NBR 15516-02
NBR 15516-02
NBR 15516-02
Válida a partir de
12.06.2008
ICS 53.020.30
ISBN 978-85-07-00709-8
Número de referência
ABNT NBR 15516-2:2008
15 páginas
© ABNT 2008
ABNT NBR 15516-2:2008
© ABNT 2008
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Impresso no Brasil
Sumário Página
Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 1
4 Perigos ............................................................................................................................................................ 2
5 Informações de uso e manutenção ............................................................................................................. 2
5.1 Generalidades ................................................................................................................................................ 2
5.2 Restrições quanto à alteração da condição acabada da linga de corrente ............................................ 2
5.3 Limitações quanto ao uso da linga de corrente devidas a condições ambientais adversas ou
condições perigosas ..................................................................................................................................... 2
5.4 Ações a serem tomadas antes de se colocar a linga de corrente em uso pela primeira vez................ 2
5.5 Instruções relativas ao uso correto da linga de corrente ......................................................................... 3
5.6 Inspeção completa e manutenção periódica .............................................................................................. 3
Anexo A (normativo) Uso, manutenção e inspeção de lingas de corrente........................................................... 4
A.1 Uso de lingas de corrente ............................................................................................................................. 4
A.1.1 Seleção da linga de corrente ........................................................................................................................ 4
A.1.2 Verificação da linga de corrente antes do primeiro uso e em serviço .................................................... 5
A.1.3 Manuseio da carga ........................................................................................................................................ 6
A.2 Manutenção .................................................................................................................................................. 12
A.2.1 Inspeção ....................................................................................................................................................... 12
A.2.2 Inspeção completa ...................................................................................................................................... 13
A.2.3 Reparo........................................................................................................................................................... 14
Anexo B (informativo) Bibliografia .......................................................................................................................... 15
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 15516-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para
Indústria do Petróleo e Gás Natural (ABNT/CB-50), pela Comissão de Estudo de Correntes, Lingas de Correntes
e Acessórios (CE-50:002.03). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 07.02.2008
a 07.04.2008, com o número de Projeto 50:002.03-005-2.
A ABNT NBR 15516, sob o título geral “Corrente de elos curtos para elevação de cargas – Lingas de correntes”
tem previsão de conter as seguintes partes:
Esta primeira edição da ABNT NBR 15516-2, em conjunto com a Parte 1, cancela e substitui a edição anterior
(ABNT NBR 15516:2007), a qual foi tecnicamente revisada.
1 Escopo
Esta parte da ABNT NBR 15516 especifica as informações sobre uso e manutenção a serem fornecidas pelo
fabricante com lingas de corrente conforme ABNT NBR 15516-1.
NOTA 1 Certas seções são relevantes para componentes de correntes e acessórios conforme ABNT NBR ISO 3076
e ABNT NBR 15516-1.
O Anexo A fornece algumas das informações detalhadas sobre uso e manutenção que podem ser apropriadas.
Os riscos cobertos por esta parte da ABNT NBR 15516 estão identificados na Seção 4.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes
do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 15516-1, Corrente de elos curtos para elevação de cargas – Lingas de correntes – Parte 1: Grau 8 –
Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR ISO 1834, Corrente de elos curtos para elevação de cargas – Condições gerais de aceitação
ABNT NBR ISO 3076, Corrente de elos curtos para elevação de carga – Grau T(8), não calibrada, para lingas de
corrente, etc
ISO 7500-1, Metallic materials – Verification of static uniaxial testing machines – Part 1: Tension/compression
testing machines – Verification and calibration of the force-measuring system
ISO 8539, Forged steel lifting components for use with Grade 8 chain
3 Termos e definições
Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15516, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO 1834
e da ABNT NBR 15516-1, e os seguintes:
3.1
inspeção
verificação visual das condições da linga de corrente para identificar dano ou deterioração óbvia que possa afetar
sua adequação ao uso
3.2
inspeção completa
inspeção visual realizada por uma pessoa qualificada e, onde necessário, complementado por outros meios, tais
como ensaios não destrutivos, a fim de detectar dano ou deterioração que possa afetar a adequação ao uso
da linga de corrente
4 Perigos
O desprendimento de uma carga devido à falha de acessórios de levantamento, tais como lingas ou seus
componentes, põe em risco, direta ou indiretamente, a segurança ou a saúde das pessoas dentro da zona
de perigo do equipamento de elevação.
Esta parte da ABNT NBR 15516 apresenta os aspectos de uso seguro associados à boa prática.
