NBR 14744 - 2001 - Poste de Aço para Iluminacao PDF
NBR 14744 - 2001 - Poste de Aço para Iluminacao PDF
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Brasileira de
Normas Técnicas
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Dimensões e tolerâncias
5 Materiais
6 Especificações de cargas
7 Cálculo das solicitações
8 Ensaios para verificação estrutural
ANEXOS
A Figuras
B Planilha
C Certificado
D Práticas recomendadas para execução dos postes de aço
Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma contém os anexos A, B, C, e D, de caráter normativo.
1 Objetivo
Esta Norma estabelece as condições exigíveis para postes de aço retos ou curvos e seus acessórios, destinados ao uso
em iluminação.
Cópia não autorizada
2 NBR 14744:2001
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado
momento.
NBR 6323:1990 - Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente - Especificação
NBR 8800:1986 - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (Método dos estados limites) - Procedimento
NBR NM 87:2000 - Aços-carbono e ligados para construção mecânica - Designação e composição química
3 Definições
3.1 poste para iluminação: Produto destinado a suportar uma ou mais luminárias e constituído de uma ou mais partes,
coluna e braço.
3.1.2 poste curvo: Poste que sofre variação na direção do seu eixo. É composto de uma coluna e de um ou mais
braços, desmontáveis ou não.
3.3 braço: Elemento do poste destinado a suportar uma luminária a uma determinada distância do eixo da coluna.
3.8 topo do poste: Seção contida no plano transversal extremo da parte superior do poste.
3.9 topo da coluna: Seção contida no plano transversal extremo da parte superior da coluna.
3.10 poste engastado: Poste cuja fixação é realizada através de engastamento ao solo ou estrutura.
3.11 poste flangeado: Poste com flange cuja fixação é realizada através de parafusos e/ou chumbadores.
3.12 poste cônico contínuo: Poste que tem o formato tronco-cônico (ver figura A.1 do anexo A).
3.13 poste telecônico: Poste que tem formato cilíndrico, de diâmetros variáveis, decrescentes da base para o topo
(ver figura A.2 do anexo A).
3.14 poste cônico misto: Poste que tem formato tronco-cônico e cilíndrico (ver figura A.3 do anexo A).
3.15 poste cilíndrico: Poste que tem formato cilíndrico de diâmetro constante (ver figura A.4 do anexo A).
3.16 comprimento de engastamento (e): Medida especificada pa ra o engastamento do poste ao solo ou estrutura (ver
figura A.5 do anexo A).
3.17 comprimento do braço (p): Medida da projeção horizontal do eixo do braço, a partir do eixo da coluna (ver fi-
gura A.6 do anexo A).
3.18 altura total (H): Distância entre o topo e a base do poste ou coluna (ver figura A.7 do anexo A).
3.19 altura útil (h): Distância entre o topo do poste ou coluna e o plano transversal que contém o flange ou superfície
do solo ou estrutura (ver figura A.8 do anexo A).
3.20 altura do braço (Hb): Medida da projeção vertical do eixo do braço (ver figura A.9 do anexo A).
3.21 janela de inspeção: Abertura com tampa localizada no poste, que permite acesso ao seu interior.
Cópia não autorizada
NBR 14744:2001 3
3.22 revestimento: Material a ser aplicado ao poste, visando sua proteção contra corrosão ou para sinalização ou
estética.
3.23 furo de enfiação (c): Furo localizado no poste, pelo qual pass a a fiação.
α): Ângulo formado pelo eixo da ponteira com a horizontal (ver figura A.10 do
3.24 ângulo de inclinação do braço (α
anexo A).
3.25 flecha: Medida do deslocamento de um ponto situado no plan o de aplicação das cargas, provocado pela ação
destas.
3.26 flecha residual: Flecha que permanece após a retirada das cargas.
3.27 flange: Parte integrante do poste flangeado, que tem por finalidade possibilitar sua instalação.
