MundoTrabalho Professor
MundoTrabalho Professor
MundoTrabalho Professor
mundo do trabalho
volume 1
Ca
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r
Ensino médio
Distribuição gratuita,
venda proibida
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
MATERIAL DE APOIO AO
programa ensino integral
DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO professor
introdução ao mundo
do trabalho
Volume 1
ENSINO MÉDIO
Nova edição
2014
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Jacobus Cornelis Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Raquel Volpato Serbi Serbino
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação, Monitoramento
e Avaliação Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Nossos agradecimentos à equipe de educadores
e especialistas que participou da elaboração
deste trabalho, especialmente à professora
Paula Bourroul (1953-2011), pelo seu exemplo
e pela relevância de suas contribuições.
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Milton Nascimento e Chico Buarque | O cio da terra
Apresentação | 06 |
SUMÁRIO
Orientação ao professor | 08 |
6 6 6
introdução ao mundo do trabalho
Bom trabalho!
7
orientação ao professor
8
introdução ao mundo do trabalho
DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA
Por meio dele, o jovem vislumbra a possibilidade de concretizar sonhos, participar mais
ativamente da vida social e conquistar autonomia financeira e pessoal.
Por outro lado, a expectativa de entrada no mundo do trabalho é assunto que desperta
diversas dúvidas no jovem:
Por falta de orientação, perspectiva de futuro e, em alguns casos, por necessidade, vários
jovens abandonam a formação escolar básica, ingressando precocemente no mundo do
trabalho, quase sempre em condições de subemprego, com prejuízos para o seu desen-
volvimento e o do Brasil.
9
O que o mundo do trabalho Educação e trabalho
espera do jovem
A primeira exigência para quem quer começar a traba- Educação é condição essencial para entrada, perma-
lhar é ter mais de 18 anos e o Ensino Médio completo. nência e crescimento no mundo do trabalho.
Com exceção da modalidade de aprendizagem profis-
sional, o mercado de trabalho formal no Brasil oferece O processo adequado de escolarização permite ao
poucas oportunidades para o jovem abaixo dessa jovem acessar melhores empregos, assegurar salá-
idade ou que não tenha concluído a Educação Básica. rios justos, obter garantias de direitos e satisfazer as
demandas de produtividade. A defasagem na educação
Feito esse recorte, dois aspectos diferenciam aquele formal impacta negativamente a vida do indivíduo e o
que busca sua primeira oportunidade de trabalho: as desenvolvimento do país.
competências socioemocionais e as habilidades de
leitura, escrita e matemática, adquiridas na formação É importante, portanto, destacar que a preparação
escolar (BASSI, 2012). para o trabalho é uma das finalidades da Educação
Básica, definida na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
O mercado de trabalho é relativamente tolerante em cação (art. 22, lei no 9.394/96), e é missão da escola.
relação à falta de conhecimentos técnicos do jovem,
que, em funções não especializadas, podem ser supri- O salário médio, a taxa de ocupação e o nível de
dos por meio de treinamentos específicos oferecidos formalização do trabalhador estão diretamente rela-
pelo próprio empregador. Mas é extremamente exi- cionados à sua escolaridade. Jovens com Ensino
gente em relação a aspectos comportamentais e a Médio completo encontram oportunidades para ini-
habilidades cognitivas básicas. ciar sua trajetória profissional no mercado formal,
em média, com dois salários-mínimos e possibili-
Iniciativa, comprometimento, responsabilidade, dade de ascensão (BASSI, 2012).
ética, relacionamento e comunicação interpessoal,
capacidade de trabalhar em equipe, criatividade Cada ano de estudo que o brasileiro acumula em
e resiliência são algumas atitudes esperadas do seu currículo gera um salto médio em seu salário de
profissional. 15%. Esse prêmio é sempre crescente e praticamente
dobra a cada conclusão de nível educacional (NERI,
Tais competências são desenvolvidas ao longo de toda a 2008), confirmando a importância da permanência
vida produtiva da pessoa. Contudo, a falta de consciên- do aluno na escola, no mínimo, até a conclusão da
cia a respeito de sua importância compromete o início da Educação Básica.
trajetória profissional do jovem.
10
introdução ao mundo do trabalho
Conhecimentos Saber
Competências técnicas
Habilidades Saber fazer
11
A metodologia procura alinhar-se às políticas públi- O conteúdo está estruturado em oito unidades de
cas relacionadas ao mundo do trabalho, apresentando estudo. Cada unidade, por sua vez, compreende qua-
ao jovem referências importantes para o exercício de tro sequências didáticas, com recomendação para
direitos e deveres, como: aplicação em 16 horas-aula, e sugestão para atividades
culminantes, com aplicação em 2 ou 6 horas-aula, con-
aa Classificação Brasileira de Ocupações forme a necessidade maior ou menor de mobilização em
atividades extraclasse. Ao todo, o material prevê 152
aa Documentação básica do cidadão horas-aula de atividades (veja tabela abaixo).
12
introdução ao mundo do trabalho
13
unidade de estudo 1
| Identidade | Integração do grupo
| Trabalho em grupo | Sonhos
| Projeto de futuro | Interesses e vocações para o trabalho
| Habilidades | Aptidões
| Experiências de vida | Autoconhecimento
14
identidade
aprendendo a ser
15
TEMA CENTRAL
Identidade
OBJETIVO GERAL
Refletir sobre a importância do autoconhecimento
e do desenvolvimento da identidade pessoal no
contexto da preparação para o mundo do trabalho.
ESCOPO DE ATIVIDADES
Sequências didáticas Objetivos específicos
16
identidade: aprendendo a ser
17
sequência didática 1.1:
integração
Objetivo da sequência didática:
18
identidade: aprendendo a ser
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Conheça o objetivo geral do projeto que está se
iniciando.
aa Conheça melhor os colegas e o professor que o
orientará neste programa.
aa Sinta-se à vontade para compartilhar com eles suas
experiências e aprendizados.
aa Perceba que as diferenças individuais podem enri-
quecer a vivência em grupo.
aa Reflita sobre suas próprias qualidades e interesses Temas abordados
em relação ao futuro.
aa Objetivos gerais do projeto
aa Integração
aa Relacionamento interpessoal
aa Autoconhecimento
Atividades propostas
1. Minha bandeira pessoal | 2 horas-aula
2. Muito prazer, eu sou... | 2 horas-aula
19
Atividade 1 aa Explique que as bandeiras têm importância sim-
bólica para os povos, pois representam aspectos
Minha bandeira importantes de sua história, cultura e valores. Por
exemplo:
pessoal
Japão: conhecida como a bandeira do Sol, é com-
| 2 horas-aula | posta por um grande círculo vermelho sobre um fundo
branco, simbolizando o Sol nascente.
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ativi-
dades que serão desenvolvidas. Explique que a ideia Líbano: apresenta o desenho estilizado de um
desse primeiro encontro é se conhecerem melhor. cedro-do-líbano, árvore característica da região, sim-
bolizando força e imortalidade. Essa espécie pode
aa Forme um círculo e peça a eles que se apresentem, viver muitos séculos. A cor verde representa a força
dizendo o nome e uma característica pessoal. da juventude.
aa A seguir, apresente o objetivo geral do projeto: França: composta por três faixas verticais com o mesmo
tamanho, simbolizando a Revolução Francesa. O azul
Preparar o jovem para ingressar no mundo do traba- representa o Poder Legislativo, o branco representa o
lho, com estímulo à construção do projeto de futuro, Poder Executivo e o vermelho representa o povo.
com visão de responsabilidade socioeconômica e
ambiental para consigo e para com a sociedade. aa Mostre que, assim como os países, as pessoas
podem escolher frases ou imagens que representam
aa Se for necessário, explique a eles o significado aspectos e valores importantes em sua vida.
de expressões ou palavras que desconheçam.
Estimule-os a expor suas expectativas a respeito
do projeto.
20
identidade: aprendendo a ser
aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Minha aa Após as apresentações, diga-lhes que reflitam
bandeira pessoal”: sobre os seguintes aspectos:
aa Distribua duas folhas de papel para cada jovem. ••Como se sentiram ao expor ao grupo suas caracte-
rísticas e experiências.
aa Peça a eles que dividam a primeira folha em seis ••O que mais chamou a atenção nas bandeiras
partes iguais, respondendo em cada campo às seguin- apresentadas.
tes questões sobre si mesmos: ••O que aprenderam sobre os colegas.
1. Quais aspectos marcaram sua história de vida? ••O que aprenderam sobre si mesmos.
2. Em qual atividade você se considera muito bom?
3. Qual a sua melhor qualidade? aa Encerre a atividade explicando a importância de nos
conhecermos e conhecermos os outros para nos rela-
4. O que gostaria de mudar em você?
cionar melhor. Mostre que somos diferentes e únicos,
5. O que mais valoriza na vida? e que as diferenças enriquecem nossas relações.
6. Como se vê no futuro?
aa Solicite que os jovens, individualmente, registrem
no fichário pessoal do projeto os conteúdos produzi-
aa A partir dessas reflexões pessoais, diga-lhes que, dos na dinâmica “Minha bandeira pessoal”, conforme
individualmente, desenhem na segunda folha sua
orientações do Livro do Aluno (p. 11).
bandeira pessoal, utilizando os símbolos que conside-
rarem mais adequados.
sugestão
1. Faça sua bandeira pessoal durante a aula ou
prepare-a com antecedência para mostrá-la aos
jovens.
2. Lembre-os de que poderão incluir também um
lema em sua bandeira pessoal, como o da bandeira
brasileira (“Ordem e Progresso”).
21
Atividade 2 aa Após a dinâmica, converse com eles sobre a
importância de conhecermos as pessoas a fim de nos
Muito prazer, eu sou... relacionarmos melhor. Explique que é impossível
conhecer alguém com uma simples troca de cumpri-
| 2 horas-aula | mentos ou somente analisando sua aparência exterior.
aa A seguir, a fim de se conhecerem melhor, proponha
aa Inicie o encontro relembrando os pontos princi- a vivência da dinâmica “Muito prazer, eu sou...”
pais abordados na atividade anterior. Explique que
continuarão a trabalhar o fortalecimento do grupo. aa Distribua folhas de papel aos jovens. Peça-lhes que,
individualmente, completem as seguintes frases, indi-
cadas no Livro do Aluno (p. 12):
22
identidade: aprendendo a ser
aa Após o preenchimento, peça-lhes que, em dupla ou ••Distribua folhas de cartolina em tons de verde e
trio, compartilhem suas experiências, contando uns amarelo.
para os outros quais foram as afirmações mais fáceis ••Peça para recortarem as cartolinas em formato de
e as mais difíceis de completar, as mais interessantes, folhas de árvore, com aproximadamente um palmo
as mais curiosas etc. de comprimento.
••Convide-os a escrever em cada folha palavras que
aa Em conjunto, discuta com eles aspectos interessan-
tes que aprenderam com as trocas realizadas. representam, na visão de cada um, o grupo que está
se formando.
Estimule-os a perceber as diferenças ou as semelhan- ••Peça para colarem as folhas no tronco e nos galhos
ças entre suas histórias, sentimentos e percepções desenhados, formando a árvore.
sobre a vida. Explique que estão constituindo um ••Em conjunto, converse com eles sobre as expec-
grupo que se apoiará e se fortalecerá ao longo das tativas que têm a respeito do projeto que será
diversas semanas de duração do projeto. desenvolvido nas semanas seguintes.
ades
semelhança
Referências
ilid
23
sequência didática 1.2:
Autoconhecimento:
passado e presente
Objetivo da sequência didática:
24
identidade: aprendendo a ser
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Entenda a importância do autoconhecimento na
construção de sua identidade.
aa Valorize as experiências marcantes de sua histó-
ria de vida, identificando pontos que fortalecem sua
autoestima e identidade.
aa Conheça melhor os colegas e o professor que o
orientará neste programa.
aa Sinta-se capaz de estabelecer e manter vínculos de
confiança com pessoas de suas relações que consti-
tuem seu círculo de apoio no presente.
Temas abordados
aa Autoconhecimento
aa Memória e identidade pessoal
aa Relacionamento interpessoal
Atividades propostas
1. Histórias de Vida | 2 horas-aula
2. Minha vida hoje | 2 horas-aula
25
Atividade 1 “Autoconhecimento: conhecimento que se tem de si
mesmo, dos próprios defeitos e qualidades, caráter,
Histórias de vida gostos e tendências, opiniões, limites etc.”.
In: site iDicionário Aulete, s/d. Disponível em: http://goo.gl/W5ehO
| 2 horas-aula |
aa Explique aos jovens que somos diferentes uns dos
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ativida- outros e temos características próprias porque, dentre
des que serão desenvolvidas. Explique que trabalharão outros aspectos, nossa trajetória de vida é única: nin-
o tema do autoconhecimento, refletindo sobre aspec- guém viveu as experiências que vivemos.
tos marcantes de sua história de vida.
aa Ressalte que essas experiências fazem parte da
aa Pergunte aos jovens se todos se lembram dos nomes nossa história, ajudam a construir a nossa identidade
uns dos outros. Se necessário, refaça as apresentações. pessoal, característica que nos diferencia das demais
pessoas.
aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Linha
Dinâmica do tempo”:
••Entregue um pedaço de barbante para cada um,
aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Este com aproximadamente 20 cm de comprimento.
bicho é a minha cara”:
••Peça-lhes que, individualmente, pensem em fatos
••Entregue um cartão colorido para cada jovem. marcantes que aconteceram em sua vida, momen-
••Diga-lhes que escrevam no cartão o nome de um tos e situações que ajudaram a determinar sua
animal com o qual se identificam. maneira de ser no presente. Por exemplo: nasci-
••Recolha e leia os cartões, um a um, propondo ao mento de um irmão; mudança de bairro ou cidade;
grupo que tente adivinhar quais são as pessoas ali descoberta de talento; entrada em nova escola;
representadas. início de relacionamento afetivo etc.
••Discuta com eles as escolhas, considerando as ••Cada jovem deve relacionar pelo menos cinco fatos
características dos animais e as características que deixaram marcas em seu passado, fazendo um
pessoais. nó em seu barbante para cada um deles.
••Diga-lhes que colem o barbante com nós em uma
aa Após a dinâmica, questione-os sobre o que enten- folha de papel, registrando a situação marcante e
dem por autoconhecimento. Registre as principais a idade que tinham quando o fato ocorreu.
ideias no quadro. ••Faça com que compartilhem as linhas do tempo
de sua vida, destacando as experiências impor-
aa A partir das colocações dos jovens, discuta tantes para determinar o que são hoje.
com eles a seguinte definição:
26
identidade: aprendendo a ser
aa Após as apresentações, explique a eles que a revertê-la em benefício da sociedade. Em 1983, aos
nossa memória funciona de modo curioso: lembra- 38 anos, sofreu a violência cometida pelo próprio
mos aquilo que é importante e significativo para nós, marido, o professor universitário Marco Afonso
e esquecemos aquilo que não é (BLANCO, 2009). Se Heredia Viveiros. Foi vítima de afogamento e
lembrássemos de todos os detalhes do que se passou, choques elétricos e recebeu um tiro nas costas que
seria impossível viver o presente, tamanha a quanti- a deixou paraplégica. Heredia só foi preso em 2002,
dade de informações que teríamos que processar. quase vinte anos depois da agressão (...). Nesse
período, tornou-se uma das principais ativistas em
aa Por isso, é importante valorizar e guardar na memória
as experiências marcantes que vivenciamos no passado. defesa da mulher e contra a violência doméstica.
Explique que reconhecer e valorizar nossa história Sua luta não foi em vão. Há três anos, entrou em
de vida é importante para entender de onde viemos, vigor no País a Lei Maria da Penha (11.340), que
quem somos hoje e que caminhos desejamos percorrer considera violência doméstica e familiar contra a
no futuro. mulher qualquer ação, ou omissão, que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicoló-
aa A seguir, analise com eles as histórias de vida des- gico, e dano moral ou patrimonial. A pena prevista
critas abaixo, mostrando que o sentido que damos às é de três anos de prisão. Mas, segundo a farmacêu-
experiências vivenciadas no passado – boas ou más tica, o objetivo maior não é punir e, sim, educar,
– pode nos levar a tomar decisões importantes no pois a lei prevê ainda a adoção de disciplinas
presente: escolares sobre gênero e direitos humanos já nas
escolas de ensino fundamental”.
