Manual de Contabilidade Regulatória
Manual de Contabilidade Regulatória
Manual de Contabilidade Regulatória
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NOTA TÉCNICA FINAL Nº CRS/0001/2013
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NOTA TÉCNICA FINAL Nº CRS/0001/2013
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4
1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 4
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 4
3. PLANO DE CONTAS E MANUAL REGULATÓRIO PROPOSTO ............................................ 9
3.1. PRÁTICAS E POLÍTICAS CONTÁBEIS ........................................................................ 9
3.2. PLANO DE CONTAS ................................................................................................... 10
3.3. MANUAL DE CONTAS ................................................................................................ 10
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 12
MANUAL DE CONTABILIDADE REGULATÓRIA PARA EMPRESAS DO SETOR DE
SANEAMENTO BÁSICO REGULADAS PELA ARSESP ............................................................ 13
FIGURAS
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INTRODUÇÃO
1. OBJETIVO
Esta Nota Técnica tem como objetivo consolidar a proposta de implementação de uma
Contabilidade Regulatória para o Serviço Público de Saneamento Básico, para as empresas
reguladas pela ARSESP
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A implementação de uma Contabilidade Regulatória tem como fundamento o alcance dos
seguintes objetivos:
Padronizar os procedimentos contábeis adotados pela concessionária do serviço
público de saneamento, permitindo o controle e o acompanhamento das
respectivas atividades, objeto do serviço público, pela ARSESP;
Atender aos preceitos da legislação societária brasileira, além da legislação
específica do Serviço Público de Saneamento e do ordenamento jurídico-
societário, bem como a plena observância dos princípios fundamentais de
contabilidade, contribuindo para a avaliação do equilíbrio econômico- financeiro
da concessão;
Permitir a elaboração das demonstrações contábeis e correspondentes notas
explicativas, do relatório da administração e das informações complementares
que necessitem para atendimento da legislação aplicável ao setor de
saneamento, órgãos reguladores;
Permitir maior integração entre os sistemas de fiscalização e acompanhamento
da ARSESP e os sistemas contábeis da concessionária;
Conferir maior transparência aos resultados alcançados pelo Serviço de
Saneamento; Contribuir para a avaliação da análise do equilíbrio econômico-
financeiro da concessionária;
Criação de contas contábeis específicas segregando as atividades de Água e
Esgoto; e,
Segregar os gastos e investimentos por municípios.
Adicionalmente, a informação da Contabilidade Regulatória deve satisfazer, entre outros os
princípios da objetividade, essencialidade, verificabilidade, confiabilidade, utilidade,
integridade, comparabilidade, suficiência, relevância, neutralidade, tempestividade, clareza,
sistematização, e data de encerramento do exercício econômico.
As Práticas Contábeis atualmente são aquelas estabelecidas pela Lei das Sociedades por
Ações, Comissão de Valores Mobiliários - CVM, pelo Conselho Federal de Contabilidade –
CFC e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.
No entanto, considerando as necessidades regulatórias tarifárias e de fiscalização é
fundamental da criação de requerimentos de informações contábeis regulatórias específicas
para a classificação, valoração e correta depreciação dos ativos disponíveis à prestação do
serviço público considerando o ponto de vista do consumidor, a prestação do serviço tem
prazo indeterminado.
Os Decretos Estaduais nº 41.446/96 e 52.455/07 combinados com a Lei Estadual n°
1025/07 e a Lei Federal nº. 11.445/07 estabelecem que compete à ARSESP executar as
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atividades relacionadas ao processo de fixação de tarifas iniciais e, quando for o caso, de
revisões e reajustes tarifários dos serviços de saneamento incluindo o monitoramento e
avaliação dos custos e a definição de metas que estimulem o aumento da eficiência na
prestação dos serviços. Este marco legal estabelece também que será tarifário o regime de
cobrança dos serviços de abastecimento de água, de coleta e disposição de esgotos bem
como outros prestados pela SABESP, relacionados com seus objetivos
Cabe ressaltar que as autoridades municipais tem delegado à ARSESP o monitoramento do
cumprimento das metas fixadas nos Contratos de Programa (metas contratuais).
Para definição dos requerimentos de informação necessários para regulação foram
utilizadas a legislação Federal, Estadual e as Deliberações ARSESP.
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Neste caso é importante diferenciar os custos das atividades reguladas do custo das
atividades não reguladas.
A estrutura dos requerimentos de informação para atender as demandas tarifárias relativas a
despesas e custos está demonstrada na seguinte figura.
Figura 2: Estrutura de informação dos custos da companhia
Captação
Municipio Natureza do
Água Tratamento
custo
Distribuição
Regulado
Coleta
Natureza do
Esgoto Municipio Tratamento
custo
Consolidado
Empresa Disposição
final
Produto 1 Atividad 1
Não Natureza do
Municipio
Regulado custo
Produto n Atividad n
O custo do serviço deve ter em conta os custos diretos e indiretos da prestação, portanto, o
Regulador deve procurar identificar essa informação e conhecer detalhadamente as bases
de distribuição que são utilizadas.
2.1.2. REQUERIMENTOS DO PROCESSO DE FISCALIZAÇÃO
A ARSESP para poder realizar as atividades de fiscalização, controle e atualização das
tarifas do setor de saneamento, solicita periodicamente informação referida a:
Receita por serviço;
Receita por tipo de usuário;
Receita por Município;
Receita por região;
Indicadores de cobertura dos serviços;
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Indicadores de qualidade;
Indicadores operacionais;
Volumes de produção de água:
Volumes de venda de água;
Volumes tratados de esgoto:
Volumes de venda de esgoto:
Indicadores de perdas;
Despesas operacionais por Município;
Despesas operacionais diretas;
Despesas operacionais indiretas:
Investimentos por Município;
Previsão de Ingresso e despesas por Município;
Previsão dos fluxos de caixa por Município;
Indicadores de desempenho por Município.
2.1.3. REQUERIMENTOS DO PROCESSO DE CONTROLE
Contratos de programa
Da análise realizada sobre os contratos de programa é possível determinar uma série de
requerimentos necessários para controlar a concessionária. Como os contratos de programa
são individuais, a informação deve ser fornecida por Município.
Plano de metas de atendimento e qualidade dos serviços (Indicadores de
Desempenho);
Planos de investimentos a serem executados pela SABESP;
Exploração de outras atividades ou serviços complementares ou alternativos;
Relatório anual de desempenho econômico-financeiro;
Apresentação da análise de riscos dos sistemas e respectivos planos de
contingenciamento;
Apresentação de todas as informações relacionadas aos custos que tenham
impactado o equilíbrio econômico-financeiro do Contrato;
Fornecimento da composição da receita bruta e as deduções efetuadas;
Verificação da realização dos investimentos dar-se-á por ocasião de cada revisão
tarifária.
Nesse sentido os requisitos de informações necessários à fiscalização e controle de todos
os itens constantes desses contratos devem estar corretamente alocados e distribuídos de
forma a mitigar os riscos presentes na alocação de custos e despesas e receitas entre os
municípios.
Receitas associadas à prestação do serviço de saneamento
Dentro do processo tarifário, no caso do reajuste anual tarifário, de acordo com a
Deliberação ARSESP 147/2010, que estabelece prazos e regras para o procedimento de
coleta de dados e informações, necessários ao cálculo e aplicação do reajuste tarifário
anual, identifica-se os requisitos de informações contábeis.
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Figura 3: Estrutura de receitas, despesas e investimentos para reajuste anual
Pela Deliberação ARSESP nº 184/2010, que dispõe sobre cálculo da Taxa de Regulação,
Controle e Fiscalização – TRCF, identifica-se ainda a necessidade de informações contábeis
regulatórias relativas à receita operacional bruta relativa ao último exercício encerrado, tal
como apurada nas demonstrações contábeis, deduzidos, nos termos da legislação
pertinente, os seguintes tributos:
(i) Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - ICMS;
(ii) Contribuição para o PIS/Pasep; e (iii) Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social – COFINS.
Finalmente, para poder controlar a receita da companhia é necessário separar os ingressos
regulados daqueles não regulados, além disso, deve-se contar com informação por
Município, por tipo de serviço e por tipo de usuário.
Uma estrutura de informação da receita da companhia que responde aos requerimentos
pode ser a seguinte:
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Figura 4: Estrutura da receita da companhia
Residencial
Industrial
Regulado
Residencial
Consolidado
Empresa Industrial
Produto 1 Atividad 1
Produto n Atividad n
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depreciados de acordo com a vida útil do bem.
Dessa forma, a solução encontrada foi um controle auxiliar com registro dos bens
relacionados à concessão e sua depreciação pela vida útil estabelecida pelo Regulador,
demonstrado por meio de um Balanço Regulatório e as eventuais diferenças entre o
Balanço Societário e o Regulatório sejam explicitadas e conciliadas pela concessionária.
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Fluxo de Informações baseadas em indicadores econômicos e financeiros;
Identificação dos bens doados à SABESP por terceiros ou municípios. Essa
exigência já consta da Deliberação ARSESP nº 156/2010.
Identificação de contas de receitas, despesas e bens concedidos por município.
Alteração da nomenclatura dos passivos de curto e longo prazo como Passivos
Circulante e não Circulante.
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4. CONCLUSÃO
Face ao exposto, e considerando as adequações explicitadas na seção anterior apresenta-
se a seguir o Manual de Contabilidade Regulatória para Empresas de Saneamento Básico,
reguladas pela ARSESP.
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MANUAL DE CONTABILIDADE REGULATÓRIA PARA EMPRESAS
DO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO REGULADAS PELA ARSESP
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CONTEÚDO
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6. PLANO DE CONTAS DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE COLETA E TRATAMENTO DE
ESGOTOS NO ESTADO DE SÃO PAULO............................................................................................... 53
6.1. ELENCO DE CONTAS ...................................................................................................... 53
6.1.1. Elenco de Contas Geral .................................................................................... 53
6.1.2. Elenco de Contas Imobilizado e obras em andamento ..................................... 58
6.1.3. Elenco de Contas de Despesas ........................................................................ 58
6.2. TÉCNICAS DE FUNCIONAMENTO ...................................................................................... 59
6.2.1. Ativo Circulante - Bens numerários .................................................................. 59
6.2.2. Ativo Circulante - Disponível.............................................................................. 61
6.2.3. Ativo Circulante - Títulos Vinculados Mercado Aberto ...................................... 62
6.2.4. Ativo Circulante - Outras Disponibilidades ........................................................ 63
6.2.5. Ativo Circulante - Estoques .............................................................................. 64
6.2.6. Ativo Circulante - Contas a Receber ................................................................. 65
6.2.7. Ativo Circulante - Outros Créditos a Receber ................................................... 67
6.2.8. Ativo Circulante - Valores e Bens ...................................................................... 69
6.2.9. Ativo Circulante - Despesas Diferidas Antecipadas .......................................... 70
6.2.10. Ativo Circulante - Investimentos Temporários ................................................ 71
6.2.11. Ativo Não Circulante - Ativos Não Onerosos .................................................. 72
6.2.12. Ativo Não Circulante - Outros realizáveis ....................................................... 73
6.2.13. Ativo Não Circulante - Imobilizado .................................................................. 74
6.2.14. Ativo Não Circulante - Imobilizado – Depreciação Acumulada ....................... 76
6.2.15. Ativo Não Circulante - Obras em Andamento ................................................. 77
6.2.16. Ativo Não Circulante - Investimentos .............................................................. 78
6.2.17. Ativo Não Circulante - Ativo Intangível ............................................................ 80
6.2.18. Ativo Não Circulante - Ativo Intangível – Amortização acumulada ................ 82
6.2.19. Ativo Não Circulante - Ativo Intangível - Novos Negócios ............................ 83
6.2.20. Ativo Não Circulante - Imobilizado em Negociação ....................................... 84
6.2.21. Passivo – Passivo Circulante – Contas à pagar.............................................. 85
6.2.22. Passivo – Passivo Circulante – Contas à pagar.............................................. 87
6.2.23. Passivo – Passivo Circulante – Contas à pagar.............................................. 88
6.2.24. Passivo – Passivo Circulante – Contas à pagar.............................................. 89
6.2.25. Passivo – Passivo Circulante – Contas à pagar.............................................. 90
6.2.26. Passivo – Passivo Circulante – Títulos a pagar .............................................. 91
6.2.27. Passivo – Passivo Circulante – Títulos a pagar .............................................. 92
6.2.28. Passivo – Passivo Circulante – Juros de Financiamento Vencidos ................ 93
6.2.29. Passivo – Passivo Circulante – Impostos e Contribuições Diferidos .............. 94
6.2.30. Passivo – Passivo Circulante – Juros e Encargos Vinculados a Empréstimos e
Financiamentos............................................................................................................ 95
6.2.31. Passivo – Passivo Circulante – Empréstimos e Financiamentos.................... 96
6.2.32. Passivo –Passivo Não Circulante - Outras Contas a pagar ............................ 97
6.2.33. Passivo –Passivo Não Circulante – Títulos a pagar........................................ 98
6.2.34. Passivo –Passivo Não Circulante – Créditos para Integralização de Aumento
de Capital ..................................................................................................................... 99
6.2.35. Passivo – Passivo Não Circulante – Financiamentos Obtidos ...................... 100
15
6.2.36. Passivo – Passivo Não Circulante – Custos com Provisões ......................... 102
6.2.37. Passivo – Passivo Não Circulante – Doações .............................................. 104
6.2.38. Capital Social ................................................................................................. 105
6.2.39. Reservas de Capital ...................................................................................... 107
6.2.40. Reserva de Reavaliação ................................................................................ 108
6.2.41. Reservas de Lucros ....................................................................................... 109
6.2.42. Lucros ou Prejuízos Acumulados ................................................................. 111
6.2.43. Custos de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário ....
......................................................................................................................... 113
6.2.44. Despesas Comerciais .................................................................................... 115
6.2.45. Custos e Despesas Administrativas .............................................................. 116
6.2.46. Despesas Capitalizáveis ................................................................................ 117
6.2.47. Despesas financeiras e fiscais ...................................................................... 118
6.2.48. Despesas de Atividades Não Reguladas ...................................................... 120
6.2.49. Receitas Diretas de Serviços de Abastecimento de Água ............................ 121
6.2.50. Receitas Indiretas de Serviços de Abastecimento de Água.......................... 122
6.2.51. Receitas Diretas de Serviços de Esgotamento Sanitário .............................. 123
6.2.52. Receitas Indiretas de Serviços de Esgotamento Sanitário ........................... 124
6.2.53. Receitas de Construção de Serviços de Abastecimento de Água ................ 125
6.2.54. Receitas de Construção de Serviços de Esgotamento Sanitário .................. 126
6.2.55. Receitas Financeiras ..................................................................................... 127
6.2.56. Outras Receitas ............................................................................................. 128
6.2.57. Receita sobre Serviços não regulados .......................................................... 129
7. TAXAS DE DEPRECIAÇÃO ........................................................................................................ 130
8. MANUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS, ECONÔMICO -
FINANCEIRAS E SOCIAIS ................................................................................................................. 131
8.1. ORIENTAÇÕES GERAIS ................................................................................................. 131
8.1.1. Introdução ........................................................................................................ 131
8.1.2. Relatórios/Demonstrações Gerais ................................................................. 136
8.2. MODELOS DE RELATÓRIOS REGULATÓRIOS ................................................................... 139
8.3. PERIODICIDADE DOS RELATÓRIOS ................................................................................. 140
9. INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO ....................................................... 141
9.1. TABELA DE INDICADORES.............................................................................................. 141
9.1.1. Indicadores de Liquidez ................................................................................... 141
9.1.2. Indicadores de Endividamento ........................................................................ 141
9.1.3. Indicadores de Margem e Retorno .................................................................. 142
9.1.4. Indicadores do Imobilizado .............................................................................. 142
9.2. DEFINIÇÃO DOS INDICADORES....................................................................................... 142
9.3. DEFINIÇÃO DAS SIGLAS E ABREVIATURAS ...................................................................... 143
9.4. INDICADORES E CONTAS CONTÁBEIS............................................................................. 144
10. BIBLIOGRAFIA, MATERIAL PESQUISADO, LEGISLAÇÃO CONSULTADA E FONTES DE REFERÊNCIA . 145
11. GLOSSÁRIO ............................................................................................................................ 147
16
ANEXOS
17
PREFÁCIO
ATUAÇÃO
18
1. INTRODUÇÃO
19
padronizar o plano de contas;
fixar as tarifas e proceder a seu reajuste e revisão;
acessar os dados relativos à administração, à contabilidade e aos recursos técnicos,
econômicos e financeiros;
estimular a constante melhoria da qualidade, produtividade e eficiência;
verificar o cumprimento das metas e dos planos de saneamento.
O Contrato de Prestação de Serviços da SABESP também prevê expressamente a
possibilidade da edição, por parte da ARSESP, de regras de contabilidade regulatória bem
como estabelece as premissas que envolvem o processo de revisão tarifária, dentre eles,
questões como distribuição de ganhos de produtividade, incorporação parcial de outras
receitas e subsídios. Neste caso em especial, é atribuição do regulador instituir regras e
critérios que viabilizem não apenas a identificação e o controle da alocação dos recursos
auferidos pela prestação dos serviços, mas também a prática de subsídios e demais
informações relevantes.
Como visto, o papel da agência reguladora está relacionado, dentre outros pontos, com a
edição de normas regulamentares e a implementação de mecanismos eficazes para a
verificação dos custos, índices de eficiência, cumprimento de metas dos prestadores.
Neste contexto, a contabilidade regulatória se torna uma ferramenta de grande importância.
Deverá estar de acordo com as normas legais e regulamentares, de modo a viabilizar a
aferição exata do regulador e a devida fiscalização dos serviços.
A possibilidade de regulamentação do aspecto contábil pela agência reguladora encontra
respaldo na Lei 11.445/2007, no art. 23, em especial no inciso VIII, que trata do “plano de
contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação”, bem como nos artigos 12 e 18
que estabelecem a definição, pela agência reguladora, de sistema contábil específico para
adequada apuração dos custos. Ainda, no caso específico do Município de São Paulo, tanto
o Acordo entre Estado e Município como o Contrato de Prestação de Serviços da SABESP
possibilitam que o regulador padronize o plano de contas da empresa e considere na
revisão tarifária aspectos como ganhos de produtividade e subsídios.
As informações solicitadas pela agência reguladora podem ter uma abrangência ampla
considerando atribuições como supervisionar a qualidade dos serviços, induzir a eficiência
operacional e garantir ao mesmo tempo equilíbrio econômico-financeiro do contrato e tarifas
módicas para o consumidor.
Por fim, no âmbito da regulação econômico-financeiro, a implementação da contabilidade
regulatória permite identificar adequadamente os custos da prestação dos serviços. A
segregação adequada das contas é necessária, por exemplo, na situação em que uma
única empresa opera em áreas de concessão distintas podendo determinadas atividades,
como a captação de água e tratamento de esgoto, ser compartilhadas entre vários agentes.
