Dinamica 2 (Gab) 1
Dinamica 2 (Gab) 1
Dinamica 2 (Gab) 1
Ao se projetar uma rodovia e seu sistema de sinalização, é preciso considerar variáveis que
podem interferir na distância mínima necessária para um veículo parar, por exemplo. Considere
uma situação em que um carro trafega a uma velocidade constante por uma via plana e
horizontal, com determinado coeficiente de atrito estático e dinâmico e que, a partir de um
determinado ponto, aciona os freios, desacelerando uniformemente até parar, sem que, para
isso, tenha havido deslizamento dos pneus do veículo. Desconsidere as perdas pela resistência
do ar e pelo atrito entre os componentes mecânicos do veículo.
A respeito da distância mínima de frenagem, nas situações descritas, são feitas as seguintes
afirmações:
I. Ela aumenta proporcionalmente à massa do carro.
II. Ela é inversamente proporcional ao coeficiente de atrito estático.
III. Ela não se relaciona com a aceleração da gravidade local.
IV. Ela é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade inicial do carro.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas.
a) I e II
b) II e IV
c) III e IV
d) I e III
3
No trecho AB não existe atrito e no trecho BC o coeficiente de atrito vale μ = . O bloco é
2
abandonado, do repouso em relação ao plano inclinado, no ponto A e chega ao ponto C com
velocidade nula. A altura do ponto A, em relação ao ponto B, é h1, e a altura do ponto B, em
h1
relação ao ponto C, é h2 . A razão vale:
h2
1
a)
2
3
b)
2
c) 3
d) 2
4. Um trabalhador está puxando, plano acima, uma caixa de massa igual a 10 kg, conforme
indica a figura abaixo.
A força de atrito cinético entre as superfícies de contato da caixa e do plano tem módulo igual a
6 N. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m s2 , o cos 30,0�= 0,87, o
sen 30,0�= 0,5, o cos 20,0�= 0,94 e o sen 20,0�= 0,34. Após colocar a caixa em movimento,
o módulo da força F que ele precisa aplicar para manter a caixa em movimento de subida com
velocidade constante é aproximadamente igual a:
a) 200 N.
b) 115 N.
c) 68 N.
d) 46 N.
5. Um bloco A de massa 3,0 kg está apoiado sobre uma mesa plana horizontal e preso a
uma corda ideal. A corda passa por uma polia ideal e na sua extremidade final existe um
gancho de massa desprezível, conforme mostra o desenho. Uma pessoa pendura,
suavemente, um bloco B de massa 1,0 kg no gancho. Os coeficientes de atrito estático e
cinético entre o bloco A e a mesa são, respectivamente, μ e = 0,50 e μc = 0,20. Determine a
força de atrito que a mesa exerce sobre o bloco A. Adote g = 10m s2 .
a) 15 N.
b) 6,0 N.
c) 30 N.
d) 10 N.
e) 12 N.
6. Um objeto é abandonado do repouso sobre um plano inclinado de ângulo α = 30�
, como
mostra a Figura. O coeficiente de atrito cinético entre o objeto e o plano inclinado é μC = 3 9.
A figura acima exibe um bloco de 12 kg que se encontra na horizontal sobre uma plataforma
de 3,0 kg. O bloco está preso a uma corda de massa desprezível que passa por uma roldana
de massa e atrito desprezíveis fixada na própria plataforma. Os coeficientes de atrito estático e
cinético entre as superfícies de contato (bloco e plataforma) são, respectivamente, 0,3 e 0,2. A
plataforma, por sua vez, encontra-se inicialmente em repouso sobre uma superfície horizontal
r
sem atrito. Considere que em um dado instante uma força horizontal F passa a atuar sobre a
extremidade livre da corda, conforme indicado na figura. Dado: g = 10 m s2 .
