Notificação ao Serviço Social ou ao Programa de Preven-
ção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV para sua intervenção e posterior encami-
nhamento ao Sistema de Informação da SES/DF.
Em caso de idoso, notificar ao CREAS via telefone (3342-1407).
37
ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS
DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Toda emergência deve possuir o kit de profilaxia das
doenças resultantes da violência sexual, composto por:
anti-retroviral, contracepção de emergência, medica-
ção para DST e SWAB (será usado para coletar material
somente nos casos em que a mulher não tiver condi-
ções de saúde para ir ao IML).
Ressalte-se que predominantemente as vítimas de violência sexual são do sexo feminino. No entan-
to, pessoas do sexo masculino podem sofrer esse tipo de violência e devem receber o kit de profilaxia.
38
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE DE SAÚDE DO DF
– retornar imediatamente se ocorrer atraso menstrual, que pode ser indício de gravidez;
– manter a mulher bem informada e esclarecer dúvidas a cada consulta.
3. Atendimento do Médico
O paciente deverá ser acompanhado pelo médico (pe-
diatra, clínico e/ou ginecologista).
Realizar anamnese detalhada do caso, exame físico
completo, com descrição detalhada das lesões, inclu-
sive da genitália e ânus, e hipótese diagnóstica.
Solicitar os exames abaixo no primeiro dia da consul-
ta e programar os seus controles:
– Sorologias: VDRL, controle com 45 e 90 dias.
– Hepatite B e C, controle com 180 dias.
– Anti-HIV, controle com 90 e 180 dias.
– Cultura de secreção vaginal e endocervical.
– Hemograma completo e transaminases após os
28 dias de uso dos ARV.
4. Atendimento da Enfermagem
Acolher o paciente e encaminhar ao consultório médico para
atendimento imediato.
Explicar ao paciente todos os procedimentos que irá realizar
com ela/ele, para que não sejam percebidos como agressão.
Autorizar a presença de um acompanhante durante o atendi-
mento se o paciente concordar.
Providenciar medicações profiláticas a serem ministradas
e orientar o uso das doses subseqüentes em casa.
Ao detectar a situação de violência, preencher a Ficha Única
de Notificação.
Orientar para a importância do atendimento social e encami-
nhar para Sala da Mulher (onde houver) ou PAV.
Encaminhar para o atendimento psicológico.
Participar de reunião para estudo de caso.
Após o atendimento médico e da enfermagem, a vítima de violência sexual deverá ser atendida
pelo assistente social e psicólogo.
39
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA
AO ABORTO PREVISTO EM LEI ‒ HRAS
De acordo com o Ministério da Saúde, desde 1948 o aborto não é considerado crime no Brasil
quando praticado em casos de estupro ou quando há risco para a vida materna.
A normatização pelo Ministério da Saúde dos serviços de “Prevenção e Tratamento dos Agravos
Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes” através do SUS representa uma
iniciativa imprescindível no sentido de garantir os direitos adquiridos pelas mulheres. Essa normati-
zação veio resgatar a dignidade das mulheres em face de uma gravidez decorrente de estupro, onde
que poderia deixá-las sujeitas a prática clandestina de abortos malsucedidos ou a uma maternida-
de que as condena à convivência com o fruto da violência.
No Distrito Federal, o sistema de Aborto Previsto em Lei foi implantado em 1996 no HRAS. Portan-
to, caso se constate gravidez decorrente da violência sexual, a paciente será encaminhada ao Progra-
ma de Assistência ao Aborto Previsto em Lei ou ao Serviço Social ou ao Programa Violeta do HRAS.
Ressalte-se que a paciente deverá estar até a 20ª semana de gestação.
A paciente será atendida e acompanhada por uma equipe multidisciplinar composta por: gineco-
logista, assistente social, enfermeira e psicóloga.
Obstetra: responsável pela primeira fase de análise do Programa de Assistência ao Aborto Le-
gal, na qual será avaliada a compatibilidade dos dados fornecidos pela paciente (data da últi-
ma menstruação – DUM, data do estupro) e a idade gestacional, que é avaliada pela ecografia.
Se os dados forem compatíveis, o médico desencadeia o processo de aborto legal, assinando o
termo de concordância e encaminhando a paciente para as posteriores avaliações.
Assistente social: orientar quanto aos trâmites legais exigidos pela instituição (declaração
de consentimento para interrupção da gravidez e responsabilidade pelas informações), caso
opte pelo aborto previsto em Lei; informar sobre seus direitos sociais e trabalhistas; discutir
a opção frente a realizar interrupção da gravidez ou deixar para adoção ou permanecer com
o bebê. Caso a mulher decida deixar para adoção a criança fruto da violência, o assistente
social deverá iniciar as providências legais junto ao setor de adoção da Vara da Infância e Ju-
ventude – VIJ, assim que a criança nascer.