A ISO 14121 apresenta situações de perigo que exigem ação para reduzir os riscos identificados pela
análise/avaliação de riscos como sendo específicos ou significativos.
5.1 Generalidades
Informações documentadas devem ser fornecidas pelo fabricante abrangendo os assuntos relacionados em 5.2
a 5.6. O Anexo A contém orientações para auxiliar a preparação dessas informações.
a) tratamento térmico;
c) deposição eletrolítica;
5.3 Limitações quanto ao uso da linga de corrente devidas a condições ambientais adversas ou
condições perigosas
Devem ser estabelecidas quaisquer limitações quanto ao uso da linga de corrente devidas ao seguinte:
5.4 Ações a serem tomadas antes de se colocar a linga de corrente em uso pela primeira vez
a) determinação da massa da carga, seu centro de gravidade, pontos de fixação e o método de fixação;
d) fixação da linga de corrente na carga: fixação direta, método forca, método cesta, componentes especiais;
i) prevenção de sobrecarga;
m) uso de um número de pernas menor do que o número total da linga (implica a redução da capacidade
de carga máxima de trabalho);
a) critérios de remoção;
Anexo A
(normativo)
A.1.1.1 Generalidades
As ABNT NBR 15516 e ISO 8539 definem a carga máxima de trabalho usando o termo Serviço de Elevação de
Carga em Geral. Isso reflete o fato de que os acessórios de içamento podem ser e são empregados num amplo
leque de situações em termos de configuração, tipos de carga e métodos de fixação. Considerações de projeto
e valores de cargas máximas de trabalho são apresentados na ABNT NBR 15516 (todas as partes), e a ISO 8539
leva em conta essas situações.
As ABNT NBR 15516-1 e ISO 8539 permitem um método de classificação alternativo, onde uma linga de corrente
deve ser usada exclusivamente para uma única aplicação específica de elevação de carga em que
são conhecidas todas as situações de uso.
Deve-se tomar os devidos cuidado para se levar em conta a temperatura máxima que pode ser atingida pela linga
de corrente em serviço. Isso é difícil na prática, mas deve-se evitar que a temperatura envolvida seja subestimada.
A Tabela A.1 resume a variação necessária na carga máxima de trabalho devida à temperatura.
Lingas de corrente de grau 4 e 8 não são prejudicadas por temperaturas de até – 40 °C e não é necessária,
portanto, uma redução na carga máxima de trabalho por conta disso. Quando for necessário utilizar lingas de
corrente a temperaturas abaixo de – 40 °C, convém que o fabricante seja consultado.
Recomenda-se que as lingas de corrente de grau 8 não sejam usadas imersas em soluções ácidas ou expostas
à vapores ácidos. Deve-se atentar para o fato de que certos processos de produção envolvem soluções e vapores
ácidos e, em tais circunstâncias, o fabricante deve ser consultado.
Pelos mesmos motivos, recomenda-se que as lingas de corrente não sejam galvanizadas ou submetidas
a quaisquer processos de deposição eletrolítica sem a aprovação do fabricante.
As lingas de corrente de grau 4 podem ser usadas em condições ácidas. Recomenda-se que sejam adotadas
as seguintes precauções:
a) recomenda-se que a carga de trabalho da linga de corrente não seja superior a 50 % da carga máxima
de trabalho;
b) recomenda-se que a linga de corrente seja completamente lavada em água limpa imediatamente após o uso;
c) recomenda-se que a linga de corrente seja inspecionada por uma pessoa qualificada todos os dias antes
do uso.
A.1.1.2.3 Condições em que a linga de corrente provavelmente sofrerá ataque (químico, abrasivo etc.)
Recomenda-se que o fabricante da linga de corrente seja consultado, particularmente se a linga de corrente
for exposta a produtos químicos altamente concentrados, associados a altas temperaturas.
Antes de cada uso, recomenda-se que a linga de corrente seja inspecionada quanto a deteriorações ou danos
óbvios (ver A.2.1). Se forem encontrados defeitos durante a inspeção, recomenda-se que o procedimento
em A.2.1 seja seguido.
A.1.3.1 Preparação
Deve-se dar atenção a quaisquer instruções específicas fornecidas para o manuseio da carga. Antes de se iniciar
o levantamento, recomenda-se que se assegure que a carga possa ser movida livremente e não esteja chumbada
ou obstruída de alguma outra forma.