4 Dimensões e tolerâncias
4.1 Dimensões
4.1.6 Flange
4.2 Tolerâncias
4.2.1 Retilineidade
α)
4.2.5 Ângulo de inclinação (α
O desvio admitido para o ângulo de inclinação do eixo da ponteira para fixação das luminárias com relação à horizontal
deve ser igual a ± 2o.
onde:
VK é a velocidade característica do vento, em metros por segundo, dada pela equação:
V = V0 S1 S2 S3 ... (2)
K
onde:
V0 é a velocidade básica do vento, em metros por segundo, obtida do gráfico das isopletas da velocidade básica de
vento no Brasil, dado pela figura 1 da NBR 6123:1988.
NBR 14744:2001 5
V0
Estado
m/s
SP 40
AC, AL, AP, BA, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RN, RO, SE, TO 30
S1 é o fator topográfico, que leva em consideração as variações do relevo do terreno e é determinado do seguinte
modo:
S2 é um fator que depende da rugosidade do terreno e da altura (z) sobre o terreno, sendo dado pela tabela 2 da
NBR 6123:1988 para classe A de edificações.
- categoria I: superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, tais como mar calmo, lagos, rios e
pântanos sem vegetação;
- categoria II: terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados, tais como
árvores e edificações baixas, por exemplo zonas costeiras planas, pântanos com vegetação rala, campos de aviação e
fazendas sem sebes ou muros. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou inferior a 1 m;
- categoria III: terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros e edificações baixas e esparsas,
por exemplo granjas, casas de campo, fazendas com sebes ou muros e subúrbios com casas baixas e esparsas. A cota
média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3 m;
- categoria IV: terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados em zona florestal, industrial ou
urbanizada, por exemplo zonas de parques, bosques com muitas árvores, cidades pequenas, subúrbios densamente
construídos de grandes cidades e áreas industriais desenvolvidas. A cota média do topo dos obstáculos é considerada
igual a 10 m;
- categoria V: terrenos cobertos por obstáculos numerosos, pouco espaçados, grandes e altos, tais como florestas com
árvores altas, centros de grandes cidades e complexos industriais bem desenvolvidos. A cota média do topo dos
obstáculos é considerada igual ou superior a 25 m.
Tabela 2 - Coeficiente S2
z Categoria
m I II III IV V
S3 é um fator estatístico, que leva em conta o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação, conforme tabela 3
da NBR 6123:1988. Em condições usuais, adotar S3 igual a 1.
Cópia não autorizada
6 NBR 14744:2001
O coeficiente de amplificação dinâmica leva em conta o efeito das oscilações produzidas na estrutura pelas flutuações
da velocidade do vento em torno do valor médio (rajadas).
Admite-se que a velocidade média mantém-se constante durante um intervalo de tempo de 10 min, produzindo na
estrutura um efeito estático denominado resposta média. Esta velocidade média, a 10 m de altura e em terreno de
categoria II (Vp), é dada pela equação:
onde:
A variação da pressão dinâmica com a altura pode ser calculada pelo método simplificado de 9.3.1 da NBR 6123:1988.
z γ 1 + 2γ
2p p
z h
q p (z) = q0 b 2 + ξ
zr zr h 1 + γ + p
Onde os parâmetros b e p correspondem à categoria de rugosidade local, zr = 10 m, γ = 1,7 e ξ conforme gráficos das
figuras 14 a 18 da NBR 6123:1988. Nestes gráficos, ξ é função da categoria de rugosidade, da razão de amortecimento
crítico (extrapolar nas curvas para ζ = 0,008) e da freqüência natural da estrutura.
Tabela 3 - Expoente p e b
Categoria
de I II III IV V
rugosidade
A freqüência natural da estrutura deve ser obtida empregando a teoria das vibrações de estruturas.
Para o caso particular de postes, de seção constante e com distribuição uniforme de massa, e nos quais o braço e a lu-
minária sejam instalados no topo e o braço tenha pequeno comprimento, a freqüência natural da estrutura corres-
pondente ao primeiro modo de vibração f1 é dada, em hertz, pela equação.
