Resumo de Fenomenologia Np1 e Np2
Resumo de Fenomenologia Np1 e Np2
Resumo de Fenomenologia Np1 e Np2
Diferença entre Husserl e Heidegger: a consciência intencional em Husserl, para Heidegger se torna apenas em
intencionalidade. Heidegger vai trazer uma nova concepção de homem > o Dasein – O Ser-aí.
Heidegger vai trazer uma ontologia do homem, uma nova concepção de homem o Dasein.
Heidegger pergunta-se sobre o SER do homem, usa o método fenomenológico para acessar esse SER.
A atitude fenomenológica é a suspenção de pressupostos, para compreender e perguntar para o SER o que ele É.
É preciso compreender o sentido do fenômeno, os sentimentos são uma articulação humana de estar neste mundo.
Heidegger passa a se perguntar pelo ente que compreende o SER, e quem é o ente que compreende o SER? É o
Dasein!
Somente o homem se questiona, se compreende.
Ex.; a caneta é um ente, mas ela não se questiona, não pensa (tudo que existe é ente).
A diferença entre e ente e ser >> SER é o sentido das coisas, o ser do homem é a condição humana.
Existenciais x existenciários =
Ontológico x Ôntico
Ser-no-mundo, ser-para-morte, ser-com-outros, tonalidade afetiva, corporeidade, culpa, cuidado ou cura, angustia,
finitude, historicidade. Os existenciais são ontológicos.
É com o ontológico que Heidegger se preocupa.
E toda manifestação ontológica tem uma correlação com o concreto que é o ôntico.
Dimensão ôntica se articula com os existenciais ou com o ontológico.
Angustia: ser fundado no tempo, relação intrínseca com o tempo, a temporalização é capacidade humana. O saber
que vai morrer causa angustia.
Finitude: ser-para-morte, angustia existencial.
Ser-para-morte: morrer também para algumas possibilidades, exemplo: estar matriculado no curso de psicologia,
“mata” a possibilidade de ser matemático, pelos menos durante o período do curso de psico.
Tonalidade afetiva: sempre me abro para o mundo e para o outro a partir de uma disposição afetiva: esperançosa,
temerosa, otimista, pessimista, triste, alegre, depressiva, indiferente...
Temporalidade: eu vivo no presente com noção de passado e futuro, tudo isso no agora. A temporalidade é um
acontecimento ATUAL, passado como já-sido e futuro como-ainda-não.
Compreensão: a compreensão como um existencial, compreender enquanto acolher, movimento de “abarcar” conter,
nosso compreender é o nosso poder-ser, eu compreendo a partir do que eu posso, essa compreensão está sempre
associada a uma finalidade afetiva.
O que se trabalha no consultório é a tonalidade afetiva, é a disposição de estar no mundo, o como o ser está no
mundo.
O Dasein se sente sempre culpado, por que ele nunca está “acabado”, ele é lançado, não vem pronto, e pensa que
sempre poderia ter feito algo de outro jeito.
A culpa também é uma dimensão ontológica, a culpa vem dizer que o Dasein está em debito consigo mesmo. A culpa
não é para ser eliminada, ela é uma condição da existência.
É a postura de compreender o fenômeno humano, a partir do referencial heideggeriano, a partir de uma concepção
do ser-aí, lançado, decaído, buscar a compreensão de como o paciente cuida de si. Não é uma abordagem
explicativa, é uma abordagem compreensiva.
O daseinsanalista trabalha de modo a compreender e descrever concretamente o modo desse paciente ser.
Nenhum homem foi feito para lidar com os fatos da vida de forma fragmentada e aleatória, os fatos precisam ser
costurados com um fio de sentido, que lhes de alguma razoabilidade para serem compreendidos, só depois de
compreende-los podemos definir nossas ações e tocar a vida.
A linguagem é a casa do ser, um mundo que não pode ser narrado não pode ser habitado, a linguagem é nossa
ferramenta de existir e, ao mesmo tempo, nosso solo, é nosso meio e nossa condição, é nosso destino.
Ação, palavra e identidade: enquanto agimos, estamos simultaneamente nos construindo e revelando, tanto para
nós mesmos, quanto para os outros que dão de nós seu testemunho.
Narrador de si: é a construção de uma narrativa autobiográfica que nos prepara para o julgamento, somente quando
podemos julgar a nós mesmos e, então, escolher e dirigir nossas ações é que ganhamos a condição de autoria de
nossa existência.
Historiobiografia: a narrativa descobre uma biografia numa vida, compreender a história que uma vida realiza, ou
qual a biografia em andamento no qual uma singularidade se expressa é o foco da Historiobiografia. Seu propósito
ultimo é liberar essa biografia em nome de favorecer aquilo mesmo que todos procuramos: a autoria de nossa
existência.
