Coenzima Q10
Coenzima Q10
Coenzima Q10
Curso de Farmácia
Trabalho de Conclusão de Curso
Brasília - DF
2012
FELLIPE JOSÉ GOMES QUEIROZ
Brasília
2012
Dedico este trabalho à minha
família que sempre esteve ao meu lado
me incentivando a permanecer na
constante busca pelo saber.
Aos amigos e colegas pela
paciência com minha falta de tempo.
À minha orientadora pelo saber
compartilhado durante essa jornada.
Aos mestres do curso de
Farmácia da Universidade Católica de
Brasília, pelo constante compartilhamento
do saber, dedicação e paciência.
AGRADECIMENTOS
Franz Kafka
RESUMO
1
O2 : Oxigênio singleto
AP-1: Fator de ativação da proteína-1
A/O: Água em óleo
BHT: Butilhidroxitolueno
Cu: Cobre
Cyt c: Citocromo c
DNA: Deoxyribonucleic acid – Ácido desoxirribonucléico
EDTA: Ethylenediamine tetraacetic acid – ácido etilenodiamino tetra-acético
GSH: Glutathione - glutationa
H2O2: Peróxido de hidrogênio
H2SO4: Ácido sulfúrico
HNO3: Ácido nítrico
HO. : Radical hidroxila
INCI: International Nomenclature of Cosmetics Ingredients
LESS: Lautil éter sulfato de sódio
Mg: Magnésio
MMP: Matrix metalloproteinase – metaloproteinases de matriz
Mn: Manganês
NF-kB: Fator nuclear Kb
NLS: Nanopartículas lipídicas sólidas
NO.- : Óxido nítrico
NO2: dióxido de nitrogênio
O/A: Óleo em água
O2.- : Ânion superóxido
O3: ozônio
PAN: Peroxyacetyl nitrate – nitrato de peroxiacetila
pH: Potencial hidrogeniônico
Se: Selênio
SOD: Superóxido dismutase
TGF-B: Transforming growth factor beta – fator de crescimento
UCB: Universidade Católica de Brasília
UV: Ultraviolet - Ultravioleta
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO....................................................................10
3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................11
3.1 RADICAIS LIVRES E A PELE..............................................................................11
3.2 ANTIOXIDANTES DE USO TÓPICO...................................................................18
3.3 COENZIMA Q10, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ENVELHECIMENTO.............21
3.4 NANOTECNOLOGIA............................................................................................24
3.5 LIPOSSOMAS......................................................................................................25
3.6 ASPECTOS RELACIONADOS À ESTABILIDADE FÍSICA DE LIPOSSOMAS
NAS BASES DERMATOLÓGICAS GEL E CREME...................................................30
4 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................33
4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA PARA COMPOSIÇÃO DO REFERENCIAL
TEÓRICO...................................................................................................................33
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS............................................................................................35
4.3 EQUIPAMENTOS.................................................................................................36
4.4 MATERIAIS..........................................................................................................36
4.5 MANIPULAÇÃO DAS BASES DERMOCOSMÉTICAS........................................37
4.6 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS
FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO....................................39
4.7 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS.........................................................40
4.8 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO............................................................................40
4.9 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)............................40
4.10 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE...............................................................40
4.11 ANÁLISE ESTATÍSTICA – TESTE T DE Student...............................................41
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................41
5.1 MANIPULAÇÃO DAS BASES DERMOCOSMÉTICAS........................................41
5.2 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS
FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO....................................43
5.3 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS..........................................................45
5.4 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO............................................................................52
5.5 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)............................53
5.6 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE.................................................................57
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................66
REFERÊNCIAS..........................................................................................................67
9
1 INTRODUÇÃO
natural da pele e ainda conferem um maior poder antioxidante (VAN DER SPUY e
PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007; MANCUSO et al., 2009; CHEN, HU e
WANG, 2012).
A coenzima Q10 é uma substância de origem mitocondrial, considerada
essencial nas diversas atividades do metabolismo celular (BONAKDAR e
GUARNERI, 2005; KUMAR et al., 2009). Ela atua como antioxidante da cadeia
respiratória mitocondrial, neutralizando as espécies reativas de oxigênio produzidas,
bem como protegendo e aumentando a proliferação dos fibroblastos presentes na
derme (ZÜLLI et al., 2006; LAMPERTI et al., 2005; GÜRKAN e BOZDAG-DÜNDAR,
2005; LEE e TSAI, 2010; SCOTTI et al., 2007).