Para que não haja escorregamento entre o bloco e a plataforma, o maior valor do módulo da
r
força F aplicada, em newtons, é:
a) 4 9
b) 15 9
c) 10
d) 20
e) 30
8. Um bloco está em repouso sobre uma superfície horizontal. Nesta situação, atuam
horizontalmente sobre o bloco uma força F1 de módulo igual a 7 N e uma força de atrito entre
o bloco e a superfície (Figura a). Uma força adicional F2 , de módulo 3 N, de mesma direção,
mas em sentido contrário à F1, é aplicada no bloco (Figura b). Com a atuação das três forças
horizontais (força de atrito, F1 e F2 ) e o bloco em repouso.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o módulo da força resultante horizontal Fr
sobre o bloco:
a) Fr = 3 N
b) Fr = 0
c) Fr = 10 N
d) Fr = 4 N
e) Fr = 7 N
9. Para manter um carro de massa 1.000 kg sobre uma rampa lisa inclinada que forma um
ângulo θ com a horizontal, é preso a ele um cabo. Sabendo que o carro, nessas condições,
está em repouso sobre a rampa inclinada, marque a opção que indica a intensidade da força de
reação normal da rampa sobre o carro e a tração no cabo que sustenta o carro,
respectivamente. Despreze o atrito. Dados: sen θ = 0,6; cos θ = 0,8 e g = 10 m s2 .
a) 8.000 N e 6.000 N
b) 6.000 N e 8.000 N
c) 800 N e 600 N
d) 600 N e 800 N
e) 480 N e 200 N
10. Duas esferas A e B de massas iguais, são abandonadas de uma mesma altura h em
relação ao solo, a partir do repouso.
A esfera A cai verticalmente em queda livre e a esfera B desce por uma rampa inclinada de
um ângulo θ em relação à horizontal, como mostra a figura acima. Desprezando-se os atritos e
aA
a resistência do ar, a razão entre as acelerações das esferas A e B, , é:
aB
a) senθ
b) cosθ
c) tgθ
1
d)
cosθ
1
e)
senθ
11. Na linha de produção de uma fábrica, uma esteira rolante movimenta-se no sentido
indicado na figura 1, e com velocidade constante, transportando caixas de um setor a outro.
Para fazer uma inspeção, um funcionário detém uma das caixas, mantendo-a parada diante de
si por alguns segundos, mas ainda apoiada na esteira que continua rolando, conforme a figura
2.
No intervalo de tempo em que a esteira continua rolando com velocidade constante e a caixa é
mantida parada em relação ao funcionário (figura 2), a resultante das forças aplicadas pela
esteira sobre a caixa está corretamente representada na alternativa:
a)
b)
c)
d)
e)
14. Um homem sustenta uma caixa de peso 1.000 N, que está apoiada em uma rampa com
atrito, a fim de colocá-la em um caminhão, como mostra a figura 1. O ângulo de inclinação da
rampa em relação à horizontal é igual a θ1 e a força de sustentação aplicada pelo homem para
r
que a caixa não deslize sobre a superfície inclinada é F, sendo aplicada à caixa paralelamente
à superfície inclinada, como mostra a figura 2.
Quando o ângulo θ1 é tal que sen θ1 = 0,60 e cos θ1 = 0,80, o valor mínimo da intensidade da
r
força F é 200 N. Se o ângulo for aumentado para um valor θ2 , de modo que sen θ2 = 0,80 e
r
cos θ2 = 0,60, o valor mínimo da intensidade da força F passa a ser de:
a) 400 N.
b) 350 N.
c) 800 N.
d) 270 N.
e) 500 N.
15. Um automóvel movimenta-se por uma pista plana horizontal e a seguir por uma pista
plana em aclive formando um ângulo θ, em relação à horizontal, como mostra a figura. Na
ur
situação (1), a força de reação normal da pista sobre o automóvel é NH e na situação (2) a
ur
força de reação normal da pista sobre o automóvel é N1. Considerando que 0 < θ < 90�
, pode-
se inferir que:
ur ur
a) NH < N1
ur ur
b) NH > N1
ur ur
c) NH = N1
ur ur
d) NH �N1
ur ur
e) NH �N1
16. Considere um trilho de via férrea horizontal com dois terços de sua extensão em linha reta
e o restante formando um arco de círculo. Considere que o comprimento total da via e o raio de
curvatura do trecho curvo são muito maiores do que a distância entre os trilhos. Suponha que,
nessa via, um vagão trafega com velocidade constante (em módulo), e que seu tamanho é
muito pequeno comparado à extensão da via. Considere que eventuais deslizamentos entre as
rodas do vagão e os trilhos sejam tão pequenos que possam ser desprezados. Despreze
também os atritos. Sobre as forças horizontais nos trilhos no ponto da passagem do vagão,
pode-se concluir que no trecho reto:
a) e no trecho curvo são sempre tangentes aos trilhos.
b) e no trecho curvo são sempre perpendiculares aos trilhos.
c) são nulas e no trecho sinuoso há forças perpendiculares aos trilhos.
d) são nulas e no trecho sinuoso há forças tangentes aos trilhos.
