Coenzima Q10

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Farmácia
Trabalho de Conclusão de Curso

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS,


DO pH E DA VISCOSIDADE DE DUAS BASES
DERMOCOSMÉTICAS CONTENDO LIPOSSOMAS DE
COENZIMA Q10

Autor: Fellipe José Gomes Queiroz


Orientador: Profª. Msc. Kélia Xavier Resende Vasconcelos

Brasília - DF
2012
FELLIPE JOSÉ GOMES QUEIROZ

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS, DO pH E DA


VISCOSIDADE DE DUAS BASES DERMOCOSMÉTICAS CONTENDO
LIPOSSOMAS DE COENZIMA Q10

Monografia apresentada ao curso de


graduação em Farmácia da Universidade
Católica de Brasília, como requisito parcial
para obtenção do título de Farmacêutico.

Orientador: Profª Msc. Kélia Xavier


Resende Vasconcelos

Brasília
2012
Dedico este trabalho à minha
família que sempre esteve ao meu lado
me incentivando a permanecer na
constante busca pelo saber.
Aos amigos e colegas pela
paciência com minha falta de tempo.
À minha orientadora pelo saber
compartilhado durante essa jornada.
Aos mestres do curso de
Farmácia da Universidade Católica de
Brasília, pelo constante compartilhamento
do saber, dedicação e paciência.
AGRADECIMENTOS

À Deus pela luz do Seu Santo Espírito, principalmente nas noites em


claro.
À minha querida família, pelo apoio, dedicação, amor e ensinamentos.
Aos amigos e colegas queridos, de perto e de longe, que permaneceram
na paciência quando não tive tempo para com eles.
À todos os mestres, em especial a minha orientadora, pelo saber
compartilhado, paciência e dedicação pela construção do meu futuro.
Quem possui a faculdade de ver a beleza
não envelhece.

Franz Kafka
RESUMO

Referência: QUEIROZ, Fellipe José Gomes. Avaliação das características


organolépticas, do pH e da viscosidade de duas bases dermocosméticas
contendo lipossomas de coenzima Q10. 2012. 80 f. Monografia (Farmácia) –
Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2012.

O processo de envelhecimento é inerente à evolução humana. Porém, determinadas


situações em nossa vida fazem com que esse processo seja acelerado, como, por
exemplo, a ação de radicais livres, que promovem o envelhecimento precoce da
pele. Apesar da pele contar com um eficiente sistema antioxidante, capaz de
combater a ação deletéria dessas espécies reativas de oxigênio, fatores ambientais,
emocionais e alterações fisiológicas podem reduzir essa defesa natural. No entanto,
diversas substâncias são capazes de reforçar essa barreira, os chamados
antioxidantes. Um exemplo de antioxidante é a coenzima Q10, capaz de reduzir a
ação dos radicais livres sobre a pele. Devido à dificuldade de permeação cutânea
dessas e de outras substâncias, a cosmetologia buscou alternativas mais eficientes
de transporte transdérmico, como emprego de lipossomas. Os lipossomas são
vesículas esféricas constituídos de bicamadas de fosfolipídios, essas englobam o
princípio ativo em seu interior, transportando-o de forma mais eficaz devido a sua
semelhança com os constituintes das membranas biológicas. Os lipossomas tendem
a se desestabilizar na presença de tensoativos, o que pode levar a incompatibilidade
com bases emulsionadas, veículos muito utilizados atualmente na indústria
cosmética. Neste estudo, com intenção de verificar o comportamento de um gel
aniônico e uma emulsão aniônica adicionados de lipossomas de coenzima Q10, ao
longo de 17 dias de armazenamento à temperatura ambiente, geladeira e estufa,
foram analisadas as variações das características organolépticas, pH e viscosidade.
Não foram observadas alterações significantes em nenhum dos parâmetros físico-
químicos analisados.

Palavras-chave: Radicais livres. Antioxidantes. Nanotecnologia. Lipossomas.


Coenzima Q10.
Lista de abreviaturas e siglas

1
O2 : Oxigênio singleto
AP-1: Fator de ativação da proteína-1
A/O: Água em óleo
BHT: Butilhidroxitolueno
Cu: Cobre
Cyt c: Citocromo c
DNA: Deoxyribonucleic acid – Ácido desoxirribonucléico
EDTA: Ethylenediamine tetraacetic acid – ácido etilenodiamino tetra-acético
GSH: Glutathione - glutationa
H2O2: Peróxido de hidrogênio
H2SO4: Ácido sulfúrico
HNO3: Ácido nítrico
HO. : Radical hidroxila
INCI: International Nomenclature of Cosmetics Ingredients
LESS: Lautil éter sulfato de sódio
Mg: Magnésio
MMP: Matrix metalloproteinase – metaloproteinases de matriz
Mn: Manganês
NF-kB: Fator nuclear Kb
NLS: Nanopartículas lipídicas sólidas
NO.- : Óxido nítrico
NO2: dióxido de nitrogênio
O/A: Óleo em água
O2.- : Ânion superóxido
O3: ozônio
PAN: Peroxyacetyl nitrate – nitrato de peroxiacetila
pH: Potencial hidrogeniônico
Se: Selênio
SOD: Superóxido dismutase
TGF-B: Transforming growth factor beta – fator de crescimento
UCB: Universidade Católica de Brasília
UV: Ultraviolet - Ultravioleta
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO....................................................................10
3 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................11
3.1 RADICAIS LIVRES E A PELE..............................................................................11
3.2 ANTIOXIDANTES DE USO TÓPICO...................................................................18
3.3 COENZIMA Q10, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ENVELHECIMENTO.............21
3.4 NANOTECNOLOGIA............................................................................................24
3.5 LIPOSSOMAS......................................................................................................25
3.6 ASPECTOS RELACIONADOS À ESTABILIDADE FÍSICA DE LIPOSSOMAS
NAS BASES DERMATOLÓGICAS GEL E CREME...................................................30
4 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................33
4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA PARA COMPOSIÇÃO DO REFERENCIAL
TEÓRICO...................................................................................................................33
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS............................................................................................35
4.3 EQUIPAMENTOS.................................................................................................36
4.4 MATERIAIS..........................................................................................................36
4.5 MANIPULAÇÃO DAS BASES DERMOCOSMÉTICAS........................................37
4.6 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS
FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO....................................39
4.7 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS.........................................................40
4.8 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO............................................................................40
4.9 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)............................40
4.10 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE...............................................................40
4.11 ANÁLISE ESTATÍSTICA – TESTE T DE Student...............................................41
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................41
5.1 MANIPULAÇÃO DAS BASES DERMOCOSMÉTICAS........................................41
5.2 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS
FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO....................................43
5.3 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS..........................................................45
5.4 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO............................................................................52
5.5 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)............................53
5.6 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE.................................................................57
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................66
REFERÊNCIAS..........................................................................................................67
9

1 INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é inerente à evolução humana. Porém,


determinadas situações ao longo da vida podem fazer com que esse processo seja
acelerado, como, por exemplo, a ação de radicais livres, que promovem o
envelhecimento precoce da pele. Os radicais livres são formados naturalmente no
organismo durante a respiração celular, processo pelo qual a célula produz energia.
Dessa forma, os radicais livres, paradoxalmente, podem ser considerados essenciais
ao metabolismo, mesmo sendo deletérios às estruturas nobres do nosso organismo
(SILVA, Alexandre, 2009; SCHNEIDER e OLIVEIRA, 2004).
Os danos oxidativos causados por essas espécies atingem moléculas
nobres, principalmente DNA, colágeno, elastina e fibronectina, levando ao
envelhecimento precoce da pele (HIRATA, SATO e SANTOS, 2004; CHEN, HU e
WANG, 2012). Outro fator que pode levar ao envelhecimento precoce da pele é a
radiação ultravioleta, pois o fotoenvelhecimento está relacionado ao acúmulo dessas
espécies reativas na pele, geradas a partir da radiação, liberando também citocinas
pró-inflamatórias e fatores de crescimento que vão modular a produção do colágeno
e elastina, e a expressão de metaloproteinases de matriz (MMP) (CHEN, HU e
WANG, 2012; SCOTTI et al., 2007; ARAUJO e SOUZA, 2008; MONTAGNER e
COSTA, 2009).
Os radicais livres, também chamados de espécies reativas de oxigênio,
são moléculas que possuem um elétron desemparelhado. São, dessa forma,
instáveis, o que faz com que reajam com outras moléculas em busca da estabilidade
(CHEN, HU e WANG, 2012; SCHNEIDER e OLIVEIRA, 2004).
Apesar dessa grande possibilidade de danos, a pele conta com um
sistema de defesa antioxidante, que pode ser dividido em enzimático e não
enzimático. O sistema enzimático é composto por enzimas como a superóxido
dismutase (SOD), a catalase e a glutationa peroxidase e seu mecanismo de ação
está relacionado com a presença de oligoelementos, como o selênio (Se), zinco
(Zn), cobre (Cu), manganês (Mn) e magnésio (Mg) (VAN DER SPUY e PRETORIUS,
2011; LAFFORGUE, 2007; MANCUSO et al., 2009; CHEN, HU e WANG, 2012).
O sistema não enzimático é composto por moléculas antioxidantes,
presentes naturalmente na pele, como a coenzima Q 10, as vitaminas A, E e C. Essas
substâncias, se empregadas em formulações cosméticas, reforçam a proteção
10

natural da pele e ainda conferem um maior poder antioxidante (VAN DER SPUY e
PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007; MANCUSO et al., 2009; CHEN, HU e
WANG, 2012).
A coenzima Q10 é uma substância de origem mitocondrial, considerada
essencial nas diversas atividades do metabolismo celular (BONAKDAR e
GUARNERI, 2005; KUMAR et al., 2009). Ela atua como antioxidante da cadeia
respiratória mitocondrial, neutralizando as espécies reativas de oxigênio produzidas,
bem como protegendo e aumentando a proliferação dos fibroblastos presentes na
derme (ZÜLLI et al., 2006; LAMPERTI et al., 2005; GÜRKAN e BOZDAG-DÜNDAR,
2005; LEE e TSAI, 2010; SCOTTI et al., 2007).
A coenzima Q10, foco deste estudo, apesar de ter diversas vantagens,
apresenta problemas técnicos como baixa solubilidade, termolabilidade e
fotossensibilidade, necessitando de um sistema de proteção e liberação eficaz
(KRUEGER, 2009; LEE e TSAI, 2010). Para isso, a ciência cosmética buscou
soluções dentro do universo da nanotecnologia e os lipossomas foram um dos
sistemas de transporte escolhidos para essa molécula (KRUEGER, 2009; LEE e
TSAI, 2010; MARCATO, 2009)
Apesar das inúmeras vantagens, os lipossomas podem sofrer
desestabilização em alguns tipos de veículos, principalmente aqueles que
apresentam grande carga tensoativa, visto que os lipossomas são vesículas lipídicas
e que podem se romper devido à característica anfifílica dos tensoativos (CHORILLI
et al., 2004; MARCATO, 2009; CHORILLI et al., 2007; CHO et al., 2007).
O uso da nanotecnologia vem ganhando enorme espaço na indústria
cosmética e, nesse contexto, o emprego de lipossomas para carreamento de ativos
é cada vez mais frequente. Por ser o lipossoma uma estrutura lipídica e, portanto,
passível de sofrer desestabilização na presença de tensoativos, há a necessidade
de se verificar se as bases dermocosméticas, que contêm tensoativos em sua
composição, podem comprometer a integridade dessas estruturas.
Sendo assim, há a necessidade de conhecer o comportamento de
lipossomas quando adicionados à base dermocosmética, sobretudo naquilo que diz
respeito à estabilidade física das vesículas, pois, se os lipossomas se romperem
após incorporação no veículo, todas as vantagens que poderiam advir de sua
utilização ficam prejudicadas. Dessa forma, considerando que, para uso tópico, as
bases dermocosméticas mais comumente empregadas são as emulsões e os géis
11

aquosos faz-se necessário a verificação da estabilidade física dos lipossomas de


coenzima Q10 frente à essas bases.