A coenzima Q10, foco deste estudo, apesar de ter diversas vantagens,
apresenta problemas técnicos como baixa solubilidade, termolabilidade e
fotossensibilidade, necessitando de um sistema de proteção e liberação eficaz
(KRUEGER, 2009; LEE e TSAI, 2010). Para isso, a ciência cosmética buscou
soluções dentro do universo da nanotecnologia e os lipossomas foram um dos
sistemas de transporte escolhidos para essa molécula (KRUEGER, 2009; LEE e
TSAI, 2010; MARCATO, 2009)
Apesar das inúmeras vantagens, os lipossomas podem sofrer
desestabilização em alguns tipos de veículos, principalmente aqueles que
apresentam grande carga tensoativa, visto que os lipossomas são vesículas lipídicas
e que podem se romper devido à característica anfifílica dos tensoativos (CHORILLI
et al., 2004; MARCATO, 2009; CHORILLI et al., 2007; CHO et al., 2007).
O uso da nanotecnologia vem ganhando enorme espaço na indústria
cosmética e, nesse contexto, o emprego de lipossomas para carreamento de ativos
é cada vez mais frequente. Por ser o lipossoma uma estrutura lipídica e, portanto,
passível de sofrer desestabilização na presença de tensoativos, há a necessidade
de se verificar se as bases dermocosméticas, que contêm tensoativos em sua
composição, podem comprometer a integridade dessas estruturas.
Sendo assim, há a necessidade de conhecer o comportamento de
lipossomas quando adicionados à base dermocosmética, sobretudo naquilo que diz
respeito à estabilidade física das vesículas, pois, se os lipossomas se romperem
após incorporação no veículo, todas as vantagens que poderiam advir de sua
utilização ficam prejudicadas. Dessa forma, considerando que, para uso tópico, as
bases dermocosméticas mais comumente empregadas são as emulsões e os géis
11
3 REFERENCIAL TEÓRICO
superóxido, sua ação deletéria ainda permanece em alta atividade. A maior parte da
ubiquinona endógena é encontrada no núcleo hidrofóbico da membrana devido a
sua alta hidrofobicidade. Já a ubiquinona exógena se encontra na superfície dessas
membranas. O uso do lipossoma como meio de transporte, permite que a
ubiquinona exógena consiga se distribuir de maneira uniforme no núcleo hidrofóbico
da membrana, na fase aquosa e interface membrana/água, aumentando sua ação
antioxidante contra os radicais superóxido (O2.-) e, principalmente contra o radical
hidroperoxil (HOO·) (MAROZ et al., 2009).
Usada topicamente, a coenzima Q10 parece ser um suplemento seguro,
tendo efeitos colaterais mínimos e baixa interação farmacológica (BONAKDAR e
GUARNERI, 2005). É biossintetizada exclusivamente em seres humanos, em todas
as células a partir da tirosina ou fenilalanina e pela via do Mevalonato, por meio da
influência de receptores nucleares (BENTINGER, BRISMAR e DALLNER, 2007;
KAWAMUKAI, 2002; CRANE, 2001). Mesmo em altas doses, não apresenta
toxicidade aos queratinócitos, sendo bem tolerada. Não provoca irritação local ou
ardência, apresentando vantagem sobre o ácido retinóico que também possui
propriedades semelhantes. Em uma formulação cosmética adequada para uso
tópico apresenta boa estabilidade, sendo capaz de penetrar a derme, onde terá sua
maior ação antioxidante (GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005). A suplementação
tópica de coenzima Q10 proporciona uma adicional proteção frente a radicais livres
endógenos e exógenos (CHEN, HU e WANG, 2012).
Mesmo por via tópica, a coenzima Q 10 é capaz de penetrar nas camadas
da epiderme de maneira viável reduzindo o nível de oxidação. Sendo assim, é
notada a redução da profundidade das rugas causadas pela radiação UV, bem como
da peroxidação lipídica dos queratinócitos e prevenção dos danos ao DNA
(MANCUSO et al., 2009; GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005).
Devido à baixa solubilidade, termolabilidade, fotossensibilidade e alto
peso molecular, a coenzima Q10 necessita de um sistema de liberação que melhore
sua permeabilidade cutânea e, ao mesmo tempo, mantenha sua estabilidade
impedindo sua fotodegradação e oxidação. Dessa forma, a ciência cosmética
buscou alternativas dentro da nanotecnologia e os lipossomas constituem um dos
meios de transporte escolhidos para carrear a coenzima Q 10, possibilitando melhorar
sua solubilidade, sua estabilidade frente à variações de temperatura e exposição à
luz e, ainda, aumentar sua penetração nas camadas da pele, garantindo maior
24
3.4 NANOTECNOLOGIA
3.5 LIPOSSOMAS
várias etapas, com baixo rendimento. Outro ponto negativo é a baixa taxa de
incorporação efetiva de ativos no interior das vesículas, o que pode acarretar a
necessidade de se empregar uma grande quantidade de lipossomas para que se
atinja a dose necessária (LOPES, 2005)
ANSEL, 2007).