Diante disso, a ARSESP identificou a necessidade de proceder à uma formulação do Plano
de Contas Regulatório, considerando o Plano de Contas atualmente utilizado pela SABESP
e os seguintes fatores principais:
(a) Necessidades de aprimoramento das instruções gerais, de inclusão e exclusão
de contas e de aspectos relacionados à funcionalidade do Plano;
(b) Mudanças ocorridas na legislação aplicável ao setor de saneamento e à nova
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realidade econômica do País, considerando-se, inclusive, o processo de
privatização;
(c) As novas características do setor de saneamento, que passa por um processo
de reformulação tarifária, havendo necessidade de segregação das atividades
pelos segmentos de água, esgoto e por regiões de concessões distintas;
(d) A necessidade de destacar claramente os dados e informações referentes ao
desempenho da concessão e permissão, segregando-os adequadamente
daqueles relativos a outras atividades das concessionárias e permissionárias;
(e) A necessidade de adaptação de alguns procedimentos contábeis e de
divulgação das concessionárias e permissionárias aos padrões internacionais,
nos aspectos em que não ocorram conflitos em relação à legislação societária
brasileira;
(f) A necessidade de divulgação de informações adicionais relacionadas às
atividades das concessionárias e permissionárias, considerando-se suas
características de prestadoras de serviço público, os aspectos de natureza social
e os interesses dos diversos tipos de usuários (órgãos reguladores, acionistas,
investidores, analistas, funcionários, consumidores, instituições financeiras,
credores e público em geral).
Dessa forma, instituiu-se um documento denominado "Manual de Contabilidade Regulatória
do Serviço Público de Saneamento no Estado de São Paulo". Este Manual contempla o
Plano de Contas do Setor de Saneamento, objetivos, instruções gerais, instruções
contábeis, instruções de divulgação de dados e informações contábeis, financeiras,
administrativas e de responsabilidade social entre outras.
Nesse contexto, este Manual foi elaborado com a finalidade de fornecer ao Regulador as
informações referentes às atividades reguladas no Estado de São Paulo. Pelo fato de referir-
se às atividades reguladas, o mesmo fornece informações mais específicas do que as
geralmente exigidas por lei.
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Detectar comportamento anticompetitivo, como subsídios cruzados entre atividades
ou outras ações semelhantes;
Monitorar o desempenho através de análises comparativas;
Analisar a situação financeira da empresa submetida à regulamentação; e
Melhorar a transparência do processo regulamentar.
22
2.2. APLICABILIDADE
As normas contidas neste Manual deverão ser obrigatoriamente aplicadas para o exercício
contábil que se inicia em 1º de janeiro de 2014 devendo constar nas Demonstrações
Contábeis regulatórias relativas ao exercício de 2014, Nota Explicativa de Evento
Subseqüente, informando sobre a aplicação do novo Plano de Contas e demais
procedimentos instituídos pela ARSESP, com a seguinte redação:
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo estabeleceu as
normas e procedimentos para o Setor de Saneamento instituindo um documento
denominado de Manual de Contabilidade Regulatória do Serviço Público de Saneamento
contendo o Plano de Contas, instruções contábeis e roteiro para divulgação de informações
econômicas e financeiras resultando em importantes alterações nas práticas contábeis
regulatórias e de divulgação, até então aplicáveis, às empresas prestadoras dos serviços de
abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos no Estado de São Paulo,
reguladas pela ARSESP. As normas contidas no referido Manual são de aplicação
compulsória a partir de 1º de janeiro de 2014.
Para efeito de comparabilidade das informações contábeis do exercício de 2014 com aquela
do exercício de 2013, estas deverão ser reclassificadas, onde for necessário, considerando
as disposições contidas neste Manual.
Na elaboração do Manual, além das disposições contidas na Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976 e suas alterações, foram também consideradas as disposições e
normas, julgadas aplicáveis, emanadas dos seguintes órgãos e entidades:
(a) Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo -
ARSESP;
(b) Conselho Federal de Contabilidade - CFC;
(c) Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON;
(d) Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC;
(e) Comissão de Valores Mobiliários - CVM; e
(f) Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting
Standards Committee - IASC).
(*) As normas contidas neste Manual serão aplicadas a partir da data a ser definida entre a
Agência Reguladora e a empresa prestadora do serviço.
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contribuindo para a avaliação do equilíbrio econômico-financeiro da concessão
atribuída pelo Poder Concedente;
(c) Permitir a elaboração das Demonstrações Contábeis e correspondentes Notas
Explicativas, do Relatório da Administração e das informações complementares
que necessitem de divulgação para atendimento de dispositivos da legislação
societária brasileira, da legislação aplicável às companhias abertas, da
legislação aplicável ao Setor de Saneamento e para atendimento das
necessidades de investidores, acionistas, instituições financeiras, credores,
usuários, órgãos reguladores e público em geral;
(d) Permitir maior integração entre os sistemas de fiscalização e acompanhamento
da ARSESP e os sistemas contábeis da empresa prestadora do serviço de
saneamento;
(e) Conferir maior transparência aos resultados alcançados pelo Serviço de
Saneamento;
(f) Contribuir para a avaliação da análise do equilíbrio econômico-financeiro
empresa prestadora do serviço de saneamento;
(g) Criação de contas contábeis específicas segregando as atividades de Água e
Esgoto; e
(h) Segregar os custos e investimentos por tipo de serviço e por municípios.
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Tabela 1 - Práticas Contábeis
DESCRIÇÃO DO ITEM CVM LEI DAS S/A CFC SRF IAS
Resolução 1283/2010 -
Disponível Art.179
NBC T 04
Resolução 1196/2009 -
Aplicações Financeiras Instrução 235/95 ; Deliberação 566/2008 Art 179 e 183 IAS 32 e 39
NBC TG 38
Provisão para Créditos de Liquidação Ofício Circular PTE N° 578/85 e Parecer de Resolução 1283/2010 -
Art 183 RIR/99 art 340 e 341
Duvidosa – PCLD Orientação 21/90 NBC T 04
Provisões e Contingências Ofício Circular SEP 01/06 ; Deliberação 594/2009 Art 195 NBC T 11.15 RIR/99 art 335 a 339 IAS 37
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no Estado de São Paulo – Relatório 5 25
DESCRIÇÃO DO ITEM CVM LEI DAS S/A CFC SRF IAS
Resolução 1297/201 -
Empresas Coligadas e Controladas Deliberação 605/2009 Art. 157 IAS 28
NBC TG 05
Resolução 1152/2009 -
Fusão, Cisão e Incorporação Deliberação 580/2009 Art. 223
NBC T 9
Ofício Circular CVM/SNC/SEP 01/2007; Resolução 1176/2009 -
Relatórios por segmento IFRS 08
Deliberação 582/2009 NBC TG 22
Legenda:
Em acordo
Sem Pronunciamento ou Não Aplicável
Fontes de Consulta:
Conselho Federal de Contabilidade – CFC www.cfc.org.br
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON www.ibracon.com.br
Comissão de Valores Mobiliários – CVM www.cvm.gov.br
Lei das S.A (Lei no. 6.404/76) www.presidencia.gov.br
Secretaria da Receita Federal – SRF www.receira.fazenda.gov.br
Internacional Accounting Standards – IAS www.iasb.org.uk
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no Estado de São Paulo – Relatório 5 26
5. DIRETRIZES E INSTRUÇÕES GERAIS E CONTÁBEIS
5.1. DIRETRIZES GERAIS E CONTÁBEIS
Sistema: 1. Ativo
Grupo do sistema: 1.1. Circulante
Subgrupo do sistema: 1.1.1 Disponível
1.1.1.1 Bens Numerários
1.1.2.1 Estoques
1.1.2.2 Direitos realizáveis à Curto Prazo
1.1.2.3 Outros Créditos a receber
1.1.2.4 Valores e Bens
1.1.2.5 Despesas Diferidas Antecipadas
1.1.2.6 Investimentos Temporários
2 Passivo
2.1 Passivo Circulante
2.1.1 Contas a Pagar
2.1.2 Títulos a Pagar
2.1.3 Custos com Provisões
2.1.4 Juros de Financiamentos Vencidos
2.1.5 Impostos e Contribuições Diferidas
2.1.6 Juros e Encargos vinc. a Empréstimos e
Financiamentos
Sistema: 3 Despesas
Grupo do sistema: 3.1 Despesa de Operação e Manutenção
Subgrupo do sistema: 3.1.1 Sistemas de Abastecimento de Água
3.1.2 Sistemas de Esgoto
3.1.3 Geral Água e Esgoto
3.1.4 Gestão Ambiental
3.2 Comercial
3.2.1 Gestão Comercial
4 Contas de Receitas
4.1 Receitas Operacionais
4.1.1 Receitas Serviço de Abastecimento de Água
4.1.2 Receitas Serviço de Esgoto
4.1.3 Receita de Construção – Água
4.1.4 Receita de Construção – Esgoto
No plano de contas integrante deste Manual, a estrutura de cada conta é composta por
uma parte numérica (código) e outra alfabética (título), não devendo ser alterada. A parte
numérica é estruturada por um conjunto de até 24 dígitos, como segue:
X X X X X X XXXXXXXX XXX XXX XXXX
Subgrupo do Sistema
Grupo do Sistema
Sistema
A conta de 1o grau ou conta, no seu conjunto, formará o razão geral ou razão sintético.
As contas de 2o, 3o e 4o graus ou subcontas, nos seus respectivos conjuntos, formarão o
razão auxiliar ou razão analítico.
Para os grupos de contas de receitas e ativos relacionados aos bens concedidos a
codificação contábil descrita no elenco de contas deste Manual identifica a partir do
décimo quinto ao vigésimo dígito a segregação por unidade de negócio e município. No
caso do grupo de contas de despesas se incorpora, ademais, o conceito de centro de
custos. As empresas deverão seguir essa codificação.
O título derivado de aplicação financeira será contabilizado na conta adequada pelo custo de
aquisição, e não pelo valor nominal, ou outro qualquer valor. O custo de aquisição incluirá o
valor pago pelo título, mais a corretagem, emolumentos etc., porventura incidentes sobre o
negócio. Entretanto, encargos financeiros que venham a incidir na aquisição a prazo não
integrarão o custo do título, devendo ser debitados nas contas de despesas financeiras
adequadas, no Subgrupo (-) Despesa Financeira.
Ao final de cada trimestre o montante representativo de eventual desvalorização do título em
Com base em análise criteriosa, considerando os parâmetros a seguir descritos, deverá ser
constituída provisão para fazer face à eventuais créditos de liquidação duvidosa: análise
individual do saldo de cada devedor, ou conjunto de devedores, de forma que se obtenha
um julgamento adequado dos créditos considerados de difícil recebimento;
(a) experiência da administração da concessionária em relação às perdas efetivas
com devedor ou considerar o histórico de perdas, tendo como parâmetro pelo
menos os dois últimos anos;
(b) existência de garantias reais;
(c) análise das contas vencidas e a vencer de devedores que tenham renegociado
seus débitos;
(d) análise dos devedores em situação de concordata e/ou falência.
Os parâmetros acima deverão ser considerados para os casos de clientes com débitos
relevantes e, para os demais casos, sugerimos incluir na provisão os valores totais dos
créditos vencidos há mais de 90 dias.
Na existência de saldos a receber de empresas controladoras, controladas e coligadas e
ligadas, que estejam vencidos há mais de 360 dias e que, após a análise mencionada, seja
julgada adequada a não constituição de provisão, o saldo deverá ser reclassificado para o
ativo não circulante. Nesse caso deverão ser mencionadas em nota explicativa às
demonstrações contábeis as ações e providências que estão sendo tomadas pela
administração da concessionária e a data prevista para realização desses créditos.
Para fins de contabilização dos créditos fiscais, serão adotados conceitos, critérios,
definições, premissas e procedimentos contábeis e de divulgação preconizados pelo
pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON e também
aprovados pela Deliberação n0 273, de 20 de agosto de 1998, da Comissão de Valores
Mobiliários - CVM ou outro instrumento que vier a alterá-los ou substituí-los.
Especificamente para os créditos fiscais, as provisões serão constituídas nos casos em que
sua recuperação futura seja efetivamente garantida. As provisões ativas para créditos
fiscais podem ser constituídas sobre as seguintes bases:
Diferenças temporárias ocorridas na base de cálculo dos tributos devidos; e Prejuízos fiscais
e base negativa de cálculo da Contribuição Social.
As garantias de recuperação futura a serem consideradas para a constituição de créditos
fiscais são, principalmente, as seguintes:
5.3.5. ESTOQUES
A saída de materiais e insumos será contabilizada na subconta - Estoque, pelo preço médio,
devendo ser mantidos controles dos saldos, de tal forma que permitam essa mensuração.
A devolução de peças de reposição e de insumos e de material ao estoque, eventualmente
requisitado em excesso, será contabilizada a crédito da conta debitada por ocasião da
requisição. A devolução a débito das subcontas – Estoque será feita pelo preço da saída do
estoque à data da devolução. Na inexistência de preço médio na data, será adotado o da
última saída. No caso de tratar-se de material adquirido para aplicação direta, o valor será o
último apurado.
Entende-se, também, como requisitado em excesso, o material devolvido cuja aplicação
direta estava prevista, desde que o crédito tenha sido efetuado as subcontas - Estoque -
Compras em Curso e - Imobilizado em Curso - Compras em Andamento, por ocasião da
entrega. A devolução de materiais requisitados no próprio exercício será contabilizada a
crédito da conta debitada por ocasião da requisição.
Os estoques, inclusive no caso das Imobilizações em andamento/ obras em andamento,
deverão ser inventariados físico e financeiramente, para fins do Balanço Patrimonial, sem
prejuízo de outros inventários durante o mesmo exercício. A critério da concessionária, o
inventário poderá ser realizado com a adoção de procedimentos de contagens rotativas,
desde que possibilitem a contagem de todos os itens relevantes ao menos uma vez no
exercício.
O mês calendário será tomado como base, no regime de competência, para a amortização
contábil de despesa paga antecipadamente. Assim, por exemplo, o prêmio de seguro por 01
(um) ano que foi quitado antecipadamente será amortizado em 12 (doze) meses
consecutivos, à razão de um doze avos, a partir do mês em que tiver início a cobertura do
risco. A despesa referente à emissão da apólice e respectivos tributos, bem como qualquer
5.3.7. INVESTIMENTOS
5.3.8. IMOBILIZADO
A Lei 6.404/76, mediante seu artigo 179, item IV, conceitua como contas a serem
classificadas no ativo imobilizado:
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.
O registro dos bens concedidos, objeto de concessão, está definido na contabilidade
regulatória de forma a atender a Deliberação ARSESP 156/2010. Dessa forma, os ativos
relativos à concessão para o balanço regulatório, estarão registrados no Ativo Imobilizado.
O ativo imobilizado, objeto desta instrução, compreende ainda os ativos tangíveis que:
(a) são mantidos por uma entidade para uso na produção ou na comercialização de
seus serviços, ou para finalidades administrativas;
(b) têm a expectativa de serem utilizados por mais de doze meses;
(c) haja a expectativa de auferir benefícios econômicos em decorrência da sua
utilização; e
(d) possa o custo do ativo ser mensurado com segurança.
Peças maiores e equipamentos sobressalentes devem ser classificados como ativo
imobilizado quando a entidade espera usá-los durante mais de 12 meses. Peças
separadas e equipamentos de manutenção que podem ser usados somente em um
determinado item do ativo imobilizado devem ser registrados como imobilizado.
As peças de reposição e equipamentos de manutenção não-enquadrados no parágrafo
5.3.11. FORNECEDORES
5.3.12. DEBÊNTURES
Com a prévia anuência dos Órgãos Reguladores, e atendidos todos os requisitos normativos
e legais exigidos para efetuar operações dessa natureza, a concessionária poderá emitir
debêntures que conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições
constantes da escritura de emissão e do certificado.
No caso de mais de uma emissão de debêntures, cada emissão deverá ser dividida em
séries. As debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão a seus titulares
os mesmos direitos.
Pela sua própria característica, as debêntures deverão ser liquidadas quando de seu
vencimento, podendo a concessionária emitente reservar-se o direito de resgate antecipado.
De acordo com a nova redação do art. 195-A, da Lei nº 6.404/76, em razão do advento da
Lei nº 11.638/07, a reserva de incentivos fiscais será constituída pela parcela do lucro líquido
decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser
excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.
A reserva de lucros a realizar deve ser constituída/realizada com base nos parâmetros
definidos pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM - cujos aspectos julgados pertinentes
de serem reproduzidos nesta instrução encontram-se abaixo descritos:
Finalidade
A constituição da Reserva de Lucros a Realizar tem por finalidade postergar o pagamento
do dividendo obrigatório (art. 202, Lei nº 6.404/76) até o exercício em que os lucros a
realizar, que deram origem à reserva, sejam "financeiramente" realizados, compatibilizando,
desta forma, a disponibilidade financeira da companhia com a proposição de pagamento dos
dividendos.
Constituição
5.3.21. CONSÓRCIOS
A concessionária que participa de consórcios e que não tenha sido constituída empresa
com característica jurídica independente (exemplo: sociedade por ações ou por quota de
responsabilidade limitada, nos termos da legislação específica) para administrar o objeto da
concessão, deverá apurar e proceder aos registros contábeis de acordo com as disposições
a seguir:
(a) Empreendimento controlado em conjunto - Ativos de propriedade individualizada:
Nessa condição a operação envolve o uso dos ativos e outros recursos dos
participantes, ou seja, cada participante usa o seu próprio ativo imobilizado,
mantém seus próprios estoques, incorre em suas próprias despesas e passivos.
As atividades são desempenhadas pelos funcionários do participante.
Para a concessionária, que participa do consórcio constituído nessa condição,
os respectivos bens de sua propriedade deverão ser registrados em consonância
com as normas constantes deste relatório, ou seja, observados todos os
preceitos de unitização e respectivos controles. O mesmo procedimento deve
ser adotado no que se refere a direitos e obrigações assumidos.
Assim sendo, todos os gastos, despesas e receitas incorridas ou auferidas pela
participante serão registrados nos livros pelos valores incorridos ou auferidos
diretamente pela própria concessionária. Como exemplo, citamos o caso da
depreciação dos respectivos bens, que deverá ser determinada com base nas
taxas estabelecidas pela ARSESP, aplicáveis aos bens de sua propriedade,
nesse caso identificáveis, devidamente registrados em seus livros contábeis.
Assim não haverá a necessidade de se proceder qualquer ajuste nas contas
patrimoniais ou de resultado, para que as mesmas reflitam a participação da
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no
Estado de São Paulo – Relatório 5 44
concessionária nas respectivas operações, uma vez que todos os gastos e
despesas, assim como as receitas, já foram devidamente registradas.
(b) Empreendimento e ativos controlados em conjunto - Ativos de propriedade
compartilhada:
Essa condição se caracteriza pela propriedade conjunta dos participantes de
alguns ativos ou daqueles representativos do ativo total, contribuídos (recursos
financeiros para financiar as operações) ou adquiridos (bens integrantes do
imobilizado ou estoque) para serem utilizados na atividade objeto da concessão.
Ocorre ainda que cada participante arca com uma parte das despesas
incorridas. Nesse caso, cada participante deverá manter o controle mensal da
parcela equivalente à sua participação correspondente a todos os bens, direitos
e obrigações controlados em conjunto.
Para definição dos respectivos valores representativos dessa parcela, o líder do
consórcio deverá elaborar o controle mensal de todas as operações realizadas
que representem o objeto da concessão e elaborar demonstrações contábeis
específicas para suportar as apurações e respectivos registros contábeis pelos
participantes. Para essa finalidade deverão ser obedecidas todas as normas
inseridas neste relatório.
Como exemplo de registro, citamos o caso dos bens integrantes do imobilizado.