40
ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Considerando que a violência possui causas
multifatoriais e necessita de uma intervenção
interdisciplinar para um atendimento resoluti-
vo, o médico, o assistente social, o enfermeiro,
o psicólogo, o terapeuta ocupacional, o técnico
de enfermagem, o agente comunitário de saúde
e outros profissionais que possuem contato
direto com o paciente têm uma importância
crucial na identificação, notificação e interven-
ção das situações de violência dentro de suas
especificidades.
Atuação Médica
Realizar anamnese detalhada do caso, exame físico completo, com descrição detalhada
das lesões, inclusive genitália e ânus, e hipótese diagnóstica.
Avaliação da necessidade de exames complementares: RX, Tomografia (nos casos de
comprometimento neurológico).
Exame de área específica por especialista.
Notificar os casos de suspeita de violência contra criança ou adolescente ou idoso e en-
caminhá-los ao Plantão Policial do hospital que os conduzirá à Delegacia mais próxima
da área (notificação feita pelo profissional que detectou o caso). Nos casos de violência
contra mulher a partir de 18 anos, orientá-la a fazer a denúncia na Delegacia de Polícia.
Somente após a realização da notificação à Delegacia de Polícia o paciente poderá reali-
zar o exame de corpo de delito no IML. Recomenda-se que o paciente seja acompanhado
ao IML pelo Técnico de Enfermagem ou Auxiliar de Serviço Social ou outro profissional
disponível, com a utilização do transporte da instituição de saúde.
Encaminhar ao Serviço Social ou ao PAV de sua Unidade de Saúde a Ficha de Notificação
de suspeita de violência para realização de intervenção e posteriores encaminhamentos
legais.
A internação do paciente visa não só ao tratamento das lesões,como também à avaliação
psicológica e social do caso e posteriores encaminhamentos.
Participar de reuniões para estudo de caso.
Realizar prevenção primária e secundária nas reuniões educativas (caso seja PSF e Cen-
tro de Saúde).
Nos casos de internação de criança ou adolescente, a alta hospitalar fica condicionada à
liberação da Vara da Infância e Juventude.
41
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Atendimento Social
Conhecer a história de violência vivenciada pelo paciente.
Acolher a pessoa vítima de violência e sua família ou respon-
sáveis em sua dinâmica e complexidade, como eixo central da atenção e como parceria
durante o processo de atendimento.
Identificar o apoio familiar e/ou da rede de relacionamento do paciente frente ao ocorrido.
Verificar a existência de abuso de substância química no espaço doméstico e/ou pessoas
que tenham acesso à residência.
Possibilitar reflexão crítica sobre a problemática vivenciada, fortalecendo a auto-estima
e buscando possibilidades de solução.
Identificar a demanda social trazida pelo paciente, decorrente ou não da situação de
violência, tais como: direitos trabalhistas, desemprego, relacionamento familiar e/ou
conjugal, direitos do usuário com observação do Estatuto da Criança e do Adolescente,
da Declaração dos Direitos Humanos e de Cidadania, entre outros.
Encaminhar para o atendimento psicológico individual.
Informar sobre os recursos de apoio da comunidade, tais como: Centro de Referência
em Assistência Social – CRAS, Centro de Referência Especializado de Assistência So-
cial – CREAS, Conselho Tutelar, Conselho dos Direitos da Mulher, Fóruns, IML, DEAM e
Delegacias de Polícia.
Ao detectar a situação de violência, preencher a Ficha Única de Notificação.
42
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Atuação da Psicologia
Atendimento Psicológico
O atendimento psicológico às vítimas de violência deverá ocorrer em diferentes estágios:
avaliação psicológica, psicoterapia individual de curta duração e psicoterapia de grupo.
Avaliação Psicológica
Conhecer a história de vida do paciente.
Identificar os sentimentos predominantes: medo, angústia, tristeza, culpa, revolta etc.
Aplicar testes ou utilizar técnicas psicológicas.
Avaliar o grau de desorganização da vida social: impacto da violência vivenciada no tra-
balho, na escola, nas relações familiares e sociais.
Avaliar distúrbios do sono (insônia, pesadelos) e reações psicossomáticas.
Avaliar o estado emocional geral no momento.
Avaliar a estrutura familiar da criança.
Entrevistar os pais e/ou responsáveis.
Observar o comportamento da criança.
43
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Psicoterapia de Grupo
Facilitar a identificação e expressão de sentimentos decorrentes da situação de violência.
Trabalhar a auto-estima das mulheres.
Examinar como algumas atitudes e afirmações podem ter cau-
sado vários problemas e encorajar cuidado especial para preve-
nir que ocorram novamente.
Examinar os vários papéis da mulher, sugerir maneiras para
melhorá-los e criar novos, se necessário.