1. Junior Macário: “Ainda criança, quando ganhou VASCONCELOS, Yuri. “Lei não veio para punir, mas para educar”. In: site da
Revista Onda Jovem, 2009. Entrevista. Disponível em: http://goo.gl/AL6sD
uma enxada no lugar do material escolar, meu pai
prometeu a ele mesmo que nenhum filho seu passaria
aa Encerre a atividade propondo uma roda de histó-
por isso”. rias. Estimule-os a relembrar e a compartilhar com
Projeto Um Milhão de Histórias de Vida de Jovens. In: site do Museu da Pessoa, o grupo experiências marcantes da infância, viven-
s/d. Depoimento. Disponível em: http://goo.gl/FzQvM
ciadas em casa ou na escola. Dê seu
depoimento também.
2. Amyr Klink: “(meu professor inesquecível) foi o
Gioso, de Geografia, no Colégio São Luís, de São aa Mostre que as pessoas se sen-
Paulo (...). Eu comecei a gostar, a me interessar tem bem e o grupo se fortalece
por Geografia com ele, embora ele fosse um pro- e se conhece melhor quando
fessor duro, difícil”. valorizamos a identidade e as
Projeto Meu Professor Inesquecível. In: site Educacional, s/d. Depoimento.
histórias de vida uns dos outros.
Disponível em: http://goo.gl/neefv
aa Solicite que os jovens, indivi-
dualmente, registrem no fichário pessoal do projeto
3. Maria da Penha: “A farmacêutica cearense Maria os conteúdos produzidos na dinâmica “Linha do
da Penha Maia Fernandes é daquelas poucas pessoas tempo”, conforme orientações do Livro do Aluno
que conseguem superar uma tragédia pessoal e (p. 14).
27
Atividade 2
Dinâmica
Dinâmica aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Círculos
de Apoio”:
aa Proponha a vivência da dinâmica “Quem sou eu
hoje”: ••Entregue uma folha de papel a cada jovem.
••Distribua balões entre os jovens. ••Peça a eles que desenhem um círculo menor e mais
••Diga-lhes que, individualmente, reflitam sobre o três círculos maiores, como na figura abaixo.
momento que estão vivendo hoje, registrando em
pequenas fichas o que gostam de fazer e suas pre-
ferências atuais.
Família
••Peça a eles que coloquem suas fichas dentro de um
balão e o encham de ar.
••Estimule-os a jogar os balões uns para os outros,
brincando por alguns momentos, a fim de misturar
os balões.
••A um sinal, cada jovem deve escolher um balão,
estourá-lo e ler as anotações encontradas, com-
partilhando suas impressões com o grupo.
28
identidade: aprendendo a ser
Referências
BLANCO, Gisela. Memória: esquecer para lembrar. In: Revista Superinteressante, abril de 2009. Disponível
em: http://goo.gl/ohjFl
LOMONACO, Beatriz P. e outros. Mundo jovem: desafios e possibilidades: uma proposta de trabalho com
adolescentes. São Paulo. Fundação Tide Setúbal, 2008.
SERRÃO, Margarida e BALEEIRO, Maria C. Aprendendo a ser e conviver. São Paulo. FTD, 1999.
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados
permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
29
sequência didática 1.3:
Autoconhecimento:
futuro
Objetivo da sequência didática:
30
identidade: aprendendo a ser
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Reflita sobre o momento que está vivendo, de
transição para a vida adulta.
aa Perceba a importância de sonhar com o futuro e
planejar sua realização.
aa Sinta-se capaz de construir uma perspectiva para
o seu futuro.
Temas abordados
aa Autoconhecimento
aa Projeto de futuro
aa Relacionamento interpessoal
Atividades propostas
1. Transição para a vida adulta | 2 horas-aula
2. Minha vida no futuro | 2 horas-aula
31
Atividade 1 aa Escute com eles uma ou duas dessas canções.
Pergunte se conhecem outras que tratam do tema.
Transição para a Estimule-os a cantar juntos.
vida adulta
| 2 horas-aula | Dinâmica
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ativida- aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Transi-
des que serão desenvolvidas. Explique que trabalharão ção para a vida adulta”:
o tema do autoconhecimento, refletindo sobre a tran- ••Distribua papéis e material de desenho para cada
sição da juventude para a vida adulta. jovem.
••Escolha com eles, como tema, uma das canções
aa Converse com os jovens sobre a fase que estão indicadas acima.
vivendo. Explique que a transição para a vida adulta
é um momento significativo na vida de toda pessoa. ••Peça que a ouçam novamente, prestando atenção
Pergunte como se veem fazendo essa passagem, se na letra, e expressem na forma de desenho os sen-
já pensaram no assunto, quais sentimentos a ideia timentos que ela inspira.
provoca. ••Se necessário, disponibilize as letras para compre-
enderem melhor o sentido pretendido pelo autor,
aa Após as colocações dos jovens, mostre que, na reproduzindo a música diversas vezes.
música popular brasileira, há várias canções que ••Ao final, peça que compartilhem as impressões.
retratam a transição. Por exemplo:
32
identidade: aprendendo a ser
33
Atividade 2
34
identidade: aprendendo a ser
Referências
CAMARANO, Ana Amélia (organizadora). Transição para a vida adulta ou vida adulta em transição? Rio de
Janeiro. IPEA, 2006.
MELO, Vanusa de. Literatura aos pedaços. In: comunidade no site Orkut, s/d. Disponível em: http://goo.gl/JXwkL
MORTARA, Patrícia. Paz e diversidade. In: Revista Onda Jovem. Edição 9, novembro de 2007. Disponível em:
http://goo.gl/B7Luk
POWELL, John. Felicidade: um trabalho interior. Belo Horizonte. Editora Crescer, 1993.
WIKIQUOTE. Epitáfios. In: site do projeto, 2010. Disponível em: http://goo.gl/akgGL
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados
permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
35
sequência didática 1.4:
Minhas potencialidades
Objetivo da sequência didática:
36
identidade: aprendendo a ser
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Sinta-se capaz de construir uma perspectiva para
o seu futuro.
aa Reconheça as habilidades que possui ou deseja
desenvolver para atuar no mundo do trabalho.
aa Identifique interesses e vocações pessoais
que seriam pontos de partida para a sua escolha
profissional.
Temas abordados
aa Identidade
aa Autoconhecimento
aa Habilidades
aa Preferências
aa Vocações
Atividades propostas
1. Habilidades para um mundo melhor | 2 horas-aula
2. Interesses e vocações para o trabalho | 2 horas-aula
37
Atividade 1 aa Peça para comentarem aspectos interessantes e
curiosos dessas visões de mundo criadas pela ficção.
Habilidades para um Estimule-os a refletir se esses mundos futuros são
mundo melhor melhores ou piores que o de hoje.
38
identidade: aprendendo a ser
Dinâmica
39
Atividade 2 aa Ressalte que a escolha de uma profissão deve ser
decisão livre e consciente do indivíduo. É um pro-
Interesses e vocações cesso que pode ser complexo e demorado.
40
identidade: aprendendo a ser
Autoconhecimento em
relação a interesses e
vocações para o trabalho
Exemplo
Reflexão sobre
benefícios, riscos e Projeto de vida
oportunidades da pessoal, com
profissão escolhida definição de metas Referências
1 2 3 BOCK, Silvio D. Como escolher o futuro. In: Dicionário das Profissões. Klick
Editora, 1999. Disponível em: http://goo.gl/BYYc2
LOMONACO, Beatriz P. e outros. Mundo Jovem: desafios e possibilidades:
uma proposta de trabalho com adolescentes. São Paulo. Fundação Tide
Setúbal, 2008.
MANSÃO, Camélia S. M. e YOSHIDA, Elisa M. P. SDS – questionário de
busca autodirigida: precisão e validade. In: Revista Brasileira de Orientação
Pesquisa sobre áreas Profissional, 2006. Disponível em: http://goo.gl/eqKLz
e profissões de interesse
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não
garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus
conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
41
Atividade culminante aa Explique que cada grupo deve registrar, por meio
de frases, palavras, desenhos, suas percepções
sobre os principais aprendizados desenvolvidos.
Identidade
fim de relembrar o que foi trabalhado.
aa Após cinco minutos, os grupos deverão
trocar de posição, analisando o tema e as contri-
avaliação buições do outro grupo, acrescentando as próprias
ideias. E assim, por meio de rodadas sucessivas,
World café todos os grupos devem colocar as ideias em todas
as folhas.
| 2 horas-aula |
aa Ao final, peça-lhes que leiam e analisem os
resultados obtidos, relacionando-os com o objetivo
aa Retome com os jovens o objetivo geral da Unidade: proposto no início.
Estimular a reflexão sobre a importância do
autoconhecimento e do desenvolvimento da
identidade pessoal no contexto da preparação projeto de vida 1
para o mundo do trabalho.
mapa mental
aa Conversem brevemente sobre as impressões aa Diga-lhes para, individualmente, desenhar uma
deles a respeito das atividades realizadas. figura no centro de uma folha de papel represen-
tando a si mesmos. Oriente-os a usar a folha na
aa A seguir, organize-os em quatro grupos.
posição horizontal, como no desenho ao lado.
aa Peça para cada grupo anotar, na parte superior
de uma folha grande de papel, um dos títulos das aa Explique que construirão um mapa a respeito de
principais atividades desenvolvidas, conforme si mesmos, indicando aspectos importantes sobre
indicado abaixo: sua história, o momento que vivem hoje e os sonhos
de futuro.
1. Integração
aa Diga-lhes para desenhar três caminhos saindo da
2. Autoconhecimento: passado e presente figura central, representando o passado, o presente
3. Autoconhecimento: futuro e o futuro, e anotar coisas importantes relaciona-
das, usando palavras ou desenhos.
4. Minhas potencialidades
42
identidade: aprendendo a ser
aa Cada anotação deve ser registrada como ramificação aa Distribua envelopes paraguardarem os mapas
do caminho escolhido. Por exemplo: no eixo “futuro”, produzidos e proponha o seguinte desafio: os enve-
pode ser criada ramificação com a palavra “relações”. A lopes deverão ser lacrados, colados no fichário
partir dessa, seriam criadas outras, como “casar”, “ter pessoal e abertos somente no final do curso, a fim
três filhos”, “ter muitos amigos” etc. de avaliarem sua trajetória. Lembre-os de incluir a
data e o título.
aa Ao final, peça-lhes que escrevam no topo da
página uma frase ou um título que represente o con-
junto das ideias registradas.
aa Oriente-os a compartilhar suas produções, levan-
tando pontos em comum e outros aspectos relevantes Data:..../..../....
sobre a importância do autoconhecimento. mapa mental
43
unidade de estudo 2
| Convivência | Amizade | Diversidade
| Vida em sociedade | Cultura | Valores
| Preconceitos | Relacionamento interpessoal
| Respeito
44
aprendendo
a conviver
45
TEMA CENTRAL
Aprendendo a conviver
OBJETIVO GERAL
Refletir sobre a importância das relações sociais de convivência, com respeito
à diversidade, para o desenvolvimento pessoal e a preparação para o trabalho.
ESCOPO DE ATIVIDADES
Sequências didáticas Objetivos específicos
46
aprendendo a conviver
47
sequência didática 2.1:
Eu e o outro
Objetivo da sequência didática:
48
aprendendo a conviver
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
Temas abordados
aa Convivência
aa Respeito
aa Relacionamento interpessoal
Atividades propostas
1. Juntos somos muitos | 1 hora-aula
2. Contrato de convivência | 1 hora-aula
3. Teias de relações |2 horas-aula
49
Atividade 1
50
aprendendo a conviver
51
Atividade 3 aa Retome a ideia, trabalhada em atividades anterio-
res, da necessidade da vida em sociedade. Explique
Teias de relações que, se fôssemos sozinhos no mundo, como um
náufrago em uma ilha, não teríamos com quem
| 2 horas-aula | compartilhar nossos sonhos e descobertas, nossos
fracassos e dificuldades. A convivência nos humaniza.
aa Inicie o encontro retomando brevemente as ideias
trabalhadas no Contrato de Convivência elaborado
na atividade anterior. Explique que aprofundarão
o estudo sobre a importância da convivência com
outras pessoas.
Dinâmica
aa Proponha aos jovens a vivência da dinâmica “Teias
de relações”:
••Distribua três folhas de papel para cada jovem. Dinâmica
••Peça-lhes que anotem em cada folha uma das
palavras: família, escola e amigos. aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica
“Se soubesse quem eu sou...”:
••Nessas folhas, deverão identificar pessoas signi-
ficativas com quem se relacionam, por meio de ••Forme um círculo com todos os jovens.
um diagrama em forma de estrela, como na figura ••Escolha uma pessoa, segure a ponta de um bar-
abaixo. Algumas pessoas podem aparecer em mais bante ou fio de lã, e atire para ela o novelo dizendo:
de um diagrama. “(nome da pessoa), se você soubesse quem eu sou,
••Ao final, diga-lhes que coloquem o desenho no saberia que...”. Complete a frase com algo sobre si
chão e analisem a quantidade de pessoas envolvi- mesmo que o outro desconheça.
das nas redes de relações pessoais cotidianas. ••A pessoa que recebeu o novelo deve segurar o fio,
escolher outra pessoa e atirá-lo novamente, com-
pletando a frase com algo pessoal.
••Quando todos tiverem recebido o novelo, faça com
que depositem no chão, com cuidado, a teia que
se formou.
••Ao final, estimule-os a comentar os resultados da
Nome do jovem dinâmica. Mostre que a teia formada é uma repre-
sentação do grupo, do qual todos, sem exceção,
fazem parte.
52
aprendendo a conviver
aa Ressalte a importância de pautarmos nosso a a Se houver recursos disponíveis, assista com eles
convívio com outras pessoas pelo respeito mútuo, ao seguinte vídeo, que aborda a questão do res-
pois, em geral, desconhecemos sua história de peito ao trânsito nas grandes cidades:
vida, seus sentimentos ou visões de mundo. Gentileza no trânsito. In: canal do Portal Brasil
aa Divida-os em duplas e peça-lhes que elaborem (Governo Federal) no YouTube, 2011. Disponí-
uma regra de respeito ao outro que possa ser apli- vel em: http://goo.gl/zDelT
cada em qualquer tipo de relacionamento. Por
exemplo: “Não faça ao outro o que não quer que o
outro faça a você”. aa Encerre a atividade orientando-os a registrar
no fichário pessoal do projeto os conteúdos pro-
aa Construa com eles um painel com as diversas duzidos na dinâmica “Teias de Relações” (Livro do
frases sugeridas pelas duplas. Aluno, p. 27).
Referências
CABRAL, João F. P. O conceito de animal político em Aristóteles. In: site
Brasil Escola, s/d. Disponível em: http://goo.gl/VE8Ai
DELORS, Jacques e outros. Educação: um tesouro a descobrir. Brasília.
UNESCO, 2003.
SERRÃO, Margarida e BALEEIRO, Maria C. Aprendendo a ser e a conviver.
São Paulo. FTD. 1999.
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças,
por isso não garantimos que os sites indicados permaneçam
acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados.
Sites acessados em 10/02/2012.
53
sequência didática 2.2:
vida em sociedade
Objetivo da sequência didática:
54
aprendendo a conviver
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Compreenda a diversidade de relacionamentos
envolvidos nas situações de trabalho.
aa Perceba a importância de aprender a colocar-se
no lugar do outro a fim de superar desafios de
convivência.
aa Compreenda a importância da promoção da
cultura de paz para a melhor convivência em
sociedade.
Temas abordados
aa Convivência
aa Relacionamento interpessoal
aa Respeito ao outro
aa Participação social
Atividades propostas
1 Convivência no mundo do trabalho | 2 horas-aula
2. Cultura de paz | 2 horas-aula
55
Atividade 1
Convivência no Dinâmica
mundo do trabalho aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Um dia
de trabalho”:
| 2 horas-aula | ••Divida-os em duplas.