As emulsões podem apresentar instabilidade, que é manifestada na forma
de cremeação (creaming), floculação, coalescência e inversão. Na cremeação, as
partículas menos densas vão para o topo da formulação. Na floculação, há
diminuição da força de repulsão entre as moléculas e elas se associam de maneira
fraca e de forma reversível quando submetidas à agitação. Na coalescência, as
gotículas da fase interna se unem formando uma gotícula maior e este processo é
irreversível. Na inversão de fases, a externa se torna interna ou ocorre o inverso
(PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007). Devido ao fato
de ocorrerem essas variações na estabilidade das emulsões, variações físico-
químicas também podem ocorrer, como alterações no pH, na viscosidade, na
densidade, na umidade e no tamanho de partícula (PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN
JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Para o preparo de emulsões tradicionais é necessário o emprego de
tensoativos, a fim de reduzir a tensão interfacial entre as fases aquosa e oleosa
permitindo sua mistura. Nas emulsões são usados tensoativos de diferentes
naturezas químicas, podendo ser empregados sozinhos ou como misturas
(PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Géis aquosos são veículos formados principalmente de espessante,
umectante, conservante e água. Geralmente, a quantidade requerida de polímeros
espessantes para a formação de um gel de qualidade técnica desejável é baixa e,
assim, essas formulações possuem grande quantidade de água, o que lhes confere
caráter hidrofílico intenso, bem como permite a perda do veículo para o ambiente,
por evaporação: a adição de umectante evita que ocorra a evaporação dessa água
para o meio ambiente (SILVA, Silas, 2009).
A aquisição da consistência semelhante à geleia se deve à presença do
agente gelificante, como carbômeros e derivados de celulose, dentre os quais
citamos a carboximetilcelulose e hidroxipropilcelulose. Podem conter, ainda, ativos,
solventes como o álcool e/ou propilenoglicol, conservantes e estabilizantes, como o
EDTA (ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Considerando a incorporação de lipossomas em bases dermocosméticas
de uso tópico, o fator mais importante a ser considerado é a capacidade de a base
selecionada influenciar de forma positiva na estabilidade das vesículas. De fato, se o
lipossoma se romper após incorporação no sistema selecionado, todas a vantagens
33
potenciais de sua utilização ficam prejudicadas, uma vez que dependem diretamente
de sua integridade (FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; CHORILLI et al., 2004; CHO
et al., 2007).
Como lipossomas são estruturas vesiculares formadas por membranas
lipofílicas, a presença na formulação de substâncias capazes de solubilizar ou
desestruturar essa estrutura de membranas é desaconselhável. Nesse sentido,
emulsões, por apresentarem tensoativos e alta carga de material lipofílico
solubilizante, a princípio, não constituem bom sistema para veicular lipossomas
(CHO et al., 2007; FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005). Em estudos realizados por
Chorilli et al. (2004), pôde-se verificar a ocorrência da interação entre o tensoativo
de formulações como as emulsões e os lipossomas, ocorrendo desestabilização da
estrutura dessas vesículas e liberação de seu conteúdo para o meio. Mesmo assim,
ainda é abundante o número de produtos cosméticos disponíveis no mercado
mundial que, em base emulsionada, veiculam ativos lipossomados (FERREIRA,
ALVES e LIMA, 2005; CHORILLI et al., 2004; CHO et al., 2007; JANEIRO, 2011;
GOBBO e GONÇALVES, 2008).
O rompimento dessas vesículas, com consequente liberação do seu
conteúdo, pode alterar as características organolépticas da formulação (GOBBO e
GONÇALVES, 2008), caso a substância encapsulada tenha cor intensa, como é o
caso da coenzima Q10 que é amarela (JAPÃO, 2011). Parâmetros físico-químicos,
como, por exemplo, o pH e a viscosidade, também podem ser alterados devido a
esse rompimento, isso porque a presença dos lipossomas intactos evita a interação
do seu princípio ativo com os demais constituintes da formulação e, uma vez que
ocorra a ruptura essa proteção deixa de existir, podendo ocasionar variação nas
características organolépticas, pH e viscosidade do produto final (GOBBO e
GONÇALVES, 2008; ALVES, Marta, 2006).