Discutir o processo histórico da aceitação da violência e seu lu-
gar na história de vida da mulher.
Trabalhar o conteúdo dos sonhos em grupo.
Facilitar o relato de experiências comuns (sexualidade, reper-
cussões físicas e psicológicas da violência sexual).
Promover o sentimento de solidariedade entre mulheres vítimas
de violência.
Reencaminhar para o Serviço Social se identificar questões obje-
tivas de vida que possam interferir para a melhora do quadro emocional da vítima.
44
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Realizar visita domiciliar e identificar situações de risco social e pessoal (violência, pobreza,
promiscuidade, abandono e outros).
Ao detectar a situação de violência, preencher a Ficha Única de Notificação.
Reforçar a importância do atendimento médico e psicológico, enfatizando o acompanha-
mento integral.
Encaminhar para Rede de apoio proteção da Comunidade.
Encaminhar para Conselho Tutelar os casos de crianças e adolescentes vitimadas.
Encaminhar as violações de direito da pessoa idosa para o CREAS (3342-1407).
Em caso de violência contra mulher, informar sobre seus direitos: Lei Maria da Penha, direi-
tos trabalhistas, direitos de saúde, Aborto Previsto em Lei e outros.
Encaminhar para Conselho dos Direitos da Mulher os casos de violência contra mulher e
orientá-la a realizar a denúncia na Delegacia de Polícia.
Distribuir material informativo/educativo nas visitas domiciliares.
Terapia Familiar
Identificar valores sociais e valores familiares com suas interfaces e influências na violência.
Promover resiliência familiar em contextos sociais de risco.
Identificar problemas e disfunções sexuais do casal.
Identificar os fatores geradores de violência intrafamiliar ou extrafamiliar.
Identificar as conseqüências psicossociais da violência em cada membro da família.
Promover a expressão de sentimentos de cada membro familiar diante da violência sofrida.
Gerar a proteção das crianças e adolescentes e o autocuidado.
Promover equilíbrio da estrutura familiar.
45
IMPORTÂNCIA
DA NOTIFICAÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
Notificação é a comunicação obrigatória de determinadas doenças ou agravos às autoridades
competentes de saúde.
O profissional que identificar algum caso de violência deverá preencher a Ficha de Notificação
e encaminhar ao Serviço Social ou ao Programa de Prevenção e Atendimento às Vítimas de Violên-
cia – PAV da sua Unidade de Saúde, conforme determinam as legislações: Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei nº 8.069; Notificação da Violência contra Mulher – Lei nº 10.778; Estatuto do Idoso
– Lei Federal nº 10.741.
A obrigatoriedade da Notificação está assegurada também pelo Conselho Federal de Medicina e
por alguns Conselhos Regionais.
O Parecer nº 815/1997 do Conselho Federal de Medicina descreve: “O médico tem o dever de co-
municar às autoridades competentes os casos de abuso sexual e maus-tratos, configurando-se como
justa causa a revelação do segredo profissional”.
A Lei nº 12.251, de 9 de fevereiro de 2006, do Conselho Federal de Medicina, dispõe sobre a obri-
gatoriedade do procedimento de Notificação Compulsória da Violência contra a Mulher, atendida em
serviços de urgência e emergência, e a criação da Comissão de Acompanhamento da Violência con-
tra a Mulher, nas Secretarias de Saúde.
O Parecer nº 76/1999 do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro assim dispõe: “O médi-
co tem o dever legal de comunicar à autoridade competente casos de maus-tratos e de abuso sexual
contra crianças e adolescentes, ainda que haja apenas suspeitas. A comunicação à autoridade com-
petente não acarreta infração ética por parte do médico, não se configurando, assim, violação do
segredo profissional”.
Lembramos que é por meio da Notificação que se cria o elo entre a área da saúde e o sistema le-
gal, iniciando-se a formação da rede multiprofissional e interinstitucional de atuação fundamental
nesses casos, além de permitir o dimensionamento epidemiológico da violência.
Diante do exposto, a Rede de Saúde do DF elaborou e implantou a Ficha Única de Notificação de
Violências contra criança, adolescente, mulher e idoso.
Ressalte-se que a Notificação é de suma importância para a proteção integral das vítimas e res-
ponsabilização, reeducação e tratamento dos autores de agressões, além de proporcionar a visibili-
dade do fenômeno, subsidiando implantação/implementação de políticas públicas para seu enfren-
tamento.
46
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
47
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
48
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
*;<";;24$2$;95- 44'!'(<B!CD<'!EB!F<4'<(7!CD<
%&'&())*&&%()*+*&%),*& (7!'<(7!CD<=F'4E!CD<FG!H ":
1 2 134-56
%%&'&())*&-./01')2%),*& &16161 2
4+
+#0 5 67
5 +
#0#3
+ 8 +
08
98+
$
+
8 8
98 #
55 +50)<48"",6
'
+
=+#0 5 0
8#0 5
$9
7
;
+
=++
)>+?#@ >+5 + =+
&2A$ ,8
!"#$%&%%#'
(
$&
#0+
9
5
+; ) ' !*#%%#&#$&+##,- !#.."&+##/ +
)
0%
!#.,&+##/
) $ " 01
*
" ! "
" 012 / '
)% 39 ) &' (
8 .2* )!