1 K
f1 = ... (5)
2π m
3E I
K=
L3
m = 0,228 m1 + m2
NBR 14744:2001 7
A componente da força devida ao vento na sua direção, denominada força de arrasto, deve ser considerada aplicada no
centro de gravidade da área frontal efetiva do trecho em questão, sendo dada em newtons pela seguinte equação:
Fa = Ca q Ae ... (6)
onde:
Ae é a área frontal efetiva, em metros quadrados, dada pela área da projeção ortogonal do trecho em questão no
plano vertical normal à direção do vento;
qp é o maior valor obtido para a pressão dinâmica calculada no centro de gravidade da área frontal efetiva do
trecho, obtida em 6.1.2.1 ou em 6.1.2.2 (qp).
onde:
D é diâmetro, para postes de seção circular, ou a distância entre dois lados paralelos, para postes poligonais, em
metros.
O número de Reynolds pode resultar mais desfavorável para uma velocidade inferior à característica, quando a redução
da pressão dinâmica for sobrepujada pelo aumento do coeficiente de arrasto.
Para a luminária, a força de arrasto deve ser calculada pela equação (6), onde o coeficiente de arrasto pode ser obtido
por meio de ensaios em túnel de vento. A carga vertical obtida nos ensaios deve ser considerada no dimensionamento
do poste somente se seu efeito for desfavorável para a segurança da estrutura. No caso de mais de uma luminária, é
necessário determinar o coeficiente de arrasto do conjunto.
Na ausência de ensaios, pode-se adotar um coeficiente de arrasto igual a um (1) na direção horizontal.
Os momentos fletores devem ser calculados, em qualquer seção transversal do poste ou do braço, levando-se em conta
a condição mais desfavorável da combinação de cargas de gravidade com a ação do vento.
Para postes em que os braços e luminárias sejam assimétricos, o momento de torção deve ser determinado para todas
as seções críticas.
O cálculo usado nesta Norma é baseado na NBR 8800, que utiliza o método dos estados limites últimos.
A resistência do poste deve ser calculada para as seguintes seções transversais críticas:
c) seção onde se inicia o braço, no caso de a coluna e o braço formarem uma única peça, ou o ponto de fixação do
braço, no caso de a curva ser desmontável;
e) seção com outra posição crítica, como, por exemplo, a alteração de espessura do material.
As cargas características especificadas na seção 6 devem ser multiplicadas pelos fatores de carga de 4.8.1 da
NBR 8800:1986, para se obterem os esforços solicitantes.
Cópia não autorizada
8 NBR 14744:2001
NBR 14744:2001 9
A flecha vertical devido à carga vertical deve ser medida no ponto de fixação da luminária e deve figurar na planilha de
ensaio. A carga vertical deve permanecer aplicada durante o ensaio de carga prevista. Para simular a carga horizontal,
esta deve ser aumentada progressivamente até o valor máximo mediante a pelo menos cinco carregamentos parciais
aproximadamente iguais.
A flecha horizontal no ponto de fixação da luminária deve ser mencionada e indicada na planilha de ensaio.
A carga deve permanecer aplicada por 3 min no mínimo, para a estabilização do poste, antes de iniciar a medição da
flecha. Depois de se eliminar o carregamento, deve-se anotar a flecha residual linear horizontal permanente após 3 min.
A carga a ser utilizada para simular a carga de projeto horizontal e vertical deve ser progressivamente e regularmente
aumentada até o limite de resistência do poste, isto é, não ter mais condições de suportar a carga aplicada.
O poste ensaiado deve ser considerado aprovado se obedecer a todos os critérios abaixo relacionados:
a) a flecha vertical no topo do poste, devido à carga vertical de 8.3.1, não deve ser maior que 2,5% do compri-
mento do braço (p);
b) a flecha horizontal no topo da coluna, devido à carga horizontal de 8.3.1, não deve ser maior que 4% da altura
útil (h);
c) a flecha residual no topo do poste, devido à carga vertical de 8.3.1, não deve ser maior que 2% da flecha obtida
na alínea a);
d) a flecha residual no topo da coluna, devido à carga horizontal de 8.3.1, não deve ser maior que 2% da flecha
obtida na alínea b);
e) a flecha residual no topo do poste, devido à carga vertical de 8.3.2, não deve ser maior que 10% da flecha
obtida no ensaio;
f) a flecha residual no topo da coluna, devido à carga horizontal de 8.3.2, não deve ser maior que 10% da flecha
obtida no ensaio.