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS
36
4.3 EQUIPAMENTOS
Equipamento Fornecedor
Chapa aquecedora – modelo Q313-F21 Quimis
Agitador mecânico – modelo RW 20.n IKA Labortechnik
Balança analítica – modelo BK2000 GEHAKA
Termômetro de mercúrio Synth
pHmetro – modelo MB-10 Marte
Viscosímetro rotativo microprocessado – modelo Q860M21 Quimis
Estufa – modelo EL-1.2 ODONTOBRÁS
Geladeira doméstica Consul
Tabela 2. Relação dos equipamentos utilizados para realização do estudo
37
4.4 MATERIAIS
Material de Laboratório
Béquer
Proveta
Bastão de vidro
Potes de vidro
Papel alumínio
Vidro de relógio
Tubos de ensaio
Espátulas
Tabela 3. Materiais de laboratório
utilizados para a realização do
estudo.
Figura 10. Frascos de vidro escuro envolvidos por papel alumínio, utilizados
para armazenamento das amostras.
Componentes Quantidade
Fase A
Carbopol® 940 15 g
Água purificada qsp 1500 g
Fase B
Edetato dissódico 0,75 g
Propilenoglicol 75 g
Imidazolidinilureia 3,75 g
Fase C
Trietanolamina qs pH 6,5 – 7
Tabela 4. Formulação do gel aniônico. Adaptada de BRASIL, 2011.
Componentes Quantidade
Fase A (aquosa)
Edetato dissódico 1,5 g
Metilparabeno 2,7 g
Água purificada qsp 1500 g
Fase B (oleosa)
Estearato de octila 90 g
Álcool cetoestearílico, 225 g
cetilestearilsulfato de sódio
Propilparabeno 0,3 g
Butil-hidroxitolueno 0,75 g
Tabela 5. Formulação do creme aniônico. Adaptada de BRASIL, 2011.
Tubo Conteúdo
L 15 mL de lipossomas de coenzima Q10
LA 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de água purificada
LE 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de etanol P.A
LT 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de tensoativo (LESS)*
Tabela 6. Descrição do conteúdo dos tubos do teste de verificação do
comportamento da solução de lipossomas frente à adição de água,
etanol ou tensoativo.
*LESS: Lauril Éter Sulfato de Sódio
40
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Amostra Resultado
Tubo L Líquido de baixa viscosidade, levemente
(somente lipossomas) translúcido (opalescente) e levemente amarelado
Tubo LA Líquido levemente amarelado, mas de coloração
(lipossomas + água x) menos intensa, se comparado ao tubo L
Tubo LE Líquido de baixa viscosidade, transparente e
(lipossomas + etanol) amarelado
Tubo LT Líquido de baixa viscosidade, transparente e
(lipossomas + tensoativo) amarelado
Tabela 7. Resultado do teste de verificação do comportamento da solução
de lipossomas frente à adição de água por osmose reversa, etanol e
tensoativo.
44
10 e 11.
O gel aniônico obtido apresentou-se incolor, transparente, de alta
viscosidade, com odor característico do polímero utilizado, aspecto liso, homogêneo
e brilhante.
Após incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, o gel
aniônico adquiriu coloração levemente amarelada, mantendo-se transparente, com
alta viscosidade, odor e aspecto inalterados.
O creme aniônico obtido apresentou cor branca, viscosidade alta, odor
suave característico de emulsão, aspecto homogêno, liso e brilhante.
Após incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, o creme
aniônico adquiriu cor levemente amarelada, entretanto o odor e o aspecto foram
mantidos inalterados.
Como a solução de lipossomas de coenzima Q 10 tem coloração
levemente amarelada, essa cor foi transferida para o produto final, tanto na base gel
quanto na emulsão. As alterações das características organolépticas da formulação
base após a incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10 estão de
acordo com o esperado, tendo em vista que a concentração empregada do ativo é
baixa e sua compatibilidade com bases do tipo gel e emulsão é adequada
(JANEIRO, 2011).
Para as amostras de gel aniônico, independente da temperatura de
armazenamento, não foram observadas alterações nas características
organolépticas ao longo do tempo de estudo, demonstrando que, mesmo sob fatores
de estresse ambiental, a formulação manteve-se inalterada. A ausência de alteração
de cor pode ser um indicativo de que os lipossomas de coenzima Q 10 mantiveram-se
intactos nessa base dermocosmética, pois, se houvesse ruptura, seria esperado que
a coenzima Q10 conferisse tom amarelado à preparação. Os dados corroboram a
literatura, uma vez que formas farmacêuticas cujo solvente/veículo é constituído de
água não devem provocar desestabilização dos lipossomas. Essa característica é
possível visto que, durante a produção dos lipossomas, o meio aquoso é utilizado
para promover a organização desse sistema (CHORILLI et al., 2004; BATISTA,
CARVALHO e MAGALHÃES, 2007; CHORILLI et al., 2007)
Para as amostras de emulsão, houve alteração das características
organolépticas, a partir do tempo 10 dias, para a amostra armazenada em estufa. O
odor de ranço é resultado da oxidação do material graxo da formulação pelo
47
Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base Cor: incolor - - - - - - -
Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de
alta viscosidade.
