Henrique Cazes Escola Moderna de Cavaquinho PDF
Henrique Cazes Escola Moderna de Cavaquinho PDF
Henrique Cazes Escola Moderna de Cavaquinho PDF
os dissonantes
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Henrique Cazes
o solo e acompanhamento
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Sensibilidade e compet6ncia
Henrique, vocQ al6m de grande mtisicq 6 um grande her6i e sua sensibilidade e competdncia
me comovem muito. Voc€, com este trabalho, estd dignificando cada vez mais o cavaquinho - instru-
mento tipicamente brasileiro - e gug atd bem pouco tempo, era bastante marginaliZado, como foi
o violdo um dia. Tenho cerrezade que, a partir de agora, os adeptos desse instrumento ser6o mui-
tos.Ileus sinceros parab6ns a voc0, pela beleza do trabalho, e ao Almir Chediak, por ter acreditado
e editado este manual que 6 definitivo. Precisamos de mais brasileiros como vocOs neste pais.
Beth Carvalho
Carninhos brasileiros
Sou um grande admirador do artista Henrique Cazes. Mrisico s6rio, estudioso, companheiro e
amigo do nosso querido Radam6s Gnattali, pertence ao grupo dos que trabalham com prazer e de-
dicagSo para que, seguindo caminhos brasileiros, as nossas artes evidenciem, atrav6s dos tempos,
a contagiante forga de expressdo que a indole do nosso povo oferece em suas manifestaEoes culturais,
Este m6todo de cavaquinho, elaborado com muito crit6rio por um instrumentista consciente
e observador, com cerleza,enriqueceri os conhecimentos dos estudantes (e tamb6m de profissio-
nais), porque Henrique Cazes aglutinou com clareza id6ias predominantes, desenvolveu-as, conse-
guindo aprcsentar novas opEoes de invers6o de acordes, escalas, arpejos, c6lulas ritmicas para acom-
panhamentq dedilhados, interessantes pesquisa sobre afinagdq evidenciando refinamento e boa
postura.
Rildo lfora
Pareceres
I{errneto Fascoal - E muito imponante que, pela primeira vez no mundq os misicos tenham a oportuni-
dade de conhecer o cavaquinho em todos os seus recursos harm6nicos, mel6dicos e ritmicos. O cavaquinho 6 um
instrumento qug al6m do chorq 6 ilimitado.
Paulo Moura - Este m6todo ser6 sem drlvida bem vindo para todos aqueles que, apreciando o estilo da mrisi-
ca popular carioca, buscam a oportunidade de usufruir das qualidades do cavaquinho como instrumento solista.
Pepeu Gornes -Este m6todo inovador vem por fim a uma antiga defici6ncia no ensino do cavaquinho. Mos-
tra ima enorme variedade de acordes dissonantes', exercicios de t6cn-ica, leitura mel6dica e uma s6rid de mtsicas
de vdrios autores. E importante frisar que este trabalho serve, tamb6m, aos que tocam guitarra baiana com afina-
96o de cavaquinho.
Alrnir Chediak - Este trabalho e, sem drivida, o mais importante j6 feito sobre o aprendizado do cavaquinho.
Espero que todos os cavaquinistas amadores e profissionais possam tomar conhecimento desta maravilhosa obra.
Rafael Rabello - Finalmentg algu6m se preocupa em viabilizar o estudo do cavaquinho. Era um problema
que afligia os iniciantes no instrumentde, tambdm os piofissionais. Mas agora tudo est6 resolvido graEas^d dedica-
E6o desse mrisico que teve a pacidncia de oferecer ao cavaquinho e ao musicista em geral este metodo pioneiro Bravg
Henrique!
Arrnandinho (Trio El6trico)- 0 cavaquinho, qup tem uma sonoridade t6o marcante na misica brasileira e
6 t6o pouco incentivado no seu aprendizado, tem agora um m6todo clarq pratico e completo. Parab6ns, Henrique,
a MPB agradece.
Mauro Diniz - Estamos diante de um mdtodo que realmente ilustra tudo sobre o cavaquinho.
Existia uma car€ncia muito grande no que diz respeito ao aprendizado deste instrumento, pois at6 ent6o n6o
tinhamos conhecimento de nenhuma publicagdo que pudesse nos fornecer dados suficientes para uma pesquisa
mais.profunda.
E bastante recomend6vel para quem deseja obter uma boa t6cnica e conseqlientemente para quem deseja ser
um bom cavaquinista.
A compet€ncia deste trabalho justifica o titulo: Escola Moderna do Cavaquinho.
II\totcE
PARTE I
I - Resumo hist6rico 8
Il-Oinstrumento 9
a) Estrutura 10
b) Cordas e palhetas I I
c) Afinag5o I I
III - Extens6o e notagEo ll
a) ExtensSo ll
b) Notagao 12
PARTE 2
Fundamentos
I - Postura 12
II-Arpejo I 13
III - Martelo Simples 14
IV - Escala Cromdtica (duas oitavas) l5
V - lpitura Mel6dica I 16
VI - Estrutura e representagdo dos acordes 20
a) Acorde 20
b) O acorde representado:
l) Na pauta 20
2) No brago do cavaquinho 20
3) Cifras 20
c) Formagdo do acorde 22
t) Tfiade 22
2)Tftrade 22
3) Acorde invedido 22
d) Categoria dos acordes 22
VII - Acordes no cavaquinho 22 I
a) Trfade muor 22
b) Trfade menor 23
c) Acorde com sdtima ou de sdtima da dominante 24
d) Acorde diminuto 25
Vru - Acompanhamento cifrado com os acordes estudados, levando-se em conta a condugao harm6nica 26
PARTE 3
l-Arpejo2 27
II - Martelo duplo 28
III - Combinag6o de m6o esquerda 28
IV - Exercfcios de fortalecimento dos dedos 3e 4 28
V - Exercfcio com nota fixa 28
VI - Escala cromdtica com repetigdo 30
VII - kitura mel6dica 2 3l
Vm - Cdlulas ritmicas mais comuns no acompanhamento de cavaquinho 39
IX - Acordes no cavaquinho 2 4O
a) Acorde com sexta 6 40
b) Acorde menor com sexta 46 4l
c) Acorde de sdtima e quarta f, 4Z
d) Acorde de sdtima com quinta diminuta 1(bS) 42
e) Acorde de sdtima com quinta aumentada 7(#5) 43
f) Acorde menor com sitima m7 43
g) Acorde menor com sitima maior m(7M) 44
h) Acorde menor com sdtima e quinta diminuta m7(b5) 44
i) Acorde com sdtima maior 7M 45
PARTE 4
I-Arpejo3 45
II - Exercfcios de fortalecimento e independ6ncia dos dedos 3 e 4 (continuageo) 48
III - Sugestdo de tdcnica minima didria 4t
IV - Efeitos (notac{o e execugEo) 48
a) Pizzicato 48
b) Tr€molo 49
c) Harm6nicos 49
d) Segundas menores 50
V - Regras bdsicas de digitageo 50
VI - kitura mel6dica 3 (sugestdes de repert6rio de solo) 50
VII - Acordes no cavaquinho 3 51
a) Acorde de sdtima e nona 7(9) 5l
b) Acorde de sdtima e nona menor 7(b9) 51
c) Acorde de sdtima e nona aumentada 7(#9) 52
d) Acorde com sdtima maior e nona 7M(9) 52
e) Acorde com nona adicionada (add9) 52
f) Acordecomsextaenona $ 52
g) Acorde menor com sdtima e ddcima primeira m7(l l) 53
h) Acorde de setima com ddcima primeira aumentada 7(#l l) 53
i) Acorde de sdtima com ddcima terceira 7(13) 53
j) Acorde de sdtima com ddcima terceira menor 7(b13) 53
VIU - Mrisicas populares harmonizadas 54
PARTE I
I - RESIJMO HISTORICO
Existe unanimidade entre autores como Oneyda Alvarenga, Mdrio de Andrade, Renato Almeida e Cdmara Cascudo sobre a
origem portuguesa do cavaquinho. Afirma Cascudo que de Portugal o instrumento teria sido levado para a Ilha da Madeira e
de 16, ap6s absorver algumas modificagOes, vindo para o Brasil. Na verdade, o cavaquinho chegou n5o s6 i Ilha da Madeira,
mas, tambim, aos Agores, Havai e Indondsia.
