8 - Sistemas de Refrigeração
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8 - Sistemas de Refrigeração
Sistemas de Refrigeração
desativando parte dos seus cilindros, mas dificilmente vai ocorrer algum momento em
que o compressor permanecerá desligado. No sistema central o compressor funciona
de forma permanente e consequentemente o motor elétrico trabalha na maior parte do
tempo de forma parcial.
Assim, os ciclos de liga e desliga praticamente deixam de existir, pois somente irão
ocorrer em paradas por falta de energia, devido aos defeitos ou eventual rodízio com o
compressor reserva.
O sistema central deve ser sempre equipado com controles e acessórios de alta
qualidade para assegurar o seu funcionamento contínuo. Os principais acessórios são:
separador de óleo com retorno automático, pressostato de alta e baixa, pressostato
diferencial de óleo, recipiente de líquido com válvulas de serviço, filtro secador tipo
recarregável, visor de líquido, entre outros, conforme a seguir:
1. Compressor;
2. Separador de Óleo;
3. Condensador;
4. Válvula Reguladora de Pressão de Condensação;
5. Reservatório de Líquido;
6. Registro de Fechamento;
7. Filtro Secador;
8. Visor de Líquido;
9. Válvula Solenóide;
10. Válvula de Expansão Termostática;
11. Evaporador de Baixa Temperatura;
12. Evaporador de Média Temperatura;
13. Válvula Reguladora de Pressão de Evaporação;
14. Válvula de Retenção;
15. Válvula Reguladora de Pressão de sucção;
16. Válvula Diferencial de Pressão;
17. Pressostato Diferencial de Óleo;
18. Pressostato Conjugado de Alta e Baixa Pressão;
19. Termostato;
20. Motor do Evaporador;
21. Motor do Condensador.
Poderá haver algumas limitações, mas sem por em risco a continuidade da perfeita
conservação dos produtos.
Uma das razões que influíram bastante na opção do sistema paralelo se deve a
variação da carga térmica verificada na grande maioria das instalações de
refrigeração. De um modo geral, fica muito difícil saber com exatidão a necessidade
instantânea de frio requerida por uma instalação.
Os ciclos das estações do ano, dos dias e noites, associados aos aspectos
meteorológicos e operacionais tornam a carga térmica ou a necessidade de frio
amplamente variável. Acompanhar esta variação de necessidade de frio é uma tarefa
difícil para as instalações convencionais. Normalmente isto é conseguido variando o
regime de funcionamento com um desperdício muito grande de energia elétrica. Em
resumo, nestas instalações a ociosidade dos equipamentos durante os períodos de
pequena carga térmica não é apropriada e, pelo contrário, acaba elevando os custos
operacionais.
No sistema central ocorrem muitos ciclos de "liga-desliga" dos compressores toda vez
que houver diminuição da carga térmica. As paradas e arrancadas sucessivas
consomem grandes quantidades de energia elétrica. Já no sistema paralelo os ciclos
são bastante reduzidos pela versatilidade que têm em se ajustar às variações da
necessidade de frio, isto é, há uma modulação de capacidade.
Para tanto, é necessário dispor de uma fonte de energia relativamente grande, que
pode ser um motor elétrico. Nos condensadores e evaporadores normalmente são
instalados pequenos motores na maioria ventiladores, porém suas potências são
inferior a dos compressores.
O condensador por sua vez, jamais é desligado mesmo que permaneça apenas um
compressor ligado a ele. Com isto, à medida que for diminuindo a carga térmica sua
capacidade frigorífica tende a ficar superdimensionada em relação à necessidade. O
fato de o condensador ter excesso de capacidade representa vantagens sob todos os
aspectos, porém recomenda-se ter um controle de condensação para que o
funcionamento do mesmo seja menos variante.
A pressão de condensação será menor e como conseqüência irá exigir menos esforços
mecânicos do compressor, permitindo maior durabilidade do equipamento e menor
consumo de energia elétrica por caloria produzida.
Assim, pelo exposto é fácil concluir que numa instalação frigorífica se de um lado o
excesso de condensador é uma vantagem, o mesmo não ocorre com o compressor
pelo fato de que este último necessita de energia para sua permanência em
funcionamento. Todavia o problema dos compressores é resolvido ligando-os em
paralelo justamente para possibilitar uma variação de capacidade. Neste caso, não
Todos os componentes são montados sobre base especial com reforços para evitar
vibrações excessivas, formando assim um conjunto “self” cuja montagem se torna
simples, bastando um piso nivelado com capacidade para suportar sua carga. O
conjunto antes de ser expedido tem seu funcionamento testado e carregado com gás
neutro.
Tendo em vista a aplicação dos sistemas paralelos e centrais, que permitem uma
concentração compacta da casa de máquinas, é necessário prever-se diversas
Cada ramal é constituído de duas linhas de cobre, uma de sucção e outra de líquido e
em cada ramal pode ser ligado um ou mais pontos de refrigeração conforme se
mostrar necessário de acordo com sua capacidade.
O painel de registro é formado com dois coletores, tendo duas válvulas de serviço,
urna de sucção e outra de líquido que irão atender a cada ramal, e ainda nesta última
urna válvula solenóide. Na eventualidade de ser necessária qualquer operação de
manutenção nos evaporadores ou acessórios ligados a um determinado ramal, basta
recolher o líquido existente no seu interior para depois se fechar às válvulas de serviço,
permitindo assim que o restante dos ramais continue fornecendo frio para os demais
ambientes. Portanto, é possível fazer manutenção de toda instalação de forma parcial
sem interrupção do sistema.