5
+
+% + A
$$<$$<=
+! -
, ;''/B@
$ ;
$4/ 5
@ 5
$B'"C
6
? %"17
$>?7 $=
"
$8
3
6
?7
,) 51 '/@
$& $A-53 $+
%"17
D$D= D DD$$$!
"<$EB$6$$116%/)11D
D.
@ 6%&%
49
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
, $ /
%"17
, & .1 %"17
$ . !
?
5
6 +GD5C
)
"
/
! (
@
:"
?7 5
"
9 6
!
6&
F" +
%H
6 )" ?
&
"
+GDI
(
1 ;
6)
% E (
:
+GD
&
"
+
,+ 4'/
7'?' @ %" 17 817 5
,, 4'01?' @
<
47'
&5
+
+
)
-
, %" 17 817 5
E*%(
E> 5 ' ;" " '
5?7 "
;
E>- '
'
?7
)
5
"
<
,%
?'
01 %" 17 817 5
)
*%( (
"
&
59
"@
.
J (
(
"5
"
+
, "'B1 .8
$% " 7 $4&
6E?7 $B(
""
@
$
E ?7
$'
7 $=!
$8(
""
H
@ K "
-1
$'
65
?76
?7 $A)"5?7 $
"" +
,! . .8
$' ?6 $4'
6" $BK
65 $+
7
6H
$ ? $=(9
E6
$8 "
5
359
76
L
$ 6
$A)" $ "
8817 5
"# ) <('6.' @ %"17
47/F/ 4'
/F/
-
6N
*
D'
? )
'
D);
% 6'&)%')%
')
+
C / /
"%
C
3 +
% <
$DE@ 4
' 015 $DE
5$
%"17
%"17817 5
!
'C 1 %
01 %)
%5 65
@ *
2)GHH '
"
7
8
9
7
"E 9'016.' $
D$D=-
50
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Procedimentos
51
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES
Atuar em Rede
Sugestão ao profissional de saúde: Fazer um acervo das instituições existentes em sua comu-
nidade com os respectivos telefones, horários de funcionamento e profissionais já articulados.
52
Informes para Comunidade
Sentimento do Profissional
Humanista é o homem que define atitudes concretas diante da vida, fruto da sua reflexão
e como conseqüência de uma filosofia que norteia sua existência. Se este homem humanista
é médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, técnico de enfermagem, terapeuta ocu-
pacional ou odontólogo, essas atitudes que envolvem a sua própria vida atingirão as outras
vidas, aquelas que ele tem que cuidar, e, portanto, implicarão uma postura concreta diante
da vida humana, da doença, da violência, do sofrimento e da dor.
A sofisticação na produção de tecnologias na medicina tem melhorado as possibilidades
e perspectivas de diagnósticos. Contudo, cada vez mais, tem-se colocado a questão do fator
humano, no sentido de uma preocupação com o perigo da desumanização que pode advir
de uma evolução unilateral do conhecimento. Compreende-se que a saúde se produz com
pessoas e entre pessoas, ou seja, é uma relação de sujeitos, com potencialidades, limites,
saberes, medos e angústias, e que deve ser humanizada.
Todo profissional de saúde deve promover tanto a saúde quanto uma relação saudável entre as
pessoas, sejam elas crianças, adolescentes, adultos e idosos e a relação destes com meio ambiente.
Mas o trabalho desses profissionais inclui lidar, cotidianamente, com a dor, medo, morte, frustra-
ção, limitação e a recuperação, às vezes lenta e difícil. Diante disso, um enorme desgaste emocional,
estresse, cansaço e desânimos são gerados e afetam este profissional no dia-a-dia.
Sabemos que não é fácil!
Existem limites, sejam eles pessoais ou institucionais impostos ao sistema de saúde públi-
co e privado, limites impostos até mesmo pela própria violência, que é uma questão de Saúde
Pública freqüente e, infelizmente, crescente, já que muitos profissionais de saúde recuam, titu-
beiam, evitam, negam ou não se disponibilizam para o envolvimento com esta temática.
Isso torna muitos profissionais meros observadores de uma trajetória que pode trazer graves
conseqüências para a vida física, afetiva, psíquica e social deste sujeito.
Portanto, é um desafio para os profissionais da saúde proporcionar qualidade de atendimento,
promover a saúde e, acima de tudo, notificar os casos de violência por eles atendidos.