Após a determinação do saldo total dos bens, considerando todos os aspectos
de unitização e controles, deverão ser observados pelo líder do consórcio,
quando do processamento das informações e demonstrações mencionadas
acima, a concessionária irá identificar sua quota-parte no empreendimento e
registrá-la na subconta - Quota-parte - Participação em consórcio.
A respectiva depreciação, assim como todos os gastos e despesas incorridos,
receitas auferidas, direitos e obrigações, será determinada da mesma forma, ou
seja, com base nas informações elaboradas pelo líder do consórcio, mediante
aplicação da parcela correspondente à sua participação no empreendimento.
(c) Poderão ainda ocorrer situações em que haja combinações das circunstâncias
mencionadas nos itens (a) e (b) desta instrução, devendo, nesse caso, ser
identificada cada situação isoladamente e aplicados os procedimentos distintos
aqui previstos, ou seja, para os bens identificáveis de propriedade de cada
participante, assim como as despesas/gastos a eles inerentes, deverão ser
observadas as disposições descritas no item (a), sendo para os demais casos,
identificados no item (b), apropriados e registrados pela concessionária,
mediante a aplicação sobre o saldo das contas, apurados como antes
mencionado, da respectiva parcela de participação no empreendimento.
O embasamento do Órgão Regulador quanto às disposições aqui contidas,
especificamente de natureza contábil, direcionadas a não confrontar com as
disposições contidas na legislação societária, é, substancialmente, amparado no
entendimento de que, em geral, o consórcio não se constitui em personalidade
jurídica, mesmo estando inscrito no registro do Código Nacional de Pessoa
Jurídica - CNPJ e que, portanto, apesar de o contrato de constituição do
consórcio incluir cláusula que prevê e caracteriza a condição de ativos
controlados em conjunto, não há, e não poderia haver, a transferência de
propriedade de um bem para uma personalidade jurídica não reconhecida pela
legislação societária (Lei no. 6.404/76), artigos 278 e 279, transcritos a seguir:
"Artigo 278. As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo
controle ou não, podem constituir consórcio para executar determinado
Os juros sobre capital próprio devem ser contabilizados com base nos parâmetros definidos
pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM cujos aspectos julgados pertinentes de serem
reproduzidos neste relatório encontram-se abaixo descritos.
I Os juros pagos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio, na forma do
artigo 9º da Lei nº 9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros
Acumulados, sem afetar o resultado do exercício.
II Os juros recebidos, a título de remuneração do capital próprio, devem ser contabilizados
da seguinte forma:
a. como crédito da conta de investimentos, quando avaliados pelo método da
equivalência patrimonial e desde que os juros sobre o capital próprio estejam ainda
integrando o patrimônio líquido da empresa investida ou nos casos em que os juros
recebidos já estiverem compreendidos no valor pago pela aquisição do investimento;
e
b. como receita, nos demais casos.
III Os juros sobre o capital próprio que forem utilizados para aumento de capital ou para
manutenção em reserva, na forma do parágrafo 9º do artigo 9º da Lei nº 9.249, deverão
Modelo de Custeio
O objetivo principal é a identificação dos custos da empresa que permita a análise dos custos
na prestação dos serviços de saneamento básico, possibilitando apurações mais precisas do
custo e desempenho dos bens ou serviços.
A adoção desta abordagem visa ainda refinar e melhorar significativamente a qualidade e o
nível de detalhes das informações sobre formação do custo de prestação de serviços de
“Água” ou “Esgoto”, e a alocação dos custos envolvidos nas operações.
De acordo com o artigo 18 da Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007 que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico, “Os prestadores que atuarem em mais de um município
ou que prestem serviços públicos de saneamento básico diferentes em um mesmo município
manterão sistema contábil que permita registrar e demonstrar, separadamente, os custo e
receitas de cada serviço em cada um dos municípios atendidos e, se for o caso, no Distrito
Federal.”
Dimensões de custos
O modelo contábil deve refletir duas dimensões, inerentes ao setor de saneamento:
Serviços prestados (água ou esgoto); e
Localidade (município).
Para que o detalhamento destas duas dimensões fossem contempladas no elenco de
contas, para cada conta contábil deve existir subcontas para todos os municípios.
O plano de contas proposto apresenta a segregação entre serviços para cada município e
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no
Estado de São Paulo – Relatório 5 50
detalha as apropriações contábeis dos custos de operação para os serviços de água e
esgoto.
Para isso o plano de contas incorpora a apropriação de custos por centro de custo. Os
centros de custos têm relação com as atividades operativas dos serviços nos municípios e
os custos de suporte a produção e os custos de suporte a organização.
Assim teremos um plano de contas, que alinhado a estrutura de centros de custos,
forneceria um nível de informação suficiente ao órgão regulador.
Classificação das atividades
As atividades propostas estão identificadas pelo prefixo de cinco dígitos e representam as
atividades dos serviços prestados, serviços administrativos e comerciais. O prefixo está
representado pelos primeiros cinco dígitos da estrutura do plano de contas.
Prefixo Descrição
30000 Despesas
31000 Despesas de operação e manutenção
31100 Sistemas de abastecimento de água
31110 Produção
31111 Captação
31112 Adução
31113 Tratamento (operação)
31114 Tratamento (manutenção)
31120 Distribuição
31121 Subadução
31122 Reservação
31123 Redes
31200 Sistemas de Esgotos
31210 Esgoto Sanitário
31211 Coleta
31212 Tratamento
31213 Lançamento Final
31220 Esgoto Industrial
31300 Geral de Água e Esgotos
31400 Gestão ambiental
32000 Despesas comerciais
32100 Gestão Comercial
33000 Custos e Despesas administrativas
33100 Administração da Operação
33200 Administração Central
34000 Despesas capitalizáveis
34100 Administração de Obras
36000 Despesas financeiras e fiscais
37000 Despesas de atividades não reguladas
Sistema: 1 - Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 - Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.1 - Disponível
Grupo de Conta: 1.1.1.1 – Bens Numerários
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela constituição do fundo de caixa, lançando-se no subgrupo 1.1.1.1.1 - Caixa; em
contrapartida a crédito do subgrupo 1.1.1.2.1.1 - Bancos Conta Movimento;
- pela reposição do fundo de caixa; lançando-se no subgrupo 1.1.1.1.1 - Caixa; em
contrapartida a crédito do subgrupo 1.1.1.2.1.1 - Bancos Conta Movimento;
- pela variação cambial ativa de valores em moeda estrangeira;
- pela transferência de numerários em trânsito, lançando-se a crédito no subgrupo
1.1.1.2.1.1 - Bancos Conta Movimento;
- pela entrada de outros recursos financeiros não discriminados acima.
Credita-se:
- pela diminuição ou extinção do fundo de caixa;
- pela utilização do numerário do fundo de caixa;
- pela utilização dos recursos conforme autorização da concessionária;
- pela entrega de moeda estrangeira para ser utilizada por terceiros no exterior; e pela
variação cambial passiva de valores em moeda estrangeira;
- pela emissão do cheque ou autorização, lançando-se em contrapartida no subgrupo
1.1.1.2.1.1 - Bancos Conta Movimento;
Nota
1. Os depósitos nas contas bancárias à vista deverão ser efetuados dentro de dois (02) dias
úteis, no máximo, contados da data do recebimento do respectivo numerário.
2. Os registros pertinentes às compras e às vendas de moedas estrangeiras deverão ser
efetuados com base nas taxas oficiais de câmbio, vigentes nas datas da compra e venda,
respectivamente.
3. A contabilização da variação cambial dos saldos em moeda estrangeira deverá ser feita
baseada nas taxas de câmbio vigentes para a compra, pelos bancos (no caso, venda
para a concessionária).
4. O subgrupo Bancos Conta Movimento deverá ser controlada por banco (e por conta
bancária, no caso de existir mais de uma conta-corrente no mesmo banco), por meio de
registro suplementar.
5. Os lançamentos nas contas bancárias, efetuados pelos próprios bancos depositários e
referentes à cobrança de créditos da concessionária e a pagamentos efetuados ou
despesas debitadas, por sua conta e ordem, corresponderão, respectivamente, a
depósitos e saques nas contas apropriadas.
6. O subgrupo 1.1.01.01.01 - Caixa deverá ser controlado, por meio de registro
suplementar.
7. O sistema de fundo de caixa deverá ser utilizado dentro de normas preestabelecidas
formalmente pela concessionária, nas quais constará que a reposição do numerário
utilizado deverá ser feita, obrigatoriamente, até o final de cada mês, e suas prestações de
conta com a maior freqüência possível.
8. A concessionária, a seu critério, controlará as transferências do numerário em trânsito
por meio de registro suplementar.
9. As transferências internas, inclusive as de fundos bancários, para estabelecimentos
localizados a curta distância e que disponham de meios de transporte e comunicação
rápidos e eficientes, poderão, a critério da concessionária, não transitar por essa conta.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.1 – Disponível
Grupo de Conta: 1.1.1.2 – Depósitos Bancários
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela constituição ou pela sua reposição; e
- pela movimentação de outros recursos financeiros não discriminado acima
Credita-se:
- pela diminuição ou extinção;
- pela utilização do numerário disponível em depósitos;
- pela utilização dos recursos conforme autorização da concessionária.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.1 – Disponível
Grupo de Conta: 1.1.1.3 – Títulos Vinculados Mercado Aberto
Função
Destina-se à contabilização das aplicações de capital em títulos ou valores mobiliários e
aplicações financeiras de curto prazo e de liquidez imediata.
Terá saldo sempre devedor, o qual indicará o total das aplicações supracitado, acrescido dos
rendimentos auferidos, pró-rata-temporis, até o final do período contábil.
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela aplicação do numerário; e
- pelo rendimento da aplicação (juros e atualização), quando este se incorporar ao valor
da aplicação, lançando-se em contrapartida a crédito da subconta adequada, no Grupo
de Conta Receitas Financeiras.
Credita-se:
- pelo resgate do numerário aplicado ou pela liquidação da operação; e
- pelo resgate de outras maneiras não discriminada e autorizado pela concessionária.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.1 – Disponível
Grupo de Conta: 1.1.1.9 – Outras Disponibilidades
Função
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 Outros realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.1 Estoques
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela aquisição de ferramentas não classificáveis no Ativo Imobilizado;
- pela aquisição de materiais técnicos e de tratamento;
- pela aquisição de materiais administrativos (ex: material de expediente);
- pelo adiantamento a fornecedores de mercadorias que serão classificadas no grupo
Estoque;
- pelas devoluções;
- pela reversão da Provisão para Perdas em Estoque; e
- pela reversão da Provisão para Ajuste a Valor de Mercado.
Credita-se:
- pelo consumo de materiais técnicos e de tratamento;
- pelo consumo de materiais administrativos;
- pela constituição da Provisão para Perdas em Estoque; e
- pela constituição da Provisão para Ajuste a Valor de Mercado.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 – Outros Realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.2 – Direitos Realizáveis à Curto Prazo
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos valores a receber derivados de faturamento e parcelamento de serviços diretos
residencial, comercial e industrial.
- pelos valores a receber derivados de faturamento e parcelamento de serviços diretos
públicos, nas três esferas (Federal, Estadual e Municipal);
- pelos valores referentes a provisões de receitas a faturar; e
- pelos valores a receber derivados de faturamento e parcelamento de serviços indiretos.
Credita-se:
- pelo recebimento do numerário correspondente;
- pela identificação dos clientes responsáveis por depósitos antes considerados “não
identificados”; e
- pelo valor de descontos bancários sobre o contas a receber.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 – Outros Realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.3 – Outros Créditos a receber
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelo adiantamento a fornecedores e prestadores de serviços;
- pelos créditos de empregados como ressarcimentos diversos e repasse a plano de
saúde;
- por adiantamentos de salário, férias e 13º salário e outros adiantamentos aos
funcionários;
- por adiantamentos pelas custas;
- pelos outros valores que não se identificam nas situações acima e que são considerados
outros créditos à receber.
Credita-se:
- pelo acerto de contas dos funcionários;
- pela devolução total ou parcial dos adiantamentos aos fornecedores;
- pela entrega do produto ou serviço adquirido;
- pela compensação de tributos municipais, estaduais e federais;
- pela prestação de contas da viagem do funcionário;
- pela compensação dos créditos de tributos não-cumulativos com os respectivos débitos;
e
- pelo recebimento do fato que gerou o adiantamento.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 – Outros Realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.4 – Valores e Bens
Função
Destina-se à acumular os valores de curto prazo, efetuadas pela Companhia, em seu nome,
por força de disposições contratuais, tais como, depósitos especiais, títulos e valores
mobiliários, depósitos compulsórios, depósitos a liberar,etc.
Terá saldo sempre devedor, o qual indicará o total das contas supracitadas bem como o total
que poderá ser compensado e/ou descontado com os tributos devidos, quando de suas
apurações.
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos valores de depósitos especiais;
- pelos valores de depósitos compulsórios;
- pelos valores depósitos a liberar; e
- pelos valores que atendam as características referenciadas a valores e bens de curto
prazo não discriminadas.
Credita-se:
- pelo retirada/saída/baixa dos valores referenciados nas subcontas listadas acima.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 – Outros Realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.5 – Despesas Diferidas Antecipadas
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelo pagamento antecipado das despesas prêmios de seguro;
- pelo pagamento antecipado das despesas com compra antecipada de energia,
- pelo pagamento antecipado de despesas com anuidades e outras despesas pagas.
Credita-se:
- pela apropriação mensal da despesas, nas respectivas subcontas apropriadas; e
encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.1 – Ativo Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.1.2 – Outros Realizáveis
Grupo de Conta: 1.1.2.6 – Investimentos Temporários
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos valores aplicados temporariamente em títulos e valores mobiliários;
- pelos valores referentes aos rendimentos das aplicações (juros e atualização), quando
este se incorporar ao valor da aplicação, lançando-se em contrapartida a crédito da
conta adequada no Grupo de Contas Receitas Financeiras; e
- pela reversão das Provisões para Perdas e para Redução ao Valor de Mercado.
Credita-se:
- pelos resgates de valores das aplicações; e
- pela constituição das Provisões para Perdas e para Redução ao Valor de Mercado.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.2 – (-) Ativos Não Onerosos ou Obrigações Especiais
Grupo de Conta: 1.2.2.1 – (-) Ativos Não Onerosos ou Obrigações Especiais
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela aquisição de bens móveis e imóveis, destinados à execução das atividades da
empresa; e
- pela ativação de imobilizado recebido em doação.
Debita-se:
- pela baixa e/ou transferência do bem, quando este ainda bem estiver em condições
de uso;
- contrapartidas das amortizações dos bens doados que estão no Ativo imobilizado.
Nota:
1. De acordo com a Deliberação ARSESP, de 30 de junho de 2010, os Ativos Não
Onerosos ou Obrigações Especiais são originários de recursos relativos à
participação financeira do consumidor, das dotações orçamentárias da União, bem
como todo e qualquer valor de ativos vinculado à concessão do serviço de
saneamento básico proveniente de doação e/ou de forma não onerosa para a
concessionária.
2. Esses ativos não comporão a Base de Remuneração Regulatória, motivo pelo qual,
caso estejam fazendo parte do valor total de um ativo, deverão ser deduzidos do
ativo imobilizado em serviço.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.3 – Outros realizáveis
Grupo de Conta: 1.2.3.1 – Pessoal
1.2.3.2 – Direitos Realizáveis a Longo Prazo
1.2.3.3 – Outros
1.2.3.4 – Valores e Bens
1.2.3.5 – Incentivos Fiscais
1.2.3.6 – Valores Reembolsáveis
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela transferência de valores renegociados ou em atraso do Ativo Circulante;
- pelos outros valores que não se identificam nas situações acima e que são considerados
direitos realizáveis a longo prazo.
Credita-se:
- pelo recebimento dos valores antes do tempo previsto;
- pela transferência dos créditos de longo prazo para o curto prazo, à medida de sua
realização ao longo do tempo.
Nota
1. O atraso no pagamento das contas relativas a venda de serviços por parte dos clientes
da concessionária, implicará em incidência de juros de mora (calculada pro rata
temporis) e multa;
2. O controle extra contábil do Grupo de Conta – Direitos Realizáveis Longo Prazo deverá
ser realizado por meio de registros complementares, como, por exemplo, sistema de
cobrança.
3. Os valores recebidos referentes a juros, multas e taxas de administração, será
contabilizado pelo regime de competência.
4. Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor
presente. Ressalte-se que os integrantes do ativo circulante também poderão realizar os
mesmos ajustes, desde que ocorra algum efeito relevante.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.4 – Imobilizado
Grupo de Conta: 1.2.4.1 – Sistema de Abastecimento de Água
1.2.4.2 – Sistema de Esgoto
1.2.4.3 – Bens de Uso Geral
Função
Destina-se a contabilização dos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens. O Imobilizado abrange, também, os custos das benfeitorias realizadas
em bens locados ou arrendados.
Destina-se à contabilização das imobilizações destinadas aos objetivos da entidade na
prestação de serviços de água e de esgotamento sanitário e de imobilizado administrativo.
Terá saldo acumulado sempre devedor, o qual indicará o total das imobilizações
supracitadas.
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela aquisição de bens móveis e imóveis, destinados à execução das atividades da
empresa e gastos com benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados;
- pelo recebimento em forma de transferência do imobilizado antes registrado em
Imobilizado em Andamento;
- pela contabilização dos gastos realizados em ativo de futura utilização (Imobilizado em
Andamento);
- pela reforma que aumente a vida útil do imobilizado adquirido;
- pelo adiantamento a fornecedores de bens destinados ao Ativo Imobilizado.
Credita-se:
- pela venda, doação ou transferência a terceiros do Imobilizado;
- pelo ajuste de avaliação patrimonial;
- pela inexistência de benefícios econômicos futuros, suportado por laudo técnico, em
contrapartida em conta de resultado.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.4 – Imobilizado
Grupo de Conta: 1.2.4.5 – (-) Depreciações Acumuladas
1.2.4.5.1 – (-) Sistema de Abastecimento de Água
1.2.4.5.2 – (-) Sistema de Esgoto
1.2.5.4.3 – (-) Bens de Uso Geral
Função
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.5 – Obras em Andamento
Grupo de Conta: 1.2.5.1 – Sistema de Abastecimento de Água
1.2.5.2 – Sistema de Esgoto
1.2.5.3 – Bens de Uso Geral
1.2.5.4 – Custos diretos à distribuir
1.2.5.5 – Materiais para Obras – Investimentos
Função
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.6 – Investimentos
Grupo de Conta: 1.2.6.0 – Investimentos
1.2.6.1 – Participação Empresas Subsidiárias/Coligadas
1.2.6.2 – Participação em Outras Empresas
1.2.6.9 – Outras Participações de Capital
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelo custo de aquisição ou subscrição de participações em empresas;
- pelo ganho do valor do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial;
- pelo acréscimo decorrente da alteração de porcentagem na participação acionária;
- pelo ágio apurado na compra do investimento;
- pela amortização do deságio;
- pela aquisição de outros investimentos permanentes, e
- pela reversão da provisão para perdas.
