A Ralé Brasileira
A Ralé Brasileira
A Ralé Brasileira
A RALÉ BRASILEIRA
Quem é e como vive
São Paulo
2018
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Editores
Camila Almeida Janela Valim
Gustavo Marinho de Carvalho
Rafael Valim
Conselho Editorial
Alysson Leandro Mascaro
(Universidade de São Paulo – SP)
Augusto Neves Dal Pozzo
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP)
Daniel Wunder Hachem
(Universidade Federal do Paraná – UFPR)
Emerson Gabardo
(Universidade Federal do Paraná – UFPR)
Gilberto Bercovici
(Universidade de São Paulo – USP)
Heleno Taveira Torres
(Universidade de São Paulo – USP)
Jaime Rodríguez-Arana Muñoz
(Universidade de La Coruña – Espanha)
Pablo Ángel Gutiérrez Colantuono
(Universidade Nacional de Comahue – Argentina)
Pedro Serrano
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP)
Silvio Luís Ferreira da Rocha
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP)
Equipe editorial
Carolina Ressurreição (revisão)
Denise Dearo (design gráfico)
Lúcia Brandão (capa)
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Dedico este livro ao meu pai, in memoriam,
por ter me transmitido o sentimento que me permitiu fazê-lo.
S U M Á RI O
INTRODUÇÃO 13
PARTE 1
O MITO BRASILEIRO E
O ENCOBRIMENTO DA DESIGUALDADE
CAPÍTULO 1
A CONSTRUÇÃO DO MITO DA “BRASILIDADE” 35
Jessé Souza
CAPÍTULO 2
SENSO COMUM E JUSTIFICAÇÃO DA DESIGUALDADE 47
Jessé Souza
CAPÍTULO 3
COMO O SENSO COMUM E A “BRASILIDADE”
SE TORNAM CIÊNCIA CONSERVADORA? 57
Jessé Souza
CAPÍTULO 4
A TESE DO PATRIMONIALISMO
A demonização do Estado corrupto e a divinização do mercado
como reino da virtude 83
Jessé Souza
CAPÍTULO 5
OS LIMITES DO POLITICAMENTE CORRETO 101
Jessé Souza
7
JESSÉ SOUZA
PARTE 2
O BRASIL ALÉM DO MITO
NOVO OLHAR E NOVOS CONFLITOS
CAPÍTULO 6
COMO É POSSÍVEL PERCEBER
O BRASIL CONTEMPORÂNEO DE MODO NOVO? 117
Jessé Souza
AS MULHERES DA RALÉ
CAPÍTULO 7
“DO FUNDO DO BURACO”
O drama social das empregadas domésticas 141
Maria Teresa Carneiro; Emerson Rocha
CAPÍTULO 8
A MISÉRIA DO AMOR DOS POBRES 161
Emanuelle Silva; Roberto Torres;Tábata Berg
CAPÍTULO 9
A DOR E O ESTIGMA DA PUTA POBRE 191
Patrícia Matos
OS HOMENS DA RALÉ
CAPÍTULO 10
O CRENTE E O DELINQUENTE 225
Emerson Rocha; Roberto Torres
CAPÍTULO 11
O TRABALHO QUE (IN)DIGNIFICA O HOMEM 263
Fabrício Maciel; André Grillo
A MÁ-FÉ INSTITUCIONAL
CAPÍTULO 12
A INSTITUIÇÃO DO FRACASSO
A educação da ralé 303
Lorena Freitas
8
A RALÉ BRASILEIRA: QUEM É E COMO VIVE
CAPÍTULO 13
“FAZER VIVER E DEIXAR MORRER”
A má-fé da saúde pública no Brasil 329
Lara Luna
CAPÍTULO 14
A MÁ-FÉ DA JUSTIÇA 357
Priscila Coutinho
O RACISMO NO BRASIL
CAPÍTULO 15
COR E DOR MORAL
Sobre o racismo na ralé 385
Emerson Rocha
CONCLUSÃO
A MÁ-FÉ DA SOCIEDADE E A NATURALIZAÇÃO DA RALÉ 419
Jessé Souza
ANEXOS
ANEXO I
POSIÇÕES DE CLASSES DESTITUÍDAS NO BRASIL 485
José Alcides Figueiredo Santos
ANEXO II
OS NÚMEROS DOS DESTITUÍDOS NO BRASIL 503
José Alcides Figueiredo Santos
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“A sociologia talvez não merecesse uma hora de
esforço se tivesse por finalidade apenas descobrir
os cordões que movem os indivíduos que ela
observa, se esquecesse que lida com os homens,
mesmo quando estes, à maneira das marionetes,
jogam um jogo cujas regras ignoram, em suma,
se ela não se desse à tarefa de restituir a esses
homens o sentido de suas ações”.
Pierre Bourdieu. O camponês e seu corpo.
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