17. Quatro funcionários de uma empresa receberam a tarefa de guardar caixas pesadas de
100 kg em prateleiras elevadas de um depósito. Como nenhum deles conseguiria suspender
sozinho pesos tão grandes, cada um resolveu montar um sistema de roldanas para a tarefa. O
dispositivo que exigiu menos força do operário que o montou, foi:
a)
b)
c)
d)
18. Um homem queria derrubar uma árvore que estava inclinada e oferecia perigo de cair em
cima de sua casa. Para isso, com a ajuda de um amigo, preparou um sistema de roldanas
preso a outra árvore para segurar a árvore que seria derrubada, a fim de puxá-la para o lado
oposto de sua suposta queda, conforme figura.
Sabendo que para segurar a árvore em sua posição o homem fez uma força de 1.000 N sobre
a corda, a força aplicada pela corda na árvore que seria derrubada é:
a) 2.000 N.
b) 1.000 N.
c) 500 N.
d) 4.000 N.
19. A figura representa o instante em que um carro de massa M passa por uma lombada
existente em uma estrada. Considerando o raio da lombada igual a R, o módulo da velocidade
do carro igual a V, e a aceleração da gravidade local g, a força exercida pela pista sobre o
carro, nesse ponto, pode ser calculada por:
MV 2
a) + Mg
R
MV 2
b) Mg -
R
MR2
c) Mg -
V
2
d) MR + mg
V
20. Uma criança deixa sua sandália sobre o disco girante que serve de piso em um carrossel.
Considere que a sandália não desliza em relação ao piso do carrossel, que gira com velocidade
angular constante, ω. A força de atrito estático sobre a sandália é proporcional a:
a) ω.
b) ω2 .
c) ω1 2 .
d) ω3 2 .
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
[I] Falsa. A distância de frenagem é inversamente proporcional à força de atrito, que depende
da massa do carro devido ao maior contato com o solo. Fat = μ eN = μ eP = μ emg \�m, �Fat , �d.
[II] Verdadeira. Quanto maior o coeficiente de atrito estático, mais rápido e menor será a
distância de frenagem. Fat = μ eN \�μ e , �Fat , �d.
[III] Falsa. A distância de frenagem depende do atrito e este depende da aceleração da
gravidade local. Fat = μ emg \�g, �Fat , �d.
[IV] Verdadeira. A distância em função das velocidades é dada pela equação de Torricelli e
isolando-se a distância, temos a expressão dependente da velocidade ao quadrado de acordo
v 2 - v 02 para v =0 -v 02
com: v 2 = v 02 + 2ad � d = ����� �d =
2a 2a
Resposta da questão 2:
[A]
Analisando-a:
� h2 1 h2
�sen30�= � = � ΔSBC = 2h 2 ( I)
� ΔSBC 2 ΔSBC
�
� 3
�N = Py � N = P cos30�� N = mg
2
( II)
�
Resposta da questão 3:
[C]
Após comprimir-se a mola, ao abandonar o sistema, o bloco B é acelerado pela força de atrito
estática entre ele e o bloco A, que é a resultante das forças sobre B.
Na iminência de B escorregar, essa força de atrito estática atinge intensidade máxima. Assim:
Fres = Fat � m B a = μ e N � m B a = μ e m B g � a = μ e g ( I)
máx
Mas e conjunto é acelerado pela força elástica, já que não há atrito com o solo. Então:
( mA + mB ) μe g ( 3 + 1) �0,4 �
10
k x = ( mA + mB ) a � x = �x= � x = 0,1 m �
k 160
x = 10 cm.
