Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1 PDF
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1 PDF
Telecurso 2000 - Processos de Fabricacao 1 PDF
Autores
Adriano Ruiz Secco
Dario do Amaral Filho
Nelson Costa de Oliveira
Texto
Regina Maria Silva
Colaboração
Célio Renato Bueno Ruiz
Celso da Silva Morelli
Jorge Tadeu Bastin Mano
José Saturnino Peopke
Nilton dos Santos
Reinaldo Baldessin Junior
Sidnei Antonio Munhato
Valdemir Ferreira de Carvalho
No começo era a pedra...
As primeiras ferramentas
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mãos trabalhando em conjunto; a posição livre do polegar, tudo
contribuiu para a fabricação dos instrumentos que aumentassem
a força de seus braços: as armas e as ferramentas.
Sua inteligência logo o ensinou que, se ele tivesse uma pedra nas
mãos, seu golpe teria mais força. Se essa pedra tivesse um cabo,
seria melhor ainda. E se ela fosse afiada, poderia cortar a caça e
ajudar a raspar as peles dos animais caçados.
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senvolveu e fabricou facas, serras, plainas, buris, raspadores,
martelos, agulhas, lanças, arpões e outras ferramentas .
5
O metal entra em ação
E por volta de 4000 a.C., ele percebeu que podia fazer o mesmo
com os metais. Começando pelo cobre, depois o bronze e final-
mente o ferro, o homem foi vagarosamente dominando a tecnolo-
gia de utilização desses materiais metálicos. Por forjamento, isto
é, martelando a massa aquecida de metal, o forjador dava ao me-
tal a forma desejada, o que antes era impossível de ser obtido na
pedra. Aplicando técnicas de soldagem, inicialmente no cobre e
depois nos outros metais, ele aprendeu a unir partes metálicas.
Para o acabamento da ferramenta, era necessário, em seguida,
limá-la e afiá-la.
Surgem as máquinas-ferramenta
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O torno primitivo era um instrumento rudimentar composto de dois
suportes de madeira fincados no chão. Enquanto o torneiro apoiava
a ferramenta em um outro suporte, seu ajudante fazia girar a peça
puxando alternadamente as duas pontas de uma corda enrolada
em um eixo. O torneamento era intermitente e o corte só acontecia
quando o giro se fazia na direção do fio da ferramenta.
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Tornear, afiar, polir, serrar, furar, soldar... Não se pode pensar nos
processos de fabricação da indústria mecânica moderna sem
essas operações. Mudaram os materiais, aperfeiçoaram-se os
mecanismos, descobriram-se formas de fazê-los funcionar sem
que se precisasse empregar força humana ou animal. Mas tudo o
que o “Homo Sapiens”, nosso ilustre antepassado, pensou como
princípio chegou até nossos dias intocado.
Exercício
9
Gabarito
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Fundição: um bom começo
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meçar? Não? Pois vamos dar uma dica: vamos começar pela
fundição.
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A fundição é um processo de fabricação inicial, porque permite a
obtenção de peças com formas praticamente definitivas, com mí-
nimas limitações de tamanho, formato e complexidade, e também
é o processo pelo qual se fabricam os lingotes. É a partir do lin-
gote que se realizam os processos de conformação mecânica
para a obtenção de chapas, placas, perfis etc.
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Para entender melhor a importância disso, basta lembrar que a
produção de máquinas em geral e de máquinas-ferramenta, má-
quinas operatrizes e agrícolas é impensável sem a fundição.
Exercício 1
Responda às seguintes perguntas.
a) O que é fundição?
b) Comparando o óleo com a água,
1. Qual possui maior fluidez?
2. Qual possui menor fluidez?
c) Por que a fluidez é uma propriedade importante para o pro-
cesso de fundição?
d) Sabendo que a temperatura de fusão do aço é de aproxima-
damente 1600ºC e a do ferro fundido é de aproximadamente
1200ºC, responda:
1. Qual dos dois é melhor para a produção de peças fundi-
das?
2. Por quê?
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a) As peças fundidas podem apresentar formas externas e inter-
nas desde as mais simples até as bem complicadas, com for-
matos impossíveis de serem obtidos por outros processos.
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Pare! Estude! Responda!
Exercício 2
Responda às seguintes perguntas.
a) Por que o processo de fundição é mais vantajoso quando
comparado com outros processos de fabricação?
b) Escreva V para as sentenças corretas ou F para as sentenças
erradas mostradas a seguir.
1. ( ) Na fundição, a produção de peças é demorada e
sempre em pequena quantidade.
2. ( ) As medidas das peças fundidas podem ter tolerân-
cias entre 0,2 e 6 mm.
3. ( ) As peças fundidas podem ter tamanhos pequenos
ou muito grandes e formatos simples ou complica-
dos.
4. ( ) A fundição só produz peças com acabamento muito
áspero.
Exercício 3
Reescreva corretamente as afirmações que você considerou er-
radas.
Fundição passo-a-passo
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usinagem da peça. Ele é feito de madeira, alumínio, aço, re-
sina plástica e até isopor.
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4. Fusão – Etapa em que acontece a fusão do metal.
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Massalote é uma espécie de reserva de metal que preenche
os espaços que vão se formando à medida que a peça vai so-
lidificando e se contraindo.
8. Limpeza - A limpeza é necessária porque a peça apresenta
uma série de incrustações da areia usada na confecção do
molde. Geralmente ela é feita por meio de jatos abrasivos.
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Pare! Estude! Responda!
Exercício 4
Relacione a coluna A com a coluna B.
Coluna A Coluna B
a) ( ) Retirada de canais, massalotes e rebarbas da peça. 1. Confecção do molde
b) ( ) O metal é derretido em fornos especiais. 2. Confecção do macho
c) ( ) Retirada da peça sólida do molde. 3. Confecção do modelo
d) ( ) O modelo é construído com madeira, metal ou resi- 4. Fusão
na. 5. Vazamento
e) ( ) O metal líquido é despejado no molde. 6. Desmoldagem
f) ( ) Etapa em que o molde é construído. 7. Rebarbação
g) ( ) Etapa em que os machos são construídos. 8. Limpeza
h) ( ) Etapa em que a peça é jateada e limpa.
Exercício 5
Responda às seguintes perguntas.
a) Como se chamam os dutos que conduzem o metal líquido
para o interior do molde?
b) Qual é o nome do reservatório que serve para suprir a peça
com metal à medida que ele se resfria e contrai?
c) Escreva os nomes dos outros processos de fundição citados
nesta parte da aula.
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Além disso, as peças fundidas apresentam características que
estão estreitamente ligadas ao processo de fabricação como por
exemplo:
• acréscimo de sobremetal, ou seja, a camada extra de metal
que será desbastada por processo de usinagem
• furos pequenos e detalhes complexos não são feitos na peça
porque dificultam o processo de fundição, embora apareçam
no desenho. Esses detalhes são depois executados também
por meio de usinagem.
• arredondamento de cantos e engrossamento das paredes da
peça para evitar defeitos como trincas e melhorar o
preenchimento com o metal líquido.
Esta aula termina aqui. Nela você teve uma noção básica e geral
sobre o que é fundição e como se obtêm as peças fundidas. Essa
é uma etapa importante no processo de fabricação de peças para
conjuntos mecânicos e pode ser que sobre para você usinar uma
peça dessas, não é mesmo? Agora dê uma repassada na aula e
faça os exercícios.
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Pare! Estude! Responda!
Exercício 6
Resolva às seguintes questões.
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Gabarito
5. a) Canais de alimentação.
b) Massalote.
c) Fundição por gravidade, fundição sob pressão
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Entrou areia na fundição!
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quisermos vencer a competição com os concorrentes; o que não
é nada fácil.
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Esse processo segue as seguintes etapas:
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4. O canal de descida e o massalote são retirados e as caixas
são separadas.
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Depois disso, o metal é vazado e após a solidificação e o resfria-
mento, a peça é desmoldada, com o canal e o massalote retira-
dos. Obtém-se, assim, a peça fundida, que depois é limpa e re-
barbada.
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Pare! Estude! Responda!
Exercícios
1. Responda:
a) Quais são os dois grandes grupos a partir dos quais se
podem dividir os processos de fundição?
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Areia de fundição é sempre verde?!
Vantagens Desvantagens
1. A moldagem por areia verde é o mais 1. O controle da areia é mais crítico do que nos
barato dentre todos os métodos de produ- outros processos que também usam areia.
ção de moldes.
2. Maior erosão quando as peças fundidas são de
2. Há menos distorção de formato do que maior tamanho.
nos métodos que usam areia seca, porque
não há necessidade de aquecimento. 3. O acabamento da superfície piora nas peças
de maior peso.
3. As caixas de moldagem estão prontas
para a reutilização em um mínimo espaço 4. A estabilidade dimensional é menor nas peças
de tempo. de maior tamanho.
Exercício
5. Responda:
a) Cite os componentes básicos de uma mistura de molda-
gem a verde.
b) Cite duas vantagens e duas desvantagens da moldagem a
verde.
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2. A placa é presa na máquina e aquecida por meio de bicos de
gás até atingir a temperatura de trabalho (entre 200 e 250ºC).
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5. A “cura” da casca, ou seja, o endurecimento da resina se
completa quando a placa é colocada em uma estufa em tem-
peraturas entre 350 e 450ºC.
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Essa mistura é feita, por meio de equipamentos, na hora da mol-
dagem e deve ser empregada imediatamente porque a reação
química de cura começa a se desenvolver assim que a mistura
está pronta. O processo é o seguinte:
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Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Areia verde Por gravida- Molde é destruí- O mais usado Maior erosão
de do. para aço e quando as peças
ferro fundido. fundidas são
A areia é reapro- maiores.
veitada.
7. Responda:
a) Qual é a diferença básica entre o processo de moldagem
a verde e o processo shell?
b) A seqüência de produção de moldes em “shell”, apresen-
tada a seguir, está correta?
• O modelo aquecido é inserido na mistura de arei-
a/resina.
• Após certo tempo de cura na estufa, a resina endurece
completamente.
• Formação da casca com a espessura necessária.
• Extração da casca.
( ) Sim
( ) Não
c) Se a seqüência não estiver certa, reescreva as frases na
ordem correta.
d) Qual a diferença entre o processo “shell” e cura a frio
quanto:
⇒ ao endurecimento da resina;
⇒ ao modelo;
⇒ à extração do modelo.
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Gabarito
2. a) 5; b) 7; c) 2; d) 4; e) 6; f) 1; g) 3; h) 8.
b) Vantagens Desvantagens
− menor distorção de formato que nos − controle de areia mais crítico que nos outros
métodos com areia seca. processo.
− boa estabilidade dimensional. − estabilidade dimensional menor nas peças de
maior tamanho.
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7. a) O custo do processo shell é mais elevado.
b) Não
c) O modelo aquecido é inserido na mistura, areia/resina; –
forma-se a casca com a espessura desejada; – após certo
tempo de areia, a resina endurece; – a casca é extraída.
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Fundir é preciso
Fundição de precisão
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Por outro lado, a escolha do processo é determinada principal-
mente pelo tipo de produto final que você quer obter. Assim, se
você quiser produzir um produto fundido com determinado peso
máximo de 5 kg, formato complexo, melhor acabamento de super-
fície e tolerâncias mais estreitas em suas medidas, ou seja, um
produto com características aliadas à qualidade do produto usi-
nado, será necessário usar o processo de fundição de precisão.
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com um aglomerante feito com água, silicato de sódio e/ou silica-
to de etila. Essa lama endurece em contato com o ar e é nela que
o modelo de cera ou plástico é mergulhado. Quando a lama endu-
rece em volta do modelo, forma-se um molde rígido. Após o endu-
recimento da pasta refratária, o molde é aquecido, o modelo der-
retido, e destruído.
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4. O material do molde endurece e os modelos são derretidos e
escoam.
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7. As peças são rebarbadas e limpas.
42
Exercícios
1. Responda:
a) Por que tanto o molde quanto o modelo são destruídos no
processo de fundição de precisão?
b) De que material são feitos os modelos e os canais?
c) Como os modelos e moldes são produzidos?
d) Qual é o outro nome dado ao processo de fundição de
precisão?
Vantagens e desvantagens
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• Devido ao bom acabamento e precisão dimensional das peças
produzidas por esse processo, não há necessidade da preocu-
pação com a utilização de ligas de fácil usinagem.
• Possibilidade de utilização de praticamente qualquer metal ou
liga.
• Possibilidade de controle rigoroso da estrutura do material fun-
dido de modo a garantir o controle preciso das propriedades
mecânicas da peça produzida.
Exercício
3. Assinale com um X as afirmações que se referem à fundição
de precisão.
a) ( ) Possibilidade de produção de peças com detalhes
precisos de construção, cantos vivos e paredes finas.
b) ( ) Produção de peças usando molde feito com areia e
resina.
c) ( ) Utilização de modelos de madeira ou metal.
d) ( ) As peças são produzidas com pouco ou nenhum so-
bremetal para usinagem.
Gabarito
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1. a) O modelo feito de cera é derretido para formar a cavidade
do molde. O molde é destruído para a retirada das peças
solidificadas.
b) de cera.
c) Os moldelos em cera - que é injetada em estado líquido
dentro da matriz - e os moldes são produzidos a partir de
uma pasta ou lama refratória que endurece em contato
com o ar.
d) Fundição por moldagem em cera perdida.
3. a) d)
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Esse molde é (quase) para sempre
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de um molde metálico permite a fundição de até 100 mil peças.
Um número tão impressionante deveria possibilitar a extensão
de seu uso a todos os processos de fundição. Só que não é
bem assim.
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duas ou mais partes unidas por meio de grampos para receber o
metal líquido. Isso pode ser feito manualmente.
A montagem dos moldes também pode ser feita por meio de dis-
positivos mecânicos movidos por conjuntos hidráulicos, que co-
mandam o ciclo de abertura e fechamento dos moldes.
48
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
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de todos os seus espaços e cavidades. A pressão é mantida até
que o metal se solidifique. Então, a matriz é aberta e a peça eje-
tada por meio de pinos acionados hidraulicamente.
Para realizar sua função, as matrizes têm que ter resistência sufi-
ciente para agüentar o desgaste imposto pela fundição sob pres-
são, e são capazes de suportar entre 50 mil e 1 milhão de inje-
ções.
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Máquinas de fundição sob pressão
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modo que ambos possam ficar em contato direto com o banho de
metal.
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Vantagens e desvantagens
As desvantagens são:
• limitações no emprego do processo: ele é usado para ligas
não-ferrosas, com poucas exceções;
• limitação no peso das peças (raramente superiores a 5 kg.);
• retenção de ar no interior das matrizes, originando peças in-
completas e porosidade na peça fundida;
• alto custo do equipamento e dos acessórios, o que limita seu
emprego a grandes volumes de produção.
53
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
3. Responda:
a) Qual é o princípio da fundição sob pressão?
b) Quais tipos de máquinas são usados na fundição de pres-
são?
Gabarito
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4. a) A quente
b) fora/a frio
c) geralmente, devem
d) a água, aumentar
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A fundição fica automática
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Seu problema agora é o de como produzir mais peças em menos
tempo e, é claro, sem sacrificar a segurança na operação dos
equipamentos e a qualidade do produto. Afinal, você não quer
que este seja seu primeiro e último cliente.
A máquina e o homem
Imagine, no seu caso que, alguns dias após ter aceito aquele pe-
dido, o comprador da mesma empresa volte e lhe diga que os
planos mudaram. A empresa fez uma pesquisa de mercado e
decidiu lançar três modelos de produtos diferentes. Assim, em
vez daquela única peça fundida agora serão três. E, em vez de
seiscentas peças iguais, serão duzentas peças de cada tipo.
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Perceba que, agora, seu problema mudou. Embora a quantidade
total de peças a serem fabricadas não tenha mudado, sua diver-
sidade aumentou.
Exercício
58
No projeto de uma peça a ser fundida já se utiliza o computador
para analisar a capacidade dessa peça de suportar esforços sem
se deformar ou romper, de suportar as variações de temperatura,
de permitir o fluxo adequado de líquidos e gases, enfim, de cum-
prir sua futura função com eficiência. E, veja bem, toda essa aná-
lise é feita sem ter que se construir uma peça real. A fabricação
só será aprovada quando estas análises concluírem que a peça
funcionará adequadamente.
Exercício
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d) ( ) Toda a análise feita pelo computador no projeto de
uma peça a ser fundida, é realizada construindo-se
uma peça real.
e) ( ) O computador analisa também a geometria da peça,
a localização dos canais de vazamento e as sobre-
medidas.
Construindo o modelo
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à realização desta tarefa ainda não conseguiram ser incorporados
com sucesso em máquinas automáticas. Pronto e acabado o mo-
delo, passa-se à construção do molde.
Exercício
61
Este tipo de máquina tem por objetivo aumentar a produção e a
qualidade dos moldes e já existe há bastante tempo. No entanto,
a operação das máquinas foi-se automatizando com o tempo,
primeiramente com o auxílio de mecanismos, depois com o uso
de componentes elétricos, principalmente os relês, e finalmente,
utilizando-se de computadores. Ao homem restaram apenas as
tarefas de supervisão e manutenção do equipamento, além da
realização de uma ou outra tarefa operacional, como a colocação
de grampos e parafusos para fechar o molde, cuja automação é
inviável do ponto de vista técnico ou econômico.
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seus olhos e ouvidos. E finalmente o programa, aquela seqüên-
cia de instruções semelhante a uma receita de bolo, lembra-se?
Pois bem, o programa pode ser comparado, grosso modo, à inte-
ligência da máquina.
Exercícios
63
O vazamento
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As caixas dos moldes retornarão à primeira fase do processo. Os
canais de vazamento e distribuição deverão ser retirados das
peças fundidas. Se as peças forem pequenas, esta etapa pode
contar com a utilização de operações de tamboreamento. O pro-
cesso que normalmente não é automático, consiste na colocação
das peças a serem rebarbadas dentro de um recipiente rotativo: o
tambor. Quando este tambor gira, as peças em seu interior cho-
cam-se contra suas paredes e umas contra as outras. As rebar-
bas então, são retiradas pelo impacto e pelo atrito resultantes.
Exercício
65
Automação da fundição sob pressão
66
Nas injetoras de câmara quente automáticas, o operador deve,
periodicamente, abastecer o cadinho da máquina com lingotes de
metal. Em muitos casos, mesmo esta tarefa é realizada automati-
camente por meio de sistemas de alimentação que detectam o
nível de metal no cadinho e o abastecem, caso seja necessário,
com lingotes transportados a partir de um local de armazenamen-
to.
67
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Mais robôs
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dos robôs, para auxiliar na cobertura dos modelos de cera ou
plástico com a mistura de areia utilizada no processo.
Mas também não fique tão aliviado assim. Você tem ainda muito
trabalho pela frente. Como não há tempo para comprar novas
máquinas, você terá que adaptar as que já tem. Peça a ajuda
daqueles seus antigos colegas, mecânicos e eletricistas, do tem-
po de fábrica. Aquela sua velha máquina de moldar pode ser par-
cialmente automatizada com a ajuda de componentes hidráulicos,
pneumáticos e elétricos.
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entanto, poderá ajudá-lo a atender seu cliente de forma satisfató-
ria.
Exercícios
70
Gabarito
1. a) Automatização ou automação.
b) Função executada sob forma repetitiva.
c) Computador.
d) Flexibilidade.
e) Programa.
4. a) 1 b) 4
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E depois da fundição?
Por mais simples que a peça seja, é sempre necessário usar má-
quinas e realizar mais de uma operação para produzi-la. Come-
çando pela fundição, seguindo pelos processos de conformação
mecânica como a laminação e a trefilação, passando pelo torne-
amento, pela usinagem, as peças vão sendo fabricadas e reuni-
das para formar os conjuntos mecânicos sem os quais a vida mo-
derna seria impensável.
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Em um ambiente industrial, a conformação mecânica é qualquer
operação durante a qual se aplicam esforços mecânicos em me-
tais, que resultam em uma mudança permanente em suas dimen-
sões.
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camadas de átomos “escorreguem” umas sobre as outras com
mais facilidade.
Exercício
74
Ao passar entre os cilindros, o material sofre deformação plástica.
Por causa disso, ele tem uma redução da espessura e um au-
mento na largura e no comprimento. Como a largura é limitada
pelo tamanho dos cilindros, o aumento do comprimento é sempre
maior do que o da largura.
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A laminação a frio também pode ser feita mesmo em metais cuja
resistência à deformação é maior. São passes rápidos e brandos
cuja finalidade é obter maior precisão nas dimensões das chapas.
Em alguns casos, a dureza e a resistência do material melhoram
já que, nesse caso, ele fica “encruado”. Quando se necessita de
precisão dimensional e ductilidade, a chapa laminada a frio passa
por um tratamento térmico chamado recozimento.
Exercício
76
A máquina de laminar chama-se...
É composto de:
• cadeira - é o laminador propriamente dito e que contém a gaio-
la, os cilindros e os acessórios.
• gaiola - estrutura que sustenta os cilindros.
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ser fundidos ou forjados; são fabricados em ferro fundido ou aço
especial, dependendo das condições de trabalho a que eles são
submetidos. Podem ser lisos, para a produção de placas e cha-
pas, ou com canais, para a produção de perfis.
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Quádruo - apresenta quatro cilindros: dois
internos (de trabalho) e dois externos (de
apoio).
79
Pare! Olhe! Responda!
Exercício
80
4. Finalmente, a placa é encaminhada para o conjunto de lami-
nadores acabadores, que pode ser formado de seis laminado-
res quádruos. Nessa etapa ela sofre reduções sucessivas, até
atingir a espessura desejada e se transformar finalmente em
uma chapa.
5. Quando sai da última cadeira acabadora, a chapa é enrolada
em bobina por meio de bobinadeiras.
Exercício
81
f) ( ) A placa é levada a um laminador quádruo onde sua
espessura é diminuída e a largura, aumentada.
g) ( ) A placa é encaminhada para os laminadores acaba-
dores.
82
• Dobras - são provenientes de reduções excessivas em que um
excesso de massa metálica ultrapassa os limites do canal e so-
fre recalque no passe seguinte.
• Inclusões - são partículas resultantes da combinação de elemen-
tos presentes na composição química do lingote, ou do desgaste
de refratários e cuja presença pode tanto fragilizar o material du-
rante a laminação, quanto causar defeitos na superfície.
• Segregações - acontecem pela concentração de alguns ele-
mentos nas partes mais quentes do lingote, as últimas a se so-
lidificarem. Elas podem acarretar heterogeneidades nas propri-
edades como também fragilização e enfraquecimento de se-
ções dos produtos laminados.