No Havai, levado pelo madeirense Jodo Femandes em 1879, foi rebatizado pelos habitantes locais comoukulele (pulga
saltadora), caiu no gosto da populagEo e acabou se tomando sfmbolo da mrisica havaiana. Na Indonisia, ganhou o nome de
kerotjong (ou viola de kerotjong ou ainda ukulele como no Havai), e participa do conjunto que toca o g€nero de mesmo
nome, bem parecido com o conjunto de choro brasileiro. No livro Instrumentos Populares Portugueses encontramos a seguin-
te descrig6o: "O cavaquinho d um cordofone popular de pequenas dimens6es, do tipo da viola de tampos chatos - e portanto
da famflia das guitarras europdias - caixa de duplo bojo e pequeno enfraque, e de quatro cordas de tripa ou met6licas - con-
forme os gostos, presas em cima nas cravelhas e embaixo no cavalete colado no meio do bojo inferior do tampo. Aldm deste
nome, encontramos ainda, para o mesmo instrumento ou outros com ele relacionados, as designagOes de machinho, machim,
machete, manchete ou marchete, braguinla ou braguinho, cavaco etc. . ."
Al6m das coincid€ncias de formas e afinag6es do instrumento 16 e aqui, vemos ainda que em ambos os c:rsos o cavaquinho
estri ligado a manifestagOes populares, festas de rua, etc.
Sobre os g€neros que o utilizam em Portugal, encontramos na mesma publicagEo o seguinte: "Como instrumento de ritmo
e harmonia com seu tom vibrante e saltitante, o cavaquinho d como poucos,pr6prio para acompanhar viras, chulas, mdhOes,
canas-verdes, verdegares e prins".
Aldm dos g€neros em que i usado, outro detalhe marca a diferenga entre o cavaquinho no Brasil e em Portugal: a maneira
de tocar. Enquanto aqui utilizamos a palheta para tanger as cordas, ld s6o usados os dedos da m6o direita, geralmente fazendo
rasgueado.
No Brasil o cavaquinho desempenha importante fungdo no acompanhamento dos mais variados estilos, desde gOneros mu-
sicais urbanos como o samba e o choro, atd manifestagdes folcl6ricas diversas como folias de reis, bumba-meu-boi, pastoris,
cheganga de marujos.
O cavaquinho, com a flauta e o violeo, formou o conjunto que deu origem ao choro como forma de tocar e mais tarde
coino gdnero musical. Com o aparecimento do samba na d6cada de 10, o cavaquinho ganhou o gdnero com o qual d mais iden-
tificado, e no qual participa de todo tipo de evento, desde o samba de terreiro atd o desfile das escolas de samba, muitas vezes
sendo o rinicoinstrumento harmonico.
Ao longo deste sdculo grandes instrumentistas marcaram o desenvolvimento do cavaquinho, entre os quais podemos citar
Nelson Alves (Nelson dos Santos Alves - Rio de Janeiro - 1895-1960).Integrante do grupo de Chiquinha Gonzagae funda-
dor dos Oito Batutas. Autor de choros como Mistura e manda e Nem ela. . . nem eu. Canhoto (Waldiro Frederico Tramontano
- Rio de Janeiro - 1908-1987). O mais marcimte acompanhador de cavaquinho. Tocou com Benedito Lacerda desde a ddca-
da de 30; em 1950 fundou seu pr6prio regional, marco dentro dessa formagdo instrumental. Garoto (Anfbal Augusto Sardi-
nha - S5o Paulo - SP -281611915 - Rio de Janeiro 03/05/1955). Inigualdvel virtuose das cordas. Tocavabanjo,cavaqui-
nho, bandolim, violllo tenor, guitarra havaiana, violdo, etc. Foi o autor de mrisicas revoluciondrias para a sua 6poca como Duas
contas e Sirwl dos tempos. E sobretudo aquele que popularizou o cavaquinho como solista: Waldir Azevedo (Rio de Janeiro -
27loll1923-20/09/1980). Autor das mrisicas mais executadas do repert6rio de cavaquinho: Brasileiinho, Delicado e Pedaci-
nhos do cht, entre outras. Podemos ainda acrescentar que dentro dessa evolugdo o acontecimento mais recente de relevo 6 a
experi6ncia camerfstica que aCamerata Carioca, idealizada pelil maestro Radamis Gnattali, rcaliza;utilizando o cavaquinho
para tocar desde concertos de Vivaldi atd mfsicas de autores contempordneos.
Nos riltimos anos duas variagOes de forma do cavaquinho ganharam adeptos: a guitarra baiana (um cavaquinho eldtrico de
corpo macigo e forma de guitarra elitrica) instrumento solista dos trios elitricos, e o banjo-cavaquinho, que devido ao seu
som alto, se equilibra melhor com os instrumentos de percussfio usados nos chamados pagodes.
8 o Heruique Cazes
II _ O INSTRI.JMENTO
a) Estrutura
8. Gabeqa (paleta
7. Festana (osso)
3. Boca
2. Caralete
1. Tampo
4. Faixa (ilharga)
FIGURA 1
Travessas
lrque
harmdnico
FIGURA 2
o A relagao entre o material do tampo, aquantidade eostiposde leques,omaterialdas faixase fundoe as dimens6es da
caixa d que vai determinar o timbre e o volume do instrumento.
Ex.: tampo mais duro + cavaquinho mais agudo; caixa mais larga + realce da regi5o mddio-grave.
2. Cavalete - de jacarandd, imbuia, dbano. E a pega onde se prendem as cordas. E colado ao tampo e nele inserido o rasti-
lho (2-A) que consiste em uma pega de osso (eventualmente plistico ou marfim), responsdvel pela altura e tenseo das cordas.
Sabe-se'que o timbre tambem sofre influ€ncia do material do rastilho.
3. Boca - oriffcio responsdvel pelo equilibrio das press6es extema e intema. A roseta (3-A), aldm da fungSo decorativa,
reforga as bordas da boca.
4. Faixa e fundo - de jacarandd, caviuna, imbuia, faia, pldtano, etc. Nos instrumentos pequenos como o cavaquinho, influi
bastante no timbre a escolha da madeira.
5. Escala - de dbano ou jacarand6. E uma placa de madeira colada sobre o brago, na qual est6o fixados os trates (5-A). A
proporgdo das distincias entre os trastes d que vai dar o temperarnento da escala, dividindo-a precisamente em semitons.
6. Brago - de cedro ou m6gro. Sua forma e dimens6es determinarIo maior ou menor conforto para o instrumentista.
7. Pestana - de oso (eventualmente de pldstico). Tem fung6o semelhante ao rastilho e ainda divide as cordas equidistan-
temente. E muito comum encontrarmos no cavaquinho o traste zero (7-A), colocado junto i pestana e respons6vel pela altura
das cordas.
8. Cabega - costuma ter o desenho que caracteriza o fabricante e nela est6o localizadas as mecinicas (8-A), cuja finalidade
d fixar as cordas e controlar sua tensdo, visando a afinagdo.
l0 o Henrique Cazes
b) Cordas e Palhetas
A fabricagdo de cordas para cavaquinho ainda se encontra em est6gio bastante primitivo, e na falta de opg6es o que fun-
ciona satisfatoriamente sdo as cordas de ago para violSo.
Deve-se escolher o tipo de corda de acordo com o instrumento e o gosto do instrumentista, tomando o cuidado para n5o
usar a quarta e a terceira cordas de calibre muito grande, ou seja, ndo usar cordas muito grossas.
Quando se coloca uma corda nova em um cavaquinho, 6 aconselhrivel subir a afinagdo gradativamente atd a altura do dia-
pasdo, para evitar que a corda se rompa.
A palheta costuma ser uma opgdo pessoal do instrumentista, mas podemos observar algumas caracterfsticas gerais:
o A palheta mole d mais barulhenta e desaconselhdvel para solo.
o A palheta dura d mais vers6til servindo tanto ao centro quanto ao solo.
o Quanto menor a palheta, menos ruido causa.
o As palhetas de pldstico escuro costumam apresentar melhores resultados do que as de plistico colorido.
o Qualquer que seja o tipo de palheta,6 importante que a superffcie que fard contato com a corda esteja polida, para evi-
tar ruidos.
