Mateus 5 Inster

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Mateus 5:1-12

INTRODUÇÃO:

Uma coisa muito importante que precisa ser dito


antes da exposição do texto que lemos nesta noite. É que
Mateus ao apresentar o seu evangelho, sobre Jesus o Rei
dos Judeus, escreve de uma forma temática do que
cronológica.
Ou seja, Mateus apresenta a sua narração dividindo o
seu evangelho em cinco Blocos que comumente nós
chamamos de “OS DISCURSOS DE JESUS”. Então meus
amados irmãos da próxima vez que vocês lerem o
evangelho segundo Mateus atentem para Os cinco
discursos de Jesus, porque é assim que está dividido o
evangelho de Mateus.
E isto se torna compreensível quanto conhecemos o
contexto em que Mateus escreveu o seu evangelho.
Mateus um ex publicano, uma espécie de inimigo dos
seus conterrâneos.
Porque um publicano era judeu que cobrava impostos
dos seus compatriotas para sustentar a tirania do império
Romano.
Seria a mesma coisa contextualizando para mais
próximo da nossa história como se “um judeu trabalhasse
nos campos de concentração do exercito de Hitler”.
Então este homem agora alcançado pelo Rei Jesus se
torna um súdito do rei, um discípulo de Cristo, e escreve
seu evangelho para os seus irmãos judeus dizendo
basicamente que Rei Jesus chegou. O Messias prometido
nas escrituras estava agora presente no meio deles.
Este texto que lemos trata do inicio do maior sermão
proferido pelo maior e melhor pregador que a humanidade
já contemplou, (Jesus de Nazaré). Do capitulo 5 ao 7 de
Mateus fala do primeiro discurso de Jesus que comumente
chamamos de o “SERMÃO DO MONTE”.

Diz a palavra que em Mt:4:23-25

Jesus foi por toda a Galiléia,


 ensinando (indica atarefa de comunicar uma informação com mais
detalhes a respeito da proclamação que fora feito) nas sinagogas
deles,
 pregando(termo no original: introduzir, anunciar, proclamar) as
boas novas do Reino e
 curando (termo original θεραπευω therapeuo= servir, realizar o
serviço) todas as enfermidades e doenças entre o
povo.
Como resultado disso diz o versos 24 e 25 que a:

Notícias sobre ele se espalharam por toda a Síria, e o


povo lhe trouxe todos os que estavam padecendo vários
males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e
paralíticos; e ele os curou.
Grandes multidões o seguiam, vindas da Galiléia,
Decápolis, Jerusalém, Judéia e da região do outro lado do
Jordão.
Foi a partir deste contexto que Jesus começou a
proferir o sermão mais conhecido de todas as religiões o
sermão do monte.

O Sermão do Monte é provavelmente a parte mais


conhecida dos ensinamentos de Jesus, embora se possa
argumentar que seja a menos compreendida e, certamente,
a menos obedecida.
De tudo o que ele disse, essas suas palavras
descrevem o que ele desejava que os seus seguidores
fossem e fizessem.
O Sermão do Monte, então, deve ser visto neste
contexto.
E no sermão do monte onde se Descreve o
arrependimento (metanóia, a total transformação da
mente) e a retidão, daqueles que fazem parte do reino;
Isto é, descreve como ficam a vida e a comunidade
humana quando se colocam sob o governo da graça de
Deus.

Dito estas coisas partimos agora para a exposição do


texto. O primeiro ponto que quero falar nesta noite é:

I. JESUS ENSINA A ETICA DO REINO COM


AUTORIDADE de REI E VERDADEIRO
MESTRE (V.1)
“Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos
aproximaram-se dele,”

Três coisas importantes precisamos observar aqui neste


versículo:

 Jesus viu a multidão:


O Evangelho registra que Jesus, em suas andanças “por
todas as cidades e povoados”, ao ver as multidões, tinha
compaixão delas “porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem
pastor” (Mt 9.35-38). Pouco adiante, Mateus volta a registrar:
“Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou
Jesus mesmo expressa verbalmente
os seus doentes” (Mt 14.14).
esse sentimento por ocasião da segunda multiplicação de
pães e peixes: “Tenho compaixão desta multidão” (Mt 15.32).
Porque Jesus não só enxergava, mas também se
compadecia do sofrimento alheio, muitos clamavam e
gritavam diante dele: “Filho de Davi, tem misericórdia de
nós”. É o caso dos dois cegos de Jericó (Mt 9.27).
A compaixão de Jesus pelo sofrimento alheio ia muito
além do mero sentimento.
Ele se entregava ao ministério de aliviar os outros de suas
dores. Por isso Jesus sempre olhava a multidão com olhar
de compaixão.
Essa também deve ser a nossa atitude como súditos deste
reino, olhar para as pessoas que estão se perdendo com um
olhar misericordioso, de compaixão porque eles estão
perdidos sem Cristo neste mundo.