Exercício
83
Gabarito
1. a) Elasticidade, plasticidade.
b) Isso acontece porque o agrupamento atômico da estrutura
do material permite o deslocamento de camadas de áto-
mos sobre outras camadas.
c) Cobre, alumínio, níquel etc.
d) Sim, porque eles tem plasticidade podendo ser estirado e
laminado.
3. a) Realizar a laminação.
b) Cadeira, gaiola.
c) Universal, Duo, Sendzimir, Trio, Quádruo.
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Empurra, estica, puxa...
Mas nem por isso eles deixam de ser importantes. Muito pelo
contrário! Quanto mais usados mais necessários eles se tornam.
Você já imaginou a vida em uma cidade, grande ou pequena, sem
cabos elétricos ou telefônicos? E sem outra coisa bem simples e
muito barata que todo mundo precisa usar, principalmente em um
país tropical como o nosso. Que coisa é essa? É o guarda-chuva!
Impossível fabricá-lo sem tubos e varetas de metal, produzidos
pelos processos de conformação mecânica que estudaremos
nesta aula: a extrusão e a trefilação.
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tém-se uma das importantes características do produto extruda-
do: seção transversal reduzida e grande comprimento.
86
Etapas do processo
87
Se a temperatura de extrusão ficar muito próxima à de liquação, o
aquecimento produzido pelo atrito e pela compressão da matriz,
poderá atingir a temperatura de fusão e impedir a fabricação do
produto por extrusão.
Exercícios
88
2. Escreva C para as afirmações corretas e corrija as erradas.
a) ( ) Rolos de arame, cabos e fios elétricos são produtos
fabricados por extrusão.
b) ( ) O alumínio pode ser extrudado em uma grande quan-
tidade de perfis.
c) ( ) A temperatura de aquecimento do bloco de metal a
ser extrudado deve ser a mais alta possível.
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Na extrusão indireta, o êmbolo é oco e está ligado à matriz. A
extremidade oposta da câmara é fechada com uma placa. O êm-
bolo oco empurra a matriz de encontro ao metal e este sai da
matriz em sentido contrário ao movimento da haste.
Defeitos da extrusão
90
sou pela matriz, a superfície externa move-se para o centro e co-
meça a fluir pela matriz. Como essa superfície externa contém
uma película de óxido, aparecem linhas internas de óxido no
interior do produto.
91
Arrancamento:
• diminuir a velocidade de extrusão;
• diminuir a temperatura de extrusão.
Bolhas
• eliminar gases dissolvidos no metal líquido durante a fundição
do lingote.
Exercícios
Puxa e estica
92
O princípio do processo de trefilação é, de certa forma, parecido
com o da extrusão, ou seja, é necessário que o material metálico
passe por uma matriz para ter seu diâmetro diminuído e seu
comprimento aumentado. A grande diferença está no fato de que,
em vez de ser empurrado, o material é puxado. Além disso, a
trefilação é normalmente realizada a frio.
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passagem do metal pela fieira, a fim de diminuir o atrito entre o fio
e o cone de trabalho.
Etapas do processo
• sem deslizamento
Nessa máquina, o fio é tracionado, ou seja, puxado, e depois de
passar pelo furo da fieira, ele vai para um anel tirante que acumu-
la o fio antes de liberar sua movimentação em direção a uma se-
gunda fieira onde o processo se repete. Isso é feito quantas ve-
zes forem necessárias para obter a bitola desejada para o fio. Ao
término desse processo, o fio é enrolado em uma bobinadeira.
94
• com deslizamento
Essa máquina é usada para a trefilação de fios metálicos de pe-
queno diâmetro. Nela, o fio parte de uma bobina, passa por uma
roldana e segue alinhado até a primeira fieira. Na saída da fieira,
o fio é tracionado por um anel tirante e é enrolado nele com um
número de voltas que depende da força do atrito necessária para
tracionar o fio através da primeira fieira.
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Fratura irregular com estrangulamento, causada por esforço
excessivo devido à lubrificação deficiente, excesso de espiras no
anel tirante, anel tirante rugoso, anel tirante com diâmetro incorre-
to, redução excessiva.
96
Aqui terminamos o estudo de mais dois processos de conforma-
ção mecânica. Há muito mais do que isso a ser apreendido. Por
isso, não deixe a peteca cair! Para saber mais consulte a nossa
bibliografia no final deste livro.
Exercícios
Gabarito
97
3. a) Empurrado contra uma matriz.
b) Empurrada de encontro ao metal.
6. a) Facilitar a lubrificação.
b) Facilitar a passagem do material.
c) Ajustar o diâmetro do fio.
d) Permitir a saída livre do fio.
98
Casa de ferreiro, espeto de... aço
Martelando, martelando...
99
cação das janelas das nossas casas. Os fios trefilados são usa-
dos na produção de condutores elétricos.
100
uma massa de 200 a 3.000 kg que cai livremente ou é impulsio-
nada de uma certa altura que varia entre 1 e 3,5 m.
101
os fornos com controle específico de atmosfera e temperatura.
Alguns metais não-ferrosos podem ser forjados a frio.
Exercício
102
grande. É o caso de eixos de navios, turbinas, virabrequins e a-
néis de grande porte.
103
metade inferior, fazendo o material escoar e preencher a cavidade
da matriz.
104
A rebarba é um dos pro-
blemas do forjamento por
matriz fechada. Para mi-
nimizá-lo, as matrizes
apresentam calhas para
evitar que a rebarba seja
muito grande.
Exercícios
105
3. Descreva, com suas palavras, as etapas do forjamento em
matriz fechada.
106
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Gabarito
107
Dando forma às chapas
Estampagem
108
Por meio dessas operações, a chapa plana é submetida a trans-
formações que a fazem adquirir uma nova forma geométrica, pla-
na ou oca. Isso só é possível por causa de uma propriedade me-
cânica que os metais têm: a plasticidade.
Assim como nem todo material pode ser laminado, nem todo ma-
terial pode passar pelas operações de estampagem. As chapas
metálicas de uso mais comum na estampagem são as feitas com
as ligas de aço de baixo carbono, os aços inoxidáveis, as ligas
alumínio-manganês, alumínio-magnésio e o latão 70-30, que tem
um dos melhores índices de estampabilidade entre os materiais
metálicos.
109
logos dos fabricantes das chapas e padronizados através de
normas.
110
pagem rasa. As prensas hidráulicas são mais usadas na estam-
pagem profunda.
111
peças cortadas. A capacidade de corte de uma ferramenta pode
ser recuperada por meio de retificação para obter a afiação.
Exercícios
2. Relacione as colunas.
Coluna A Coluna B
a) ( ) O defeito de superfície 1) Causa o comportamento irregular do
b) ( ) A composição química metal
c) ( ) A especificação das dimensões 2) É determinada por ensaios
d) ( ) Uma propriedade mecânica mecânicos.
3) Possibilita melhor aproveitamento
da chapa.
4) Influencia no acabamento.
5) Deve ser controlada no processo de
fabricação do metal.
112
Corte de chapas
Dica tecnológica
Em princípio, a espessura da chapa a ser cortada deve ser igual
ou menor que o diâmetro do punção.
Dica tecnológica
Para o aço, a folga é de 5 a 8% da espessura da chapa; para o
latão, ela fica entre 4 e 8%; para o cobre, entre 6 e 10%; para o
alumínio, em torno de 3% e para o duralumínio, entre 7 e 8%.
113
menores forem as espessuras das chapas e o diâmetro do pun-
ção, menor será a folga e vice-versa.
Recorte
Corte de excedentes de material de uma peça que
já passou por um processo de conformação.
Um corte, por mais perfeito que seja, sempre apresenta uma su-
perfície de aparência “rasgada”. Por isso, é necessário fazer a
rebarbação, que melhora o acabamento das paredes do corte.
114
Fique por dentro
Pode-se cortar papel, borracha e outros materiais não-
metálicos com um punção de ângulo vivo. Nesse caso, o
material fica apoiado sobre uma base sólida de madeira
ou outro material mole.
Exercício
Dobramento e curvamento
115
Em toda e qualquer operação de dobramento,
o material sofre deformações além do seu
limite elástico. No lado externo há um esforço
de tração, o metal se alonga e há uma redu-
ção de espessura. No lado interno, o esforço
é de compressão.
Dica tecnológica
Existe uma região interna do material que não sofre nenhum efei-
to dos esforços de tração e compressão aos quais a chapa é
submetida durante o dobramento. Essa região é chamada de li-
nha neutra.
Até atingir o formato final, o produto pode ser dobrado com o au-
xílio de apenas um estampo em uma única ou em mais fases ou,
então, com mais de um estampo.
116
E para obter os variados formatos que o dobramento proporciona,
realizam-se as seguintes operações:
Nervuramento Corrugamento
Exercício
Estampagem profunda
117
Na estampagem profunda, a chapa metálica sofre alongamento
em ao menos uma direção e compressão em outra direção. Ge-
ralmente, um compensa o outro e não há mudança na espessura
da chapa.
118
Características e defeitos dos produtos estampados
Chapa Furos alongados ou Poros finos ou corpos estranhos Limpar cuidadosamente os locais
gretas. duros (como grãos de areia) que de armazenamento das chapas.
penetram na chapa no momento
da estampagem.
Chapa Diferenças de espessura Aba de largura irregular, forma- Exigir produtos laminados com
na chapa. ção de gretas entre as regiões tolerâncias dimensionais estrei-
de diferentes espessuras. tas.
Projeto ou constru- Desprendimento do O punção de embutir atua como Arredondar melhor as arestas no
ção da matriz. fundo. punção de corte, o raio de curva- punção de embutir e na matriz.
tura é muito pequeno no punção
e na aresta embutida.
Projeto ou constru- Ruptura no fundo. O fundo embutido é unido ao Introduzir mais uma etapa de
ção da matriz. resto da peça apenas por um embutimento ou escolher uma
lado; a relação de embutimento é chapa de maior capacidade de
grande demais para a chapa embutimento.
empregada.
Projeto ou Trincas no fundo depois Variação de espessura na chapa Revisar espessura da chapa.
que o corpo está quase ou folga muito estreita entre
ferramentaria todo pronto (mais fre- punção e matriz. Em peças Alargar o orifício de embutimen-
qüentemente em peças retangulares, o estreitamento da to.
retangulares). folga é devido à formação de
Em peças retangulares, limpar
uma pasta de óxidos.
sempre as arestas das ferramen-
tas.
Projeto ou Formato abaulado - Folga muito larga de embutimen- Aumentar a pressão de sujeição.
corpo arqueado para to.
ferramentaria. fora e arqueamento do Trocar a matriz ou o punção.
canto superior do
recipiente.
119
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
120
Gabarito
1. a) (2) b) (3)
3. a) Cisalhamento
b) punção de corte, matriz, prensa
c) rebarbação
7. a) Inclusões na chapa.
b) Poros finos ou corpos estranhos duros que penetram na chapa ao estampar.
c) Aba de largura irregular, formação de gretas entre as regiões de diferentes espes-
suras.
d) Desgaste da ferramenta e chapa oxidada.
121
Conformação mecânica combina com... automação
122
ali. Abrindo uma válvula mais adiante ou desligando um motor
elétrico numa outra seção. Fácil, não? Agora imagine 50 manô-
metros, 40 termômetros, 120 válvulas e 80 motores elétricos. E
todas as operações descritas acima tendo que ser repetidas a
cada hora. É, se conseguisse dar conta de um dia de serviço,
esse mesmo técnico teria pesadelos com manômetros, motores e
tudo o mais pelo resto de sua vida.
123
ram com o que é desejado pelos técnicos e enviam ordens, tam-
bém através de cabos elétricos, para motores e válvulas. Ao ho-
mem resta verificar se tudo está correndo conforme o previsto e
intervir no sistema quando alguma coisa foge ao controle dos
próprios computadores. É o caso da quebra de equipamentos,
quando então as equipes de manutenção devem ser acionadas.
124
Pelos nomes, você pode perceber que as seções não são diferen-
tes das de uma instalação de laminação comum. A grande dife-
rença está no modo como as sessões são controladas. Para con-
trolar as variáveis que influem nos objetivos visados pela automa-
ção, um grande número de sensores e atuadores está espalhado
ao longo da linha de laminação.
125
Na laminação a quente uma variável adicional se faz presente: a
temperatura da tira metálica. Ela influi na estrutura cristalina do
metal e, conseqüentemente, em suas propriedades mecânicas.
Assim, é necessário controlar as temperaturas medindo-as atra-
vés dos pirômetros e atuando nos aquecedores de indução.
Como você já deve ter observado, não é uma tarefa fácil automa-
tizar uma linha de laminação. Existem muitas variáveis que inter-
ferem no processo e influem na qualidade do produto final. Além
disso, essas variáveis estão relacionadas umas às outras. Alte-
ramos uma e acabamos mudando outras. É como aquele antibió-
tico que cura uma infecção na garganta mas acaba por atacar o
estômago.
Exercício
126
Dobrando, cortando e forjando automaticamente
127
O programador da máquina tem a tarefa de “ensinar-lhe” a se-
qüência de passos, ou seja o programa, necessários à obtenção
de uma peça, como, por exemplo, a seqüência mostrada na ilus-
tração a seguir.
128
Uma dobradeira comandada por computador apresenta, como já
dissemos, vários atuadores. O movimento associado a um atua-
dor é chamado de eixo e a ele atribui-se uma letra. Na figura a
seguir, temos uma vista esquemática de uma prensa dobradeira
mostrando seus vários eixos.
129
quina assumem uma nova posição. O processo se repete para
cada nova dobra até o final do programa. O operador pode acom-
panhar, através de um desenho mostrado na tela do comando
numérico, qual a operação seguinte do programa.
Exercício
Cortando automaticamente
130
Estes movimentos, realizados por motores elétricos de acordo
com o programa do comando numérico, fazem com que a chapa
possa ser puxada ou empurrada sobre as esferas transferidoras
ao longo de toda a mesa da máquina.
131
Após uma determinada ferramenta efetuar sua operação, ela de-
ve ser substituída pela ferramenta seguinte, de acordo com o
programa executado pelo comando numérico.
Exercício
132
Forjando automaticamente
133
Nas operações de deformação a quente, como no forjamento, por
exemplo, os robôs mostram-se ainda mais úteis, pois substituem
o homem em operações onde a exposição constante a altas
temperaturas constituem um fator de risco à saúde humana.
Exercício
134
Gabarito
135
A união faz a solda
136
O que é soldagem?
Está difícil? Vamos explicar. Com a soldagem, você pode unir dois
pedaços de material, usando calor com ou sem pressão. Nesse
processo, você pode (ou não) ter a ajuda de um terceiro material,
que vai funcionar como uma espécie de “cola“, que chamamos o
material de adição. Fácil, não?
137
no local da solda. Mesmo quando se usa pressão e, às vezes, o
ponto de fusão não é atingido, o aquecimento facilita a plasticida-
de do metal e favorece a ação da pressão para a união dos me-
tais.
138
Outros processos se baseiam na aplicação de pressões elevadas
na região a ser soldada. O aquecimento das peças a serem uni-
das facilita a ligação entre as partes.
139
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Soldabilidade
Para obter a solda, não basta apenas colocar duas peças metáli-
cas próximas, aplicar calor com ou sem pressão. Para que a sol-
dagem realmente se realize, os metais a serem unidos devem ter
uma propriedade imprescindível: a soldabilidade.
140
o material tem baixa soldabilidade. Por outro lado, se o material
exigir poucos cuidados, dizemos que o material tem boa solda-
bilidade. O quadro a seguir resume o grau de soldabilidade de
alguns dos materiais metálicos mais usados na indústria mecâ-
nica.
Soldabilidade
Aço inox X X
Aços-liga X
Liga de alumínio X
Liga de cobre X
Metalurgia da solda
141
Por isso, não podemos nos esquecer de que, às vezes, o metal
após sofrer aquecimento, tem suas características mecânicas
afetadas. Assim, a junta soldada pode se tornar relativamente
frágil. Na zona afetada termicamente, a estrutura do metal pode
ser modificada pelo aquecimento e rápido resfriamento durante o
processo de soldagem. A composição química fica, entretanto,
praticamente inalterada.
142
Pare! Estude! Responda!
Exercício
143
ultravioleta) sempre presentes nos diversos processos de solda-
gem.
144
no armazenamento, no uso e no manuseio do equipamento. Para
isso, algumas precauções devem ser tomadas:
• Manter o local de trabalho sempre limpo.
• Retirar todo o material inflamável do local de trabalho antes de
iniciar a soldagem.
• Manter o local de trabalho bem ventilado.
• Restringir o acesso de pessoas estranhas ao local da solda-
gem, isolando-o por meio de biombos.
• Usar sempre o equipamento de proteção individual.
145
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Gabarito
2. a) 3) ( x ) b) 4) ( x )
146
O gás veio para fundir
Soldagem a gás
147
Embora esse processo gere temperaturas elevadas, estas ainda
são baixas se comparadas com as geradas pelo arco elétrico. Por
causa disso, a velocidade de soldagem é baixa e, apesar da sim-
plicidade e baixo custo, o uso em processos industriais da solda-
gem a gás é muito restrito. Assim, ela é usada apenas quando se
exige um ótimo controle do calor fornecido e da temperatura das
peças, como na soldagem de chapas finas e tubos de pequeno
diâmetro e, também, na deposição de revestimentos com proprie-
dades especiais na superfície das peças. Seu maior uso se dá na
soldagem de manutenção.
149
mangueira de oxigênio deve ser verde e ter rosca direita. Cada
mangueira deve ser protegida por válvulas de segurança presen-
tes no regulador de pressão e no maçarico.
Exercício
150
e) Qual é a função das mangueiras?
f) Para que serve o maçarico?
g) Para facilitar a identificação, as mangueiras devem ser
1. ( ) vermelha, rosca direita para combustível e verde,
rosca esquerda para oxigênio.
2. ( ) vermelha, rosca esquerda para combustível e
verde, rosca direita para oxigênio.
3. ( ) verde, rosca direita para combustível e vermelha,
rosca esquerda para oxigênio.
4. ( ) verde, rosca esquerda para combustível e verde,
rosca direita para oxigênio.
5. ( ) vermelha, rosca direita para combustível e verme-
lha, rosca esquerda para oxigênio.
151
madamente 3200ºC, a maior dentre os gases que citamos acima.
É um hidrocarboneto cuja fórmula é C2H2.
152
Nem só de gás vive a soldagem
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são às vezes ne-
cessários para a realização da soldagem a gás: os fluxos e os
metais de adição. Juntamente com o gás, esses materiais são
chamados de consumíveis.
Exercício
153
c) Por que o acetileno é o gás combustível mais usado no
processo de soldagem a gás?
d) O que é uma chama redutora?
e) Para que se usa a chama neutra?
f) Para que serve o fluxo?
g) Quais são os critérios que orientam a escolha do metal de
adição?
154
movimentos rotativos ou em ziguezague de um lado para outro da
chapa para obter uma fusão perfeita.
155
DEFEITO CAUSA CORREÇÃO
Falta de penetra- 1. Chama muito fraca. 1. Regular a chama adequadamente, aumente a
ção vazão dos gases ou troque a extensão do ma-
çarico por uma maior, de acordo com a espes-
sura da chapa a soldar. (consultar tabela do
fabricante do maçarico).
2. Técnica inadequada 2. Utilizar ângulo correto de trabalho.
de soldagem.
3. Velocidade de solda- 3. Diminuir a velocidade de soldagem, manten-
gem muito alta. do-a de maneira que a largura do cordão fique
com aproximadamente o dobro de diâmetro da
4. Uso de vareta de vareta.
diâmetro muito 4. Utilizar vareta de menor diâmetro
grande.
Falta de fusão 1. O Velocidade de sol- 1. Diminuir a velocidade de soldagem mantendo-
dagem muito alta. a de maneira que a largura do cordão fique
com aproximadamente o dobro do diâmetro da
2. Distância incorreta vareta.
entre o dardo da cha- 2. Manter o dardo da chama a uma distância de
ma (cone brilhante) c/ aproximadamente 3mm da peça.
a peça.
156
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) Falta de penetração 1. Ângulo de trabalho errado
b) ( ) Falta de fusão 2. Técnica inadequada de deposição
c) ( ) Mordedura na face 3. Chama muito fraca
d) ( ) Superfície irregular 4. Velocidade de soldagem muito alta
157
impedir que o retorno da chama, o refluxo dos gases ou as
ondas de pressão atinjam o regulador ou o cilindro;
• manusear os cilindros de gás com cuidado para que eles não
sofram choques ou impactos mecânicos;
• nunca deixar a chama do maçarico próxima dos cilindros.
158
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Gabarito
159
4. a) Devido à pressão e ao tipo de gás existente.
b) Fechar a válvula de saída do acetileno e do oxigênio; es-
friar o maçarico na água; abrir o oxigênio para sair a água
que penetra no maçarico.
160
O arco elétrico entra em ação
161
Arco elétrico, ou arco voltaico, é formado pela passagem de uma
corrente elétrica através de um gás, transformando energia elétri-
ca em calor.
Recordar é aprender
Toda a matéria é constituída de átomos que são formados de par-
tículas carregadas eletricamente: os prótons com carga positiva
e os elétrons com carga negativa. Os elétrons estão sempre se
movimentando em torno do núcleo do átomo. Nos materiais metá-
licos, os elétrons mais distantes do núcleo podem “escapar” e se
deslocar entre os átomos vizinhos. Quando em presença de uma
tensão elétrica, esses elétrons, chamados de elétrons livres, as-
sumem um movimento ordenado ao qual se dá o nome de cor-
rente elétrica.
162
corresponder ao pólo negativo (ou cátodo) e o metal de base,
que pode corresponder ao pólo positivo (ou ânodo).
163
Fontes de energia para soldagem.
O processo de soldagem ao arco necessita de fontes de energia
que forneçam os valores de tensão e corrente adequados a sua
formação.
Para isso, essas fontes devem apresentar algumas característi-
cas:
• transformar a energia da rede que é de alta tensão e baixa
intensidade de corrente em energia de soldagem caracterizada
por baixa tensão e alta intensidade de corrente;
• oferecer uma corrente de soldagem estável;
• possibilitar a regulagem da tensão e da corrente;
• permitir a fusão de todos os diâmetros de eletrodos compatí-
veis com o equipamento usado.
164
A maioria das soldagens ao arco é feita com corrente contínua
porque ela é mais flexível, gera um arco estável e se ajusta a to-
das as situações de trabalho.
Exercício
165
d) A maioria das soldagens ao arco elétrico é feita com corrente
contínua porque
1. ( ) tem penetração pouco profunda no metal de base e
gera um arco estável.
2. ( ) é mais flexível e tem grande capacidade térmica.