Credita-se:
- pela perda do valor do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial;
- pela baixa decorrente da alteração de porcentagem na participação acionária;
- pela alienação do investimento;
- pelo deságio apurado na compra do investimento; e
- pela constituição da provisão para perdas.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.7 – Ativo Intangível
Grupo de Conta: 1.2.7.1 – Software
1.2.7.2 – Marcas e Patentes
1.2.7.3 – Pesquisa e Desenvolvimento
1.2.7.4 – Outros Direitos Intangíveis
1.2.7.9 – Externalidades
Função
São os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, Softwares, Marcas e Patentes, Pesquisa e
desenvolvimentos, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Terá saldo acumulado, sempre devedor, o qual indicará o total dos ativos intangíveis
supracitados.
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos valores representantes dos bens intangíveis da empresa;
- pelos valores representantes de licenças de software;
- pelos valores representantes de marcas e patentes; e
- outros direitos com as características que se enquadram nesse grupo e não listadas
acima;
- pela reversão da amortização, quando da baixa dos ativos intangíveis.
Credita-se:
- pela constituição da amortização acumulada sobre os ativos intangíveis; e
- pela baixa do saldo quando não for mais considerado viável ou realizável.
Nota
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.7 – Ativo Intangível
Grupo de Conta: 1.2.7.5 – (-) Amortizações Acumuladas
1.2.7.5.1 – (-) Softwares
1.2.7.5.2 – (-) Marcas e Patentes
1.2.7.5.3 – (-) Pesquisa e Desenvolvimento
1.2.7.5.4 – (-) Outros Direitos intangíveis
1.2.7.5. 9 – (-) Externalidades
Função
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.8 – Ativo Intangível – Novos Negócios
Grupo de Conta: 1.2.8.1. Novos Negócios
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos valores representantes dos bens intangíveis; e
- outros direitos com as características que se enquadram nesse grupo e não listadas
acima.
Credita-se:
- pela constituição da amortização acumulada sobre os ativos intangíveis; e
- pela baixa do saldo quando não for mais considerado viável ou realizável.
Sistema: 1 – Ativo
Grupo do Sistema: 1.2 – Ativo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 1.2.9 – Imobilizado em Negociação
Grupo de Conta: 1.2.9.1 – Sistema de Abastecimento de Água
1.2.9.2 – Sistema de Esgoto
1.2.9.3 – Bens de Uso Geral
Função
Destina-se a contabilização dos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e
controle desses bens. Esse grupo de conta segue os mesmos critérios e procedimentos de
inclusão do imobilizado em serviço a diferença reside no fato de que esse grupo contempla
os bens corpóreos oriundos dos contratos em negociação.
Terá saldo acumulado sempre devedor, o qual indicará o total das imobilizações
supracitadas.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.1 – Contas a Pagar
Grupos de Conta: 2.1.1.1 – Empreiteiros
2.1.1.2 – Fornecedores
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela compra de materiais diversos, com contrapartida a estoques, utilizados na
prestação dos serviços de água e esgotamento sanitário ou pela administração;
- pelo valor a pagar de serviços de terceiros ou entrega de mercadorias por terceiros;
- pelos encargos financeiros decorrentes de atraso de pagamento;
- por transferência do não circulante; e
- pelos outros valores que não se identificam nas situações acima, mas que se
enquadram nas características listadas.
- pelas variações monetária ou cambial
Debita-se:
- pelo pagamento correspondente;
- pelas variações monetária ou cambial
- pela retenção dos impostos referente a prestação de serviços; e
- pelos outros valores que não se identificam nas situações acima, mas que se
enquadram nas características listadas.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.1 – Contas a Pagar
Grupos de Conta: 2.1.1.3 – Depósitos recebidos
2.1.1.6 – Consignações a Recolher
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelos depósitos recebidos; e
- pela identificação de consignações a recolher.
Debita-se:
- pelo pagamento (devolução) das garantias retidas; e
- pelo pagamento das consignações.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.1 – Contas a Pagar
Grupos de Conta: 2.1.1.5 – Impostos e Contribuições a Recolher
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela apuração dos tributos federais devidos no exercício;
- pela apuração dos tributos estaduais devidos no exercício;
- pela apuração dos tributos devidos aos municípios no exercício;
- pela obrigatoriedade de recolhimento de retenção tributária sobre os serviços
contratados pela empresa ou por sua folha de pagamento;
- pelas contribuições incidentes sobre a folha de pagamento; e
- pelo valor devido referente a eventual enquadramento em programa de refinanciamento
de débitos fiscais e/ou previdenciários.
Debita-se:
- pelo pagamento ou compensação das referidas obrigações tributárias, no fim de cada
período de apuração, segundo as datas definidas pela legislação tributária para
recolhimento de tributos; e
- pela transferência para obrigações fiscais e previdenciárias para o exigível a longo
prazo, em casos de renegociação da dívida.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.1 – Contas a Pagar
Grupo de Conta: 2.1.1.8 – Salários a pagar
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- a conta de folha de pagamento, pela remuneração bruta do mês, horas brutas
adicionais, adicional noturno incorrido no mês, ajuda de custo, comissões na folha de
pagamento, DSR (Descanso Semanal Remunerado), anuênio e adicional de
insalubridade, periculosidade, pró-labore, gratificações a pagar e outras remunerações
pagas aos funcionários discriminadas na folha de pagamento; e
- a conta de Rescisões Contratuais, pelas rescisões contratuais com ou sem justa causa.
Debita-se:
- pelo pagamento das obrigações.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.1 – Contas a Pagar
Grupo de Conta: 2.1.1.9 – Outras contas à pagar
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela provisão das contas a pagar não classificadas nos fornecedores em conta
especifica;
- pela constatação de valores a devolver referente ao faturamento de água e esgoto;
- pelos dividendos e juros sobre capital próprio a pagar;
- pelas outras contas a pagar.
Debita-se:
- pelo pagamento das obrigações.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.2 – Títulos a pagar
Grupo de Conta: 2.1.2.1 – Títulos a pagar
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo valor a pagar referente as obrigações provenientes de emissão de títulos e não
classificados como fornecedores da Companhia
Debita-se:
- pelo pagamento das obrigações.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.3 – Custos com Provisões
Grupos de Conta: 2.1.3.1 – Provisão para Participação em Resultados
2.1.3.2 – Provisão para Férias
2.1.3.3 – Provisão para 13 Salário
2.1.3.4 – Provisão Licença Prêmio
2.1.3.5 – Provisão Contingência Clientes
2.1.3.7 – Provisão Outras Contas Pagar
2.1.3.8 – Acordo/Órgãos Públicos
2.1.3.9 – Provisão Salário Educação
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela provisão de férias mensal e seus encargos sobre Folha de Pagamento no mês;
- pela provisão do décimo terceiro salário e seus encargos sobre Folha de Pagamento no
mês;
- pela provisão dos impostos incidentes sobre a renda, IRPJ e CSLL; e
- pela participação nos resultados e dividendos propostos.
Debita-se:
- pela baixa ou reversão das provisões;
- pelo destaque dos impostos retidos da folha quando o valor dos salários é lançado bruto
como crédito nas contas de provisão; e
- pelo pagamento das obrigações.
Nota
1. Os registros de todos os passivos desta conta devem ser feitos no mês de competência.
2. No regime de competência, as férias transcorridas e ainda não gozadas devem ser
provisionadas contabilmente, permitindo melhor apuração do resultado
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.4 – Juros de Financiamento Vencidos
Grupos de Conta: 2.1.4.1 – Financiamentos Internos
2.1.4.2 – Financiamentos Externos
2.1.4.9 – Outros Credores por Financiamento
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelos valores das obrigações com gastos financeiros vencidos tais como: juros, taxas de
empréstimos e financiamentos, contraídos pela empresa.
Debita-se:
- pelo correspondente pagamento das obrigações.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.5 – Impostos e Contribuições Diferidos
Grupos de Conta: 2.1.5.3 – Impostos e Contribuições Diferidos
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela constituição da obrigação tributária, tendo como contrapartida as contas especificas
de resultado, conforme o respectivo tributo devido; e
- pela transferência para o curto prazo de obrigação anteriormente constante no Passivo
Não Circulante.
Debita-se:
- pelo pagamento das obrigações.
Nota
1. Os registros de todos os passivos desta conta devem ser feitos no mês de competência.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.6 – Juros e Encargos Vinculados a Empréstimos e
Financiamentos
Grupos de Conta: 2.1.6.1 – Financiamentos internos
2.1.6.2 – Financiamentos externos
2.1.6.3 – Empréstimos
2.1.6.4 – Empréstimos internos
2.1.6.5– Encargos internos
2.1.6.6 – Encargos Externos
2.1.6.9 – Outros Credores por financiamentos
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelos valores das obrigações financeiras tais como: juros, taxas de empréstimos e
financiamentos, contraídos pela empresa.
Debita-se:
- pelo correspondente pagamento das obrigações.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.1 – Passivo Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.1.7 – Empréstimos e Financiamentos
Grupo de Conta: 2.1.7.1 – Financiamento Internos
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela obtenção de recursos para empréstimos ou financiamento;
- pelas variações monetárias ou cambiais passivas;
- pela incorporação de juros sobre financiamentos;
- pela transferências dessas contas de longo prazo
- pelos empréstimos e adiantamentos, com ou sem encargos financeiros, ou a taxas
favorecidas.
Debita-se:
- pelo pagamento correspondente quando ocorrer .
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.1 – Outras Contas a pagar
Grupo de Conta: 2.2.1.5 – Impostos e Contribuições a Recolher
2.2.1.9 – Outras Contas a pagar
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela constituição da obrigação;
- pela constituição da obrigação tributária;
- pela execução de outras operações que gerem saldos a pagar desta espécie.
Debita-se:
- pela transferência de parcela para o respectivo grupo de conta no circulante; e
- pelo pagamento correspondente quando ocorrer de forma antecipada.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.2 – Títulos a pagar
Grupo de Conta: 2.2.2.1 – Títulos a pagar
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo valor a pagar referente as obrigações provenientes de emissão de títulos e não
classificados como fornecedores da Companhia.
Debita-se:
- pelo pagamento das obrigações; e
- pela transferência de parcela para o respectivo grupo de conta no circulante.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.3 – Créditos para integralização e aumento de Capital
Grupos de Conta: 2.2.3.1 – Créditos para integralização e aumento de capital
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo recebimento de recursos.
Debita-se:
- pela transferência para a conta Capital Social.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.4 – Empréstimos e Financiamentos
Grupos de Conta: 2.2.4.1 – Empréstimos e Financiamentos- internos
2.2.4.2 – Empréstimos e Financiamentos externos
2.2.4.9 – Outros credores por financiamentos
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela transferência do Subgrupo do Sistema Financiamentos Obtidos (curto prazo);
- pela obtenção de recursos para empréstimos ou financiamento;
- pelas variações monetárias ou cambiais passivas;
- pela incorporação de juros sobre financiamentos;
- por empréstimos e adiantamentos, com ou sem encargos financeiros, ou taxas
favorecidas; e
- pela execução de outras operações que gerem saldos a pagar desta espécie.
Debita-se:
- pelo pagamento correspondente quando ocorrer de forma antecipada;
- pela transferência para de curto prazo;
- pela variação cambial ativa; e ,perdão ou outras formas pouco usuais de cancelamento
de dívidas
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.5 – Custos c/provisões
Grupos de Conta: 2.2.5.1 – Provisão p/indenizações trabalhistas
2.2.5.2 – Provisão p/indenizações cíveis
2.2.5.3– Provisão p/ impostos e contribuições diferidas
2.2.5.4– Provisão para contingências
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela provisão de contingências com o poder concedente;
- pela constituição de provisão de causa judiciais nas esferas ambientais, cíveis,
trabalhistas e fiscais;
- pela constituição da provisão ou eventual ajuste das diferenças intertemporais tributáveis
em períodos futuros para fins de IRPJ e CSLL, quando o prazo de tal exigibilidade for
posterior a 12 (doze) meses, em contrapartida a débito em contas especificas de IRPJ a
Recolher e CSLL a Recolher, respectivamente; e
- pelas outras obrigações de longo prazo que não cabem em contas específicas.
Debita-se:
- pela transferência para o curto prazo ou outro subgrupo do circulante;
- pela reversão da provisão, quando não ocorrência do fato provisionado; e
- pelo pagamento das contingências e impostos provisionados.
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.2 – Passivo Não Circulante
Subgrupo do Sistema: 2.2.9 – Doações
Grupos de Conta: 2.2.9.1 – Doações
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo recebimento de numerário com as características definidas como doações;
- quando da aquisição de imobilizado em contrapartida com a conta Ativo Imobilizado;
- por valores antecipados para projetos, estudos e atividades afins a esses em
contrapartida a despesas ou outros créditos não vinculados;
- pela transferência nas subcontas; e
- pelos valores que atendam as características referenciadas na função da conta e
não listadas acima.
Debita-se:
- pela transferência a débito para Ativos não onerosos; e
- por atividades relacionadas a projetos e estudos em função do serviço concedido;
- por prévia autorização do Órgão Regulador; e
- por transferência entre suas subcontas.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.3 – Patrimônio Líquido
Grupo de Conta: 2.3.1 – Capital Social
Função
Destina-se a contabilização das ações ou quotas subscritas e das ações ou quotas não
integralizadas na constituição da concessionária e nos aumentos de capital
subseqüentes, das ações ou quotas derivadas da incorporação de reservas e lucros
acumulados, bem como das compras de ações próprias feitas com recursos derivados
das Reservas de Capital e de Lucros, exceto a Reserva Legal (ações ou quotas em
tesouraria).
O Grupo de conta 2.3.1 - Capital Social terá saldo sempre credor, o qual indicará o total
de capital integralizado.
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela subscrição de ações ou quotas;
- pela incorporação de reservas;
- pelo uso dos recursos anteriormente destinados ao Adiantamento para Futuro Aumento
de Capital;
- pela realização do Capital Subscrito;
- pelo uso da reserva para aquisição de ações próprias; e
- pela venda ou cancelamento das ações.
Debita-se:
- pela redução do capital;
- pela absorção de Prejuízos Acumulados;
- pela liquidação da concessionária;
- pela aquisição de ações próprias; e
- pela subscrição do capital ainda não integralizado.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.3 – Patrimônio Líquido
Grupo de Conta: 2.3.2 – Reservas de Capital
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo ágio na emissão de ações;
- pela criação de reserva especial de ágio na incorporação; e
- pela alienação de partes beneficiárias e de bônus de subscrição.
Debita-se:
- pela incorporação ou transferência do capital;
- pela utilização do ágio, nos casos previstos na legislação vigente; e
- pela utilização da reserva, nos casos previstos na legislação vigente.
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.3 – Patrimônio Líquido
Grupo de Conta: 2.3.3 – Reserva de Reavaliação
Nota
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.3 – Patrimônio Líquido
Grupo de Conta: 2.3.4 – Reservas de Lucros
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- no encerramento do exercício, pela quota anual;
- no encerramento do exercício, pela parcela anual do lucro líquido destinado à formação
das reservas estatutárias;
- no encerramento do exercício, pela parcela anual do lucro líquido destinado à formação
da reserva;
- no encerramento do exercício, pela parcela do lucro do exercício a realizar
correspondente ao dividendo anual obrigatório, que ultrapassar a parcela realizada do
lucro líquido do exercício;
- no encerramento do exercício, pela constituição da parcela correspondente ao dividendo
anual obrigatório não distribuído;
- no encerramento do exercício, pelos lucros remanescentes, após todas as destinações
procedidas pela companhia.
Debita-se:
- a Reserva Legal – pela compensação de prejuízos;
- a Reserva Legal – pela eventual incorporação ao capital;
- a Reserva Estatutária - pela utilização da reserva na finalidade indicada no estatuto
social;
- a Reserva Estatutária - pelo ágio verificado na conversão;
- a Reserva Estatutária - pela variação cambial de participação no lucro atribuída às
debêntures em moeda estrangeira;
- a Reserva para Contingências - pela reversão da reserva ao Grupo Lucros ou Prejuízos
Acumulados, no exercício em que se verificar a perda ou deixarem de existir as razões
que justificaram a sua constituição;
- a Reservas de Lucros a Realizar - pela reversão (parcial ou total) da reserva ao Grupo
Lucros ou Prejuízos Acumulados - no exercício em que se verificar a realização
financeira do lucro;
Nota
1. Reserva Legal - A constituição e utilização dessa reserva deverão ser feitas de acordo
com as normas legais vigentes.
2. Reserva de Lucros - No exercício em que o montante dos dividendos obrigatórios
calculados ultrapassarem a parcela realizada do Lucro Líquido do Exercício, a
Assembléia Geral poderá sugerir proposta dos órgãos de administração ou destinar o
excesso à constituição de Reserva de Lucros a Realizar. A Reserva de Lucros a Realizar
é constituída pela parcela do dividendo obrigatório excedente ao montante do lucro
realizado. A destinação dos lucros para constituição das reservas e a retenção não
poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do dividendo
obrigatório.
3. Considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos
seguintes valores:
i. o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial; e
ii. o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e
passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o
término do exercício social seguinte..
4. Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído - A companhia poderá
constituir essa reserva de lucros, quando tiver dividendos obrigatórios a distribuir, mas
sem condições financeiras para seu pagamento, desde que não absorvidos por prejuízos
em exercícios subseqüentes, conforme previsto nos §4º e §5º do artigo 202 da Lei nº
6.404, de 15 de dezembro de 1976. Cabe ressaltar que tais dividendos serão pagos aos
acionistas/quotistas no futuro, assim que a situação financeira o permitir..
5. Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído - O dividendo não será
obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informar à Assembléia
Geral Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O
Conselho Fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na
companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores
Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da Assembléia Geral, exposição da
justificativa da informação transmitida à Assembléia..
Sistema: 2 – Passivo
Grupo do Sistema: 2.3 – Patrimônio Líquido
Grupo de Conta: 2.3.8 – Lucros ou Prejuízos Acumulados
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelo registro da receita líquida apurada no exercício;
- pela absorção do resultado positivo de exercícios anteriores não destinados;
- por ajustes de exercícios anteriores;
- pelo ajuste de avaliação patrimonial;
- pela redução de Capital Social para absorção de Prejuízos Acumulados; e
- pela absorção obrigatória (parcial ou total) do Prejuízo Acumulado.
Debita-se:
- pelo registro dos custos e despesas apuradas no exercício;
- pela absorção do resultado negativo de exercícios anteriores
- pela distribuição de lucros anteriores;
- pela constituição de Reservas de Lucros;
- pela transferência por aumento de Capital Social; e
- por ajustes de exercícios anteriores.
Nota
1. Essa conta representa o saldo remanescente dos prejuízos que faz parte do patrimônio
líquido na data do balanço.
2. Para lucros não distribuídos no exercício, atendidos os preceitos dispostos na legislação
societária, deverão ser transferidos para a subconta de Reserva de Lucros. Assim, não
deverá haver saldo na subconta de Lucros Acumulados, exceto em casos excepcionais
que deverão ser devidamente fundamentados e com prévia anuência do Poder
Concedente.
3. Como ajustes de exercícios anteriores, serão considerados apenas os decorrentes de
efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a
determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
4. Não são considerados como ajustes de exercícios anteriores:
- ajustes de provisões anteriormente constituídas; e
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no
Estado de São Paulo – Relatório 5 111
- constituição de provisões de fatos pretéritos, em virtude da insuficiência de informações
à época.