Um material bastante usado em palhetas 6 o casco de tartaruga, e os cavaquinistas que preferem este tipo costumam mol-
dri-las a seu gosto. As palhetas de tartaruga t€m a vantagem de n6o quebrar, apenas gastar.
c) AfinagSo
Desde o seu surgimento em algumas cidades portuguesas, o cavaquinho tem sido afinado de diversas maneiras das quais po-
demos citar (do grave para o agudo):
o Rd-Sol-Si-Rd - mais usado e que os madeirenses trouxeram para o Brasil;
o Sol-Sol-Si-Rd e L6-L6-D6-Mi;
o Rd-Sol-Si-Mi - usada em Coimbra;
o Sol-Rd-Mi-Lri - chamada de afinagd'o para malhSo e vira, na "Moda velha";
o Sol-D6-Mi-Ld - usada na regiEo de Barcelos.
Existem ainda ahnag6es em que a corda mais aguda d a terceira e nflo a primeira.
No Brasil a afinagSo mais usada d Rd-So1-Si-Rd, sendo tambdm encontrada a Rd-Sol-Si-Mi e atd mesmo uma afinagdo em
quintas (como no bandolim) - Sol-Rd-Lri-Mi.
Este mdtodo aborda as duas afinagOes mais comuns (Rd-Sol-Si-Rd e Rd-So1-Si-Mi) que daqui pra frente passamos a chamar
de : tradicio nal, a pimeira, e notural, a segunda.
Observagdo: O nome natural procura seguir o critdrio usado para denominar as afinag6es da viola caipira (ou brasileira), ou
seja, a afinagSo como a do violdo fica com o nome de natural.
Em matdria de utilizagdo para o acompanhamento, as afinag6es se equivalem. Para o solo, a afinagdo natural d sem drivida
mais rica, pois aumenta a extensdo do cavaquinho.
Qualquer que seja a afinagd'o utilizada d muito importante que o instrumentista adquira o hdbito de afinar na altura corre-
ta, dada pelo diapasSo. Normalmente o diapasd'o dri o Lri - 440H2 (ds vezes 442H2) que deve corresponder ao Ld na 24 casa
da 3? corda. Feito o acerto do Ld padr6o, teremos a 3? corda afinada e daf poderemos seguir diversos caminhos para afinar as
demais, dos quais citamos abaixo o mais comum:
o Sol c4 =@ Si
si ''/
c3 =o Rd (afinaEao tradicional) =@Rd (oitava)
@
c5 =o Mi (afinagdo natural)
o Sol c7 =@ Rd.
E muito comum ap6s um procedimento como o apresentado acima, montarnos um acorde e este soar desafinado. devido
ds deficiencias na construgdo do cavaquinho. Nestes casos d necessdrio fazermos aproximagOes para termos uma mddia de afi-
nag6o razodvel.
Ultimamente, com o surgimento dos afinadores eletronicos, pode-se atingir uma mddia mais precisa na afinagdo.
III_EXTENSAOENOTAQAO
b) Notagdo
Na notagdo das partes de cavaquinho aparccem as seguintes indicag6es:
o @ , @ , @ , O -nrimerodentrodeumcfrculoindicaacordaqueest6sendotocada;
. 1,2,3,4 - indicam os dedos: indicador, mddio, anular e mfnimo da m6o esquerda, respectivamente.
. Cl ,C2, etc. - indica a casa mais pr6xima da pestana em que vunos tocar um trecho ou montar um acorde;
o tJ - setas para cima e para baixo indicam o sentido da palhetada.
PARTE 2
_ POSTURA
A postura que serd apresentada aqui segue a uma l6gica ffsica e anat6mica, e pode ser descrita em tr€s pontos:
o Para manter a coluna vertebral em posigdo ereta e tocar sem problemas, em pd ou sentado, d necess6rio que se empu-
nhe o instrumento i altura do diafragma, com o brago paralelo ao solo. O cavaquinho dever6 estar totalmente firme por
meio de uma pressdo do antebrago direito sobre o lado direito do peito e do apoio do brago do instrumento sobre a pri-
meira junta do dedo indicador da mdo esquerda.
o i
Como precisamos de plena liberdade de movimentos para o pulso direito, n6o aconselhrivel apoiri-lo sobre o tampo do
cavaquinho nem apoiar o dedo minimo da m6o direita logo abaixo da boca do instrumento. A m6o direita deve se mo-
vimentar paralelamente ao tarnpo. Os dedos que ndo seguram a palheta devem estar naturalmente unidos.
FIGURA 3 FIGIIRA 4
12 o Henrique Cazes
FIGURA 5
W FIGUM 6
o Os dedos indicador, mCdio, anular e minimo da mdo esquerda, que vdo apertar as cordas, devem ser arqueadas para que
atuem perpendicularmente i escda.
O polegar esquerdo que dard apoio para todos os movimentos deve atuar da maneira mais c6moda e eficiente possfvel. Le-
vando-se em conta que, devido as dimensOes reduzidas do instrumento, as variag6es de tamanho de m6o do executante e de
regillo a ser usada provocam variagEo muito grande na posigdo do polegar esquerdo, diferentemente do violflo em que se tra-
balha com postura de mdo esquerda mais rfgida.
II _ ARPEJO I
O objetivo dos exercfcios que se s€guem d fixar boa postura de mllo direita e iniciar o desenvolvimento de uma nog6o de
distdncia entre as cordas, sem que para isso seja necessirio olhar em que corda a palheta vai tocar.
J=)
I rt I
)=)
o Os sinais J-J inAi."* que a unidade de tempo 6 mantida durante todo o exercicio, ou seja: mudam as figuras de rit-
To, mas o andamento pelmanece inalterado. Isto implica em que devemos escolher andamento lento (por exemplo
= SO) para irmos sem problemas do inicio ao fim do exercfcio.
. EJ importante que se obsewe o sentido da palhetada, descrito pelas setas abaixo do pentagrama.
. Podemos observar ainda que o importanti deste exercfcio d o trabalho da mao direita]Sendo assim, ndo d necessdrio
trabalhar com as cordas soltas. Podemos, por exemplo, abafar as cordas ou montar um acorde.
o Para quem usa a afinagdo natural (Rd-Sol-Si-Mi) o exercfcio d exatamente igual, s6 que a I ? corda em vez de Rd, passa
a ser Mi, ou seja, as notas do primeiro tempo do segundo compasso de cada tipo de exercfcio, pilssam a ser Mi.
O exercicio de martelo simples tem como objetivo fixar boa postura para a m6o esquerda e iniciar o processo de fortaleci-
mento e independ€ncia dos dedos.
A posigdo correta d a mostrada na figura abaixo.
FIGURA 7
Partindo-se desta posig6o, o exercfcio consiste em levantar cada um dos dedos separadamente, mantendo os demais
na posi96o inicial.
r I r
l? ' I
I
o Ndo d necessdrio levantar muito cada dedo. O importante d levant6-los a uma mesma distincia da escala, mantendo o
arqueamento do dedo.
o Este exercfcio deve ser executado em andamento lento para que haja atengSo a todos os movimentos.
r Em caso da m6o esquerda ficar muito tensa, parar e s6 reiniciar quando tiver voltado ao normal.
o Para quem usa a afinag6o natural (Rd-Sol-Si-Mi), a rinica alteragdo 6 no quarto compasso do exercfcio: em vez de Ld-Ri
fica Si-Mi. Ou seja, a posigdo dos dedos d id6ntica a de quem usa a afinagEo tradicional.
14 o Henrique Cazes
IV - ESCALA CROMATICA (2 oitavas)
AFINAqAO TRADTCTONAL
c8-r
B t)tt ? N2
6Hi a 31'4 o
I
/a\-
\:/ c@ o
C9-C5i--C4i-r
c @
AFINAQAONATURAL
c6-_t c5 _ c7 _
e@ o
c5-c5-r
l' 4 q
7 t ot4
3 t ";
I
@
E sempre bom lembrar que as digitag6es aqui apresentadas s6o as mais comuns, o que n6o impede que existam outras
possibilidades adaptdveis a cada instrumentista.
Deve-se objetivar neste exercfcio valores hopog€negs e um som claro em todas as notas. Para se conseguir este resultado
d bom iniciarbem lentamente (J =30 *) =?Of = 120), cuidando para que nio ocorramoscilagdesnoandamento.
Outro objetivo que devemos tei em menie d quE o som de uma nota deve durar ati o ataque da subseqiiente, sem
pausits.
Aqueles que ainda n6o tdm prdtica de leitura. cabe lembnr que na representagEo da escala estSo desigrados o dedo da
m6o esquerda, a corda e a casa mais proxima da pestana que estarcmos usando.