Outro detalhe importante no verso 1 e que:

 Jesus subiu ao monte e se assentou


Diz à palavra que Jesus ao ver a multidão subiu ao
monte. No evangelho de Mateus é sugestivo dizer que
Jesus subiu ao monte. POR QUAL RAZÃO?
Lembre-se que Mateus está escrevendo para uma
comunidade judaica que está acostumada a estudar sobre a
libertação do povo judeu da escravidão do faraó do Egito.
E nós sabemos que depois de libertar o povo do Egito, e
antes de entrar na terra prometida eles foram ensinados
por Deus através de Moises quando este desce do monte
Sinai carregando consigo, os preceitos, os ensinamentos
de Deus para o povo. Que hoje conhecemos como os “dez
mandamentos”
Então este povo tem em sua memória que do monte
vem o ensino de Deus.
Da mesma maneira o evangelho de Mateus apresenta
Jesus subindo ao monte para ensinar.
Porque na tradição judaica subir ao monte, significa
que sobre o monte vem a palavra de Deus, vem o ensino a
instrução a revelação de Deus para o seu povo.
Diz a palavra que ele se assentou, na tradição judaica
quando um Rabi, um Mestre ia ensinar, como era costume
da época ele se assentava dando a idéia para os seus
seguidores que aquilo que ele ia ensinar e de extrema
importância e que ele tem autoridade para falar.
E o que Jesus vai ensinar é de fato de suma importância
para aqueles que foram alcançados pelo o evangelho do
Reino.
Bem diferente dos dias de hoje. Hoje não precisamos
subir ao monte nos temos a palavra de Deus ao alcance
das nossas estantes para ouvirmos e nos deliciarmos com
os ensinos do Rei.
Ilustração: do homem a meia noite subindo ao monte.

 Os discípulos se aproximam de Jesus

Há pessoas que se aproximam de JESUS por causa dos


milagres que ELE operava. “Uma grande multidão O seguia, porque
tinham visto os sinais que ELE realizava nos enfermos.” João 6.2
Outro grupo de pessoas se aproxima de JESUS porque O
veem como um grande Profeta, admiram Sua obra e suas
palavras, achando-O um iluminado. “Vendo aqueles homens o sinal
que JESUS havia realizado, disseram: „Este e‟, verdadeiramente, o Profeta que devia
vir ao mundo.” João 6.14.
Há’, também, aqueles que buscam o Mestre apenas para
encher seu estomago, isto e’, para sua satisfação material.
“JESUS respondeu a eles assim: „Vocês Me buscam, não porque viram os sinais
que EU fiz, mas porque comeram do pão e ficam fartos.” João 6.26
Outro grupo de pessoas escutam o que JESUS tem a dizer
mas não creem em Suas palavras.:
“Todavia, como EU disse a vocês, embora vocês tenham ME visto, ainda não
creem.” João 6. 36
Mas, há também aquelas pessoas que, apesar das obras e
das palavras de JESUS, negam que ELE seja DEUS.
“Então, os judeus começaram a se queixar dEle, porque
dissera: „Eu sou o pão que desceu do ceu.” E comentaram: “Não e‟ este
JESUS, o filho de Jose‟? Cujo pai e mãe conhecemos? Como pode ELE
dizer: „EU desci do cèu?” João 6.41-42.
Há também as pessoas que, na primeira dificuldade em
que se encontram, abandonam o Senhor JESUS e SEUS
ensinos. “Daquele momento em diante muitos dos seus discípulos recuaram e não
mais andaram com ELE. Então JESUS interpelou os doze: „Vocês também desejam ir
embora?” João 6. 66-67.

Mas, graças a DEUS há aqueles que veem o Senhor


JESUS como DEUS, cujas palavras trazem vida eterna. “…
Vocês também querem ir embora? Mas, Simão Pedro respondeu a ELE: “Senhor para
quem iremos? Tu tens as palavras de Vida Eterna. Assim, temos crido e reconhecido
que TU es o Cristo, o Filho do DEUS VIVO.” João 6.67 a 69.

Só os discípulos de Jesus, só aqueles que são súditos deste


reino senta-se aos pés do Rei com prazer para ouvir os
seus ensinamentos.
O verdadeiro discípulo se aproxima, ele busca o ensino de
Jesus, os outros é a multidão esses nos temos que ir atrás,
mas o verdadeiro discípulo não precisamos adular,
bajular, não precisamos montar sempre uma programação
especial para que ele venha estudar os ensinos do rei.
Porque ele tem profundo interesse em deleitar nos ensinos
do mestre.
“Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR
todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no
seu templo.” Salmos 27:4
E agora, a qual grupo temos pertencido?