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.1 – Despesas de Operação e Manutenção
Subgrupo do Sistema: 3.1.100 – Sistemas de Abastecimento de Água
Subgrupo do Sistema: 3.1.110 - Produção
Subgrupo do Sistema: 3.1.111 – Captação
Subgrupo do Sistema: 3.1.112 – Adução
Subgrupo do Sistema: 3.1.113 – Tratamento operação
Subgrupo do Sistema: 3.1.114 – Tratamento manutenção
Subgrupo do Sistema: 3.1.120 – Distribuição
Subgrupo do Sistema: 3.1.121 – Subadução
Subgrupo do Sistema: 3.1.122 – Reservação
Subgrupo do Sistema: 3.1.123 – Redes
Subgrupo do Sistema: 3.1.200 – Sistemas de Esgoto
Subgrupo do Sistema: 3.1.210 – Esgoto Sanitário
Subgrupo do Sistema: 3.1.211 – Coleta
Subgrupo do Sistema: 3.1.212 – Tratamento
Subgrupo do Sistema: 3.1.213 – Lançamento Final
Subgrupo do Sistema: 3.1.220 – Esgoto industrial
Subgrupo do Sistema: 3.1.300 – Geral de Água e Esgotos
Subgrupo do Sistema: 3.1.400 – Gestão Ambiental
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pela aquisição de água bruta ou tratada, como matéria prima;
- pela aquisição de material ou serviços de tratamento de água e do esgoto;
- pelos outros custos diretos, incluindo pessoal, energia elétrica, depreciação, amortização
e transportes;
Credita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.2 – Despesas Comerciais
Subgrupo do Sistema: 3.2.100 – Gestão Comercial
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos custos de pessoal do mês;
- pelas despesas de serviços públicos, entre elas: energia elétrica, água e esgoto, telefone
e outros meios de comunicação, correio e malotes e seguros;
- pelas despesas com propaganda e publicidade;e
- pelas despesas gerais, entre elas: material de expediente e informática e PCLD –
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa; e pelos serviços de terceiros.
Credita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
O detalhamento de contas a ser utilizadas pela companhia estão descritas no item 5.4
Critérios de alocação de custos, deste manual.
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.3 – Custos e Despesas Administrativas
Subgrupo do Sistema: 3.3.100 – Administração da Operação
Subgrupo do Sistema: 3.3.200 – Administração Central
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos custos de pessoal do mês;
- por despesas com ocupação provenientes de aluguéis e condomínios, depreciações e
- amortizações e manutenções e reparos;
- pelas despesas de serviços públicos, entre elas: energia elétrica, água e esgoto, telefone
e outros meios de comunicação, correio e malotes e seguros;
- pelas despesas gerais, entre elas: material de expediente e informática.
- pelos serviços de terceiros, provenientes de auditorias, consultorias, recrutamento e
seleção, segurança e vigilância, treinamento de pessoal, e outros serviços de terceiros; e
pelos honorários da diretoria, conselho de administração e conselho fiscal.
Credita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
O detalhamento de contas a ser utilizadas pela companhia estão descritas no item 5.4
Critérios de alocação de custos, deste manual.
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.4 – Despesas Capitalizáveis
Subgrupo do Sistema: 3.4.100 – Administração de obras
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelos custos derivados de projetos e obras de execução direta, bem como de custos
indiretos de obras contratadas vinculados à prestação dos serviços de abastecimento de
água e esgotamento sanitário.
Credita-se:
- por transferência ao Grupo de Contas de Obras em Andamento.
Nota
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.6 – Despesas Financeiras e Fiscais
Subgrupo do Sistema: 3.6.100 – Despesas de Financiamentos Internos
Subgrupo do Sistema: 3.6.200 – Despesas de Financiamentos Externos
Subgrupo do Sistema: 3.6.300 – Multas acréscimos moratórios
Subgrupo do Sistema: 3.6.400 – Juros sobre títulos
Subgrupo do Sistema: 3.6.700 – Despesas Fiscais
Subgrupo do Sistema: 3.6.900 – Outras Despesas financeiras
Função
Terá saldo sempre devedor, o qual indicará o total das despesas supracitadas.
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelas despesas financeiras derivadas de juros e taxas de empréstimos e financiamentos
internos e externos vinculados à prestação dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.
- pela valorização de saldos passivos ou desvalorização dos saldos ativos em moeda
nacional ou estrangeira.
- pelas outras despesas financeiras derivadas de empréstimos e financiamentos internos
e externos vinculados à prestação dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.
- pelo registro dos valores de multas e juros sobre títulos.
- pelas despesas fiscais e tributárias federais incorridas no mês provenientes de ,
Imposto sobre Operação Financeira – IOF, PASEP, COFINS, multas e tributos fiscais,
REFIS/PAES, taxas federais, entre outros;
- pelos créditos de PASEP e de COFINS, que serão compensados com valores devidos;
- pelos tributos estaduais, sendo IPVA, taxa de licenciamento de veículos, taxas
estaduais, multas, e outros;
- pelos tributos municipais, ISS, IPTU, taxas municipais, multas e outros; e
Nota
Sistema: 3 – Despesas
Grupo do Sistema: 3.7 – Despesas de Atividades Não Reguladas
Função
Técnica de Funcionamento
Debita-se:
- pelas despesas derivadas de serviços de Projetos e Assistência Técnica não vinculados
à concessão;
- pelas despesas derivadas de serviços de laboratórios não vinculados à concessão;
- pelas despesas derivadas de serviços de vistorias de Obras Especiais para Terceiros;
- pelas despesas derivadas de prestação de serviços não vinculados à concessão;
- pelo despesas derivadas de serviços de Consultoria de Novos Negócios.
Credita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.1 – Receitas de Abastecimento de Água
Grupo de Conta: 4.1.1.1 – Diretas de Serviços de Água
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela venda de serviços diretos de água para residências, comércios e indústrias; e
- pela venda de serviços de água para órgão públicos municipais, estaduais e federais.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.1 – Receitas de Abastecimento de Água
Grupo de Conta: 4.1.1.2 – Indiretas de Serviços de Água
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas indiretas de água, por exemplo: ligações, religações e sanções,
conservação e reparos de hidrômetros, ampliações.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.2 – Receitas de Esgotamento Sanitário
Grupo de Conta: 4.1.2.1 – Diretas de Serviços de Esgoto
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pela venda de serviços diretos de esgoto para residências, comércios e indústrias;
- pela venda de serviços diretos de esgoto para órgão públicos municipais, estaduais e
federais.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.2 – Receitas de Esgotamento Sanitário
Grupo de Conta: 4.1.2.2 – Indiretas de Serviços de Esgoto
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas indiretas de esgoto, por exemplo: ligações, religações e sanções,
ampliações.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.3 – Receitas de Construção
Grupo de Conta: 4.1.3.1 – Construção de Serviços de Abastecimento de
Água
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas derivadas de construção de serviços de abastecimento de água.
-
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.1 – Receitas Operacionais
Subgrupo do Sistema: 4.1.4 – Receitas de Construção
Grupo de Conta: 4.1.4.1 – Construção de Serviços de Esgotamento
Sanitário
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas derivadas de construção de serviços de esgotamento sanitário.
-
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.2 – Outras receitas
Subgrupo do Sistema: 4.2.1 – Receitas Financeiras
Grupo de Conta: 4.2.1.1 – Valores Mobiliários
Grupo de Conta: 4.2.1.2 – Descontos Auferidos
Função
Destina-se à contabilização das receitas apuradas que tenham natureza financeira, como
variações monetárias e cambiais, aplicações financeiras, juros ativos e outras eventuais de
mesma natureza.
Terá saldo acumulado, sempre credor, o qual indicará o total da receita supracitada, auferida
no exercício.
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas derivadas de aplicações financeiras, juros recebidos, descontos obtidos,
rendas de aplicações financeiras e investimentos, prêmios de resgates de títulos, juros
contratuais e reversões de ajuste a valor presente.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Nota
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.2 – Outras Receitas
Subgrupo do Sistema: 4.2.9 – Outras Receitas
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas derivadas de Locação de Imóveis;
- pelas receitas derivadas de Lucros na Alienação de Bens;
- pelas receitas derivadas de Indenização e Ressarcimento de Despesas;
- pelas receitas derivadas de Comércio de Mercado de Energia Elétrica;
- pelas receitas derivadas de Bank of New York;
- pelas receitas derivadas de Juros sobre Capital próprio apl. Construção;
- pelas receitas derivadas de Venda de Materiais Inservível;
- pelas receitas derivadas de Outras Receitas.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
Sistema: 4 – Receitas
Grupo do Sistema: 4.3 – Receita não regulada
Subgrupo do Sistema: 4.3.1 – Receitas sobre Serviços Técnicos
Grupo de Conta: 4.3.1.1 – Assistência Técnicas
Grupo de Conta: 4.3.1.2 – Serviços de Laboratório
Grupo de Conta: 4.3.1.3 – Obras Especiais para Terceiros
Grupo de Conta: 4.3.1.4 – Pura – Projeto Uso Racional de Água
Grupo de Conta: 4.3.1.5 – Novos Negócios
Subgrupo do Sistema: 4.3.2 – Receitas de Outros Serviços não Regulados
Grupo de Conta: 4.3.2.1 – Receitas de Água de Reuso
Função
Técnica de Funcionamento
Credita-se:
- pelas receitas derivadas de serviços de Projetos e Assistência Técnica;
- pelas receitas derivadas de serviços de laboratório;
- pelas receitas derivadas de serviços de vistorias de Obras Especiais para Terceiros;
- pelas receitas derivadas de prestação de serviços técnicos;
- pelas receitas derivadas de serviços de Consultoria de Novos Negócios.
Debita-se:
- pelo encerramento do exercício no valor total acumulado nas subcontas.
A depreciação dos bens do Ativo Imobilizado será calculada pelo método linear, de acordo
com os critérios previstos na legislação societária e na regulação contábil brasileira.
As taxas de depreciação abaixo são as taxas vigentes para uso normal dos bens.
Para fins contábeis, deve-se fazer uma análise criteriosa dos bens da concessionária que
formam seu Imobilizado e estimar sua vida útil econômica, considerando suas
características técnicas, condições gerais de uso e outros que podem influenciar em sua
vida útil (Deliberação 321 – ARSESP).
VIDA ÚTIL
UC DESCRIÇÃO UC
Meses Anos
1 Terrenos ---- ----
2 Estruturas de Saneamento 600 50
3 Equipamentos de Telecontrole 96 8
4 Galerias e Túneis 720 60
5 Instalações Equipamentos Bombeamento 240 20
6 Instalações Equipamentos Elétricos 180 15
7 Poços 240 20
8 Tubulações e Peças Hidráulicas 600 50
9 Filtros, Equipamentos e Instalações de Tratamento e Laboratório 120 10
10 Hidrômetros 120 10
11 Ligações Domiciliares 600 50
12 Equipamentos de Aferição, Mediação e Teste 96 8
13 Equipamentos de Telecomunicação Teleprocessamento, Som, Imagem e Foto 60 5
14 Equipamentos de Serviço e de Oficina 180 15
18 Móveis e Equipamentos de Escritório 180 15
19 Módulos e Armazenamento e/ou Transporte Líquidos, Sólidos e Gases 240 20
20 Equipamentos de Segurança em Geral 120 10
21 Equipamentos Odontológicos e de Medicina em Geral 120 10
22 Veículos e Embarcações 120 10
23 Equipamentos de Informática 60 5
24 Equipamentos de Copa, Cozinha e Refeitório 120 10
25 Equipamentos de Gráfica, Reprodução e Desenho 120 10
26 Redes Elétricas 240 20
27 Válvulas Motorizadas 120 10
28 Edifícios e estruturas 600 50
29 Conjunto Moto-bomba Submersa Monobloco 180 15
30 Equipamentos de Controle de Perdas 120 10
31 PV - Poços de Visita - Esgoto 600 50
As taxas de depreciação para os ativos regulatórios ou não regulatórios, que sejam ou não
reversíveis, poderão ser futuramente modificadas pelo Órgão Regulador e deverão
prevalecer sobre as taxas definidas pela Secretaria da Receita Federal para efeitos
contábeis.
8.1.1. INTRODUÇÃO
1. Apresentação
Este Manual foi elaborado com o objetivo de apresentar orientações para a elaboração e
divulgação de demonstrações contábeis, suplementares e informações econômico-
financeiras e sociais para as concessionárias do Setor de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo
Nesse sentido, o Manual está estruturado considerando-se os seguintes aspectos:
(a) consolidação, em único documento, de normas e procedimentos técnicos relevantes,
relacionados à elaboração e divulgação de demonstrações contábeis e informações
complementares relativas a aspectos contábeis, administrativos, econômicos,
financeiros, gerenciais, sociais, ambientais e outros, que envolva a concessionária que
explora as atividades inerentes à concessão do Setor de Saneamento do Estado de São
Paulo;
(b) na elaboração desse documento foram consideradas as seguintes fontes de consulta:
- Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, Lei das Sociedades por Ações, e
alterações dos aspectos contábeis e de divulgação, não conflitantes com as
disposições da referida lei em vigência;
- dispositivos de caráter normativo e regulatório estabelecidos pela Agência
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado de São Paulo;
- dispositivos de caráter normativo estabelecidos pelo Conselho Federal de
Contabilidade – CFC;
- os Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis Brasileiro – CPC;
- dispositivos de caráter normativo estabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários
– CVM;
- pronunciamentos técnicos emitidos pelo Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil – IBRACON;
- as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo comitê de Normas
Internacionais de Contabilidade – IASC;
- literatura técnica produzida por entidades e autores conceituados nos meios
acadêmicos, profissionais e na sociedade.
-
(c) este Manual de Contabilidade deve ser utilizado como material de consulta permanente
pelos contadores e outros profissionais que tenham envolvimento com o Setor de
Saneamento do Estado de São Paulo e como ferramenta auxiliar para treinamento dos
funcionários das áreas contábil, administrativa e financeira da entidade desse setor;
(d) diante da necessidade de evolução do nível de transparência na divulgação de dados e
informações por parte das empresas e entidades em geral, o presente Manual procura
abordar vários enfoques de divulgações específicas e gerais, para alcançar as
expectativas de usuários com características e interesses distintos, tais como órgãos
reguladores, acionistas, investidores, analistas de investimentos, mercado de capitais,
a) Balanço Regulatório
Nome da Concessionária
CNPJ no 00.000.000/0000-00
Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0
(valores expressos em milhares de reais)
Circulante
Caixa e Bancos
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
Contas a Receber de Usuários
Créditos a Receber
Outros Créditos a Receber
Investimentos Temporários
Estoques
Impostos e Contribuições a Recuperar
Despesas do Exercício Seguinte
Não Circulante
Créditos, Direitos e Valores Realizáveis Longo Prazo
Depósitos Dados em Garantia
Impostos e Contribuições a Recuperar
Investimentos
Imobilizado
Ativo Intangível
Resultado Operacional
Outros Resultados
Ganhos/Perdas de Capital nos Investimentos Permanentes
Ganhos/Perdas de Capital no Imobilizado
Ganhos/Perdas de Capital no Ativo Diferido
Nº Título Definição
Reflete a capacidade de pagamento da concessionária no curto prazo sem
Liquidez Imediata
1 levar em conta os estoques e itens com necessidade de “cobrança”, ou seja, é
(expresso em %)
a condição de liquidação imediata das dívidas a curto prazo.
Mostra quanto a empresa poderá dispor em recursos a curto prazo para pagar
suas dívidas circulantes. Em outras palavras, indica o quanto existe de ativo
Liquidez Corrente circulante para cada $ 1 de dívida a curto prazo. Assim, quando a liquidez
2
expresso em índice) corrente é maior que 1,0 significa que seu capital circulante líquido é positivo,
se igual a 1,0, é nulo e se menor que 1,0, seu capital circulante líquido é
negativo.
Revela a capacidade de pagamento pela concessionária das dívidas de curto
e longo prazo, utilizando para isso, seus ativos circulantes e realizáveis a
Liquidez Geral longo prazo, ou seja, é uma medida de capacidade da empresa em honrar
3
(expresso em índice) todas as suas exigibilidades, contando, para isso, com os seus recursos
realizáveis a curto e longo prazos. De cada $ 1 tem de dívida, o quanto existe
de direitos e haveres no ativo circulante e não circulante.
Grau de Demonstra quanto a concessionária tomou de empréstimo para cada $ 1 de
4 Endividamento capital próprio aplicado.
(expresso em %)
Dependência Indica que porcentagem dos ativos totais é financiada por capital de terceiros,
5 Financeira (expresso ou seja, quanto a empresa possui de capital de terceiros em relação ao seu
em %) ativo.
Composição de
Demonstra o percentual que as obrigações de curto prazo representam sobre
6 Exigibilidades
o total de obrigações da concessionária.
(expresso em %)
Margem Líquida Mede a eficiência global da empresa. Esse índice demonstra o retorno líquido
7
(expresso em %) da empresa sobre seu faturamento, ou seja o quanto de lucro a
Abreviaturas e
Título Definição
Siglas
São todas as contas de liquidez imediata, ou que se
convertem em dinheiro a curto prazo, isto é, os valores cujos
AC Ativo Circulante
vencimentos ocorrerão até o final do exercício seguinte ao
encerramento do balanço.
São todas as contas que se convertem em dinheiro em longo
ANC Ativo Não Circulante prazo, isto é, os valores cujos vencimentos ocorrerão depois
do final do exercício seguinte ao encerramento do balanço.
Considerando que as contas devem ser evidenciadas em
ordem decrescente de grau de liquidez, são as primeiras a
ser apresentadas no balanço por incluir as com maior grau
Disponível Ativo Disponível
de liquidez, como dinheiro em caixa, cheques recebidos e
saldo de depósitos bancários a vista, numerário em trânsito e
aplicações de liquidez imediata.
Representa todos os bens e direitos da concessionária, ou
AT Ativo Total
ainda, todos os recursos aplicados pela concessionária.
Apresenta todas as obrigações a curto prazo da
concessionária, isto é, as obrigações cujos vencimentos
PC Passivo Circulante
ocorrerão até o final do exercício seguinte ao encerramento
do balanço.
Apresenta todas as obrigações a long prazo da
concessionária, isto é, as obrigações cujos vencimentos
PNC Passivo Não Circulante
ocorrerão depois do final do exercício seguinte ao
encerramento do balanço.
Refere-se ao total das vendas de prestação de serviços de
tratamento de água e esgotamento sanitário da
concessionária, no exercício social, considerado antes de
RO Receita Operacional qualquer dedução. Ressalta-se que as receitas serão
registradas, considerando o princípio da competência,
quando da realização da venda, independentemente do seu
prazo de recebimento financeiro.
Refere-se ao total das vendas de prestação de serviços de
Receita Operacional tratamento de água e esgotamento sanitário da
ROL
Líquida concessionária, no exercício social, após as deduções dos
impostos.
Apresenta o resultado positivo da diferença entre as receitas
operacionais com venda dos serviços de água e esgoto
LL Lucro Líquido ocorridas no exercício, e não operacionais e os custos e
despesas operacionais e não operacionais, provisões,
participações e contribuições relacionados.
A seguir são apresentadas as indicações das principais fontes de referência relativas aos
materiais técnicos legal e regulamentar utilizado em pesquisas, consultas e estudos
desenvolvido no decorrer do processo de elaboração do Manual de Contabilidade
Regulatória do Setor de Saneamento no Estado de São Paulo.