Gel com Cor: levemente Sem alteração Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de
alta viscosidade
Gel com - Cor: levemente Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4°C +/-2) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de alta
viscosidade
Gel com - Cor: levemente Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T40°C +/-2) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de alta
viscosidade
Tabela 8. Resultado da avaliação das características organolépticas do gel com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 =
tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
49
Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base Cor: branco - - - - - - -
Odor: suave
Aspecto:
homogêneo,
liso, de alta
viscosidade
Creme com Cor: Sem alteração Sem Sem Sem alteração Sem alteração Sem alteração Sem alteração
lipossomas levemente alteração alteração
(Tamb) amarelado
Odor: suave
Aspecto:
homogêneo,
liso, de alta
viscosidade.
Creme com - Cor: levemente Sem Sem Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente
lipossomas amarelado alteração alteração amarelado amarelado amarelado amarelado
(T4°C +/-2) Odor: suave Odor: suave Odor: suave Odor: suave Odor: suave
Aspecto: Aspecto: Aspecto: Aspecto: Aspecto:
homogêneo, liso, homogêneo, homogêneo, homogêneo, homogêneo,
de alta liso, liso, liso, liso,
viscosidade. condensação de condensação de condensação de condensação de
água na água na água na água na
superfície superfície superfície superfície
Creme com - Cor: levemente Sem Sem Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente
lipossomas amarelado alteração alteração amarelado amarelado amarelado amarelado
(T40°C +/-2) Odor: suave Odor: rançoso Odor: rançoso Odor: rançoso Odor: rançoso
Aspecto: Aspecto: início Aspecto: início Aspecto: início Aspecto: início
homogêneo, liso, de separação de separação de separação de separação de
de alta de fases e de fases e de fases e fases e
viscosidade. formação de formação de formação de formação de
crosta crosta crosta crosta
Tabela 9. Resultado da avaliação das características organolépticas do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 = tempo
quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
50
Tempo
Amostra T0 17
Gel base
Tabela 10. Imagens das características organolépticas do gel contendo lipossomas. Autoria própria.
51
Tempo
Amostra T0 T17
Creme base
Tabela 11. Imagens das características organolépticas do creme contendo lipossomas. Autoria
própria.
52
Tempo, em dias
T0 T17
Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base Sem - - - - - - -
alteração
Gel com Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb)
Gel com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4ºC +-2)
Gel com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T40ºC +-2)
Creme Sem - - - - - - -
base alteração
Creme com Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb)
Creme com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4ºC +-2)
Creme com - Sem Sem Sem Início de Início de Início de Início de
lipossomas alteração alteração alteração separação separação separação separação
(T40ºC +-2) de fases de fases de fases de fases
7,5
7 Ambiente
pH
6,5 Geladeira
Estufa
6
5,5
5
0 5 10 15 20
Tempo em dias
7,5
7 Ambiente
pH
6,5 Geladeira
Estufa
6
5,5
5
0 5 10 15 20
Tempo em dias
55
Tempos
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base L1: 6,81 - - - - - - -
L2: 6,78
L3: 6,84
Média +/- DP - - - - - - -
6,81 +/- 0,03 - - - - - - -
Gel com L1: 6,82 L1: 6,82 L1: 6,83 L1: 6,82 L1: 6,82 L1: 6,81 L1: 6,83 L1: 6,82