É essencial que a massa da carga a ser elevada seja conhecida. Se a massa não estiver marcada, convém que
as informações sejam obtidas a partir das guias de remessa, manuais, planos etc. Se tais informações não
estiverem disponíveis, recomenda-se que se avalie a massa por cálculo.
Convém que seja estabelecida a posição do centro de gravidade da carga em relação aos possíveis pontos
de fixação da linga de corrente. Para elevar a carga sem que ocorra a inclinação ou tombamento dela,
recomenda-se que sejam atendidas as seguintes condições:
a) para lingas de corrente de uma perna e lingas sem fim, recomenda-se que o ponto de fixação esteja
localizado verticalmente acima do centro de gravidade;
b) para lingas de corrente de duas pernas, recomenda-se que os pontos de fixação estejam em ambos os lados
e acima do centro de gravidade;
c) para lingas de corrente de três e quatro pernas, convém que os pontos de fixação sejam distribuídos no plano
em torno do centro de gravidade. É preferível que a distribuição seja igual (porém, ver A.1.3.5) e que os
pontos de fixação estejam acima do centro de gravidade.
Ao se usarem lingas de corrente de duas, três e quatro pernas, convém que os pontos de fixação e a configuração
da linga de corrente sejam selecionados para que os ângulos entre as pernas da linga de corrente e a vertical
permaneçam dentro da faixa marcada na linga de corrente. Preferivelmente, convém que todos os ângulos com
a vertical (ângulo E na Figura A.1) sejam iguais (porém, ver A.1.3.5). Recomenda-se que ângulos com a vertical
inferiores a 15º sejam evitados, se possível, pois apresentam um risco de desequilíbrio de carga significativamente
maior.
Todas as lingas de corrente de múltiplas pernas exercem um componente de força horizontal (ver Figura A.1)
que aumenta à medida que o ângulo entre as pernas da linga de corrente é aumentado. Quando ganchos ou
outros acessórios são utilizados para formar um laço de correntes como, por exemplo, lingas de corrente para
envolver caixas e tambores, o componente de força horizontal é muito maior e, conseqüentemente, convém que
o ângulo de tais pernas não seja superior a 30º com a vertical. Recomenda-se tomar sempre cuidado para
assegurar que a carga a ser movimentada seja capaz de resistir ao componente de força horizontal sem sofrer
danos.
Recomenda-se que o gancho no qual a linga de corrente é fixada esteja acima do centro de gravidade.
Legenda
1) carregamento da perna
3) carga 10 t
NOTA A área hachurada indica ângulos maiores do que 60º com a vertical em que jamais devem ser utilizadas lingas
de corrente.
Em geral, uma linga de corrente é fixada na carga e no equipamento de elevação através de terminais, tais como
ganchos e elos. Recomenda-se que as correntes estejam livres de torções ou nós. Convém que o ponto de
elevação esteja bem assentado num gancho, jamais na ponta ou na abertura; recomenda-se que o gancho possa
inclinar-se livremente em qualquer sentido, de modo a evitar o dobramento. Pelo mesmo motivo, recomenda-se
que o anel de carga possa inclinar-se livremente em qualquer sentido no gancho no qual está instalado.
A corrente pode ser passada por baixo ou através da carga para formar um sistema de forca (ver Figura A.2)
ou cesta (ver Figura A.3). Quando for necessário, devido ao perigo da inclinação da carga, usar mais de uma
perna de linga de corrente, é preferível que isso seja feito em conjunto com uma barra de carga.
Quando uma linga de corrente é usada com método forca, recomenda-se não forçar o estrangulamento, de modo
a permitir que a corrente assuma seu ângulo natural.
a) perna reta: neste caso, os terminais inferiores são conectados diretamente aos pontos de fixação.
Recomenda-se que a seleção de ganchos e pontos de fixação permita que a carga se acomode no berço do
gancho e que se evite o carregamento pela ponta do gancho. No caso de lingas de corrente de múltiplas
pernas, recomenda-se que as pontas do gancho estejam voltadas para fora, a menos que os ganchos sejam
especificamente projetados para serem usados de outra forma;
b) método forca: neste caso, as pernas da linga de corrente são passadas através ou sob a carga e o terminal
inferior deve ser enganchado ou envolver a corrente (ver Figura A.2);
Este método pode, portanto, ser usado quando não existem pontos de fixação adequados disponíveis e tem
a vantagem adicional de as pernas da linga de corrente tenderem a juntar a carga;
Quando o método forca é usado, recomenda-se que a carga máxima de trabalho (CMT) da linga de corrente
seja no máximo 80 % do valor marcado;
c) método cesta: a linga de corrente é passada através ou sob a carga como em b), mas nesse caso
os terminais inferiores são ligados diretamente ao anel de carga ou ao gancho do equipamento de elevação.