2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a variação das características organolépticas, do pH e da


viscosidade de um gel hidrofílico aniônico e uma emulsão aniônica contendo
lipossomas de coenzima Q, ao longo de 17 dias de armazenamento a diferentes
temperaturas (ambiente, geladeira e estufa), a fim de determinar se, pela verificação
desse parâmetros físico-químicos, é possível inferir quanto à integridade dos
lipossomas nas preparações.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.2.1 Manipular duas bases dermocosméticas, uma emulsão e um gel hidrofílico;


2.2.2 Analisar e registrar as características organolépticas, o pH e a viscosidade
das formulações-base preparadas;
2.2.3 Incorporar a solução de lipossomas de coenzima Q 10 nas formulações-base
preparadas;
2.2.4 Analisar e registrar as características organolépticas, o pH e a viscosidade
das formulações após a incorporação da solução de lipossomas de coenzima
Q10, ao longo do tempo, quando armazenadas às temperaturas ambiente (24°C ±
2°C), geladeira (4°C ± 2ºC) e estufa (40°C ± 2ºC).
2.2.5 Discutir os resultados obtidos.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 RADICAIS LIVRES E A PELE

Os radicais livres, também chamados de espécies reativas de oxigênio,


são formados durante a redução incompleta do oxigênio molecular e constituem
espécies que possuem pelo menos um elétron desemparelhado ocupando um orbital
12

atômico ou molecular. Em razão desse elétron desemparelhado, são muito instáveis


e, para atingir a estabilidade, necessitam doar seu elétron livre ou retirar um elétron
de outra molécula. No organismo, quando a quantidade de radicais livres é muito
elevada, poderá ocorrer o estresse oxidativo, que pode resultar em danos diversos
(CHEN, HU e WANG, 2012; SCHNEIDER e OLIVEIRA, 2004).
Radicais livres, embora desempenhem papel importante na respiração
celular e na defesa imunológica, constituem um dos principais fatores de agressão
às estruturas nobres do organismo, sendo capazes de causar danos de extensão e
intensidade variáveis ao ser humano (SILVA, Alexandre, 2009; SCHNEIDER e
OLIVEIRA, 2004).
No processo de estresse oxidativo, além de darem causa a várias
doenças, as espécies reativas de oxigênio desempenham papel relevante no
processo de envelhecimento celular, a partir de diversos danos causados em
moléculas nobres do organismo, como, por exemplo, o DNA, o colágeno, a elastina
e a fibronectina; em razão da oxidação de organelas celulares e, ainda, por
induzirem a peroxidação dos lipídios que formam a membrana celular, provocando
lise e, portanto, morte da célula (HIRATA, SATO e SANTOS, 2004; CHEN, HU e
WANG, 2012).
Entre as espécies reativas de oxigênio podemos citar como exemplos o
peróxido de hidrogênio (H2O2), o oxigênio singleto (1O2), os radicais hidroxila (HO.), o
ânion superóxido (O2.-) e o óxido nítrico (NO.), sendo os três últimos as espécies
mais deletérias (VIEIRA, 2006; HIRATA, SATO e SANTOS, 2004; SCHNEIDER e
OLIVEIRA, 2004; CHEN, HU e WANG, 2012).
Durante a formação das espécies reativas de oxigênio (Figura 1), o
oxigênio pode ser convertido em superóxido (O 2.) ou oxigênio singleto (1O2). Sendo o
superóxido muito instável, o mesmo pode ser convertido, espontaneamente ou
enzimaticamente pela superóxido dismutase (SOD), em peróxido de hidrogênio
(H2O2). Quando ocorre a neutralização das espécies reativas de oxigênio, ocorre
formação de água e oxigênio ou ácido hipocloroso. Pode haver, ainda, na presença
de ferro (Fe2+), a conversão do peróxido de hidrogênio (H 2O2) em radical hidroxilo
(OH.), por meio da reação de Fenton. O radical hidroxila pode reagir com as
moléculas orgânicas (lipídeos, DNA e proteínas) ou ser neutralizado em água e
oxigênio pela GSH peroxidase (glutationa peroxidase) (CHEN, HU e WANG, 2012).
13

Figura 1. Formação de espécies reativas de oxigênio.

Fonte: adaptado de CHEN, HU e WANG, 2012.

A formação do ânion superóxido e do peróxido de hidrogênio ocorre na


cadeia respiratória mitocondrial (Figura 2). O superóxido pode ser convertido em
peróxido de hidrogênio (H2O2) ou oxigênio (O2) pelas enzimas superóxido dismutase
(SOD) e citocromo c (Cyt c). A enzima monoaminooxidase converte o oxigênio em
peróxido de hidrogênio (H2O2) (CHEN, HU e WANG, 2012).
O fotoenvelhecimento está relacionado ao acúmulo de radicais livres
(Figura 3), isto porque os radicais livres presentes na pele desencadeiam a liberação
de citocinas pró-inflamatórias e fatores de crescimento. Os fatores de ativação da
proteína-1 (AP-1), factor nuclear-B (NF-kB) e o fator de crescimento (TGF-B)
aumentam a expressão de metaloproteinases de matriz (MMP). Estas proteases
degradam colágeno e elastina da matriz extracelular reduzindo a integridade
estrutural da pele e levando ao envelhecimento precoce. Os radicais livres também
promovem a redução dos níveis do fator de crescimento (TGF-B), com consequente
redução da síntese de colágeno e aumento da expressão de elastina. A integridade
da pele é, então, reduzida devido a alterações das fibras de colágeno e elastina
(CHEN, HU e WANG, 2012).
14

Figura 2. Formação do superóxido e do peróxido de hidrogênio.

Fonte: adaptado de CHEN, HU e WANG, 2012.

Figura 3. As espécies reativas de oxigênio no fotoenvelhecimento.

Fonte: adaptado de CHEN, HU e WANG, 2012.


15

De fato, o ser humano está continuamente exposto à ação de radicais


livres, sejam provenientes do seu próprio metabolismo, os chamados radicais livres
endógenos, sejam resultado da ação de agentes químicos, físicos e ambientais,
ditos exógenos. A ação deletéria dessas espécies altamente reativas pode ser
observada em praticamente todos os órgãos, mas, em especial na pele, uma vez
que essa está em contato direto com o ambiente e, assim, se torna susceptível tanto
a ação dos radicais livres endógenos quanto dos exógenos (Figura 4)
(LAFFORGUE, 2007; MANCUSO et al., 2009; CHEN, HU e WANG, 2012).

Figura 4. Ação dos radicais livres.

Fonte: adaptado de CHEN, HU e WANG, 2012.

Uma das mais importantes fontes exógenas de radicais livres é a radiação


ultravioleta. Essa faixa de comprimento de onda do espectro eletromagnético solar
varia de 180 nm a 400 nm e se divide em radiação UVC, UVB e UVA. A radiação
UVC corresponde aos comprimentos de onda localizados entre 180 nm e 290 nm, a
radiação UVB, à faixa de 290 nm à 320 nm e a radiação UVA , aos comprimentos de
onda entre 320 nm e 400 nm. (SCOTTI et al., 2007; MONTEIRO, 2008; SILVA, Abel,
2002; ALVES, Maykon et al., 2012).
16

A radiação UVC é praticamente toda filtrada pela camada de ozônio e,


assim, seus efeitos deletérios são pouco sentidos na superfície terrestre. No entanto,
com os danos que a camada de ozônio vem sofrendo, essa proteção pode não ser
mais tão eficiente em todos os pontos do planeta (SCOTTI et al., 2007).
Tanto a radiação UVA quanto a radiação UVB são capazes de gerar
radicais livres. A radiação UVA tem um maior poder de penetração nas camadas da
pele do que a radiação UVB. Enquanto que a radiação UVB atinge apenas a
epiderme, a radiação UVA é capaz de atingir a derme (Figura 5), onde os radicais
livres formados a partir desse estímulo atacam as macromoléculas estruturantes,
como o colágeno, a elastina, além de células, como os fibroblastos, causando perda
de suas funcionalidades e, com a exposição continuada, pode haver alteração na
tonalidade, firmeza e elasticidade da pele, que terá uma aparência envelhecida
(ARAUJO e SOUZA, 2008; MONTAGNER e COSTA, 2009; CHEN, HU e WANG,
2012; SCOTTI et al., 2007).

Figura 5. Penetração da radiação UV na pele.

Fonte: adaptado de: <


http://www.ativosdermatologicos.com.br/s
ite/arquivos/6seminario/Biotec.pdf>.

Além da radiação ultravioleta, os poluentes atmosféricos também são


capazes de provocar a formação de radicais livres na pele. A geração de radicais
livres a partir de poluentes se dá pelo processo de fotodissociação, que depende da
17

capacidade de absorção de energia solar pelas moléculas de oxigênio e hidrogênio


atômicos, hidroxila e radical perohidroxi (PIRES, 2005).
Poluentes primários, emitidos diretamente na atmosfera, bem como os
secundários, resultantes de reações químicas com outros poluentes e, ainda,
materiais particulados são capazes de formar radicais livres. Ao entrar em contato
com a pele, podem levar a diversas reações químicas, como oxidação de lipídios e
proteínas de membranas das células da epiderme (COLOMBINI, 2008).
A obstrução dos poros por meio de partículas leva ao acúmulo de toxinas
e impede a regulação hídrica da pele (COLOMBINI, 2008). Poluentes primários,
como os hidrocarbonetos, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio, juntamente
com a luz solar e a presença de oxigênio, reagem produzindo radicais livres
(MARTINS e ANDRADE, 2002; PEDROSO, 2007). A fumaça de cigarro também
contém diversas substâncias oxidantes, como o dióxido de nitrogênio (NO 2) e
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, capazes de formar radicais livres
(QUADROS e LISBOA, 2010). Poluentes secundários, como o peróxido de
hidrogênio (H2O2), o ácido sulfúrico (H2SO4), o ácido nítrico (HNO3), o ozônio (O3) e
o nitrato de peroxiacetila – PAN – (CH3 = OO2NO2), reagem entre si gerando radicais
mais reativos, como o radical hidroxilo (OH.) e o ânio superóxido (O2.-) (QUADROS e
LISBOA, 2010; PEDROSO, 2007).
Para se proteger desse tipo de agressão, a pele conta com um sistema de
defesa composto por enzimas, substâncias antioxidantes e, ainda, por melanócitos
que produzem melanina, a qual é dividida em eumelanina e feomelanina (VAN DER
SPUY e PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007; MANCUSO et al., 2009).
As enzimas responsáveis por combater a ação dos radicais livres na pele
são a superóxido dismutase (SOD), a catalase e a glutationa peroxidase e seu
mecanismo de ação está relacionado com a presença de oligoelementos como o
selênio (Se), zinco (Zn), cobre (Cu), manganês (Mn) e magnésio (Mg). Estas
enzimas são capazes de reagir com os compostos oxidantes, protegendo a pele de
suas ações deletérias (VAN DER SPUY e PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007;
MANCUSO et al., 2009; CHEN, HU e WANG, 2012).
O sistema antioxidante cutâneo é composto por ácido úrico, glutationa,
coenzima Q10, carotenóides, polifenóis e vitaminas A, C e E. Na pele mais agredida,
a atividade antioxidante é acentuada, a fim de melhor proteger as moléculas e
estruturas essenciais (VAN DER SPUY e PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007;
18

MANCUSO et al., 2009).


A eumelanina, também conhecida como melanina verdadeira, é capaz de
absorver e dispersar esse tipo de radiação atenuando sua penetração na pele e
seus efeitos deletérios (MIOT et al., 2009; QUEVEDO, 2011). A feomelanina, por
outro lado, absorve, mas não dispersa a radiação, iniciando a formação de espécies
reativas de oxigênio na pele (MIOT et al., 2009; QUEVEDO, 2011).
A radiação UV é capaz de reagir com moléculas fotossensibilizantes, ou
cromóforos, presentes na pele, sendo eles os citocromos, a riboflavina, a fração
heme e a porfirina. Essas moléculas absorvem a energia emitida pela radiação UV e
entram em um estado excitado, ou seja, instável. Essas mesmas moléculas, em
busca da estabilidade, emitem energia para as moléculas de oxigênio próximas,
tornando-as reativas (CHEN, HU e WANG, 2012).
Apesar de haver esse poderoso sistema de defesa, o mesmo pode vir a se
esgotar devido à excessiva quantidade de radicais livres na pele. Dessa forma, o uso
tópico de antioxidantes, como a coenzima Q 10, reforça a barreira de proteção da pele
contras os danos oxidativos (CHEN, HU e WANG, 2012).