Mas para isso é preciso começar a nos sensibilizar, respeitar e refletir sobre essas questões.
Vamos nos colocar no lugar do paciente!
53
Meu Atendimento
Meu Acompanhante
Informações
Quando acabar meu atendimento, me informe quem deverei procurar ou onde ir, para não
ser revitimizado ou correr riscos desnecessários. Se possível, acompanhe-me, pois falar toda
a situação novamente me faz reviver o sofrimento. Também cada instituição tem uma lingua-
gem própria que, muitas vezes, não estou familiarizado. Pode ser indispensável um apoio
maior para garantir minha integridade.
Saiba o fluxo que deve ter a Ficha de Notificação, para me orientar sobre os locais corre-
tos. E ainda, a importância de preenchê-la, pois essa é mais uma forma de evitar que a violên-
cia se repita e que eu precise de novos atendimentos.
54
LOCAIS, NA REDE DE SAÚDE, QUE REALIZAM ACOMPANHAMENTO
ADOLESCENTRO
(só para adolescentes) HRC – Hospital Regional COMPP – Centro de
End.: Av. L2 Sul Q. 605 da Ceilândia Orientação Médico-
Centro de Saúde nº 6 Tel.: (61) 3371-7550 Psicopedagógica
Tel.: 3242-1447/ (realiza terapia End.: SMHN 501
3443-1855 ocupacional) Bloco B
55
TELEFONES ÚTEIS DO DISTRITO FEDERAL
INSTITUIÇÃO ENDEREÇO TELEFONE HORÁRIO DE
FUNCIONAMENTO
Instituto de Medicina Legal Sudoeste, Complexo da Polícia 3362-5693 24 horas
– IML Civil, Bloco E
Delegacia Especial de SAI – Sudoeste, Bloco D, Lote 29 – 3361-1049 8h às 13h /
Proteção à Criança e ao Complexo da Polícia Civil – prédio 3362-5941 14h30min às 19h
Adolescente – DPCA da CPE, Parque da Cidade
Conselho Tutelar de Brasília SEPN 515 Norte, Ed. Banco do Brasil, 3905-1349 Horário comercial
Bloco A, Lote 1, 2º andar 3905-1354
3905-1278
Conselho Tutelar de Quadra 24, Lotes 06/07 – Setor 0800-644 2031 Horário comercial
Brazlândia Tradicional de Brazlândia 3479-4361
3479-4412
Fax: 3479 4689
Conselho Tutelar de QNN 13, Área Especial, Módulo B, 0800-644 2028 Horário comercial
Ceilândia Sala 01 – Centro Cultural 3905-1358
Conselho Tutelar do Gama Entrequadra 13/17, Área Especial – 0800-644 2033 Horário comercial
Setor Oeste (ao lado da 20ª DP) 3905-1361
3905-1362
Conselho Tutelar do Quadra 21, Área Especial (ao lado 0800-644 2034 Horário comercial
Paranoá do Centro de Saúde) 3905-1363
3905-1364
Conselho Tutelar de Área Especial, Módulo H, nº 06, 0800-644 2027 Horário comercial
Planaltina Sala 11 – CDS de Planaltina 3389-6763
3389-5663
Fax: 3388-8235
Conselho Tutelar de QR 301, Conjunto 04, Lote 01 – 0800-644 2060 Horário comercial
Samambaia Samambaia Sul 3905-1368
3905-1369
Conselho Tutelar de Santa Área Especial, Lote B, EQ 209/309 – 0800-644 2032 Horário comercial
Maria Santa Maria 3392-1886
3393-5727
3393-0572
Conselho Tutelar de Quadra 06, Área Especial, n. 03 – 0800-644 2026 Horário comercial
Sobradinho prédio do CDS 3591-0660
3487-5301
Fax: 3387-1559
Conselho Tutelar de C 12, Área Especial – Taguatinga 0800-644 2024 Horário comercial
Taguatinga Centro 3351-7133
3352-8443
3562-8532
Fax: 3352-2812
Vara da Infância e da SGAN 909, Bloco C, Lotes D/E 3348-6600 13h às 19h
Juventude
Conselho dos Direitos da SRTVS, Q. 701, Bloco I, Ed. Palácio 3322-2266 9h às 12h / 14h às
Mulher DF da Imprensa, 5º andar 18h
Delegacia de Atendimento EQS 204/205 – Asa Sul 3442-3400 24 horas
à Mulher – DEAM 3244-4583
56
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
COSE P. SUL
Josildo Soares Freire
EQNP 12/16, Lotes A e B, 3376-7318
8477-5640
Ceilândia Área Especial, Setor P. Sul
04
COSE SUL
Tomé Aguiar Oliveira
QNM 15, Módulo A, Área 3371-2536
8402-4352
Especial – Ceilândia Sul
57
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
58
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
CREAS
RELAÇÃO DOS CENTROS DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ORD. CREAS/ ENDEREÇO/E-MAIL FONE/FAX COORDENADOR
ABRANGÊNCIA
01 BRASÍLIA (Cruzeiro, Lago AV. L2 Sul, QD. 614/615, 3346-9332 Lauro Regis
Sul, Lago Norte, Sudoeste/ Lote 04 3346-1407 Nogueira de
Octogonal, Brasília, creasbsb@sedest.df.gov.br 3245-8131 Marco
Núcleo Bandeirante, 3245-8129 8151-3033
Candangolândia, Park Fax: 3245-8131
Way, Guará, Varjão, Jardim
Botânico e São Sebastião).