Segundo ponto nesta noite

II- JESUS ENSINA AS BEM-AVENTURANÇAS (v 2 –


12)
“ e Ele passou a ensiná-los, dizendo:”

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o


reino dos céus.
Pobre em espírito não é falta de coragem, de
determinação, mas reconhecer a bancarrota, o declínio, a
falência e nossa incapacidade espiritual. O pobre em
espírito confessa seu desmerecimento diante de Deus e sua
total dependência dele.
Assim, ser "humilde (pobre) de espírito" é reconhecer
nossa pobreza espiritual ou, falando claramente, a nossa
falência espiritual diante de Deus, pois somos pecadores,
sob a santa ira de Deus, e nada merecemos além do juízo
de Deus.
Nada temos a oferecer, nada a reivindicar, nada com que
comprar o favor dos céus.

Existe um poema de um hino que expressa esta verdade:


"Nada em minhas mãos eu trago, Simplesmente à tua cruz
me apego; Nu, espero que me vistas; Desamparado,
aguardo a tua graça; Mau, à tua fonte corro; Lava-me,
Salvador, ou morro."

Esta é a linguagem do pobre (humilde) de espírito. Nosso


lugar é ao lado do publicano da parábola de Jesus,
clamando com os olhos baixos: "Deus, tem misericórdia
de mim, sou um pecador!"

2. Os que choram (v. 4)

Quase que se poderia traduzir esta segunda bem-


aventurança por "Felizes os infelizes",
Que espécie de tristeza é essa que pode produzir a alegria
da bênção de Cristo naqueles que a sentem?
Está claro no contexto que aqueles que receberam a
promessa do consolo não são, em primeiro lugar, os que
choram a perda de uma pessoa querida, mas aqueles que
choram a perda de sua inocência, de sua justiça, de seu
respeito próprio.
Cristo não se refere à tristeza do luto, mas à tristeza do
arrependimento.
Este é o segundo estágio da bênção espiritual. Uma coisa é
ser espiritualmente pobre e reconhecê-lo; outra é
entristecer-se e chorar por causa disto.

3. Os mansos (v. 5)
significa aquele "gentil", "humilde", "atencioso", "cortês"
e, portanto, o que exerce
autocontrole, sem o qual estas qualidades seriam
impossíveis.
mansidão denota uma atitude humilde e gentil para com os
outros,

4. Os que têm fome e sede de justiça (v. 6)


Fome e sede são as necessidades mais básicas que temos.
Tanto que estão entre as primeiras necessidades que
buscamos satisfazer com o nosso trabalho e com o nosso
empenho diário.
A lição de Jesus fala que devemos ter “fome e sede de
justiça”. A palavra justiça tem a ver com a prática da
vontade de Deus, dos Seus mandamentos, da verdade.
Assim, devemos ter fome e sede de fazer a vontade de
Deus, de andarmos na verdade, e de buscarmos uma vida
justa e reta.

Conclusão:

Estas primeiras bem-aventuranças descrevem um


relacionamento vertical, são as características da relação
do súdito com o seu Rei, é a sua relação com Deus.
Nós vivemos em um mundo onde os mais fortes que
prevalecem, onde o que vale é o que você tem não o que
você é.
Mas no reino de Deus, é diferente. Aqueles que reinaram
com o senhor Jesus na gloria são aqueles que são humildes
de espírito, são que percebem sua pequinês diante de um
Deus altíssimo, Santo e poderoso.
São também aqueles que ao relacionar-se com Deus
choram porque não conseguem por causa do pecado
satisfazer por si mesmo a demanda do reino de Deus.
São também aqueles que são mansos, que tem domínio
próprio que conseguem diante de um mundo tão perverso,
manter o equilíbrio a sensatez, características essenciais
daqueles servem ao Rei.
São aqueles que têm fome de Justiça, que seu alimento é
fazer cabalmente a vontade do pai.
Que Deus, por meio do Seu Espírito Santo, nos ajude a
nos aproximarmos mais dos padrões do Sermão do Monte
para que possamos desfrutar de um relacionamento íntimo
com Ele, edificado sob a rocha, e para que consigamos
amar verdadeiramente o nosso próximo, a fim de que
sejamos sal e luz onde estivermos e, dessa forma,
experimentar as mais ricas bênçãos espirituais que o
Senhor tem para nós.

Você tem feito isto?


Que Deus em Cristo nos abençoe?

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