3. ( ) gera um arco mais estável.
4. ( ) tem penetração pouco profunda e grande capacidade
térmica.
166
O eletrodo
167
O quadro a seguir resume as principais informações sobre os
diversos tipos de eletrodos revestidos.
168
1. A letra E significa eletrodo para soldagem a arco elétrico.
1. ⇒ todas as posições
2. ⇒ posição horizontal (para toda solda em ângulo) e
plana;
3. ⇒ posição vertical descendente, horizontal, plana e
sobrecabeça.
psi, do inglês “pound per square inch”, que quer dizer libra por
polegada quadrada, é uma unidade de medida de pressão equi-
valente a uma libra-força por polegada quadrada ou a 6,895 Pa.
4º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tipo de CC+ CC+ CC- CA CA CC+ CA CA CA
corrente + + + - +
CA CA CC CC CC CC CC
- -
CC CC
Tipo do Intenso Intenso Médio Leve Leve Médio Médio Leve Leve
arco com salpi- sem
co salpico
Grande Grande Média Fraca Média Média Média Grande Média
Revesti- XX10 Celulósi- Dióxido Dióxido Dióxido Calcário, Dióxido Óxido de Calcário,
mento celulósico co com de titânio de titânio de titânio, silicato de de titânio, ferro dióxido
silicato de silicato de e silicato e silicato silicatos, sódio. calcário, silicato de de titânio,
sódio potássio de sódio de potás- pó de silicato de sódio, pó silicatos,
XX20-óxido sio ferro potássio de ferro pó de
de ferro (20%). ferro (25
a 40%)
XX30 óxido
de ferro
169
Vamos dizer, então, que você tenha um eletrodo E 6013. Esse
número indica que se trata de um eletrodo com 60 000 psi, para
soldar em todas as posições em CC+, CC- ou CA
Exercício
170
Equipamentos
• Acessórios:
orta-eletrodo – serve para prender
firmemente o eletrodo e energizá-lo.
171
Cabo, ou condutor, que leva a corrente elé-
trica da máquina ao porta-eletrodo e do
grampo de retorno para a máquina.
172
Uso correto das máquinas
Exercício
Etapas do processo
173
2. Preparação da junta;
3. Preparação do equipamento.
4. Abertura do arco elétrico.
5. Execução do cordão de solda.
6. Extinção do arco elétrico.
7. Remoção da escória.
Defeitos de soldagem
174
Tipo de des-
continuidade Causas Prevenção
Superfície 1. Escolha do tipo de corrente 1. Verificar as especificações do eletrodo.
irregular / polaridade errada. 2. Ajustar a amperagem.
2. Amperagem inadequada. 3. Ressecar os eletrodos segundo recomendações
3. Utilização do eletrodo úmido / do fabricante / trocar p/outros de melhor qualida-
de má qualidade. de.
4. Manuseio incorreto. 4. Aprimorar o manuseio do eletrodo.
do. em soldagem.
4. Velocidade de soldagem muito 3. Melhorar o manuseio do eletrodo depositando
alta. mais nas laterais.
5. O arco apresenta sopro lateral 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando
mente magnetizáveis.
5. Mudar a fonte de energia p/ corrente alternada
(use um transformador).
175
Continuação:
Inclusão de 1. Não remoção da escória 1. Remover a escória do passe anterior antes de reiniciar
escória visível do passe anterior. a soldagem.
2. Chanfro irregular. 2. A preparação das bordas deve sempre ser realizada
3. Chanfro muito estreito. de maneira a obter paredes lisas sem falhas.
4. Manuseio incorreto do 3. Aumentar o ângulo do chanfro.
eletrodo. 4. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escó-
5. Sobreposição errada dos ria passe à frente da poça de fusão (aumentar a velo-
passes. cidade de soldagem e diminuir o ângulo de ataque).
6. Amperagem baixa. 4. Evitar mordeduras laterais onde a escória é de difícil
7. Velocidade de soldagem remoção, realizar passe de raiz o mais largo possível
muito alta. com transição suave com o metal de base.
5. A seqüência dos passes deve ser tal que evite a for-
mação de bolsas de escória.
5. Não soldar sobre passes de grande convexidade.
6. Aumentar a amperagem.
7. Diminuir a velocidade de soldagem.
Respingos 1. Amperagem muito eleva- 1. Diminuir a amperagem da máquina.
da. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em
2. Arco muito longo. soldagem.
3. Em C.C. polaridade inver- 3. Inverter a polaridade na fonte de energia.
tida. 4. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
4. Arco com sopro magnéti- principalmente próximo aos extremos da junta.
co. 4. Modificar posição da garra do cabo de retorno.
5. Metal de base sujo de 4. Evitar e modificar a posição dos objetos facilmente
óleo, tintas, oxidação ou magnetizáveis.
molhado. 4. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar
6. Utilização de eletrodo um transformador).
úmido de má qualidade. 4. Aquecer a peça quando existe um membro da junta
mais espesso que o outro.
5. Limpar o metal de base, eliminando poeiras, óleos,
graxas, tintas, oxidação etc.
6. Secar os eletrodos, segundo as recomendações do
fabricante.
6. Trocar os eletrodos por outros de melhor qualidade.
176
Continuação:
Falta de pene- 1. Uso de eletrodo de diâme- 1. Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou eletrodo de
tração ou falta tro muito grande impedin- revestimento mais fino.
de fusão na do suas descida até a ra- 2. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar; reali-
raiz iz. zar a montagem respeitando sempre a fresta mínima
2. Fresta muito pequena ou em função do chanfro e da posição de soldagem.
mesmo inexistente; fresta 2. Procurar tomar a fresta a mais constante possível,
irregular. através de um ponteamento adequado
3. Presença de nariz ou 3. Verificar se é realmente necessária a existência de
nariz muito grande. nariz.
4. Falha no manejo do ele- 3. Procurar tornar o nariz o mais constante possível, e
trodo. sempre menor do que o máximo permitido para o tipo
5. Ângulo de ataque incorre- de chanfro e posição de soldagem definidos
to, principalmente com e- 4. Dirigir sempre o arco elétrico de modo a aquecer apro-
letrodos básicos. priadamente ambas as bordas do chanfro.
6. Falta de calor na junta. 4. Realizar as retornadas / reacendimentos de forma
7. Penetração da escória, correta.
entre os dois membros da 4. Realizar a retomada/reacendimentos de forma correta
junta na região da raiz im- 5. Utilizar o ângulo adequado.
pede uma fusão completa 6. Aumentar a amperagem se ela estiver baixa.
dos materiais. 6. Usar eletrodo de maior diâmetro, se o material for
8. Alta velocidade de solda- espesso.
gem. 6. Diminuir a velocidade de soldagem.
6. Preaquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria.
6. Soldar em posição vertical ascendente.
7. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escó-
ria passe da poça de fusão.
8. Diminuir a velocidade de soldagem.
Mordedura na 1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de
raiz 2. Arco muito longo. solda.
3. Manuseio incorreto do 2. Encurtar o arco.
eletrodo. 3. Melhorar o manuseio do eletrodo.
4. Velocidade de soldagem 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais
muito alta. devagar.
5. Sopro magnético. 5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético.
5. Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
5. Evitar ou modificar a posição dos objetos
5. Mudar a fonte de energia para corrente alternada (usar
um transformador).
177
Continuação:
Esta aula procurou dar a você uma breve noção do que é solda-
gem ao arco elétrico com eletrodo revestido. Ainda há muito o
que aprender. Por enquanto, faça os exercícios que preparamos
para você.
178
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) superfícies irregulares 1. utilização de eletrodos úmidos
b) ( ) mordedura ou falta de 2. chanfro muito restrito
fusão na face 3. polaridade invertida
c) ( ) poros visíveis 4. velocidade de soldagem alta
d) ( ) inclusão da escória 5. manuseio incorreto
e) ( ) respingos 6. presença de nariz, ou nariz muito grande
Gabarito
179
b) Prender o eletrodo e energizá-lo.
180
Protegendo a solda
Como você já deve ter percebido, TIG é uma sigla. Ela deriva do
inglês Tungsten Inert Gas e se refere a um processo de soldagem
ao arco elétrico, com ou sem metal de adição, que usa um eletro-
181
do não-consumível de tungstênio envolto por uma cortina de gás
protetor.
182
Tipo de corrente C/C- C/C+ CA (Balanceada)
Polaridade do Negativa ou direta Positiva ou inversa
eletrodo
Equipamento básico
183
A fonte de energia elétrica é do tipo ajustável e pode ser:
⇒ um transformador que fornece corrente alternada;
⇒ um transformador/retificador de corrente contínua com controle
eletromagnético ou eletrônico;
⇒ fonte de corrente pulsada;
⇒ fontes que podem fornecer corrente contínua ou alternada.
Eletrodos
184
A seleção do tipo e do diâmetro do eletrodo é feita em função do
material que vai ser soldado, da espessura da peça, do tipo da
junta, do número de passes necessários à realização da solda-
gem, e dos parâmetros de soldagem que vão ser usados no tra-
balho.
Consumíveis
185
ionizado. Para esse sistema, os gases usados são o hélio, o ar-
gônio ou uma mistura dos dois.
186
Pare! Estude! Responda!
Exercício
187
d) O eletrodo usado no processo de soldagem TIG é
1. ( ) uma vareta sinterizada de tungstênio puro.
2. ( ) uma vareta de aço puro ou com adição de ele-
mentos de liga (toria e zircônia).
3. ( ) uma vareta de cobre puro sinterizado ou com adi-
ção de elementos de liga (toria e zircônia).
4. ( ) uma vareta de tungstênio com elementos de liga
(toria e zircônia).
5. ( ) uma vareta sinterizada de tungstênio puro ou com
adição de elementos de liga (toria e zircônia).
188
2. Abertura do gás (pré-purga) para expulsar o ar da mangueira
de gás e da tocha.
3. Pré-vazão, ou formação de cortina protetora antes da abertura
do arco.
4. Abertura do arco por meio de um ignitor de alta freqüência.
5. Formação da poça de fusão.
6. Adição do metal na poça de fusão, quando aplicável.
7. Ao final da junta, extinção do arco por interrupção da corrente
elétrica.
8. Passagem do gás inerte sobre a última parte soldada para
resfriamento do eletrodo e proteção da poça de fusão em soli-
dificação (pós-vazão).
9. Fechamento do fluxo do gás.
189
poça. A vareta deve formar um ângulo de aproximadamente
15o em relação à superfície da peça.
190
Consumo excessivo de 1. Gás de proteção insuficiente. 1. Limpar boca da tocha.
eletrodo. 2. Soldagem em polaridade 1. Verificar se há vazamento nas
inversa. mangueiras.
3. Diâmetro inadequado do ele- 1. Diminuir distância entre o bocal
trodo em relação à corrente e a peça.
necessária ao trabalho. 1. Aumentar a vazão do gás.
4. Eletrodo contaminado. 2. Corrigir polaridade.
5. Oxidação do eletrodo durante 2. Usar eletrodo de diâmetro
o resfriamento.
maior.
3. Usar eletrodo de diâmetro maior
4. Eliminar a contaminação por
meio de esmerilhamento da
ponta do eletrodo.
5. Manter o gás fluindo após a
extinção do arco por pelo menos
10 segundo.
Arco errático. 1. Presença de óxidos ou agen- 1. Limpar superfície do metal de
tes contaminadores na super- base.
fície do metal de base. 2. Corrigir ângulo.
2. Ângulo do chanfro da junta 3. Limpar eletrodo.
estreito demais.
4. Utilizar eletrodo de tamanho
3. Eletrodo contaminado. adequado, ou seja, o menor
4. Diâmetro do eletrodo grande possível para a corrente neces-
demais para a intensidade de sária.
corrente usada. 5. Aproxime mais o eletrodo.
5. Arco muito longo.
Porosidade 1. Impurezas na linha de gás. 1. Purgar o ar de todas as linhas
2. Mangueiras de gás e água antes de abrir o arco.
trocadas. 2. Usar somente mangueiras no-
3. Superfície do metal de base vas.
e/ou do metal de adição con- 2. Nunca trocar as mangueiras.
taminada. 3. Fazer limpeza.
4. Vazão do gás inadequada. 4. Corrigir vazão de gás.
5. Arco muito longo. 5. Corrigir comprimento do arco.
Cordão de solda oxi- 1. Proteção insuficiente do gás. 1. Verificar taxa de vazão do gás.
dado 2. Metal de base ou de adição 1. Verificar tamanho do arco.
sujo. 1. Corrigir posição da tocha.
3. Contaminação com o tungs- 1. Centralizar os eletrodos no
tênio do eletrodo.
bocal de gás.
2. Limpar a superfície do material
de base e dos materiais de adi-
ção.
3. Abrir o arco sem tocar o metal
de base; usar corrente de alta
freqüência .
Cordão de solda muito 1. Arco muito longo 1. Corrigir tamanho do arco.
largo. 2. Velocidade de soldagem mui- 1. Corrigir posição da tocha.
to baixa para corrente usada. 2. Verificar e alterar corrente e/ou
velocidade de soldagem.
191
O processo de soldagem TIG, por sua importância e versatilidade
exige um conhecimento cujas noções básicas todo o profissional
da área de metal-mecânica deve ter. Esse foi o objetivo desta
aula: dar-lhe esse conhecimento básico. O resto agora é com
você.
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) Cordão de solda oxidado 1. Diâmetro muito grande o eletrodo.
b) ( ) Cordão de solda muito largo 2. Velocidade de soldagem muito baixa.
c) ( ) Consumo excessivo do eletrodo 3. Soldagem em polaridade inversa.
d) ( ) Arco instável 4. Impurezas na linha de gás.
5. Proteção insuficiente do gás.
Gabarito
192
MIG/MAG: isso parece nome de sanduíche!
Não se assuste, caro aluno, essas siglas não são nomes de san-
duíches dessas cadeias de “fast food” que existem por aí. Basi-
camente, as siglas MIG e MAG indicam processos de soldagem
por fusão que utilizam o calor de um arco elétrico formado entre
um eletrodo metálico consumível e a poça. Neles, o arco e a poça
193
de fusão são protegidos contra a contaminação pela atmosfera
por um gás ou uma mistura de gases.
Antes que você pare de ler a lição porque acha que isso já foi
estudado, vamos garantir que esse processo tem no mínimo duas
diferenças com relação ao processo por eletrodo revestido que
também usa o princípio do arco elétrico para a realização da sol-
dagem. Vamos a elas.
194
A soldagem MIG/MAG é usada na fabricação de componentes e
estruturas, na fabricação de equipamentos de médio e grande
porte como pontes rolantes, vigas, escavadeiras, tratores; na in-
dústria automobilística, na manutenção de equipamentos e peças
metálicas, na recuperação de peças desgastadas e no revesti-
mento de superfícies metálicas com materiais especiais.
Exercícios
195
b) A operação manual do equipamento torna os processos
de soldagem estudados:
1. ( ) lentos, com baixos índices de produtividade e,
conseqüentemente, difíceis de operar.
2. ( ) obsoletos, caros, com baixo índice de produtivi-
dade.
3. ( ) lentos, com baixo índice de produtividade e, con-
seqüentemente, caros.
4. ( ) ultrapassados, caros e difíceis de operar.
196
4. Assinale (F) ou (V) conforme sejam falsas ou verdadeiras as
afirmativas abaixo:
197
Para que o processo de soldagem com eletrodo consumível seja
estável, é preciso que o comprimento do arco permaneça cons-
tante. Para isso, a velocidade de consumo do eletrodo deve ser,
teoricamente e em média, igual a sua velocidade de alimentação.
Esse trabalho é feito pelas fontes de energia de duas formas:
a) pelo controle da velocidade de alimentação do eletrodo de
modo que a iguale à velocidade de fusão, ou
b) pela manutenção da velocidade de alimentação constante,
permitindo variações nos parâmetros de soldagem.
198
• fornecer a corrente de soldagem ao eletrodo;
• envolver o arco e a poça de fusão com o gás de proteção.
199
Na soldagem MIG/MAG, os consumíveis são o eletrodo (também
chamado de arame) ou metal de adição; o gás de proteção e, em
alguns casos, um líquido para a proteção da tocha e das regiões
adjacentes à solda contra a adesão de respingos.
200
Os gases inertes puros são usados principalmente na soldagem
de metais não-ferrosos como o alumínio e o magnésio. Os gases
ativos puros ou as misturas de gases ativos com inertes são usa-
dos principalmente na soldagem dos metais ferrosos. As misturas
de gases ativos com gases inertes em diferentes proporções
permitem a soldagem com melhor estabilidade de arco nos me-
tais ferrosos.
Exercício
Transferência de metal
201
ferência acontece é muito importante. Ele é influenciado princi-
palmente pelo valor da corrente de soldagem, pela tensão, pelo
diâmetro do eletrodo, e pelo tipo de gás de proteção usado.
202
A transferência por spray ocorre com correntes de solda-
gem altas, o que faz diminuir o diâmetro médio das gotas
de metal líquido. Esse tipo de transferência produz uma alta
taxa de deposição, mas é limitado à posição plana.
203
A baixa velocidade de soldagem resulta em um cordão de solda
muito largo com muito depósito de material. Velocidades mais
altas produzem cordões estreitos e com pouca penetração.
204
Continuação:
Falta de Penetra- 1. Abertura muito pequena ou 1. Ser caprichoso na preparação da junta a sol-
ção ou de Fusão mesmo inexistente, ou abertu- dar e realizar a montagem, respeitando sem-
na Raiz. ra irregular. pre a fresta mínima em função do chanfro e da
2. Ângulo do chanfro muito posição de soldagem.
pequeno. 1. Procurar tornar a fresta a mais constante pos-
3. Presença de “nariz” ou “nariz” sível, através de um potenciamento adequado.
muito grande. 2. Utilizar ângulo entre 40 e 60o.
4. Falha no manuseio da tocha. 3. Verificar se é realmente necessária a existên-
5. Falta de calor na junta. cia de “nariz”.
6. Passe de raiz com convexida- 3. Procurar tornar o “nariz” o mais constante
de excessiva. possível e sempre menor do que o máximo
permitido para o tipo de chanfro e posição de
soldagem definidos.
4. Quando for necessário, parar a soldagem
antes do término do cordão de raiz e realizar
as retomadas / reacendimentos de forma cor-
reta.
5. Aumentar o par tensão X velocidade do arame
(amperagem).
5. Reduzir a velocidade de soldagem pois ela
pode estar muito alta, porém é preferível man-
ter o arco na frente da poça de fusão.
5. Preaquecer a peça de trabalho.
5. Soldar em posição vertical ascendente.
6. Esmerilhar o passe de raiz, obtendo certa
concavidade em sua superfície antes de exe-
cutar o novo cordão.
Superfície Irregu- 1. Velocidade inadequada do 1. Ajustar a velocidade do arame.
lar arame (amperagem). 2. Aprimorar o manuseio da tocha para que o
2. Manuseio incorreto da tocha. tecimento seja cadenciado e constante.
Desalinhamento 1. Pré-montagem mal executa- 1. Ser caprichoso na preparação da junta a sol-
da. dar.
2. Ponteamento deficiente. 2. Realizar um ponteamento, com soldas de
fixação resistentes e dimensionadas de acordo
com as partes a unir.
Respingos 1. Tensão muito elevada. 1. Reduzir a tensão.
2. Vazão de gás excessiva 2. Regular a vazão do gás.
3. Sujeira no metal de base. 3. Limpar o metal de base, eliminando tintas,
4. Avanço do arame alto ou óxidos, graxas e outras impurezas que provo-
baixo em relação à tensão do cam isolamento entre o arame e o metal de
arco. base.
5. Distância excessiva entre o 4. Regular o avanço do arame.
bocal e a peça. 4. Controlar a condição ideal pelo tama-
6. Altura excessiva do arco. nho/volume da gota na ponta do arame, que
7. Controle inadequado da deve ter aproximadamente o mesmo diâmetro
indutância. do arame.
8. Posição inadequada da tocha. 5. Manter a distância correta entre o bocal e a
9. Mau contato entre cabos e peça.
peças. 6. Reduzir a altura do arco.
10. Bico de contato danificado. 7. Controlar a indutância adequadamente.
11. Bocal com respingos. 8. Usar a técnica de arco quente (arame sobre a
poça de fusão) para melhorar a estabilidade do
arco e reduzir os respingos. Não inclinar muito
a tocha e procurar manter, onde for possível, o
arco perpendicular à linha da solda.
9. Limpar as superfícies de contato a fim de evi-
tar instabilidade no arco.
10. Trocar o bico de contato.
11. Limpar ou trocar o bocal com respingo.
205
ligas metálicas e espessuras de material, podendo ser usada em
todas as posições. Além disso, por ser semi-automática, ele apre-
senta uma produtividade muito elevada. Isso a torna uma alterna-
tiva bastante viável quando comparada à soldagem com outros
processos.
Por todos esses motivos, preparamos esta aula para você. Não
se esqueça de que ainda há muito o que aprender. Se o assunto
pareceu interessante, procure ler mais sobre ele. Você só tem a
ganhar, porque o profissional que sabe mais tem o futuro nas
mãos.
Exercícios
206
c) A transferência por spray ocorre com:
1. ( ) corrente e tensões altas produzindo baixa taxa de
deposição.
2. ( ) correntes de soldagem baixas produzindo altas
taxas de deposição.
3. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo alta taxa
de deposição.
4. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo baixas
taxas de deposição.
207
Gabarito
3. a) Ferrosos, não-ferrosos
b) Na manutenção, recuperação de peças e revestimento de
superfícies.
4. a) 1) (V) 2) (V) 3) (F) 4) (V) 5) (V)
b) 1. alinhado, junta
2. soldagem, eletrodo
3. arco, poça
d) - aço inoxidável.
- aço-carbono.
- aços de baixa liga.
- alumínio, cobre, níquel etc.
208
8. a) Resulta em cordão muito largo, com muito depósito de
material.
b) Espessura e tipo de junta.
c) Tensão, correntes, ângulo de deslocamento da tocha.
d) Quanto maior a distância, maior será o aquecimento do
eletrodo e menor a corrente necessária para fundir o ara-
me.
209
Não é desodorante, mas dá mais proteção
Protegendo a solda
210
Portanto, um dos desafios tecnológicos da soldagem é justamen-
te diminuir o mais possível esses fenômenos, de modo que a pe-
ça possa apresentar todas as características necessárias para
seu uso de maneira mais produtiva possível.
Uma vez aberto o arco, tanto o eletrodo quanto o fluxo são ali-
mentados continuamente para a região do arco enquanto a tocha
é deslocada. O eletrodo, parte da camada de fluxo e o metal de
base fundem sob o calor do arco formando a poça de fusão.