lipossomas L2: 6,79 L2: 6,80 L2: 6,82 L2: 6,80 L2: 6,83 L2: 6,83 L2: 6,82 L2: 6,83
(Tamb) L3: 6,80 L3: 6,81 L3: 6,81 L3: 6,81 L3: 6,80 L3: 6,81 L3: 6,83 L3: 6,82
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
6,80 +/- 0,01 6,81 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,81 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,83 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01
Gel com - L1: 6,80 L1: 6,84 L1: 6,89 L1: 6,93 L1: 6,93 L1: 6,94 L1: 6,97
lipossomas L2: 6,82 L2: 6,83 L2: 6,88 L2: 6,91 L2: 6,92 L2: 6,93 L2: 6,95
(T4ºC +-2) L3: 6,81 L3: 6,83 L3: 6,88 L3: 6,92 L3: 6,93 L3: 6,95 L3: 6,99
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,81 +/- 0,01 6,83 +/- 0,01 6,88 +/- 0,01 6,92 +/- 0,01 6.93 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,97 +/- 0,02
Gel com - L1: 6,81 L1: 6,85 L1: 6,90 L1: 6,94 L1: 6,95 L1: 6,96 L1: 6,99
lipossomas L2: 6,82 L2: 6,84 L2: 6,89 L2: 6,95 L2: 6,93 L2: 6,95 L2: 6,97
(T40ºC +-2) L3: 6,80 L3: 6,85 L3: 6,91 L3: 6,93 L3: 6,95 L3: 6,97 L3: 6,98
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,81 +/- 0,01 6,85 +/- 0,01 6,90 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,96 +/- 0,01 6,98 +/- 0,01
Tabela 14. Análise de pH do gel aniônico contendo lipossomas de coenzima Q10.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias;
T14 = tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
56
Tempos
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base L1: 6,50 - - - - - - -
L2: 6,45
L3: 6,49
Média +/- DP - - - - - - -
6,48 +/- 0,03 - - - - - - -
Creme com L1: 6,45 L1: 6,47 L1: 6,42 L1: 6,39 L1: 6,35 L1: 6,33 L1: 6,31 L1: 6,28
lipossomas L2: 6,48 L2: 6,45 L2: 6,40 L2: 6,37 L2: 6,33 L2: 6,32 L2: 6,32 L2: 6,30
(Tamb) L3: 6,50 L3: 6,48 L3: 6,41 L3: 6,38 L3: 6,34 L3: 6,33 L3: 6,30 L3: 6,27
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
6,48 +/- 0,02 6,47 +/- 0,01 6,41 +/- 0,01 6,38 +/- 0,01 6,34 +/- 0,01 6.33 +/- 0,01 6,31 +/- 0,01 6,28 +/- 0,01
Creme com - L1: 6,45 L1: 6,40 L1: 6,37 L1: 6,33 L1: 6,31 L1: 6,28 L1: 6,27
lipossomas L2: 6,49 L2: 6,41 L2: 6,38 L2: 6,30 L2: 6,30 L2: 6,26 L2: 6,25
(T4ºC +-2) L3: 6,47 L3: 6,40 L3: 6,37 L3: 6,32 L3: 6,30 L3: 6,27 L3: 6,26
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,47 +/- 0,02 6,40 +/- 0,01 6,37 +/- 0,01 6,32 +/- 0,01 6.30 +/- 0,01 6,27 +/- 0,01 6,26 +/- 0,01
Creme com - L1: 6,44 L1: 6,40 L1: 6,37 L1: 6,32 L1: 6,28 L1: 6,26 L1: 6,24
lipossomas L2: 6,46 L2: 6,38 L2: 6,35 L2: 6,31 L2: 6,29 L2: 6,27 L2: 6,22
(T40ºC +-2) L3: 6,45 L3: 6,39 L3: 6,38 L3: 6,30 L3: 6,27 L3: 6,25 L3: 6,23
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,45 +/- 0,01 6,39 +/- 0,01 6,37 +/- 0,01 6,31 +/- 0,01 6,28 +/- 0,01 6,26 +/- 0,01 6,23 +/- 0,01
Tabela 15. Análise de pH do gel aniônico contendo lipossomas de coenzima Q10.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 =
tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
57
Leitura 2 erro 66,8 % erro erro erro erro erro erro erro erro
57323
mPa-S
Leitura 3 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Creme base
Leitura 1 53,9 % 75,0 % 86,2 % erro erro erro erro erro erro erro
64765 64443 51818
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 53,7 % 60,9 % 71,7 % erro erro erro erro erro erro erro
64532 52434 43066
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 54,1 % 59,1 % 67,3 % erro erro erro erro erro erro erro
64876 50752 40438
mPa-S mPa-S mPa-S
Tabela 19. Ensaio preliminar para seleção do rotor e da velocidade de rotação: Rotor 4.