••Oriente os grupos a escolher uma das relações do
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ati- diagrama e dramatizar uma cena no ambiente de
vidades que serão desenvolvidas. Explique que trabalho. Por exemplo:
estudarão a importância da convivência com outras Atendente – colegas de trabalho
pessoas no ambiente de trabalho. Atendente – dono do negócio
aa Converse com os jovens sobre o trabalho de um Atendente – clientes
atendente em um pequeno estabelecimento comer- ••Após as apresentações, converse com eles sobre o
cial, que pode ser uma loja, um posto de gasolina, um desafio profissional de se relacionar cotidiana-
supermercado etc. Questione-os sobre o número de mente com pessoas tão diferentes.
pessoas com as quais o atendente precisa se relacio-
nar cotidianamente.
aa Explique que a convivência com as pessoas no
aa Desenhe num painel o diagrama de relações desse ambiente profissional é um dos grandes desafios do
atendente, em forma de estrela, como indicado mundo do trabalho. Comportamentos inadequados
abaixo. Anote nas pontas da estrela as pessoas ou causam mais demissões que o baixo desempenho do
públicos sugeridos pelos jovens. profissional (O GLOBO, 2010).
aa Uma das formas de enfrentar esse desafio é
aprender a relacionar-se com as pessoas mantendo
Dono do sempre o foco no objetivo principal do trabalho ou
negócio da organização.
aa Retome com eles o exemplo do atendente.
Construa com o grupo um objetivo geral para o esta-
belecimento comercial em análise, de forma bem
Gerente ou Colegas de simplificada. Por exemplo, se o negócio escolhido
Atendente
supervisor trabalho for uma padaria: “Vender pães e outros produtos ali-
mentícios com menor preço e ótimo atendimento”.
aa Com base nesse objetivo geral proposto, as
duplas devem escolher uma das relações do dia-
grama e responder às seguintes questões:
Clientes
56
aprendendo a conviver
57
aa Construa com eles uma noção básica a respeito aa Analise com os jovens as implicações da expres-
desse tema, justificando a importância diante do são “se as guerras nascem na mente dos homens,
diagnóstico elaborado anteriormente pelos próprios é na mente dos homens que devem ser erguidas as
jovens. defesas da paz”, que consta do Ato Constitutivo da
organização.
aa A seguir, apresente o trabalho de promoção da cul-
tura de paz desenvolvido pela UNESCO, a partir das aa Explique que o período 2000-2010 foi definido pela
informações do texto abaixo: UNESCO como a “Década internacional da cultura de
A UNESCO é uma agência das Nações Unidas criada paz e não violência para as crianças do mundo”, com
no final de 1945, logo após o fim da Segunda inúmeras ações de mobilização em diversos países.
Guerra Mundial. Seu objetivo é contribuir para a aa Uma dessas ações foi o “Manifesto 2000”, que apela
consolidação da paz, a erradicação da pobreza, o à participação individual para uma cultura de paz, e
desenvolvimento sustentável e o diálogo entre os que recebeu no Brasil mais de 15 milhões de assinatu-
povos. ras. Promova uma leitura conjunta desse instrumento:
Na introdução do seu Ato Constitutivo há uma frase Reconhecendo a minha cota de responsabilidade
que representa bem o espírito de solidariedade com o futuro da humanidade, especialmente com
e cooperação que norteia a sua ação ao longo de as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu
mais de meio século de atividades: “Se as guerras me comprometo – em minha vida diária, na minha
nascem na mente dos homens, é na mente dos família, no meu trabalho, na minha comunidade,
homens que devem ser erguidas as defesas da paz”. no meu país e na minha região – a:
Com base neste e em outros princípios, a UNESCO 1. Respeitar a vida: respeitar a vida e a dignidade
atua nas áreas de educação, ciências naturais, de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;
ciências sociais e humanas, cultura, comunica- 2. Rejeitar a violência: praticar a não violência ativa,
ção e informação. Promove inúmeras ações, como rejeitando a violência sob todas as suas formas:
estudos, reflexões e reuniões com governos, diri- física, sexual, psicológica, econômica e social, em
gentes e especialistas do mundo inteiro. particular contra os grupos mais desprovidos e vul-
Atualmente, mais de 190 países, chamados Estados neráveis, como as crianças e os adolescentes;
Membros e Associados, participam e financiam suas 3. Ser generoso: compartilhar o meu tempo e meus
atividades. Seus representantes reúnem-se a cada recursos materiais em um espírito de generosi-
dois anos, em uma Conferência Geral, para discutir, dade visando ao fim da exclusão, da injustiça e da
definir políticas e tomar decisões. Sua sede fica em opressão política e econômica;
Paris, na França. Possui escritórios de represen-
tação nos cinco continentes, em diversos países, 4. Ouvir para compreender: defender a liberdade de
inclusive no Brasil. expressão e a diversidade cultural, dando sempre
preferência ao diálogo e à escuta do que ao fana-
tismo, à difamação e à rejeição do outro;
58
aprendendo a conviver
5. Preservar o planeta: promover um comporta- aa Faça com que os grupos compartilhem suas
mento de consumo que seja responsável e práticas conclusões.
de desenvolvimento que respeitem todas as formas
aa Encerre a atividade ouvindo com eles uma ou mais
de vida e preservem o equilíbrio da natureza no músicas sobre o tema. Sugestões:
planeta;
••A paz, composição de Gilberto Gil e João Donato.
6. Redescobrir a solidariedade: contribuir para o
desenvolvimento da minha comunidade, com a ••Heal the World (A paz), composição de Michael
ampla participação da mulher e o respeito pelos Jackson, versão de Nando (Grupo Roupa Nova).
princípios democráticos, de modo a construir ••Minha alma (A paz que eu não quero), composição
novas formas de solidariedade. de Marcelo Yuka (O Rappa).
••Paz, composição de Gabriel, o Pensador.
aa A seguir, organize os jovens em grupos para que ••Rap O Som da Paz, composição de Rappin Hood.
aprofundem o entendimento de cada tópico a partir ••Rap da Felicidade, composição de MC’s Cidinho e
das seguintes questões: Doca.
••Eu pratico essa atitude? De que forma?
••Quais pessoas eu vejo praticando essa atitude? aa Oriente-os a registrar no fichário pessoal do pro-
De que forma? jeto, sob o título “A paz no mundo” (Livro do Aluno,
••O que podemos fazer para praticar essas atitudes p. 31), atitudes que podem promover a cultura de paz
em nosso dia a dia? e facilitar a convivência entre as pessoas.
Referências
BOURROUL, Paula. A paz ao alcance de todos. In: site da Revista Onda Jovem, 2007. Plano de aula. Disponível
em: http://goo.gl/Z5Bpk
COMITÊ DA CULTURA DE PAZ. In: Manifesto 2000: por uma cultura de paz e não violência. Disponível em: http://
goo.gl/8Ufh1
JARDIM, Carolina. A paz como atitude. In: Portal Onda Jovem. Edição 9, novembro de 2007. Plano de aula.
Disponível em: http://goo.gl/7AvqR
LUCCHIARI H. P. S. (org.). In: Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo. Editora Summus, 1993.
MARCÍLIO, Maria L. O que é a UNESCO. In: Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo,
s/d. Disponível em: http://goo.gl/L6cZv
O GLOBO. Comportamento inadequado e baixo desempenho são os motivos que levam as empresas a demitir.
In: site do jornal, 2010. Disponível em: http://goo.gl/64lNY
ROSSI, Roberto. UNESCO. O que é? O que faz? In: UNESCO, 2007. Publicação em formato PDF. Disponível em:
http://goo.gl/4UJVn
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados
permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
59
sequência didática 2.3:
diversidade e igualdade
Objetivo da sequência didática:
60
aprendendo a conviver
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
Atividades propostas
1. A origem de cada um | 1 hora-aula
2. Convivendo com a diversidade | 1 hora-aula
3. Igualdade perante a lei | 2 horas-aula
61
Atividade 1 aa Estimule os jovens a levantar outros aspectos
culturais relacionados à origem familiar, como
A origem de cada um formas de falar, expressões regionais, canções ou
brincadeiras infantis, comidas típicas, danças ou
| 1 hora-aula | festas populares etc.
aa Converse com eles sobre a diversidade cultural
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ativida- de suas origens familiares. Mostre que, no Brasil,
des que serão desenvolvidas. Explique que estudarão as manifestações culturais são numerosas e fazem
a importância de valorizar as diferenças culturais do da nossa diversidade uma das mais ricas do mundo.
lugar onde vivem e das pessoas que os cercam.
aa Explique que o convívio com pessoas com expe-
riências culturais e histórias de vida diferentes
podem ampliar e enriquecer nossa visão de mundo.
Dinâmica A pluralidade cultural representa acúmulo de expe-
riências que podem nos ensinar diferentes maneiras
aa Proponha aos jovens a vivência da dinâmica de entender a realidade (ÉRNICA, 2004).
“Minhas origens”:
aa Mostre que não existe cultura melhor do que
••Divida os alunos em duplas. outra, e que quanto mais rica for nossa experiên-
••Diga-lhes que entrevistem uns aos outros sobre as cia cultural mais bem preparados estaremos para
seguintes questões: enfrentar, com criatividade, os desafios da vida pes-
Onde você nasceu (cidade, estado ou país)? soal e profissional.
Qual a história da sua família? De onde seus fami-
liares vieram? aa Encerre a atividade propondo aos jovens a cons-
trução de um painel com frases ou desenhos que
Você ou sua família cultivam algum hábito ligado representam a diversidade cultural das origens
a esse lugar de origem? familiares de cada um.
••Peça ao grupo que compartilhe suas observações.
62
aprendendo a conviver
| 1 hora-aula |
63
aa Converse com eles sobre atitudes que podem faci- Atividade 3
litar a convivência com pessoas que apresentam
características, vivências e conhecimentos diferentes Igualdade perante a lei
do grupo do qual fazemos parte. Registre as ideias
principais no quadro. | 2 horas-aula |
aa Mostre que, quanto mais diversificadas forem nos-
sas relações, mais adaptados estaremos para enfrentar aa Relembre as questões de diversidade trabalhadas
as dificuldades. O mesmo ocorre na natureza. Uma nas atividades anteriores e explique que aprofunda-
praga é capaz de dizimar a área de vegetação com rão o assunto sob o ponto de vista da igualdade de
pouca variedade de espécies. A floresta rica em bio- direitos perante a lei, princípio básico para a convi-
diversidade suportará melhor a mesma praga, que vência em sociedade.
atacará apenas algumas de suas espécies. aa Se houver recursos disponíveis, assista com eles ao
vídeo “Somos todos iguais perante a lei”:
aa Encerre a atividade destacando que a convivência
com pessoas que pensam diferentemente de nós pode: Filme “Direito humano no 7”. In: site da organização
••Ampliar nossa visão de mundo. Youth for Human Rights International, s/d. Disponí-
vel em: http://goo.gl/b94uW
••Fortalecer a construção da nossa identidade.
••Desenvolver nossa capacidade de respeitar o aa Estimule-os a discutir a importância da ideia de
outro. igualdade de direitos expressa no seguinte texto,
••Estimular os outros a nos respeitar como somos. mencionado no vídeo:
aa Oriente-os a registrar no fichário pessoal do pro- “Palavras diferentes descrevem pessoas diferen-
jeto, sob o título de “Convivendo com a diversidade” tes, mas aos olhos da lei há uma que se aplica a
(Livro do Aluno, p. 34), como se avaliam em relação todos nós: iguais”.
a essa competência e o que pretendem fazer a fim de
aprimorá-la.
64
aprendendo a conviver
65
Esse mesmo princípio assegura ainda a mulheres
presidiárias o direito de permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação (inciso L). Dinâmica
O princípio da “inviolabilidade do direito à liberdade” aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Igual-
é contrário ao estado de escravidão (inciso II). dade de direitos perante a lei”:
aa Ressalte que esses direitos são conquista da socie- ••Organize os jovens em grupos.
dade brasileira, e que nem sempre foi assim na nossa ••Peça para analisarem os incisos do artigo 5o da
história. Por exemplo: atual Constituição Brasileira selecionados abaixo
O direito ao voto só foi permitido às mulheres no e elaborarem cartazes para uma campanha de sen-
Código Eleitoral de 1934. sibilização na escola sobre o tema da igualdade de
direitos perante a lei:
No regime militar, que durou de 1965 a 1985, o Ato
Inciso I – homens e mulheres são iguais em direi-
Institucional no 5 previa a pena de morte para crimes
tos e obrigações, nos termos desta Constituição.
de natureza política.
Inciso II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar
aa Explique que a Constituição é instrumento vivo, de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
e que vem sendo aprimorada ao longo dos anos
para atender a novas demandas da sociedade. Inciso IV – é livre a manifestação do pensamento,
sendo vedado o anonimato.
Inciso VI – é inviolável a liberdade de consciência
e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
••Faça com que os grupos apresentem suas ideias
e cartazes. Discuta com eles os benefícios da
disseminação desses direitos garantidos pela
Constituição.
66
aprendendo a conviver
Referências
aa Se houver recursos disponíveis, assista com
BULGARELLI, Reinaldo. As diferenças e as semelhanças. In: site da
eles ao seguinte vídeo: Revista Onda Jovem, 2007. Disponível em: http://goo.gl/lVGTO
••Campanha – Em cada diferença a igual- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. In: site da
Presidência da República, 1988. Disponível em: http://goo.gl/UX40
dade. In: site do Movimento Nacional de
DHNET Direitos Humanos na Internet (site). Direitos Fundamentais. In:
Direitos Humanos, 2007. Disponível em: Curso de Educação em Direitos Humanos, s/d. Disponível em: http://
http://goo.gl/rTvvu goo.gl/jOWfz
ÉRNICA, Maurício E. (org.). Pluralidade cultural: valor da diferença. In:
Portal Educarede. Disponível em: http://goo.gl/aip0t
aa Oriente-os a registrar no fichário pessoal do Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não
projeto, sob o título de “Somos todos iguais garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus
perante a lei” (Livro do Aluno, p. 36), a visão conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
que têm a respeito do assunto.
67
sequência didática 2.4:
preconceito
Objetivo da sequência didática:
68
aprendendo a conviver
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
Atividades propostas
1. Julgar sem conhecer | 2 horas-aula
2. Eu também sou igual a você | 2 horas-aula
69
Atividade 1 aa Converse com eles sobre a seguinte definição:
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ati- aa Explique que, em geral, o preconceito está asso-
vidades que serão desenvolvidas. Explique que ciado a atitudes de discriminação ou rejeição de
estudarão um aspecto desafiador da convivência com pessoas, grupos e ideias em relação a temas sensíveis
outras pessoas, que é o preconceito. como sexualidade, gênero, etnia, nacionalidade,
religião, costumes, deficiências, dentre outros.
aa Comece perguntando aos jovens se alguma vez
na vida opinaram ou julgaram antecipadamente aa Peça-lhes que relatem situações envolvendo pre-
uma pessoa ou um assunto sem conhecê-los de fato. conceito que tenham vivenciado ou presenciado. Se
Peça-lhes que deem exemplos da vida cotidiana. alguém do grupo já houver vivenciado algum tipo de
preconceito e quiser relatar sua experiência, peça
aa Após as colocações, mostre que, em muitas
ocasiões, emitimos uma opinião e influenciamos respeito dos demais durante seu depoimento.
as pessoas ao nosso redor sem ter conhecimento aa Estimule-os a analisar as situações apresentadas,
de todos os detalhes sobre o assunto. Explique colocando-se no lugar daquele que sofre a agressão.
que opinião sem conhecimento tem um nome: Sugira que imaginem as sensações, os sentimentos
preconceito. e os pensamentos que a pessoa experimenta nesses
momentos.
aa Explique que o preconceito, de qualquer tipo,
provoca sentimentos de inferioridade, vergonha ou
inadequação social, por parte de quem o sofre. Por
outro lado, quem o pratica coloca-se em posição de
superioridade, estabelecendo diferenças que, na ver-
dade, não existem, ferindo a dignidade do outro.