________________
/ANEXO A
Cópia não autorizada
10 NBR 14744:2001
Anexo A (normativo)
Figuras
NBR 14744:2001 11
12 NBR 14744:2001
NBR 14744:2001 13
14 NBR 14744:2001
NBR 14744:2001 15
Altura útil(h)
m
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
12,00
15,00
20,00
NOTAS
1 Para dimensões do engastamento, ver figura A.13.
2 Para dimensões do flange, ver figura A.15.
3 Para dimensões da janela de inspeção, ver figura A.16.
4 Para dimensões do furo de enfiação, ver figura A.16.
5 Para dimensões da ponteira, ver figura A.14.
16 NBR 14744:2001
Comprimento
do braço(p)
m
1,50
1,75
2,00
2,50
3,00
3,50
NOTAS
1 Recomenda-se p ≤ 0,25 h.
2 Para dimensões do engastamento, ver figura A.13.
3 Para dimensões do flange, ver figura A.15.
4 Para dimensões da janela de inspeção, ver figura A.16.
5 Para dimensões do furo de enfiação, ver figura A.16.
6 Para dimensões da ponteira, ver figura A.14.
NBR 14744:2001 17
NOTA - Esta profundidade de engastamento é mínima e deve ser verificada em função do carregamento atuante e das características
do solo.
Foi considerada para uma tensão admissível do solo igual a 0,2 MPa.
Para outros valores, devem ser efetuados cálculos específicos.
L ≥ 1,50 d
18 NBR 14744:2001
h df s dc d2 hc Quantidade
d1
m mm mm mm mm mm de chumbadores
3,00 200 9 130 M12 16 300 4
3,50 200 9 130 M12 16 300 4
4,00 200 9 130 M12 16 300 4
4,50 200 9 130 M12 16 300 4
5,00 200 9 130 M12 16 300 4
6,00 200 9 130 M12 16 300 4
7,00 280 12 205 M20 25 500 4
8,00 280 12 205 M20 25 500 4
9,00 280 12 205 M20 25 500 4
10,00 280 12 205 M20 25 500 4
12,00 330 12 260 M20 25 600 4
15,00 400 15 300 M24 30 750 8
20,00 500 18 400 M24 30 900 8
NOTA - Estas dimensões são mínimas e devem ser verificadas em função do carregamento atuante, levando-se
em conta as características do concreto e tipo do aço utilizado.
NBR 14744:2001 19
Dimensões em milímetros
lj hj
mm mm
55 200
80 250
x ≤ 0,003 H
∆x ≤ 0,003 ∆L ; ∆L ≥ 1 m
NOTA - A medida da retilineidade deve ser efetuada sem carga (com o poste na horizontal).
20 NBR 14744:2001
Dimensões em milímetros
________________
/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 14744:2001 21
Anexo B (normativo)
Planilha
Altura útil (h) _____________ (em metros) Comprimento do braço (p) _________________ (em metros)
Luminária:__________________________________
Observações:
f C
Ensaio de flexão
Flecha f Flecha f1
Carga máxima residual máxima residual
mm mm mm mm
1 kgf = 9,81 N
________________
/ANEXO C
Cópia não autorizada
22 NBR 14744:2001
Anexo C (normativo)
Certificado
Tipo de poste:
Data de fabricação:
m
Altura útil (h) m Comprimento do braço (w)
Luminária:
Os detalhes das dimensões do poste ensaiado são indicados em formulário anexo a este certificado
Resultados do ensaio
m
Flecha vertical no ponto de aplicação da carga
m
Flecha horizontal no ponto de aplicação da carga
m
Flecha vertical residual no ponto de aplicação da carga
m
Flecha horizontal residual no ponto de aplicação da carga
CERTIFICADO
Certificamos que o poste acima especificado foi ensaiado conforme a NBR 14744 e que os resultados deste ensaio
estão de acordo com 8.4 da referida norma. O projeto para este tipo de poste foi considerado satisfatório.