_
As mrisicas aqui apresentadas visam a desenvolver a prdtica da leitura com o instrumento, bem como a associag6o entre a
altura da nota e sua localizagdo no brago do cavaquinho.
Como s6 trabalharemos com a regido correspondente as primeiras casas do instrumento, n6o haverd necessidade de indicar
a digitaqSo.
15 o Henrique Cazes
4
12? r
7t
a
n-r,l-'ll
18 o Henrique Cazes
E-...--.--.-
a) Acorde
Acorde d o agrupamento de tr€s ou mais sons ouvidos simultaneamente.
b) O acorde representado:
l) Na pauta
A representagIo dos acordes na pauta d feita pela superposigIo das notas, mostrando a simultaneidade dos sons.
G7
2) No brago do cavaquinho
@@o@
cl
c5
Os nrirneros 1,2,3 e 4 conespondem aos dedos da m6o esquerda, isto d, indicador, mddio, anular e mfnimo, respectiva-
mente.
Obnennrgdo: A transposigf,o dos acordes no cavaquinho se processa da mesma maneira que no viol6o, isto i, desloca-se o
acorde para a direita ou para a esquerda do brago do cavaquinho fazendo com que as notas sejam abaixadas ou elevadas por
igud.
Por exemplo: quando montamos uma pestana na quinta casa, obtemos um acorde de D6 maior (C); na sexta casa D6 suste-
nido maior (C#);na quarta o Si maior (B) e assim sucessivamente.
3) Cifras
Sflo sfmbolos prdticos de acordes usados habitualmente em notagdo harmdnica de mrisica popular, para qualquer ins-
trumento. Em lugar do nome das notas (D6, RC, Mi, Fd, Sol, L6, Si), usamos assete primeiras letias mairisculas do
alfabeto.
L{=A Mi=E
Si=B Fd=F
D6 =C Sol =G
Rd =D
Em caso de existirem sinais de alteragdo, estes aparecem d direita da letra maifscula: G#(Sol sustenido), Eb(Mi bemol).
Ao usarmos cifras devemos ter consci6ncia do seguinte, a cifra estabelece:
o O acorde com suas tr€s, quatro ou mais notas e eventuais alteragdes.
o O estado do acorde (fundamental ou invertido).
Observagdo: Inversfio d quando o baixo nfio coincide com a nota da fundamental.iEx.: C/f * DO maior com mi no baixo.
Como no cavaquinho neo temos a regido do baixo, serri indiferente.
A cifra n6o estabelece, deixando i livre critirio e bom gosto do executante:
o A posigEo do acorde, ou seja, a ordem vertical das notas.
o Notas a serem duplicadas ou triplicadas.
. Notas a serem suprimidas.
o Se devemos ou ndo usar notas estranhas ao acorde e quais.
20 r Henrique Cazes
Dentro da liberdade que a notag6'o de cifra nos d6, devemos usar al6m do bom gosto (quanto a unidade de estilo), uma
condugSo harmOnica compativel com as possibilidades t6cnicas do cavaquinho, aldm de alguns fundamentos que garantarn um
som claro, como por exemplo:
e Toda triade (acorde de tr€s sons: fundamental, terga e quinta) deve conter a terga.
o Todo acorde de sdtima deve conter a terga e a s6tima.
o Toda nota alterada deve ser tocada. Ex.: (b5), (#5), (b9), etc. . .
o A fundamental e a quintajusta s6o dispensdveis.
o Duplicar ou triplicar s6 a fundamental e a quinta justa. (E no acorde diminuto a terga).
o Nos estados invertidos a nota do baixo tem que ser ouvida (para o cavaquinho nEo d necessdrio).
Observagiio: Podemos verificar que a fundamental e a quinta justa tanto podem ser duplicadas, triplicadas, como suprimi-
das. Isto serd muito importante para o cavaquinho quando estiver d frente de um acorde com mais de quatro sons, e tiver que
escolher uma ou mais notas para suprimir.
Apesar do dobramento da terga resultar num certo prejufzo acfstico, no cavaquinho 6 aceitdvel e na prdtica bastante uti-
lizado.
o Qladro dos interralos e sfmbolos usados na cifragem dos acordes, tomando como
cxemplo a nota fundamental D6
D6 I Fundamental
R6b 2m b9 Nona menor
Ri 2M 9 Nona (maior)
Rd# 2 aum. #9 Nona aumentada
Enarm6nicos
Mib 3m m Terga menor
Mi 3M Terca maior
4 Quarta (usta)
Fd 4J
ll Ddcima primeira (iusta)
Fi# 4 aum. #tt Ddcima primeira aumentada
Enarm6nicos
Solb 5 dim. b5 Quinta diminuta
Sol 5J Quinta (iusta)
Sol# 5 aum. #s Quinta aumentada
Enarmdnicos b6 Sexta menor
Ldb 6m
b13 Ddcima terceira menor
6 Sexta (maior)
Ldt 6M
Enarmonicos l3 Ddcima terceira (maior)
Si 7M 7M Sdtima maior
o Na coluna (nome) os termos entre pa€nteses s6o subenten&dos quando s€ diz o no-
me de um determinado acorde.
Ex. I - C$ OO com sexta e nona Ex.2 - Dm7(9) Rd menor com s€tima e nona
2) Tdtrade
Tdtrade d o agrupamento de quatro sons.
3) Acorde invertido
Tem-se acorde invertido quando o baixo se encontra sobre a terga, quinta justa ou sdtima menor ou maior.
Observagdo: Como no cavaquinho ngo temos a nota do baixo serd indiferente.
Como temos quatro cordas e as trfades t€m tr€s sons diferentes, podemos dobrar uma dessas notas. O dobramento da fun-
damental e da quinta justa resultam acusticamente melhor; o dobramento da terga maior ou menor d aceitdvel e bastante uti-
lizado na pr6tica.
Apresentamos os acordes a seguir, nas duas afinag6es (tradicional e natural) e nas regiOes onde s6o normalmente usados.
a) Trfades maiores
AFINAQAO TRADICIONAL
(cordas soltas)
E F c C# ou Db G G#ou Ab
!A mesma montagem
na casa 2 (C2) resulta no
acorde de F# ou Gb; na
ffi ffi
C3 em G; na C4 em G#
ou Ab; na C5 em A; na
C6 em A#ou Bb; na C7
emBenaC8emC.
22 . Henrique Cazes
AFINAQAO NATURAL
ffi ffiffi OU
Exercfcio: Escrever no pentagrama todas as trfades maiores nas montagens apresentadas, localizando a fundamental, terga
maior e a quinta justa, e o dobramento.
b) Triades menores
AFINAQAO TRADICIONAL
Em Fm Cm C+tn G#m Am
AFINAQAO NATURAL
Em Em Fm C#m ou Dbm
Exercfeio: Escrever no pentagrarna todas as trfades menores nas montagens apresentadas localizando a fundamental, terga
menor, quinta justa e os dobramentos.
ACORDES DE SETIMA
AFINAQAO TRADICIONAL
. Fundamental na nota r Terga maior na nota I Quinta justa na nota r Sdtima menor na nota
mais aguda. mais aguda. mais aguda. mais aguda.
E7 F1
F7 D7 D#7 ouEbT 87 c7 E7 F7
ffi
ffi H]j
AFINAQAO NATURAL
I Fundamental como nota r Terga maior na nota I Quinta justa na nota r Sdtima menor na nota
mais aguda. mais aguda. mais aguda. mais aguda.
E7 F7 m D#7 ou Eb7 87 C7 G7 G#7 ou Ab7
ffiffi ffiF
ruH d ffiffi
Exercfcio: Escrever no pentagrama todos os acordes de sdtima nas montagens apresentadas, localizando a fundamental, ter-
ga maior, quinta justa e a sdtima menor.
ObservagSo: E importante notar que a fundamental e a quinta justa, tanto podem ser omitidasquanto duplicadas sem que
hajam problemas acfsticos. No cavaquinho, na prdtica, duplica-se tergas e atd sdtimas sem maiores problemas, pordm ndo d
aconselhdvel.
Existem portanto outras formas de montagem dos acordes de sdtima da dominante, omitindo-se uma nota e duplicando-se
outra, conforme veremos a seguir nos exemplos para as duas afinagOes.
E bom lembrar que n6o se pode omitir a tergi maior nem a sdtima menor destes acordes.