A apresentação identifica as seguintes fontes de referência:
Legislações societárias, tributárias e outras;
Legislação e normas regulamentares específicas aplicáveis ao setor de Setor de
Saneamento;
Pronunciamentos do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (antigo
Instituto Brasileiro de Contadores);
Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade – CFC;
Deliberações, instruções, ofícios circulares e pareceres de orientação da CVM –
Comissão de Valores Mobiliários;
Pronunciamentos Contábeis emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
Brasileiros – CPC;
Normas internacionais de contabilidade (International Accounting Standards – IAS);
Normas internacionais de informações financeiras (Internacional Financial Reporting
Standards – IFRS); e
Literatura técnica.
Legislações Societárias, Tributárias e Outras
Lei nº 11.638, de 28 dezembro de 2007 – altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404/76
e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e
divulgação de demonstrações financeiras;
Decreto n° 3.000, de 26 de março de 1999 (Regulamento do Imposto de Renda –
RIR/99);
Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das sociedades por ações);
Lei n° 9.430, de 27 de dezembro de 1996 – Dispõe sobre a legislação tributária federal,
as contribuições para a seguridade social e o processo administrativo de consulta; e
Lei n° 9.249, de 26 de dezembro de 1995 – Altera a legislação do imposto de renda e da
contribuição social.
Legislação e Normas Regulamentares específicas aplicáveis ao Setor de Saneamento
Lei n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico; altera as Leis nº 6.766, de 19.12.1979; 8.036, de 11.05.1990; 8.666,
de 21.06.1993; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências;
Lei Complementar 1.025, de 07/12/2007, regulamentada pelo Decreto 52.455, de
07/12/2007;
Decreto 41446, de 16 de dezembro de 1996. São Paulo, SP: Governo do Estado de
São Paulo, 1996. SÃO PAULO;
Manual de Contabilidade do Setor de Saneamento do Estado do Ceará – Agência
Total
Total
Rede de Água
Rede de Esgoto
Total
Cobertura de água
Cobertura de esgoto
Total
Tarifas - A tarifa em dezembro de 20X1, atingiu R$ X,XX; com aumento de XX% com
relação a dezembro de 20X0.
Tarifa
Tipo de serviço em R$
Investimentos
Em 20X1, os investimentos da concessionária, importaram em R$ XX milhões, XX%
inferiores/superiores em relação a 20X0, conforme a seguir:
Investimentos - R$ milhões
20X1 20X0 %
Investimento em infra-estrutura
Total
Captações de Recursos
Para viabilizar os investimentos e aquisição de ativos operacionais, a concessionária captou
um total de R$ XX milhões em recursos de empréstimos e financiamentos de diversas
fontes, destacando-se as linhas ..........., ................. e ..................
Valor Adicionado
Circulante
Caixa e Bancos
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
Contas a Receber de Usuários
Créditos a Receber
Outros Créditos a Receber
Investimentos Temporários
Estoques
Impostos e Contribuições a Recuperar
Despesas do Exercício Seguinte
Não Circulante
Créditos, Direitos e Valores Realizáveis Longo Prazo
Depósitos Dados em Garantia
Impostos e Contribuições a Recuperar
Investimentos
Imobilizado
Ativo Intangível
Total do Ativo
As Notas Explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações
contábeis.
Nome da Concessionária
CNPJ no 00.000.000/000-00
Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0
(valores expressos em milhares de reais)
Não Circulante
Empréstimos e Financiamentos
Partes Relacionadas
Debêntures
Provisões de Longo Prazo
Outros Valores de Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Lucros ou Prejuízos
Ações em Tesouraria
Total do Passivo
As Notas Explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
Nome da Concessionária
CNPJ no 00.000.000/0000-00
Demonstração do Resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0
(valores expressos em milhares de reais)
20X1 20X0
Receita Operacional Bruta
Serviços de Abastecimento de Água
Serviços de Esgotamento Sanitário
Resultado Operacional
Outros Resultado
Ganhos/Perdas de Capital nos Investimentos Permanentes
Ganhos/Perdas de Capital no Imobilizado
Ganhos/Perdas de Capital no Ativo Diferido
Outras Ganhos/Perdas Não Operacionais
Correção
Capital Ágio na Reserva de Reserva de
monetária Reservas Reserva de Lucros
subscrição exaustão Legal retenção de Total
Social especial do Fiscais Reavaliação Acumulados
de ações incentivada lucros
imobilizado
R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil R$ mil
Saldo em 31 de dezembro de 200x-1
Realização parcial da reserva de reavaliação, líquida dos efeitos
fiscais
Distribuição de dividendos de exercícios anteriores (R$XX por ação
ordinária e R$XX por ação preferencial)
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro líquido
Distribuição de dividendos (R$XX por ação ordinária e R$XX por
ação preferencial)
Constituição de Reservas
Desenvolvimento e Implantação de um Sistema de Contabilidade Regulatória para o setor de Saneamento no Estado de São Paulo – Relatório 5 242
d) Demonstração do Fluxo de Caixa - Regulatório
Nome da Concessionária
CNPJ nº. 00.000.000/0000-00
Demonstração do Fluxo de Caixa dos exercícios findos em 31 de dezembro de 20X1 e 20X0
(valores expressos em milhares de reais)
20X1 20X0
Atividades Operacionais
Lucro Líquido (Prejuízo) do Exercício
Nome da Concessionária
CNPJ nº. 00.000.000/0000-00
20X1 20X0
Receitas
Venda de Serviços
Outras Receitas
Pessoal
Remunerações
Encargos Sociais (exceto INSS)
Entidade de Previdência Privada
Auxílio Alimentação
Incentivo à Aposentadoria e Demissão Voluntária
Provisão para Gratificação
Convênio Assistencial e Outros Benefícios
Participação nos Resultados
Custos Imobilizados
20X1 20X0
Impostos, taxas e contribuições
INSS (sobre Folha de Pagamento)
ICMS
Imposto de Renda e Contribuição Social
Outros
Títulos públicos x x
Outros x x
x x
Ativo Circulante x x
5 Contas a Receber
Descrição 20X1 20X0
Créditos a receber x x
6 Estoques
20X1 20X0
Administrativo x x
Adiantamento a Fornecedores x x
(-) Provisão para ajuste ao valor de mercado e/ou outras (x) (x)
x X
Total
7. Imobilizado
20X1 20X0
Em operação
Terrenos x x x
Edificações e benfeitorias x x x x x
Equipamentos e x x x x x
instalações
Veículos x x x x x
Móveis e utensílios x x x x x
Outros x x x x
x x x x
Plano de expansão
Construções em x x x
andamento
Importações de
equipamentos x x x
Adiantamentos a
fornecedores x x x
x x x
20X2 x x
20X3 x x
20X4 x x
20X5 x x
x x
20X1 20X0
Amortização
Custo Líquido Líquido
acumulada
x (x) x x
Diferenças Temporárias
Financeiros - Derivativos
Outras
Lucro Inflacionário
Depreciação Acelerada
Total
Circulante
Não Circulante
20X2
20X3
20X4
20X5
20X6
20X7 a 20X10
20X11 a 20X12
Incentivos Fiscais x x
Outros
10- Fornecedores
20X1 20X0
Fornecedores Nacionais
Fornecedores Estrangeiros
Moeda Estrangeira
IGP-M x,x x x
Prefixados x,x x x
x x
Moeda Moeda
nacional estrangeira 20X1 20X0
20X2
20X3
20X4
20X5
20X6
20X7
20X8
20X9
20XX
após 20XX
Caucionadas x x
Hipotecado x x
Alienado x x
x x
20X1 20X0
Constituição de Reservas
Reversão de Reservas
Lucros a Realizar x x
Dividendos Propostos x x
Total x x
13- Contingências
Nas datas das Demonstrações Financeiras, a concessionária apresentava os
seguintes passivos e os correspondentes depósitos judiciais relacionados a
contingências:
Contingências Tributárias
Reclamações Cíveis
Outras
[Nos casos em que, para fins de divulgação, ocorrer a compensação de passivos com
valores depositados em juízo, permitida nos termos do parágrafo 76 da NPC 22 do
IBRACON, aprovada pela Deliberação nº 489, de 05 de outubro de 2005, deverão ser
destacadas, em nota explicativa, as quantias que estão sendo compensadas e a
explicação das eventuais diferenças existentes.]
A movimentação da provisão é demonstrada a seguir:
Adições
Baixas
Estornos
Atualizações Monetárias
Tributárias
Cíveis
Trabalhistas
Valor patrimonial
Valor de mercado
Cap
"Swap"
20X1 20X0
Hipóteses econômicas
Crescimento dos benefícios da Previdência Social e dos x% a.a. a partir de x% a.a. a partir de 48 anos
limites
48 anos
Hipóteses demográficas
16- Seguros
A Companhia possui um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de
delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com seu porte e
suas operações. As coberturas foram contratadas por montantes considerados
suficientes pela administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza
da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus
consultores de seguros.
Em 31 de dezembro de 20x1, a Companhia possuía as seguintes principais apólices
de seguro contratadas com terceiros:
Ramos Importâncias seguradas
Responsabilidade civil
a) BALANÇO SOCIAL
20X1 20X0
R$ mil R$ mil
1 - Base de cálculo
Receita Líquida (RL)
Lucro Operacional (LO)
Folha de Pagamento Bruta
(FPB)
% sobre % sobre
R$ mil FPB RL R$ mil FPB RL
2 - Indicadores sociais internos
Alimentação - Auxílio Alimentação
e Outros
Encargos Sociais Compulsórios
Entidade de Previdência Privada
Saúde - Convênio Assistencial e
Outros
Benefícios
Segurança no Trabalho - CIPA e
Exames
Periódicos
Educação - Auxílio Educação
Capacitação e Desenvolvimento
Profissional
Auxílio Creche
Participação nos Resultados
Incentivo à Aposentadoria e
Demissão
Voluntária
Vale-Transporte – Excedente
% sobre % sobre
R$ mil LO RL R$ mil LO RL
3 - Indicadores sociais externos
Educação – Programas
Cultura
Saúde e Saneamento - Apoio
Social aos
Municípios
Habitação - Reassentamento de
Famílias
Esporte e Lazer
Doações e Contribuições
% sobre % sobre
R$ mil LO RL R$ mil LO RL
4 - Indicadores ambientais
Desapropriações de terras
Estação ecológica - Fauna / Flora
Relacionamento com a
operação da empresa
Programa Social de Eletricidade
Rural
Rede compacta ou Linha Verde
Programa de Desenvolvimento
Tecnológico e
Industrial
Museu Ecológico
Universidade Livre do Meio
Ambiente
Total
20X1 20X0
5 - Indicadores do corpo funcional em unidades em unidades
A
Ação
É a menor parcela que se divide o capital de uma empresa. Pode ser ordinária ou
preferencial, de acordo com a natureza dos direitos ou vantagens conferidos a seus
titulares.
Ação Endossável
Ação nominativa de sociedade anônima, cuja transmissão se faz por endosso, dependendo
de averbação em seus registros para que a transferência produza efeitos em relação à
companhia.
Ação Escritural
Tipo especial de ação de sociedade anônima, sem emissão de certificado e cuja
transferência se faz por lançamento contábil da instituição onde é mantida em conta de
depósito.
Ação Nominativa
Assim se qualifica o título representativo da quota capital ou quota unidade de capital da
sociedade anônima que traz inscrito em seu contexto o nome de seu proprietário, ou
acionista originário. Por força da lei, enquanto não integralizadas, as ações devem
permanecer nominativas.
Ação Ordinária
Ação com direito a voto nas deliberações das assembléias gerais de acionistas da empresa.
Ação Preferencial
Ação cujas preferências ou vantagens consistem, salvo no caso de ação com direito a
dividendos fixos ou mínimos, cumulativos ou não, no direito de dividendos no mínimo dez
por cento maiores do que os atribuídos às ações ordinárias. Sem prejuízo do disposto no
parágrafo acima, e no que for com ele compatível, as preferenciais ou vantagens podem
consistir:
em prioridade na distribuição de dividendos;
em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele, e
na acumulação das vantagens acima enumeradas.
Acionista
Pessoa, física ou jurídica, detentora de ações do capital de uma empresa.
Acionista Controlador
Pessoa, física, jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle
comum, que:
é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos
264
votos nas deliberações da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores da empresa; e
usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento
dos órgãos da empresa.
Acionista Dissidente
É aquele que, discordando da deliberação da assembléia geral, faculta-se a retirada da
companhia, mediante o reembolso do valor de suas ações.
Ações em Circulação
Ações que não sejam mantidas como ações em tesouraria.
Ações em Tesouraria
Ações de uma empresa que tenham sido adquiridas pela empresa emissora ou uma
subsidiária consolidada e que estejam legalmente disponíveis para revenda ou reemissão.
Acordo de Acionistas
É o acordo celebrado pelos acionistas da sociedade anônima, sobre a compra e venda de
suas ações, preferência para adquiri-las ou exercício do direito de voto.
Ágio
Excesso do custo de aquisição de um investimento em relação ao seu valor patrimonial
contábil.
Ajustes de Avaliação Patrimonial
São as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e
do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.
Amortização
Alocação sistemática do valor depreciável de um ativo intangível durante sua vida útil.
Amortização de Empréstimos
Determinação dos pagamentos em parcelas, necessários para dar a um credor um retorno
especificado e, reembolsar o principal do empréstimo dentro de um período estabelecido.
Arrendamento Mercantil (leasing)
São as transações celebradas entre o proprietário de um determinado bem (arrendador) que
concede o uso a terceiro (arrendatário) por um determinado período contratualmente
estipulado, findo o qual é facultado ao arrendatário a opção de adquirir, devolver ou
prorrogar o contrato do bem objeto do arrendamento.
Arrendamento Financeiro
É a operação em que se transfere substancialmente todos os riscos e compensações
decorrentes da propriedade de um ativo, seja ou não transferida a propriedade após certo
tempo.
Arrendamento Operacional
É a operação em que o bem arrendado proporciona utilização dos serviços sem que haja
comprometimento futuro de opção de compra, caracterizando-se um aluguel e portanto não
devem integrar as contas do balanço patrimonial.
Assembléia de Constituição
Reuniões iniciais, promovidas no sentido de se fundar e instalar a sociedade.
265
Assembléia Geral
Reunião de acionistas, convocada de acordo com a lei e com os estatutos da empresa, que
tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da empresa e tomar
resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.
Assembléia Geral Extraordinária
Reunião de acionistas que tem poderes para deliberar sobre os seguintes assuntos:
reforma do estatuto;
criação de ações preferenciais ou aumento de classes existentes;
alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma
ou mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida;
redução do dividendo obrigatório;
fusão da empresa, ou sua incorporação em outra;
participação em grupo de sociedades;
mudança do objeto social da empresa;
cessação do estado de liquidação da empresa;
criação de partes beneficiárias;
cisão, fusão e incorporação da empresa; e
dissolução da empresa.
Assembléia Geral Ordinária
Reunião de acionistas realizada anualmente, nos 4 primeiros meses seguintes ao término
do exercício social, para:
tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as Demonstrações
Contábeis; e
deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição dos dividendos,
e eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso.
Ata
Registro formal das deliberações tomadas em uma reunião de sociedade, associação ou
corporação de qualquer espécie, sendo o mesmo assinado ou autenticado pelas pessoas
que presidiram a sessão.
Atividades de Financiamento
Atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital e
empréstimos a pagar da empresa.
Atividades de Investimento
A aquisição e venda de ativos de longo prazo e outros investimentos não inclusos nos
equivalentes à caixa.
Atividades Operacionais
As principais atividades geradoras de receita da empresa e outras atividades operacionais
diferentes das de investimento e de financiamento.
Ativo
Recurso controlado por uma empresa como resultado de eventos passados e do qual se
266
espera que futuros benefícios econômicos resultem para a empresa.
Ativo Corrente Líquido
O excesso do ativo circulante sobre o passivo circulante.
Ativo Financeiro
Qualquer Ativo que seja:
caixa;
um direito contratual para receber numerário (caixa) ou outro ativo financeiro de outra
empresa;
um direito contratual para permutar instrumentos financeiros com outra empresa sob
condições potencialmente favoráveis; ou
um instrumento patrimonial de outra empresa.
Ativos Correntes
Ativos que serão realizados no futuro próximo. Entre os itens incluídos no ativo circulante
devem estar:
saldos de caixa e bancos disponíveis para as operações correntes. Os saldos de caixa e
bancos, cujo uso para operações correntes está sujeito a restrições, devem ser incluídos
como um ativo circulante somente se a duração das restrições é limitada ao prazo de
uma obrigação que foi classificada como passivo circulante ou se as restrições terminam
dentro de um ano;
títulos negociáveis que não se destinam a ser retido e são suscetíveis de serem
prontamente realizados;
contas a receber de clientes e outros que se espera realizar dentro de um ano, a partir
da data do balanço;
estoques;
adiantamentos por conta da compra de ativos circulantes; e
despesas pagas antecipadamente, cujo benefício se espera dentro de um ano a partir da
data do balanço.
Ativos Depreciáveis
São aqueles que se presume sejam usados durante mais de um período contábil; têm uma
vida útil limitada e são mantidos por uma empresa para uso na produção de mercadorias e
prestação de serviços, para aluguel a terceiros ou para fins administrativos.
Ativos Fiscais Diferidos
Os valores do imposto de renda e da contribuição social a recuperar em períodos, futuros,
referentes a:
diferenças temporárias dedutíveis;
compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados; e
compensação futura de créditos fiscais não utilizados.
Ativos Imobilizados
São os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
267
desses bens.
Ativos Intangíveis
São os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Ativos Líquidos Disponíveis para Benefícios
Os ativos de um plano menos os passivos, sem incluir o valor presente atuarial dos
benefícios pósemprego.
Ativos Segmentares
Todos os Ativos Tangíveis e Intangíveis que podem ser identificados com um determinado
segmento.
Os ativos compartilhados por dois ou mais segmentos podem ser atribuídos a esses
segmentos, se uma base razoável existir para tal alocação.
Atos de Concentração
Fusões, Aquisições, Incorporações e “joint ventures”. Buscam aumentar a eficiência de uma
empresa a partir da diminuição de custos, ganhos de escala e outros, mas ao mesmo tempo
podem restringir a concorrência.
Audiência Pública
As audiências públicas, realizadas para os processos decisórios que impliquem efetiva
afetação de direitos dos agentes econômicos do setor de saneamento e dos usuários,
decorrente de ato administrativo ou anteprojeto de lei proposto pela ARSESP, terão seu
processo instaurado pela Administração e destina-se a recolher subsídios junto aos
interessados.
Auditor Independente
Pessoa física ou jurídica que tem por objetivo, por meio do exame das contas, expressar
uma opinião independente sobre todos os aspectos relevantes das Demonstrações
Contábeis à luz das práticas contábeis, avaliando, a situação patrimonial, financeira e do
resultado das operações de uma companhia.
Autoridade Competente
Pessoa, instituição ou órgão, investida por Lei, Decreto ou Portaria para representar o poder
público e agir em seu nome.
Autorização
Ato administrativo discricionário e precário pelo qual o poder concedente torna possível ao
postulante a realização de certa atividade, serviço, ou a utilização de determinados bens
particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, condicionado à
aquiescência prévia da Administração.
Instrução Normativa TCU N° 10, de 22 de novembro de 1995 (Diário Oficial, n.226, seção 1,
p.19631, 27 nov 1995).
268
B
Balanço Patrimonial
Balanço que demonstra a situação patrimonial e financeira da companhia, ou seja, todos os
bens, direitos e obrigações e valores integrados anteriormente ao patrimônio.