Em geral, esse método exige linga de corrente de duas ou mais pernas e convém que não seja usado para
elevar cargas que não estejam agrupadas. Nos casos em que a geometria da carga permita, uma linga
de corrente de uma única perna pode ser usada, desde que a linga de corrente passe através da carga
e esteja alinhada e acima do seu centro de gravidade. Exemplos de lingas com método cesta estão
apresentados na Figura A.3.
d) método forca com duas voltas ou método cesta com duas voltas: estes métodos são adaptações de b) e c),
projetados para proporcionar segurança adicional para feixes soltos através de uma volta adicional de
corrente que envolva completamente a carga.
Se duas ou mais pernas de linga de corrente forem usadas com método forca ou com um método forca com
duas voltas, convém tomar cuidado:
b) se for importante evitar a rolagem ou movimentação lateral da carga quando elevada pela primeira vez, para
garantir que pelo menos uma perna passe para o outro lado da carga.
Nos casos em que a corrente entra em contato com a carga, pode ser necessário o uso de um protetor para
a corrente ou a carga, ou ambas, uma vez que cantos vivos em materiais duros podem dobrar ou danificar os elos
da corrente ou a corrente pode danificar a carga devido à alta pressão de contato. Proteções como blocos
de madeira, podem ser usadas para evitar tais danos.
A fim de evitar o balanço perigoso da carga e posicioná-la para o carregamento, recomenda-se o uso de
um cabo-guia.
Quando as cargas são aceleradas ou desaceleradas repentinamente, ocorrem forças dinâmicas significativas que
aumentam as tensões na corrente. Tais situações, que convém que sejam evitadas, surgem de balanços
ou impactos no carregamento, como, por exemplo, não tensionar a corrente antes de iniciar a elevação ou pelo
impacto ao segurar cargas em queda.
Nas ABNT NBR 15516-1 e ISO 8539, são estabelecidas cargas máximas de trabalho para lingas de corrente de
graus 8 e 4 numa faixa de tamanhos e para diferentes configurações. Tais valores de CMT foram determinados
com base no fato de que o carregamento da linga de corrente é simétrico. Isso significa que quando a carga
é içada as pernas da linga de corrente são simetricamente dispostas no plano e subtendem os mesmos ângulos
com a vertical (ver Figura A.4).
No caso de lingas de corrente de três pernas, se as pernas não forem simetricamente dispostas no plano, a maior
tensão se situará na perna onde a soma dos ângulos no plano com as pernas adjacentes for maior.
O mesmo efeito ocorrerá em lingas de corrente de quatro pernas, porém convém que a rigidez da carga também
seja considerada; com carga rígida, a maior parte da massa pode ser carregada por apenas três ou até mesmo
duas pernas, com a(s) perna(s) restante(s) servindo apenas para equilibrar a carga (ver Figura A.5).
No caso de lingas de corrente de duas, três e quatro pernas, se as pernas subtenderem diferentes ângulos com
a vertical, a maior tensão ocorrerá na perna com o menor ângulo com a vertical. No caso extremo, se uma perna
for vertical, ela carregará toda a carga (ver Figura A.5).
Se houver falta de simetria no plano e ângulos desiguais com a vertical, os dois efeitos se combinarão e podem
ser cumulativos ou tender a anular um ao outro (ver Figura A.5).
O carregamento pode ser considerado simétrico se todas as condições a seguir forem atendidas:
b) se os ângulos das pernas da linga de corrente com a vertical não forem todos menores do que 15°; e
c) se os ângulos das pernas da linga de corrente com a vertical se situarem dentro de 15° em relação uns aos
outros; e
d) no caso de lingas de corrente de três e quatro pernas, se os ângulos no plano se situarem dentro de 15°
uns dos outros.
Se todos os parâmetros acima não forem atendidos, convém que o carregamento seja considerado assimétrico
e o içamento seja levado ao conhecimento de uma pessoa qualificada para estabelecer a classificação segura
da linga de corrente. Alternativamente, no caso de carregamento assimétrico, recomenda-se que a linga
de corrente seja classificada na metade da CMT marcada (ver Figura A.5).