02 SODRADINHO (Sobradinho, QD. 06, Área Especial 3387-8651 Marilise Costa
Sobradinho II, Paranoá, nº 03 3387-2241 Freire de Oliveira
Itapoá e Planaltina). creassob@sedest.df.gov.br Fax: 3387-1559 9961-1498
(Conselho
Tutelar)
03 TAGUATINGA (SCIA/ Setor D Sul, Área Especial 3563-3155 Izabel Cristina
Estrutural, Taguatinga, Águas – Tag. Sul FAX: 3351-8129 9158-8256
Claras, Samambaia, Riacho creastag@sedest.df.gov.br
Fundo I e Riacho Fundo II).
04 3556-3973 Iraneide Pinho
Área Especial n. 11/13,
GAMA (Gama, Santa Maria e 3484-1257 Vieira
Setor Central
Recanto das Emas) 3384-4810 9913-6057
iraneidevieira@pop.com.br
Fax: 3484-1257
05 Qd. 03, Conj. B, Lote 06 Vânia Cristina
ESTRUTURAL Estrutural Barbosa Santana
vaninhacris@superig.com.br 8491-7707
06 Quadra 06, Área Especial 3389-1664 Silvia Antonia
PLANALTINA n. 03 Ramal: 21 Coleto de Assis
crassob@sedest.df.gov.br 3389-8996 8119-6470
07 CEILÂNDIA (Ceilândia e Flávio Wilson
QNM 16, Área Especial,
Brazlândia) Campos de
Módulo A – Ceilândia 3581-2260
Carvalho
Norte Fax: 3373-9854
8165-3301
flaviowilson@gmail.com
59
BIBLIOGRAFIA
AGUDELO, S. F., La Violencia: un problema de salud pública que se agrava en la región. Boletin Epideniolo-
gico e la OPS, 11: 01-07, 1990.
BELDA JUNIOR, Walter. Doenças sexualmente transmissíveis. São Paulo. 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Impactos da violência na saúde. Unidade 1. Brasília, DF, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Norma técnica de prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência
sexual contra mulheres e adolescentes. Brasília, DF, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio. Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde
mental. UNICAMP, SP. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.
pdf>. Acesso em: 05 set. 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Violência intrafamiliar. Brasília, DF, 2002.
DESLANDES, S. F. Prevenir a violência: um desafio para profissionais de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz
1994.
FONTES , M. Eneida; LIRA, Lima Fernandes M. Mércia. Violência física contra a criança e o adolescente. Cole-
tânea de artigos enfrentando a violência na Rede Pública de Saúde do DF. Brasília, 2005.
GUERRA, V.N. de A. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SANTOS, Benedito Rodrigues dos et al. Rita Ippolito (coordenação técnica). Guia Escolar: Métodos para
Identificação de Sinais de Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. 2 ed. rev. e atual. Brasí-
lia: Secretaria de Direitos Humanos e Ministério da Educação, 2004.
Information Kit for your community action compaing. Virginia Coalition for Chil Abuse Prevention Mon-
th,1996, USA.
Lei nº 8.068/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003 – Violência contra a mulher.
Lei Federal nº 10.741 – Estatuto do Idoso, criado em 1º de outubro de 2003.
LIMA, C. A. (Org). Curso impacto da violência na saúde. Unidade III. EAD/ENSP. Rio de Janeiro. 2007.
MINAYO, S. Maria Cecília. Violência social sob a perspectiva da saúde pública. Artigo em meio eletrônico Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 10, suppl. 1, p. 4, 1994. Disponível em: <http://www.scielosp.org/ scie-
lo. php>. Acesso em: 29 ago. 2007.
Orientação para profissionais de saúde no atendimento à criança e ao adolescente vítimas de maus-tratos. Brasí-
lia : Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal,1999.
PADILHA, M. G. S; GOMIDE, P. I. C. Estudos de Psicologia. v. 9, Natal, Jan/Abr, 2004.
PASSOS, M. R. L. Doenças sexualmente transmissíveis. Rio de Janeiro.
PERRUSO, C. A.; OLIVEIRA, Fernanda Fernandes de; JUBILUT, Liliana Lyra; ZYLBERSZTAJN, J. Gênero e
Direitos Humanos. Centro de Direitos Humanos – CDH.2005.