AFINAQAO TRADICIONAL
24 o Henrique Cazes
ffi ffi
AFINAqAO NATURAL
A7
Exercfcio: Escrever no pentagrama alguns exemplos de acordes de s6tima nas montagens em que omitimos uma nota e du-
plicamos outra. Iocalizar a fundamental e a quinta justa (se aparecerem), terga maior e sdtima menor, bem como a dupli-
cageo.
d) Acorde diminuto o ou o7
Por quest6es didr{ticas usa-se o simbolo "o" para representar a triade diminuta e "o7" para as tdtrades. Pordm em termos
prdticos quando temos uma cifra, por exemplo, Co trata-se de uma tdtrade jri que a triade diminuta ndo d usada.
Podemos perceber que os sons que formam estes quatro acordes sdo os mesmos (mudando apenas a posig5o das notas), e
que a diferenga entre estes acordes est6 no baixo.
Como no cavaquinho o baixo de acorde ndo existe efetivamente, podemos construir o seguinte quadro prdtico:
D#o F#o
Para o cavaquinho: Co ou = ou :
= Ebo Ao
Gbo
c#o A#o
ou -Eo-Go- ou
Dbo Bbo
G#o
po-fo- ou =Bo
Abo
Montagem (o nome do acorde diminuto ser6 dado pela nota mais grave).
AFINAQAO TRADICIONAL
H
ttH ffi
Os acordes de sdtima diminuta, devido a equi val€ncia mos trada no quadro acima, sdo elementos chave na condugdo de um
acompanhamento de cavaquinho.
Deve-se utilizar uma montagem de um dos acordes equivalentes, que esteja mais pr6ximo ou sirva melhor de caminho para
os acordes seguintes.
VIII - ACOMPANHAMENTO CIFRADO COM OS ACORDES ESTLIDADOS (I-evando-se em conta a condugio harmonica)
Para realizarmos satisfatoriamente um acompanhamento em qualquer instrumento harmdnico, necessdrio que haja con- i
dug6'o, ou seja, que n6o se mude aleatoriamente da montagem de um acorde i do seguinte, mi$ que este movimento sugira um
caminho l6gico, normalmente por graus conjuntos.
Os exemplos que se seguem d6o a id6ia do que seja um acompanhamento bem conduzido, o que deve ser um objetivo cons-
tante. Na prdtica, o mfsico recebe acompanhamento cifrado e o realiza de acordo com as possibilidades tdcnicas do instru-
mento e s€u gosto pessoal.
AFTNAqAO TRADTCIONAL
l.
C' A7 Dm Ebo Em A7
lt urlur I rtls 4cl uzlur I rnrs *l,l"olfir
I ll
) J
) GG7 C Cm D7 '1. G D7G
lt urlur lrrml ffil M2lM3 I rt,tr M3 lurll
Aos que nd'o t6m pr6tica de acompanhamento, sugerimos o ritmo bdsico abaixo para ser utilizado na parte das seqti6ncias.
'- ll'
tl ll I lll
1t
Esta "batida", uma das mais utilizadas iro choro, pode sewir como base para se adquirir firmeza na palhetada.
25 o Henrique Cazes
PARTE 3
I - ARPEJO 2
Os exercicios que se seguem t€m o mesmo objetivo dos arpejos l, so que trabalharemos agora com cordas intercaladas (4?,
24,34, 14).
a Escolher um andamento e mmt€-lo, do infcio ao fim do exercicio e s6 passar a um andamento mais rdpido quando es-
tiver executando perfeitamente o exercfcio.
a Observar o sentido da palhetada.
a Para quem usa afinagdo natural, s6 muda o 49 tempo dos compassos 4/4, que em vez de Rd serdo Mi.
II - MARTELOS DIJPLOS
Partindo de uma posigdo iddntica i usada para o exercfcio de martelo simples,levantaremos agora dois dedos de cada vez.
o Para tocarmos simultaneamente em duas cordas, usamos a palheta na mais grave e a unha do dedo anular na mais aguda.
o E importante que os dedos se movimentem sincronizados e atinjam uma mesma dist6ncia do espelho.
o Paraquemusaafinagsonaturalaunicaalteragdodqueodedo4emvezdetocarLii-Rdtocarrisi-Mi,masaposigsodos
dedos serd id€ntica.
Sdo uma s6rie de exercicios em que realizamos todas as passagens possweis de dedos da mlo esquerda.
Partiremos da posigdo em que os dedos 1,2,3 e 4 ocupam quatro casas vizinhas em qualquer corda e regi6o.
Observag6es:
r O exercfcio d vrilido para qualquer afinagdo.
o Depois que estiver bem seguro, passe a fazer o mesmo exercfcio com a seguinte posigdo dos dedos: l-C2;2-C4;
3 C5; 4 C7 em qualquer corda.
- -
IV - EXERCICIOS DE FORTALECIMENTO E INDEPENDENCIA DOS DEDOS 3 E 4
. Com os dedos em casas vizinhas, fazer uma vez o exercfcio (com repetigdo) em cada corda.
o Levantar os dedos da m5o esquerda o mfnimo necessdrio, sem que eles saiam do arqueamento normal.
Nestes exercfcios, um dos dedos da mdo esquerda se fixa em uma nota sustentada, enquanto os demais atuarn em outra
corda.
AFINAQAO TRADICIONAL
ti
c@ o@
e@_.' -D€)-,
oldemcom@r@,@.@
28 o Henrique Cazes
t'1t It
@@ @ @_r
@ @ @ @
o Idemcom @e@,@ . O
AFINAqAO NATURAL
O exercfcio tem exatamente a mesma mecAnica descrita para a finagdo tradicional. 56 muda a nota da primeira corda. Ex.:
O@ ----r
o@'
o ldemro- @ . @ , @ . @
A segunda parte do exercfcio (ascendente) comega id€ntica ao da afinagE'o tradicional e s6 muda no riltimo compasso,
mantendo por6m a mecdnica.
Os dedos que se movimentam devem se distanciar o mfnimo necessdrio e ndo sair do arqueamento normal.
AFINAQAO TRADICIONAL
lil
@@@
l3 3 I ?l llr
3
I
/a\
?_i
A(2)
(J) -'
a-lt 4 4
rl
@@@ G' .g e
lQ o Henrique Cazes
AFINAQAO NATUR{L
3
4
I t
6) e
3
3t I I
I i1
(9(? c 6\
'=)
@
1-
cl
-.-
3
llj r3
111
O'zB,
@ @e
3
rtl
lt{
-@; rPt 'O
a Quando estamos subindo (em diregao ao agudo) e temos um grupo com notas em duas cordas, muda a palhetada para
lll. Fora estes casos a palhetada d sempre Jtl.
o Devemos escolher um andamento em que a escala seja tocada com perfeigSo do infcio ao fim. por mais lento que este
seja.
As pegas que se seguem e a leitura melodica I desenvolvem a leitura com o instrumento. Utilizaremos agora umaextensao
maior, figuras de ritmo incluindo semicolcheia e escreveremos a digitagdo, quando necessdria.
1) Minueto
J.S.Bach(1685-17s0)
r-l? lez-l
2a vez-
-
c5- c5_
@_@ @_o
32 o Hendque Cazes
2\n 2 q ----\
H. Cazes
L.
o3
c7-r
ltLa
oBz
@@ 24 vez
c5-
(1906)
R. Gnattali
(trechos)
Torn Jobim
5) Meu Amigo
@----
C4-"--C6----
2
'7- ,'i-,
t6',
'!-
\z) ---------
34 . Henrique cszes
cl
-cl
o21
o-
/a\-
\5-l
/l --_-
\z
o a\
\7
rrrNnqAo NATURAL
t-
36 e Henrique Cazes
3) Valsa H. Cazes
ta yg7
)a ysy-
4) Maxixe
C5
C5
c3-
c5-
- 4 ,--l
38 o Henrique Cazes
vrrr - CELULAS nfrmc,l,s MArs coMLJNs No ACoMPAr{HAMENTo DE CAVAQT,ITNHO
t ii r Li ,ll
x x x x ,, Ex.: Doce de coco
-.no*o fr ll, ll, iJjj I I I I :ll
: l
(Jacob do Bandolim)
youvuendo
ll llll @xinguinha)
llllllllr
o O samba d um gdnero de mfsica em que se desenvolvem inrimeras "batidas". Podemos considerar como base o ritmo
acima.
ill ll I
xxx
-FREV. ? ll'i-i:i I l_J ,ll Ex.; Gostofro(Nelson Ferreira)
Itl
Escola Moderna do Cavaquinho o 39
_ MARCHA
i ll,ri ilt
I
Ex; Branca (Zequinhh de Abreu)
xx xx
iII. ll!
x
xx
i ll,7 I
I
1l
Ex.: Das rosas. .. (Dorival Caymmi)
O xote ou x6tis, encontrado na mfsica nordestina, d bem diferente do Schottisch que veio para o Brasil no siculo passado
e praticamente nilo d mais executado. O xote d bindrio e poderia ser resumido:
? ll,TJ U
tt
,ll
IX - ACORDES NO CAVAQT.TTNHO 2
40 o Henrique Cazes
AFINAQAO TRADICIONAL
(.tendo a sexta como nota mais aguda)
F#6 c#6
Observe que o resultado sonoro destas duas montagens s6o bem distintos e isto se deve ao fato de que na primeira a
quinta justa e a sexta aparecerem na mesma oitava, e na segunda n6o.