3.2 ANTIOXIDANTES DE USO TÓPICO

Como visto, a pele desenvolveu um sistema múltiplo, capaz de se


proteger da ação de radicais livres por mecanismos diversos. No entanto, nem
sempre o sistema antioxidante cutâneo é suficiente para proteger completamente a
pele da ação de radicais livres; de fato, fatores como estresse emocional,
depressão, infecções de forma geral e, ainda, o processo natural de desgaste que
acompanha o envelhecimento são capazes de reduzir a eficiência antioxidante do
sistema de defesa da pele. Nesse caso, produtos específicos, tanto de uso sistêmico
quanto de uso tópico, podem ser desenvolvidos com a intenção de combater os
radicais livres, complementando a proteção natural (SANTOS, J., 2011; KAUR,
KAPILA e AGRAWAL, 2007; SCOTTI et al., 2007; ABREU, 2009; GASPARRI, 2005).
Antioxidantes são substâncias capazes de atrasar ou impedir a ação de
espécies reativas de oxigênio, inibindo assim a oxidação que pode levar à
degradação das diversas moléculas orgânicas e estruturas celulares. Neutralizam a
ação dos radicais livres, impedem a formação de novas espécies reativas, podem,
ainda, atuar como quelantes de catalisadores metabólicos (OLIVEIRA, A. et al.,
19

2009; SANTOS, G. et al., 2008; SOARES, 2002; SCOTTI et al., 2007).


Os antioxidantes presentes na pele utilizam três tipos de mecanismos de
defesa para eliminar as espécies reativas. Inicialmente ocorre a eliminação da
atividade enzimática das principais enzimas nocivas como a colagenase.
Posteriormente, a inibição da cadeia de produção das espécies reativas e
decomposição de peróxidos. E, por ultimo, a prisão dos íons de metais de transição.
O uso de cosméticos que possuem ativos com ação antioxidante pode auxiliar
nesses três níveis de defesa da pele, complementando sua ação. Para que essa
complementação seja efetiva, é necessário que os antioxidantes alcancem a derme
(LAFFORGUE, 2007; OLIVEIRA, A. et al., 2009; SOARES, 2002; SCOTTI et al.,
2007).
Os antioxidantes protegem nossa pele por meio do bloqueio ou inibição
dos danos oxidativos, que são causados pelas espécies reativas de oxigênio, cuja
ação provoca a alteração de várias estruturas celulares importantes. O estresse
oxidativo, associado à radiação UV e à exposição aos agentes exógenos, promove o
envelhecimento precoce da pele e diminuição dos níveis de vitamina E, C e
ubiquinona (VAN DER SPUY e PRETORIUS, 2011; LAFFORGUE, 2007; ZÜLLI et
al., 2006; BONAKDAR e GUARNERI, 2005; VASCONCELOS et al., 2007;
MANCUSO et al., 2009; SCOTTI et al., 2007).
A indústria cosmética tem pesquisado intensamente para descoberta de
novos ativos antioxidantes que possam ser acrescidos a produtos de uso tópico.
(MIOT et al., 2009; QUEVEDO, 2011; SCOTTI et al., 2007). A adição de
antioxidantes, como ácido ascórbico, coenzima Q 10, vitamina E e β-caroteno, em
produtos cosméticos é cada vez maior devido à busca crescente por uma maior
proteção da pele contra danos oxidativos, os quais favorecem seu envelhecimento.
O envelhecimento precoce não é algo desejável e, sendo assim, pode ser prevenido
e muitas vezes tratado com o uso de antioxidantes em formulações cosméticas
(CHEN, HU e WANG, 2012; SCOTTI et al., 2007; DUARTE-ALMEIDA, 2006).

3.3 COENZIMA Q10, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ENVELHECIMENTO

A coenzima Q10 é uma substância de origem mitocondrial, considerada


essencial nas diversas atividades do metabolismo celular (BONAKDAR e
GUARNERI, 2005; KUMAR et al., 2009). Ela atua como antioxidante da cadeia
20

respiratória mitocondrial, neutralizando as espécies reativas de oxigênio produzidas,


bem como protegendo e aumentando a proliferação dos fibroblastos presentes na
derme (ZÜLLI et al., 2006; LAMPERTI et al., 2005; GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR,
2005; LEE e TSAI, 2010; SCOTTI et al., 2007). Sua atividade é exercida por meio da
transferência de prótons da membrana mitocondrial, de forma a neutralizar espécies
reativas de oxigênio e prevenir os danos oxidativos (SCOTTI et al., 2007)
Em 1957, a coenzima Q10 foi isolada pela primeira vez a partir de
mitocôndrias de miocárdio bovino pelo Dr. Fred Crane. Em 1958, a identificação de
sua estrutura química foi obtida sendo que, a forma encontrada em humanos é a 2,3
dimetoxi-5 metil-6-decaprenil benzoquinona (Figura 6), composta por um sistema de
anéis p-benzoquinona e uma cadeia lateral poliisoprenóide, sendo o comprimento
desta determinado pela enzima prenildifosfato sintase. Sua alta lipofilicidade é
devida a cadeia lateral já que a mesma possui dez unidades de isopreno contendo
cinco carbonos cada. Sua cadeia poliisoprenóide é o que permite haver afinidade
para o interior das membranas celulares (KUMAR et al., 2009; DEICHMANN, LAVIE
e ANDREWS, 2010; CRANE, 2001; GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005;
KAWAMUKAI, 2002).
O grupo funcional da coenzima Q10 é o anel quinona e os grupamentos
metoxi contribuem para a ação enzimática específica, bem como o grupo metil. É
encontrada sob a forma oxidada, ubiquinona, e sob a forma reduzida, ubiquinol
(Figura 6). Quando ocorre redução da quinona a quinol, um transportador de
elétrons é produzido (KUMAR et al., 2009; DEICHMANN, LAVIE e ANDREWS, 2010;
ZÜLLI et al., 2006, BONAKDAR e GUARNERI, 2005, CRANE, 2001; GÜRKAN e
BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005; KAWAMUKAI, 2002). Além da membrana mitocondrial, a
coenzima Q10 pode ser encontrada em diversas outras membranas celulares, nos
lisossomos, peroxissomos e complexo de Golgi, demonstrando não possuir apenas
a função de transportador de elétrons mitocondrial, mas, também, de potente
antioxidante e transportador de elétrons em outros tipos de membranas
(KAWAMUKAI, 2002; SHAPIRO e SALIOU, 2001).
Como a coenzima Q10 é capaz de transferir elétrons dentro da cadeia
respiratória mitocondrial, seu efeito antioxidante torna-se de grande importância
fisiológica. Para que essa ação antioxidante tenha função máxima, a ubiquinona
necessita ser reduzida para a forma ubiquinol (Figura 6). Nessa forma, seus elétrons
estão mais afastados facilitando sua interação com as espécies reativas
21

proporcionando sua neutralização (KUMAR et al., 2009; ZÜLLI et al., 2006;


BONAKDAR e GUARNERI, 2005; NIKLOWITZ et al., 2007; MANCUSO et al., 2009;
GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005; SCOTTI et al., 2007). O ubiquinol exerce sua
ação antioxidante por meio da doação de um átomo de hidrogênio para o carbono e
o oxigênio centrais dos radicais livres gerados no momento da peroxidação lipídica,
reduzindo o dano oxidativo de lipídios, mitocôndrias, proteínas e DNA (MAROZ et
al., 2009).

Figura 6. Formas oxidada e reduzida da coenzima Q10.

Coenzima Q10 oxidada - Ubiquinona (CoQ10)

Coenzima Q10 reduzida - Ubiquinol (CoQ10H2)


Fonte: TANG et al., 2001.

Assim, juntamente com a vitamina C, vitamina E e vitamina A, a coenzima


Q10 compõe o sistema antioxidante cutâneo, protegendo a pele dos efeitos de
radicais livres endógenos e exógenos. Pelo mesmo mecanismo de redução da
vitamina C, a coenzima Q10 é capaz de regenerar a vitamina E (DEICHMANN, LAVIE
e ANDREWS, 2010; ZÜLLI et al., 2006; BONAKDAR e GUARNERI, 2005;
NIKLOWITZ et al., 2007; TRÜEB, 2008; KUMAR et al., 2009; GÜRKAN e BOZDAĞ-
DÜNDAR, 2005).
Quando o α-tocoferol (vitamina E) reage com uma espécie reativa, é
formado um radical α-tocoferil, que em seguida é regenerado pelo ubiquinol
(MAROZ et al., 2009). A vitamina E e a coenzima Q10 agem em conjunto para
impedir ou reduzir a oxidação de lipídios constituintes das membranas celulares.
22

Entretanto, mesmo na ausência ou baixas concentrações de vitamina E, a coenzima


Q10 consegue inibir, de forma pronunciada, a peroxidação lipídica. A coenzima Q 10
age interferindo na iniciação e propagação da peroxidação lipídica, ja a vitamina E
apenas rompe essa cadeia oxidativa e inibe sua propagação (BENTINGER,
BRISMAR e DALLNER, 2007).
Durante o estresse oxidativo mediado por radiação UV, a coenzima Q10 é
consumida de forma mais rápida que a vitamina E, demonstrando sua sensibilidade
e atuação na primeira linha de defesa frente aos radicais livres (SHAPIRO e
SALIOU, 2001). Porém, o envelhecimento celular, somado aos fatores
desencadeantes de estresse mental e físico, é capaz de provocar a redução dos
níveis de coenzima Q10 em nosso organismo, provocando maiores danos oxidativos,
uma vez que o decréscimo nos níveis de antioxidante está diretamente relacionado
ao aumento do estresse oxidativo (DEICHMANN, LAVIE e ANDREWS, 2010; ZÜLLI
et al., 2006; BONAKDAR e GUARNERI, 2005; NIKLOWITZ et al., 2007; TRÜEB,
2008; KUMAR et al., 2009; GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005).
O uso tópico da coenzima Q10 protege a pele do envelhecimento, inclusive
do fotoenvelhecimento, assim como reduz sua aspereza e a profundidade das rugas.
Como antioxidante, a coenzima Q10 também age impedindo o envelhecimento
precoce por supressão da colagenase, visto que esta enzima é responsável pela
degradação dos colágenos tipo I e II com consequente redução da eficácia do
suporte estrutural e da elasticidade originais da pele (ZÜLLI et al., 2006; GÜRKAN e
BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005). Também é capaz de neutralizar rapidamente o ânion
superóxido (O2.-) e, em menor velocidade, o radical hidroperoxila (HOO·), inibindo
sua ação extremamente deletéria à pele. O ânion superóxido (O2 .-) formado acumula
no interior da membrana, onde exerce sua ação de forma mais acentuada, enquanto
que o seu ácido conjugado, o radical hidroperoxil (HOO·) encontra-se, em grande
parte, na região externa da membrana (MAROZ et al., 2009).
A ubiquinona endógena reage com o ânion superóxido (O2.-), formando o
radical ubisemiquinona (UQ·-) que também pode ser utilizado na neutralização dos
radicais livres, visto que sua presença age como catalisador da ubiquinona e
ubiquinol. Por meio da ação conjunta da superóxido dismutase, em presença de
manganês, o superóxido é, então, eliminado do interior da membrana, entretanto,
seu ácido conjugado o radical hidroperoxil (HOO·) consegue difundir-se pela
membrana. Devido ao fato do hidroperoxil (HOO·) ser mais reativo do que o
23

superóxido, sua ação deletéria ainda permanece em alta atividade. A maior parte da
ubiquinona endógena é encontrada no núcleo hidrofóbico da membrana devido a
sua alta hidrofobicidade. Já a ubiquinona exógena se encontra na superfície dessas
membranas. O uso do lipossoma como meio de transporte, permite que a
ubiquinona exógena consiga se distribuir de maneira uniforme no núcleo hidrofóbico
da membrana, na fase aquosa e interface membrana/água, aumentando sua ação
antioxidante contra os radicais superóxido (O2.-) e, principalmente contra o radical
hidroperoxil (HOO·) (MAROZ et al., 2009).
Usada topicamente, a coenzima Q10 parece ser um suplemento seguro,
tendo efeitos colaterais mínimos e baixa interação farmacológica (BONAKDAR e
GUARNERI, 2005). É biossintetizada exclusivamente em seres humanos, em todas
as células a partir da tirosina ou fenilalanina e pela via do Mevalonato, por meio da
influência de receptores nucleares (BENTINGER, BRISMAR e DALLNER, 2007;
KAWAMUKAI, 2002; CRANE, 2001). Mesmo em altas doses, não apresenta
toxicidade aos queratinócitos, sendo bem tolerada. Não provoca irritação local ou
ardência, apresentando vantagem sobre o ácido retinóico que também possui
propriedades semelhantes. Em uma formulação cosmética adequada para uso
tópico apresenta boa estabilidade, sendo capaz de penetrar a derme, onde terá sua
maior ação antioxidante (GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005). A suplementação
tópica de coenzima Q10 proporciona uma adicional proteção frente a radicais livres
endógenos e exógenos (CHEN, HU e WANG, 2012).
Mesmo por via tópica, a coenzima Q 10 é capaz de penetrar nas camadas
da epiderme de maneira viável reduzindo o nível de oxidação. Sendo assim, é
notada a redução da profundidade das rugas causadas pela radiação UV, bem como
da peroxidação lipídica dos queratinócitos e prevenção dos danos ao DNA
(MANCUSO et al., 2009; GÜRKAN e BOZDAĞ-DÜNDAR, 2005).
Devido à baixa solubilidade, termolabilidade, fotossensibilidade e alto
peso molecular, a coenzima Q10 necessita de um sistema de liberação que melhore
sua permeabilidade cutânea e, ao mesmo tempo, mantenha sua estabilidade
impedindo sua fotodegradação e oxidação. Dessa forma, a ciência cosmética
buscou alternativas dentro da nanotecnologia e os lipossomas constituem um dos
meios de transporte escolhidos para carrear a coenzima Q 10, possibilitando melhorar
sua solubilidade, sua estabilidade frente à variações de temperatura e exposição à
luz e, ainda, aumentar sua penetração nas camadas da pele, garantindo maior
24

biodisponibilidade (KRUEGER, 2009; LEE e TSAI, 2010)