211
As principais vantagens desse processo são o rendimento, pois
não há praticamente perdas por respingos, e a alta taxa de depo-
sição. É um processo rápido, pois exige apenas um terço do tem-
po normalmente necessário para outros processos, e econômico,
por causa de sua alta produtividade. Os cordões de solda obtidos
são de alta qualidade.
Exercícios
212
2. Assinale com um X a resposta correta nas alternativas abaixo:
a) As principais vantagens da soldagem por arco submerso
são:
1. ( ) gera poucos fumos de soldagem e muitos respin-
gos.
2. ( ) obtém-se cordões com acabamento uniforme, ge-
rando muitos fumos de soldagem.
3. ( ) baixa taxa de deposição, num processo lento.
4. ( ) alta taxa de deposição, sem perdas por respingos,
processo rápido e econômico.
Equipamentos necessários
214
que variam entre 1,6 e 6,4 mm. Eles permitem soldagem com
elevadas densidades de corrente, dependendo do tipo e quanti-
dade de soldas a realizar. Eles são produzidos por trefilação e
podem ser revestidos superficialmente com cobre. Em aplicações
especiais, eles podem ter a forma de fita ou de tubo.
215
Os fluxos também podem ser classificados de acordo com sua
capacidade de alterar a composição química do metal da solda.
Nesse caso, eles são classificados em ativos ou neutros.
Exercícios
216
4. Assinale com um X as respostas corretas.
a) O que determina as propriedades mecânicas do cordão de
solda é:
1. ( ) a combinação do metal de base com o procedimento
de soldagem, a composição química e a corrente.
2. ( ) o eletrodo e o fluxo de soldagem com o tipo de ele-
trodo para arco submerso.
3. ( ) a combinação do metal de base, procedimento de
soldagem, o eletrodo e o fluxo de soldagem adequa-
dos.
4. ( ) a combinação química e a especificação dos arames.
217
Parâmetros e etapas do processo
Dica tecnológica
Na abertura do arco, é importante evitar a sobrecarga na fonte
(quando se usa fonte do tipo corrente constante) ou o agarramen-
to do eletrodo na poça de fusão. Para isso, pode-se facilitar a
abertura do arco por meio da colocação de uma pequena quanti-
dade de lã de aço entre o eletrodo e a peça. O ideal é usar equi-
pamentos dotados de sistemas especiais para a abertura do arco.
218
5. Supervisão da operação, por parte do operador. Isso inclui a
verificação e eventual correção dos parâmetros de soldagem
e do alinhamento do cabeçote.
6. Extinção do arco.
7. Limpeza da camada de escória e preparação para a deposi-
ção dos passes seguintes, se for o caso.
“Tandem arc” ( que quer dizer arcos em série) usa dois ou mais
eletrodos soldando em linha e simultaneamente e cada um tem
sua fonte de energia e controles separados. Devido aos proble-
mas criados por efeito de campos magnéticos, os eletrodos “re-
bocados” possuem fontes de CA. Assim, é comum que o eletrodo
“guia” trabalhe com CC+, que garante melhor penetração, e que
os demais eletrodos trabalhem com CA, o que garante o enchi-
mento e o melhor acabamento do cordão.
219
Eletrodo em fita é a variante na qual o
eletrodo é substituído por uma fita metá-
lica de 0,5 mm de espessura e 30 a 120
mm de largura. Nela, a diluição é muito
baixa e o cordão de solda tem aproxima-
damente a largura da fita. Esse fato indi-
ca o processo para revestimento de
grandes áreas.
Exercícios
220
c) ( ) posicionamento do cabeçote no local de início da
operação.
d) ( ) alinhamento da direção de deslocamento do equipa-
mento com a direção da junta.
e) ( ) extinção do arco.
f) ( ) limpeza da camada de escória e preparação para a
deposição das posses seguintes, se for o caso.
g) ( ) supervisão da operação, por parte do soldador, inclu-
indo a verificação e eventual correção dos parâme-
tros de soldagem e do alinhamento do cabeçote.
221
Gabarito
2. a) (4)
3. 1) (b) 2) (a)
4. a) (3)
6. a) 4; b) 1; c) 3; d) 2;
e) 6; f) 7; g) 5.
222
Versatilidade, ainda que tardia!
A ordem é versatilidade!
223
Mas, o que é exatamente a soldagem por resistência? Uma das
primeiras coisas a aprender em relação a esse processo, é que o
calor gerado não vem de uma fonte como um arco elétrico ou a
chama de um gás. Basicamente, é um processo de soldagem
baseado na pressão e na resistência elétrica.
224
com intensidade e duração adequadas. Os processos mais co-
muns de soldagem por resistência são:
225
A soldagem de topo, que apresenta duas varian-
tes: por resistência e por centelhamento. Na sol-
dagem de topo por resistência, a união é produzi-
da em toda a área de contato das partes a serem
soldadas. As duas partes são pressionadas uma
contra a outra até que o calor gerado pela passa-
gem da corrente seja suficiente para que a união
ocorra.
226
O quadro da a seguir resume as aplicações, vantagens e
desvantagens de cada um desses processos.
Por costura Juntas contínuas im- Menor largura da sol- As soldas devem ser retas
permeáveis a gases e da e menor sobreposi- ou com curvaturas cons-
líquidos em tanques de ção em relação à sol- tantes.
combustíveis de autos, dagem por pontos ou Comprimento das juntas
cilindros de extintores, por projeção. longitudinais é limitado pe-
tubos. lo percurso da máquina.
Menor resistência à fadiga.
Por projeção União de pequenas pe- Possibilidade de pro- O formato das projeções
ças estampadas, for- dução de várias sol- pode exigir mais uma ope-
jadas ou usinadas de das simultâneas em ração.
aço-carbono, aço inoxi- um único ciclo. Em soldagens múltiplas,
dável e ligas de níquel. necessidade de controle
preciso da altura e do ali-
nhamento das peças para
igualar a pressão e a cor-
rente de soldagem.
227
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
228
d) A soldagem por projeção consiste em:
1. ( ) unir superfícies por meio de caldeamento em
chapas com espessura entre 5 e 8 mm.
2. ( ) unir chapas finas por meio de estampagem ou
calor transmitidos por corrente elétrica.
3. ( ) soldar duas superfícies, de modo semelhante à
soldagem por pontos, porém em uma parte de
uma das peças com uma proteção obtida por
meio de estampagem ou forjamento empregados
em chapas finas entre 0,5 e 3,2 mm.
4. ( ) unir duas peças de topo em projeção por meio de
estampagem ou forjamento empregado em cha-
pas com espessuras entre 0,8 a 3,5 mm.
e) Na soldagem de topo, as variantes são:
1. ( ) por resistência e centelhamento.
2. ( ) por forjamento e centelhamento.
3. ( ) por prensagem e resistência.
4. ( ) por centelhamento e estampagem.
Equipamentos
1. Sistema elétrico;
2. Sistema mecânico;
3. Sistema de controle.
230
2. Resistência elétrica do circuito de soldagem que corresponde
à soma das resistências dos eletrodos, do contato eletrodo-
peça, da resistência interna das peças e do contato entre as
peças.
3. Formato e preparação dos eletrodos e a força exercida neles.
Embora isso não exerça influência no calor gerado, quanto
maior for a força aplicada, maior será o contato e menor será
a resistência na interface peça-peça. Por outro lado, a aplica-
ção de uma força muito pequena causa flutuação na qualida-
de dos pontos obtidos devido à flutuações na resistência de
contato.
231
4. Compressão final das peças, quando as superfícies em conta-
to sofrem deformação plástica;
5. Interrupção da passagem da corrente elétrica.
Exercícios
232
3. Assinale com um X as alternativas corretas nas questões a-
baixo:
Gabarito
3. a) (4)
4. a) 2; b) 3; c) 5;
d) 4; e) 1
233
Capilaridade é bom e a brasagem gosta
Não, caro aluno, não queremos dizer que os processos são “con-
fusos”. O que esperamos que você tenha aprendido, é que esses
processos têm em comum o fato de que os metais de base sem-
pre atingem a temperatura de fusão no local onde se realiza a
soldagem. É importante que você tenha aprendido, também,
quais são as conseqüências desse calor na estrutura do metal e,
conseqüentemente, nas propriedades do material soldado.
234
de adição que tem uma temperatura de fusão superior a 450ºC,
porém menor do que a temperatura de fusão do metal de base.
Ele é chamado de brasagem.
235
A brasagem forte apresenta algumas vantagens em relação aos
processos de soldagem por fusão:
• requer menor calor de modo que a soldagem se realiza mais
rapidamente;
• o metal de adição apresenta baixa tensão residual e sua ducti-
lidade permite posterior usinagem;
• as uniões apresentam resistência mecânica adequada para
várias aplicações;
• o equipamento usado é simples e de fácil manuseio;
• possibilidade de união de materiais frágeis, como o ferro fundi-
do cinzento, sem pré-aquecimento em temperaturas altas.
236
Um processo de união que utiliza o mesmo princípio da brasagem
é a soldabrasagem. Nele, o metal de adição tem a temperatura
de fusão também superior a 450ºC, porém não preenche a junta
por ação capilar. Tanto o desenho da junta quanto a forma de
deposição do metal de adição se assemelham aos da soldagem
por fusão. As fontes de calor para a soldabrasagem podem ser
maçaricos de oxi-gás e arcos TIG ou plasma.
Exercícios
237
d) Complete o quadro que classifica o processo de brasagem
em função de suas variantes.
Consumíveis
238
senta algumas das ligas de metais de adição mais comuns, jun-
tamente com os metais de base aos quais se aplicam e respecti-
vo método de aquecimento.
239
Em geral, os fluxos são constituídos de cloretos, fluoretos, fluobo-
ratos, boratos, bórax, ácido bórico, agentes umectantes e água. A
maioria deles é composta por uma combinação de alguns desses
constituintes misturados em proporções adequadas à utilização.
240
Alguns metais de adição são autofluxantes, ou seja, desempe-
nham também o papel do fluxo em certas ligas. É o caso, por e-
xemplo, do constituinte Cu3P do cobre-fósforo que funciona como
fluxo quando usado em cobre e suas ligas.
Etapas do processo
2. Aplicação do fluxo.
4. Brasagem.
241
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
242
5. Complete o quadro indicando os metais de base e seus res-
pectivos métodos de aquecimento em função dos metais de
adição apresentados abaixo:
243
Gabarito
3. a) (4)
6. a) (3) b) (2)
244
Robôs na soldagem
Mas, que máquinas são essas e por que será que o robô se a-
daptou tão bem aos processos de soldagem, a ponto de se tornar
o principal campo de aplicação dessas máquinas maravilhosas?
Essas são perguntas interessantes que, com certeza, você gosta-
ria de ver respondidas.
Nesta aula, vamos satisfazer sua curiosidade. Aqui você vai saber
não só os “porquês”, mas também os “comos” da soldagem feita
com auxílio de robôs. Prepare-se.
O robô industrial
245
nhas, que andavam com pernas ou esteiras, apitando e piscando
luzinhas coloridas.
246
Os motores e os sensores estão ligados ao computador que con-
trola o robô. Por meio do programa, o computador compara as
ordens que você deu ao robô com a sua posição atual, conhecida
por intermédio dos sensores. Se a posição em que o robô se en-
contra é diferente daquela que você desejava, o computador se
encarrega de realizar as correções necessárias.
Os robôs soldadores
247
Nesta figura, podemos ver o equipamento de solda MIG com o
alimentador automático de arame de solda, o dispositivo de fixa-
ção da peça a ser soldada – cujos movimentos também são, ge-
ralmente, controlados por computador – , e o computador que
controla o robô. Além disso, temos uma cerca de proteção que
isola a área de trabalho, protegendo o pessoal de operação e
manutenção que, acidentalmente, poderia entrar na área de al-
cance da máquina durante sua operação automática.
Exercícios
248
2. Escreva (F) ou (V) conforme sejam falsas ou verdadeiras as
alternativas abaixo:
a) Vários fatores contribuíram para que os robôs substituís-
sem o homem nas operações de soldagem. Entre eles
destacamos:
1. ( ) O fato dos postos de soldagem apresentarem um
ambiente insalubre, pois além das radiações térmi-
cas e luminosas são pouco confortáveis para o
trabalho.
2. ( ) Às vezes o soldador é obrigado a manejar equipa-
mentos pesados e colocar-se em posições descon-
fortáveis para que possa efetuar trabalhos especí-
ficos em determinados pontos da peça.
3. ( ) Em certas circunstâncias, a operação de soldagem
limita-se a pequenas correções em componentes e
máquinas operatrizes.
4. ( ) A fadiga física que compromete a qualidade do
serviço em razão da repetição constante de um
mesmo tipo de tarefa.
5. ( ) As várias posições em que se vê obrigado a ficar,
leva o operador a substituir seus componentes de
trabalho alterando sua rotina.
249
usinagem, porém é considerada satisfatória nas operações típicas
de robôs como soldagem e pintura.
250
O cilindro da carcaça chega à célula por uma esteira transporta-
dora e é preso pelas extremidades num dispositivo de fixação
giratório. Após a soldagem de todos os componentes, a carcaça é
retirada da célula também por meio de uma esteira transportado-
ra.
Como você percebeu, para realizar todas essas tarefas com pre-
cisão e segurança, são necessários computadores poderosos.
Ensinando o robô
251
Suponhamos que desejamos fazer com que o dispositivo de solda
a ponto mostrada a seguir, montado na extremidade de um robô,
execute os pontos de solda na estrutura do automóvel.
Como você pode ver, o robô foi mesmo uma mão na roda para as
tarefas repetitivas e perigosas da soldagem. Além disso, ele veio
atender às necessidades de produtividade e de regularidade nos
resultados da soldagem, imprescindíveis para a manutenção de
níveis de qualidade que tornem uma indústria competitiva em um
mundo de economia globalizada desse fim de século XX.
252
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
253
Gabarito
1. a) (2)
b) “Teaching” ou Ensinamento.
254
Nada se cria, tudo se transforma
A explicação para isso é que queremos que você tenha uma vi-
são bem ampla dos processos de fabricação, de modo que seja
possível perceber em que parte desse processo você vai estar
entrando. Assim, até agora estudamos processos que preparam
a matéria-prima que vai ser usada na usinagem, a maior “família”
dos processos de fabricação mecânica que se conhece.
A partir desta aula, você vai ver que depois que o material é fun-
dido, laminado, ou forjado, quase que necessariamente, ele terá
de passar por uma operação de usinagem para se transformar no
produto final.
3
vem ter exatidão de medidas e um determinado acabamento em
sua superfície.
4
• custo mais baixo porque possibilita a produção de grandes
quantidades de peças;
• fabricação de somente uma peça com qualquer formato a partir
de um bloco de material metálico, ou não-metálico.
Exercícios
1. Responda:
a) Cite ao menos três processos de fabricação pelos quais
uma peça pode passar antes de ser usinada.
b) Cite os dois modos de se fabricar peças para conjuntos
mecânicos.
c) Cite pelos menos cinco tipos de operações executadas na
usinagem.
d) Do ponto de vista da estrutura do material, o que é a usi-
nagem?
5
2. Complete.
a) A produção de peças pode ocorrer ............ a formação de
cavacos, como nos processos metalúrgicos e ............... a
formação de cavacos, como nos processos de ..................
b) Usinagem é todo processo pela qual uma peça é modifi-
cada pela ..................... de cavacos ou aparas de material.
c) Por meio da remoção progressiva de cavacos, o processo
de usinagem possibilita o acabamento de superfícies de
peças ............... ou ............... mecanicamente, melhorando
o aspecto e .................. mais exatas.
d) A usinagem possibilita a produção de grandes quantida-
des de ................ com ................... variados a partir de um
bloco de material metálico ou não-metálico, com
.................. mais baixos.
Corta!
6
Observe que a característica mais importante da
cunha é o seu ângulo de cunha ou ângulo de
gume (c). Quanto menor ele for, mais facilida-
de a cunha terá para cortar. Assim, uma cunha
mais aguda facilita a penetração da aresta cor-
tante no material, e produz cavacos pequenos, o
que é bom para o acabamento da superfície.
7
Iso significa que a cunha da ferramenta deve ter um ângulo capaz
de vencer a resistência do material a ser cortado, sem que sua
aresta cortante seja prejudicada.
8
Do ângulo de saída depende um maior ou menor atrito da super-
fície de ataque da ferramenta. A conseqüência disso é o maior ou
o menor aquecimento da ponta da ferramenta. O ângulo de saída
pode ser positivo, nulo ou negativo.
Dica tecnológica
Para facilitar seu estudo, os ângulos de cunha, de folga e de saí-
da foram denominados respectivamente de c, f e s. Esses ângu-
los podem ser representados respectivamente pelas letras gregas
b (lê-se beta), a (lê-se alfa) e g (lê-se gama).
9
menta a fim de se obter seu máximo rendimento. Esses dados
são encontrados nos manuais de fabricantes de ferramentas.
Exercícios
10
5. Faça corresponder a resistência que os materiais oferecem ao
corte com os ângulos da ferramenta numerando os parênte-
ses:
11
a sua ferramenta vai ter que apresentar algumas características
importantes. Vamos a elas.
12
• à natureza do produto a ser usinado em função do grau de exa-
tidão e custos;
• ao volume da produção;
• ao tipo de operação: corte intermitente ou contínuo, desbas-
tamento ou acabamento, velocidade alta ou baixa etc.;
• aos detalhes de construção da ferramenta: ângulos de corte, e
de saída, métodos de fixação, dureza etc.;
• ao estado da máquina-ferramenta;
• às características do trabalho.
13
5. Metal duro (ou carboneto sinterizado): compreende uma
família de diversas composições de carbonetos metálicos
(de tungstênio, de titânio, de tântalo, ou uma combinação
dos três) aglomerados com cobalto e produzidos por proces-
so de sinterização. Esse material é muito duro e, portanto,
quebradiço. Por isso, a ferramenta precisa estar bem presa,
devendo-se evitar choques e vibrações durante seu manu-
seio. O metal duro está presente na ferramenta em forma de
pastilhas que são soldadas ou grampeadas ao corpo da fer-
ramenta que, por sua vez, é feito de metal de baixa liga. Es-
sas ferramentas são empregadas para velocidades de corte
elevadas e usadas para usinar ferro fundido, ligas abrasivas
não-ferrosas e materiais de elevada dureza como o aço
temperado. Opera bem em temperaturas até 1300ºC.
14
Nesta altura da aula, você já tem bastante “material” para estudar,
portanto, mãos à obra!
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
15
Gabarito
3. a) Manualmente; operatrizes/ferramenta.
b) Limar; tornear.
c) Cunha ou folga.
d) Cunha; aresta.
e) Maior; dureza; tenacidade.
f) Resistência; corte.
g) Ângulo; resistência.
h) Cunha; saída; ataque.
i) Saída; ataque.
4. b) f/α; c) s/γ
5. a) 2 b) 1 c) 3
7. a) 5 b) 1 c) 2 d) 4 e) 3
16
Parâmetros de corte
Os parâmetros
Toda empresa, quando fabrica alguma coisa, visa lucro. Para que
isso aconteça, é preciso que ela produza bem e barato. E produ-
17
zir bem e barato significa não só ter bons funcionários, boas insta-
lações e maquinário moderno. É necessário que todo esse patri-
mônio seja usado da maneira mais produtiva possível. Um dos
modos de garantir isso é aplicando o conhecimento tecnológico
ligado ao processo de fabricação adotado.
18
área de seção do cavaco, da lubrificação e de velocidade de
corte. É um dado de tabela;
• força de corte, identificada pela sigla Fc;
• potência de corte, ou Pc.
Exercícios
1. Responda.
a) O que é necessário para uma empresa produzir bem e
barato?
b) O que o operador deve considerar antes de iniciar a ope-
ração de corte?
c) O que são parâmetros de corte?
d) Quais são os dois parâmetros que o operador não pode
deixar de considerar ao realizar uma operação de usina-
gem?
19
Velocidade de corte
20
Recordar é aprender
Para calcular o número de rpm de uma máquina, emprega-se a
fórmula:
vc ⋅ 1000
rpm =
d . π
vc ⋅ 1000
gpm =
2 . c
Avanço
21
trabalho de usinagem também não é realizado de uma só vez.
Isso acontece porque a ferramenta é muito mais estreita que a
superfície a ser trabalhada. Por isso, é necessário que a ferra-
menta percorra várias vezes seu trajeto, à pequena distância e
paralelamente ao percurso anterior.
Você que está superligado nesta aula, deve ter percebido que o
cavaco já foi citado algumas vezes. Ele é mesmo muito importan-
te na usinagem. Por isso, ele vai ficar para a próxima parte desta
aula.
22
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
23
Em condições normais de usinagem, a formação do cavaco ocor-
re da seguinte maneira:
a) cavaco em fita;
b) cavaco helicoidal;
c) cavaco espiral;
d) cavaco em lascas ou pedaços.
24
Além do formato, quatro tipos básicos de cavacos podem ser for-
mados de acordo com as características físicas do material e os
parâmetros de corte usados. O quadro a seguir resume as infor-
mações sobre esses tipos.
Cavaco contínuo com aresta É constituída por um depósito Aço com baixo teor de carbo-
postiça (ou gume postiço) de material da peça que adere no
à face de corte da ferramenta, e
que ocorre durante o escoa-
mento da apara contínua.
25
Na usinagem caracterizada por esse tipo de cavaco, a superfície
da peça fica coberta de fragmentos adjacentes, compridos e par-
cialmente aderidos a essa superfície, que fica áspera. O grau de
aspereza é tanto maior quanto maiores são os fragmentos. Esse
tipo de cavaco pode ser evitado escolhendo-se adequadamente a
espessura do cavaco, a temperatura de corte e ângulo de saída,
a superfície de saída da ferramenta, e o lubrificante próprio.
26
Os tipos mais comuns de quebra-cavacos são:
a) quebra-cavaco usinado
diretamente na ferramen-
ta;
b) quebra-cavaco fixado
mecanicamente;
c) quebra-cavaco em pasti-
lha sinterizada.
27
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) contínuo 1. Grandes avanços e vc inferior a 100m/min. Materiais dúcteis,
ferro maleável, aço.
b) ( ) cisalhado 2. Avanço e vc pequenos. Materiais frágeis, ferro fundido, latão.
3. Depósito de material da peça que adere à ferramenta. Aço de
c) ( ) ruptura baixo carbono.
4. Avanço médio e vc superior a 60 m/min. Materiais homogê-
neos, aço de baixo carbono e alumínio.
Gabarito
28
2. a) 3; b) 5; c) 1; d) 6;
e) 4; f) 7; g) 2;
6. a) 4 b) 1 c) 2
29
Não esquenta, não!