Existe outra montagem bastante usada em que a quinta justa e a sexta aparecem numa mesma oitava, mas n6o como no-
tas mais agudas. Esta montagem cobre a regiio do D6 atd G5, que ainda ndo havia sido coberta.
D#6 o E comum aos que usam a afinagdo tradicional, utilizar o relativo menor em vez do
acorde com sexta, como por exemplo:
Em M2 em vez de G6.
Este procedimento embora muito divulgado, empobrece a harmonia pelo fato do
acorde aparecer incompleto (o ff aparece sem a quinta justa) e elimina o intervalo
de segunda maior entre a quinta justa e a sexta que soa t6o bem na regiEo do cava'
quinho.
AFINAQAO NATURAI
G6 G#6 D5 D#6
AFINAQAO TRADICIONAL
F#m6 Bbm6
Exercfcio: Escrever no pentagrama todas as montagens dos acordes com sexta, apresentadas, localizando a fundamental,
terga, quinta e sexta.
Tambdm chamado acorde "sus 4", ou seja, com a quarta suspensa, d um acorde que nao contdm terga, e que na maioria
pelo acorde de s6tima da dominante (com a mesma fundamental) para depois resolver.
das vezes passa
r*.,]y ef, cz I c ll
AFINAQAO TRADICIONAL
ET Fl
^l ^#l
AFINAQAO NATURAL
Dl D#1
^1 ^#1
Vemos que os quatro sons que formam o primeiro acorde s6o os mesmos quatro sons que formam o segundo acorde, devi-
do i simetria de intervalos.
lrmbrando que no cavaquinho ndo existe a nota do baixo, podemos montar o seguinte quadro:
[, 42 o Henrique Cazes
PARA CAVAQUINHO:
c7(be) = F#7(b5); F7(bs) : B7(bs).
D7(bs) = G#7(bs) G7(bs) = C#7(b5)
E7(bs) = A#7(bs) A7(bs) = D#7(bs)
AFINA9AO TRADICIONAL
ffi ffi
AFINAQAO NATURAT
ffi ffi
Os acordes de s6tima com quinta diminuta ou aumentada pertencem d classe dos acordes dominantes alterados, diferindo
na alteragdo da quinta, embora estejam associados a uma mesma escala (a escala hexaf6nica ou de tons inteiros). Cabe ainda
observar que estes acordes n6o possuem quintajusta.
Vemos que se eliminalmos a fundamental (o que i perfeitamente aceitdvel no cavaquinho), resta.-nos a trfade C.
Concluimos que o acorde menor com sdtima pode ser substitufdo pelo relativo maior, principalmente quando se toca junto
com instrumentos que atingem as notas de baixo (viol6o, piano, etc. . .).
Aldm da opg6o de troca pelo relativo maior, podemos utilizar montagens completas derivadas das quatro apresentadas para
o acorde maior com sdtima.
AFINAQAO NATURAL
ffi'
E bom observar que estas montagens coincidem com as do relativo maior com sexta.
I
Am Am(7M) Am7
A nota mais aguda descendo
c5
Am Am(7M) Am7
ou a nota mais grave descendo. C5 c5
Padindo das quatro montagens completas do acorde menor com sdtima e elevando a sdtima meio tom temos as opgOes
para o acorde menor com sdtima maior.
Am7(b5)
44 o Henrique Cazes
que vem a ser o acorde Cm6. Podemos ent6o montar o seguinte quadro:
PARA O CAVAQUINHO:
Am7(b5) = Cm6 Cm7(b5) = Ebm6 D#m7(b5) = F#m6 F#m7(b5) = Am6
A#m7(b5) = C#m5 C#m7(b5) = Em6 Em7(b5) = Gm6 Gm7(b5)= Bbm6
Bm7(b5) = Dm6 Dm7(b5) = Fm6 Fm7(b5) = Abm6 G#m7(b5) = Bm5
Existe ainda a op96o de simplesmente suprimir a fundamental restando uma triade menor, ou seja: Am7(b5) + Cm.
i
Esta opgdo vr{lida principalmente quando se toca junto com um instrumento que toque a nota do baixo (viol6o, piano,
etc.).
AFINAQAO TRADICIONAL
ffi
AFINAQAO NATURAL
PARTE 4
I _ ARPEJO 3
3\
Comegar com as cordas soltas (como est6 escrito) e a medida em que for conseguindo seguranga , aceletar atd) = 80. Dai
entSo escolher uma seqii6ncia harm6nica qualquer para sincronizar o arpejo com a troca de acordes.
nx.: l) nm I nz I r'n I Dz I c Inz'll
Quando a troca estiver saindo perfeita, colocar o cavaquinho na afinagdo natural (para obter maior extensdo) e iniciar a
preparag6o da pega que se segue:
I
1
ESTUDO DE ARPEJOS NS I, EM MI MENOR Henrique Cazes
PARA CAVAQUINHO SOLO Rio - 1982
r3-.\ r3---. r3-r r-3- 7-3'r 7-3-, r3- r3- ,-- 3 "r imile sempre
=---;fi--.i4-t 4l-.
-21 -ea -Qt t2 t a-22 ++ ++ L, )))
I
l) ) ),) )
I I
- 4--
+J 1+
c10 C5
46 o Henrique Cazes
I
r
4-
Daa )t/t
-
4) )J
-
r
c1_c4_
F ^-i i'l r-1 nll l-l l-i
AJ JJt),i !! '!ft7!!. . I lvl
,{7 E,J7
_l
I
il - EXERCICIOS DE FORTALECIMEMO E INDEPENDENCI.I DOS DEDOS 3 e 4 (Continuagdo)
Trata-se do mesmo movimento visto no capitulo anterior, s6 que agora os dedos ficar6o mais espagados.
Comegando na quarta corda:
c2 lz, cc I :, cs I q, cl
-Umat,vez (posig6o dos dedos)
passa para a
o exercicio, terceira, etc.
E uma forma l6gica de organizarmos os exercfcios de tdcnica do mdtodo, de forma a montar um circuito eficiente.
1. Arpejos I
2. Martelo simples
3. Escala crom6tica - 2 oitavas (5 vezes)
4. Martelos duplos
5. Arpejos 2
6. Escala cromdtica com repetigdo (5 vezes)
7. Combinagdes de mdo esquerda
8. Exercfcio com nota fixa
9. Escalas (a vontade)
10. Estudo de Arpejo n9 I (com exercfcio preparat6rio)
I I. Erercicios de fortalecimento e independ€ncia dos dedos 3 e 4 (nas tr€s posigOes dadas)
I\' _ EFEITOS
a) hzzicato - Se obt6m abafando as cordas sobre o rastilho com a parte lateral da mdo direita, conforme vemos na ilus-
traqdo abaixo.
I
FIGURA 8
48 . Henrique Cazes
b) Trtmolo - E a repetigdo rdpida de um som, para dar a impressSo de continuidade. Como d muito comum no bandolinr
(que tem cordas duplas justamente por isso) o tr€molo se popularizou entre os solistas de cavaquinho, sendo muitas vezes de
pessimo gosto. Uma forma de estudar o tr€molo d ir aumentando gradativamente o numero de palhetadas numa mesma nota.
Ex.:
c) Harmdnicos Assim como no violdo, aparecem no cavaquinho dois tipos de harmonicos:os simples e os oitavados.