3.4 NANOTECNOLOGIA

A necessidade de encontrar sistemas que transportem princípios ativos


de maneira segura, estável, protegidos das ações ambientais e capazes de permear
a pele, levou a cosmetologia a buscar alternativas dentro da nanotecnologia.
Sistemas carreadores como lipossomas, nanopartículas e nanosuspensões
ganharam grande atenção por possuírem a capacidade de diminuir a toxicidade de
ativos, aumentar sua estabilidade e tempo de ação no tecido, solubilizar ativos
lipofílicos e permear as camadas mais profundas da pele (MARCATO, 2009).
A nanotecnologia é uma tecnologia encarregada de estudar, projetar e
construir diversas estruturas, a partir dos próprios átomos, com tamanho na escala
nanométrica (10-9 m). O fundamento dessa tecnologia baseia-se em desenvolver
técnicas e ferramentas adequadas que possibilitem o posicionamento de átomos e
moléculas em locais previamente definidos, como forma de obtenção dessas
nanoestruturas e seus materiais (RIBOLDI, 2009). A nanotecnologia permite que se
faça produtos partindo-se do desenho e caracterização, e passando pela produção e
aplicação dessas estruturas e sistemas, controlando sua forma na escala
nanométrica (FRONZA, 2006).
A nanotecnologia aplicada a cosméticos usa de diversas estruturas
orgânicas para o carreamento de ativos. Lipossomas, nanoemulsões, nanopartículas
lipídicas sólidas (NLS) e nanopartículas poliméricas sólidas compõem o grupo das
mais utilizadas. As nanopartículas inorgânicas como dióxido de titânio e óxido de
zinco são mais empregadas na fabricação de protetores solares. Após incorporação
do princípio ativo nessas nanoestruturas, as mesmas são incorporadas em formas
farmacêuticas semi-sólidas para serem veiculadas e terem seu uso tópico mais
adequado (FRONZA, 2006).
Uma grande vantagem da utilização de nanoestruturas, como os
lipossomas, nanopartículas e nanoesferas, é a capacidade de transportar
substâncias para áreas específicas, onde outros veículos não conseguiriam, como é
o caso do transporte de princípio ativo para a derme, uma das camadas mais
profundas da pele (CHORILLI et al., 2004; RIBOLDI, 2009).
Além disso, nanoestruturas muitas vezes são capazes de solubilizar
25

ativos hidrofóbicos aumentando sua permeação cutânea e, ainda, permitem que o


ativo permaneça um maior tempo em contato com a epiderme e derme (CHORILLI
et al., 2004; RIBOLDI, 2009).
Essas nanoestruturas, ainda, proporcionam maior estabilidade ao
princípio ativo e maior resistência frente às variações ambientais e exposição a
agentes que possam levar a sua degradação, como o oxigênio e a radiação, bem
como possibilitam o emprego de um maior número de substâncias termo e
fotossensíveis já que essas variações podem ser controladas dentro do sistema
(CHORILLI et al., 2004; RIBOLDI, 2009).
Apesar dos inúmeros benefícios, a nanotecnologia, se não empregada de
forma cautelosa, pode trazer sérios danos. Diversos materiais estão sendo
produzidos e utilizados na indústria, chegando ao consumidor de maneira muito
rápida, sem ter os devidos e suficientes estudos completos (RIBOLDI, 2009).
Desde materiais orgânicos, como alguns tipos usados em bebidas para
bebês, até inorgânicos, como plásticos, têm sido feitos utilizando a nanotecnologia
(RIBOLDI, 2009).
Muitos estudos são necessários dentro desse campo, visto que, algumas
consequências ainda são imprevistas (RIBOLDI, 2009). Há grandes incertezas sobre
o impacto da nanotecnologia sobre a saúde humana, o meio ambiente e outras
implicações sociais. Deve ser considerado um possível risco potencial ainda
desconhecido que essa nova tecnologia pode trazer e haver uma preparação para
inconstâncias e instabilidades que esses novos produtos possam apresentar
(FRONZA, 2006).
Devido ao fato dessas nanoestruturas conseguirem transportar de
maneira mais eficiente e em maior concentração o ativo de interesse, uma
consequência que não poderia ser negligenciada é a possibilidade de ocorrer seu
acúmulo na pele e, consequentemente, a geração de maiores reações adversas
principalmente quando o princípio ativo for capaz de provocar sensibilidade ou
toxicidade (FRONZA, 2006).

3.5 LIPOSSOMAS

Os lipossomas são estruturas vesiculares de formato esférico, contendo


uma ou mais membranas fosfolipídicas concêntricas e englobando um
26

compartimento aquoso interno. Os fosfolipídios em contato com água agregam-se


formando bicamadas, fechando-se para englobar parte do solvente e tomando forma
esférica. Nesse momento, o princípio ativo, podendo ser hidrofílico ou lipofílico,
também é englobado para o interior do lipossoma. O emprego dos lipossomas, para
transporte de princípios ativos, é utilizado de forma eficaz porque apresentam os
mesmo constituintes das membranas biológicas. A capacidade de englobar ambos
os tipos de substância se dá pelo fato de que as substâncias que compõe os
lipossomas possuem característica anfifílica, ou seja, uma região polar e outra
apolar. Os lipossomas (Figura 7) podem ser multilamelares, possuindo
compartimentos aquosos entre suas lamelas. E, podem ser unilamelares, havendo
apenas um compartimento aquoso (CHORILLI et al., 2004; CHORILLI et al., 2007;
FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; MACHADO, GNOATTO e KLÜPPEL, 2007;
BATISTA, CARVALHO e MAGALHÃES, 2007; FRÉZARD et al., 2005; MERTINS,
2008; BRESCANSIN, 2006). Encapsulam compostos hidrofílicos no núcleo aquoso e
compostos hidrofóbicos entre os lipídios da bicamada (Figura 8) (BRESCANSIN,
2006).

Figura 7. Lipossoma unilamelar e multilamelar.

Fonte: CHORILLI et al., 2004

A fosfatidilcolina e o colesterol são as moléculas mais empregadas na


preparação de lipossomas. Empregando-se a fosfatidilcolina de soja hidrogenada
obtem-se lipossomas mais estáveis e menos susceptíveis à oxidação. Com a
presença do colesterol há um aumento na rigidez das membranas no estado cristal-
27

líquido, bem como a redução da rigidez e de defeitos estruturais das membranas no


estado de gel (CHORILLI et al., 2007; MACHADO, GNOATTO e KLÜPPEL, 2007;
BATISTA, CARVALHO e MAGALHÃES, 2007; FRÉZARD et al., 2005; SILVA, Ângelo,
2010). O uso da Vitamina E na formulação de lipossomas se mostra eficaz no
aumento da resistência à oxidação dos lipídios que compõem essas vesículas, visto
a capacidade antioxidante do α-tocoferol. Entretanto, dependendo da concentração
empregada, pode ocorrer redução da capacidade dos lipossomas e baixa eficiência
de encapsulação (LEE e TSAI, 2010).

Figura 8. Lipossoma multilamelar.

Fonte: adaptado de JUSTO, 2003.

Em geral, os lipossomas podem ser obtidos a partir de substâncias


anfifílicas capazes de formar fase lamelar. Lipídios, efetivamente positivos ou
negativos, também podem participar da composição, o que pode influenciar a taxa
de substâncias incorporadas, impedir a agregação ou fusão dessas vesículas e
28

possibilidade de modular o direcionamento no organismo (FRÉZARD et al., 2005;


MACHADO, GNOATTO e KLÜPPEL, 2007; BRESCANSIN, 2006). O processo de
preparação dos lipossomas é o que determina sua estrutura. Existem inúmeros
processos de preparação que podem ser encontrado em diversas literaturas.
Entretanto, o mais utilizado ainda é a preparação clássica. Esta baseia-se na
dissolução dos fosfolipídios, em solvente orgânico, dentro de um balão de vidro. Sob
rotação constante do balão o solvente é evaporado, produzindo um fino filme de
fosfolipídios na parede do balão. Adiciona-se água ou solução tampão para que haja
hidratação do filme, e onde a mesma será encapsulada para o seu interior durante a
formação das duplas camadas. Para auxiliar na formação das duplas camadas
podem ser utilizados a sonicação, aquecimento, agitação e ultra-agitação. É muito
comum, na preparação clássica, que os lipossomas sejam malformados. Porém,
após sua preparação, pode-se obter sua homogeneização estrutural, pelos
processos de sonicação, agitação, ultra-agitação, filtração, diálise e extrusão
(MERTINS, 2008; SILVA, Ângelo, 2010; CHORILLI et al., 2007). A sonicação tem por
finalidade reduzir o tamanho dos lipossomas, o que pode ser percebido quando a
preparação se torna opticamente clara quando submetida à ação do ultra-som
(CHORILLI et al., 2007).
Devido à capacidade de transportar ativos hidrofílicos e lipofílicos, os
lipossomas são de grande vantagem para o emprego cosmético. Como apresentam
alto grau de biocompatibilidade, por meio da afinidade pelas membranas biológicas,
também são mais eficientes no carreamento de substâncias para o interior da
epiderme e da derme, visto que são capazes de interagir profundamente com as
células do organismo (CHORILLI et al., 2004; SILVA, Ângelo, 2010). Os lipossomas
também podem alterar as propriedades da pele, ao passo que podem fornecer
fosfolipídios e outras substâncias, e conferem maior estabilidade às substâncias
susceptíveis a oxidação e fotodegradação (CHORILLI et al., 2004; SILVA, Ângelo,
2010).
Com base na Figura 9, pode-se observar que o princípio ativo,
incorporado aos lipossomas, consegue uma maior permeação com menor irritação,
se concentra formando um reservatório na epiderme e derme, e reduz a absorção
sistêmica (SANTOS, V., 2007; MONTEIRO, 2008)
Lipossomas apresentam, ainda, a vantagem de proteger fármacos e
ativos da degradação enzimática levando ao aumento de sua concentração local,
29

são considerados excipientes não tóxicos reduzindo a toxicidade do ativo, quando


este apresentar. São biodegradáveis e pouco imunogênicos, principalmente quando
são adicionados em sua membrana polímeros que impedem sua fagocitação pelas
células do sistema imunológico (SILVA, Ângelo, 2010; BRESCANSIN, 2006).

Figura 9. Penetração cutânea dos lipossomas

Fonte: SANTOS,V., 2007.