Para ambientes, cuja temperatura for superior a 0ºC é suficiente fazer a interrupção do
fluxo de gás refrigerante mantendo os ventiladores dos evaporadores em
funcionamento durante algumas dezenas de minutos, várias vezes ao dia. Durante
este período, o gelo acumulado é desfeito, recolhido na bacia do evaporador e drenado
ao esgoto. Este tipo de degelo é denominado "degelo natural”.
Para ambientes, cuja temperatura for próxima de 0ºC ou ainda inferior, é necessário se
prever aquecimento artificial nos evaporadores por meio de resistências elétricas, além
de interromper o fluxo de gás refrigerante combinado com a interrupção dos
ventiladores. Este tipo de degelo é denominado "degelo elétrico". Pode-se utilizar
também o "degelo a gás quente" que aproveita o próprio gás superaquecido da
descarga do compressor, ou o gás saturado localizado na parte superior do tanque de
líquido.
A experiência mostra que, tais instalações, devido às suas diversificações, não estão
isentas de problemas particulares com respeito ao retorno de óleo aos compressores.
Os itens a seguir servirão para esclarecer os critérios essenciais do projeto e
instalação.
Quando mais que um compressor opera em um circuito frigorífico, eles devem ser
interligados por um sistema de equalização de óleo e gás, adequadamente
dimensionado, para que não haja a possibilidade de ocorrer a falta de óleo entre
alguns dos compressores. Este procedimento está baseado no fato de que somente o
fluxo necessário escoe pela linha de equalização. Da mesma forma, a linha de
equalização de gás deve ser capaz de equilibrar a pressão entre os cárteres dos
compressores, permitindo que o fluxo de gás seja igual em todos os compressores
evitando prováveis desníveis de óleo entre os mesmos. Além disso, constatam-se
perdas de carga na linha de sucção desde o coletor até o compressor.
Se houver necessidade de baixo nível de ruído, toda a estrutura deve ser montada
sobre elementos antivibração, sendo que nesta forma de montagem tem a vantagem
de que os compressores podem ser fixados rigidamente sobre a base, bem como as
tubulações podem ser montadas rigidamente nos compressores.
Linha de sucção
O coletor de sucção deve ser dimensionado de forma que a velocidade do gás não
ultrapasse 4m/s com os compressores em plena carga. As linhas de sucção desde os
evaporadores até o coletor devem ser dimensionadas para velocidade mínima de 4m/s
nos trechos horizontais e de 7m/s nos trechos verticais ascendentes.
Acumulador de sucção
A seleção correta do separador de líquido para a instalação, deve estar de acordo com
as capacidades máxima e/ou mínima indicada pelos fabricantes.
Filtro de sucção
Linha de descarga
A linha de descarga comum pode ser formada por um coletor com uma única saída. As
mínimas diferenças de pressão não apresentam efeitos danosos. A área de seção
transversal deve corresponder à soma das áreas de seção transversal de todos os
tubos de descarga. Os tubos provenientes de cada compressor devem ter inclinação
para baixo em direção ao coletor. Além disso, em montagens com separador de óleo
individual por compressor, uma válvula de retenção deve ser instalada entre cada
separador e coletor Esse arranjo previne a condensação de refrigerante no lado da
descarga dos cabeçotes ou nos separadores de óleo dos compressores fora de
operação. Os mesmos critérios usados na linha de sucção, quanto à velocidade e
modulação de capacidade, linha dupla, etc., se aplicam ao dimensionar a linha de
descarga, até o condensador.
Separador de Óleo
Com separador de óleo comum, o retorno de óleo pode ser feito no coletor de sucção.
Em casos de alta densidade do gás na sucção, deve-se optar pelo retorno na linha de
equalização de óleo.
Resfriamento adicional
O resfriamento adicional deve ser executado com controle de forma que seja desligado
quando o compressor for desativado. Com resfriamento a ar isso é conseguido com
facilidade ligando-se o compressor e o ventilador ao mesmo contator. No caso de
resfriamento a água deve-se montar uma solenóide, a qual deverá interromper o fluxo
de água do respectivo compressor que for desativado. A operação contínua do
resfriamento adicional aumenta o período de condensação do refrigerante no
cabeçote, bem como, reduz consideravelmente a eficiência da resistência do cárter, o
que poderá provocar uma grande concentração de refrigerante líquido no óleo, já nos
sistemas de injeção de líquido geralmente a interrupção de injeção é feita por
solenóide, mas esse tipo só pode ser aplicado conforme projeto específico do
fabricante.
Degelo natural
Degelo elétrico
Existem várias maneiras de se fazer degelo a gás quente, em qualquer dos tipos deve-
se ter o cuidado de evitar os “golpes de aríete” e o retorno de líquido para o
compressor. O método consiste em aproveitar a própria energia do sistema produzida
no vapor a alta pressão para derreter a camada de gelo formada no evaporador, para
que isso ocorra é necessária a adaptação de alguns componentes no sistema
frigorífico. A seqüência de funcionamento é a mesma utilizada no processo de degelo
elétrico.