Se a carga tender a inclinar, convém que ela seja abaixada e as fixações modificadas. Pode-se fazer isso
reposicionando-se os pontos de fixação ou usando-se encurtadores compatíveis em uma ou mais das pernas.
Convém que tais encurtadores sejam usados de acordo com as instruções do fabricante.
Convém que as mãos e outras partes do corpo sejam mantidas afastadas da corrente para evitar ferimentos
à medida que a corrente é tensionada. Quando o içamento estiver preparado, convém que a corrente seja
tracionada até o seu esticamento. Convém que a carga seja ligeiramente içada e se verifique que está firme
e na posição prevista. Isso é especialmente importante em lingas com sistema de cesta ou outros sistemas
de forca sem estrangulamento onde o atrito retém a carga. Deve-se referenciar também a ISO 12480-1 para
planejamento e gerenciamento da operação de içamento de carga e a adoção de sistemas seguros de trabalho.
Legenda
1) Centro de gravidade
3) Carga P
A.1.3.7 Lingas de corrente de múltiplas pernas com um número de pernas em uso menor do que
o número total
Como princípio geral, convém que as lingas de corrente sejam usadas apenas para a finalidade para a qual se
destinam. Contudo, na prática, podem surgir momentos em que seja necessário efetuar um içamento usando-se
um número de pernas menor do que o número de pernas da linga de corrente. Em tais casos, recomenda-se que
a CMT seja reduzida do valor marcado na linga de corrente aplicando-se o fator relevante indicado na Tabela A.2.
As pernas que não estejam sendo usadas devem ser presas no anel de carga principal para reduzir o risco
de balançarem livremente ou se enroscarem quando a carga é movimentada.
Tipos de linga de corrente Número de pernas usadas Fator a ser aplicado na CMT marcada
Duas pernas 1 1/2
Três e quatro pernas 2 2/3
Três e quatro pernas 1 1/3
Recomenda-se preparar o local de deposição e assegurar que o solo ou o piso seja de resistência adequada para
suportar o peso, levando em conta quaisquer espaços vazios, dutos, tubos etc. que possam sofrer danos
ou colapso. Recomenda-se assegurar também que haja acesso adequado ao local e que este esteja livre
de quaisquer obstáculos desnecessários e pessoas. Pode ser necessário fornecer suportes de madeira
ou de material semelhante para evitar que a linga de corrente fique presa, para proteger o piso ou carga, ou para
garantir a estabilidade da carga quando posicionada.
Convém posicionar a carga com cuidado. Recomenda-se tomar cuidado para evitar que a linga de corrente fique
presa debaixo da carga, pois isso pode danificá-la. Antes de permitir que a corrente se afrouxe, recomenda-se
verificar a carga para garantir que esteja devidamente apoiada e estável. Isso é especialmente importante quando
se utilizam lingas no método cesta ou forca para içar vários objetos soltos. Quando a carga é posicionada com
segurança, recomenda-se que a linga de corrente seja removida manualmente. Recomenda-se que a linga
de corrente não seja retirada com o equipamento de elevação, pois pode ser danificada ou pode enroscar-se
e provocar o tombamento da carga. Recomenda-se que a carga não seja deslocada sobre a linga de corrente,
pois isso pode danificá-la.
Quando não estiverem sendo usadas, recomenda-se que as lingas de corrente sejam mantidas num palete
devidamente projetado. Não convém deixá-las no chão onde possam sofrer danos.
Caso seja necessário manter as lingas de corrente penduradas num gancho de um equipamento de elevação
de carga, recomenda-se que os ganchos da linga de corrente sejam presos no anel de carga principal para reduzir
o risco de as pernas da linga de corrente balançarem livremente ou se enroscarem.
Caso as lingas de corrente permaneçam fora de uso durante algum tempo, elas devem ser limpas, secas
e protegidas contra corrosão como, por exemplo, levemente oleadas.
A.2 Manutenção
A.2.1 Inspeção
Durante a operação, as lingas de corrente estão sujeitas a condições que afetam sua segurança.
Portanto, é necessário garantir, na medida do possível, que as lingas sejam seguras para reutilização.
Se a plaqueta ou rótulo que identifica a linga de corrente e sua carga máxima de trabalho se soltar
e as informações necessárias não estiverem marcadas no próprio anel de carga, ou através de outros meios,
recomenda-se que as lingas de corrente sejam retiradas de serviço.