Uma possível desvantagem do uso de lipossomas está relacionada à


estabilidade físico-química. Diversas vezes, os lipossomas podem se agregar ainda
no processo de estocagem, prejudicando o efeito esperado do produto (MARCATO,
2009). Além da agregação das vesículas, podemos citar também a possibilidade de
sua ruptura, expondo o fármaco ou ativo (LOPES, 2005; CHORILLI et al., 2004)
Outro problema que pode ocorrer com o uso de lipossomas, como
sistema para carreamento de ativos dermatológicos, está relacionado ao controle
não efetivo da liberação do seu conteúdo, o que pode levar ao acúmulo na pele
levando à toxicidade, sobretudo se considerarmos os lipossomas convencionais, que
não são direcionados a células específicas (LOPES, 2005; FRONZA, 2006).
Além disso, a produção de lipossomas não é simples, sendo necessárias
30

várias etapas, com baixo rendimento. Outro ponto negativo é a baixa taxa de
incorporação efetiva de ativos no interior das vesículas, o que pode acarretar a
necessidade de se empregar uma grande quantidade de lipossomas para que se
atinja a dose necessária (LOPES, 2005)

3.6 ASPECTOS RELACIONADOS À ESTABILIDADE FÍSICA DE LIPOSSOMAS


NAS BASES DERMOCOSMÉTICAS GEL E CREME

A estabilidade dos lipossomas está relacionada com a base


dermocosmética utilizada, isto porque, pode ocorrer interação entre os fosfolipídios
dos lipossomas e os componentes da base. Altas concentrações e certos tipos de
tensoativos no veículo podem comprometer a estabilidade dos lipossomas, levando
a sua desorganização, ruptura com liberação do princípio ativo para o meio, e
formação de micelas mistas (FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; CHORILLI et al.,
2004). A estabilidade dos lipossomas é perdida na presença de veículos que
apresentem em sua composição emulsificantes O/A ou A/O. Em um sistema de gel
os lipossomas permanecem estáveis por até 2 anos, já em presença de óleos ou
tensoativos essa estabilidade é de apenas meses ou semanas (CHORILLI et al.,
2004).
Lipossomas formados a partir de fosfatidilcolina e colesterol sofrem
instabilidade na presença do tensoativo em emulsões O/A. A associação da
fosfatidilcolina-colesterol com um polímero anfifílico parece melhorar sua
estabilidade neste tipo de emulsão. Isoladamente, o lipossoma fostatidilcolina-
colesterol consegue transportar um maior número de moléculas de princípio ativo
através da pele. Entretanto, numa emulsão do tipo O/A, o lipossoma polímero
associado é capaz de transportar um maior número de moléculas do que o
lipossoma fosfatidilcolina-colesterol, isso, possivelmente, devido à menor interação
com o tensoativo da emulsão. Essas características de estabilidade são de grande
importância, visto que, a maioria das bases dermocosméticas emprega sistemas
tensoativos. A associação dos lipossomas com polímeros se mostra eficaz, também,
no aumento da estabilidade em longo prazo, inibindo a fusão e/ou rompimento
dessas estruturas e permitindo maior tempo de contato com a pele e maior liberação
de princípio ativo (CHO et al., 2007).
Diversos mecanismos contribuem para a desestabilização de lipossomas
31

e alteração da permeação de moléculas na pele, em emulsões contendo


tensoativos. A grande quantidade de emulsionantes, ceras e lipídios contribuem para
a destruição das vesículas, bem como a troca do princípio ativo entre lipossomas e
gotículas da emulsão. Pode ocorrer, ainda, a solubilização, desintegração, floculação
e coalescência das vesículas por ação tensoativa (CHO et al., 2007). A solubilização
das bicamadas por tensoativos promove um desarranjo de estrutura e mudanças
morfológicas na bicamada dos lipossomas. O tipo e a concentração do tensoativo,
bem como, condições experimentais como temperatura, pH e força iônica interferem
na estabilidade dos lipossomas (FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005). Uma alternativa
para manter a estabilidade dos lipossomas seria a de empregar veículos do tipo gel
em susbsituição às emulsões (CHO et al., 2007).
Como a temperatura, o pH, a força iônica e o tempo de mistura da
emulsão são fatores externos que podem afetar a estabilidade dos lipossomas,
bases dermocosméticas com diferença acentuada de pH, temperatura elevada no
momento da adição dos lipossomas e tempo prolongado de mistura, influenciam
diretamente na estabilidade estrutural dessas vesículas. Independente do tipo de
lipossoma, os mesmo deve ser adicionado à emulsão após correção de pH, redução
da temperatura e término da mistura, minimizando assim a possibilidade de ocorrer
desestabilização do sistema. O tempo de contato do lipossoma com o tensoativo é
diretamente proporcional às mudanças estruturais e desestabilização, sendo assim,
quanto mais tempo os lipossomas permanecerem dentro de uma base contendo
tensoativo, maiores serão as alterações verificadas (CHO et al., 2007; FERREIRA,
ALVES e LIMA, 2005).
As formas dermocosméticas de aplicação tópica mais comumente
empregadas apresentam-se sob a forma de emulsões, géis aquosos ou ainda, mais
modernamente, géis-creme, emulsões que incluem em sua fase aquosa um
polímero geleificante aquoso, permitindo a redução da carga graxa total da
preparação, o que aumenta a aceitação do produto pelo usuário, sobretudo quando
este se destina à aplicação facial (POLACOW et al., 2007; PIANOVSKI et al., 2008;
SILVA, Silas, 2009).
Emulsões são dispersões de dois líquidos imiscíveis e emulsificante. São
classificadas como água em óleo (A/O), onde a água se encontra dispersa na forma
de gotículas no interior do óleo, ou óleo em água (O/A), onde o óleo está disperso na
água (PIANOVSKI et al., 2008; SILVA, Silas, 2009; ALLEN JR, POPOVICH e
32

ANSEL, 2007).
As emulsões podem apresentar instabilidade, que é manifestada na forma
de cremeação (creaming), floculação, coalescência e inversão. Na cremeação, as
partículas menos densas vão para o topo da formulação. Na floculação, há
diminuição da força de repulsão entre as moléculas e elas se associam de maneira
fraca e de forma reversível quando submetidas à agitação. Na coalescência, as
gotículas da fase interna se unem formando uma gotícula maior e este processo é
irreversível. Na inversão de fases, a externa se torna interna ou ocorre o inverso
(PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007). Devido ao fato
de ocorrerem essas variações na estabilidade das emulsões, variações físico-
químicas também podem ocorrer, como alterações no pH, na viscosidade, na
densidade, na umidade e no tamanho de partícula (PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN
JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Para o preparo de emulsões tradicionais é necessário o emprego de
tensoativos, a fim de reduzir a tensão interfacial entre as fases aquosa e oleosa
permitindo sua mistura. Nas emulsões são usados tensoativos de diferentes
naturezas químicas, podendo ser empregados sozinhos ou como misturas
(PIANOVSKI et al., 2008; ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Géis aquosos são veículos formados principalmente de espessante,
umectante, conservante e água. Geralmente, a quantidade requerida de polímeros
espessantes para a formação de um gel de qualidade técnica desejável é baixa e,
assim, essas formulações possuem grande quantidade de água, o que lhes confere
caráter hidrofílico intenso, bem como permite a perda do veículo para o ambiente,
por evaporação: a adição de umectante evita que ocorra a evaporação dessa água
para o meio ambiente (SILVA, Silas, 2009).
A aquisição da consistência semelhante à geleia se deve à presença do
agente gelificante, como carbômeros e derivados de celulose, dentre os quais
citamos a carboximetilcelulose e hidroxipropilcelulose. Podem conter, ainda, ativos,
solventes como o álcool e/ou propilenoglicol, conservantes e estabilizantes, como o
EDTA (ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007).
Considerando a incorporação de lipossomas em bases dermocosméticas
de uso tópico, o fator mais importante a ser considerado é a capacidade de a base
selecionada influenciar de forma positiva na estabilidade das vesículas. De fato, se o
lipossoma se romper após incorporação no sistema selecionado, todas a vantagens
33

potenciais de sua utilização ficam prejudicadas, uma vez que dependem diretamente
de sua integridade (FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; CHORILLI et al., 2004; CHO
et al., 2007).
Como lipossomas são estruturas vesiculares formadas por membranas
lipofílicas, a presença na formulação de substâncias capazes de solubilizar ou
desestruturar essa estrutura de membranas é desaconselhável. Nesse sentido,
emulsões, por apresentarem tensoativos e alta carga de material lipofílico
solubilizante, a princípio, não constituem bom sistema para veicular lipossomas
(CHO et al., 2007; FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005). Em estudos realizados por
Chorilli et al. (2004), pôde-se verificar a ocorrência da interação entre o tensoativo
de formulações como as emulsões e os lipossomas, ocorrendo desestabilização da
estrutura dessas vesículas e liberação de seu conteúdo para o meio. Mesmo assim,
ainda é abundante o número de produtos cosméticos disponíveis no mercado
mundial que, em base emulsionada, veiculam ativos lipossomados (FERREIRA,
ALVES e LIMA, 2005; CHORILLI et al., 2004; CHO et al., 2007; JANEIRO, 2011;
GOBBO e GONÇALVES, 2008).
O rompimento dessas vesículas, com consequente liberação do seu
conteúdo, pode alterar as características organolépticas da formulação (GOBBO e
GONÇALVES, 2008), caso a substância encapsulada tenha cor intensa, como é o
caso da coenzima Q10 que é amarela (JAPÃO, 2011). Parâmetros físico-químicos,
como, por exemplo, o pH e a viscosidade, também podem ser alterados devido a
esse rompimento, isso porque a presença dos lipossomas intactos evita a interação
do seu princípio ativo com os demais constituintes da formulação e, uma vez que
ocorra a ruptura essa proteção deixa de existir, podendo ocasionar variação nas
características organolépticas, pH e viscosidade do produto final (GOBBO e
GONÇALVES, 2008; ALVES, Marta, 2006).

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA PARA COMPOSIÇÃO DO REFERENCIAL


TEÓRICO

O referencial teórico foi elaborado por meio da revisão da literatura


científica publicada em periódicos, em versão física ou eletrônica, livros e outras
34

fontes disponíveis na biblioteca da Universidade Católica de Brasília, nas bases de


dados online PubMed, PubChem, Scielo, no Portal de Periódicos Capes,
Sciencedirect e, ainda, acessados por meio de ferramentas de busca na internet,
como o Google.
Toda pesquisa bibliográfica deve seguir a um plano de trabalho definido,
que irá orientar a sua elaboração, assim como permitir o melhor desenvolvimento e
estruturação do referencial teórico. Nesse sentido, a revisão bibliográfica foi
realizada a partir do seguinte plano de trabalho:

4.1.1 Escolha e delimitação do tema

O macrotema proposto para o estudo é a atividade oxidante de radicais


livres, endógenos ou exógenos que, em última análise, acelera o processo de
envelhecimento cutâneo, bem como o papel de substâncias antioxidantes na
prevenção desse processo.
Dentro do macrotema, foi escolhido o foco no papel antioxidante da
coenzima Q10, sua utilização em produtos cosméticos sob a forma de lipossomas e a
discussão a respeito da integridade física dessas vesículas em preparações
cosméticas de uso tópico.

4.1.2 Seleção das fontes de pesquisa

As fontes de pesquisa foram selecionadas a partir da disponibilidade na


UCB, tendo sido utilizados livros e artigos de periódicos disponíveis na biblioteca da
UCB e nas bases de dados online PubMed, PubChem, Scielo, Portal Capes,
Sciencedirect, bem como documentos obtidos a partir das ferramentas de busca na
internet como o Google. Foram contempladas na pesquisa as literaturas publicadas
a partir do ano 2000 até o presente ano de 2012.

4.1.3 Seleção dos descritores da pesquisa

Após a delimitação do tema, foram definidos os delimitadores da


pesquisa, de forma a permitir a abordagem ampla do assunto em áreas específicas,
a saber:
35

4.1.3.1 Radicais livres e ação oxidante: radicais livres, espécies reativas


de oxigênio, pró-oxidantes e seus equivalentes em língua inglesa - free
radicals, reactive oxygen species, pro-oxidants – e francesa, radicaux
libres, espèces réactives de l'oxygène, pro-oxydants).
4.1.3.2 Atividade antioxidante e ação da coenzima Q 10: antioxidantes,
coenzima Q10, ubiquinona, ubiquinol e seus equivalentes em língua
inglesa – antioxidant, coenzyme Q10, ubiquinone, ubiquinol – e francesa,
antioxydant, la coenzyme Q10, l'ubiquinone, ubiquinol).
4.1.3.3 Nanotecnologia e lipossomas: nanotecnologia, lipossomas,
lipossomas de coenzima Q10 e sua correspondência em língua inglesa –
nanotechnology, liposomes, liposomes of coenzyme Q 10 – e francesa, La
nanotechnologie, des liposomes, les liposomes de la coenzyme Q10).
4.1.3.4 Desenvolvimento de formulações tópicas: bases
dermocosméticas, bases cosmetológicas, formulações tópicas.

4.1.4 Levantamento dos dados

Os dados foram levantados durante o período de janeiro de 2012 a maio


de 2012.

4.1.5 Leitura, análise e interpretação dos dados

Após a obtenção do material para consulta, os artigos e demais fontes


foram lidos e avaliados criticamente, de forma a correlacioná-los e, assim, obter
dados sólidos para construção do referencial teórico, abrangendo de forma o mais
completa possível o tema.