Resposta da questão 4:
[D]
( 2
)
Se a velocidade do móvel é constante, logo ele não possui aceleração a = 0 m s , utilizando
a segunda lei de Newton, temos:
F� cos30 - (Px + Fat ) = ma
cos30 - (Px + Fat ) = 0
F�
Px + Fat = F �
cos30
Px = mgsen20
mgsen20 + Fat = F �
cos30
cos30 = mgsen20 + Fat
F�
mg � sen20 + Fat
F=
cos30
mg � sen20 + Fat
F=
cos30
10 �10 �0,34 + 6
F=
0,87
34 + 6
F=
0,87
40
F=
0,87
F @ 46 N
Resposta da questão 5:
[D]
De acordo com as forças que atuam nas direções de possíveis movimentos, apresentadas no
diagrama de corpo livre abaixo, e utilizando o Princípio Fundamental da Dinâmica:
PB - T + T - Fa = ( mA + mB ) �
a
Considerações:
- Como o sistema permanece em equilíbrio estático, a aceleração é igual a zero;
- Os módulos das trações nos corpos são iguais e com sinais contrários.
PB - T + T - Fa = 0
PB = Fa
Substituindo o peso do corpo B pelo produto de sua massa pela aceleração da gravidade:
Fa = mB � g
Resposta da questão 6:
[C]
ΔEc = W
1
�m�v 2 = Fr �
d
2
1
�m�v 2 = (Px - Fat ) �
d
2
1
�m�v 2 = (P �senθ - μ �P� cos θ) �
d
2
1
�m�v 2 = (m ��
g senθ - μ � g cos θ) �
m �� d
2
1 2
v = (g �sen θ - μ ��
g cos θ) �
d
2
v = 2 ���
g d (senθ - μ cos θ
v = 2�
10 � (sen(30) - μ �
0,15 � cos(30)
�1 3 3� �1 3 �
v = 2�
10 �
0,15 �
� - � � v = 2�
10 � �2 - 18 ��
0,15 �
�2 9 2 �� � �
� �
�6 �
v = 2�
10 �
0,15 �
� � v = 1 � v = 1m s
�18 �
�
Resposta da questão 7:
[D]
Aceleração do sistema:
F
F = ( mB + mP ) a � a = (I)
mB + mP
Resposta da questão 8:
[B]
Como o bloco permanece em repouso, significa que a força resultante é nula, sendo que a
r
força de atrito estático é igual em módulo à força F1 na figura (a) e na situação da figura (b) é
r r
igual à diferença entre F1 e F2 .
Resposta da questão 9:
[A]
Em A a única força que atua é a força Peso, e em B, as forças que atuam são as mesma de
um bloco em um plano inclinado. Conforme ilustra a figura abaixo.
Em A :
FR = ma
mg = ma A
aA = g
Em B :
FR = ma
Psenθ = maB
mgsenθ = maB
aB = gsenθ
aA g a 1
= � A =
aB gsenθ aB senθ
Como as rodas foram travadas, a força de atrito tem direção tangente à trajetória, no sentido de
impedir o escorregamento, portanto, oposto à velocidade.
De modo simplificado, a força peso é vertical para baixo, dirigida para o centro da Terra. Ao
andar, as forças musculares exercidas pelo ser humano aplicam no solo uma força de atrito
para trás, recebendo uma reação de atrito para a frente, com o mesmo sentido do
deslocamento.
Sendo F' o valor da nova força mínima a ser aplicada, para a segunda situação, temos:
F' = P(sen θ2 - μ cos θ2 )
F' = 1000(0,8 - 0,5 �
0,6) = 1000 �
0,5
\ F' = 500 N
NH - P = ma
NH - P = 0
NH = P
N1 - P cos θ = ma
N1 - P cos θ = 0
N1 = P cos θ
Como
P > P cos θ
\
ur ur
NH > N1
Como o trem anda com velocidade constante, não há forças horizontais (na direção do
movimento) nos trilhos. No trecho cuja forma é um arco de círculo, deve haver uma força na
direção do centro do mesmo (força centrípeta), perpendicular à trajetória (trilhos).
Num mesmo fio, a tração tem a mesma intensidade em todos os pontos. Quando há uma polia
móvel, a intensidade da tração fica dividida por dois. A figura ilustra as situações.
Nota-se que o primeiro dispositivo é o que exige do operário força de menor intensidade.
A polia diminui pela metade a força necessária a ser aplicada. Pela figura, como há duas polias
dividindo a força necessária, a força aplicada pela corda diretamente na árvore deve ser
dobrada duas vezes em relação à força aplicada pelo homem:
F = 1000 ��
2 2
\ F = 4000 N
Considerando o carrossel girando em um plano horizontal, a força de atrito age como resultante
centrípeta.
Fat = Fcent � Fat = m ω2 R.