Banco
Instituição financeira cujas principais atividades incluem a de aceitar depósitos e captar
recursos com o objetivo de conceder empréstimos e fazer investimentos e que estão dentro
do escopo da legislação das atividades bancárias e assemelhadas.
Base Fiscal de um Ativo ou Passivo
O valor atribuído a esse ativo ou passivo para fins tributários.
Benefícios Adquiridos
Benefícios, cujos direitos, nas condições estabelecidas nos planos de benefícios de
aposentadoria, não estão condicionados à continuidade de emprego do beneficiário.
Benefícios Econômicos Futuros
O potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalente à
caixa da empresa. Poderá ser um potencial produtivo que é parte das atividades
operacionais da empresa.
Poderá também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalente à caixa ou uma
capacidade de reduzir as saídas de caixa, tais como quando um processo industrial
alternativo reduz os custos de produção.
269
C
Caixa
Numerário em mãos e depósitos bancários disponíveis.
Capital
De acordo com o conceito financeiro de capital, tal como o do dinheiro investido ou o do
poder de compra investido, o capital é o ativo líquido ou patrimônio líquido da empresa, seu
conceito financeiro de capital é adotado pela maioria das empresas.
Capital Circulante
(v. Ativo Corrente Líquido)
Capital Circulante Líquido
(v. Ativo Corrente Líquido)
Capitalização de Encargos Financeiros
Reconhecimento de um encargo financeiro ou despesa como parte do custo de um ativo.
Capitalização de Obras
Transferência de obras (imobilizações) concluídas, das contas de imobilizado em curso para
as contas de imobilizado em serviço.
Ciclo Operacional
O tempo médio entre o momento de aquisição dos materiais que entram no processo e
aquele em que se realiza a cobrança da venda.
Classes de Ativos
Grupo de ativos de uso e natureza semelhantes nas operações de uma empresa.
Companhia Aberta
Companhia cujos valores mobiliários de sua emissão estão admitidos à negociação em
bolsa de valores ou no mercado de balcão. Somente os valores mobiliários de companhia
registrada na Comissão de Valores Mobiliários – CVM podem ser distribuídos no mercado.
Companhia Fechada
Companhia cujos valores mobiliários de sua emissão não estão admitidos à negociação em
bolsa de valores ou no mercado de balcão.
Compreensibilidade
As informações apresentadas nas Demonstrações Contábeis têm a qualidade da
compreensibilidade quando são compreensíveis aos usuários que tem um conhecimento
razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as
informações com razoável diligência.
Concessão
Delegação de prestação de serviços de competência da União, estabelecida pelo poder
concedente por meio de contrato.
Concessões de Serviço Público
Ajuste pelo qual o poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência,
delega a sua prestação à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.
270
(Instrução Normativa TCU N° 10, de 22 de novembro de 1995 (Diário Oficial, n.226, seção 1,
p.19631, 27 nov 1995)).
Concessões de Serviço Público Precedida da Execução de Obra Pública
Ajuste pelo qual o poder concedente delega, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, a construção total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou
melhoramento de quaisquer obras de interesse público à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco de forma
que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração
do serviço ou da obra por prazo determinado.
Instrução Normativa TCU N° 10, de 22 de novembro de 1995 (Diário Oficial, n.226, seção 1,
p.19631, 27 nov 1995).
Confiabilidade
A informação tem a qualidade de confiabilidade quando está livre de erro ou distorções
relevantes, e nela podem os usuários depositar confiança como representando fielmente
aquilo que ela diz representar ou poderia razoavelmente esperar-se que representasse.
Confrontação entre Custos e Receitas
As despesas são reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação
direta entre os custos incorridos e a aferição de itens específicos da receita. Este processo
envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultam
diretamente e em conjunto das mesmas transações ou outros eventos. Entretanto, a
aplicação do conceito de confrontação da receita e despesa não autoriza o reconhecimento
dos itens no balanço que não satisfaçam a definição de ativos ou passivos.
Conselho de Administração
Órgão de deliberação colegiada, a quem competirá a administração da empresa nos casos
em que o estatuto dispuser sobre a sua existência.
Conselho Fiscal
Órgão de fiscalização dos atos da administração da empresa, segundo disposições
estabelecidas no estatuto sobre o seu funcionamento, de modo permanente ou nos
exercícios sociais em que for instalado a pedido dos acionistas. Será composto por no
mínimo 3 e no máximo 5 membros efetivos, e suplentes em igual número, acionistas ou não,
eleitos pela Assembléia Geral. Compete ao Conselho Fiscal principalmente a fiscalização
dos atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais e
estatutários.
Constituição de Fundo
A transferência de ativos para uma entidade (o fundo) distinta da empresa para atender a
futuras obrigações com o pagamento de benefícios de aposentadoria.
Contas
Designa toda e qualquer espécie de título utilizado na contabilidade.
Contabilização de Hedges
O processo de igualar as épocas de reconhecimento na demonstração do resultado das
mudanças no valor justo de um instrumento financeiro, pelo reconhecimento de iguais mas
opostas mudanças no valor justo de uma posição exposta determinada.
Contingência
Uma expectativa de perdas ou prejuízos ainda não incorridos, através de um ou mais
eventos futuros incertos.
271
Continuidade Empresarial (empresa em marcha)
Normalmente, uma empresa é vista como um negócio em marcha, isto é, com continuidade
operacional no futuro previsível. Presume-se que a empresa não tem a intenção nem a
necessidade de entrar em liquidação ou de restringir significativamente o volume de suas
operações.
Contrato
Instrumento formal de acordo entre duas ou mais partes, de direitos e obrigações
econômicas claras e definidas que as partes possuem por ter força legal.
Contrato a Preço Fixo (Empreitada)
Um contrato de construção em que o construtor concorda com um preço contratual fixo, ou
um preço fixo por unidade de produção, que, em alguns casos, está sujeito a cláusulas de
indexação dos custos.
Contrato de Concessão
Instrumento legal celebrado entre o poder concedente e a concessionária, formalizador da
concessão, e que deverá ter cláusulas essenciais, entre outras as relativas ao objeto, área e
prazo; modo, forma e condições de prestação do serviço; critérios, indicadores, fórmulas e
parâmetros definidores da qualidade do serviço; ao prazo do serviço e aos critérios e
procedimentos para o reajuste e revisão das tarifas; aos direitos, garantias e obrigações do
poder concedente e da concessionária; aos direitos e deveres do usuário para obtenção e
utilização do serviço; aos casos de extinção da concessão, à forma de fiscalização das
instalações e dos equipamentos; às penalidades contratuais e administrativas; aos bens
reversíveis; aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à
concessionária, quando for o caso; à obrigatoriedade de prestação de contas da
concessionária ao poder concedente; à exigência da publicação de demonstrações
financeiras periódicas da concessionária; do foro e ao modo amigável de solução de
divergências contratuais.
Lei N° 8.987, de 1995 - Artigo 23 (Diário Oficial, seção 1, p. 1917, 14 fev 1995).
Contrato de Construção
Um contrato especificamente negociado para a construção de um ativo ou um conjunto de
ativos que são intimamente inter-relacionados ou interdependentes em termos de seu
projeto, tecnologia e função, ou do propósito ou uso final.
Contrato por Administração
Um contrato de construção em que o construtor é reembolsado por custos permissíveis ou
de outra forma definidos, mais uma percentagem desses custos ou um honorário fixo.
Controle
O poder de governar as políticas financeiras e operacionais de uma empresa, para obter
benefícios de sua atividade.
Controle Conjunto
A participação estabelecida no controle de uma atividade econômica.
Comparabilidade
Os usuários devem comparar as Demonstrações Contábeis de diferentes concessionárias a
fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição financeira, os resultados e as mudanças
na posição financeira.
Custo Corrente
272
Os valores em dinheiro ou equivalentes em dinheiro que teriam de ser pagos se o ativo ou
ativos equivalentes fossem adquiridos presentemente. Os valores não descontados, em
dinheiro ou equivalentes a dinheiro, que seriam necessários para liquidar uma obrigação
presentemente.
Custo de Aquisição
A soma do preço de compra, direitos de importação e outros encargos (salvo encargos
fiscais subseqüentemente recuperáveis pela empresa, do fisco) e o transporte, manuseio e
outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos, materiais e serviços. Os
descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes são deduzidos na
determinação do custo de compra.
Custo de Desenvolvimento
Todos os custos que são diretamente atribuíveis às atividades de desenvolvimento ou que
podem ser alocados, em base razoável, a tais atividades.
Custo de Reposição de um Ativo
Normalmente derivado do custo corrente de aquisição de um ativo semelhante, novo ou
usado, ou de uma equivalente capacidade produtiva ou de um equivalente potencial de
serviço.
Custo de uma Aquisição
O valor em dinheiro ou equivalente pago, ou o valor justo na data da troca de outra forma de
pagamento dada pela adquirente em troca do controle sobre os ativos líquidos da outra
empresa, mais quaisquer custos diretamente atribuíveis à aquisição.
Custo de um Ativo Adquirido em Troca ou como Parte da Troca por outro Ativo Diferente O
valor justo do ativo recebido, que é equivalente ao valor justo do ativo entregue, ajustado
pelo montante do numerário ou equivalente recebido ou pago.
Custo de um Investimento
O custo inclui despesas de aquisição, tais como corretagens, honorários, taxas e despesas
bancárias. Se um investimento for adquirido em sua totalidade ou parcialmente, mediante
emissão de ações ou outros títulos, o custo de aquisição é o valor justo dos títulos emitidos
e não o seu valor nominal.
Custo de um Item do Ativo Imobilizado ou Intangível
O valor pago em dinheiro ou equivalente, ou o valor justo de outra forma de pagamento
entregue para adquirir um ativo na data de sua aquisição ou construção.
Custo dos Estoques
Todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para trazer os
estoques até a sua presente localização e condição.
Custo dos Serviços Correntes
O custo para urna empresa, de acordo com um plano de benefícios de aposentadoria,
correspondente aos serviços prestados no período corrente pelos empregados participantes.
Custo dos Serviços Passados
O custo para urna empresa, de acordo com um plano de benefícios de aposentadoria,
correspondente a serviços prestados em períodos anteriores pelos empregados
participantes e resultantes de:
introdução de um plano de benefícios de aposentadoria; ou
273
introdução de emendas em tal plano.
Custo Histórico
Ativos são contabilizados pelos valores pagos em dinheiro ou equivalentes a dinheiro ou
pelo valor justo do que é entregue para adquiri-los na época da aquisição. Passivos são
registrados pelos valores do que foi recebido em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos, valores em dinheiro ou equivalentes
a dinheiro que serão necessários para satisfazer o passivo no curso normal das operações.
Custódia
Estado da coisa ou pessoa que está sob guarda, proteção ou defesa de outrem, como o
próprio local em que alguma coisa está guardada ou em que alguma pessoa é tida.
274
D
Data de Aquisição
A data na qual o controle dos ativos líquidos e das operações da adquirida é efetivamente
transferido para o adquirente.
Debêntures
Títulos normalmente a longo prazo emitidos por uma empresa, com garantia de certos bens,
propriedades ou avais. São títulos negociáveis e conferem a seus titulares direito de crédito
contra a empresa emitente, nas condições estabelecidas na escritura de emissão e do
certificado. São títulos que deverão ser liquidados quando do seu vencimento, podendo a
empresa emitente reservar-se o direito de resgate antecipado. As debêntures podem ser
conversíveis em ações. Nesse caso, a escritura de emissão de debêntures especificará as
bases da conversão e o prazo ou época para exercício desse direito.
Debenturista
É o titular de debêntures.
Demonstrações Contábeis
O termo abrange balanços patrimoniais, demonstrações de resultados, demonstrações das
mutações do patrimônio líquido, demonstrações do fluxo de caixa, demonstrações do valor
adicionado e notas explicativas identificadas como sendo parte integrante das
Demonstrações Contábeis.
Depreciação
É a perda de valor dos bens físicos (edificações, equipamentos, veículos, etc.) ao longo de
sua vida útil.
Deságio
Excesso do valor patrimonial contábil de um investimento em relação ao seu custo da
aquisição.
Despesa Fiscal (Receita Fiscal)
O montante dos impostos correntes e diferidos incluídos na determinação do lucro líquido ou
prejuízo do período. A despesa fiscal (receita fiscal) abrange a despesa de impostos
corrente (receita de impostos corrente) e a despesa de impostos diferidos (receita de
impostos diferidos).
Despesas
Decréscimo nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de
recursos ou redução de ativos ou incorrência de passivos, que resultam em decréscimo do
patrimônio líquido e não se confundem com os que resultam de distribuição aos
proprietários da empresa.
Diferença de Câmbio
A diferença resultante do mesmo número de unidades de uma moeda estrangeira na moeda
básica das Demonstrações a diferentes taxas cambiais.
iferenças Inter-temporárias
A diferença entre o lucro tributável e o lucro contábil de um período, que surgem porque o
período no qual alguns itens da receita e despesa estão incluídos no lucro tributável não
coincide com o período no qual eles são incluídos no lucro contábil. As diferenças inter-
temporárias originam-se em um período e se revertem em um ou mais períodos
275
subseqüentes.
Diferenças Permanentes
As diferenças entre o lucro tributável e o lucro contábil de um período que se origina no
período corrente e não são revertidos em períodos subseqüentes.
Diferenças Temporárias
É a diferença entre o valor registrado de um ativo ou passivo no balanço patrimonial e sua
base fiscal. As diferenças temporárias podem ser:
temporária tributável; e
temporária dedutível.
Diferenças Temporárias Dedutíveis
É a diferença temporária que resultará em montantes que serão dedutíveis na determinação
do lucro tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros, quando o valor do ativo ou passivo é
recuperado ou liquidado.
Diferenças Temporárias Tributáveis
É a diferença temporária que resultará em montantes tributáveis na determinação do lucro
tributável (prejuízo fiscal) de períodos futuros, quando o valor do ativo ou passivo é
recuperado ou liquidado.
Direito de Preferência
Outorga à pessoa para que, preferencialmente, seja atendida em seu direito creditório antes
de qualquer outra, que não traga regalia igual ou superior à sua.
Direito de Retirada
Prerrogativa do acionista de retirar-se da companhia, mediante reembolso de suas ações,
quando dissentir de certas deliberações.
Diretoria
Órgão da administração composto por dois ou mais diretores, eleitos e destituíveis a
qualquer tempo pelo Conselho de Administração, ou, se inexistente, pela Assembléia Geral
de Acionistas, devendo o estatuto social estabelecer:
o número de diretores, ou o máximo e o mínimo permitidos;
o modo de sua substituição;
o prazo de gestão, que não será superior a 3 anos, permitida a reeleição;
as atribuições de poderes de cada diretor; e
a representação da empresa é privativa dos diretores.
Dividendos
Distribuições de lucros a possuidores de ações do capital em proporção aos seus
investimentos em uma categoria determinada de ações.
276
E
Empresa Estatal
É a pessoa jurídica, constituída sob a forma de direito mercantil, composta de capitais
privados e públicos, majoritariamente por estes últimos, criado pelo Poder Público como
instrumento de sua atuação e normalmente visando interesses da coletividade, não lhes
sendo admitidos privilégios em relação à empresa privada, com suas atividades
disciplinadas pelo direito privado.
Lei N° 9.074, de 7 de julho de 1995 - Artigo 32 (Diário Oficial, seção 1, p.101.2.05, 8 jul
1995) - Alterada pela Lei 9.648 de 27, de maio de 1998 (Diário Oficial, seção 1, p.1, 28 maio
1998).
Empresa Líder do Consórcio
Empresa responsável pelo Consórcio e que representa os consorciados perante o Poder
Concedente.
Lei N° 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 - Artigos 19 - 11 (Diário Oficial, seção 1, p.1917, 14
fev 1995) - Atualizada pela Lei N° 9.648, de 27 de maio de 1998 (Diário Oficial, seção 1, p.3,
28 set 1998).
Empresa Associada
Uma empresa na qual o investidor tem influência significativa e não é uma subsidiária nem
uma “joint venture” do investidor.
Encampação
É o ato de retomada do serviço pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão, por
motivo de interesse público mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da
indenização, na forma da lei N° 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 - Artigo 37 (Diário Oficial,
seção 1, p.1917, 14 fev 1995) - Atualizada pela Lei N° 9.648, de 27 de maio de 1998 (Diário
Oficial, seção 1, p.3, 28 set 1998)
Encargos (ou Custos) Financeiros de Empréstimos
Juros e outros custos incorridos por uma empresa com relação à tomada de empréstimos.
Equivalentes à Caixa
Investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em valores
conhecidos de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.
Escrituração
Registro sistemático e metódico de todos os atos e fatos contábeis ocorridos em uma
organização a fim de que se fixem permanentemente, e possam, a qualquer momento,
fornecer os dados que se tornem necessários para qualquer verificação a respeito deles.
Essência ou Substância Sobre a Forma
O princípio de que as transações e outros eventos sejam contabilizados e apresentados de
acordo com a sua essência ou substância formal e a sua realidade econômica, e não
meramente sua forma legal.
Estatuto Social
Documento que estabelece as normas de funcionamento da empresa, devendo satisfazer a
todos os requisitos exigidos para os contratos das sociedades mercantis em geral e aos
peculiares às empresas.
Estoques
277
Ativos destinados à venda no curso normal dos negócios, em processo de produção para
venda, ou sob a forma de matéria-prima ou materiais para serem usados no processo de
produção ou na prestação de serviços.
Eventos Subseqüentes
São acontecimentos ocorridos após a data do balanço que não afetam a condição de ativos
ou passivos após esta data. Dois tipos de eventos podem ser identificados:
os que proporcionam evidência adicional de condições que existiam à data do balanço; e
os que são indicadores de condições que surgiram subseqüentes à data do balanço.
Exercício Social
Período instituído em uma sociedade civil ou comercial, dentro do qual far-se-á apuração
dos resultados econômicos ou dos prejuízos ocorridos na execução dos fins sociais.
278
F
Fluxo de Caixa
Entradas e saídas de caixa e equivalentes à caixa.
279
G
Garantia
Meio, executável extrajudicialmente, com que se assegura o cumprimento da obrigação de
pagamento.
Governo
Órgãos, agências governamentais e assemelhados.
Grupo
Composta pela empresa matriz e suas subsidiárias.
280
H
Hedging
Redução ou eliminação dos efeitos dos riscos de mercado, de juros ou de câmbio, cada um
dos quais pode estar presente em alguma medida em um instrumento financeiro.
Hiperinflação
Perda do poder aquisitivo da moeda a uma taxa que torna enganosa a comparação de
valores referentes a transações e outros eventos que tiveram lugar em épocas diferentes,
ainda que dentro de um mesmo período contábil. A hiperinflação é indicada pelas
características da conjuntura econômica de um país, as quais incluem, além de outras, as
seguintes:
a população em geral prefere manter sua riqueza em ativos não monetários ou em uma
moeda estrangeira relativamente estável. Os valores em moeda local são imediatamente
investidos para preservar seu poder de compra;
a população em geral não considera os recursos monetários em termos da moeda local,
mas em termos de uma moeda estrangeira relativamente estável. Pode ser que os
preços sejam expressos nessa última moeda;
as vendas e as compras a crédito são feitas a preços que compensam a perda esperada
no poder de compra durante o período do crédito, ainda que o período seja curto;
taxas de juros, salários e preços são atrelados a um índice de preços; e
a taxa inflacionária cumulativa no triênio se aproxima de 100%, ou excede a essa taxa.