4.1.6 Elaboração do texto do referencial teórico

O texto foi elaborado em língua portuguesa, com estruturação que facilite


o entendimento gradual do tema.

4.2 MATÉRIAS-PRIMAS
36

As matérias primas utilizadas para a realização deste estudo estão


relacionadas na tabela 1, indicando-se o nome usual, nome conforme International
Nomenclature of Cosmetics Ingredients - INCI, o nome comercial e respectivo
fornecedor.

Matéria-prima Nome conforme INCI Nome comercial Fornecedor


Lipossomas de UBIQUINONE LIPOSOMES Lipossomas Mapric
coenzima Q10 coenzima Q10
Etanol puro ETHANOL Etanol P.A Synth
Lauril Éter Sulfato de DISODIUM LAURETH- Lauril Éter Sulfato de Via Farma
Sódio SULFOSUCCINATE / Sódio
SODIUM LAURETH-2
SULFATE
Água purificada por Produzido no
osmose reversa laboratório
M006 da UCB
Carbômero CARBOMER Carbopol® 940 Vetec
EDTA EDTA EDTA Vetec
BHT BHT B.H.T PharmaSpecial
Butilhidroxitolueno
Propilenoglicol PROPYLENE GLYCOL Propilenoglicol Via Farma
Trietanolamina TRIETHANOLAMINE Trietanolamina Nuclear
Estearato de octila ETHYLHEXYL STEARATE Cetiol 868 Embacaps
Imidazolidinil uréia IMIDAZOLIDINYL UREA Imidazolidinil uréia Sarfam
Álcool CETEARYL ALCOHOL / Lanette® N Via Farma
cetoestearílico, SODIUM CETEARYL
cetilestearilsulfato de SULPHATE
sódio
Metilparabeno METHYLPARABEN Nipagin® Synth
Propilparabeno PROPYLPARABEN Nipazol® Fagron Deg
Tabela 1. Relação de matérias-primas utilizadas para realização do estudo

4.3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos utilizados para a realização deste estudo estão


relacionados na tabela 2.

Equipamento Fornecedor
Chapa aquecedora – modelo Q313-F21 Quimis
Agitador mecânico – modelo RW 20.n IKA Labortechnik
Balança analítica – modelo BK2000 GEHAKA
Termômetro de mercúrio Synth
pHmetro – modelo MB-10 Marte
Viscosímetro rotativo microprocessado – modelo Q860M21 Quimis
Estufa – modelo EL-1.2 ODONTOBRÁS
Geladeira doméstica Consul
Tabela 2. Relação dos equipamentos utilizados para realização do estudo
37

4.4 MATERIAIS

Os materiais utilizados para a realização deste estudo estão relacionados


na tabela 3.

Material de Laboratório
Béquer
Proveta
Bastão de vidro
Potes de vidro
Papel alumínio
Vidro de relógio
Tubos de ensaio
Espátulas
Tabela 3. Materiais de laboratório
utilizados para a realização do
estudo.

4.5 MANIPULAÇÃO DAS BASES DERMOCOSMÉTICAS

A manipulação das bases dermocosméticas foi feita de acordo com


formulação e técnica de preparo adaptadas daquelas descritas no Formulário
Nacional da Farmacopéia Brasileira 2ª edição (BRASIL, 2011).
Após a incorporação dos lipossomas de coenzima Q 10, os produtos foram
acondicionados em frascos de vidro escuro, revestido com papel alumínio (figura 10)
e mantidos nas temperaturas: ambiente (24°C ± 2°C), geladeira (4°C ± 2ºC) e estufa
(40°C ± 2ºC).

Figura 10. Frascos de vidro escuro envolvidos por papel alumínio, utilizados
para armazenamento das amostras.

Fonte: Autoria própria.


38

4.5.1 Manipulação do gel aniônico

A formulação do gel aniônico está descrita na tabela 4.


A manipulação do gel foi realizada em béquer com capacidade para 2
litros.
Inicialmente, procedeu-se à dispersão do polímero no veículo. Para tanto,
solubilizou-se o edetato dissódico e a imidazolidinilureia em propilenoglicol e água
purificada e, em seguida, acrescentou-se o Carbopol® 940 e manteve-se em contato
com a água até completa hidratação, empregando-se agitação eletromecânica para
acelerar o processo. Após hidratação do polímero, ocorrendo a completa dispersão,
a neutralização foi realizada com adição de trietanolamina, mantendo-se o pH entre
6,5 e 7 (BRASIL, 2011).

Componentes Quantidade
Fase A
Carbopol® 940 15 g
Água purificada qsp 1500 g
Fase B
Edetato dissódico 0,75 g
Propilenoglicol 75 g
Imidazolidinilureia 3,75 g
Fase C
Trietanolamina qs pH 6,5 – 7
Tabela 4. Formulação do gel aniônico. Adaptada de BRASIL, 2011.

4.5.2 Manipulação do creme aniônico

A formulação do creme aniônico está descrita na tabela 5.


Para manipulação, inicialmente foram pesados os componentes das fases
aquosa e oleosa, os quais foram adicionados a béqueres separados e identificados.
O béquer contendo a fase aquosa foi levado ao aquecimento em chapa aquecedora,
até temperatura aproximada de 60 – 65°C, verificada com termômetro de mercúrio.
Nesse momento, levou-se, também, o béquer contendo a fase oleosa para a chapa
aquecedora, para que ambos alcançassem a temperatura aproximada de 70 – 75°C.
Após completa fusão dos sólidos e, atingida a temperatura desejada, verteu-se a
fase de maior volume (aquosa) sobre a fase de menor volume (oleosa), mantendo-
se agitação suave e constante até resfriamento (temperatura 40ºC) (BRASIL, 2011).
39

Componentes Quantidade
Fase A (aquosa)
Edetato dissódico 1,5 g
Metilparabeno 2,7 g
Água purificada qsp 1500 g
Fase B (oleosa)
Estearato de octila 90 g
Álcool cetoestearílico, 225 g
cetilestearilsulfato de sódio
Propilparabeno 0,3 g
Butil-hidroxitolueno 0,75 g
Tabela 5. Formulação do creme aniônico. Adaptada de BRASIL, 2011.

4.6 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS


FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO

Para o teste de verificação do comportamento da solução de lipossomas


frente à adição de água, etanol ou tensoativo, foram separados quatro tubos de
ensaio de 20 mL com tampa, dispostos em estante adequada. No primeiro tubo de
ensaio, tubo controle, foi adicionado somente a solução de lipossomas de coenzima
Q10 (tubo L); no segundo, solução de lipossomas de coenzima Q 10 e água por
osmose reversa (tubo LA); no terceiro, solução de lipossomas de coenzima Q 10 e
etanol P.A (tubo LE) e, por fim, no quarto, solução de lipossomas de coenzima Q 10 e
tensoativo (tubo LT), nas quantidades descritas na tabela 6.
Verteu-se os tubos delicadamente para que as soluções entrassem em
contato com os lipossomas e, após 5 minutos, foi observado se ocorreu mudança no
aspecto de seu conteúdo, registrando-se os resultados por meio de fotografia (Figura
11).

Tubo Conteúdo
L 15 mL de lipossomas de coenzima Q10
LA 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de água purificada
LE 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de etanol P.A
LT 7,5 mL de lipossomas + 7,5 mL de tensoativo (LESS)*
Tabela 6. Descrição do conteúdo dos tubos do teste de verificação do
comportamento da solução de lipossomas frente à adição de água,
etanol ou tensoativo.
*LESS: Lauril Éter Sulfato de Sódio
40

4.7 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

As características organolépticas foram analisadas a olho nu, diretamente


no recipiente de acondicionamento e, também, com a amostra em vidro de relógio,
observada sobre fundo claro e escuro, anotando-se os resultados obtidos. Os
caracteres observados foram cor, odor e aspecto (BRASIL, 2004; BRASIL, 2008)
As análises foram realizadas no tempo zero, para as bases
dermocosméticas antes da incorporação dos lipossomas de coenzima Q 10 e, após
incorporação, nos tempos zero, três, cinco, sete, dez, doze, quatorze e dezessete
dias (BRASIL, 2004; BRASIL, 2008).

4.8 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO

O teste de centrifugação foi realizado de acordo com o método descrito


no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos (BRASIL, 2004).
Os tubos contendo aproximadamente 7,00 g das amostras foram
submetidos à centrifugação à velocidade de 3.000 rpm por 30 minutos e, então,
observados quanto à ocorrência de separação de fases ou outro tipo de instabilidade
física.
O teste de centrifugação foi realizado nos tempos zero, três, cinco, sete,
dez, doze, quatorze e dezessete dias.

4.9 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)

A determinação do pH foi realizada em pHmetro modelo MB-10, eletrodo


combinado de vidro para medições em solução aquosa, empregando-se as
formulações preparadas sob a forma de solução a 10%, conforme método descrito
no Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos (BRASIL, 2008). As
leituras foram feitas em triplicada nos tempos zero, três, cinco, sete, dez, doze,
quatorze e dezessete dias.

4.10 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

4.10.1 Seleção do rotor e da velocidade de rotação


41

Inicialmente foi feita uma varredura para seleção do rotor e da velocidade


de rotação para determinação da viscosidade.
Foi empregado viscosímetro rotativo digital, equipado com rotores nº 1, 2,
3 e 4. Cada formulação foi analisada usando cada um dos rotores disponíveis do
equipamento e nas velocidades de 5, 7, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50 e 60 rpm,
sequencialmente. A análise foi realizada em triplicada e entre cada leitura da mesma
amostra foi dado intervalo de 15 minutos.

4.10.2 Análise da viscosidade

Após seleção do rotor e da velocidade de rotação, foi realizada a


determinação da viscosidade (BRASIL, 2008). As leituras foram realizadas em
triplicata no tempo zero, para as bases dermocosméticas antes da incorporação dos
lipossomas de coenzima Q10 e, após incorporação, nos tempos zero, três, cinco,
sete, dez, doze, quatorze e dezessete dias.

4.11 ANÁLISE ESTATÍSTICA – TESTE T DE Student

Para avaliação da significância dos resultados, foi aplicado o teste de


hipótese, teste T de Student, bicaudal, empregando-se um intervalo de confiança de
95%, por meio da inserção dos dados em planilha do software Microsoft Office Excel
2007.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 MANIPULAÇÃO DE BASES DERMOCOSMÉTICAS

Para desenvolvimento do estudo, optou-se por trabalhar com dois tipos de


formulações base dermocosméticas, um gel hidrofílico e uma emulsão do tipo O/A
(óleo em água). A seleção desses dois tipos de bases foi justificada pelo fato de
serem os veículos mais comumente empregados em dermocosméticos, geralmente,
com indicações para aplicação em peles oleosas (gel hidrofílico) e normais a secas
(emulsão) (SILVA, Silas, 2009).
42

Após seleção dos tipos de bases dermocosméticas, foi necessário decidir


o caráter iônico das formulações a serem testadas, uma vez que tanto géis
hidrofílicos quanto emulsões podem ser formulados com características iônicas
variadas. Como o objetivo do trabalho era realizar um teste-desafio para a
estabilidade física de vesículas lipossomadas contendo coenzima Q 10 em bases
dermocosméticas, considerou-se que seria interessante selecionar a característica
iônica que representasse o maior risco de desestabilização e, portanto, foi decidido
desenvolver formulações com carga iônica, visto que podem ocorrer interações com
os fosfolipídios, passíveis de promover a desestabilização dessas vesículas
(VICTORINO, 2000; MERTINS, 2008; CHORILLI et al. 2004; MERTINS, 2004).
Nesse sentido, a partir das matérias-primas disponíveis no laboratório, optou-se por
desenvolver um gel e uma emulsão aniônicos.

5.1.1 Manipulação do gel aniônico

Foram obtidos 1498 g de gel aniônico, o que representa um rendimento


de 99,86%, em relação ao peso teórico de 1500g. O alto rendimento obtido
demonstra que a técnica de preparo foi executada adequadamente, evitando perdas
desnecessárias de produto durante a manipulação.
A formulação empregada foi adaptada daquela descrita na 2ª edição do
Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira (BRASIL, 2011).
Na formulação desenvolvida foi realizada a substituição do polímero
Carbopol® 980 pelo Carbopol® 940, em razão da disponibilidade de matérias-primas
no laboratório, no entanto, como esses polímeros apresentam característica iônica
semelhante, bem como semelhante poder espessante (ASHLAND, 2012;
LUBRIZOL, 2012; VOLP, 2012), não houve prejuízo à formulação.
Outra modificação feita foi a utilização de trietanolamina concentrada em
lugar de solução de trietanolamina 50%, uma vez que, para a quantidade
manipulada, é segura a utilização da matéria-prima concentrada, permitindo um
controle adequado da elevação do pH. Além disso, foi empregada imidazolidinilureia
em pó em lugar de solução de imidazolidinilureia 50%, pois sua solubilidade permite
a solubilização diretamente na água que compõe o veículo da formulação. Tais
modificações visaram à simplificação da técnica de preparo, e, ainda, permitiram a
minimização da interferência do agente neutralizante (trietanolamina) e do
43

conservante (imidazolidinilureia) na viscosidade do produto final, visto que não foram


empregadas em forma diluída.