30
Mas, será que isso é assim tão simples? O calor é o único pro-
blema da usinagem? E a oxidação, como fica? Como sempre,
não vamos responder agora. Você mesmo vai achar as repostas
estudando esta aula.
31
corte. Age, também, sobre o peça evitando deformações causa-
das pelo calor. Atua, finalmente, sobre o cavaco, reduzindo a for-
ça necessária para que ele seja cortado.
32
quem no fundo do compartimento da frente para que a bomba
possa se alimentar de líquido limpo.
Exercício
33
na superfície de saída da ferramenta antes que se inicie o pro-
cesso de corte.
34
forma sulfeto metálico de características anti-soldantes e lubrifi-
cantes;
• cloro, adicionado sob a forma de parafina clorada e também
indicado para operações severas com aço;
• fósforo que combinado com o enxofre substitui o cloro. Tem
propriedades antioxidantes.
Dica tecnológica
Para obter uma boa emulsão de óleo solúvel, o óleo deve ser adi-
cionado à água, sob agitação, (e nunca o contrário) em uma pro-
porção de uma parte de óleo para quatro partes de água. A mistu-
ra obtida pode então ser diluída na proporção desejada.
35
A seguir você tem dois quadros. O primeiro resume informações
sobre os tipos de fluidos de corte. O segundo dá indicações sobre
o uso dos vários fluidos de corte, relacionando-os com a opera-
ção e o grau de usinabilidade dos materiais metálicos para cons-
trução mecânica.
Propriedades
Tipos Composição Proteção Resistência
Resfriamento Lubrificação contra a EP à corrosão
corrosão
óleos minerais Derivado de petróleo. Ótima Excelente Boa
Grau de Material Aços de baixo Aços-liga de Aços-liga de Aços-ferramenta Alumínio Cobre, níquel,
severidade carbono médio carbo- alto carbono e aços inoxidá- magnésio, bronze de
Operação aditivados no veis latão alumínio
vermelho
1 Brochamento A A A ou j A ou K D C
2 Roscamento A ou B A ou B A ou B A ou B ou C D ou G / H D ou G / H a K
aK
3 Roscamento com cossinete. B ou C B ou C B ou C B ou C D ou H D ou H
4 Corte e acab. de dentes de B B B A G ou H j ou K
engrenagem.
4 Oper. c/ alargador. D C B A F G
5 Furação profunda. E ou D E ou C E ou B E ou A E ou D E ou D
6 Fresamento. E, C ou D E, C ou D E, C ou D C ou B E, H a K E, H a K
7 Mandrilamento. C C C C E E
7 Furação múltipla. C ou D C ou D C ou D C ou D F G
8 Torneamento em máquinas C ou D C ou D C ou D C ou D F G
automáticas.
9 Aplainamento e torneamento. E E E E E E
10 Serramento, retificação. E E E E E E
Legenda: A - óleo composto com alto teor de enxofre (sulfurado)
B - óleos compostos com médios teores de enxofre(sulfurado) ou substâncias cloradas (clorado)
C - óleos compostos com baixos teores de enxofre ou substâncias cloradas
D - óleo mineral clorado
E - óleos solúveis em água
F, G, H, J, K - óleo composto com conteúdo decrescente de óleo graxo de F a K
36
Adaptada de: Fundamentos da Usinagem dos Metais por Dino Ferraresi. São Paulo, Edgard Blücher, 1977, pág. 551.
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Fluidos sintéticos 1. óleos minerais + óleos graxos, soda
b) ( ) Óleos EP cáustica, emulsificantes, água.
c) ( ) Óleos solúveis 2. óleos minerais ou graxos sulfurados ou clorados.
d) ( ) Óleos minerais 3. água + agentes químicos, sabões, germicidas.
4. óleos minerais com enxofre, cloro ou fósforo.
5. derivados de petróleo.
37
4. ( ) da ferramenta usada, do tipo de operação e do
poder de refrigeração.
5. ( ) do tipo de operação, do aditivo EP e do poder de
refrigeração.
38
co e a distorção. As ilustrações a seguir mostram a maneira
adequada de aplicar o fluido em diversas operações de usina-
gem.
39
O que acontece na dermatite, é que a combinação dos fluidos de
corte com os resíduos que geralmente acompanham os trabalhos
de usinagem forma compostos que aderem à pele das mãos e
dos braços. Essas substâncias entopem os poros e os folículos
capilares, impedindo formação normal do suor e a ação de limpe-
za natural da pele, o que causa a dermatite.
40
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Armazenamento 1. Deve-se iniciar antes que a ferramenta penetre
b) ( ) Alimentação na peça.
c) ( ) Purificação e 2. Pode-se resolver com constante limpeza,
recuperação arejamento e uso de bactericidas.
d) ( ) Controle de odor 3. Pode-se evitar usando luvas e uniforme
adequado.
4. Deve-se manter em local adequado sem muitas
variações de temperatura.
5. Limpa-se por meio de técnicas de decantação e
filtragem.
6. Complete.
a) O contato prolongado com os fluidos de corte sem os de-
vidos cuidados pode causar problemas de pele chamados
de ........................
b) O contato com os fluidos de corte pode ser evitado com o
uso de .................. e ................
c) Para lavar as áreas da pele que entram em contato com
os fluidos usa-se ..................... suaves ou ................ e
.................. macia.
d) Antes de iniciar o trabalho e após lavar as mãos deve-se
usar ......................
41
Gabarito
3. a) 3; b) 4; c) 1; d) 5.
4. a) 3; b) 1; c) 5.
5. a) 4; b) 1; c) 5; d) 2.
6. a) Dermatite.
b) Luvas e uniformes.
c) Sabões; pasta; escova.
d) Creme protetor para as mãos.
42
Antes prevenir do que remediar
43
Muitas vezes, dentro do processo de fabricação mecânica, é ne-
cessário prever se a peça em bruto ou pré-usinada resultará re-
almente na peça acabada que se deseja, isto é, se as dimensões
da peça em bruto são suficientes para permitir a usinagem final.
Isso geralmente acontece na produção de peças únicas, na fabri-
cação de pequenas séries ou na produção de primeiros lotes de
peças de uma grande série.
44
Na traçagem é preciso considerar duas referências:
• a superfície de referência, ou seja, o local no qual a peça se
apoia;
• o plano de referência, ou seja, a linha a partir da qual toda a
traçagem da peça é orientada.
45
Os conceitos que você conheceu nesta primeira parte da aula são
importantes. Dê uma parada para estudá-los.
Exercícios
46
Para realizar a traçagem é necessário ter alguns instrumentos e
materiais. Os instrumentos são muitos e variados: mesa de traça-
gem ou desempeno, escala, graminho, riscador, régua de traçar,
suta, compasso, esquadro de centrar, cruz de centrar, punção e
martelo, calços em V, macacos de altura variável, cantoneiras,
cubo de traçagem.
47
Para auxiliar na traçagem usa-se régua, esquadros de base, o
esquadro de centrar, a suta, tampões, gabaritos.
Para que o traçado seja mais nítido, as superfícies das peças de-
vem ser pintadas com soluções corantes. O tipo de solução de-
48
pende da superfície do material e do controle do traçado. O qua-
dro a seguir resume as informações sobre essas soluções.
49
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Para medir 1. régua, esquadro de base e de centrar,
b) ( ) Para traçar suta, tampões, gabaritos.
c) ( ) Para auxiliar 2. riscador, compasso, graminho.
d) ( ) Para marcar 3. escala, graminho.
4. soluções corantes.
5. punção e martelo.
6. mesa de traçagem.
Etapas da traçagem
50
3. Posicionamento a peça sobre a
superfície de referência. Se a
peça não tiver uma superfície u-
sinada que se possa tomar como
plano de referência, ela deve ser
posicionada com o auxílio de
calços, macacos e/ou cunhas.
51
7. Para a traçagem de linhas oblí-
quas, usa-se a suta, que serve
para transportar ou verificar o
ângulo da linha oblíqua.
52
Ela ajuda a prevenir erros do operador. E como diz o velho ditado,
é melhor prevenir do que remediar.
Exercícios
53
Gabarito
2. a) Traçagem no espaço.
b) Traçagem plana.
3. a) Resposta pessoal.
b) Resposta pessoal.
4. a) 3; b) 2; c) 1; d) 5.
6. a) 4; b) 5; c) 1; d) 3; e) 2.
7. a) 3; b) 1; c) 4; d) 2.
54
Mais que nunca é preciso cortar
55
perdice matéria-prima. Isso leva à necessidade de cortar o mate-
rial de maneira planejada, com as dimensões mínimas e suficien-
tes para a execução da usinagem. É aí que o corte entra. Com
máquinas, ferramentas e técnicas especiais para cada necessi-
dade, algumas empresas têm até setores especializados no corte
de materiais.
56
Para essa operação, existem vários tipos de tesouras que se dife-
renciam uma das outras principalmente pela forma das lâminas,
pelas dimensões e pela aplicação. Elas são:
57
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Cortar 1. Com lâminas serrilhadas.
b) ( ) Serrar 2. Com tesoura ou guilhotina.
c) ( ) Cinzelar 3. Com cinzel ou talhadeira.
2. Responda.
a) Como é possível evitar o desperdício de matéria-prima no
corte?
b) Qual é a operação de corte adequada para a preparação
de barras em blocos menores para fresagem?
Coluna A Coluna B
a) ( ) Tesoura manual reta 1. Corte de raios.
b) ( ) Tesoura manual reta de 2. Corte em curvas pequenas
lâminas estreitas 3. Pequenos comprimentos.
c) ( ) Tesoura manual curva 4. Chapas de maior espessura (1 a 1,5mm).
d) ( ) Tesoura de bancada 5. Chapas mais espessas de ± 3mm.
e) ( ) Guilhotinas mecânicas
58
que usa a serra como ferramenta. O serramento pode ser feito
manualmente ou com o auxílio de máquinas.
59
3. Máquina de serrar de disco
circular.
60
Dica tecnológica
Existem serras usadas para fazer furos de diâmetros maiores dos
que os que se pode fazer com brocas comuns. Elas foram espe-
cialmente desenvolvidas para a furação de chapas de aço e ou-
tros metais, madeiras, fibras, plásticos, etc. São fabricadas em
aço rápido bimetal e usadas em furadeiras. São chamadas de
serra copo.
Espessura do Material
Até De 6mm De 13mm Acima Até De 13mm Acima
Material 6mm a 13mm 25mm de 25mm 13mm a 38mm de 38mm
1/4” 1/4” a 1/2” 1/2” A 1” 1” 1/2” 1/2” a 1 1/2” 1 1/2
61
Espessura do material
De 20mm De 20mm a De 40mm a Acima de Golpes
Material (3/4”) 40mm (de 90mm (de 1 90mm por
3/4”a 1 1/2”) 1/2” a 3 1/2”) (Acima de minuto
3 1/2”)
Número de dentes por polegadas
Aços/níquel 14 10 6 4 70 a 85
Aços comuns
Aços inoxidáveis
Aços rápidos 14 10 6 4 75 a 90
Aços tipos RCC
Perfilados tubos 14 - - - 75 a 90
Ferro fundido 14 10 6 4 90 a 115
Bronze 14 10 6 4 95 a 135
Cobre
Alumínio/Latão 14 10 6 4 100 a 140
Etapas do serramento
Caso o corte seja feito com máquina, usar o fluido de corte ade-
quado (normalmente óleo solúvel).
Exercícios
4. Responda.
a) Quando se usa o corte com serra?
b) Que tipos de operações de corte o serramento permite?
c) Quais os fatores que influenciam na escolha da lâmina de
serra?
d) Quais são os cuidados necessários para um correto ser-
ramento manual?
e) Quais são as recomendações para se obter um bom ren-
dimento no corte por serramento?
Existem operações de corte que não podem ser feitas nem com
tesoura ou guilhotina, nem com serras manuais ou mecanizadas
devido a dificuldades como espaço ou local para a realização da
operação. São operações executadas pelo ajustador ou o mecâ-
nico de manutenção para abrir rasgos, cortar cabeças de rebites,
fazer canais de lubrificação e cortar chapas.
64
a) Cinzel ou talhadeira para cortar chapas e desbastar superfí-
cies planas. Com uma afiação adequada, o cinzel é usado pa-
ra vazar furos próximos entre si.
Exercícios
7. Responda:
a) Quais são as operações feitas por cinzelamento?
b) Qual o cuidado que se deve tomar para proteger os olhos
contra os cavacos resultantes do cinzelamento?
Coluna A Coluna B
a) ( ) Talhadeira 1. Fazer furos em chapas finas.
b) ( ) Bedame ou buril 2. Para vazar furos, desbastar. superfícies planas,
c) ( ) Bedame meia-cana 3. Abrir canais de lubrificação.
4. Produzir rasgos do tipo chaveta.
66
Gabarito
1. a) 2 b) 1 c) 3
3. a) 3 b) 2 c) 1 d) 4 e) 5
5. a) 4 b) 5 c) 1 d) 3
6. a) 4 b) 2 c) 1 d) 6
e) 3 f) 5
8. a) 2 b) 4 c) 3
67
Solução? Uma lima na mão!
Devagar e sempre
68
nagem na ferramentaria para a confecção de gabaritos, lâminas,
matrizes, guias, chavetas.
69
Classificação Tipo Aplicações
Materiais metálicos não-ferrosos
(alumínio, chumbo)
Quanto à inclina-
ção do picado Materiais metálicos ferrosos (aços,
ferro fundido)
Desbaste
Quanto à quanti- (mais que 0,2mm)
dade ou espaça-
mento dos dentes Acabamento
(menos que 0,2mm)
70
O comprimento total das limas-agulha varia entre 120 e 160mm e
o comprimento da parte com picado pode ser de 40, 60 e 80mm.
a) redonda
b) meia-cana
c) plana de ponta
d) amêndoa
e) faca
f) quadrada
g) triangular
h) plana cerrada
i) triangular unilateral
j) ranhurada
k) rômbica
71
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
1. Responda:
a) Que tipos de trabalhos podem ser realizados por meio da
limagem?
b) Como se chama a ferramenta para realizar a limagem e
com que material ela é fabricada?
c) Como são chamados os dentes cortantes da lima?
d) Como as limas podem ser classificadas?
72
d) ( ) As limas rotativas são usadas em ferramentaria para
simplificar a usinagem manual de ajustagem, rebar-
bagem e polimento.
e) ( ) As limas diamantadas são usadas para trabalhar me-
tal duro, pedra, vidro e matrizes em geral.
f) ( ) Quanto mais nova for a lima, maior deverá ser a
pressão sobre ela.
Etapas da limagem
73
1. Fixação da peça na morsa – A superfície a ser limada de-
ve ficar na posição horizontal, alguns milímetros acima do mor-
dente da morsa. Para proteger as faces já acabadas da peça,
usar mordentes de proteção.
74
b) Apoie a lima sobre a peça,
observando a posição dos
pés.
75
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Limar superfície plana 1. Verifica-se com gabaritos ou verificadores
b) ( ) Limar superfície plana pa- de raios.
ralela 2. Produz superfície controlada por meio de
c) ( ) Limar superfície plana em réguas.
ângulo 3. Emprega-se em chapas de até 4mm.
d) ( ) Limar superfície côncava 4. Controla-se por meio de paquímetro.
ou convexa 5. Controla-se por meio de goniômetro.
e) ( ) Limar superfície plana de
material fino.
6. Responda.
a) O que são mordentes de proteção?
b) Por que os mordentes de proteção devem ser mais macios
do que a peça usinada?
c) Cite ao menos três providências que devem ser observa-
das ao se executar a limagem.
d) Como evitar riscos na superfície da peça durante a lima-
gem?
76
Gabarito
2. a) 6; b) 3; c) 5; d) 1;
e) 7; f) 2.
3. a) F b) V c) V d) V
e) V f) F
5. a) 2 b) 4 c) 5 d) 1 e) 3
77
Vou, corto e volto
O que é aplainamento?
78
O aplainamento é uma operação de desbaste. Por isso, e depen-
dendo do tipo de peça que está sendo fabricada, pode ser neces-
sário o uso de outras máquinas para a realização posterior de
operações de acabamento que dão maior exatidão às medidas.
79
Equipamentos necessários
b) Plaina de mesa
80
está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer ân-
gulo.
81
Como se pode ver pela figura, a plaina de mesa é formada por
corpo (1), coluna (2), ponte (3), cabeçotes porta-ferramentas (4) e
mesa (6). O item de número 5 mostra onde a peça é posicionada.
Plaina de mesa
82
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Plaina limadora 1. Para aplainamento de superfícies internas, de
horizontal furos (rasgos de chaveta) em perfis variados.
b) ( ) Plaina limadora 2. A ferramenta é quem faz o curso e a peça tem
vertical pequenos avanços transversais (passo do a-
c) ( ) Plaina limadora de vanço).
mesa 3. A peça é que faz o movimento de vaivém e a
ferramenta faz um movimento transversal.
Etapas do aplainamento
83
2. Aplainar superfície plana em ângulo: o ângulo é obtido pela
ação de uma ferramenta submetida a dois movimentos: um al-
ternativo ou vaivém (de corte) e outro de avanço manual no
cabeçote porta-ferramenta.
84
5. Aplainar rasgos: produz sulcos por meio de movimentos lon-
gitudinais (de corte) e verticais alternados (de avanço da fer-
ramenta) de uma ferramenta especial chamada de bedame.
85
c) Preparação da máquina – que envolve as seguintes regula-
gens:
• Altura da mesa – deve ser regulada de modo que a ponta da
ferramenta fique a aproximadamente 5mm acima da superfície
a ser aplainada.
• Regulagem do curso da ferramenta – deve ser feita de modo
que ao fim de cada passagem, ela avance 20mm além da peça
e, antes de iniciar nova passagem, recue até 10mm.
Dica tecnológica
Para a execução de estrias e rasgos é necessário trabalhar com o
anel graduado da mesa da plaina.
Como você viu, não é necessário fazer muito esforço para limar
peças grandes, porque a máquina faz o serviço com rapidez. O
86
segredo é saber usá-la para obter o melhor resultado possível.
Um modo legal de fazer isso é estudando tudo o que mostramos
aqui. Então, mãos a obra!
Exercícios
87
Gabarito
2. a) 2; b) 1; c) 3
3. a) 3; b) 5; c) 2;
d) 1; e) 6.
4. a) 5; b) 3; c) 6;
d) 1; e) 4; f) 2.
88
Vai uma raspadinha aí?
O que é raspagem?
89
Para diminuir os defeitos resultantes da ação da ferramenta de
corte, emprega-se a raspagem, também conhecida como ras-
queteamento. Trata-se de um processo manual de acabamento
realizado com o auxílio de uma ferramenta chamada de raspa-
dor, ou rasquete.
90
Como já vimos, a ferramenta para a raspagem chama-se raspa-
dor (ou rasquete). Os raspadores são fabricados em aço-carbono
ou aço-liga extra duro e têm o formato semelhante ao de uma
lima. Em sua extremidade prende-se uma pastilha de aço rápido
ou de metal duro por meio de grampo ou por soldagem.
Dica tecnológica
As arestas cortantes dos raspadores têm desgaste
rápido e necessitam de afiações freqüentes. Essas
afiações são feitas em esmerilhadoras. O acaba-
mento das arestas de corte é feito em uma pedra
de afiar. Veja ângulo de afiação na ilustração
91
Um equipamento pode ser usado na raspagem: é a ras-
queteadeira elétrica na qual se fixa um inserto de tungstênio. A-
pesar disso, a raspagem continua, dependendo da habilidade
manual do operador.
a) Desempeno
b) Réguas de controle
c) Cilindro padrão
92
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) rebarbagem e raspagem de su- 1. Raspador cônico.
perfícies de furos. 2. Raspador de mancais.
b) ( ) raspagem de superfícies planas de 3. Raspador triangular.
mesas, máquinas-ferramenta, bar- 4. Raspador chato.
ramentos etc.
c) ( ) raspagem para ajustes de eixos
em superfícies côncavas em geral.
Etapas da raspagem
93
3. Seleção do elemento de controle de acordo com o formato da
peça e tamanho da superfície.
4. Desbaste para remover rebarbas e eliminar asperezas produ-
zidas pela ferramenta de corte.
94
Como essas saliências vão aparecendo em maior número, à me-
dida que diminuem em tamanho, o operador deve ter critério e
prática bastante para julgar o quanto e onde deve raspar.
Exercício
95
Gabarito
3. a) 3; b) 6; c) 2;
d) 1; e) 4; f) 5.
96
Mete broca!
Ela é tão comum que você já deve ter visto alguém realizar essa
operação várias vezes. Até mesmo você pode tê-la executado
para instalar uma prateleira, um varal, um armário de parede...
Ou, pior, ela foi feita por seu dentista... no seu dente!
Nesta aula, você vai estudar exatamente isso. E para acabar com
o suspense, vamos a ela.
Vamos furar
96
Essa operação de usinagem tem por objetivo abrir furos em pe-
ças. Ela é, muitas vezes, uma operação intermediária de prepara-
ção de outras operações como alargar furos com acabamentos
rigorosos, serrar contornos internos e abrir roscas.
Brocas
97
to do furo e aumenta a produtividade, uma vez que permite o tra-
balho com velocidades de corte maiores. Para fins de fixação e
afiação, ela é dividida em três partes: haste, corpo e ponta.
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndri-
ca ou cônica, dependendo de seu diâmetro e modo de fixação.
98
b) ângulo de incidência ou folga (representado pela letra
grega a, lê-se alfa) – tem a função de reduzir o atrito en-
tre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca
no material. Sua medida varia entre 6 e 15º. Ele também
deve ser determinado de acordo com o material a ser fu-
rado: quanto mais duro é o material, menor é o ângulo de
incidência.
Exercícios
99
2. As principais características das brocas helicoidais são duas
dimensões, material de fabricação e ângulos. Faça corres-
ponder os ângulos com suas funções.
Ângulos Funções
a) ( ) de ponta 1. auxilia no desprendimento do cavaco no controle do
b) ( ) de hélice acabamento e da profundidade do furo.
c) ( ) de incidência 2. determina a dureza do material a ser furado pelas a-
ou folga restas cortantes da broca.
3. reduz o atrito entre a broca e a peça, facilitando a
penetração da broca no material.
Tipos de brocas
100
Quando uma broca comum não proporciona um rendimento satis-
fatório em um trabalho específico e a quantidade de furos não
justifica a compra de uma broca especial, pode-se fazer algumas
modificações nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados.