Recomenda-se que a linga de corrente seja retirada de serviço e encaminhada a uma pessoa qualificada para
uma inspeção completa se qualquer das seguintes condições for observada:
a) marcações da linga de corrente ilegíveis, ou seja, as informações na identificação da linga de corrente e/ou
a carga máxima de trabalho;
d) desgaste: o desgaste por contato com outros objetos geralmente ocorre no lado externo das partes retas dos
elos onde é facilmente visto e medido. O desgaste entre elos adjacentes é oculto. Convém que a corrente
esteja frouxa e os elos adjacentes sejam girados para expor a extremidade interna de cada elo. O desgaste
entre elos é medido tomando-se o diâmetro indicado (d1) no sentido perpendicular ao diâmetro indicado (d2).
A média desses diâmetros não deve ser inferior a 90 % do diâmetro nominal (dn) (ver Figura A.6) fornecido:
d1 d 2
! 0,9 d
2
e) cortes, entalhes, goivas, trincas, corrosão excessiva, descoloração por calor, elos dobrados ou defeituosos ou
quaisquer outros defeitos;
f) sinais de “abertura” dos ganchos, ou seja, qualquer aumento perceptível nas aberturas ou qualquer outra
forma de inadequação no terminal inferior.
Recomenda-se que o aumento na abertura do gancho não ultrapasse 10 % do valor nominal ou não permita que
a trava de segurança, se instalada, se projete para fora do gancho.
Deve ser efetuada inspeção completa por pessoa qualificada a intervalos não superiores a 12 meses.
Recomenda-se que tal intervalo seja menor sempre que se julgar necessário, tendo em vista as condições
de serviço.
Recomenda-se que as lingas de corrente sejam completamente limpas, de maneira a estarem livres de óleo,
sujeira e ferrugem antes da inspeção. Qualquer método de limpeza que não danifique o metal-base é aceitável.
Deve-se evitar métodos que utilizem ácidos, sobreaquecimento, remoção do metal-base ou deformação por
arraste do metal-base que possam encobrir trincas ou defeitos superficiais.
Recomenda-se que seja prevista iluminação adequada e que a linga de corrente seja examinada ao longo de todo
seu comprimento para detectar qualquer sinal de desgaste, deformação ou dano superficial.
A.2.3 Reparo
Qualquer componente ou peça de reposição da linga de corrente deve estar em conformidade com a Norma
apropriada para esse componente ou peça.
Com lingas de corrente de grau 8 ou grau 4, se for necessária a substituição de qualquer elo de corrente dentro
da perna de uma linga de corrente, toda a corrente da perna deve ser substituída.
Recomenda-se que o reparo da corrente em lingas de correntes soldadas seja realizado apenas pelo fabricante,
usando-se um processo de soldagem por resistência de topo ou de topo por contato.
Os componentes com trincas, visivelmente deformados ou torcidos, severamente corroídos ou com depósitos que
não possam ser removidos devem ser descartados e substituídos.
Danos secundários, tais como entalhes e goivas, podem ser removidos por esmerilhamento ou limagem realizados
com cuidado. A superfície do dano reparado deve ser suavizada sem apresentar descontinuidade. A remoção
completa do dano não deve reduzir a espessura do trecho nesse ponto para uma dimensão menor do que
as especificadas pelo fabricante ou em mais de 10 % da espessura nominal do trecho.
No caso de lingas de corrente em que o serviço de reparo tenha envolvido soldagem, recomenda-se que cada
linga de corrente reparada seja submetida à carga de prova após o tratamento térmico, usando-se uma força
equivalente a duas vezes a carga máxima de trabalho e que seja completamente examinada antes de ser
colocada novamente em uso. Contudo, quando o reparo é efetuado inserindo-se um componente montado
mecanicamente, o ensaio de prova não é necessário, desde que o componente já tenha sido ensaiado pelo
fabricante.
Convém que a precisão dos equipamentos do ensaio de tração seja de classe 2, conforme estabelecido
na ISO 7500-1.
Anexo B
(informativo)
Bibliografia
[1] EN 818-06, Short-link chains for lifting purposes – Chain slings Part 2: Use, maintenance and inspection
[2] EN 1677-1, Components for slings – Safety – Part 1: Forged steel components – Grade 8
[3] EN 1677-2, Components for slings – Safety – Part 2: Forged steel lifting hooks with latch – Grade 8
[4] EN 1677-3, Components for slings – Safety – Part 3: Forged steel self-locking hooks – Grade 8
[6] EN 1677-5, Components for slings – Safety – Part 5: Forged steel lifting hooks with latch – Grade 4