5.1.2 Manipulação do creme aniônico

Foram obtidos 1491 g de creme aniônico, representando um rendimento


de 99,40%. O alto rendimento obtido demonstra que a técnica de preparo foi
executada adequadamente, evitando perdas desnecessárias de produto durante a
manipulação.
A única alteração qualitativa realizada em relação à formulação sugerida
no Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira 2ª edição (BRASIL, 2011) foi a
exclusão da ciclometicona, em razão de indisponibilidade desse material no estoque
do laboratório de Farmacotécnica da UCB. A ciclometicona é um silicone volátil, cuja
função na formulação é de aumentar a espalhabilidade, sem conferir toque oleoso
(ROWE, SHESKEY e OWEN, 2006; EUROPEAN COMMISSION, 2010). Como a
formulação já apresentava um emoliente na fase oleosa, o estearato de octila,
mesmo com a supressão da ciclometicona, a espalhabilidade obtida foi aceitável.

5.2 VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA SOLUÇÃO DE LIPOSSOMAS


FRENTE À ADIÇÃO DE ÁGUA, ETANOL OU TENSOATIVO

Os resultados dos testes, para verificação do comportamento da solução


de lipossomas frente à adição de água por osmose reversa, etanol e tensoativo
estão representados na tabela 7 e na figura 11.

Amostra Resultado
Tubo L Líquido de baixa viscosidade, levemente
(somente lipossomas) translúcido (opalescente) e levemente amarelado
Tubo LA Líquido levemente amarelado, mas de coloração
(lipossomas + água x) menos intensa, se comparado ao tubo L
Tubo LE Líquido de baixa viscosidade, transparente e
(lipossomas + etanol) amarelado
Tubo LT Líquido de baixa viscosidade, transparente e
(lipossomas + tensoativo) amarelado
Tabela 7. Resultado do teste de verificação do comportamento da solução
de lipossomas frente à adição de água por osmose reversa, etanol e
tensoativo.
44

Figura 11. Imagem do teste de verificação


do comportamento da solução de
lipossomas frente à adição de água por
osmose reversa, etanol e tensoativo. Autoria
própria.

Lipossomas são vesículas formadas por membranas fosfolipídicas, cuja


integridade depende, entre outros fatores, das substâncias presentes no meio em
que tais vesículas estejam dispersas (FRÉZARD et al, 2005; CHORILLI et al., 2004;
NUNES e TAMURA, 2011). Quando as membranas fosfolipídicas são rompidas por
algum motivo, os lipossomas serão desfeitos e irão liberar o seu conteúdo no meio,
podendo ocorrer mudança sensível no aspecto da solução (CHORILLI et al., 2004;
MARCATO, 2009; CHORILLI et al., 2007; CHO et al., 2007).
No caso da solução de lipossomas de coenzima Q 10, o aspecto original é
opalescente, translúcido e levemente amarelado. A opalescência evidencia a
presença dos lipossomas, pois essas vesículas, exceto quando muito pequenas,
oferecem resistência à passagem da luz pelo meio, provocando certa reflexão e/ou
refração e, assim, perda de transparência (MONTEIRO, 2008; MERTINS, 2008;
PEREIRA, 2006). A cor amarela é provocada pela coenzima Q10 que, por estar
contida nos lipossomas, fica atenuada (JAPÃO, 2011).
Os resultados obtidos no teste de verificação do comportamento da
45

solução de lipossomas frente à adição de água, etanol ou tensoativo estão de


acordo com o esperado.
Etanol e tensoativos diversos, como, por exemplo, o lauril éter sulfato de
sódio, são capazes de desestruturar os lipossomas, rompendo-os. No caso do
etanol, ocorre a solubilização dos fosfolipídeos pelo solvente; já, no caso dos
tensoativos, esse material, por apresentar características anfifílicas, quando em
contato com a interface entre as membranas fosfolipídicas dos lipossomas e o
veículo aquoso, irá provocar a mistura das fases, o que vai resultar no rompimento
do lipossoma. Em ambos os casos, a desestabilização dos lipossomas de coenzima
Q10 modificou o meio, aumentando a transparência, pois, como não há mais
lipossomas suspensos, a luz incidida passa diretamente pela solução, e
intensificando a coloração amarela, característica da coenzima Q10, resultados que
corroboram os dados teóricos (CHORILLI et al., 2004; MARCATO, 2009; CHORILLI
et al., 2007; CHO et al., 2007; JUDY, 2010).
Por outro lado, na presença de água purificada é esperado que as
vesículas permaneçam íntegras, tendo em vista que esse solvente não é capaz de
desestabilizar as membranas fosfolipídicas; de fato, após adição de água por
osmose reversa ao tubo contendo a solução de lipossomas de coenzima Q 10,
ocorreu apenas a diluição da solução, mantendo-se inalterada a opalescência da
solução, em indicativo claro de que esse solvente não causou danos às vesículas
(Figura 11).

5.3 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

Os géis do tipo Carbopol® apresentam-se transparentes, com odor


característico do polímero, aspecto homogêneo, liso, brilhante e alta viscosidade
(VOLP, 2012; LUBRIZOL, 2012).
O tipo de emulsão escolhida para este estudo foi do tipo O/A, onde o óleo
está disperso na água. É desejável que este tipo de emulsão apresente cor branca
ou clara, odor suave e aspecto homogêneo, liso e brilhante (PIANOVSKI et al., 2008;
ALLEN JR, POPOVICH e ANSEL, 2007; ZANIN, 2001; LISBÔA, 2012)
Os resultados da avaliação das características organolépticas das
formulações, antes e após incorporação do ativo, estão descritos nas tabelas 8, 9,
46

10 e 11.
O gel aniônico obtido apresentou-se incolor, transparente, de alta
viscosidade, com odor característico do polímero utilizado, aspecto liso, homogêneo
e brilhante.
Após incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, o gel
aniônico adquiriu coloração levemente amarelada, mantendo-se transparente, com
alta viscosidade, odor e aspecto inalterados.
O creme aniônico obtido apresentou cor branca, viscosidade alta, odor
suave característico de emulsão, aspecto homogêno, liso e brilhante.
Após incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, o creme
aniônico adquiriu cor levemente amarelada, entretanto o odor e o aspecto foram
mantidos inalterados.
Como a solução de lipossomas de coenzima Q 10 tem coloração
levemente amarelada, essa cor foi transferida para o produto final, tanto na base gel
quanto na emulsão. As alterações das características organolépticas da formulação
base após a incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10 estão de
acordo com o esperado, tendo em vista que a concentração empregada do ativo é
baixa e sua compatibilidade com bases do tipo gel e emulsão é adequada
(JANEIRO, 2011).
Para as amostras de gel aniônico, independente da temperatura de
armazenamento, não foram observadas alterações nas características
organolépticas ao longo do tempo de estudo, demonstrando que, mesmo sob fatores
de estresse ambiental, a formulação manteve-se inalterada. A ausência de alteração
de cor pode ser um indicativo de que os lipossomas de coenzima Q 10 mantiveram-se
intactos nessa base dermocosmética, pois, se houvesse ruptura, seria esperado que
a coenzima Q10 conferisse tom amarelado à preparação. Os dados corroboram a
literatura, uma vez que formas farmacêuticas cujo solvente/veículo é constituído de
água não devem provocar desestabilização dos lipossomas. Essa característica é
possível visto que, durante a produção dos lipossomas, o meio aquoso é utilizado
para promover a organização desse sistema (CHORILLI et al., 2004; BATISTA,
CARVALHO e MAGALHÃES, 2007; CHORILLI et al., 2007)
Para as amostras de emulsão, houve alteração das características
organolépticas, a partir do tempo 10 dias, para a amostra armazenada em estufa. O
odor de ranço é resultado da oxidação do material graxo da formulação pelo
47

oxigênio do ambiente, sendo esse processo favorecido pelo aumento da


temperatura (GALEMBECK e CSORDAS, 2012; FINLAYS, 2009; ALMEIDA, 2010).
Além disso, observou-se tanto para a amostra do creme armazenada em
estufa quanto em geladeira a presença de água condensada na superfície do
produto. Esse fato deve-se, provavelmente, a dois fatores principais: primeiro, à
evaporação e posterior condensação da água presente no ar (espaço vazio da
embalagem), causada pelas mudanças de temperatura quando da retirada das
amostras para análises. Segundo, da perda de água da fase aquosa da emulsão,
sendo esta última hipótese reforçada pela formação de crosta na superfície da
amostra, o que é uma evidência de que parte da água presente na superfície do
produto evaporou-se, restando a fase graxa endurecida. Iniciou-se, ainda, a
separação de fases, evidenciada pelo aspecto heterogêneo do creme na parede do
frasco de acondicionamento. Essa alteração indica que a estabilidade física do
creme aniônico não se manteve nas condições de “desafio” de temperatura.
O fato de não ter havido alteração de cor do creme ao longo do tempo,
assim como discutido para o gel, permite inferir que os lipossomas também
permaneceram intactos nessa base dermocosmética, o que contraria alguns dados
da literatura (CHORILLI et al., 2004; FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; NUNES e
TAMURA, 2011). No entanto, há que se ressaltar que conclusões definitivas a esse
respeito somente poderiam ser tomadas a partir de análises com instrumentos
capazes de determinar a presença dos lipossomas na formulação como, por
exemplo, as técnicas de espalhamento de luz (light scattering) (CHORILLI et al.,
2007; TORRES, 2008; FERREIRA, ALVES e LIMA, 2005; OLIVEIRA, L., 2006;
CEREDA, 2007).
48

Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base Cor: incolor - - - - - - -
Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de
alta viscosidade.
Gel com Cor: levemente Sem alteração Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de
alta viscosidade
Gel com - Cor: levemente Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4°C +/-2) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de alta
viscosidade
Gel com - Cor: levemente Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas amarelado. alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T40°C +/-2) Odor: característico
Aspecto: transparente,
homogêneo, liso, de alta
viscosidade
Tabela 8. Resultado da avaliação das características organolépticas do gel com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 =
tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
49

Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base Cor: branco - - - - - - -
Odor: suave
Aspecto:
homogêneo,
liso, de alta
viscosidade
Creme com Cor: Sem alteração Sem Sem Sem alteração Sem alteração Sem alteração Sem alteração
lipossomas levemente alteração alteração
(Tamb) amarelado
Odor: suave
Aspecto:
homogêneo,
liso, de alta
viscosidade.
Creme com - Cor: levemente Sem Sem Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente
lipossomas amarelado alteração alteração amarelado amarelado amarelado amarelado
(T4°C +/-2) Odor: suave Odor: suave Odor: suave Odor: suave Odor: suave
Aspecto: Aspecto: Aspecto: Aspecto: Aspecto:
homogêneo, liso, homogêneo, homogêneo, homogêneo, homogêneo,
de alta liso, liso, liso, liso,
viscosidade. condensação de condensação de condensação de condensação de
água na água na água na água na
superfície superfície superfície superfície
Creme com - Cor: levemente Sem Sem Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente Cor: levemente
lipossomas amarelado alteração alteração amarelado amarelado amarelado amarelado
(T40°C +/-2) Odor: suave Odor: rançoso Odor: rançoso Odor: rançoso Odor: rançoso
Aspecto: Aspecto: início Aspecto: início Aspecto: início Aspecto: início
homogêneo, liso, de separação de separação de separação de separação de
de alta de fases e de fases e de fases e fases e
viscosidade. formação de formação de formação de formação de
crosta crosta crosta crosta
Tabela 9. Resultado da avaliação das características organolépticas do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 = tempo
quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
50

Tempo
Amostra T0 17
Gel base

Gel com lipossomas


(T = 24°C ± 2°C)

Gel com lipossomas


(T = 4°C +/-2)

Gel com lipossomas


(T = 40°C +/-2)

Tabela 10. Imagens das características organolépticas do gel contendo lipossomas. Autoria própria.
51

Tempo
Amostra T0 T17
Creme base

Creme com lipossomas


(T = 24°C ± 2°C)

Creme com lipossomas


(T = 4°C +/-2)

Creme com lipossomas


(T = 40°C +/-2)

Tabela 11. Imagens das características organolépticas do creme contendo lipossomas. Autoria
própria.
52

5.4 TESTE DE CENTRIFUGAÇÃO

Por meio da centrifugação é possível simular um aumento da gravidade


sobre as amostras e essa alteração na força gravitacional faz com que as partículas
que constituem as bases dermocosméticas sejam forçadas a se deslocarem,
acelerando possíveis processos de separação de fases ou outra instabilidade
(BRASIL, 2008).
O resultado, obtido por meio da avaliação visual das amostras submetidas
ao teste, demonstrou que não houve alterações visuais significativas em
praticamente todas as amostras (Tabela 12). Somente o creme, que estava
armazenado em estufa, iniciou processo de separação de fases no décimo dia (T10),
sugerindo que a temperatura elevada contribuiu para a desestabilização do sistema
(Tabela 13).