101
Brocas especiais
102
d) broca com furo para fluido de corte – é usada em produção
contínua e em alta velocidade, principalmente em furos pro-
fundos. O fluido de corte é injetado sob alta pressão. No caso
de ferro fundido, a refrigeração é feita por meio de injeção de
ar comprimido que também ajuda a expelir os cavacos.
Escareadores e rebaixadores
103
Para executar rebaixos cilíndricos como os para alojar parafusos
Allen com cabeça cilíndrica sextavada, usa-se o rebaixador ci-
líndrico com guia.
Exercícios
104
4. Associe as brocas especiais com suas aplicações:
a) ( ) broca escalonada 1. indicada para trabalhos especiais como furos pro-
ou múltipla fundos de dez a cem vezes seu diâmetro.
b) ( ) broca com furo para 2. usada para abrir furo inicial, como guia para a broca
fluido de corte helicoidal e também para as peças que serão usina-
c) ( ) broca de centrar das entre duas pontas em máquinas-ferramenta.
d) ( ) broca canhão 3. indicada para executar furos e rebaixos em uma úni-
ca operação empregada em grande produção indus-
trial.
4. para produção contínua e em grande velocidade
principalmente em furos profundos.
5. utilizada para furos transversais e rebaixados nas
extremidades.
105
Gabarito
2. a) 2;
b) 1;
c) 3.
3. a) 2;
b) 4;
c) 3;
d) 5;
e) 1.
4. a) 3;
b) 4;
c) 2;
d) 1.
5. a) 3;
b) 3.
106
Roda, roda, gira...
Furadeiras
107
Afinal, o que é uma furadeira? Furadeira é uma máquina-
ferramenta destinada a executar as operações como a furação
por meio de uma ferramenta chamada broca. Elas são:
108
Normalmente a transmissão de movimentos é feita por engre-
nagens.
109
4. Furadeiras especiais – podem ser:
Dica tecnológica
O eixo porta-ferramentas também é conhecido como cabeçote ou
árvore da furadeira
110
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Portátil 1. Executa operações sucessivas ou simultâneas;
b) ( ) De coluna possui fusos alinhados; usada em operações se-
c) ( ) Radial riadas
d) ( ) Múltipla 2. Usada em serviços de manutenção e quando há
e) ( ) De fusos múltiplos necessidade de trabalhar no próprio local devido ao
difícil acesso.
3. Peças com vários furos e em grandes quantidades;
os fusos trabalham em feixes.
4. Possuem um potente braço horizontal que pode ser
movimentado em várias direções
5. Em seu suporte principal estão montados o sistema
de transmissão de movimento, a mesa e a base
2. Complete.
a) A furadeira de coluna de ........................ tem motores de
pouca potência e é destinada à execução de furos de di-
âmetros pequenos (1 a 12 mm).
b) A furadeira de coluna de .......................... é empregada na
execução de furos de diâmetros maiores que 12 mm.
c) O eixo porta-ferramentas também pode ser chamado de
...............................
111
Os principais acessórios das furadeiras são:
112
3. Cunha ou saca-mandril/bucha – é um instrumento
de aço em forma de cunha usado para extrair as fer-
ramentas dos furos cônicos do eixo porta-ferramenta.
113
2. Escarear furo – consiste em tornar cônica a extremidade de
um furo previamente feito, utilizando um escareador. O esca-
reado permite que sejam alojados elementos de união tais
como parafusos e rebites cujas cabeças têm formato cônico.
114
b) Fixação da peça na furadeira. Isso pode ser feito por meio de
morsa, grampos, calços, suportes. Se o furo for vazar a peça,
deve-se verificar se a broca é capaz de atravessar a peça
sem atingir a morsa ou a mesa da máquina.
115
do furo é sempre feita considerando-se a parede do furo sem
a ponta da broca.
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Mandril 1. Instrumento de aço usado para extrair as ferramentas
b) ( ) Buchas cônicas dos furos cônicos.
c) ( ) Cunha 2. Usa-se para fixar ferramentas com haste cilíndrica pa-
ralela.
3. Usa-se para fixar ferramentas com haste cônica.
116
5 Responda às seguintes perguntas.
a) Onde é empregado o sistema cone Morse?
b) Quais as principais operações de uma furadeira?
Gabarito
1. a) 2; b) 5; c) 4;
d) 1; e) 3.
2. a) Bancada.
b) Piso.
c) Cabeçote ou árvore da furadeira.
4. a) 2; b) 3; c) 1.
6. a) 7; b) 5; c) 1; d) 4;
e) 3; f) 6; g) 2
117
Uma questão de exatidão
Como você viu na Aula 30, o furo executado com a broca geral-
mente não é perfeito a ponto de permitir ajustes de exatidão, com
rigorosa qualidade de usinagem. Isso pode ser um problema, pois
a execução de furos de dimensões e formas exatas constitui um
pré-requisito exigido pela moderna produção em série que neces-
sita de peças que podem ser trocadas entre si.
118
Alargar um furo é dar a ele perfeito acabamen-
to, com uma superfície rigorosamente cilíndrica
e lisa. Com essa operação, é possível também
corrigir um furo ligeiramente derivado, ou seja,
excêntrico. O diâmetro obtido tem uma exatidão
de até 0,02 mm ou menos. O resultado dessa
operação chama-se também calibração.
120
Tipo de canal Tipo de ponta Aplicação
Canais retos Chanfrada a 45º Em furos passantes em materiais de cavaco curto.
cônico 1:50.
Canais retos com entrada Chanfrada a 45º com início Para furos passantes profundos: em materiais de difícil
helicoidal à esquerda. de corte inclinado a 15º.
usinagem e peças de paredes finas.
Canais helicoidais à direita Chanfrada a 45º. Para furos cegos e profundos ou para materiais de difícil
( ≅ 10º).
usinagem.
Canais helicoidais à direita Chanfrada a 45º com início Para furos interrompidos longitudinalmente, como rasgos de
( ≅ 10º). de corte inclinado a 15º.
chaves; para materiais tanto de cavacos curtos quanto
longos.
Canais helicoidais à es- Chanfrada a 45º Para furos cônicos; para maior grau de exatidão, repassar
querda para desbaste
com alargador cônico de canais retos.
tência.
deslocados em chapas.
121
As dimensões dos diâmetros dos alargadores são padronizadas e
vêm gravadas na haste da ferramenta.
122
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
Coluna A Coluna B
a) ( ) Canais retos. 1. Para furos interrompidos longitudinalmente
b) ( ) Canais retos com entrada com rasgos de chaveta.
helicoidal à esquerda. 2. Para materiais que produzem cavacos lon-
c) ( ) Canais helicoidais à direita. gos e de baixa resistência.
d) ( ) Canais helicoidais à es- 3. Furos cegos com até 3 x d de profundidade.
querda. 4. Para trabalhos de manutenção e montagem
e) ( ) Canais helicoidais à es- 5. Para furos passantes profundos
querda para desbaste 6. Para furos cegos e profundos ou materiais
de difícil usinagem
123
• Alargar, manualmente, furo com alargador cônico - utiliza-
se para obter furos padronizados com a finalidade de introduzir
pinos, eixos ou buchas cônicas. O furo que antecede a passa-
gem do alargador deve ser igual ao diâmetro que se mede à
distância correspondente a ¼ do comprimento total do corpo da
ferramenta a partir de sua ponta.
124
furada de modo que fique com a quantidade recomendada de
sobremetal de acordo com a seguinte tabela.
Observação: Para alargadores com chanfro de entrada a 45°, os valores da tabela devem ser
aumentados em 50%.
125
Material a ser Tipo de Velocidade Acima em mm/rpm Fluido de
Aço até 50 kg/mm2 Estrias retas ou 10 - 12 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão
à esquerda 45º
Aço acima de 70 Estrias retas 6-8 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão ou
-90 kg/mm2 óleo de corte
Aço acima de 90 Estrias retas 4-6 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão ou
kg/mm2 óleo de corte
Ferro fundido até Estrias retas 8 - 10 0,2 - 0,3 0,4 - 0,5 0,5 - 0,6 Emulsão ou
220 HB óleo de corte
Aço inoxidável Estrias retas ou 3-5 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Óleo de corte
eventualmente
à direita
Bronze Estrias retas ou 3-8 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Emulsão
eventualmente
à direita
Cobre eletrolítico Estrias retas ou 8 - 10 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,5 - 0,6 Emulsão
eventualmente
à direita
Material sintético Estrias retas 3-5 até 0,3 até 0,5 0,5 A seco
rígido
Material sintético Estrias retas 5-8 até 0,4 até 0,6 0,6 A seco
mole
Observação: No uso de alargadores com 45º podem ser aumentados a velocidade de corte e,
especialmente, o avanço.
Importante!
Em qualquer operação de alargar, o alargador deve penetrar
no material girando sempre no sentido horário.
126
6. Retirada do alargador sem desligar a máquina.
Importante!
Para retirar o alargador manualmente, deve-se girá-lo também
em sentido horário e ao mesmo tempo puxando-o para fora do
furo. sempre que ele é retirado, deve ter suas navalhas limpas
com o auxílio de um pincel.
Exercícios
127
b) ( ) Centralização da peça, alinhando a ponta do alarga-
dor no furo.
c) ( ) Acionamento da máquina e passagem do alargador.
d) ( ) Fixação do alargador na furadeira.
e) ( ) Regulagem da máquina pela determinação da rpm e
avanço.
f) ( ) Fixação da peça na mesa da furadeira na posição
adequada para o trabalho.
g) ( ) Verificação da dimensão do furo, usando calibradores
do tipo tampão e micrômetro interno.
Gabarito
2. a) 3; b) 5; c) 6; d) 1; e) 2.
3. a) Alargador cilíndrico
b) Alargador cônico
c) Alargador de expansão
4. a) 6; b) 3; c) 5; d) 2;
e) 4; f) 1; g) 7.
128
Nem só o padeiro faz roscas
Todo mundo já viu uma rosca: ela está nas porcas e parafusos
em brinquedos, utensílios, máquinas. A operação que produz os
filetes de que a rosca é composta chama-se roscamento. O
roscamento produz uma rosca com formato e dimensões normali-
zadas.
Como a rosca pode ser interna (na porca) ou externa (no parafu-
so), o roscamento também é chamado de interno ou externo.
129
Os machos para roscar manuais são geralmente mais curtos e
apresentados em jogos de 2 peças (para roscas finas) ou 3 peças
(para roscas normais) com variações na entrada da rosca e no
diâmetro efetivo.
130
Os machos são caracterizados por:
• Sistemas de rosca que podem ser: métrico (em milímetro),
Whitworth e americano (em polegada).
• Aplicação: roscar peças internamente.
• Passo medido pelo sistema métrico decimal, ou número de
filetes por polegada: indica se a rosca é normal ou fina.
• Diâmetro externo ou nominal: diâmetro da parte roscada.
• Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica: indica se o macho
serve ou não para fazer rosca em furos mais profundos.
• Sentido da rosca: à direita ou à esquerda.
131
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
132
3. Associe a coluna A (tipos de canais) com a coluna B (aplica-
ção):
Coluna A Coluna B
a) ( ) Canais helicoidais à es- 1. Para roscar chapas e furos passantes.
querda. 2. Usados em rosqueadeiras e tornos automá-
b) ( ) Canais com entrada heli- ticos para roscar materiais que formam cava-
coidal curta. cos curtos.
c) ( ) Canais retos. 3. Usados em centros de usinagem com a
d) ( ) Canais helicoidais à direita. função de conduzir o lubrificante para a zona
e) ( ) Canais de lubrificação re- de formação de cavaco.
tos, de pouca largura. 4. Machos laminadores de rosca. Fazem a ros-
f) ( ) Sem canais. ca por conformação.
g) ( ) Canais com entradas heli- 5. Têm a função de eliminar os cavacos para
coidais contínuas. frente durante o rosqueamento.
6. Usados em máquinas indicados para ma-
teriais macios, para furos cegos.
7. Para roscar furos passantes na fabricação
de porcas, em roscas passantes de pequeno
comprimento.
133
Portanto, para a rosca M 6 x 1, o furo deve ser feito com a broca
de ∅ 5 mm.
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para
evitar que as entradas de rosca formem rebarbas.
134
recomenda-se remover com freqüência os cavacos que se alojam
no fundo do furo.
desandador
Para furos de difícil acesso, onde não for possível uso de desan-
dador, utiliza-se uma extensão chamada de desandador T.
desandador T
135
Gripagem: é a aderência de duas superfícies metálicas que
foram atritadas a seco.
Etapas da operação
136
5. Verificação da perpendicu-
laridade com esquadro e
correção (se necessário).
Esta aula termina aqui, mas não nosso assunto. Na próxima aula,
você vai estudar como abrir roscas externas.
137
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
138
Gabarito
2. a) Maior.
b) Métrico decimal; filetes por polegada; normal; fina.
c) Direta; esquerda.
3. a) 7; b) 1; c) 2; d) 6;
e) 3; f) 4; g) 5.
4. a) F; b) F; c) V; d) F;
e) V; f) V; g) F.
6. a) 4; b) 2; c) 1; d) 6;
e) 5; f) 7; g) 3.
139
Feitos um para o outro
Existem muitas coisas nesse mundo que foram feitas uma para a
outra: arroz com feijão, goiabada com queijo, a porca e o parafu-
so.
Na aula passada, você estudou que para fazer aquela rosca que
fica dentro da porca, usa-se a operação de roscamento interno
com o macho de roscar. Para o casamento perfeito se completar,
falta descobrir como se faz a rosca externa do parafuso.
140
Essa ferramenta, assim como os machos, tem a finalidade de
assegurar um perfeito acoplamento e intercambialidade de peças
fabricadas em série. É uma ferramenta de corte feita de aço es-
pecial com um furo central filetado, semelhante ao de uma porca.
Possui três ou mais furos que auxiliam na saída dos cavacos.
Pode apresentar um corte radial de abertura, que permite regular
a profundidade de corte. Isso é feito por meio de um parafuso
instalado na fenda, ou por meio dos parafusos de regulagem do
porta-cossinete. Se esses parafusos não forem bem apertados,
podem produzir erros no passo, porque os dentes cortam irregu-
larmente.
141
Outra variação é o cossinete de pente, usado no roscamento
com tornos revólver e rosqueadeiras automáticas. Os pentes são
montados em cabeçotes com quatro ranhuras, e aperto concên-
trico e simultâneo. Isso assegura a regulagem do diâmetro e a
abertura brusca no fim do trabalho, a fim de liberar o pente sem
voltar a ferramenta. Nas rosqueadeiras, para cada cabeçote, exis-
te um carrinho que avança e recua a peça e que tem sistema
próprio para aplicação de fluido de corte recomendado na produ-
ção de grandes quantidades de peças.
142
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
143
Operação de roscamento externo (manual)
passo
Diâmetro ideal do eixo = d −
5
144
6. Fixação da peça usando um
mordente em forma de “V” para
evitar que a peça gire.
145
Pare! Estude! Responda!
Exercício
146
• retificadoras de roscas, nas quais se usam rebolos para dar
acabamento às roscas.
147
feito por corte, porque a estrutura inter-
na do material é compactada sem se
romper.
Exercício
148
Gabarito
1. a) 1; b) 3; c) 4.
3. a) 4; b) 7; c) 6; d) 1;
e) 2; f) 4; g) 5; h) 8.
6. a) 4; b) 1; c) 2.
149
Por dentro do torneamento
Torneamento
150
operação de usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas
movidas por um movimento uniforme de rotação em torno de um
eixo fixo.
151
a) Tornear superfícies cilíndricas externas e internas.
d) Perfilar superfícies.
152
Exercícios
153
A máquina de tornear
154
5. Comandos dos movimentos e das velocidades: manivelas
e alavancas.
a - placa
b - cabeçote fixo
c - caixa de engrenagens
d - torre porta-ferramenta
e - carro transversal
f - carro principal
g - barramento
h - cabeçote móvel
i - carro porta-ferramenta
Prendendo a peça
155
Para realizar o torneamento, é necessário que tanto a peça quan-
to a ferramenta estejam devidamente fixadas. Quando as peças a
serem torneadas são de pequenas dimensões, de formato cilín-
drico ou hexagonal regular, elas são presas por meio de um a-
cessório chamado de placa universal de três castanhas.
2. Para peças com formato de anel, utiliza-se a parte raiada externa das castanhas.
156
3. Para peças em forma de disco, as castanhas normais são
substituídas por castanhas invertidas.
Exercícios
3. Responda.
a) Cite operações que podem ser feitas com um torno e que
são normalmente executadas por outras máquinas.
b) Como se utiliza a placa universal de três castanhas para a
fixação de:
1. Peças com formato de anel...........................................
................................................
2. Peças maciças em forma de disco ...............................
.................................................
3. Peça cilíndricas (eixos) maciças ..................................
.................................................
157
a) O corpo de um torno mecânico é composto de
...................... , ....................... fixo e móvel e
......................
b) O motor, a polia, engrenagens e redutores são componen-
tes do ....................
c) As engrenagens, a caixa de câmbio, inversores de mar-
cha, fusos e vara fazem parte do ...........................
d) O sistema de fixação da ferramenta compõe-se de: torre,
carro ............................., carro ......................... e carro
..............................
e) O sistema de fixação da peça é composto de
........................ e .........................
f) As manivelas e alavancas são os comandos dos
...................... e das .....................
158
Antes de iniciar qualquer operação no torno, lembre-se sempre de
usar o equipamento de proteção individual (EPI): óculos de segu-
rança, sapatos e roupas apropriados, e rede para prender os ca-
belos, se necessário. Além disso, o operador de máquinas não
pode usar anéis, alianças, pulseiras, correntes e relógios que po-
dem ficar presos às partes móveis da máquina, causando aciden-
te.
Recordar é aprender
Como você já deve ter estudado no módulo de Cálculo Técnico,
para calcular a rpm a partir da velocidade de corte (dado de tabe-
la), usa-se a fórmula:
vc . 1000
n=
π. D
5. Acionamento do torno.
159
6. Execução do faceamento:
160
4. Marcação, no material, do comprimento a ser torneado. Para
isso, a ferramenta deve ser deslocada até o comprimento dese-
jado e a medição deve ser feita com paquímetro. A marcação é
feita acionando o torno e fazendo um risco de referência.
6. Execução do torneamento:
a) Fazer um rebaixo inicial.
b) Deslocar a ferramenta para fora da peça.
c) Desligar a máquina.
d) Verificar o diâmetro obtido no rebaixo.
e) Tornear completando o passe até o comprimento determi-
nado pela marca. Observação: Deve-se usar fluido de
corte onde for necessário.
f) Repetir quantas vezes for necessário para atingir o diâme-
tro desejado.
161
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
162
Gabarito
1. a) 3; b) 3.
2. a) 4; b) 3; c) 1.
6. a) 5; b) 2; c) 1;
d) 6; e) 3; f) 4.
163
Esse torno só dá furo!
Fixando a ferramenta
164
O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o bar-
ramento. É composto por:
• base: apóia-se no barramento e serve de apoio para o corpo;
• corpo: suporta os mecanismos do cabeçote móvel. Pode ser
deslocado lateralmente para permitir o alinhamento ou desali-
nhamento da contraponta;
• mangote: que aloja a contraponta, mandril ou outras ferramen-
tas para furar, escarear, alargar ou roscar. É fixado por meio de
uma trava e movimentado por um eixo roscado acionado por
um volante. Possui um anel graduado que permite controlar a
profundidade do furo, por exemplo;
• parafusos de fixação e deslocamento do cabeçote móvel.
165
4. Serve para deslocar a contraponta lateralmente, para o torne-
amento de peças longas de pequena coincidade.
Exercícios
166
Furando com o torno
167
Vamos imaginar então, que sua tarefa seja preparar material para
uma operação posterior de broqueamento. Para fazer isso, você
terá que seguir as seguintes etapas:
1. Centralização e fixação da peça.
2. Execução de faceamento para obter o perfil na medida dese-
jada.
3. Fixação da broca de centrar com o mandril. Ao colocar o
mandril no mangote, deve-se observar se os cones estão per-
feitamente limpos. Limpe, se necessário.
4. Deslocamento do cabeçote para aproximar a broca do materi-
al.
5. Fixação do cabeçote na posição correta.
6. Ajuste da rpm e acionamento do torno.
7. Execução do furo de centro: para fazer a broca penetrar no
material, o volante do cabeçote deve ser acionado com movi-
mentos lentos e uniformes e os seguintes cuidados devem ser
tomados:
• A broca de centro deve estar alinhada com o eixo do mate-
rial. A correção do desalinhamento é feita por meio dos pa-
rafusos de regulagem do cabeçote.
• Deve-se usar fluido de corte adequado ao material e à ope-
ração.
• Durante a operação, a broca é afastada para permitir a saí-
da dos cavacos e a limpeza, que deve ser feita com um
pincel.
Se o objetivo for obter apenas um furo de centro, para pren-
der a peça na contraponta, a operação pára aqui. Se o objeti-
vo for obter um furo para fazer um rebaixo interno, por exem-
plo, continua-se a operação:
8. Após obter a medida desejada para o furo de centro, trocar a
broca para fazer o furo para o broqueamento. Isso implica ve-
rificar o diâmetro da broca com o paquímetro, medindo sobre
as guias, sem girá-la. Furos maiores que 12 mm devem ser
precedidos de uma furação com diâmetro menor do que o furo
que se quer obter.
9. Fixação da broca, que pode ser feita no mandril ou diretamen-
te no cone do mangote. No caso de brocas de haste cônica,
pode ser necessário também o uso de uma bucha de redução
no cone morse.
168
10. Determinação da rpm de acordo com o material e a medida da
broca a ser usada.
11. Aproximação do cabeçote móvel de modo que a ponta da
broca fique a uma distância aproximada de 10 mm do materi-
al.
12. Fixação do cabeçote na posição correta.
• O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu alo-
jamento para evitar oscilação excessiva.
13. Acionamento do torno e execução do furo na peça.
• A broca deve ser retirada do furo freqüentemente com o
torno ligado para ajudar na saída do cavaco.
• O fluido de corte deve ser adequado à operação e ao mate-
rial a ser usinado.
• Para furos não-passantes, a profun-
didade do furo deve ser controlada
por meio de paquímetro ou pelo anel
graduado do cabeçote móvel. Na ve-
rificação da profundidade do furo, não
se deve levar em conta a parte cônica
da ponta da broca.
Exercício
169
5. Preencha as lacunas das alternativas abaixo:
a) Verifique o diâmetro da ................................ com o paquí-
metro medindo nas .......................... sem girá-las.
b) Antes de iniciar a operação de ........................ selecione a
rpm em função do ........................... a ser trabalhado e do
........................ da broca.
c) A aproximação do ............................... móvel deve manter,
em relação à ponta da .......................... , uma distância
de cerca de .......................... mm do material antes de ser
fixado.
d) Para facilitar a saída do cavaco, a broca deve ser retirada
freqüentemente do ............................ com o ................