281
I
Imobilizações em Curso /Obras em Andamento
Refere-se a bens e instalações em fase de construção/elaboração/formação que, quando
concluídas, serão destinados à operação na prestação do serviço de saneamento.
Imobilizações em Serviço
Referem-se aos bens e instalações que estão em operação na prestação do serviço de
saneamento.
Imposto Corrente
O valor dos impostos sobre a renda a pagar (a recuperar), em relação ao lucro tributável
(prejuízo fiscal) do período.
Integridade
É a informação completa dentro dos limites da relevância e do custo.
Instrumento
Qualquer contrato que evidencie participação residual nos ativos de uma empresa após a
dedução de todos os seus passivos.
Instrumento Composto
Um instrumento financeiro que inclui uma combinação de ativos financeiros, passivos
financeiros e patrimoniais, tais como investimentos em um título que contém uma opção de
conversão em ações ordinárias ou preferenciais do emissor, ou um título que contém uma
opção de troca por outro instrumento financeiro possuído pelo emissor.
Instrumento Financeiro
Um contrato que origina tanto um ativo financeiro de uma empresa como um passivo
financeiro ou um instrumento patrimonial de outra empresa.
Instrumentos Financeiros Derivativos
Instrumentos financeiros, tais como operações de opções, futuro, a termo e de “swap” de
taxa de juros e de moedas que criam derivativos e obrigações que têm o efeito de transferir
entre as partes um ou mais dos riscos financeiros inerentes em um instrumento financeiro
primário subjacente.
Instrumentos derivativos não resultam em transferência de instrumento financeiro primário
subjacente no início do contrato e essa transferência não ocorre, necessariamente, no seu
vencimento.
Instrumentos Financeiros Primários
Instrumentos financeiros como, por exemplo, contas a receber, contas a pagar e ações de
capital, que não são instrumentos financeiros derivativos.
Interesse Minoritário
A parte do resultado líquido das operações e dos ativos líquidos de uma subsidiária
atribuível a interesses que não são possuídos, direta ou indiretamente por meio de
subsidiárias, pela matriz.
Investidor
Uma das partes de uma “joint venture” que não exerce o controle conjunto sobre a mesma.
Investimento
282
Um ativo possuído por uma empresa para fins de acréscimo patrimonial por meio da
distribuição (tais como juros, royalties, dividendos e aluguéis), para fins de valorização ou
para outros benefícios do investidor, tais como os obtidos por meio de relacionamento
comercial entre empresas.
Investimento a Longo Prazo
Um investimento que não se enquadra como investimento corrente.
Investimento Corrente
Um investimento que, por sua natureza, é prontamente realizável e destina-se a ser mantido
por prazo não superior a um ano.
Itens Extraordinários
Receitas ou despesas que resultam de eventos ou transações que são claramente distintos
das atividades ordinárias da empresa e, portanto, não se espera que se repitam
freqüentemente ou regularmente.
Itens Monetários (Ativos Financeiros Monetários e Passivos Financeiros; Instrumentos
Financeiros Monetários) Recursos de caixa em mãos e ativos (ativos financeiros) e passivos
a serem recebidos ou pagos em importâncias fixas ou determináveis em dinheiro.
283
J
Juros
Remuneração paga pelo uso do dinheiro.
Juros Sobre Capital Próprio (JCP)
Juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de
remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa
jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
284
L
Liquidez
Disponibilidade de fundos suficientes para atender às retiradas, depósitos e outras
responsabilidades financeiras à medida que se vencem.
Liquidez (da Empresa)
Habilidade da empresa de continuar com suas atividades numa base contínua sem
encontrar dificuldades financeiras.
Lucro
O valor residual que resta depois que as despesas tiverem sido deduzidas das receitas.
Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do começo do período é
lucro.
Lucro Contábil
Lucro líquido ou prejuízo de um período antes de deduzir a despesa de imposto de renda e
contribuição social.
Lucro ou Prejuízo Líquido
Compreende os seguintes componentes:
i) lucro ou prejuízo das atividades ordinárias; e
ii) itens extraordinários.
Lucro Tributável (Prejuízo Fiscal)
O montante do lucro (prejuízo) de um período, determinado de acordo com as regras
estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre a qual a provisão dos impostos a pagar
(recuperáveis) é calculada.
Lucros
Aumentos nos benefícios econômicos e, como tal, sua natureza não difere das receitas.
285
M
Manutenção
Conjunto de ações necessárias para que um equipamento ou instalação seja conservado ou
restaurado, de modo a permanecer de acordo com uma condição especificada.
Matriz
Empresa que tem uma ou mais subsidiárias.
Mensuração
O processo que consiste em determinar quantitativamente as importâncias monetárias pelas
quais os elementos das Demonstrações Contábeis devem ser reconhecidos e apresentados
no balanço e demonstração do resultado.
Mercado Secundário
Um mercado secundário ativo existe quando:
os ativos (intangíveis) do mercado são relativamente homogêneos, isto é, são idênticos
ou podem ser divididos em unidades fixas que são idênticas;
existe uma quantidade suficiente de negociação desses ativos onde compradores e
vendedores dispostos poderão encontrar a qualquer tempo; e
os preços estão disponíveis publicamente.
Método de Execução
Um método pelo qual a receita contratual é confrontada com os percentuais dos custos
contratuais incorridos para atingir o estágio de execução, resultando na apuração da receita,
despesa e lucro que podem será atribuídos à proporção do trabalho executado.
Método Direto de Reporte dos Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Um método que divulga as principais classes de recebimentos e desembolsos brutos de
caixa.
Método do Custo
Método de contabilização, segundo o qual o investimento é registrado ao preço de custo. A
demonstração do resultado reflete a receita do investimento apenas na extensão em que
receber distribuições dos lucros líquidos acumulados da investida, feitas depois da data da
aquisição.
Método Indireto de Reporte dos Fluxos de Caixa de Atividades Operacionais
Método pelo qual o lucro ou prejuízo líquido é ajustado pelos efeitos das transações que não
envolvem dinheiro, quaisquer diferimentos ou provisões de recebimentos ou pagamentos
operacionais passados ou futuros e itens da receita ou despesa relativa a fluxos de caixa de
atividades de investimento ou de financiamento.
Métodos de Avaliação de Benefícios
Métodos de avaliação atuarial que determinam o custo de prover os benefícios de
aposentadoria com base no serviço tanto prestado, beneficio projetado, como a prestar,
pelos empregados na data da avaliação atuarial.
Métodos de Avaliação de Benefícios Acumulados
Métodos de avaliação atuariais que determinam o custo de prover os benefícios de
aposentadoria com base nos serviços prestados pelos empregados até a data da avaliação
atuarial.
286
Moeda Básica das Demonstrações
A moeda usada na apresentação das Demonstrações Contábeis.
Moeda Estrangeira
Uma moeda diferente da moeda básica das Demonstrações Contábeis de uma empresa.
287
N
Negociável no Mercado
Existe um mercado ativo com base no qual pode-se obter um valor de mercado (ou outro
indicador que possibilite calcular o valor de mercado).
Neutralidade
A informação contida nas Demonstrações Contábeis deve ser neutra, isto é, livre de
preconceitos.
288
O
Obrigação
Um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de certa maneira. As obrigações poderão ser
legalmente exigíveis em conseqüência de um contrato ou requisitos estatutários. As
obrigações surgem também de práticas normais dos negócios, costumes e do desejo de
manter boas relações comerciais ou agir de maneira eqüitativa.
Opções de Compra
Um instrumento financeiro que dá ao possuidor o direito de comprar ações ordinárias.
Operação Descontinuada
A venda ou abandono de uma operação que representa uma linha importante e distinta de
negócios de uma empresa e cujos ativos, lucro ou prejuízo líquido e atividades podem ser
distinguidos física e operacionalmente e para fins de relatórios contábeis.
289
P
Pagamentos Mínimos do Arrendamento
São os pagamentos durante o período do arrendamento que o arrendatário está obrigado ou
pode estar obrigado a fazer (excluindo os custos de serviços e impostos a serem pagos pelo
arrendador ou a ele reembolsáveis):
no caso do arrendatário, quaisquer importâncias garantidas por ele ou por terceiro (parte
relacionada);
no caso do arrendador, qualquer valor residual que lhe for garantido pelo arrendatário; e
por parte relacionada com o arrendatário; ou por um terceiro independente,
financeiramente capaz de honrar tal garantia.
Entretanto, se o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera
seja tão abaixo do valor justo na data em que a opção se torna possível que, no começo do
arrendamento, já é razoavelmente certo que a opção será exercida, os pagamentos
mínimos dos arrendamentos compreendem os aluguéis mínimos pagáveis durante o período
do arrendamento e o pagamento necessário para exercer a opção de compra.
Partes Beneficiárias
São títulos negociáveis, sem valor nominal e estranho ao capital social, que conferirão aos
seus titulares direito de crédito eventual contra a empresa consistente na participação nos
lucros anuais. A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para a formação da
reserva de resgate, se houver, não pode ultrapassar 0,1 (um décimo) dos lucros. É vedado
conferir às partes beneficiárias qualquer direito privativo de acionista, salvo o de fiscalizar os
atos dos administradores, e ainda; é proibida a criação de mais de uma classe ou série de
partes beneficiárias.
Partes Relacionadas
Consideram-se partes relacionadas aquelas em que uma delas tem poder de controle da
outra ou exerce influência significativa sobre a outra no processo decisório financeiro e
operacional.
Participantes
São os associados de um plano de benefícios de aposentadoria e outros que têm direitos a
benefícios de acordo com o plano.
Passivo
É a obrigação presente da empresa, resultante de eventos, cuja liquidação se espera que
resulte em um desembolso pela empresa de recursos contendo benefícios econômicos.
Passivo Financeiro
Qualquer passivo que seja uma obrigação contratual para:
entregar numerário ou outro ativo financeiro a outra empresa; ou
permutar instrumentos financeiros com outras empresas em condições potencialmente
desfavoráveis.
Passivos Correntes (circulante)
Passivos que serão liquidados no futuro próximo. Entre os itens incluídos nos passivos
circulantes devem estar as obrigações a pagar à vista e aquelas partes das seguintes
obrigações, cuja liquidação se espera dentro de um ano da data do balanço:
290
empréstimos bancários e outros. Se um empréstimo é exigível de acordo com um plano
de pagamentos acordado como credor, o empréstimo poderá ser classificado de acordo
com esse plano, apesar de existir um direito do credor de pedir o pagamento a curto
prazo;
a porção corrente dos passivos a longo prazo, a não ser que a empresa pretenda
refinanciar a obrigação a longo prazo e exista uma segurança razoável que a empresa
estará habilitada a fazê-lo;
contas a pagar a fornecedores e obrigações por despesas;
provisões para impostos a pagar;
dividendos a pagar;
receitas diferidas e adiantamentos de clientes; e
provisões para contingências.
Passivos Fiscais Diferidos
São os montantes dos impostos sobre a renda a pagar em períodos futuros, com respeito a
diferenças temporárias tributáveis.
Patrimônio Líquido
São os valores investidos pelos sócios na empresa (capital social) em um determinado
momento, resultante do ativo deduzido do passivo e posteriormente reinvestidos como
lucros acumulados.
PEPS (FIFO)
O pressuposto de que os itens do estoque que foram comprados em primeiro lugar são os
primeiros a ser vendidos e, conseqüentemente, os itens remanescentes no estoque no fim
do período são aqueles mais recentemente comprados ou produzidos.
Período do Arrendamento
Período contratual em que o arrendatário se obriga a arrendar o ativo, com quaisquer outras
condições pelas quais o arrendatário tem a opção de continuar arrendando o ativo com
pagamentos adicionais, opção esta que, convencionada no início do arrendamento, torna-se
razoavelmente certo que o arrendatário a exercerá.
Pesquisa
Investigação original e planejada empreendida com a expectativa da obtenção de novos
conhecimentos e compreensão científica ou técnica.
Plano de Benefícios
Plano de benefícios de aposentadoria que a empresa retém sem fundo específico a
obrigação de pagar os benefícios de aposentadoria conforme o plano sem o
estabelecimento de um fundo separado.
Plano de Benefícios de Aposentadoria
Acordos segundo os quais uma empresa concede benefícios a seus empregados no término
ou após o término do tempo de serviço (ou sob a forma de uma renda anual ou num único
pagamento), quando tais benefícios ou as respectivas contribuições do empregador podem
ser determinados, ou estimados antes da aposentadoria de acordo com as disposições de
um documento ou as práticas da empresa.
Planos de Benefícios Definidos
Planos de benefícios de aposentadoria segundo os quais os valores a serem pagos como
291
benefícios de aposentadoria são determinados mediante uma fórmula usualmente baseada
na remuneração do empregado e/ou anos de serviço.
Planos de Contribuição Definida
Planos de benefícios de aposentadoria segundo os quais os valores, contribuição a serem
pagos, como benefícios de aposentadoria são determinados com base nas contribuições
para um fundo com os respectivos rendimentos de investimento.
Poder Concedente
A União, o Estado, o Distrito Federal ou Município, em cuja competência se encontre o
serviço público, precedido ou não da execução de obra, objeto de concessão.
(Lei N° 8.987, de 1995 - Artigo 2 - CF. Artigo 1).
Políticas Contábeis
Os princípios, bases, convenções, regras e práticas específicas adotados por uma empresa
na preparação e apresentação de Demonstrações Contábeis.
Posição Financeira
A relação entre os ativos, passivos e patrimônio líquido de uma empresa, como apresentada
nas Demonstrações Contábeis.
Prejuízos
Decréscimo nos benefícios econômicos e que, não são de natureza diferente das demais
despesas.
Princípio Contábil da Competência
As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de seu
recebimento ou pagamento.
Provisão
Representa a expectativa de perda de ativos ou estimativas de valores a desembolsar que,
apesar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis já
ocorridos, que dizem respeito a perdas economicamente incorridas.
Prudência
A inclusão de certa dose de cautela na formulação dos julgamentos necessários na
elaboração de estimativas em certas condições de incertezas no sentido de que ativos ou
receitas não sejam superestimados e passivos ou despesas não sejam subestimados.
292
R
Receitas
Aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de
recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do
patrimônio líquido, e não se confundem com os que resultam de contribuição dos
proprietários da empresa.
Reserva de Capital
Constituídas por valores recebidos pela empresa que não transitam pelo resultado como
receitas, por se referirem a valores destinados a reforço do seu capital, sem terem como
contrapartidas qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou de prestação
de serviços.
Reserva de Lucros
Constituídas por valores apropriados dos lucros da empresa, nos termos da legislação
societária e dos estatutos sociais da empresa.
Risco de Liquidez
O risco de que a empresa encontre dificuldade em levantar fundos para atender aos
compromissos relativos aos instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar da
inabilidade em vender rapidamente um ativo financeiro por um preço próximo ao seu valor
justo.
Risco de Mercado
Um risco de preço. O risco de que o valor de um instrumento financeiro flutuará em
conseqüência das alterações nos preços de mercado, sejam estas, causadas por fatores
específicos de um determinado título ou de seu emissor, sejam por fatores que afetam todos
os títulos negociados no mercado.
Risco de Taxa de Juros
Um risco de preço - O risco de que o valor de um instrumento financeiro flutuará em virtude
de mudanças das taxas de juros do mercado.
Risco do Fluxo de Caixa
O risco de que os fluxos de caixa futuros, associados a um instrumento financeiro
monetário, flutuem em valor.
Risco do Preço
Há três tipos: o risco da moeda, o risco da taxa de juros e o risco de mercado. O termo
"risco de preço" abrange não somente o potencial de perda, mas também o potencial de
ganho.
Riscos Relacionados com um Ativo Arrendado
Possibilidade de prejuízos resultantes de capacidade ociosa, obsoleta, tecnológica ou de
variações no retorno do investimento devido às condições econômicas em processo de
alteração.
293
S
Saldos ou Transações Intercompanhias
Saldos ou transações, entre:
a empresa matriz e as suas subsidiárias; e
uma subsidiária e a empresa matriz ou outras subsidiárias do grupo.
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS
O SNIS é um sistema que reúne informações e indicadores sobre a prestação dos serviços
de água e esgotos provenientes de uma amostra de prestadores que operam no Brasil.
Sociedade de Economia Mista
Aquela que tem personalidade jurídica de direito privado e se destina à exploração de
atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam majoritariamente ao poder público.
Solvência
A disponibilidade de caixa no longo prazo para cumprir com as obrigações financeiras nos
seus vencimentos.
Subsidiária
Uma empresa que é controlada por outra (conhecida como a matriz).
Subvenções
Recurso Governamental (federal, estadual e municipal) concedido às empresas sob a forma
de incentivo ou ajuda a setores econômicos ou regiões em cujo desenvolvimento haja
interesse especial.
294
T
Taxa Cambial
A taxa para a troca de duas moedas.
Taxa de Câmbio
Taxa que permite converter custos definidos em moeda nacional para custos
economicamente equivalentes em moeda estrangeira, e vice versa.
Taxa de Fechamento
A taxa cambial entre duas moedas vigente na data do balanço.
Taxa de Juros Atribuídos
A mais claramente determinável entre as seguintes:
a taxa prevalecente para um título semelhante de um emitente com uma classificação
semelhante de crédito; ou
uma taxa de juros, que desconte o valor nominal do título ao preço de venda corrente
das mercadorias ou serviços.
Taxa de Juros de Financiamento do Arrendatário
A taxa de juros, que o arrendatário teria que pagar num arrendamento semelhante ou, se
isto não for determinável, a taxa que, no começo do arrendamento, o arrendatário incorreria
para tomar um empréstimo por um prazo semelhante e com uma garantia semelhante, para
obter os fundos necessários para comprar o ativo.
Taxa de Juros Implícita no Arrendamento
A taxa de desconto que, no começo do arrendamento, faz com que o valor presente total de
pagamentos mínimos do arrendamento do ponto de vista do arrendador e do valor residual
não garantido, seja igual ao valor justo do ativo arrendado, menos quaisquer subsídios ou
créditos fiscais que o arrendador tenha a receber.
Taxa de Retorno
É aquela que representa o retorno financeiro percentual de um investimento.
Taxa Efetiva (ou Real)
É aquela em que a unidade de tempo a que ela se refere coincide com a unidade de tempo
dos períodos de capitalização.
Taxas Anuais de Depreciação
Percentuais para cálculo e contabilização das quotas periódicas de depreciação dos bens
da concessionária.
Taxas Nominais
É a taxa em que a unidade de tempo que ela se refere não coincide com a unidade de
tempo dos períodos de capitalização.
Títulos de Investimentos
Títulos adquiridos e mantidos até o vencimento para obter rendimento ou para valorização.
Títulos Negociáveis
Títulos que são adquiridos e mantidos com a intenção de revenda em curto prazo.
Transação em Moeda Estrangeira
295
Uma transação que é feita ou que exige liquidação em urna moeda estrangeira.
Transação entre Partes Relacionadas
Uma transferência de recursos ou obrigações entre partes relacionadas, ainda que a título
gratuito.
U
UEPS (LIFO)
Pressupõe-se que os itens do estoque que foram comprados ou produzidos em ultimo lugar
são os primeiros a serem vendidos e, conseqüentemente, os itens remanescentes no
estoque no fim do período foram primeiramente comprados ou produzidos.
296