CAPÍTULO 7 - Poder de Parada
CAPÍTULO 7 - Poder de Parada
CAPÍTULO 7 - Poder de Parada
7.1 INTRODUÇÃO
A ideia de Poder de Parada surgiu no século XIX, quando tropas de
diversas nações colonialistas começaram a travar combates com nativos das
colônias empregando armas de fogo, momento em que se notou, por vezes, a
incapacidade de certas combinações de armas, calibres e munições deterem
um atacante determinado, em detrimento de outras combinações, que se
mostravam mais eficazes. O caso emblemático é o do conflito entre
norteamericanos e os guerreiros filipinos, que levou à substituição dos então
novos revólveres calibre .38 Long Colt pelos antigos revólveres calibre .45 Colt,
bem como à criação do calibre .45 ACP para pistolas, vistos estes
demonstravam maior capacidade de deter os inimigos com um único disparo.
Neste caso específico, notou-se que os projéteis maiores e mais pesados eram
mais eficazes em parar o atacante.
Lesões viscerais
(rim).
Lesões viscerais
(coração).
Lesões
viscerais
(rim).
A teoria do buraco grande (big hole school) diz que quanto maior o
orifício deixado no alvo, maior o grau do sangramento e, por consequência,
maior o poder de parada. Ela se fixa na cavidade permanente, afirmando que
um projétil maior danifica permanentemente mais tecidos em sua passagem. É
um ponto válido, mas a penetração também o é: um projétil grande, pesado,
lento e expansível, que não penetra o suficiente para atingir um órgão vital
altamente irrigado, um vaso importante ou partes do SNC, terá menos eficácia
que um projétil pequeno, leve, rápido e expansível, que penetra fundo o
suficiente para atingir estes alvos, causando mais hemorragia ou maior lesão
ao SNC, apesar do menor orifício produzido.
7.9 CONCLUSÃO
Os últimos 25 anos de estudo de balística terminal têm demonstrado
novamente o que a história já indicava: existem somente duas formas de
incapacitação, uma baseada em fatores psicológicos e outra em razão de
danos fisiológicos. Algumas pessoas são rapidamente incapacitadas
psicologicamente por ferimentos de pequena monta, que não são capazes de
incapacitá-los fisiologicamente a curto prazo. Ao mesmo tempo, fatores
psicológicos são responsáveis por manter pessoas gravemente feridas, até
mesmo com ferimentos altamente letais, combatendo com ferocidade, ainda
que por um curto intervalo de tempo.