......................... em funcionamento.
e) Para furos não-passantes, a ..................... do
........................... deve ser verificada com paquímetro ou
controlada pelo ....................................... graduado do vo-
lante do ........................................... .
170
2. Fixação da ferramenta.
3. Preparação do torno: escolha de rpm e avanço da ferramenta.
4. Acionamento do torno.
5. Início do torneamento: fazer a ferra-
menta penetrar no furo e deslocá-la
transversalmente até que a ponta to-
que na peça.
171
Como operação final ou intermediária, a furação no torno é uma
operação muito usada. Faça agora os exercícios e prepare-se
para a próxima aula.
Exercício
172
Gabarito
4. a) 3; b) 4; c) 6; d) 5;
e) 7; f) 1; g) 2.
6. a) 2; b) 5; c) 9; d) 11; e) 6;
f) 4; g) 3; h) 12; i) 1; j) 7;
k) 8; l) 10.
173
Segurando as pontas
Acessórios em ação
174
nome porque está montada em uma posição oposta à uma placa
arrastadora com ponta. É apresentada em vários tipos:
Dica tecnológica
Nos catálogos de fabricantes, as pontas e contrapontas recebem
o nome genérico de ponta.
• ponta fixa;
• ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira
suavemente e suporta esforços radiais e axiais, ou longitudi-
nais;
• ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo.
175
Os arrastadores podem ser de vários tipos:
arrastador de haste reta arrastador de haste curva arrastador com dois parafusos
Exercícios
Usando os acessórios
177
2. Tornear superfícies cilíndricas com luneta fixa ou móvel, po-
dendo ser realizada em torneamentos externos e internos.
Pode trabalhar peças de maiores diâmetros.
Então, vamos dizer, por exemplo, que você tenha que tornear um
eixo de um metro de comprimento. Por ser uma peça longa e de
pequeno diâmetro, você deverá torneá-la fixando-a por meio de
uma placa universal e de uma ponta. Esta operação obedecerá
as seguintes etapas:
Dica tecnológica
O atrito gerado na ponta fixa provoca dilatação da peça. Isso
pode causar deformações na peça, afetar a têmpera das pontas e
danificar o torno, porque a peça está presa sem folga. Para evitar
esse inconveniente, deve-se lubrificar o furo de centro e a ponta
com graxa de boa aderência tipo EP.
179
Além disso, deve-se garantir a perfeita centragem e o alinhamen-
to das pontas.
180
A luneta fixa é usada para torneamentos externos, rebaixos e,
mais apropriadamente, no torneamento das faces e superfícies
internas. A luneta móvel, por sua vez, é usada em torneamentos
externos em peças finas e longas em que o risco de ocorrer uma
flambagem é muito grande.
Exercícios
181
a) ( ) fixação da peça na placa universal (com aperto sua-
ve);
b) ( ) preparação do material (facear e fazer centros);
c) ( ) seleção da rpm;
d) ( ) execução do torneamento;
e) ( ) fixação da ferramenta;
f) ( ) verificação da centralização do material;
g) ( ) aproximação da contraponta, ajustando o cabeçote
móvel.
Gabarito
4. a) 2; b) 1; c) 6; d) 7;
e) 5; f) 4; g) 3.
5. Resposta pessoal.
182
Torneando outras formas
Mais acessórios
183
Se a peça tiver formato tão irregular que não possa ser fixada
com a placa de quatro castanhas independentes, como man-
cais e corpos de motores, usa-se uma cantoneira, fixada em
uma placa com entalhes, chamada de placa lisa.
Exercício
1. Responda.
a) Qual o tipo de dispositivo você deve utilizar no torno para
prender peças com perfis irregulares, prismáticos ou circu-
lares?
184
Usando os acessórios
Como você pode ver, ele é cheio de eixos excêntricos, quer di-
zer, fora de centro. Assim, para tornear os diversos diâmetros
cujos centros não são alinhados (munhões), quando não for pos-
sível fazer os furos de centro na face da peça, uma das técnicas
que se pode usar é o emprego do centro postiço. A operação de
torneamento excêntrico seguirá as seguintes etapas:
1. Preparação dos discos de centro de modo que o número de
centros e suas posições correspondam exatamente aos cen-
tros dos vários diâmetros do virabrequim.
185
4. Torneamento dos munhões: a rotação inicial deve ser baixa,
aumentando gradualmente até atingir a rotação ideal, que não
está em tabelas e depende da experiência do profissional.
a-h
e=
2
186
3. Fixação da peça na placa de castanhas
independentes:
• As castanhas devem ser abertas de
modo que as peças se alojem facil-
mente.
• A centragem deve ser auxiliada com
contraponta e esquadro.
• As castanhas devem ser apertadas
suavemente.
187
6. Escolha da rpm adequada e acionamento do torno.
• Existe um limite de rotação quando se usa a placa de qua-
tro castanhas e que não deve ser ultrapassado.
7. Início do torneamento dando passes finos, ou seja, com pe-
quena profundidade de corte, usando deslocamento constante
da ferramenta.
8. Verificação da centragem e do balanceamento. Se neces-
sário, deve-se fazer a correção.
9. Conclusão do torneamento com tantos passes quantos forem
necessários.
Exercício
188
Torneamento cônico
Recordar é aprender
Como você já deve ter estudado no livro sobre Cálculo Técnico,
para o torneamento de peças cônicas com a inclinação do carro
superior, a fórmula a ser usada é sempre:
D-d
tgα =
2c
189
ângulo escolhido. Esse método é pouco usado e só é indicado
para pequenos ângulos em cones cujo comprimento seja maior
do que o curso de deslocamento do carro de espera.
190
Recordar é aprender
Quando todo o comprimento da peça for cônico, calcula-se o de-
salinhamento da contraponta pela fórmula.
D−d
M=
2
191
Para o torneamento cônico da parte externa ou de furos, sem
levar em conta se o trabalho será realizado por um dos três pro-
cessos que citamos, a extremidade cortante da ferramenta deve
ficar exatamente ao nível da linha de centro da peça. Isso signifi-
ca que o broqueamento cônico envolve problemas que só pode-
rão ser resolvidos se o profissional tiver muita experiência. Se a
peça a ser conificada for muito longa, convém usar luneta.
192
usada no torneamento externo cilíndrico; Para o interno, usa-se
ferramenta de broqueamento.
193
Esta aula ensinou operações de torneamento que, embora exigis-
sem elementos de fixação diferentes ou então, ajustes no torno,
usaram ferramentas comuns já utilizadas em operações que você
estudou nas aulas anteriores. Nas próximas aulas, você vai co-
nhecer ferramentas diferentes que permitem produzir perfis com
os mais variados formatos. Aguarde!
Exercícios
194
Gabarito
2. a) 3; b) 5; c) 4; d) 1;
e) 6; f) 8; g) 2; h) 7.
4. b) Superior;
c) posição; geratriz;
d) carro; cone;
e) rpm; acionamento;
f) ângulo; correção;
g) verificação; calibrador.
195
Formatos que saem da linha
196
Pelo emprego de uma ferramenta chamada recartilha, obtém-se
no torno a superfície com serrilhado desejado. Essa ferramenta
executa na superfície da peça uma série de estrias ou sulcos pa-
ralelos ou cruzados.
197
O recartilhado é uma operação que demanda grande pressão no
contato entre a ferramenta e a superfície da peça. Por isso, exige
cuidados como:
• dosar a pressão e executar vários passes para que as peças
de pouca resistência não se deformem;
• centralizar a peça corretamente na placa;
• certificar-se de que os furos de centro e a ponta ou a contra-
ponta não estão deformadas, para que a peça não gire excen-
tricamente.
198
2. Montagem da recartilha no porta-ferramenta na altura do eixo
da peça, perpendicularmente à superfície que será recar-
tilhada.
Dica tecnológica
Para materiais macios, pode-se usar uma vc de 8 a 10m/min.
Para materiais duros, usar uma vc de 6m/min.
199
8. Avanço do carro em sentido contrário para repassar a recarti-
lha.
9. Limpeza do recartilhado com uma escova de aço, sempre nos
sentido das estrias.
10. Chanframento dos cantos para eliminar as
rebarbas e dar acabamento.
Exercícios
200
Torneando perfis
201
No torneamento de perfis maiores, emprega-se mais do que uma
ferramenta. Com elas pode-se:
• Perfilar, ou seja, obter sobre o material usinado uma superfície
com o perfil da ferramenta. É freqüentemente realizada para ar-
redondar arestas e facilitar a construção de peças com perfis
especiais.
202
3. Montagem da ferramenta que deve ser selecionada de acordo
com o perfil a ser obtido.
4. Fixação da ferramenta, cujo corpo deve estar o mais possível
apoiado dentro do porta-ferramenta.
5. Preparação da máquina: seleção de rpm e avanço.
6. Acionamento do torno e execução do torneamento: a
penetração é iniciada lentamente. Para o torneamento
côncavo ou convexo os movimentos de avanço e pe-
netração devem ser coordenados. Deve-se usar fluido
de corte conforme o material a ser usinado.
Após ter estudado tantas operações com o torno, você deve estar
se perguntando o que fazer quando a peça está terminada. É só
tirar a peça do torno e pronto? Nem sempre. Às vezes o material
que está preso na placa deve ser separado do corpo da peça. Por
exemplo, quando se fabrica uma arruela.
Dica tecnológica
203
Se houver folga nos mancais da árvore do torno, a tendência da
ferramenta de penetrar e levantar a peça, produz grande vibração
na máquina. Para contornar esse problema, pode-se montar a
ferramenta invertida, invertendo-se também o movimento de rota-
ção do motor. Isso força a árvore do torno contra seus mancais,
praticamente eliminando a vibração. A desvantagem desse pro-
cedimento é que, conforme a pressão de corte, a placa montada
tende a se deslocar. Em caso de quebra da ferramenta, existe
risco de que ela atinja o operador.
204
A próxima aula mostrará outras ferramentas especiais para a
construção de roscas. Por enquanto, faça os exercícios desta
aula.
Exercício
205
Gabarito
2. a) 6; b) 10; c) 7; d) 5; e) 9;
f) 3; g) 2; h) 8; i) 4; j) 1.
3. a) 3
4. a) Material; b) limites;
c) ferramenta; d) máquina e avanço;
e) torno; f) perfil.
206
Roscar: a “vocação” do torno
203
cilindro ou cone, ou o interior de um furo cilíndrico ou cônico. Com
isso, você obtém parafusos, porcas, fusos de máquinas.....
204
A ferramenta com penetração oblíqua tem a vantagem de
trabalhar com ângulo adequado de formação e saída de ca-
vaco. Com isso, o cavaco não fica preso entre a aresta cor-
tante e a peça e os resultados da usinagem são melhores em
termos de refrigeração.
Algumas diferenças entre os dois tipos de penetração da
ferramenta estão mostradas no quadro a seguir.
205
Pare! Estude! Responda!
Exercício
1. Complete:
a) Através da operação de roscar, você produz ......................
...................... ...............................
b) A ferramenta utilizada com auxílio do cabeçote móvel e
desandadores para abrir roscas externas e internas é res-
pectivamente ............................
c) Abrir roscas com ferramentas fixadas no porta-ferramentas
é empregado para roscas de ..........................
.................................... e ..................................... maiores
ou roscas não normalizadas.
d) O perfil da rosca que se quer obter é que determina a es-
colha da ........................ .
e) As roscas de passo grande ou de material
.......................... ou ............................... precisam de fer-
ramentas com penetração oblíqua.
f) As ferramentas de roscas mais usadas pelos mecânicos
são os ................................................ de aço rápido ou
pastilhas de ....................................................
206
grade ou da caixa de avanço automático. O avanço deve ser igual
ao passo da rosca por volta completa do material.
Dica tecnológica
A ferramenta deverá ter um ângulo com aproximadamente 5º
menos que o perfil da rosca, no sentido do deslocamento.
2. Posicionamento da ferramenta e na
altura do eixo da peça: o carro supe-
rior deve estar paralelo ao eixo para
posicionar a ferramenta perpendicu-
larmente (90º) em relação à peça.
208
Dica tecnológica
Caso o torno não tenha a caixa de câmbio, ou a rosca não seja
padronizada, é necessário calcular o jogo de engrenagens na
grade por meio da fórmula:
Pr
E=
Pf
5. Verificação da preparação:
• acionar o torno;
• aproximar a ferramenta do material para tomar referência
zero no anel graduado;
• dar uma profundidade de corte de 0,3 mm;
• engatar o carro principal e deixar a ferramenta se deslo-
car aproximadamente 10 filetes;
• afastar a ferramenta e desligar o torno;
• verificar o passo com um verificador de rosca.
209
8. Verificação com um calibrador de rosca: o calibrador
deve entrar justo, mas não forçado. Se necessário, re-
passa-se a rosca com o mínimo possível de velocidade
de corte, até conseguir o ajuste.
210
As roscas com filetes trapezoidais aplicam-se na construção de
parafusos e porcas que resistem a grandes esforços e que trans-
mitem movimentos como os de tornos, fresadoras e plainas lima-
doras. Os filetes trapezoidais não-padronizados são cortados com
uma ferramenta com um ângulo de 10º . Os parafusos ACME são
cortados com ângulo de 29º.
211
Exercícios
212
f) Durante a execução de uma rosca no torno, controla-se a
altura do filete com o:
1. ( ) parafuso padrão;
2. ( ) anel graduado do carro transversal;
3. ( ) verificador de rosca;
4. ( ) escantilhão.
Gabarito
2. a) 1; b) 2; c) 4;
d) 2; e) 3; f) 3.
3. a) 2; b) 4; c) 7;
d) 6; e) 3; f) 5;
g) 1.
213
Máquinas inteligentes e obedientes
No final dos anos 40, a Força Aérea Americana achou que preci-
sava de um método mais rápido e preciso de usinar as peças de
formas complicadas utilizadas em seus aviões. Assim, em conjun-
to com uma empresa chamada Parsons Corporation e um institu-
to de pesquisas americano denominado MIT, começou a trabalhar
num novo tipo de fresadora.
221
CN? Mas o que é CN?
222
poderosos, até que nos anos 70 foi desenvolvido um tipo especial
de componente eletrônico: o microprocessador. A partir daí, a
sigla CN ganhou uma nova letra “C”, e o controlador de máqui-
nas-ferramenta passou a denominar-se CNC, ou seja, Comando
Numérico Computadorizado.
Mas, como você já deve ter imaginado, seria muito difícil para o
homem dar ordens para as máquinas utilizando-se apenas de
códigos formados por “zeros e uns”. Assim, foram desenvolvidas
linguagens de programação de máquinas operatrizes CNC.
223
Mas o que é um sistema de coordenadas, afinal?
Imagine a seguinte situação: depois de um longo dia de trabalho,
você está parado num ponto de ônibus esperando (aliás, já há
bastante tempo) a bendita condução. Alguém se aproxima e per-
gunta:
− Por favor, meu amigo, onde fica o banco Cruzeiro do Sul?
− Ah, é fácil − você responde. − Siga por esta mesma rua duran-
te dois quarteirões e vire à direita. Ande mais três quarteirões,
e pronto.
224
As duas direções são chamadas de eixos. No caso de um torno,
temos o eixo X (transversal) e o eixo Z (longitudinal).
225
encontra faceada e desbastada, restando apenas realizar um
único passe de acabamento ao longo de todo o perfil da peça.
226
do eixo Z, estaremos percorrendo o sentido positivo do eixo e
todas as coordenadas Z dos pontos nessa região serão valores
positivos. No entanto, se andarmos para a esquerda, estaremos
percorrendo o sentido negativo do eixo Z. Agora, as coordenadas
Z dos pontos serão negativas.
227
de 8 milímetros, como vimos acima, o valor que deverá aparecer
no programa será o do diâmetro, ou seja, 16 milímetros. Feita
essa observação, a coordenada X do ponto A será 16.
228
Se você quiser achar as coordenadas do próximo ponto do perfil,
partindo-se do ponto anterior, aí então dizemos que a coordenada
encontrada é relativa. Indica quanto você deve andar a partir do
ponto anterior e não do zero-peça.
Exercício
X Z
A 16. 0
229
Para programar uma máquina CNC, você deve falar na linguagem
dela. Bem, falar não é bem o termo. Pelo menos, ainda não. De-
vemos, na verdade, escrever as instruções que a máquina deve
executar numa linguagem que ela entenda. Essas instruções têm,
como já vimos, a forma de códigos ou símbolos chamados fun-
ções. Cada função faz a máquina executar uma determinada tare-
fa. Muitas dessas funções apresentam a letra “G”, daí porque
alguns costumam referir-se à linguagem de programação de má-
quinas-ferramenta CNC como “linguagem G”. O nome tecnica-
mente mais correto, no entanto, é linguagem ISO, em razão da
sigla da organização internacional que padronizou, em parte, as
funções de programação entre os vários fabricantes de comandos
numéricos.
222
gramação. Por exemplo: na numeração N5, N10, N15, você
pode inserir N1, N5, N6, N7, N10, N15, N16 etc.
• O – identifica o número do programa.
• S – indica a velocidade de corte.
223
unidade de medidas do avanço será mm/rot. Assim, o segundo
bloco do programa fica: N∅5 G21 G99; .
A seguir devemos:
a) Girar a torre porta-ferramentas, posicionando a ferramenta de
acabamento número 3. Para fazer isso, devemos programar a
função T∅3∅3.
b) Definir que vamos trabalhar com velocidade de corte constan-
te, através da função G96, e que esta velocidade é de 250
m/min. Indicamos isso como S250.
Dica tecnológica
A possibilidade de trabalhar com velocidades de corte constantes
é uma das vantagens dos tornos CNC. À medida que a ferramen-
ta se aproxima do centro da peça, a rotação da placa aumenta de
modo a manter a velocidade de corte constante, de acordo com
os valores ótimos obtidos dos catálogos dos fabricantes de ferra-
mentas.
Movimentando a ferramenta
224
As funções mais comuns num programa CNC são as responsá-
veis pelos deslocamentos das ferramentas. São elas:
G∅: Para deslocar a ferramenta no maior avanço disponível nu-
ma determinada máquina, por exemplo, 30.000 mm/min. Essa
função é usada para aproximar a ferramenta da peça e afastá-la
após o término da usinagem.
G1 : Para deslocar a ferramenta num movimento linear com um
avanço de usinagem dado pela função F em mm/rot ou mm/min.
Essa função é usada para facear, cilindrar e tornear cones, ou
seja, descrever movimentos retilíneos.
G2 : Para deslocar a ferramenta num movimento circular no sen-
tido horário com um avanço de usinagem, dado pela função F, em
mm/rot ou mm/min. Também deve ser especificado o raio do arco
que a ferramenta deverá descrever.
G3 : Para deslocar a ferramenta num movimento circular no sen-
tido anti-horário com um avanço de usinagem, dado pela função
F, em mm/rot ou mm/min. Assim como em G2, também deve ser
especificado o raio do arco que a ferramenta deverá descrever.
225
No entanto, os comandos numéricos movimentam a ferramenta ao
longo do perfil como se ela não tivesse esse arredondamento. Isso,
se não for corrigido, ou, compensado, para usar a palavra correta,
acaba ocasionando erros nas medidas das peças usinadas. Para
que a máquina compense automaticamente essa diferença de modo
a produzir peças perfeitas, utilizam-se as funções de compensa-
ção. Como, no caso, estamos realizando uma usinagem externa,
com a ferramenta deslocando-se à direita do perfil, a função utiliza-
da é a G42, que deve ser incluída no bloco posterior ao da aproxi-
mação da ferramenta. Teremos, então: N25 G∅ X12. Z2. M8; N30
G42;
Exercício
226
Observação: O que permanece igual de um bloco para outro,
não precisa ser reprogramado. Assim, os blocos acima podem
ficar: N40 G1 X20. Z-2.;. E porque o avanço já estava no bloco
anterior: N45 Z-15.; N50 X40. Z-35.;.
227
N65 G3 X80. Z-50. R5.;
N70 G1 Z-65.;
N75 G1 X85. M9.;
N80 G40;
N85 G1 X86. Z-64.;
N90 G∅ X200.Z200. M5;
N95 M30;
Exercício
3. Para cada uma das peças das figuras abaixo, crie um pro-
grama de usinagem para dar um passe de acabamento ao
longo do perfil externo.
a) b)
228
Gabarito
1. a) 16 - 0
b) 20 - 2
c) 20 - 15
d) 40 - 35
e) 60 - 45
f) 70 - 45
g) 80 - 50
f) 80 - 65
3. a) N∅101∅∅1;
N∅5G21G99;
N1∅T∅1∅1;
N15G96S3∅∅M4;
N2∅G5∅S2∅∅∅;
N25G∅X22.Z122M8;
N3∅G42;
N35G1x24Z119.88F02;
N4∅G1X3∅Z116.88;
N45G1Z97.38;
N5∅G1X34;
N55G3X6∅Z9438R3.;
N6∅G1Z67,38;
N65G2X9∅Z52.38R15.;
N7∅G1X105.74;
N75G1X120.06Z44.88;
N8∅G1Z22.38;
N85G1X123.M9;
N9∅G40;
N95G1X124.Z24;
N1∅∅G∅X2∅∅.M5;
N1∅5M3∅;
229
b) N∅101∅∅2;
N∅5G21G99;
N1∅ T∅2∅2;
N15G96S28∅M4;
N2∅G5∅S3∅∅∅;
N25G∅X14.Z82M8;
N3∅G42;
N35G1X24Z119.88F02;
N4∅G1X3∅Z116.88;
N45G1Z64.25;
N5∅G1X28.06;
N55G3X40.Z58.25R6.;
N6∅G1Z44.25;
N65G1X6∅.Z34.25;
N7∅G1X7∅;
N75G2X80.Z29.25R5.;
N8∅G1Z14.25;
N85G1X83.M9;
N9∅G40;
N9561X84.Z16.;
N1∅∅G∅X200.Z2∅∅.M5;
N1∅5M3∅;
230
Fresagem
O que é fresagem
3
O movimento de avanço pode levar a peça contra o movimento
de giro do dente da fresa. É o chamado movimento discordante.
Ou pode também levar a peça no mesmo sentido do movimento
do dente da fresa. É o caso do movimento concordante.
4
basta observar o sentido de giro da fresa e fazer a peça avançar
contra o dente da ferramenta.
Fresadoras
5
Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos
que se trata de uma fresadora vertical.
6
Não pense porém que há apenas esses tipos de fresadoras! Há
outras que tomaram como modelo as fresadoras horizontais e
verticais, mas não funcionam do mesmo modo.