70
aprendendo a conviver
71
Atividade 2 aa Explique que esse texto foi usado na campanha
“Igual a você”, veiculada em 2009, em emissoras de
Eu também sou igual televisão de todo o Brasil, e desenvolvida pelo Pro-
grama das Nações Unidas para HIV e AIDS – UNAIDS
a você Brasil, em parceria com diversas organizações da
sociedade civil.
| 2 horas-aula |
aa O objetivo da campanha era chamar a atenção da
população brasileira para a defesa dos direitos de
aa Relembre a definição de preconceito trabalhada
na atividade anterior e explique que aprofundarão o pessoas que, diariamente, sofrem com o precon-
estudo sobre o assunto. ceito, como gays, lésbicas, portadores do vírus HIV,
população negra, profissionais do sexo, refugiados,
transexuais e travestis, usuários de drogas, dentre
outros.
Dinâmica aa Se houver recursos, assista com eles a alguns
vídeos produzidos, discutindo sua impressão sobre
aa Inicie o encontro propondo a vivência da dinâmica
“Igual a você”: a participação de pessoas que vivem a realidade do
preconceito:
••Divida-os em grupos.
••Diga-lhes que elaborem uma campanha publicitá- ••Refugiados. In: canal UNAIDS Brasil no YouTube,
ria de combate ao preconceito, no rádio ou na TV, 2009. Disponível em: http://goo.gl/Z15wL
a partir do seguinte texto: ••Lésbicas. In: idem, 2009. Disponível em:
Igual a você, tenho amigos, família http://goo.gl/HBWn8
••População negra. In: idem, 2009. Disponível em:
Tenho projetos, trabalho, planos http://goo.gl/3JRy2
Tenho fé, crença, esperanças ••Campanha – Igual a você. In: idem, 2009. Todos os
Tenho amor vídeos. Disponível em: http://goo.gl/cxNhF
Tristeza, alegria, opinião
Lembranças
Tenho sonhos e desejos
Tenho responsabilidades e direitos
Igual a você, quero respeito.
••Faça com que os grupos apresentem suas ideias.
72
aprendendo a conviver
aa A seguir, peça-lhes que, em dupla, discutam a aa Encerre a atividade explicando que existem
seguinte questão, registrando as opiniões em folhas inúmeras iniciativas de âmbito mundial contra o pre-
de papel: conceito, como a “Declaração de princípios sobre a
••O que posso fazer para conviver melhor com pes- tolerância”, aprovada e promulgada pela Conferên-
soas próximas a mim, que pensam e agem de modo cia Geral da Organização das Nações Unidas em 1995
diferente do meu? (UNESCO, s/d).
aa Apresente a eles parte do primeiro item do artigo
aa Faça com que compartilhem suas conclusões, for- 1o desta declaração, procurando fazer relação com a
mando um grande painel. visão resultante do painel elaborado pelos jovens:
aa Explique aos jovens que esse resultado compõe a “A tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço
visão da classe sobre como conviver com a diversidade da riqueza e da diversidade das culturas de nosso
e aponta caminhos para aprendermos a aceitar melhor mundo, de nossos modos de expressão e de nossas
as diferenças e combater o preconceito contra pessoas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres
e culturas. humanos. É fomentada pelo conhecimento, a
abertura de espírito, a comunicação e a liberdade
de pensamento, de consciência e de crença. A tole-
rância é a harmonia na diferença...”
aa Oriente-os a registrar no fichário pessoal do
projeto, sob o título de “Construindo a tolerância”
(Livro do Aluno, p. 39), a opinião que têm sobre a
declaração das Nações Unidas.
Referências
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Relações raciais no cotidiano escolar: implicações para a subjetividade e a afetividade. In: Projeto A Cor da Cultura,
Saberes e Fazeres, Caderno 1 – Modos de Ver. Fundação Roberto Marinho, 2006. Disponível em: http://goo.gl/oyIZo
MENEZES, Luiz C. Diferenças: respeito versus preconceito. In: Portal Nova Escola. Edição Dezembro de 2009. Disponível em: http://goo.gl/nOLq2.
MENEZES, Waléria. O preconceito racial e suas repercussões na instituição escola. In: site da Fundação Joaquim Nabuco, 2002. Disponível em: http://
goo.gl/EbfZn
UNESCO. Declaração de princípios sobre a tolerância (1995). In: site Comitê da Cultura de Paz, s/d. Disponível em: http://goo.gl/3uiRD
UNESCO. Declaração sobre a raça e os preconceitos raciais (1978). In: site DHNET Direitos Humanos na Internet, s/d. Disponível em: http://goo.gl/PdXat
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos
permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
73
Atividade culminante aa Ao final, converse com eles sobre o conjunto de
ideias anotadas, relacionando-as com o objetivo
proposto no início.
TEMA CENTRAL
74
aprendendo a conviver
Em branco
Em b
ran
co
aa Cada desafio deve ser escrito em uma folha de aa Todos os grupos devem chegar ao fim do tabuleiro.
papel. As folhas devem estar dispostas na forma de
aa Ao final, converse com eles sobre os desafios não
trilha, como indicado no desenho acima. respondidos.
aa Cada grupo deve indicar um jogador, que pode aa Estimule-os a falar sobre os aprendizados ao
ser substituído ao longo do jogo. O objetivo é atra- longo do jogo, como:
vessar a trilha e responder aos desafios, usando um
dado para avançar nas casas. • Os desafios mais fáceis e os mais difíceis.
aa Reserve cinco casas em branco, no início e no • Os valores pessoais expressos nas respostas.
final da trilha, a fim de assegurar que os primeiros • A forma como o respeito à diversidade foi
e últimos desafios também sejam lidos. Se o dado trabalhada.
indicar uma casa em branco, o jogador deverá
responder ao desafio que estiver mais próximo, aa Diga-lhes que registrem, no caderno ou fichário
pessoal do projeto, sob o título “Convivência e pro-
avançando ou retornando à trilha, conforme sua
jeto de vida”, os princípios, abordados no jogo, que
posição no começo ou no final.
consideram essenciais para sua trajetória futura.
aa A cada rodada, avalie com a turma o desem-
penho dos jogadores em relação ao cumprimento
dos desafios. Os desafios lidos devem ser retirados
do tabuleiro.
Data:..../..../....
convivência e
projeto de vida
75
unidade de estudo 3
| Cidadania | Ética | Moral | Direitos
unidade de estudo
76
cidadania
e ética
77
TEMA CENTRAL
Cidadania e Ética
OBJETIVO GERAL
Refletir sobre o compromisso de participação social
do cidadão para o desenvolvimento da comunidade
e do país onde vive.
ESCOPO DE ATIVIDADES
78
CIDADANIA E ÉTICA
Habilidades:
• Compreender o conceito de cidadania e a importância de seu
papel como cidadão para o desenvolvimento da sociedade.
• Compreender a importância da Ética e da Moral para a vida em
sociedade.
• Considerar, na construção do projeto de vida, a contribuição
para o bem comum, além dos objetivos de interesse pessoal.
• Participar da vida social de forma assertiva e responsável.
79
sequência didática 3.1:
eu, cidadão
Objetivo da sequência didática:
80
CIDADANIA E ÉTICA
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Reconheça-se como parte integrante da comu-
nidade e da sociedade em que vive, em relação de
interdependência com outras pessoas.
aa Compreenda o conceito de cidadania e a impor-
tância de seu papel como cidadão, pelo exercício de
direitos e deveres.
aa Sinta-se em condições de participar da vida social
de forma assertiva e responsável.
Temas abordados
aa Convivência
aa Interdependência
aa Vida em sociedade
aa Cidadania
aa Direitos e deveres
Atividades propostas
1. Faço parte de um mundo maior | 2 horas-aula
2. Cidadania | 2 horas-aula
81
Atividade 1
82
CIDADANIA E ÉTICA
aa Pergunte se são capazes de registrar em números a A sua hipótese era de que duas pessoas que não
quantidade de pessoas com quem se relacionam coti- se conhecem podem se conectar por meio de uma
dianamente e que têm significado importante em sua rede de amigos ou conhecidos comuns. Na experi-
vida. Estimule-os a refletir sobre seus relacionamen- ência, 64 pacotes chegaram às mãos do corretor,
tos nas redes sociais, que laço os une a seus amigos depois de passar, em média, por seis pessoas que
ou seguidores. se conheciam.
aa A seguir, apresente e discuta com eles a hipótese O estudo ficou conhecido como a “teoria dos seis
dos seis graus de separação nas redes sociais, pro- graus de separação” e se popularizou rapida-
posta nos anos 1960: mente. Inspirou uma peça de teatro, e diversos
filmes e documentários. Em 1996, o matemático
O psicólogo americano Stanley Milgram (1933-
Brett Tjaden, com base nessa hipótese, criou um
1984) trabalhou como pesquisador e professor
aplicativo para internet chamado “Oráculo de
nas Universidades Yale e Harvard, dois impor-
Bacon” (disponível em: http://goo.gl/csWP),
tantes centros de pesquisa nos EUA. Em 1967,
demonstrando que há pouquíssimos graus de
realizou um estudo científico que chamou de
separação entre o ator americano Kevin Bacon (do
“Small World Experiment”, baseado na expressão
filme “Apolo 13”) e qualquer outro ator de cinema,
popular “o mundo é pequeno”.
americano ou não, com base nos filmes em que
Nessa experiência, o pesquisador enviou alea- atuaram juntos. A hipótese foi testada por outros
toriamente 296 pacotes a pessoas nas cidades estudiosos em situações específicas, como redes
de Nebraska e Boston. Nos pacotes, havia a de cientistas e de funcionários de empresas.
instrução para o encaminharem a um amigo ou
Recentemente, a pesquisa de Milgram foi questio-
conhecido até chegar a uma pessoa que prova-
nada por outros cientistas (DEVITA–RAEBU, 2008),
velmente desconheciam: um corretor da Bolsa
principalmente em função do tamanho reduzido
de Valores de Boston.
da amostra e do nível sociocultural das pessoas
envolvidas, colocando em dúvida a conclusão de
que estamos realmente conectados.
Há uma interessante experiência em curso para
comprovação dessa hipótese, lançada em 2011
pelo provedor de serviços na internet Yahoo!,
chamada “Small World” (disponível em http://goo.
gl/1iKv0). O projeto envolve cerca de 750 milhões
de usuários da rede social Facebook e pretende
mapear por quantas pessoas uma mensagem
precisa passar para chegar a um desconhecido de
um país qualquer.
83
aa Discuta com eles as implicações da ideia de con- Atividade 2
vivermos juntos no mundo e do fato de, de alguma
forma, estarmos inter-relacionados uns com os outros. Cidadania
Questione-os:
Quais benefícios, riscos e responsabilidades a convi- | 2 horas-aula |
vência em sociedade traz para cada um de nós?
aa Se houver recursos disponíveis, assista com eles ao aa Inicie o encontro explicando que aprofundarão
vídeo institucional da organização WWF (World Wide o estudo sobre a importância da convivência em
Fund For Nature), que aborda o assunto: sociedade, refletindo a respeito do seu papel como
cidadãos.
We are all connected. In: site YouTube, 2011. Dispo-
nível em: http://goo.gl/iRxmg aa Apresente aos jovens a música “A cidade ideal”, de
Chico Buarque, que faz parte da peça teatral infantil
aa Encerre a atividade pedindo para registrarem no “Os Saltimbancos” (1977), explicando antes que:
fichário pessoal do projeto, sob o título de “Faço
parte de um mundo maior” (Livro do Aluno, p. 44), Trata-se de um musical inspirado no conto “Os
sua visão sobre o lugar que ocupam ou esperam ocu- Músicos de Bremen”, recolhido pelos Irmãos
par no mundo. Grimm, sobre um grupo de animais que se rebela
contra a situação de opressão e sofrimento em que
vivem e partem juntos, em viagem, em busca de
uma cidade ideal.
SOCIAL
REDE
84
CIDADANIA E ÉTICA
85
aa A partir da situação apresentada, oriente-os a cons- aa A seguir, apresente alguns dos principais direitos e
truir, em dupla, definições para cidadania e cidadão. deveres previstos pela Constituição:
Diga-lhes para registrarem as ideias no quadro, em Deveres:
duas colunas.
••Cumprir as leis.
aa Após as exposições, explique que ambas as pala- ••Votar para escolher nossos governantes.
vras derivam do latim civita, que significa cidade.
••Respeitar os direitos sociais de outras pessoas.
Na Roma Antiga, cidadãos eram os habitantes das
cidades, e cidadania eram os direitos que tinham ou ••Educar e proteger nossos semelhantes.
podiam exercer. ••Proteger a natureza.
••Proteger o patrimônio público e social do país.
aa Em seguida, apresente e discuta com eles as seguin- ••Colaborar com as autoridades.
tes definições para esses termos, comparando-as com
as que elaboraram anteriormente:
Direitos:
Cidadão: indivíduo que, como membro de um
Estado, usufrui de direitos civis e políticos garanti- ••Homens e mulheres são iguais em direitos e
dos pelo mesmo Estado, e desempenha os deveres obrigações.
que, nesta condição, lhe são atribuídos. ••Saúde, educação, moradia, segurança, lazer, ves-
Cidadania: condição da pessoa que, como membro tuário, alimentação e transporte são direitos dos
de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe cidadãos.
permitem participar da vida política. ••Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer
In: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2009.
alguma coisa senão em virtude de lei.
••Ninguém deve ser submetido à tortura nem a tra-
aa Explique que a ideia da cidadania pressupõe a tamento desumano ou degradante.
existência de interesses comuns ou coletivos que o ••A manifestação do pensamento é livre, sendo
cidadão deve respeitar e defender por meio da sua vedado o anonimato.
atuação na vida pública. Envolve o exercício efetivo ••A liberdade de consciência e de crença é inviolável,
dos direitos civis, políticos e socioeconômicos, assim sendo assegurado o livre exercício dos cultos reli-
como a participação e a contribuição para o bem-estar giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
da sociedade. locais de culto.
aa Mostre que a cidadania é processo contínuo e de
construção coletiva. Por exemplo: o fato de existir um In: Portal Brasil (Presidência da República),
seção Cidadania, 2011(www. brasil.gov.br).
Código de Proteção ao Consumidor não significa o fim
das situações de desrespeito ao consumidor. Para que
tais direitos se tornem efetivos é preciso que os cida-
dãos exijam o cumprimento das leis.
86
CIDADANIA E ÉTICA
Referências
ARAÚJO, Silvia Maria. Indivíduo e sociedade. In: CORDI, Cassiano e outros. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000. Capítulo 6.
BBC Brasil. Estudo revive teoria dos seis graus de separação. In: site BBC Brasil, 2008. Disponível em: http://goo.gl/WeCfK
CANDAU, Vera Maria e outros (org.). Tecendo a cidadania – oficinas pedagógicas de direitos humanos. São Paulo: Vozes, 2000.
DEVITA–RAEBU, Elizabeth. If Osama’s only 6 degrees away, why can’t we find him? In: site da revista Discover Magazine, 2008. Disponível em: http://goo.gl/RmzJt
DALLARI, Dalmo de A. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998.
FOLHA DE S.PAULO. Yahoo e Facebook testam a hipótese dos seis graus de separação. In: site Folha.com, 2011. Disponível em: http://goo.gl/zygsT
GRECO, Alessandro. Conectados. In: revista Superinteressante, 2004. Disponível em: http://goo.gl/DCM1n
SOUZA, Vilma. Espaços de viver e conviver. In: revista Onda Jovem, 2008. Disponível em: http://goo.gl/9baS5
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos
permaneçam inalterados. Sites acessados em: 10/02/2012.
87
sequência didática 3.2:
Ética, moral
e vida em sociedade
Objetivo da sequência didática:
88
CIDADANIA E ÉTICA
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Compreenda o significado de ética e moral como
princípios e regras de conduta para a convivência em
sociedade.
aa Consiga identificar a aplicação cotidiana desses
princípios e regras de conduta nos grupos sociais dos
quais participa.
aa Sinta-se em condições de participar da vida social
de forma assertiva e responsável.