Relatos: são guias de viver, todas as nossas vivencias são embrulhadas nesses pequenos relatos, nossas relações
com os outros são tecidas e sustentadas por eles. Pequenos relatos indicam para os outros e para nós mesmos o
que faremos e deixaremos de fazer.
Historietas: os arquivos de nossa memoria não conservam apenas pequenos relatos, mas historietas, que são
relatos de episódios vividos que formam historias maiores, mais elaboradas e carregadas de significados.
Historias: são autointerpretações abrangentes temporalmente, que começam em geral com o nosso nascimento e
chegam até o momento presente, além d oferecerem um vislumbre no futuro, através delas nos acompanhemos
incessantemente.
Identidade e história: os homens são criaturas que agem e falam, através de seus atos e palavras, os indivíduos
vão construindo uma história pessoal exclusiva e intransferível.
Atos e palavras, nunca tem autonomia, por si mesmos, isolados, são incipientes para significar alguma coisa, seu
sentido e significado só podem ser determinados mediante a interpretação dos outros que o recebem.
Gestos e palavras são produções coletivas, o que um individuo faz e diz não depende só dele, mas dos outros que o
testemunham e interagem com ele.
RESUMO DE FENOMENOLOGIA NP2
No capitulo Eu-Tu n encontro terapêutico, Rosmaninho ... bla bla bla ... diante de um pôr do sol, sermos
tocados pela paisagem...(pg 175)
A) O trecho citado acima refere-se a qual das duas atitudes de Buber ( Eu-Tu x Eu-Isso)
Diante de um pôr do sol sermos tocado pela paisagem, pelas múltiplas cores que tingem o céu nesse momento
mágico e irrepetível, é um instante vivido na atitude Eu-Tu. Na relação Eu-Tu, o homem se coloca em relação a um
outro, que pode ser uma outra pessoa, uma obra de arte artística ou uma situação vivida, a relação é marcada pelo
impacto do outro no Dasein.
B) Como essa atitude pode ser pensada como uma postura possível do terapeuta?
O que podemos oferecer é um encontro que favoreça o desvelar das possibilidades do paciente, e isso pode ser
facilitado por meio da relação Eu-Tu, no encontro Eu-Tu não agimos em favor do cliente ou do terapeuta, mas em
favo o processo terapêutico que favorece o reconhecimento de si mesmo e a explicitação de um modo próprio de ser.
Para Jardim “ no acontecer da prática clinica, abre-se um aí compartilhado... bla bla bla ... Como a
Daseinsanalyse, caracteriza essa relação terapeuta-paciente?
Na relação terapêutica, cria-se um lugar aberto de manifestação e de compreensão em que o paciente e terapeuta se
comportam e podem ser tocados pelo que vem ao encontro nesse aí, trata-se de um aí compartilhado, pois é
copertencente e igualmente acessível a quem o constitui. Na constitutiva possibilidade de encontro de um com o
outro, os seres-aá, na condição de entes que trazem consigo necessariamente um aí, entram no circulo um do outro,
de modo que compartilham esse circulo.
Boss aponta que, no processo terapêutico daseindanalitico, os sonhos têm espaço privilegiado... bla bla bla
... Como a Daseinsanalyse compreende os sonhos?
No processo terapêutico, os sonhos têm espaço privilegiado, não são realizações de desejos ou manifestações de
arquétipos como sugerem Freud e Jung, mas são reveladoras das possibilidades existenciais que uma existência
singular está incapaz de se apropriar em sua vida desperta. O terapeuta daseinsanalista precisa considerar junto ao
paciente a que fenômeno sua existência está aberta a ponto de terem penetrado no sonho e se manifestado à luz da
compreensão. Isto por sua vez, nos conta, quais os fenômenos que não são acessíveis à percepção no estado de
sonhar, ou em outras palavras, para a entrada de que fenômenos a existência está fechada. Como segundo passo,
precisamos determinar como o sonhador se conduz em relação ao que lhe é revelado no seu mundo onírico,
particularmente a afinação que determina essa forma de se comprtar.
No texto “ A Daseinsanalyse de Medard Boss medicina e psicanalise ... bla bla bla ... exemplo do homem que
quebra a perna... o quebrar a perna na concepção da medicina em relação ao tratamento, e como vc explica
na concepção de Boss, o homem enquanto Dasein.
Quando um homem quebra a perna, um médico entende o mecanismo da fratura e conhece métodos eficientes para
restaurá-la à sua condição anterior.
Fundamentando-se na compreensão de que o homem é o ser-no-mundo, Boss entende a fratura do osso como
quebra de possibilidades existenciais, por exemplo sofreu uma fratura na sua possibilidade de trabalhar, de jogar
futebol com o seu filho, e essas possibilidades existenciais influenciam inclusive a recuperação biológica do osso
fraturado.