-
Os harmOnicos simples sdo obtidos na quinta, sdtima e ddcima segunda casas, abafando-se levemente a corda a ser tocada.
Normalmente sao representados por :
ou somente
HCI2 H CI2
Os harmdnicos oitavados sdo obtidos abafando-se a corda a ser tocada com o indicador da mdo direita. exatamente sobre
o traste da casa correspondente a uma oitava acima da nota que queremos tocar, conforme a figura:
FIGURA 9
a) Nao devemos tocar duas notas consecutivas com o mesmo dedo, a n6o ser que ahnlamos a segunda nota por arraste (na
mesma corda que a primeira) ou que seja uma terminagdo (como a Escala Cromdtica vista no Estrigio I na afinagdo tradi
cional).
b) A prdtica de se armar uma pestana para solar certo trecho, tdo comum no viol6o, n6o funciona bem no cavaquinho.
c) Quando for necessdrio "pular", para trocar de regido, devemos verificar se existe no trecho a ser tocado corda solta. o
que facilita o "pulo".
d) Em caso de n6'o haver corda solta devemos dar prefer€ncia aos pulos que caiam no tempo forte e normalmente com.
dedo l.
e) Na regido mais aguda devemos usar os dedos mais espagados, afim de alcangarmos da sexta a ddcima segunda casa sem
necessidade de "pulos".
f) Na regiSo acima da ddcima segunda casa devemos usar os dedos I ,2 e 3, evitando o dedo 4
VI - LEITURA MELODICA 3
O mtsico que atinge este estdgio certamente est6 apto a executar um repert6rio de solos Como n6o hd espago para pubh
car estas partes, apresentamos uma listagem adequada a cada afinagao ou a ambas.
Anacleto de Medeiros - Medrosa polca Dm - -
Terna saudade valsa G - -
Avena de Castro Evocagdo a Jacob Dm
- -
Benedito Costa - Primeiro estudo
Bonffglio de Oliveira - Amor nio se compra choro G - -
Calado, J. A. S. Flor amorosa
- polca D - -
Garoto - Vamos acabar com o baile choro Am - -
Meditando - F (afinagEo natural)
choro -
Henrique Cazes - Desengomando - choro - G
Mitsuru do cavaco - choro - C
Esrudo de arpejos nQ I - Em
Hermeto Paschoal * Vocds me deixem ali e seguem no cafto - choro (afinaqao natural.;
Chorinho pra ele - G
Honorino lnpes - Ltngta de preto choro - C (afinagEo natural)
-
Jacob do Bandohm - Benzinho - choro - Dm
Doce de coco - choro - G
Noites caiocas - choro - G
Nosso romance - choro - C
&nta morerw - valsa - Em
V6o da mosca - valsa - C (afinaqio natural)
K-Xmbinho - Eu quero i sossego - choro - Am (afinaqeo natural) Gm (afinagdo tradicional)
Luiz Americano - Numa seresta - choro - G
Sotiso de cistal - choro - C
Nelson Nves - Nem eh. . . nem eu. . . -choro - Dm
Paulinho da Viola - Beliscando - choro - Dm
Paulinho da Viola e Femando Costa - Choro negro - Gm
Oraqdo de outono - choro - Bb
Pixinguinha - Carinhoso - choro - C
Chorei-choro-F
Cochiclwndo-choro-Dm
Lamentos - choro - D
Naquele temqo - choro - Dm
Os cinco companheiros - choro - Em
50 o Henrique Cazes
Os oito batutas - maxixe - G
Umazero-choro-C
- choro - G
Vou vivendo
Radamds Gnattali Remexendo - choro - D
-
Variagdes sem tenw Wra cavaqwnho e prcno
Rubens Leal Brito - Modulando - choro - C (afinag6o natural)
Severino Ararijo - Um chorinho em aldeia - choro - C (afinagfio natural)
Silva Torres (Jacard) Galho seco - baido - Gm
-
Jacari de saiote - frevo - I)m
Waldir Azevedo - Brasileirinho - choro - G (afinagdo tradicional) A (afinagdo natural)
Cnmundongo-choro-G
Carioquinha-choro-Dm
Choro novo em d6 - C
Delicado-bai6o-G
Pedacinho do ciu - choro
-G
Queira-me bem - choro - G
Um cavaquinho em serenata - choro - Dm
Waldir Azevedo e Otaviano Pitanga - Ye se gostas - choro - G
Zequinha de Abreu Tico-tico no Jubti - choro - Em
-
VII- ACORDES NO CAVAQUINHO 3
o Neste t6pico apresentaremos os acordes de mais de quatro notas em que teremos que omitir uma ou mais notas, de pre
fer€ncia a fundamental e/ou a quinta justa.
AFINAQAO TRADICIONAL
AFINAQAO NATURAL
o Podemos observar que nas primeiras montagens omitimos a quinta justa enquanto nas segundas omitimos a funda'
mental.
omitida a fundamental
Assim sendo, as montagens dos acordes 7(b9) ser6o as mesmas dos acordes diminutos.
Para o cavaquinho: C#7(b9) = po (ou equivalente)
D7(b9) = F#o
Escola Moderna do Cavaquinho o 5l
c) Acorde de sdtima com nona aumentada 7(#9)
ffi
El ffi ffi ffi ffi ffi ffi
52 o Henrique Cazes
g) Acorde menor com sdtima e ddcima primeira m7(l l)
Podemos usar as montagens dos acordes com quarta e sdtima.
AFINAQAO TRADICIONAL
ffi ffi
AFINAQAO NATURAL
ffi
j) Acordes de sitima com d6cima terceira menor 7(bl3)
Podemos usar as montagens correspondentes aos acordes de sdtima e quinta aumentada.
o O que foi comentado aqui para os acordes m7(ll), 7(#ll) e 7(b13), constitui apenas uma vis6o prtitica e exclusivamen-
te vdlida para cavaquinho.
a As montagens dos acordes que n6o aparecem neste mdtodo, podem ser deduzidas a partir de outras, apresentadas, com a
modificagdo de uma de suas notas. Ex.:
Substituindo-se
Subindo meio tom
a fundamental
a quinta justa =+
pela nona maior :+
Observagdo: Sobre a questdo de como harmonizar ou improvisar no cavaquinho, o melhor caminho seria atravds do estudo
da harmonia funcional e das escalas dos acordes. Tais conhecimentos poderdo ser encontrados no livro "Harmonia e Improvi.
sag6o", de Almir Chediak, sendo que a digitagdo das escalas dos acordes no cavaquinho seguirdo :$ regras biisicas apresentadas
na pade 4, capftulo V, deste livro.
As mfsicas aqui apresentadas senrirdo de exercfcio para o uso dos acordes e ritmos ensinados
neste mdtodo.
GUARDEI MINHAVIOLA
,- 14 vez 24vez
't.
.. [-
G7 C G7 lr c
d- gudm que s6 me fezingrati- d6o mi- nha viola
)l aeo -
c#o Dm G7 c A7 Dm
no cama- rl val quero afas- tar 'as m6goas que o meu
G7 c E7 ,1,
AI
samba n6o des- faz pra facili- tar o meu de- sejo
Dm G7 c G7
guar- dei meu ldo n6o toco mais minha vi- ola
SOL MAIOR
Ataulfo Alves
2,G D7 GG7 Gb7 F7 't.