Temas abordados
aa Convivência
aa Vida em sociedade
aa Cidadania
aa Ética e moral
Atividades propostas
1. Ética e moral | 2 horas-aula
2. Códigos de ética | 2 horas-aula
89
Atividade 1 aa Explique que esse tipo de situação é chamado de
dilema ético e sempre envolve uma escolha baseada em
Ética e moral valores morais. Em um dilema, ambas as opções apresen-
tam justificativas consistentes, o que torna a decisão,
| 2 horas-aula | quase sempre, muito difícil.
aa Mostre também que as diferentes opiniões a res-
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ati- peito do caso acima refletem os distintos valores
vidades que serão desenvolvidas. Explique que morais que orientam a conduta pessoal. Isso ocorre
estudarão o significado e a importância da ética e da porque cada indivíduo constrói ao longo da vida um
moral nas relações de convivência em sociedade. sistema próprio de valores, com base na educação
familiar, formação religiosa, experiências, visão de
aa Pergunte o que entendem por ética, de que
maneira utilizam essa palavra e em quais contextos mundo etc. Pessoas diferentes enxergam o mundo
escutaram outras pessoas dela fazendo uso. Registre sob pontos de vista diferentes.
no quadro as ideias principais.
aa Apresente aos jovens o
seguinte dilema relacionado ao Dinâmica
tema:
aa Proponha a vivência da dinâmica “Dilema ético na
É certo uma pessoa roubar escola”, baseada em uma proposta do Ministério da
um remédio caro para salvar Educação (LODI, 2003):
a vida de alguém? aa Peça aos jovens que dramatizem a seguinte
situação:
aa Faça com que, em duplas, ••Na aula de Educação Física, durante a escolha de
discutam o caso, analisando jogadores para a montagem de times de futebol,
como agiriam se estivessem dois jovens iniciam uma discussão.
nessa situação. Discuta com ••Um deles afirma que o colega é um “ perna de
eles as conclusões, valorizando pau” e não deve participar do seu time. O outro,
os pontos de vista colocados, a princípio, fica sem reação. Depois, tenta conver-
que poderão ser diferentes. sar, afirmando que pretende permanecer no time.
Ambos são irredutíveis em suas posições. A con-
versa se transforma em discussão.
90
CIDADANIA E ÉTICA
••Uma colega, que assiste à cena, toma partido do aa A seguir, retome o caso da aula de Educação
primeiro, dizendo que o outro, de fato, joga muito Física estudado e discuta com eles as maneiras de
mal e deve sair do time. Outro colega, também reduzir a ocorrência de conflitos futuros, a partir
presente à cena, toma partido do segundo, defen- das seguintes questões:
dendo o direito de todos jogarem.
••A professora chega durante a discussão e tenta 1. Que vida queremos viver entre nós?
mediar o conflito. 2. Como devemos agir para que isso aconteça?
aa Em seguida à apresentação, converse com eles
sobre a postura dos personagens, os possíveis motivos aa Após essa discussão, retome a definição de ética
que desencadearam a discussão e a solução proposta elaborada pelos jovens e introduza a ideia de moral,
para o conflito. que é conceito bem parecido. Explique que não há
consenso entre os especialistas sobre essas defi-
aa Explique que esse pequeno exercício de nego-
ciação sobre valores e regras de convivência nições. As pessoas, de modo geral, usam ambas as
acontece cotidianamente em qualquer grupo palavras indistintamente.
social, de uma família a uma nação. Toda socie- aa Para efeito deste projeto, contudo, adotaremos
dade precisa de normas morais comuns a fim de as seguintes definições:
assegurar o seu funcionamento, a estabilidade nas
relações sociais e a possibilidade de melhorá-la Ética:
(BÓRIO, 2000). Conjunto de princípios e valores em determi-
aa Se cada pessoa impusesse ao mundo sua própria nado contexto de relações sociais (“Que vida
visão sobre o que é o certo e o que é o errado, a vida em queremos viver?”).
sociedade seria inviável. Somos seres associativos, pre-
cisamos uns dos outros para sobreviver. Desse modo, Moral:
devemos estabelecer acordos sobre “que vida queremos
viver” uns com os outros, e sobre “como devemos agir” Conjunto de regras e normas de conduta para
em relação a eles, a fim de viabilizar a vida em sociedade aplicação desses princípios e valores (“Como
(La Taille, 2007). devemos agir?”).
91
aa Destaque alguns pontos importantes: Atividade 2
••Ética e moral são imprescindíveis à vida em socie-
dade (BÓRIO, 2000). Códigos de Ética
••Regras e normas de conduta são relativas e especí-
ficas, variam conforme as necessidades dos grupos | 2 horas-aula |
sociais e podem se modificar ao longo do tempo
(idem). aa Inicie o encontro destacando que estudarão a apli-
••Princípios éticos estão sempre associados ao bem cação cotidiana da ética e da moral nas relações de
comum e a ideais, como dignidade, justiça e gene- convivência no mundo do trabalho e na sociedade.
rosidade (La Taille, 2007).
aa Apresente novamente aos jovens as definições tra-
aa Encerre a atividade pedindo aos jovens para balhadas na atividade anterior:
registrarem no fichário pessoal do projeto, sob o
título de “Ética e moral” (Livro do Aluno, p. 49), por Ética:
meio de textos ou desenhos, os princípios éticos e Conjunto de princípios e valores em determinado
as regras de conduta moral que gostariam de ver contexto de relações sociais (“Que vida queremos
observados nos grupos sociais de que participam, viver?”).
como família, amigos e escola.
Moral:
Conjunto de regras e normas de conduta para apli-
cação desses princípios e valores (“Como devemos
agir?”).
92
CIDADANIA E ÉTICA
aa Diga-lhes que discutam, em grupos, o seguinte aa A seguir, peça aos jovens que, em grupos, leiam e
problema: discutam os exemplos abaixo:
A escola em que você estuda definiu como princípio
ético que nenhuma pessoa deveria ser tratada de Exemplo 1
forma injusta por um adulto ou por um aluno. Em PRINCÍPIOS ÉTICOS DA
outras palavras: todos deveriam ser justos uns com os REPÚBLICA DO BRASIL
outros. A Constituição Federal do Brasil, no seu artigo 1o, Capí-
Porém, como fazê-lo? Quais regras de conduta tulo I, preconiza como fundamentos da República, dentre
devem ser adotadas a fim de colocar em prática esse outros aspectos, a dignidade da pessoa humana e o plu-
princípio? ralismo político:
“Art. 1o A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
aa Se for o caso, a fim de estimulá-los nessa reflexão,
apresente alguns exemplos: Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
Ninguém deve ser acusado sem provas. I – a soberania;
II – a cidadania;
A todos deve ser assegurado o direito de defesa.
III – a dignidade da pessoa humana;
Ao julgar a atitude de alguém, devem ser conside- IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
rados todos os interesses envolvidos. V – o pluralismo político”.
A ideia de dignidade da pessoa humana (inciso III) pres-
aa Faça os grupos apresentarem suas regras de con- supõe o valor moral do respeito, sem qualquer tipo de
duta, registrando-as no quadro. Reforce o aspecto humilhação ou discriminação. É o princípio básico de con-
relativista da moral, que pode variar conforme o vivência. Na sociedade brasileira, não é permitido tratar o
grupo ou a cultura das pessoas envolvidas. outro de forma preconceituosa ou como inferior.
Da mesma forma, a ideia de pluralismo político (inciso V)
aa Explique que esse tipo de acordo social, combi- pressupõe o valor moral da liberdade para cada cidadão
nando princípios éticos e normas ou regras de conduta
expressar suas opiniões e se organizar em torno delas.
moral, é adotado em diversos contextos sociais.
Esse princípio assegura a expressão da diversidade de
aa A Constituição brasileira, por exemplo, possui um valores, costumes, crenças e manifestações religiosas que
capítulo inicial com princípios gerais e um conjunto caracterizam a sociedade brasileira.
extenso de regras definindo direitos e deveres para Esses e outros princípios indicam a conduta esperada dos
todos os cidadãos. Em empresas, é comum a adoção de cidadãos brasileiros nas situações de convivência social.
um enunciado de valores, ou Código de Ética ou de Con-
duta, que deve ser seguido por todos os funcionários.
93
Exemplo 2
CÓDIGO DE ÉTICA DO ITAÚ UNIBANCO
Este documento é um compromisso público que reflete os
valores que a empresa quer preservar em suas práticas orga-
nizacionais. Compreende quatro grandes princípios e uma
série de regras de conduta que orientam sua aplicação por
todos os funcionários.
In: Código de Ética Itaú Unibanco, 2010. Disponível em: http://goo.gl/EFlFU e http://goo.gl/8yxZ8
94
CIDADANIA E ÉTICA
aa Peça aos grupos para compartilharem suas impres- aa Desse modo, a ética e a moral fazem parte da vida
sões sobre os dois exemplos. Questione-os se fazem cotidiana, em qualquer situação em que duas ou mais
sentido para eles e se sentem que é possível aplicá-los pessoas se relacionam socialmente.
na vida social e no mundo do trabalho.
aa Encerre a atividade pedindo aos jovens para regis-
aa Explique que, no caso da Constituição Federal, os trarem no fichário pessoal do projeto, sob o título de
princípios éticos estão refletidos em direitos e deve- “Meu Código de Ética” (Livro do Aluno, p. 51), por meio
res que devem ser seguidos por todos os cidadãos e de textos ou ilustração, princípios e regras de conduta
fundamentam o conjunto de leis adotadas no país, que consideram essenciais à vida em sociedade.
como o Código Civil e o Código Penal.
aa No mundo do trabalho, o enunciado de Valores ou
Código de Ética ou Conduta das empresas são docu-
mentos públicos e podem ser acessados nos sites
institucionais. A não observância pelos funcionários
dos princípios e regras ali definidos resultaria em
advertências ou outros tipos de punição.
Referências
BÓRIO, Elisabeth M. A moral nossa de cada dia. In: CORDI, Cassiano e
outros. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000. Capítulo 3.
CANAL FUTURA. Ética – parte 1. Série especial concebida e apresentada
pelo filósofo Renato Janine Ribeiro. In: site Futuratec/Canal Futura, 2011.
Disponível em: http://goo.gl/ZoYb5
COSTA, Antonio C. G. da, e VIEIRA, Adenil. In: Protagonismo juvenil:
adolescência, educação e participação democrática. São Paulo: FTD, 2006.
LA TAILLE, Yves de. Ética, direito, deveres e virtudes. In: site Centro de
Referência Virtual do Professor do Estado de Minas Gerais/Biblioteca
virtual, s/d. Disponível em: http://goo.gl/nIZAu
Pensando a ética. In: Jornal Extra Classe, Porto Alegre, n. 111, mar. 2007.
Entrevista. Disponível em: http://goo.gl/aNOvd
LODI, Lucia H. Ética e cidadania: construindo valores na escola e na
sociedade. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos: Ministério
da Educação, 2003. In: site Organização dos Estados Ibero-americanos.
Texto em formato PDF. Disponível em: http://goo.gl/Hq92F
NETO, Roque do C. A. Sobre formação de professores e o desafio da ética
e da moral. In: site da Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID),
2008. Artigo acadêmico. Texto em formato PDF. Disponível em: http://
goo.gl/B6uzf
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não
garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus
conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em: 10/02/2012.
95
sequência didática 3.3:
Participação na
vida social
Objetivo da sequência didática:
96
CIDADANIA E ÉTICA
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
Atividades propostas
1. Projeto de vida e sociedade | 2 horas-aula
2. Formas de participação na vida social | 1 hora-aula
3. Voluntariado | 1 hora-aula
97
Atividade 1
98
CIDADANIA E ÉTICA
99
aa Exemplifique relacionando educação e participação aa Se houver recursos disponíveis, assista com eles ao
social: seguinte vídeo, que registra a vida de professores, alunos
Sabe-se que a baixa escolaridade da população e pais de alunos de cinco países considerados bem-suce-
brasileira compromete não somente as perspecti- didos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos
vas de futuro dos jovens como o desenvolvimento (PISA) da Organização para Cooperação e Desenvolvi-
de todo o país. Uma ação coordenada entre mento Econômico (OCDE), e também do Brasil:
governo, escolas, famílias e jovens transforma- DESTINO: EDUCAÇÃO. Diferentes países. Diferentes
ria esse cenário, trazendo benefícios para toda a respostas. In: canal no YouTube do SESI, 2011. Docu-
sociedade, como: mentário produzido pelo Canal Futura, em parceria
••Maior oferta de mão de obra qualificada para o com o SESI. Disponível em: http://goo.gl/CGmcw
mundo do trabalho. aa Discuta com eles os exemplos desses países, em que
••Maiores estímulos para inovação científica e a educação pública é tratada como prioridade, ou um
empreendedorismo. bem comum, por toda a sociedade, inclusive por famí-
••Maior participação da sociedade nas decisões lias e jovens. Ressalte as iniciativas de apoio mútuo
políticas. entre escolas mais fortes e mais fracas, a fim de que
todos atinjam um objetivo comum.
••Melhores condições de saúde da população.
••Menores taxas de violência etc. aa Mostre que, mesmo entre os países mais desenvol-
vidos em termos de educação, há a percepção de que
muito mais pode ser feito.
aa Encerre a atividade pedindo aos jovens para regis-
trarem no fichário pessoal do projeto, sob o título de
“Projeto de vida e sociedade” (Livro do Aluno, p. 54),
por meio de textos ou ilustração, em que medida seu
projeto de vida pessoal contempla o bem comum.
100
CIDADANIA E ÉTICA
101
Forma de participação: Grêmio estudantil
O que é: Conjunto de ações realizadas de forma espontânea e não remunerada por pessoas que
doam seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse social e comunitário.
Perguntas: Que tipo de ações de voluntariado podem ser desenvolvidas por jovens?
Quais os benefícios para os jovens e para a sociedade?
O que é: Forma de escolher os representantes da nossa Nação por meio de votação para cargos do
Poder Legislativo (vereador, deputado estadual, deputado federal e senador) e do Poder
Executivo (prefeito, governador e presidente).
102
CIDADANIA E ÉTICA
103
••Por exemplo: quem tem interesse em atuar em
questões ambientais faria uma camiseta com os
Dinâmica dizeres: “SOS Florestas”.
••Ao final, faça os jovens apresentarem seus proje-
aa Proponha a vivência da dinâmica “Qual a sua causa?”: tos uns para os outros, justificando suas escolhas.
••Divida os jovens em duplas para conversarem sobre
as causas de interesse social ou comunitário que gos-
aa Após as apresentações, explique que a definição de uma
tariam de apoiar por meio de ação de voluntariado. causa de interesse social ou comunitário é o ponto de par-
••Diga-lhes que, individualmente, desenhem o tida para a participação social por meio do voluntariado.
contorno de uma camiseta em uma folha de
aa A seguir, peça-lhes para lerem e discutirem as
papel e criem uma frase ou desenho para pro- seguintes informações práticas sobre o trabalho
moção dessa causa. voluntário:
Quais as principais obrigações •• Contribuir com seu tempo, trabalho e talento para
de um voluntário? concretização dos objetivos do projeto ou organização para
a qual pretende atuar.
•• Cumprir os compromissos livremente assumidos com
dedicação, assiduidade e pontualidade.
•• Exercer suas atividades mediante a celebração de termo
de adesão, com a descrição do objeto e das condições de
trabalho, conforme determina a Lei do Voluntariado.
104
CIDADANIA E ÉTICA
Referências
ANDRÉ, Simone. Jovens: vida política. In: Revista Onda Jovem, 2006. Disponível em: http://goo.gl/ShKjX
ARAÚJO, Silvia Maria. Indivíduo e sociedade. In: CORDI, Cassiano e outros. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000. Capítulo 6.