Data:____/____/_____
___________________________________
________________
/ANEXO D
Cópia não autorizada
NBR 14744:2001 23
Anexo D (normativo)
Práticas recomendadas para execução dos postes de aço
D.1 Generalidades
D.1.1 Documento do projeto
Deve ser sempre admitido como processo de fabricação normativo o poste telecônico que é constituído de dois ou mais
tubos cilíndricos de paredes regulares de diversos diâmetros que devem ser justapostos no sentido longitudinal, tendo
como transição o formato de um cone. Esta transição pode ser obtida de duas formas:
a) por meio de fechamento mecânico da parte superior do segmento de tubo. A extremidade inferior do segmento de
tubo imediatamente justaposto deve ser fechada por meios mecânicos, de tal modo que permita o seu ensam-
blamento na extremidade do trecho imediatamente inferior, obtendo-se uma junção sem cobrejunta que não per-
mitirá o depósito de líquido no interstício formado pela parede dos dois tubos encaixados e soldados, que possa pre-
judicar o desempenho do poste na sua posição normal de trabalho. Esta transição deve ter um comprimento mínimo
de 120 mm (ver figura A.18 do anexo A);
b) com a utilização de cone de redução forjado, soldado de topo nas suas extremidades.
D.2.1.1.2 Poste cônico contínuo
Deve ser sempre admitido como processo de fabricação normativo o poste cônico contínuo em formato tronco de cone
de seção circular ou poligonal, podendo ser obtido por duas formas:
b) a partir de chapas de aço planas, através de conformação mecânica a frio, onde, neste caso, é permitida apenas
uma solda de topo, ainda no estado plano, com penetração de 100% no sentido transversal, a fim de se obter o
comprimento necessário.
D.2.1.1.3 Braço
É franqueado ao fabricante o curvamento do braço a frio ou a quente, desde que não altere a resistência mecânica do
aço empregado, devendo, entretanto, ficar assegurada a absoluta isenção de rugosidade ou achatamento provenientes
do processo de curvatura.
A curvatura deve ser efetuada em plano perpendicular ao plano da solda longitudinal do tubo.
Após a execução da curvatura do braço, deve ser usado gabarito para conferência do ângulo de projeto.
Antes do seu uso na fabricação, tanto os tubos como os materiais laminados devem estar desempenados dentro das
tolerâncias de fornecimento. No que diz respeito a tubos, se estes apresentarem ovalização, amassamento, irregula-
ridades na solda longitudinal ou qualquer outro defeito que ponha em risco a integridade estrutural do poste, o lote deve
ser descartado e tomada medida de não-conformidade. No caso de materiais laminados, é permitido executar trabalho
corretivo pelo uso de desempeno mecânico.
D.2.1.3 Cortes
O corte executado deve ser feito com equipamento automático ou no mínimo semi-automático. Bordas cortadas sujeitas
a solicitações substanciais, ou destinadas a receber material de solda, devem estar isentas de entalhes ou depressões.
Eventuais entalhes ou depressões de profundidade inferior a 3 mm são tolerados; os demais devem ser removidos por
esmerilhamento.
Cópia não autorizada
24 NBR 14744:2001
Não é necessário aplainar ou dar acabamento às bordas de tubos, chapas ou perfis cortados com serra, tesoura ou
estampo, a menos que haja indicação em contrário em desenhos ou em especificações de preparação de bordas.
As rebarbas devem ser removidas para permitir o ajustamento das partes que serão aparafusadas ou soldadas, ou
quando representarem risco durante a construção ou após seu término.