I r-e- va samba
E7
meu mensa-
Am B7 't. Em 't.
geiro es- te cado
_zqvez _
G B7 Em 't. B7
eu que pen- sava que po- dia te esque- cer mas qual o que aumen-
G D7 G G7 c
e para o caso nio hii forga de von- tade aquele samba foi pra
c#o c/o E7 A7 D7 G
ver se como- via teu cora- 96o onde eu di- zia "vim bus- car o meu Per- oao'-
54 o Henrique Cazes
rrX|]Jf
i-
1 G Em7 Bm7 c
{ Que falta eu sinto de um bem que falta me faz
D7 G D7 G Em7 Bm7
um xo- d6 mas como eu n6o tenho nin- guim
't. c D7 G 't. Dm7
eu levo a vida as- sim tdo s6 eu s6 quero
D7
meu vi-
G
ver ll'o-t
G Dm7 G 'll
Gil
il
B7(be) B7 Em C#m7(bs) Bm
moro em Jaga- nd
Bm G c#m7(bs)
seu eu perder esse trem que sai a- goras ds onze
Em c#7 't.
t'coisat'
minha mde ndo dorme en- quanto eu niio che-
-
F#7 F#7 87 Em G7 F#7
Ear sou n- lho
Bm F#7 Bm F#7
fnico tenho minha casa para o-
Bm F#7 il
lhar (eu ndo posso fi- car) I I
55 o Henrique Cazes
FOLHAS SECAS
Nelson Cavaquinho Guilherme de Brito
-
nE uruoR
lEmT
A7 E7 A7 D Bm7 lEmT A7
lsempre o sol me quei- man- do e asslm vou lme aca-
loln
lvou sentir sau- I
|
B7
dades ao
E7(e)
lado do meu vio- 16o da
Gm6
minha moci- ldade
l^7 ll
ll
PARTIDO ALTO
Chico Buarque
MI MAIOR
E E7 A G#7
dar 6 nega e se Deus n6o d6 como d que vai fi-
-vE; -yarie
f--it
I P/n :11 E/s E Bm7
I rd Cttz que deu diz que I ra Deus d um cara goza- dor adora brincadeira pois pra me jogar no
-
E7 l,r A#o E/r c#7
mundo tinha o mundo in- I t.ito -rt achou muito engra- gado me botar cabreiro na barriga da mi-
-..-21
F#7 87 lr I
sdria nasci brasileiro I (eu sou do Rio de Ja- neiro) diz que deu diz que I
56 o Henrique Cazes
ACONTECE
MI MAIOR
2, ltETM lco F#m7 87 I E7M
I Es- II qu"t. o nosso a- l-o. ve se es- que- ce por- I qu" tudo no
I
omz G7
vai cho-
tcTM
I rar vai sofrer
C#o I
le
Dm7 G7
lczu
vocd n6o m€- I rece mals lsso acon-l
I
87 IIETM
tece acon- I I t".. qu. meu cora-
lGo ln+mz lB7 E7M BID# C#m1 I F#m7
| gao ficou I r'i- lo. nosso ninho de a- mor estiiva- lzi- o
lB7 |ETM
z€Jo isso ndo acon- ltece
I lt
SE ACASO VOCE CHEGASSE
FA MAIOR
Lupicfnio Rodrigues - Felisberto Martins
C7 Gm tc7 IF c7
zade por ela que jr{ lm. a- lb*donou
"' I I fr" porque essa
c7 F lt
vendo de a- mor ll
RECADO
MIB MAIOR Paulinho da Viola - Casquinha
I dis- sa-
Fm C7 Fm Bb? Eb 't.
bor diz que eu vivo bem me- lhor assim e que no pas-
c7 F7 Bb7 Eb
sou o que pas- sou pas- sou
Fm Bb7 lEb
niio
Bb7
que90 dela I ll
Escola Moderna do Carnaquinho o 57
VOU FESTEJAR
Dida, Neoci e Jorge AragSo
MI MENOR
l4vez
G 87 't. Em B7
-
gar pode cho- rar pode cho- rar mas chora
)
| -. feL
Em
-1'l 87 E
rar il e meu cas-
AGORA E CINZA
Bide - Margal
SIb MAIOR
F7
I
Bb6 G7 Cm7 F7 Bb5 F7 Bb6
tudo aca- | bado e nada mais I c€ par-
"o_
G7 lCmT F7 BbTM
tiu de madru- | gada e n5o me disse nada isso ndo se faz
Eo I
nu/r Gm7 Cm7 '1.
F7
raga eu chego Li e a- l qui nesta praga que tudo vai ter que pin-
BbTM ll
tar ll
KIDCAVAQT,TINHO
JoSo Bosco - Aldyr Blanc
RE MAIOR
2\ lt D A7
4t oi que foi s6 pe- gar no cava- ll quintto pra nego ba-
D6 't. G
ter mas se eu contar do que d que pode um cava- quinho os home niio vai
D6 't. 't. 97
crer quando ele fere, fere firme e d6i que nem pu-
E7 't. L7 't.
nhal quando ele invoca atd pa- rece um pega na ge-
D6 A7 't.
ral Ge- ll 3n," a mulher do vi-
G 't. A7 't.
zinho sus- tenta aquele vaga-
E7 A7
quinho pois se eu t6 com ele encaro todo
D6 't. B7 't.
mundo se al. gudm pisa no meu
E7 't. A7 't.
calo puxo o cava- quinho pra cantar de
D5 l
salo ll
Am Em7(bs) 't. A7
marcha lenta quero um novo balanc€ o bloco
Am 't. ETIG# E7
val querer ma- m5 mamde eu quero sim quero ser mandarim cheirando
WAVE
Tom Jobim
RE MAIOR
lcmo ln*zlrry F+z(br3) lr+.2 B7(be) rllr; rzlry lcrnz lzlurr; lornzlry c7(13)
l gdo pode enten- l der lfundamental d mesmo o amor d impos- | sfvel ser feliz so- | zinho
Itenho pra te laar lvem de mansinho a- visa e me diz que d impos-l sfvel ser feliz s6 I
24 vez
lda primeira
lcrnu
ci-
l*'
lvez era I dade
Irlo,
B7(be)
lEl(e)
E7(e)
lc'nz
A7(br3) Dm7(e) G7(13) -tt'll
lo
"ro,
se deixalsurpreender enquanlnoite vem nos envol- ver l*n'
I
50 o Henrique C.azes I
I
I
L
BRASIL PANDEIRO
Assis Valente
SI MAIOR
Go 't. F#7
salve o Morro do Vin- tdm, pendura a saia, eu quero
B7 F#m7 97 E
andou di. zendo que molho da bai- ana melhorou seu prato
't. Go F#7
vai en- trar no cus- cus, acara ji e aba-
A7M
6 sam- 'll
Chediak, IrJnir. Dicionirio de Acordes Cifrados - Harmonia Aplicada d Milsica Popuhr,Irmaos Vitale Editores, Rio de
Janeiro, 1985, 360 p6gnas.
Chediak, Almir. Harmonia e Improvisagflo, Lumiar Editora, Rio de Janeiro, 1987,368 priginas (Vol. I), 292pdgnu(Vol.If.
Dicioruirio de Milsica, Zahar Editores S.A., Rio de Janeiro, 1985, 00 pdgrnas.
Enciclopidia da Misica Brasileira: Erudita, folcl6rica e popular, Art Editora, 56o Paulo, 1977,544 paginas (Vol. I), 6a6 p6g-
nas (Vol. II).
Veiga de Oliveira, Emesto. Instrumentos Poptlnres Portugeses, Edig6o da FundagSo C. Gulbenkian, Lisboa, 1981.
Guest, Ian. Curso de Harmonia Aplicada d Misica Poprlar (manuscritos do autor), Rio de Janeiro.
Ihdice alfabdtico das obras musicais populares inseridas no Escola Modema do Cavaquinho e respectivos titulares:
* As mfsicas inseridas neste livro foram autorizadas graciosamente pelas Editoras por tratar-se de obra didritica.
62 o Henrique Cazm
HENRIOUE CAZES (HENRIOUE LEAL CA-
ZES - 1959) 6 carioca e comegou a tocar violdo
com seis anos. Aos 13, aprendeu o cavaquinho e
o bandolim, sempre como autodidata. Em 1976
foi convidado a integrar o rec6m-fundado con-
junto Coisas Nossas, do qual faz parte at6 hoje
como instrumentista, vocalista e arranjador. Em
80 entrou para a Camerata Carioca, liderada pelo
bandolinista Joel Nascimento e musicalmente
apadrinhada por Radam6s Gnattali. Gom a Ca-
merata gravou quatro LPs. Excursionou com
Nara Ledo e a Camerata por todo o Brasil e es-
teve no Japdo em 85.
Tem trabalhado tambdm como produtor de
discos e arranjador. Escreveu as trilhas das nove-
las Helena e Carmem para a TV Manchete-Rio e
em seguida gravou seu primeiro LP solo. E pro-
fessor da Escola Brasileira de Mrisica e do curso
de extensSo em cavaquinho da Escola de Misica
da UNI-RIO, coordenou a parte de cavaquinho tsBN 85 -85426 - 44 -a
das Oficinas de Choro 84 e 85 (promovidas pela
Rio Arte) e ministrou o curso de cavaquinho do
I Seminirio Brasileiro de Mrisica lnstrumental
(Ouro Preto-MG
- 1986). ililil1[|lilil|ruil
i*