Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira
Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira
Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira
Texto áureo
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Meus distintos leitores, eis diante de nós a 10ª lição deste trimestre. Vamos
estudar, aqui, a Ética Cristã e a Vida Financeira, abordando os seguintes temas:
Uma Teologia para a Vida Financeira; Meios Honestos para Ganhar Dinheiro e
Como Administrar o Dinheiro.
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I – UMA TEOLOGIA PARA A VIDA FINANCEIRA
Dado o tópico acima, eis que surge uma pergunta: como se ter uma vida
equilibrada financeiramente em plena era do consumo compulsivo? Pois bem,
vejamos.
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Especialista em Controladoria – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS).
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mal” termos o suficiente para o nosso sustento e também para nossa família. Esta
condição perpassa pelo âmbito da mordomia, e tem a ver com o cuidado diligente
em lidar com o dinheiro. Mas o que é ser diligente, neste sentido? Para tanto, Pv
21.5 diz: “os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à
pobreza”.
Em I Tm 1.6,7 (ARA), assim está escrito: (v.9) “Mas os que querem tornar-se
ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas,
as quais submergem os homens na ruína e na perdição”. (v.10) “Porque o amor ao
dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
Esse texto citado muitas das vezes é mal interpretado, levando muitas
pessoas a lidar com o dinheiro de maneira equivocada. O dinheiro em si não é o real
problema do texto exposto, o grande quê da questão, na verdade, é o “amor ao
dinheiro”, Isto é, a cobiça (no grego, pleonexia: “avareza, cobiça, ganância”) em ser
muito rico! O dinheiro, na verdade, se bem usado, torna-se bênção; o que acontece
é que muitos por ele são atraídos e dominados. Eis uma verdade: não devemos ser
escravo do dinheiro, mas o seu mordomo!
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DAYTON, Howard. O seu Dinheiro: um guia bíblico para ganhar, gastar, economizar, investir,
contribuir e livrar-se das dívidas. Tradução de Elaine Carneiro D. Sant´Anna. – 2ª Ed. Pompeia:
Universidade da Família 2015.
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De fato, a riqueza deveria ser motivo de louvor e agradecimento a Deus. Às vezes,
Deus resolve abençoar seus filhos com riqueza. Abraão, Isaque, Salomão e até
mesmo Jó receberam riquezas como uma bênção de Deus (Gn 13.2; 26.12-14; I Rs
3.13; Jó 42.12).
Contudo, a riqueza foi dada à humanidade para que ela fosse exercida
dentro dos princípios da mordomia. Deus é o verdadeiro proprietário de tudo, e isso
inclui as riquezas, e Ele deseja que seus filhos cuidem de suas posses com
diligência (Lc 12.42) e que abençoe, também, aos seus semelhantes (2 Co 8. 1-5).
Este pecado (cobiça) pode lançar a pessoa aos abismos da depravação, tal
qual o chumbo afunda a rede de pesca;
Torna-se uma raiz de muitos outros tipos de males que levariam as pessoas a
se afastarem da fé pura em Cristo;
Destarte, riqueza material pode ser uma bênção ou maldição. Logo, o poder
da riqueza é sutil (1 Tm 6.10), mas a fonte da riqueza é segura (Mt 6. 25, 26). A
tentação da riqueza é gastá-la (Tg 4.3), mas a estratégia da riqueza é salvá-la (Mt
25.27). O propósito da riqueza é compartilhá-la (At 20.35).
Portanto, Deus deseja que seus filhos usem a riqueza adquirida para
abençoarem a outros e que todos glorifiquem a Ele e que jamais sejam avarentos3.
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“Entendemos por avareza (pleonexia) um desejo desmesurado de acumular bens sobre bens, de possuir sempre
mais e mais, prescindido absolutamente da necessidade razoável” (Fitzmyer).
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II – MEIOS HONESTOS PARA GANHAR DINHEIRO.
1. Trabalho e emprego.
Em Eclesiastes 11.1, assim está escrito: “Lança o teu pão sobre as águas,
porque depois de muitos dias o acharás.”
Logo, diante de tais advertências, busquemos ter atitudes certas no que diz
respeito à busca de nossas ideais, e nesse caso, o trabalho (emprego), deve estar
nesse propósito.
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2. Escolarização e Mobilidade Social.
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Professor de História da Educação da FaE-UFMG, Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em História
da Educação(GEPHE) e bolsista do CNPq. Professora de História da Educação da UEMG, Mestre em Educação
pela FaE-UFMG e pesquisadora do GEPHE. Aluna do Mestrado em Educação da FaE-UFMG.
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III – COMO ADMINISTRAR O DINHEIRO?
Logo, o dízimo:
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SANTOS, José Antônio dos. Teologia Pentecostal Prática: uma perspectiva bíblica e pastoral. Ed
Mascarenhas, Maceió, 2015.
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Destarte, Dízimo é:
No tocante às coisas do Senhor, devemos, sempre, ser fiéis: fieis com todos
os nossos recursos lidando com sabedoria e conhecimento (Os 4.6); fiéis a despeito
de quanto nós temos (Mt 25. 14, 14, 21); fies nas pequenas coisas (Lc 16.10); fiéis
com as posse dos outros (Lc 16. 12). Nesse caso saibamos que a fidelidade forma o
nosso caráter e gera contentamento (Dt 8. 16-18; Rm 5. 3, 4; Fl 4.9, 19).
Portanto, como diz em 1 Cr 29. 9: “E o povo se alegrou das ofertas voluntárias
que estes fizeram, pois de um coração perfeito as haviam oferecido ao Senhor; e
também o rei Davi teve grande alegria”.
2. Estabelecendo prioridades.
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Estar atentos a estas e outras questões pertinentes às nossas prioridades nos
dará conforto e nos livrará de prejuízos vindouros.
3. Evitando as dívidas.
Mas o que significa esta palavra? De acordo com o dicionário Roget´s College
Thesaurus, esta palavra significa: responsabilidade, falta, dever, obrigação, penhora,
dificuldade, ônus, insolvência, apuros e estar quebrado. Ele define, portanto, dívida
como “dinheiro ou propriedade que uma pessoa é obrigada a pagar a outra”.
Logo, Howard diz que dívida inclui: “dinheiro a pagar a companhia de cartões
de créditos, empréstimos de bancos, dinheiro emprestado de parentes e
financiamento de casa própria”, etc. No tocante àquelas contas a vencer, tais como a
conta mensal de energia elétrica e outras semelhantes, segundo o mesmo autor,
não se constituem como dívidas, mas só se as mesmas forem pagas no devido
prazo.
Como se livrar das dívidas. Howard nos diz: Ore (2 Rs 4 . 1-7); Estabeleça um
orçamento por escrito; Liste o total de seus bens – e estabeleça prioridades; Liste
seus compromissos; Estabeleça um programa de pagamento para cada credor;
Liquide as dívidas pequenas e depois comece por liquidar aquelas que tiver maiores
juros; considere a ideia de obter renda extra; não acumule dívidas novas; contente-
se com o que você tem; Considere uma mudança radical em seu estilo de vida e
nunca desista dessas considerações. Certamente, fazendo isso, Deus te abençoará
de maneira extraordinária! Aleluia!
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CONCLUSÃO
Portanto, atentemos a tudo o que já foi nos dito e escrito, para vivermos de
forma sábia, sóbria e diligentemente para com Deus e os nossos semelhantes.
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