Portaria nº 1145/GM, de 7 de julho de 2005. Diário Oficial da União nº 130, de 8 de julho de 2005, Seção1,
página 31.
Portaria do Ministério da Saúde nº 1.968/GM, de 25 de outubro de 2001.
Schraiber, L. B. apud D`Oliveira A. F. P. L. Projeto Gênero, Violência e Direitos Humanos – Novas Questões para
o Campo da Saúde. Website: www.mulheres.org.br
SOUZA, E. R. de (Org.). Curso impactos da violência na saúde. Unidade I. EAD/ENSP, Rio de Janeiro, 2007.
60
Rotina de Atendimento da Equipe Multiprofissional nos Casos de Violência contra a Criança e o Adolescente
Notificar aos Conselhos Tutelares da locali- Setores Envolvidos: Emergência, Clínica, Ambulatório, Serviço Social, Direção da Unidade, PSF, PACS, Pro-
Rotina de Atendimento à Criança e ao
dade todos os casos de suspeita ou confirma- grama de Prevenção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV, Polícia Civil e Militar, Odontologia e Saúde
Adolescente Vítima de Violência.
ção de maus-tratos contra crianças e adoles- Mental.
Atender com equipe interdisciplinar, se
centes, conforme Portaria nº 1.968/GM, de 26
necessário.
de outubro de 2001.
-Atendimento.
- Anotar no prontuário características e comportamentos da criança/adolescente.
- Atendimento.
Violência Estrutural - Anotar no prontuário características e comportamentos da criança/adolescente.
Dificuldades econômicas dos responsáveis Médico Enfermeiro - Preencher Ficha de Notificação e encaminhar o paciente e a Ficha para o Serviço Social ou PAV.
em suprir as necessidades básicas da crian- Assistente Social Aux. de Enfermagem - Atender a família para apoio e orientações, buscando alternativas para melhoria das condições de vida.
ça ou adolescente. Exemplo: desemprego, Psicólogo Agente Comunitário - Encaminhar para recursos da comunidade (CRAS, Programas de Governo, cursos profissionalizantes, agên-
fome e miséria. de Saúde cias de emprego, entre outros).
- Encaminhar à Nutrição.
- Atendimento.
- Anotar no prontuário características e comportamentos da criança/adolescente.
- Preencher Ficha de Notificação e encaminhar o paciente e a Ficha para o Serviço Social ou PAV.
- Registrar ocorrência no plantão policial do hospital, que fará o registro na DPCA ou Delegacia da área.
- Encaminhar o paciente ao PAV ou Serviço Social.
- Encaminhar a criança/adolescente para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS, Margarida –
HRAN, PAV – HRT, COMPP, Adolescentro).
Médico Agente Comunitário - Atender a família para apoio e orientações.
Violência Física
Assistente Social de Saúde - Realizar visita domiciliar ou solicitar ao Conselho Tutelar.
Espancamento, asfixia, ferimentos provoca-
Psicólogo Enfermeiro - Encaminhar a família à equipe de Saúde Mental da Regional, quando necessário.
dos e queimaduras.
Aux de Enfermagem - Encaminhar a família ao Grupo de Orientação aos Pais.
- Encaminhar a família para os recursos da comunidade – Rede de Proteção Social (CRAS).
- Encaminhar os pais para: Programa Violeta – HRAS, Margarida – HRAN, PAV – HRT, CAPS – AD Guará ou Sobra-
dinho II e AA.
- Participar de reuniões interdisciplinares para estudo de caso.
- Promover prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
61
62
- Atendimento.
- Anotar no prontuário características e comportamentos da criança/adolescente.
- Preencher Ficha de Notificação e encaminhar o paciente e a Ficha para o Serviço Social ou PAV.
Médico Enfermeiro - Encaminhar ao PAV ou Serviço Social.
Violência Psicológica Assistente Social Aux. de Enfermagem - Encaminhar a criança/adolescente para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS, Margarida –
Depreciação, discriminação, rejeição e Psicólogo Odontólogo HRAN, PAV – HRT, COMPP, Adolescentro) .
outros. Enfermeiro Agente Comunitário - Encaminhar a família à equipe de Saúde Mental da Regional, quando necessário.
de Saúde - Encaminhar a família ao Grupo de Orientação aos Pais.
-Encaminhar a ficha da notificação ao Conselho Tutelar.
- Promover prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
- Atendimento.
- Anotar no prontuário características e comportamentos da criança.
- Preencher Ficha de Notificação e encaminhar o paciente e a Ficha para o Serviço Social ou PAV.
- Registrar ocorrência no plantão policial do hospital, que fará o registro na DPCA ou Delegacia da área.