CARRANO, Paulo. Formas e conteúdos da participação de jovens na vida pública. In: site Observatório Jovem, Universidade Federal
Fluminense, 2008. Disponível em: http://goo.gl/V4ZBn
CENTRO DE VOLUNTARIADO DE SÃO PAULO. O que é ser um voluntário. In: site da organização, s/d. Disponível em: http://goo.gl/INYhn
CONEXÃO ALUNO. Saiba como criar um grêmio estudantil. In: site do projeto, Governo do Estado do Rio de Janeiro, s/d. Disponível em:
http://goo.gl/ICzxc
ESTEVES, Sérgio A. P. Por um projeto de nação. In: Revista Onda Jovem, 2005. Disponível em: http://goo.gl/UhL1G
FREITAS, Felipe da Silva. Votos aos 16: uma conquista do povo brasileiro. In: site Mundo Jovem, s/d. Disponível em: http://goo.gl/7RbL1
LOMONACO, Beatriz P. e outros. Cidadania. In: Mundo Jovem. São Paulo. Fundação Tide Setúbal, 2008.
ONDA JOVEM. Juntos, somos muitos. In: site da Revista Onda Jovem, 2006. Plano de aula sobre direitos e participação social. Disponível
em: http://goo.gl/2iUzf
SILVA, Enid R. A. Participação social e as conferências nacionais de políticas públicas: reflexões sobre os avanços e desafios no período de
2003-2006. In: site do IPEA, Texto para discussão no 1378, 2009. Arquivo em formato PDF. Disponível em: http://goo.gl/HTMmb
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou
que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em: 10/02/2012.
105
sequência didática 3.4:
documentação e
trabalho formal
Objetivo da sequência didática:
106
CIDADANIA E ÉTICA
Resultados esperados
Ao final desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Compreenda a importância dos documentos do
cidadão para sua identidade ser reconhecida pela
sociedade.
aa Entenda o objetivo, a importância e a forma de
conseguir esses documentos, organizando-se a fim
de obter os que ainda não possui.
aa Compreenda a diferença entre o mundo do traba-
lho formal e o informal, e os riscos da informalidade
para o trabalhador e para o país.
Temas abordados
aa Documentos básicos do cidadão
aa Mundo do trabalho formal e informal
Atividades propostas
1. Documentos do cidadão | 2 horas-aula
2. Trabalho formal e informal | 2 horas-aula
107
Atividade 1 ••Ao final, converse com eles sobre a oportunidade
que tiveram de conhecer um pouco mais da iden-
Documentos do tidade de cada um.
108
CIDADANIA E ÉTICA
aa Peça-lhes que listem os principais documentos que aa Após as apresentações dos grupos, levante com os
conhecem e consideram essenciais para o exercício da jovens quais documentos estudados acima ainda não
cidadania, justificando a indicação. possuem e proponha um mutirão para todos os parti-
cipantes completarem a sua documentação.
aa A seguir, diga-lhes que, em grupos, estudem as
informações descritas nas fichas abaixo sobre os prin-
cipais documentos do cidadão, a fim de apresentar aos
colegas. Eles devem acrescentar informações adicio-
nais com base em suas vivências. Por exemplo: se têm
ou não o documento, em que situações o utilizam etc.
•• Deve ser obtida em até 15 dias após o nascimento, pelo pai ou pela mãe, em Cartório de Registro Civil
ou Posto de Prestação de Serviços ao Cidadão. Desde 2003, algumas maternidades abrem espaço aos
cartórios, para os bebês serem registrados lá mesmo.
Como obter: •• O principal documento para requerer a Certidão de Nascimento é a Declaração de Nascido Vivo,
emitida pela maternidade em que a criança nasceu.
•• Após o prazo de 15 dias, é preciso se informar sobre os procedimentos necessários no cartório de
registro mais próximo da residência do requerente.
109
Documento: Cadastro de Pessoas Físicas – CPF
•• É um registro que identifica e armazena informações do contribuinte na Receita Federal do Brasil.
Objetivo:
Cada pessoa possui um número único e definitivo no CPF.
•• Pode ser obtido em qualquer agência do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal ou dos
Correios. Na ocasião, deve ser emitido o Comprovante de Inscrição no CPF, que também poderá ser
Como obter:
impresso a partir da página da Receita Federal na internet.
•• Em junho de 2011, a Receita Federal do Brasil deixou de emitir o cartão CPF em formato plástico.
110
CIDADANIA E ÉTICA
Como obter: •• Para se obter o Título de Eleitor, o cidadão deve comparecer ao cartório eleitoral que atende ao
município ou bairro onde mora.
Importância: •• O Certificado de Alistamento Militar é um documento que identifica o cidadão e controla por quais
processos ele passou no serviço militar obrigatório inicial.
•• Os que forem dispensados após a seleção geral recebem o Certificado de Dispensa de Incorporação –
CDI. Os que forem selecionados para o serviço militar receberão Certificado de Reservista – CR após dar
baixa.
•• O CDI ou o CR podem ser exigidos em diversas situações, como:
Ao matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino;
Ao tirar passaporte e Título de Eleitor;
Ao ingressar como funcionário, empregado ou associado em instituições, empresas ou associações
ligadas ao governo.
Como obter: •• Pode ser obtido na Junta de Serviço Militar mais próxima da residência do cidadão.
•• O período de inscrição é entre 2 de janeiro e 30 de abril.
•• Após a inscrição, o jovem deve comparecer à seleção geral, feita entre julho e outubro, na data e no
local marcados no verso do Certificado de Alistamento Militar.
111
Atividade 2 aa Pergunte o que entendem por “mercado de trabalho
formal” e “mercado de trabalho informal”. Registre no
Trabalho formal quadro as ideias principais.
112
CIDADANIA E ÉTICA
O paulistano Rafael Gomes de Farias, de 23 anos, para trabalhar. Eu tinha acabado de comprar um
vive essa situação (a informalidade). Há seis anos, carro, no nome da minha mãe, e precisava de
quando estava no segundo ano do ensino médio, dinheiro para pagar as prestações”, diz ele.
decidiu parar de estudar porque não conseguia Era um trabalho informal, sem carteira assinada.
conciliar a escola com a atividade de manobrista Mesmo assim, Rafael ficou lá durante alguns
em um estacionamento, no centro de São Paulo. anos. Depois, conseguiu um contrato temporário
“Um amigo meu era dono do lugar e me chamou em um estacionamento de um grande shopping
center paulistano. Agora, faz um curso para ser
motorista de ônibus. “Ter parado de estudar difi-
culta conseguir um emprego melhor. As firmas
pedem o colegial completo”, diz o jovem, que
mora na Zona Norte da cidade e tem um filhinho
de 2 anos, o Gustavo. “Agora vai ser complicado
voltar a estudar. Todos os empregos têm período
longo e não deixam tempo para os estudos”,
afirma. “Queria ter um serviço bom que desse
para eu sustentar minha família. Acho que como
motorista de ônibus vou conseguir”.
A maioria dos jovens trabalhadores de baixa renda
fica circulando entre ocupações de curta duração
e baixa remuneração, muitas vezes no mercado
informal. Essa experiência, além de não favorecer
a conclusão da educação básica, é avaliada negati-
vamente pelos empregadores.
(VASCONCELOS, 2008)
113
O trabalhador informal é aquele que se submete a a Previdência Social, acaba perdendo o direito a
condições precárias de trabalho. benefícios fundamentais, como a aposentadoria
Como empregado, atua sem contrato ou registro por tempo de serviço, o auxílio-maternidade e o
em carteira. Recebe o salário ou remuneração “por Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
fora”, na base da confiança do empregador, sem que seria sacado, por exemplo, em caso de rescisão
as garantias de um trabalho formal, como o paga- contratual ou doença grave do trabalhador.
mento de horas extras e outras proteções previstas O emprego com registro formal gera mais despesas
em lei. para o empregador, principalmente pela obrigação
Por não recolher impostos, nem contribuir com de recolher impostos e exigência do cumprimento
de leis e regulamentações trabalhistas. O empre-
gador que recruta trabalhadores na informalidade
tenta escapar dessa obrigação para reduzir o custo
dos produtos ou serviços que comercializa.
Além de prejudicar o trabalhador, a informalidade
prejudica o desenvolvimento do país, pela redução
no recolhimento de impostos e consequente sobre-
carga no uso de serviços públicos, como Saúde e
Educação.
aa Após a leitura, peça para complementarem as duas
colunas do quadro anterior, a partir das ideias no
texto, indicando os prejuízos da informalidade para o
trabalhador e o país.
aa Retome a ideia trabalhada inicialmente, reforçando
a analogia entre o trabalho informal e a cabra-cega
(olhos vendados), e entre o trabalho formal e a brin-
cadeira de pega-pega (olhos abertos).
aa Encerre a atividade pedindo aos jovens para regis-
trarem no fichário pessoal do projeto, sob o título de
“Trabalho formal e informal” (Livro do Aluno, p. 63),
na forma de textos ou desenhos, sua visão a respeito
dessas alternativas.
114
CIDADANIA E ÉTICA
Referências
ANDRADE, Karina. O trabalho decente. In: site da Revista Onda Jovem, 2008. Disponível em: http://goo.gl/
nK6MB
GUIA DE DIREITOS. Documentos (do cidadão). In: site www.guiadedireitos.org, s/d. Disponível em: http://
goo.gl/6usJD
INSTITUTO DE ÉTICA CONCORRENCIAL (ETCO). Índice da Economia Subterrânea 2010. In: site da organização,
2011. Matérias e entrevistas sobre o assunto. Disponível em: http://goo.gl/zUtfZ
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Registro de Identidade Civil. In: site do Ministério da Justiça, s/d. Página especial sobre
o RIC. Disponível em: http://goo.gl/mNNqA
RECEITA FEDERAL. CPF: perguntas e respostas. In: site da Receita Federal do Brasil, s/d. Disponível em: http://
goo.gl/ed6KJ
Receita Federal deixa de emitir cartão CPF em formato plástico. In: site da Receita Federal do Brasil, 2011.
Disponível em: http://goo.gl/amzuZ
RIBEIRO, Roberto N. Causas, efeitos e comportamentos da economia informal no Brasil. In: site da Receita
Federal, 2000. Arquivo em formato PDF. Disponível em: http://goo.gl/AcdPy
VASCONCELOS, Yuri. A cilada do subemprego. Portal Onda Jovem (site), edição 12, setembro de 2008.
Disponível em: http://goo.gl/yb0kB
Sugestão de vídeos sobre documentos do cidadão:
PORTAL BRASIL. In: canal do Portal Brasil (governo federal) no YouTube, 2010. Série de vídeos institucionais
sobre:
Como tirar a Carteira de Trabalho: http://goo.gl/SkqRm
Como tirar a Certidão de Nascimento: http://goo.gl/a5hbO
Como tirar o CPF: http://goo.gl/8d8n2
Como tirar o Título de Eleitor: http://goo.gl/uLZYN
RIC - Registro de Identidade Civil: http://goo.gl/Ghzby
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. In: canal no YouTube do STF, 2009. Série de reportagens do Programa
Repórter Justiça sobre:
Certidão de Nascimento: http://goo.gl/GMVml
Carteira de Identidade: http://goo.gl/wJBAc
CPF, Título de Eleitor, Certificado de Reservista e outros: http://goo.gl/Jv4lt
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados
permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em: 10/02/2012..
115
Atividade culminante A Constituição federal
Vida em sociedade
Bem comum
TEMA CENTRAL Participação social
cidadania e
Voluntariado
Trabalho formal e informal
116
CIDADANIA E ÉTICA
aa Caso haja alguma dificuldade para a saída dos aa Explique também que a ação proposta deve ser
alunos, sugira que desenvolvam uma atividade que pontual, a fim de ser feita em um único dia em
beneficie a própria comunidade escolar, como: campo.
• Campanha interna de reciclagem de resíduos aa Aproveite o primeiro dia para ajudá-los a elabo-
• Atividades lúdicas para crianças mais novas rar os planos de ação. Acompanhe-os nas atividades
durante o recreio em campo.
Data:..../..../....
convivência,
ÉTICA e projeto de
vida
117
unidade de estudo 4
| Sentido do trabalho | Testes vocacionais
| Aptidões | Trabalho
| Emprego | Relações de trabalho
| Empregabilidade | Competências
| Programa de aprendizagem
118
fazendo
escolhas
no mundo
do trabalho
119
TEMA CENTRAL
fazendo escolhas
no mundo do trabalho
OBJETIVO GERAL
Oferecer um conjunto qualificado de informações e fontes de informações que permita
analisar com objetividade as oportunidades presentes e futuras do mundo do trabalho.
ESCOPO DE ATIVIDADES
Sequências didáticas Objetivos específicos
1. Escolhendo caminhos Estimular o jovem a refletir sobre a construção de um
• Sonhos de futuro projeto de vida profissional que faça sentido para si e
• Meus interesses para a sociedade, e traga satisfação à sua vida.
• Minhas vocações para o trabalho
2. Como funciona o mundo do trabalho Proporcionar ao jovem visão abrangente do mundo
• Um trabalho que faça sentido do trabalho, apresentando diversas possibilidades
• Diferença entre trabalho e emprego de atuação profissional, suas características,
• Diferentes relações de trabalho oportunidades e desafios.
3. Minha escolha profissional Orientar os jovens sobre como pesquisar na internet
• Classificação Brasileira de Ocupações informações a respeito de profissões, estimulando
• Pesquisando a profissão preferida a reflexão no que se refere ao processo de escolha
• Como chegar até lá profissional.
120
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Habilidades:
• Elaborar um projeto para a vida profissional com base em valores,
interesses e aptidões pessoais.
• Saber pesquisar em fontes diversas as possibilidades de atuação
profissional, analisando características, oportunidades e desafios.
• Identificar informações sobre primeiro emprego, Lei da
Aprendizagem e estágio profissional.
121
sequência didática 4.1:
Escolhendo caminhos
Objetivo da sequência didática:
122
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Resultados esperados
Ao fim desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Reflita sobre a importância e o sentido do trabalho
em sua vida.
aa Perceba que o trabalho, além dos benefícios
pessoais, deve contribuir de alguma forma para a
sociedade.
aa Consiga identificar em si mesmo interesses, apti-
dões e talentos que servirão de base para a escolha
profissional.
Temas abordados
aa Sonhos de futuro
aa Escolha profissional
aa Vocação
Atividades propostas
1. Sonhos de futuro | 2 horas-aula
2. Meus interesses | 1 hora-aula
3. Minhas vocações para o trabalho | 2 horas-aula
123
Atividade 1 aa Converse com eles sobre as colocações das duplas,
destacando as possíveis diferenças entre os sonhos de
Sonhos de futuro infância e de juventude. Destaque a importância do
esforço pessoal na construção do futuro profissional.
| 2 horas-aula |
aa A seguir, convide-os a discutirem uma ideia mais
abrangente de escolha profissional que procure atender,
aa Inicie o encontro destacando o objetivo das ati- além dos interesses pessoais, à necessidade de transfor-
vidades que serão desenvolvidas. Explique que mação do mundo e de desenvolvimento da sociedade.
estudarão a importância de escolher uma profissão
que faça sentido para si e para a sociedade.
Dinâmica
aa Proponha a vivência da dinâmica “Sonhos de
criança”:
••Convide os jovens a pensarem sobre a questão
abaixo, consigo mesmos, sem compartilhar com o
grupo:
Quando eu era criança, o que queria ser quando
crescesse?
••Peça-lhes para apresentarem, por meio de mími-
cas, a profissão sonhada na infância para adivi-
nhação pelo grupo.
124
fazendo escolhas no mundo do trabalho
aa Leia com eles o seguinte texto da psicóloga Maria aa Convide-os a discutirem, em grupos, outras ques-
Fátima Olivier Sudbrack, que aborda o trabalho como tões baseadas no texto da autora:
forma de participação social: ••De que forma meu trabalho contribui para o desen-
Quando trabalhamos, não somos apenas profis- volvimento da sociedade?
sionais vendendo serviços, mas pessoas que se ••De que forma meu trabalho contribui para a melho-
dedicam a algo, investindo sua energia, sua força, ria da qualidade de vida no planeta?
sua competência; neste processo, aprendemos e
••De que forma meu trabalho ajuda as pessoas com
nos transformamos - e transformamos o mundo.
quem me relaciono a serem mais felizes?