62
Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base L1: 97,3% - - - - - - -
1461,1
L2: 97,5 %
1464,0
L3: 97,4 %
1463,0
Média +/- DP - - - - - - -
1462,7 +/- 1,5 - - - - - - -
Gel com L1: 97,0 % L1: 97,3 % L1: 97,4 % L1: 97,3 % L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,1 % L1: 97,0 %
lipossomas 1457,9 1460,3 1462,8 1461,1 1460,1 1459,9 1459,1 1460,9
(Tamb) L2: 96,9 % L2: 97,3 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,3 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,1 %
1458,0 1460,6 1461,9 1460,9 1459,5 1459,1 1459,7 1459,5
L3: 97,0 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,3 % L3: 97,0 %
1458,3 1460,2 1460,4 1461,0 1458,9 1460,0 1461,3 1460,2
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
1458,1 +/- 0,2 1460,4 +/- 0,2 1461,7 +/- 1,2 1461,0 +/- 0,1 1459,5 +/- 0,6 1459,7 +/- 0,5 1460,0 +/- 1,1 1460,2 +/- 0,7
Tabela 20. Análise da viscosidade do gel com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
63
Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel com - L1: 97,3 % L1: 97,4 % L1: 97,4 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,2 %
lipossomas 1460,3 1463,5 1462,4 mPa-S 1461,9 1460,5 1460,3 1460,0
(T4ºC +-2) L2: 97,3 % L2: 97,4 % L2: 97,3 % L2: 97,4 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,2 %
1460,7 1462,4 1461,9 mPa-S 1462,0 1461,0 1460,0 1459,9
L3: 97,3 % L3: 97,4 % L3: 97,4 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 %
1460,5 1461,8 1462,1 mPa-S 1462,1 1461,1 1459,4 1460,1
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1460,5 +/- 0,2 1462,6 +/- 0,9 1462,1 +/- 0,2 1462,0 +/- 0,1 1460,9 +/- 0,3 1459,9 +/- 0,5 1460,0 +/- 0,1
Gel com - L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,3 % L1: 97,2 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,3 %
lipossomas 1459,9 1459,3 1460,0 mPa-S 1460,2 1460,5 1460,7 1460,9
(T40ºC +-2) L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,2 % L2: 97,3 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,3 %
1460,5 1460,1 1460,1 mPa-S 1459,9 1460,1 1459,8 1460,1
L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,3 %
1461,9 1460,0 1459,8 1460,1 1460,3 1460,2 1460,5
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1460,8 +/- 1,0 1459,8 +/- 0,4 1460,0 +/- 0,1 1460,1 +/- 0,1 1460,3 +/- 0,2 1460,2 +/- 0,4 1460,5 +/- 0,4
Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base L1: 97,0 % - - - - - - -
1456,0
L2: 97,0 %
1456,0
L3: 97,2 %
1460,2
Média +/- DP - - - - - - -
1457,4 +/- 2,4 - - - - - - -
Creme com L1: 96,9 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,1 %
lipossomas 1455,9 1458,1 1457,3 1457,5 1458,0 1458,1 1457,9 1458,0
(Tamb) L2: 96,9 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,1 %
1456,0 1457,9 1457,5 1457,8 1458,2 1458,0 1458,2 1457,9
L3: 96,9 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,0 % L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,1 %
1456,1 1458,1 1457,8 1457,4 1457,9 1457,9 1458,1 1458,1
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
1456,0 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1 1457,5 +/- 0,2 1457,6 +/- 0,2 1458,0 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1 1458,1 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1
Tabela 22. Análise da viscosidade do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
65
Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme com - L1: 97,2 % L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,2 %
lipossomas 1459,2 1457,1 1457,2 1457,9 1458,8 1459,5 1458,9
(T4ºC +-2) L2: 97,2 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,2 % L2: 97,2 % L2: 97,1 % L2: 97,2 %
1458,9 1457,5 1457,6 1458,0 1458,5 1459,1 1459,0
L3: 97,2 % L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,2 %
1459,1 1457,3 1457,3 1458,2 1458,9 1459,5 1458,8
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1459,1 +/- 0,1 1457,3 +/- 0,2 1457,4 +/- 0,2 1458,0 +/- 0,1 1458,7 +/- 0,2 1459,4 +/- 0,2 1458,9 +/- 0,1
Creme com - L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 %
lipossomas 1456,7 1459,1 1455,7 1456,2 1456,0 1456,5 1455,9
(T40ºC +-2) L2: 97,0 % L2: 97,2 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 %
1456,8 1458,7 1456,5 1456,0 1455,9 1456,9 1455,7
L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,0 % L3: 97,0% L3: 97,0% L3: 97,0 % L3: 97,0%
1457,0 1458,9 1456,1 1456,1 1456,1 1456,1 1455,9
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1456,8 +/- 0,1 1458,9 +/- 0,2 1456,1 +/- 0,4 1456,1 +/- 0,1 1456,0 +/- 0,1 1456,5 +/- 0,4 1455,8 +/- 0,1
Tabela 23. Continuação da análise da viscosidade do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
66
Figura 14. Resultado das análises de viscosidade para gel com lipossomas.
1500
1480
Viscosidade
Ambiente
1460
Geladeira
1440 Estufa
1420
1400
0 5 10 15 20
Tempo em dias
Figura 15. Resultado das análises de viscosidade para creme com lipossomas.