- Encaminhar o paciente, quando necessário, para receber kit de profilaxia, disponível nos PS (profilaxia das DST/
AIDS, Hepatite B e gravidez).
- Encaminhar ao PAV ou Serviço Social.
- Encaminhar a criança/adolescente para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS, Margarida –
Violência Sexual Enfermeiro HRAN, PAV – HRT, COMPP, Adolescentro).
Médico
Manipulação da genitália, mamas, ânus, ato Aux. de Enfermagem - Atender a família para apoio e orientações, com ênfase nas estratégias de Proteção à Vítima.
Assistente Social
sexual com ou sem penetração, com ou sem Agente Comunitário - Realizar visita domiciliar ou solicitar ao Conselho Tutelar.
Psicólogo
violência, atos libidinosos. de Saúde - Encaminhar a família ao Grupo de Orientação aos Pais.
- Encaminhar a vítima e a família à equipe de Saúde Mental da Regional.
- Locais que realizam atendimento psicossocial : Programa Violeta – HRAS, Margarida – HRAN, PAV – HRT.
- Locais que realizam atendimento a álcool e droga – CAPS – AD Guará II ou Sobradinho II e Hospital Univer-
sitário – HUB.
- Participar de reuniões interdisciplinares para estudo de caso.
- Fazer prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
Rotina de Atendimento da Equipe Multiprofissional nos Casos de Violência contra a Mulher
Rotina de Atendimento à Mulher Orientar para buscar apoio: Delegacias Especializa- Setores Envolvidos: Emergência, Clínica, Ambulatório, Serviço Social, Direção da Unidade, PSF, PACS,
Vítima de Violência. das (DEAM), Promotoras Legais populares, Vara do Programa de Prevenção e Atendimento às Vítimas de Violência – PAV, Polícia Civil e Militar, Odontologia
Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra e Saúde Mental.
Atender com equipe Mulher, Conselho dos Direitos da Mulher, Assistência
interdisciplinar, se necessário. Jurídica gratuita, locais que realizam acompanha-
mento às vítimas de agressão na rede de saúde,
entre outros.
- Atendimento.
- Anotar no prontuário características e comportamentos da mulher.
Violência Física Médico Agente Comunitário de - Preencher Ficha de Notificação e encaminhar a paciente e a Ficha para o Serviço Social ou PAV.
Espancamento, pontapés, tapas, Assistente Social Saúde - Encaminhar a mulher para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS, Margarida – HRAN e
murros, mutilações dos dedos das Psicólogo Enfermeiro CAPS – AD).
mãos, orelhas, deformação do Aux. de Enfermagem - Atender a mulher para apoio e orientações.
corpo e rosto por queimaduras, -Orientar para denunciar na DEAM ou DP de sua área.
cegueira e homicídio por arma de - Participar de reuniões interdisciplinares para estudo de caso.
fogo ou faca. - Promover prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
- Em caso de tentativa de homicídio, notificar ao plantão policial do hospital.
- Atendimento.
- Atender o idoso para apoio e orientações.
Violência Física Médico Agente Comunitário de Saúde - Anotar no prontuário características e comportamentos do idoso.
Espancamento, pontapés, Assistente Social Enfermeiro - Preencher Ficha de Notificação e encaminhar o paciente e a Ficha para o Serviço Social
tapas, murros, ferimentos, Psicólogo Aux. de Enfermagem ou PAV.
queimaduras e outros. - Em casos graves, encaminhar para Delegacia de Polícia mais próxima da Unidade de
Saúde.
- Notificar ao Centro de Referência Especializada em Assistência Social – CREAS por meio
do tel.: 3342-1407.
- Encaminhar o idoso para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS e Marga-
rida – HRAN).
- Participar de reuniões interdisciplinares para estudo de caso.
- Promover prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
65
66
- Atendimento.
- Atender o paciente para apoio e orientações.
- Anotar no prontuário características e comportamentos do idoso.
Violência Sexual Médico Enfermeiro - Preencher Ficha de Notificação e encaminhar a paciente e a Ficha para o Serviço Social
Estupro. Assistente Social Aux. de Enfermagem ou PAV.
Psicólogo Agente Comunitário de Saúde - Encaminhar a paciente para receber kit de profilaxia, disponível nos PS (profilaxia das
DST/AIDS e Hepatite B).
- Encaminhar a paciente à Delegacia de Polícia ou DEAM para registrar ocorrência e a
partir daí ser encaminhada ao exame pericial do IML.
- Encaminhar para equipe de saúde mental (Programa Violeta – HRAS e Margarida –
HRAN).
- Notificar ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS através
do tel.: 3342-1407.
- Participar de reuniões interdisciplinares para estudo de caso.
- Fazer prevenção primária ou secundária em reuniões educativas.
67
MANUAL PARA ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO DF
Realização Apoio
Convênio 3122/05