O trabalho, então, está diretamente relacionado à
nossa identidade, pessoal e social, pois por meio ••O que sei ou gostaria de saber fazer que contribui-
dele nos desenvolvemos e construímos nossa ria para um mundo mais justo?
imagem como cidadãos produtivos e, portanto, ••Em que profissão consigo vislumbrar meu lugar e
úteis para a sociedade. meu papel social no mundo?
É preciso difundir esta visão do trabalho como
forma de participação e de construção social a aa Oriente os grupos a compartilharem suas conclu-
partir de um compromisso pessoal. Não é fantás- sões. Destaque a importância da participação social
tico imaginar o trabalho como um instrumento de por meio do trabalho.
possibilidades transformadoras da sociedade e do
próprio trabalhador? aa Encerre a atividade pedindo para se imaginarem
trabalhando em algo que faça sentido para si, para a
(SUDBRACK, 2005)
sociedade ou comunidade em que vivem, e traga satis-
fação à sua vida.
aa Peça-lhes para registrarem essas aspirações no
fichário pessoal do projeto, sob o título de “Sonho de
futuro” (Livro do Aluno, p. 67), em forma de texto,
poesia ou desenho.
125
Atividade 2
Meus interesses
| 1 hora-aula |
Dinâmica
aa Proponha aos jovens a vivência da dinâmica “Meu
trabalho”:
••Espalhe diversos recortes de imagens de pessoas
trabalhando em locais e situações diferentes.
••Diga-lhes que cada um deve escolher a imagem
com a qual mais se identifica, a fim de construir
um cartaz.
••Com as imagens escolhidas, deverão se imagi-
nar naquela situação de trabalho e responder às
seguintes questões:
Quem sou eu?
O que me desperta interesse hoje?
O que pretendo fazer no futuro?
••Em conjunto, oriente-os a compartilharem suas
criações com a classe.
126
fazendo escolhas no mundo do trabalho
aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Roteiro aa Mostre que o objetivo do roteiro de perguntas que
de interesses e habilidades”: construíram é estimulá-los a refletir sobre as coisas
••Organize os jovens em grupos. que gostam e que sabem fazer, a fim de orientar sua
••Peça para construírem um roteiro de perguntas decisão para a escolha de uma profissão que lhes traga
que facilitem a identificação de seus interesses e prazer e realização pessoal.
habilidades para o mundo do trabalho, com base aa Encerre a atividade pedindo para registrarem no
nos seguintes temas: fichário pessoal do projeto as questões elaboradas
Vocação pessoal: gostos, interesses, habilidades na dinâmica “Roteiro de interesses e habilidades”
adquiridas, aptidões, ideias de profissão que teve (Livro do Aluno, p. 68), sugerindo que, de tempos em
desde criança etc. tempos, respondam a elas, pois nossos interesses e
habilidades se modificam conforme nos desenvolve-
Recomendações de outras pessoas: influência
mos ou amadurecemos.
da família, amigos ou professores, observações
de outros sobre suas características ou talentos
etc.
Tipo de atividade preferida: trabalho em
ambiente fechado ou aberto, trabalho em horário
comercial ou flexível, atividade introspectiva ou
em relação direta com pessoas etc.
Conhecimento prévio da profissão (caso já
tenha feito a escolha): necessidade de formação,
potencial do mercado de trabalho, remuneração
média etc.
sugestão
Cada grupo pode trabalhar um dos quatro temas.
127
Atividade 3 aa A seguir, oriente-os a acessar um ou mais sites
indicados abaixo, preenchendo, individualmente, os
Minhas vocações formulários propostos:
128
fazendo escolhas no mundo do trabalho
aa Diga-lhes para registrarem as conclusões dos tes- aa Esses centros oferecem atendimento gratuito ou a
tes em uma folha de papel. custos acessíveis para a população. Ressalte que essa
orientação só pode ser feita por profissionais creden-
aa Explique que os testes on-line indicados são análi-
ses padronizadas que oferecem algumas pistas sobre ciados pelo Conselho Regional de Psicologia. Sugira
as preferências de cada um e podem ajudar as pessoas que pesquisem esses locais no seguinte site:
a se conhecerem melhor. Contudo, não podem ser a EDITORA ABRIL. Centros de Orientação Vocacional. In:
única fonte de avaliação da vocação profissional. site da publicação Guia do Estudante, s/d. Disponível
em: http://goo.gl/lrdU2
aa Em duplas, peça para analisarem criticamente os
resultados, comparando-os às reflexões que fizeram aa Encerre a atividade pedindo para registrarem no
nas atividades anteriores sobre interesses e sonhos fichário pessoal do projeto, sob o título de “Minhas
de futuro. vocações” (Livro do Aluno, p. 69), o endereço na web,
os resultados e a sua análise crítica sobre os testes
aa Em conjunto, estimule-os a compartilhar as aná-
lises e os resultados observados, destacando os realizados.
aspectos que mais os surpreenderam.
aa Caso desejem aprofundar o autoconhecimento na
questão vocacional, explique que existem centros
especializados em orientação profissional em várias
cidades, em geral ligados a faculdades de Psicologia.
Referências
BARROS, Gilberto D. e outros. Guia informativo de educação profissional:
uma possível trajetória. In: site da organização Colmeia Instituição a
Serviço da Juventude, 2007. Arquivo em formato PDF. Disponível em:
http://goo.gl/uhK7g
BOCK, Sílvio. Escolha para todos. In: site da Revista Onda Jovem, 2005.
Disponível em: http://goo.gl/RCmFZ
SEVILHANO, Cândida J. A. Trabalho e vocação. In: site da Revista Onda
Jovem, 2005. Plano de aula. Disponível em: http://goo.gl/rLKfm
SUDBRACK, Maria F. O. O valor da transformação. In: site da Revista Onda
Jovem, 2005. Disponível em: http://goo.gl/AbAWf
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não
garantimos que os sites indicados permaneçam acessíveis ou que seus
conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
129
sequência didática 4.2:
como funciona
o mundo do trabalho
Objetivo da sequência didática:
130
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Resultados esperados
Ao fim desta sequência didática, espera-se que o
jovem:
aa Reflita sobre a importância e o sentido do trabalho
em sua vida.
aa Consiga entender a diferença entre trabalho e
emprego, identificando semelhanças e diferenças
entre os dois conceitos.
aa Esteja informado sobre as principais formas, rela-
ções e vínculos de trabalho existentes atualmente
no mundo do trabalho.
Temas abordados
aa Sentido do trabalho
aa Diferença entre trabalho e emprego
aa Relações de trabalho
Atividades propostas
1. Um trabalho que faça sentido | 1 hora-aula
2. Diferença entre trabalho e emprego | 1 hora-aula
3. Diferentes relações de trabalho | 2 horas-aula
131
Atividade 1 aa A seguir, apresente as seguintes conclusões da
pesquisa da psicóloga Estelle Morin:
Um trabalho que Para os entrevistados, um trabalho que tem
faça sentido sentido...
1. É feito de maneira eficiente e gera resultados úteis.
| 1 hora-aula | 2. É interessante em si mesmo, pois permite exercer
talentos e competências, resolver problemas, propor-
aa Inicie o encontro destacando os objetivos e as cionando sentimento de realização.
propostas das atividades que serão desenvolvidas.
Explique que estudarão a necessidade de o trabalho 3. É moralmente aceitável e contribui para o desen-
fazer sentido para a pessoa, a fim de o resultado ser volvimento da sociedade.
compensador. 4. É fonte de experiências de relações humanas satis-
aa Peça aos jovens que, em duplas, discutam a fatórias, pela possibilidade de participar de grupos,
seguinte questão: conviver e aprender com outras pessoas.
5. Garante a segurança e a autonomia pessoal e per-
Se tivesse bastante dinheiro para viver o resto mite prover as necessidades básicas.
de minha vida confortavelmente, sem traba-
lhar, o que faria? 6. Mantém a pessoa ocupada, em atividades programa-
das, com começo, meio e fim, horários e rotina diária.
132
fazendo escolhas no mundo do trabalho
133
Atividade 2 aa No campo das profissões, para a maioria das pessoas
existem poucas diferenças entre trabalho e emprego.
Diferença entre No entanto, é importante considerar que emprego é um
tipo específico de trabalho remunerado.
trabalho e emprego aa No emprego, o trabalhador e o empregador, em
comum acordo, estabelecem contrato com definição
| 1 hora-aula |
de direitos e deveres. Ou seja: regras de convivência,
horários, atribuições e salário, entre outros aspectos.
aa Inicie a atividade explicando que estudarão a dife-
rença entre trabalho e emprego. aa Diga que o emprego formal, com carteira de traba-
lho assinada, assegura ao trabalhador um conjunto
de proteções previstas em lei, como a contribuição
para a aposentadoria, ou o seguro-desemprego, no
Dinâmica caso de demissão.
aa Proponha a vivência da dinâmica “Trabalho ou aa Encerre a atividade apresentando o seguinte
emprego?”: diagrama aos jovens, a fim de verificar se compreen-
••Organize a classe em grupos. deram a diferença entre os dois conceitos:
••Distribua uma folha de papel para cada um.
••Diga-lhes que dividam a folha ao meio, escrevam
de um lado a palavra “trabalho”, e do outro a pala-
vra “emprego”.
••Convide-os a refletir sobre esses dois conceitos,
registrando as características, semelhanças e dife- Trabalho Emprego
renças entre eles.
••Em conjunto, peça para compartilharem suas
conclusões.
aa Explique que o conceito de trabalho é mais abran- aa Questione-os sobre se conhecem outras formas
gente que o de emprego. Envolve qualquer ação de trabalho diferentes do emprego. Registre as prin-
transformadora do homem, realizada na natureza e cipais ideias no quadro. Explique que na atividade
na sociedade em que vive (CORDI, 2000). Pode ser seguinte aprofundarão o assunto.
remunerado ou não. Por exemplo: a educação dos
filhos é um trabalho não remunerado dos pais.
134
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Atividade 3
Diferentes relações
de trabalho
| 2 horas-aula |
1.Trabalhador empregado
Empregado ou assalariado é a pessoa contratada
para prestar serviços para um empregador, numa
carga horária definida, mediante salário. O ser-
viço necessariamente tem de ser subordinado,
ou seja, o empregado não tem autonomia para
escolher a maneira como realizará o trabalho,
estando sujeito às determinações do empregador.
O conceito de empregado encontra-se previsto no
artigo 3o da Consolidação das Leis do Trabalho. A Os empregadores podem ser pessoas físicas, empre-
relação entre o empregado e o empregador é deno- sas, órgãos do poder público ou organizações
minada relação de emprego. sociais sem fins lucrativos.
A carteira de trabalho é o principal instrumento O trabalhador pode também ser contratado de forma
do trabalhador empregado. Além de servir como temporária para prestar serviços para um empre-
documento pessoal, ela espelha a vida profissional gador, para atender à necessidade transitória de
do cidadão e garante acesso a vários benefícios, substituir sua equipe ou para atender a um acréscimo
como férias, gratificação natalina (também extraordinário de serviços (por exemplo: atendi-
chamada 13o salário), aviso-prévio, licença-mater- mento comercial ao público em período de festas de
nidade, entre outros. fim de ano).
135
2. Trabalhador autônomo 3. Empreendedor
O trabalhador autônomo é aquele que traba- O empreendedor é o dono do próprio negócio. Dife-
lha por conta própria, fazendo prestação de rentemente do trabalhador empregado, que tem
serviços. A característica principal do seu trabalho salário mensal predefinido, sua renda depende
é a autonomia, isto é, não pode estar subordinado sempre do desempenho de sua empresa.
a qualquer norma do recebedor do serviço, quer As empresas são classificadas conforme o seu fatu-
de natureza técnica, quer de natureza disciplinar. ramento anual, que corresponde à quantidade de
As únicas exigências dizem respeito à qualidade dinheiro que conseguem receber com a venda de pro-
do trabalho e a prazos. Se esses aspectos não forem dutos ou serviços ao longo do ano.
cumpridos, o contrato pode ser rescindido e o não Microempresa é aquela que tem faturamento anual de
pagamento do serviço será julgado pela Justiça até R$ 240 mil. Já a empresa de pequeno porte é aquela
Comum e não pela Justiça do Trabalho. comfaturamentoanualentreR$240mileR$2,4milhões.
Outro importante diferencial do trabalho autônomo A legislação assegura a essas empresas tratamento
é a eventualidade, isto é, os serviços prestados pelo jurídico diferenciado e simplificado.
autônomo não devem ser habituais, pois a habituali- Micro e pequenas empresas são administradas ou
dade é característica da relação de emprego. podem ser dirigidas por uma única pessoa. Nesses
A contratação do autônomo não acarreta ônus para casos, o empreendedor toma as principais decisões
o recebedor do serviço, pois nesse caso os riscos da sobre a gestão do negócio.
atividade econômica são assumidos pelo prestador do Outra modalidade de empreendedorismo prevista em
serviço e não pelo tomador. lei é a do empreendedor individual, que trabalha por
O autônomo deve ter inscrição na prefeitura da conta própria e se legaliza como pequeno empresá-
localidade em que atua, pagar Imposto sobre Ser- rio. Para receber esse enquadramento, deve faturar
viços (ISS) e recolher sua contribuição ao Instituto no máximo R$ 36 mil por ano (R$ 3 mil por mês, em
Nacional do Seguro Social (INSS), que corresponde a média) e não ter participação em outra empresa
20% de sua remuneração no mês, respeitando o teto como sócio ou titular. O total de impostos a ser reco-
de contribuição. lhido é inferior a R$ 40 por mês (21/02/2012) e dá
direito a benefícios como auxílio-maternidade, auxí-
lio-doença e aposentadoria.
Para o sucesso dessa modalidade de trabalho é pre-
ciso ter o que se convencionou chamar de perfil
empreendedor, o que inclui atitudes como auto-
confiança, iniciativa, disposição para correr riscos
calculados, persistência e comprometimento. Além
disso, é preciso conhecer bem a realidade do mercado
no qual pretende atuar e saber organizar um plano de
negócios.
136
fazendo escolhas no mundo do trabalho
137
sequência didática 4.3:
minha escolha
profissional
Objetivo da sequência didática:
138
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Resultados esperados
Ao fim desta sequência didática, espera-se que o jovem:
Atividades propostas
1. Classificação Brasileira de Ocupações | 2 horas-aula
2. Pesquisando a profissão preferida | 1 hora-aula
3. Como chegar até lá | 1 hora-aula
139
Atividade 1 isto é, conhecer-se no que “se foi” e no que “se é”,
para projetar quem se pretende ser no futuro.
Classificação aa Em conjunto, faça a relação entre o texto e as colo-
Brasileira de cações iniciais dos jovens.
aa A seguir, apresente as seguintes informações
Ocupações básicas sobre a Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO), acessando o endereço http://goo.gl/woXgI:
| 2 horas-aula |
O que é:
140
fazendo escolhas no mundo do trabalho
141
Atividade 2 ••Em conjunto, peça-lhes para destacarem aspectos
que considerarem relevantes a respeito das profis-
Pesquisando a sões pesquisadas.