D.2.1.5 Construções aparafusadas
Quando a espessura do material for inferior ou no máximo igual ao diâmetro nominal do parafuso acrescido de 3 mm, os
furos podem ser puncionados. Para maiores espessuras, os furos devem ser broqueados com seu diâmetro final,
podendo também ser subpuncionados ou sub-broqueados com diâmetro menor, e posteriormente usinados até o
diâmetro final. A matriz para todos os furos subpuncionados ou a broca para todos os furos sub-broqueados deve ter no
mínimo 3,50 mm a menos que o diâmetro final do furo.
As furações previstas no projeto devem ser efetuadas, de preferência, fora da linha de solda longitudinal do tubo.
A técnica a ser empregada na soldagem, a execução, a aparência e a qualidade das soldas, bem como os métodos
usados na correção de defeitos, devem estar de acordo com a AWS D1.1.
As ligações que transmitem esforços de compressão por contato devem ter suas superfícies de contato preparadas para
se obter perfeito assentamento, usando-se usinagem, corte com serra ou outros meios adequados.
Os postes devem apresentar superfícies externas suficientemente lisas, sem rugosidade ou achatamento das curvas.
Devem atender ao padrão dimensional especificado, sendo admitidas as tolerâncias previstas nesta Norma.
a) as bases de material laminado, de espessura igual ou inferior a 25 mm, podem ser usadas sem usinagem, desde
que seja obtido apoio satisfatório por contato; flanges laminados, com espessura superior a 25 mm, podem ser
desempenados por pressão ou aplainados em todas as superfícies de contato, a fim de se obter apoio satisfatório;
b) a face inferior do flange que for grauteada para garantir pleno contato com concreto da fundação não necessita de
aplainamento.
D.2.2 Revestimento
O revestimento do poste por meio de zinco por imersão a quente deve estar de acordo com os requisitos exigíveis na
NBR 6323 e documentos complementares.
D.3 Identificações
D.3.1 Do poste
O fabricante deve identificar o poste de forma visível e indelével, com as seguintes características mínimas:
D.3.2 Do engaste
NBR 14744:2001 25
D.4 Montagem
Os flanges dos postes devem ser nivelados e posicionados corretamente, estando em pleno contato com a superfície de
apoio.
O poste deve ser montado, alinhado, nivelado e aprumado dentro da especificação do contratante.
Todos os postes recebidos na obra devem ser armazenados e manuseados de tal forma que não sejam submetidos a
tensões excessivas, nem sofram danos permanentes.
À medida que a montagem prosseguir, o poste flangeado deve ser aparafusado com segurança, de forma que possa
absorver todas as cargas de projeto.
D.5.1 Generalidades
O fabricante deve estabelecer métodos de controle da qualidade, dentro do rigor que julgar necessário, para garantir
que todo o trabalho seja executado de acordo com esta Norma. Além dos procedimentos de controle de qualidade do
fabricante, o material e a qualidade do serviço devem ficar permanentemente sujeitos à inspeção por parte de inspe-
tores qualificados representantes do comprador. Se for requerida tal inspeção pelos representantes do comprador, tal
fato deve constar nos documentos de compra do poste.
D.5.2 Cooperação
Toda a inspeção por parte dos representantes do comprador, tanto quanto possível, deve ser feita na oficina ou no local
onde o trabalho está sendo executado. O fabricante deve cooperar com o inspetor, permitindo seu acesso a todos os
locais onde está sendo executado o serviço. O inspetor do comprador deve estabelecer seu cronograma de inspeção de
modo que não haja interrupção no serviço do fabricante.
D.5.3 Rejeição
O material e/ou serviço que não atendam aos requisitos desta Norma podem ser rejeitados a qualquer instante durante
a execução do serviço. O fabricante deve receber cópia de todos os relatórios de inspeção fornecidos ao comprador
pela fiscalização.
A inspeção das soldas deve ser feita de acordo com os requisitos da AWS D1.1, devendo ser especificada nos docu-
mentos de compra e do projeto. Quando forem necessários outros ensaios não-destrutivos, o processo, a extensão, a
técnica e os padrões de aceitação devem ser claramente definidos nos documentos de compra e do projeto.
________________