7
Quanto aos modelos, eles podem ser confeccionados em material
metálico, como o aço e o alumínio, ou ainda em resina. A escolha
do material depende do número de peças a ser copiado. Devido à
sua resistência, modelos em aço são recomendáveis para um
número elevado de cópias. Caso o modelo seja utilizado poucas
vezes, para a cópia de duas ou três peças por exemplo, reco-
menda-se o uso da resina.
Exercícios
Coluna A Coluna B
1. ( ) Horizontal a) Horizontal e vertical
2. ( ) Universal b) Paralelo à mesa da máquina
3. ( ) Angular, universal c) Perpendicular à mesa da máquina
4. ( ) Vertical
5. ( ) Plana, vertical
8
Fresas
Escolhendo a fresa
Recordar é aprender
São ângulos da cunha de corte o ângulo de saída (γ), de cunha
(β) e de folga (α).
Pois bem, são os ângulos β dos dentes da fresa que dão a esta
maior ou menor resistência à quebra. Isto significa que quanto
maior for a abertura do ângulo β, mais resistente será a fresa.
Inversamente, quanto menor for a abertura do ângulo β, menos
resistente a fresa será. Com isto, é possível classificar a fresa em:
tipos W, N e H. Veja figuras a seguir.
9
Percebeu que a soma dos ângulos α, β e γ em cada um dos tipos
de fresa é sempre igual a 90°? Então você deve ter percebido
também que, em cada um deles, a abertura dos ângulos sofre
variações, sendo porém o valor do ângulo de cunha sempre
crescente.
10
Ainda quanto às fresas tipo W, N e H, você deve estar se pergun-
tando por que uma tem mais dentes que outra. A resposta tem a
ver com a dureza do material a ser usinado.
Suponha que você deve usinar uma peça de aço. Por ser mais
duro que outros materiais, menor volume dele será cortado por
dente da fresa. Portanto, menos cavaco será produzido por dente
e menos espaço para a saída será necessário.
Já maior volume por dente pode ser retirado de materiais mais
moles, como o alumínio. Neste caso, mais espaço será necessá-
rio para a saída de cavaco.
11
Pare! Estude! Responda
Exercícios
Outra preocupação deve ser quanto à aplicação que você vai dar
à fresa. É o que vamos ver agora, estudando os diversos tipos de
fresas e suas aplicações.
12
Fresas de perfil constante
São fresas utilizadas para abrir canais, superfícies côncavas e
convexas ou gerar engrenagens entre outras operações. Veja
alguns tipos dessa fresa e suas aplicações.
Fresas planas
Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas, abrir
rasgos e canais. Veja a seguir, fresas planas em trabalho e suas
aplicações.
13
Fresas angulares
Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos,
como rasgos prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha.
14
Fresas para desbaste
Estas são fresas utilizadas para o desbaste de grande quantidade
de material de uma peça. Em outras palavras, servem para a
usinagem pesada.
Exercícios
15
6. Faça corresponder o material (coluna A) com o tipo de fresa e
o ângulo de cunha, assinalando 1, 2 ou 3 na coluna B.
Coluna A Coluna B
material a ser usinado tipos de fresa ângulo de cunha
16
Gabarito
1. c
2. 1 (b)
2. (a)
3. ( )
4. (c )
5. ( )
3. b
4. b
6. 1 (c )
2. (c )
3. (b )
17
A UA UL L AA
42
42
Removendo o cavaco
Mas isso ainda não é suficiente para você saber como fresar uma peça.
Faltam os parâmetros de corte, sobre os quais você aprendeu no livro 2 deste
módulo. Pois bem, nesta aula vamos tratar dos parâmetros de corte específicos
para a fresagem.
Por exemplo, suponha que na oficina seu chefe lhe dá a tarefa de fresar
uma peça com as seguintes características: aço com 85 kgf/mm² de resistência,
4 mm de profundidade de corte, fresa HSS de 6 dentes e 40 mm de diâmetro.
Como solucionar este problema?
Você deve estar lembrado que rpm, avanço e profundidade de corte são
parâmetros de corte para qualquer tipo de usinagem. A escolha dos parâmetros
de corte é uma etapa muito importante na fresagem. Parâmetros de corte
inadequados podem causar sérios problemas, como alterar o acabamento super-
ficial da peça e até mesmo reduzir a vida útil da ferramenta.
Dica tecnológica
As Vc para ferramentas de metal duro chegam a ser entre 6 a 8 vezes
maior que as Vc utilizadas para ferramentas de aço rápido. Isso porque
as ferramentas de metal duro têm maior resistência ao desgaste.
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
aço de 60 - 90 kgf/mm² 14 - 16 20 - 24 26 - 30
42 Dica tecnológica
Observe na tabela. Quanto maior a profundidade de corte, menor será
o valor da velocidade de corte.
Mas há outros tipos de tabelas. Para ter acesso a uma maior variedade delas,
você deve consultar uma biblioteca ou pedir catálogos de fornecedores de fresas.
Aliás, consultar catálogos é algo que você deve fazer com freqüência, pois vai
garantir que você fique ligado com o que há de mais atualizado no mercado.
Vc · 1000
n=
p·d
22 · 1000
n=
3,14 · 40
n = 175 rpm
Caso contrário, pode haver problemas com sua ferramenta, como queima
dos dentes de corte e, conseqüentemente, perda do corte. E também problemas
no acabamento superficial, que pode ficar rugoso, por exemplo.
Para isso invertemos a fórmula usada para o cálculo da rpm. Veja abaixo.
n·p·d
Vc = \
1000
210 · 3,14 · 40
Vc = \
1000
Vc = 26,39 m/min
42
ESCOLHA DO AVANÇO POR DENTE
PARA FRESAS DE AÇO RÁPIDO
Achado o avanço por dente da fresa, resta encontrar o avanço da mesa, a ser
selecionado na máquina como fizemos com a rpm. Veja como proceder.
Vamos supor uma fresa de trabalho com seis dentes (z = 6). Se cada dente
avançar 0,24 mm, em uma volta da fresa quanto avançará a mesa? Para achar a
resposta é só multiplicar o número de dentes (z) pelo avanço por dentes (ad). Veja
abaixo:
av = ad · z
em que:
z = número de dentes
ad = avanço por dente
av = avanço por volta
Substituindo vem:
av = 0,24 · 6
av = 1,44 m/volta
42 O valor de 172,8 mm/min deve ser selecionado na fresadora. Caso não seja
possível, deve-se escolher o avanço menor mais próximo. Isso evitará que cada
dente corte um valor acima do recomendado pelo fabricante. O que poderia
acarretar um desgaste excessivo e até mesmo a quebra do dente.
Agora podemos entender por que no começo da aula dissemos, com relação
ao cálculo da rpm, que devemos escolher a rotação maior. Vamos ao cálculo!
Dica tecnológica
Maior rotação da fresa gera maior avanço da mesa. E o resultado é maior
produção de peças em um mesmo intervalo de tempo.
Vc rpm ad av am
Profundidade de corte
sobremetal
nº de passes =
profundidade de corte
42
Dica tecnológica
Na prática, a máxima profundidade de corte adotada é de até 1/3 da
altura da fresa.
Em que:
p = profundidade de corte (máximo 1/3 da altura da fresa)
h = altura da fresa
Vc rpm ad av am nº de passes
A UA UL L AA
43
43
Fresando
superfícies planas
Mas para começar a fresar é necessário saber mais. É preciso saber escolher
a fresa e a fresadora de acordo com o tipo de perfil que será executado na peça.
E também saber fixar a fresa e a peça na máquina. É o que vamos fazer
nas próximas aulas.
Usinar uma superfície plana é uma das operações mais simples e comuns
na fresagem mecânica. É uma operação que pode ser executada em qualquer
tipo de fresadora.
Recordar é aprender
Para usinar ferro fundido com dureza de 240HB, a fresa recomendada
é a de tipo H.
Dica tecnológica
Caso a largura da fresa não seja suficiente para usinar toda a extensão
da superfície da peça, monte duas ou mais fresas, com a inclinação
das hélices ou facas laterais de corte invertidas, isto é, uma hélice
com inclinação à esquerda e a outra à direita. Veja figura abaixo.
Tendo escolhido a fresa, o passo seguinte é a fixação da peça. Como fazer? A U L A
Você pode escolher entre várias formas de fixação, de acordo com o perfil da
peça e o esforço de corte que ela sofre.
43
Pode-se fixar a peça diretamente à mesa ou com o auxílio de dispositivos
de fixação como: morsa, cantoneiras, calços reguláveis (macaquinhos), apare-
lhos divisores e outros.
fixação em morsa
fixação em cantoneira
A U L A Recordar é aprender
No movimento discordante, o esforço de corte tende a arrancar a peça do
fixação em morsa
Agora podemos fixar a fresa. Esta fixação pode ser por pinças e mandris,
também chamados eixos porta-fresas. Os mandris dispõem de hastes com cones
do tipo morse ou ISO. Esta é uma informação importante na hora de fixar a fresa.
O mandril de cone morse é fixado por pressão e deve ser utilizado para
trabalhos em que a fresa não seja submetida a grandes esforços. Nesse caso, o
mandril recomendado é o de cone ISO, cujo sistema de fixação impede que ele
se solte durante a operação de fresagem. Veja a seguir tipos de mandril e como
eles são fixados.
43
mandril para fresas de hastes cônicas
mandril porta-pinças
Optamos por trabalhar com o eixo porta-fresas do tipo haste longo, por ser
o mais adequado à nossa fresa de trabalho, a cilíndrica com chaveta longitudinal.
O mandril escolhido garante menor vibração da ferramenta durante a usinagem
e, portanto, melhor acabamento.
Fresar em esquadro é o mesmo que usinar uma superfície plana. Isso quer
dizer que os critérios para a escolha da ferramenta e parâmetros de corte são os
mesmos. Então, o que muda?
O que muda é que agora vamos tomar uma superfície já usinada como
referência para usinar as demais. Veja figura a seguir.
Vamos ver como fazer? Primeiro, devemos escolher a fresa, lembra? Como
vamos trabalhar com movimento discordante frontal e fresadora vertical, ela não
pode ser a mesma recomendada para o primeiro caso. A fresa adequada agora
é a cilíndrica frontal para mandril com chaveta transversal.
fixação em morsa
Para fixar a fresa, vamos usar um eixo porta-fresas curto. Este dispõe
de chaveta transversal e parafuso que asseguram uma boa fixação da fresa.
43 da fresa, uma vez que necessariamente 1/3 de seu diâmetro ficará fora.
Recordar é aprender
A refrigeração dos dentes evita o superaquecimento da fresa e contribui,
portanto, para o aumento da vida útil desta.
Dica tecnológica
Em geral, as peças em bruto têm formato irregular, o que torna difícil sua
fixação. Isso pode ser solucionado, colocando-se um rolete entre a peça
e o mordente móvel da morsa, como mostra a figura.
Dica tecnológica
Use calços para assentar bem a peça. Se for necessário, dê umas
pancadinhas de leve na peça até assentá-la. Utilize um martelo de cobre
ou latão, ou qualquer outro material macio, para não danificar a peça.
inclinação da morsa
inclinação da mesa
inclinação do cabeçote
Dica tecnológica
A inclinação do cabeçote deve ser feita após a fixação e alinhamento da
morsa ou da peça no sentido de deslocamento da mesa. Este alinhamen-
to é necessário na fresagem de superfícies planas inclinadas e também
na fresagem de rasgos, canais e rebaixos. O alinhamento da morsa
ou da peça deve ser feito independentemente do tipo de fresadora com
a qual estamos trabalhando.
A fresagem de superfície plana inclinada segue os mesmos critérios que A U L A
a fresagem em esquadro para a escolha da fresa e dos parâmetros de corte.
A diferença é que com este tipo de fresagem, é preciso fazer o alinhamento
da morsa ou da peça no sentido de deslocamento da mesa. 43
O alinhamento é necessário por que como se trata de fresagem de uma
superfície inclinada, se a mesa não avançar paralelamente à superfície da peça
a tendência é o chanfro ficar desalinhado.
Vamos aprender como fazer isso? Retomemos mais uma vez o exemplo dado
no primeiro caso. Agora a peça de ferro fundido já está com as quatro superfícies
usinadas. Pede-se então para você fresar uma superfície inclinada a 45° em uma
de suas arestas.
Por onde começar? Do mesmo modo que nos casos anteriores: pela escolha
da fresa, dos meios de fixação e dos parâmetros de corte. Nesse terceiro caso,
como estamos também utilizando a fresadora vertical, a fresa deve ser tipo H
e cilíndrica frontal para mandril com chaveta. Ou seja, a mesma utilizada para
a fresagem de superfícies perpendiculares a uma superfície de referência.
43
· Repita estes passos quantas vezes for necessário até obter no relógio
comparador uma variação próxima a zero.
Dica tecnológica
O alinhamento da peça segue os mesmos procedimentos que os obser-
vados para o alinhamento da morsa. Ao alinhar a peça, certifique-se
de que a superfície de alinhamento tenha sido previamente usinada.
Exercício 5
Em que sentido deve ser alinhado o mordente fixo da morsa?
A UA UL L AA
44
44
Fresando
ranhuras retas - I
Nesta aula você vai aprender a fresar ranhuras retas. Ranhura é o mesmo que
entalhe, rasgo ou canal. Então fresar ranhuras retas é o mesmo que abrir canais
retos em uma peça. Um exemplo de ranhura é o entalhe da chave fixa, conhecida
como chave de boca, utilizada para apertar parafusos de cabeça sextavada
ou quadrada.
Há vários tipos de ranhuras retas. Nesta aula você vai aprender como fazer
ranhuras retas por reprodução do perfil da fresa. Esta é uma operação que servirá
de base para outras como fresar rasgos em T, trapezoidais e outros.
Você vai entender melhor quando falarmos sobre isso. Estude bem,
e não se esqueça de reler aulas passadas, caso você precise relembrar conceitos
já aprendidos!
Dica tecnológica
Há dois modos de tangenciar a superfície de referência da peça com a
fresa. Você pode trabalhar com a fresa em movimento e em baixa
rotação, como fazem os operadores experientes, ou girar a fresa manu-
almente, como os operadores menos experientes. Neste caso, a fresa não
pode estar em movimento, isto é, a máquina deve estar desligada.
· Zere o anel graduado da mesa da fresadora. Desça a mesa para afastar a peça
da fresa.
Recordar é aprender
Antes de puxar a coordenada, você precisa fazer o cálculo do avanço
da mesa por divisão do anel graduado e de quantas divisões deste anel
você deve avançar.
A U L A · Com a fresa posicionada sobre a peça, suba a mesa da fresadora lenta
e cuidadosamente, até que a fresa tangencie a face superior da peça.
Dica tecnológica
Uma maneira de observar quando a ferramenta tangencia a peça
é utilizar um pedaço de papel untado em óleo e aderido à superfície
da peça. No momento em que a ferramenta toca o papel, este
se desprende da superfície. Se você usar este recurso, não esqueça
de acrescentar a espessura do papel à coordenada de deslocamento,
quando for fazer os cálculos.
Então, o avanço por divisão do anel graduado é igual a 0,04 mm. Com isso
podemos calcular o número de divisões a avançar.
Temos que:
x = valor da coordenada ¸ A
Substituindo vem:
x = 30 mm ¸ 0,04
x = 750 divisões
Respondemos à questão. Para puxarmos a coordenada, devemos avançar
750 divisões no anel graduado, ou seja, sete voltas e meia.
Pare! AEstude!
U L A Exercício 1
Responda! Suponha que você precisa deslocar uma coordenada no valor de 26 mm.
Vamos aprender a fazer uma ranhura reta por reprodução do perfil da fresa,
por meio do exemplo a seguir.
Suponha que você deve abrir um canal em uma peça, conforme desenho
abaixo. O que fazer?
Para começar, você já deve ter alinhado a superfície de referência assim como
a morsa. Também já deve ter determinado os parâmetros de corte e escolhido a
fresa. Vamos supor que a escolha recaiu sobre a fresa de topo de haste paralela,
a qual só pode ser fixada por meio de mandril porta-pinça. Então, como
continuar?
45
45
Fresando
ranhuras retas - II
·
profundidade para fazer o acabamento no fundo da ranhura.
Troque a fresa para fazer o desbaste da ranhura em T. Utilize a fresa do tipo 45
T, também chamada Woodruff. A haste da fresa deve ter diâmetro menor
que a largura da ranhura a ser feita. Desbaste a ranhura perpendicular
à anterior.
Dica tecnológica
A operação de fresar ranhuras em T requer uma refrigeração contínua
e abundante, para evitar aquecimento excessivo da fresa e garantir a
remoção do cavaco. Caso não seja possível usar refrigerante, pare
a máquina para retirar os cavacos da ranhura. Caso contrário, a ferra-
menta e a peça podem ser danificadas.
Dica tecnológica
Na etapa de acabamento, escolha o menor avanço possível. A fresa
Woodruff é muito sensível e poderá quebrar-se caso seja utilizado
um avanço superior ao que ela pode suportar.
Troque a fresa por uma do tipo T para ranhura, conforme mostra o detalhe
de tabela.
d1 = 16 b=8 d2 = 6,5 d3 = 10 l1 = 12 l2 = 63
Simples! Depois que você der uma passada com a fresa, o canal aberto
ficará com 16 mm de largura. Para que ele meça 18 mm, você vai precisar
deslocar a mesa da fresadora em um mílimetro, no sentido transversal
ao deslocamento dela.
Após isso, é necessário dar mais uma passada com a fresa, para usinar
o mílimetro deslocado. Com isso você obtém um canal com 17 mm de largura.
E agora?
Quanto à altura de 8 mm, ela é obtida com a fresa escolhida, isto é, b = 8 mm.
E está pronta a ranhura em T! Agora é só limpar a peça e retirar as rebarbas.
Exercício 1 Pare!
A U L Estude!
A
Qual a fresa T mais indicada para usinar um canal em T conforme desenho Responda!
a seguir? (Utilize tabela DIN)
45
Exercício 2
Que tipos de fresas devem ser utilizadas, para abrir um rasgo retangular
a fim de fresar um canal em T?
Exercício 3
Por que se deve utilizar refrigeração em abundância para fresar rasgos em T?
Exercício 4
Por que é preciso utilizar pequenos avanços da mesa da fresadora quando
se usam fresas do tipo Woodruff?
A U L A Como fazer uma ranhura trapezoidal
rabo-de-andorinha
· Troque a fresa por uma fresa angular, de acordo com o perfil desejado
da ranhura.
· Frese a ranhura.
Dica tecnológica
Utilize em abundância jato de refrigerante para remover os cavacos da
ranhura.
45
Recordar é aprender
cateto oposto
tangente =
cateto adjacente
8 8
x= \x= @ 4,6
Tg60º 1,73
O resultado encontrado foi x = 4,6 mm, não é mesmo? Agora você já pode
calcular a abertura y. Para isto é só montar o cálculo como segue.
Então, o máximo de largura que a ranhura retangular pode ter é 36,8 mm,
aproximadamente.
Dica tecnológica
O valor 0,5 mm da equação dada corresponde ao sobremetal deixado
nas laterais da ranhura para fazer o acabamento.
A U L A Para um valor de y = 36 e x = 4,6, o diâmetro (d1) máximo da fresa deve
ser de 40 mm. Com isso, você consegue usinar um lado do rabo-de-andorinha
45 de cada vez.
Feitos os cálculos, é hora de escolher a fresa angular. Esta pode ser uma fresa
angular de topo para mandril ou uma fresa angular com haste cilíndrica. Vamos
supor que você tenha optado pela fresa angular de haste cilíndrica. Só resta agora
conhecer as medidas desta fresa.
Você deve ter encontrado que a fresa com diâmetro mais próximo
a 40 mm é a de 25 mm, como no detalhe abaixo, não é mesmo?
60º 25 10 67 12
Dica tecnológica 45
As fresas angulares são frágeis porque seus dentes formam ângulos
muito agudos. Por isso, sempre que trabalhar com elas, adote o movi-
mento discordante. Ainda, no ínicio da fresagem, utilize avanço manual
da mesa. Depois, para terminar a fresagem, passe para o avanço automá-
tico. Assim, você evita danos à fresa, como a quebra de dentes.
Você viu como fazer para fresar um rabo-de-andorinha. Que tal responder
a algumas questões?
Exercício 6
Por que é necessário determinar os valores de x e y , quando se usina
um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Exercício 7
Para que é preciso deixar um sobremetal de 0,5 mm nas paredes da ranhura
retangular, quando se usina um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Exercício 8
Por que se deve optar pelo movimento discordante quando se usina
um rasgo do tipo rabo-de-andorinha?
Para abrir uma ranhura ou rasgo de chaveta, seguimos os mesmos passos das
operações anteriores de fresar ranhuras retas. O cuidado está na escolha da fresa,
a qual vai depender do perfil do rasgo que se quer obter.
45 começar?
6 x 10 25 7,5 10 6 60 46
Feito isso, fixe a fresa com um mandril porta-pinças. Em seguida, determine A U L A
os parâmetros de corte e tangencie a lateral da peça com a fresa.
45
Dica tecnológica
Na operação de fresar rasgos de chaveta do tipo Woodruff, o avanço da
ferramenta deve ser manual e lento, para evitar a quebra da fresa. Ainda,
a refrigeração deve ser contínua e abundante, para evitar excessivo
aquecimento da ferramenta e possibilitar a remoção dos cavacos. Com
isto, evita-se também a quebra da ferramenta.
Exercício 11
Que fresa Woodruff deve ser usada para abrir o rasgo de chaveta Woodruff?
b = 8 mm
h = 10 mm
Exercício 12
Ordene de 1 a 8 os passos abaixo, para abrir um rasgo em T.
a) ( ) Fixe a fresa.
b) ( ) Puxe a coordenada e frese a ranhura retangular.
c) ( ) Centre a fresa na altura e termine a ranhura.
d) ( ) Fixe e alinhe a peça.
e) ( ) Escolha a fresa adequada à largura da ranhura.
f) ( ) Troque a fresa novamente.
g) ( ) Determine os parâmetros de corte.
h) ( ) Troque a fresa para fazer o desbaste da ranhura em T.
Exercício 13
Complete as sentenças abaixo:
a) A ................... é um elemento de máquina normalizado que transmite
movimento de rotação.
b) Geralmente, utilizamos fresa.................... , fresa ................... de três cortes,
normalizadas segundo as dimensões da chaveta Woodruff.
c) A escolha da fresa depende do ................... do rasgo ou ranhura que
se quer obter.
d) Na falta da chaveta, o eixo gira em falso e não transmite o movimento
de ....................