142
fazendo escolhas no mundo do trabalho
143
sequência didática 4.4:
portas de entrada
Objetivo da sequência didática:
144
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Resultados esperados
Ao fim desta sequência didática, espera-se que o jovem:
Atividades propostas
1. Primeiro emprego | 2 horas-aula
2. Aprendizagem e estágio | 2 horas-aula
145
Atividade 1 aa Explique que a maioria das vagas, com perfil de pri-
meiro emprego, em cidades de maior porte, apresenta
Primeiro emprego algumas características comuns (BUSCA JOVEM, 2012):
••Não exigem experiência profissional anterior.
| 2 horas-aula |
••Exigem ensino médio completo e idade acima de
18 anos.
aa Inicie o encontro destacando os objetivos e pro-
postas das atividades que serão desenvolvidas. ••São voltadas, principalmente, para as áreas de
Explique que estudarão a importância das primeiras atendimento ao público, em empresas de telema-
experiências de trabalho na carreira do profissional. rketing, lojas em shopping centers, lanchonetes
ou restaurantes de redes etc.
aa Pergunte aos jovens se alguém na classe já teve
experiência de primeiro emprego, em que profissão aa De acordo com alguns profissionais de organizações
atuou, quais aprendizados conquistou etc. formadoras, o trabalho nas áreas de atendimento ao
público, embora com grande oferta de vagas, nem sem-
pre é atraente para os jovens. Muitos percebem essas
oportunidades como experiências desgastantes e sem
Dinâmica ligação com as áreas de interesse.
aa Contudo, se forem analisadas sob o ponto de vista
aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Procu- de preparação para o futuro, ou como primeiro degrau
rando emprego”: de ascensão na carreira profissional, representariam
••Organize os jovens em duplas. porta de entrada para o mundo do trabalho e impor-
tante fonte de recursos para subsidiar os estudos de
••Distribua impressos com descrição de vagas com
nível superior.
perfil de primeiro emprego, explicando que são opor-
tunidades reais, no mercado formal, com registro em aa Em conjunto, leia e discuta com eles os itens abaixo:
Carteira de Trabalho e outros benefícios adicionais.
••O primeiro emprego não precisa ser, necessaria-
••Sugestão de pesquisa para o professor: mente, a opção profissional definitiva. Ao longo
BUSCA JOVEM. Vagas para jovens. In: site do pro- da vida, é comum a pessoa passar por diversas
jeto, 2012. Disponível em: http://goo.gl/UcXYg experiências de trabalho até encontrar um cami-
••Oriente as duplas para discussão das seguintes nho que faça sentido.
questões: ••Em qualquer profissão, há tarefas agradáveis e
Quais dessas oportunidades você estaria disposto desagradáveis, mas que precisam ser feitas. A
a aceitar? Por quê? superação de situações ou momentos difíceis
Quais dessas oportunidades você não aceitaria? acrescentaria aprendizados importantes à expe-
Por quê? riência profissional. Por outro lado, o abandono
••Em conjunto, peça-lhes que apresentem as da tarefa ou do emprego diante de adversidades
conclusões. revelaria fragilidade da pessoa.
146
fazendo escolhas no mundo do trabalho
••Toda e qualquer experiência de primeiro emprego, aa Se houver recursos disponíveis, sugira que aces-
desde que adequadamente remunerada, exer- sem, individualmente, o sistema de buscas da CBO
cida em condições de liberdade, equidade e segu- (disponível em: http://goo.gl/woXgI) e comparem
rança, pode oferecer condições para desenvolver as competências exigidas em duas profissões, uma de
competências essenciais em profissões de maior porta de entrada e outra que pretendam exercer no
qualificação. futuro, refletindo sobre a seguinte questão:
147
Competências necessárias para o exercício profissional
Atendente de telemarketing Gerente de marketing
148
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Atividade 2
Aprendizagem Dinâmica
e estágio aa A seguir, proponha a vivência da dinâmica “Primei-
ras experiências de trabalho”:
| 2 horas-aula |
••Organize os jovens em grupos.
••Diga-lhes que escolham um dos textos indicados
aa Inicie a atividade explicando que estudarão duas (veja nas próximas páginas), que retratam o início
importantes portas de entrada para o mundo do tra- da vida profissional de alguns jovens.
balho: aprendizagem e estágio profissional. ••Oriente-os a ler e analisar as relações entre educa-
aa Escreva no quadro as palavras “educação” e “tra- ção e trabalho abordadas nos relatos dos jovens.
balho”. Peça-lhes que pensem um pouco na relação ••Ao final, peça para os grupos contarem uns aos
entre uma ideia e outra, e compartilhem com a classe. outros as histórias estudadas, compartilhando
Registre as ideias principais no quadro. suas conclusões.
149
Eric Botini de Deus (SP) Danielle Sartor (PR)
Aos 16 anos, cursando o primeiro ano do ensino Danielle Sartor, 22 anos, voltou à escola para cursar o
médio público, na Escola Maria Augusta de Ávila, na ensino médio da Educação para Jovens e Adultos (EJA),
zona leste de São Paulo (SP), Eric Botini de Deus, do Colégio Horácio Ribeiro dos Reis, em Cascavel (PR).
que trabalha informalmente como distribuidor de Trabalhando como diarista, casada e mãe de dois filhos
folhetos, acha que vai precisar estudar mais, se qui- – o mais velho com três anos –, ela acha que precisa
ser ter uma boa colocação. “Sem curso técnico ou ingressar na faculdade para conquistar um lugar ao sol:
faculdade, só vou conseguir emprego ruim. Com o “Quando eu era menor, pensava em fazer enfermagem.
inglês da escola não dá pra aprender a falar legal. A Agora, não sei. Nunca fui registrada, não tenho curso
escola oferece também curso de espanhol, mas era de nada. Engravidei e parei de estudar. Mas eu aprendo
fora do horário e não deu”, diz. A família tem papel as coisas muito rápido. Gosto de escrever, ler, acho que
de destaque no tema, assim como os amigos. “Que- poderia me dar bem como secretária. Agora apareceu
ria fazer um curso de web design de arquitetura, que pra eu fazer um curso financeiro. Acho que tenho que
a minha mãe falou que é melhor pro meu futuro. Ela fazer mais cursos. Corro atrás de emprego, peço oportu-
até me levou pra ver, mas ia ficar muito longe. Na nidade, mas é difícil, não tenho experiência”.
minha casa todo mundo fala pra eu estudar, se qui- Contando com sua força de vontade e o incentivo da
ser ser alguém na vida. Eu tenho alguns amigos que família, Danielle segue lutando, sem orientação profis-
trabalham de operador de telemarketing e em lojas sional. “Na escola só vou ter palestras no terceiro ano,
no shopping”. O objetivo imediato de Eric é sim- mas como sabem da minha situação, tentam me ajudar.
ples: “Eu queria ter um trabalho melhor pra poder Meu marido me apoia pra eu continuar estudando, fazer
ajudar a família, comprar meus ‘negocinhos’ e fazer um curso de informática. Minha sogra trabalha em um
uma poupança”. Questionado sobre a profissão que sindicato, me indica os cursos que aparecem. Eu vou
gostaria de exercer para atingir seus objetivos, ele fazendo tudo que dá. Sei que uma hora eu vou conse-
ainda não sabe responder. Mas ainda tem tempo guir um emprego”.
para descobrir.
(Depoimento concedido à Revista Onda Jovem em 2010)
(Depoimento concedido à Revista Onda Jovem em 2010)
150
fazendo escolhas no mundo do trabalho
151
aa Após a apresentação dos grupos, ressalte comoa regulada por contrato de trabalho especial, com
educação é tratada como valor comum na vida de duração máxima de dois anos, anotação na Carteira
todos os jovens entrevistados. Alguns não tiveram de Trabalho, salário-mínimo/hora e todos os direitos
oportunidade de estudar e precisam correr atrás do trabalhistas e previdenciários garantidos. As férias
tempo perdido. Outros ancoram-se na experiência devem coincidir com o período de férias escolares.
educacional (Ensino Médio, cursos de qualificação), A aprendizagem é ofício previsto na Classificação
a fim de assegurar a inserção ou melhor colocação no Brasileira de Ocupações – CBO. Micro e pequenas
mundo do trabalho. empresas, órgãos do poder público e organizações
aa A seguir, explique que existem no Brasil duas sociais também podem contratar aprendizes.
modalidades de trabalho voltadas para jovens e que Estagiário
permitem conciliar estudo e prática profissional:
aprendizagem e estágio. Estagiário é o estudante que desenvolve atividades
educativas supervisionadas no ambiente de trabalho.
aa Explique aos jovens as diferenças entre essas moda- No estágio, ele pode vivenciar a realidade do ambiente
lidades, destacando pontos de interesse nos seguintes profissional e experimentar, na prática, os conheci-
textos: mentos que adquiriu em sala de aula.
Jovem Aprendiz Para tanto, deve estar matriculado e frequentando
Aprendiz é o jovem que estuda, trabalha e recebe, ao regularmente um curso de Ensino Médio, educação
mesmo tempo, formação para determinada profis- profissional, educação especial, Ensino Superior ou
são. Assim, além de cursar o Ensino Fundamental ou dos últimos anos do Ensino Fundamental, na moda-
o Ensino Médio, deve também participar, de forma lidade profissional de EJA (educação de jovens e
concomitante, de curso oferecido por organização for- adultos).
madora conveniada com a empresa. O estágio pode ou não ser obrigatório, de acordo com
A Lei da Aprendizagem (no 10.097/2000) determina as diretrizes curriculares do curso que frequenta.
que empresas de médio e grande porte devem con- Embora não seja relação de emprego, o estágio deve
tratar de 5% a 15% de adolescentes e jovens entre 14 ser acordado por meio de termo de compromisso entre
e 24 anos. Essa cota deve ser calculada sobre o total estudante, instituição de ensino e parte concedente.
de empregados cujas funções demandam formação O estagiário pode ser contratado por empresas, órgãos
profissional. públicos, organizações sociais ou profissionais libe-
A jornada de trabalho não deve ser superior a seis rais de nível superior.
horas diárias para quem está no Ensino Fundamen- A jornada de trabalho não deve ser superior a seis
tal, ou superior a oito horas diárias para quem está horas diárias e 30 horas semanais. As férias serão
no Ensino Médio, considerando as horas destinadas à acordadas entre as partes, com a aprovação da escola.
aprendizagem teórica na organização formadora. O estagiário poderá receber bolsa-auxílio, devendo
A relação do aprendiz com o contratante deve ser estar segurado contra acidentes pessoais.
152
fazendo escolhas no mundo do trabalho
Referências
ALLENDE, Carmem e ORAGGIO, Liliane. Pela porta da frente. In: site da Revista Onda Jovem, 2010. Depoimentos de
Eric Botini de Deus, Danielle Sartor e Lucas Costa. Disponível em: http://goo.gl/q34MU
CONEXÃO APRENDIZ. Lei da Aprendizagem. In: site da organização, s/d. Disponível em: http://goo.gl/kdD9O
INSTITUTO EUVALDO LODI. Programa de estágio. In: site da organização, s/d. Disponível em: http://goo.gl/v36sg
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Manual da Aprendizagem: o que é preciso saber para contratar o
aprendiz. In: site do Ministério, 2009. Arquivo em formato PDF. Disponível em: http://goo.gl/0Btv1
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Nova cartilha esclarecedora sobre a Lei do Estágio. In: site do Ministério,
2010. Arquivo em formato PDF. Disponível em: http://goo.gl/GKvKQ
MOTTA, Aydano A. Procura-se trabalho. In: site da Revista Onda Jovem, 2005. Disponível em: http://goo.gl/KzPeF
NOVAES, Regina. Medindo efetividade. In: site da Revista Onda Jovem, 2008. Depoimento de Juliane do Nascimento
Germano. Disponível em: http://goo.gl/iqisn
Obs.: a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, por isso não garantimos que os sites indicados
permaneçam acessíveis ou que seus conteúdos permaneçam inalterados. Sites acessados em 10/02/2012.
153
Atividade culminante aa Peça aos grupos para elaborar uma colagem
coletiva expressando os principais conteúdos tra-
balhados, a partir dos seguintes temas:
fazendo
••Como funciona o mundo do trabalho
••Minha escolha profissional
| 6 horas-aula |
154
fazendo escolhas no mundo do trabalho
aa Organize-os em grupos e diga-lhes que pla- aa Peça-lhes que registrem no caderno ou fichário
nejem o sarau, preenchendo uma ficha com os pessoal do projeto, sob o título “Mundo do traba-
seguintes itens: lho e projeto de vida”, o plano da apresentação
desenvolvida em sala e expectativas em relação à
Tema: profissão escolhida. escolha profissional.
Conteúdo: deve ser pesquisado na biblioteca ou
sala de informática.
Forma: como cada grupo se apresentará: can-
tando, dançando, declamando etc.
Data:..../..../....
aa Dê um tempo para colocarem os planos em prá- MUNDO DO TRABALHO
tica, pesquisando e preparando as apresentações, E PROJETO DE VIDA
de acordo com o que mais gostam de fazer.
155
COORDENAÇÃO GERAL REALIZAÇÃO Redação e revisão de textos
NOVA EDIÇÃO – 2014 INSTITUTO UNIBANCO Olhar Cidadão Estratégias para o
Desenvolvimento Humano
Presidência
COORDENADORIA DE GESTÃO Guilherme Salgado Rocha
Pedro Moreira Salles
DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Josilene Elidia dos Santos
Vice-Presidência
Coordenadora Projeto gráfico e edição de arte
Pedro Sampaio Malan
Maria Elizabete da Costa 107artedesign
Conselho
Diretor do Departamento de Antonio Matias Consultoria responsável
Desenvolvimento Curricular Claudio de Moura Castro Olhar Cidadão Estratégias
de Gestão da Educação Básica Claudio Luiz da Silva Haddad
João Freitas da Silva Marcos de Barros Lisboa ADEQUAÇÃO DO PROJETO EDITORIAL
Diretora do Centro de Ensino Ricardo Paes de Barros E REVISÃO DE TEXTOS
Fundamental dos Anos Finais, Rodolfo Villela Marino
Ensino Médio e Educação Thomaz Souto Correa Netto NOVA EDIÇÃO – 2014
Profissional – CEFAF Tomas Tomislav Antonin Zinner
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
Valéria Tarantello de Georgel Diretoria Executiva
Fernando Marsella Chacon Ruiz Presidente da Diretoria Executiva
Coordenação Técnica
Gabriel Amado de Moura Mauro de Mesquita Spínola
Roberto Canossa
Janio Gomes
Roberto Liberato Vice-Presidente da Diretoria Executiva
Jose Castro Araujo Rudge
Suely Cristina de Albuquerque Bomfim José Joaquim do Amaral Ferreira
Leila Cristiane B. B. de Melo
Luis Antonio Rodrigues
PROGRAMA ENSINO INTEGRAL Marcelo Luis Orticelli GESTÃO DE TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO
Coordenação da elaboração Superintendência Executiva Direção da Área
dos materiais de apoio ao Ricardo Henriques Guilherme Ary Plonski
Programa Ensino Integral
Gerência de Implementação de Projetos
Valéria de Souza Coordenação Executiva do Projeto
Tiago Borba
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Apoio técnico e pedagógico Gerência de Desenvolvimento de Conteúdo
Marilena Rissutto Malvezzi Lucia Helena Couto Gestão da Produção Editorial
Luis Marcio Barbosa e Renata Simões
Equipe Técnica Gerência de Gestão do Conhecimento
Maria Silvia Sanchez Bortolozzo (coordenação) Mirela de Carvalho Equipe de Produção
Carlos Sidiomar Menoli Editorial
Gestão de Administração, Finanças e TI
Dayse Pereira da Silva Guiomar Milan (coordenação)
Fabio Santiago
Elaine Aparecida Barbiero Bruno Reis
Helena Cláudia Soares Achilles Assessoria Estratégica Carina Carvalho
João Torquato Junior Christina Fontainha Karina Kempter
Kátia Vitorian Gellers Assessoria de Comunicação Karinna A. C. Taddeo
Maria Camila Mourão Mendonça de Barros Marina Rosenfeld Letícia Maria Delamare Cardoso
Maria Cecília Travain Camargo Assessoria de Voluntariado Marina Murphy
Maria do Carmo Rodrigues Lurial Gomes Fabiana Mussato Natália Pereira Leal
Maúna Soares de Baldini Rocha Adequação do Projeto gráfico e
Coordenação do material
Pepita de Souza Figueredo edição de arte
Juliana Irani do Amaral
Sandra Maria Fodra Adesign
Tomás Gustavo Pedro Pesquisa e conteúdo
Vera Lucia Martins Sette Luanna Meriguete Apoio
Cleuza Silva Pulice (colabor.) Maria Clara Wasserman Fundação para o Desenvolvimento da
Wilma Delboni (colabor.) Priscila Silva Pires Educação – FDE
Anotações
Anotações
Anotações
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