1500
1480
Viscosidade
Ambiente
1460
Geladeira
1440 Estufa
1420
1400
0 5 10 15 20
Tempo em dias
6 CONCLUSÃO
CHEN, Lucy; HU, Judy Y.; WANG, Steven Q. The role of antioxidants in
photoprotection: A critical review. Journal Of The American Academy Of
Dermatology, New York, p.1-12, 2012. Article in press. Disponível em:
<http://www.beautyjournaal.nl/wp-content/uploads/2012/04/1-s2.0-
S0190962212001314-main.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2012.
FERREIRA, Fabrícia Saba; ALVES, Carina Pimentel Itapema; LIMA, Eliana Martins.
Avaliação da interação lipossomas-tensoativos pela técnica de espalhamento de luz.
Revista Eletrônica de Farmácia, Goiânia, v. 2, n. 2, p.70-72, 2005. Disponível em:
<revistas.ufg.br/index.php/REF/article/download/1977/1945>. Acesso em: 06 abr.
2012.
HIRATA, Lilian Lúcio; SATO, Mayumi Eliza Otsuka; SANTOS, Cid Aimbiré de Moraes.
Radicais Livres e o Envelhecimento Cutâneo. Acta Farmaceutica Bonaerense,
Curitiba, v. 23, n. 3, p.418-424, 05 jun. 2004. Disponível em:
<http://www.latamjpharm.org/trabajos/23/3/LAJOP_23_3_6_1_7IT93QRE42.pdf>.
Acesso em: 15 abr. 2012.
MACHADO, Lívia Cristina; GNOATTO, Shildrey Anne; KLÜPPEL, Maria Lúcia W..
Lipossomas aplicados em farmacologia: uma revisão da literatura. Estudos de
Biologia, Curitiba, v. 29, n. 67, p.215-224, 2007. Abr./jun. Disponível em:
<http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CG
AQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww2.pucpr.br%2Freol%2Findex.php%2FBS%3Fdd1
%3D2512%26dd99%3Dpdf&ei=tlulT-
L2Co2Q8wTTufGfAw&usg=AFQjCNEBkQYFna_l8x5tLanoJxltl7kvrQ&sig2=ZdcPYHx
DsbG-NKXq0Vk2iQ>. Acesso em: 05 maio 2012.
75
MANCUSO, Michelangelo et al. Coenzyme Q10 and Neurological Diseases.
Pharmaceuticals, Tuscany, Italy, v. 2, p.134-149, 2009. Disponível em:
<www.mdpi.com/1424-8247/2/3/134/pdf>. Acesso em: 06 abr. 2012.
MAROZ, Andrej et al. Reactivity of ubiquinone and ubiquinol with superoxide and the
hydroperoxyl radical: implications for in vivo antioxidant activity. Free Radical
Biology And Medicine, New Zealand, v. 46, n. 1, p.105-109, 1 jan. 2009. Disponível
em: <http://ac.els-cdn.com/S0891584908005765/1-s2.0-S0891584908005765-
main.pdf?_tid=d08f47b44fb44449d03c39b0895a244b&acdnat=1336601974_c1ad3b
cb247263fbb5564072bfaebc56>. Acesso em: 05 maio 2012.
NIKLOWITZ, Petra et al. Enrichment of coenzyme Q10 in plasma and blood cells:
defense against oxidative damage. International Journal Of Biological Sciences,
Datteln, Germany, v. 3, n. 4, p.257-262, 2007. Disponível em:
<http://www.biolsci.org/v03p0257.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2012.
ROWE, Raymond C.; SHESKEY, Paul J.; OWEN, Siân C. (Ed.). Handbook of
Pharmaceutical Excipients. 5. ed. Illinois, Estados Unidos da América:
Pharmaceutical Press, 2006. 945 p.
SHAPIRO, Stanley S; SALIOU, Claude. Role of vitamins in skin care. Nutrition, New
Jersey, v. 17, n. 10, p.839-844, out. 2001. Disponível em: <http://ac.els-
cdn.com/S0899900701006608/1-s2.0-S0899900701006608-
79
main.pdf?_tid=c8aed8e8a0e8776f185bbba87dcc148a&acdnat=1336602501_8692
e279692c7ed0d17639e68bd59cbb>. Acesso em: 08 maio 2012.
VAN DER SPUY, Wendy Jeannette; PRETORIUS, Etheresia. The qualitative effects
of resveratrol and coenzyme Q10 administration on the gluteus complex muscle
morphology of SJL/J mice with dysferlinopathy. International Journal of Morphology,
Pretoria, v. 29, n. 3, p.876-884, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.cl/pdf/ijmorphol/v29n3/art35.pdf>. Acesso em: 12 mar 2012.