Tempo, em dias
T0 T17

Tabela 12. Imagem do resultado do teste de centrifugação.


T0 = tempo zero/inicial; T17 = tempo dezessete dias.
53

Tempo, em dias
Amostra T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base Sem - - - - - - -
alteração
Gel com Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb)
Gel com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4ºC +-2)
Gel com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T40ºC +-2)
Creme Sem - - - - - - -
base alteração
Creme com Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(Tamb)
Creme com - Sem Sem Sem Sem Sem Sem Sem
lipossomas alteração alteração alteração alteração alteração alteração alteração
(T4ºC +-2)
Creme com - Sem Sem Sem Início de Início de Início de Início de
lipossomas alteração alteração alteração separação separação separação separação
(T40ºC +-2) de fases de fases de fases de fases

Tabela 13. Resultado do teste de centrifugação.


T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10=
tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 = tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.

5.5 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)

Os resultados das análises de determinação do potencial hidrogeniônico


(pH) estão representadas nas tabelas 14 e 15 e nas figuras 12 e 13).
O gel base teve pH inicial de 6,81, próximo à neutralidade, faixa de pH
que confere a melhor viscosidade aos polímeros do ácido acrílico (ASHLAND, 2012;
LUBRIZOL, 2012; VOLP, 2012). Após incorporação da solução de lipossomas de
coenzima Q10, o pH do gel não mostrou alteração significante, ao longo do tempo,
mesmo com as variações de temperatura, o que era esperado já que o ativo, apesar
de apresentar pH levemente ácido, em torno de 5,0, foi utilizado em baixa
concentração, insuficiente para provocar grande alteração no pH do produto final
O creme base teve pH inicial de 6,48, valor dentro da faixa de pH
recomendado para este tipo de base aniônica (BRASIL, 2011). Após incorporação da
solução de lipossomas de coenzima Q 10, o pH do creme não sofreu alteração, tanto
54

no tempo zero quanto durante todo o tempo de estudo, independente da


temperatura, provavelmente, pelo mesmo motivo discutido para o gel base, qual
seja, a concentração empregada do ativo.
A ausência de variações significantes nos valores de pH pode reforçar a
hipótese de que os lipossomas tenham se mantido intactos nas bases testadas,
embora também aqui cabe a ressalva quanto à necessidade de análises específicas
para conclusão definitiva.

Figura 12. Resultado das análises de pH para gel com lipossomas.

Gel com lipossomas

7,5

7 Ambiente
pH

6,5 Geladeira
Estufa
6

5,5
5
0 5 10 15 20

Tempo em dias

Figura 13. Resultado das análises de pH para creme com lipossomas.

Creme com lipossomas

7,5

7 Ambiente
pH

6,5 Geladeira
Estufa
6

5,5

5
0 5 10 15 20

Tempo em dias
55

Tempos
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base L1: 6,81 - - - - - - -
L2: 6,78
L3: 6,84
Média +/- DP - - - - - - -
6,81 +/- 0,03 - - - - - - -
Gel com L1: 6,82 L1: 6,82 L1: 6,83 L1: 6,82 L1: 6,82 L1: 6,81 L1: 6,83 L1: 6,82
lipossomas L2: 6,79 L2: 6,80 L2: 6,82 L2: 6,80 L2: 6,83 L2: 6,83 L2: 6,82 L2: 6,83
(Tamb) L3: 6,80 L3: 6,81 L3: 6,81 L3: 6,81 L3: 6,80 L3: 6,81 L3: 6,83 L3: 6,82
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
6,80 +/- 0,01 6,81 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,81 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01 6,83 +/- 0,01 6,82 +/- 0,01
Gel com - L1: 6,80 L1: 6,84 L1: 6,89 L1: 6,93 L1: 6,93 L1: 6,94 L1: 6,97
lipossomas L2: 6,82 L2: 6,83 L2: 6,88 L2: 6,91 L2: 6,92 L2: 6,93 L2: 6,95
(T4ºC +-2) L3: 6,81 L3: 6,83 L3: 6,88 L3: 6,92 L3: 6,93 L3: 6,95 L3: 6,99
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,81 +/- 0,01 6,83 +/- 0,01 6,88 +/- 0,01 6,92 +/- 0,01 6.93 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,97 +/- 0,02
Gel com - L1: 6,81 L1: 6,85 L1: 6,90 L1: 6,94 L1: 6,95 L1: 6,96 L1: 6,99
lipossomas L2: 6,82 L2: 6,84 L2: 6,89 L2: 6,95 L2: 6,93 L2: 6,95 L2: 6,97
(T40ºC +-2) L3: 6,80 L3: 6,85 L3: 6,91 L3: 6,93 L3: 6,95 L3: 6,97 L3: 6,98
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,81 +/- 0,01 6,85 +/- 0,01 6,90 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,94 +/- 0,01 6,96 +/- 0,01 6,98 +/- 0,01
Tabela 14. Análise de pH do gel aniônico contendo lipossomas de coenzima Q10.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias;
T14 = tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
56

Tempos
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base L1: 6,50 - - - - - - -
L2: 6,45
L3: 6,49
Média +/- DP - - - - - - -
6,48 +/- 0,03 - - - - - - -
Creme com L1: 6,45 L1: 6,47 L1: 6,42 L1: 6,39 L1: 6,35 L1: 6,33 L1: 6,31 L1: 6,28
lipossomas L2: 6,48 L2: 6,45 L2: 6,40 L2: 6,37 L2: 6,33 L2: 6,32 L2: 6,32 L2: 6,30
(Tamb) L3: 6,50 L3: 6,48 L3: 6,41 L3: 6,38 L3: 6,34 L3: 6,33 L3: 6,30 L3: 6,27
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
6,48 +/- 0,02 6,47 +/- 0,01 6,41 +/- 0,01 6,38 +/- 0,01 6,34 +/- 0,01 6.33 +/- 0,01 6,31 +/- 0,01 6,28 +/- 0,01
Creme com - L1: 6,45 L1: 6,40 L1: 6,37 L1: 6,33 L1: 6,31 L1: 6,28 L1: 6,27
lipossomas L2: 6,49 L2: 6,41 L2: 6,38 L2: 6,30 L2: 6,30 L2: 6,26 L2: 6,25
(T4ºC +-2) L3: 6,47 L3: 6,40 L3: 6,37 L3: 6,32 L3: 6,30 L3: 6,27 L3: 6,26
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,47 +/- 0,02 6,40 +/- 0,01 6,37 +/- 0,01 6,32 +/- 0,01 6.30 +/- 0,01 6,27 +/- 0,01 6,26 +/- 0,01
Creme com - L1: 6,44 L1: 6,40 L1: 6,37 L1: 6,32 L1: 6,28 L1: 6,26 L1: 6,24
lipossomas L2: 6,46 L2: 6,38 L2: 6,35 L2: 6,31 L2: 6,29 L2: 6,27 L2: 6,22
(T40ºC +-2) L3: 6,45 L3: 6,39 L3: 6,38 L3: 6,30 L3: 6,27 L3: 6,25 L3: 6,23
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 6,45 +/- 0,01 6,39 +/- 0,01 6,37 +/- 0,01 6,31 +/- 0,01 6,28 +/- 0,01 6,26 +/- 0,01 6,23 +/- 0,01
Tabela 15. Análise de pH do gel aniônico contendo lipossomas de coenzima Q10.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14 =
tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
57

5.6 DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

5.6.1 Seleção do rotor e da velocidade de rotação

Os resultados obtidos no ensaio preliminar para seleção do rotor e


velocidade de rotação estão apresentados nas tabelas 16, 17, 18 e 19.
Para determinação da viscosidade, foram selecionados o rotor nº 2, que
se mostrou adequado para a análise de ambas as formulações, e a velocidade de 20
rpm, por estar situada na faixa intermediária de capacidade do equipamento,
evitando desgaste excessivo.

5.6.2 Análise da viscosidade

Os resultados das análises de viscosidade estão representadas nas


tabelas 20, 21, 22 e 23 e nas figuras 14 e 15.
O gel base apresentou viscosidade inicial de 1462,7 mPa-S. Após
incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, a viscosidade do gel não
mostrou alteração significante, o que era esperado já que o ativo, mesmo se
apresentando como forma de solução, foi utilizado em baixa concentração,
insuficiente para provocar grande alteração na viscosidade do produto final.
Independente da temperatura, a viscosidade do gel também não foi alterada ao
longo do tempo, o que indica que a estabilidade física do sistema foi mantida, não
havendo evidências de desestruturação da matriz polimérica formadora do gel.
O creme base apresentou viscosidade inicial de 1457,4 mPa-S. Após
incorporação da solução de lipossomas de coenzima Q 10, a viscosidade do creme
não sofreu alteração significante pelo mesmo motivo citado para o gel base. Ao
longo do tempo e em todas as condições de armazenagem analisadas, a
viscosidade do creme aniônico também permaneceu sem alteração significante,
indicando estabilidade física da formulação.
58

Rotor: 1 Temperatura: 24°C +/-2


Amostra Velocidade
Gel base 5 RPM 7 RPM 10 RPM 15 RPM 20 RPM 25 RPM 30 RPM 40 RPM 50 RPM 60 RPM
Leitura 1 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Leitura 2 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Leitura 3 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Creme base
Leitura 1 96,4 % 96,4 % 96,5 % 96,6 % 96,7 % 96,6 % 96,5 % 96,5 % 96,7 % 96,5 %
1158,6 827,8 579,9 387,0 290,4 232,3 193,3 145,0 116,2 96,6
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 96,5 % 96,5 % 96,6 % 96,6 % 96,6 % 96,6 % 96,4 % 96,5 % 96,6 % 96,4 %
1159,1 828,1 580,5 386,9 290,4 232,3 193,2 144,9 116,1 96,6
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 96,4 % 96,4 % 96,4 % 96,2 % 96,5 % 96,3 % 96,5 % 96,5 % 96,7 % 96,5 %
1158,2 827,3 579,3 384,9 290,1 231,1 193,2 145,0 116,2 96,6
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Tabela 16. Ensaio preliminar para seleção do rotor e da velocidade de rotação: Rotor 1
59

Rotor: 2 Temperatura: 24°C +/-2


Amostra Velocidade
Gel base 5 RPM 7 RPM 10 RPM 15 RPM 20 RPM 25 RPM 30 RPM 40 RPM 50 RPM 60 RPM
Leitura 1 97,2 % 97,2 % 97,3 % 97,2 % 97,4 % 97,5 % 97,3 % 97,4 % 97,6 % 97,4 %
5840,6 4170,2 2920,6 1946,4 1462,0 1171,2 973,8 731,3 586,2 487,7
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 97,3 % 97,2 % 97,4 % 97,3 % 97,4 % 97,4 % 97,3 % 97,4 % 97,6 % 97,4 %
5841,6 4170,1 2926,3 1947,3 1462,5 1169,5 974,0 731,3 586,2 487,3
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 97,3 % 97,2 % 97,2 % 97,3 % 97,4 % 97,4 % 97,2 % 97,4 % 97,6 % 97,4 %
5840,7 4170,0 2918,8 1947,0 1461,9 1170,2 973,4 731,2 586,2 487,5
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Creme base
Leitura 1 97,1 % 97,1 % 97,1 % 97,1 % 97,2 % 97,2 % 96,9 % 96,9 % 97,1 % 97,0 %
5829,7 4164,2 2916,5 1943,6 1458,8 1167,7 970,3 727,7 583,4 485,4
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 97,0 % 97,0 % 97,0 % 96,9 % 97,1 % 97,2 % 96,9 % 97,0 % 97,1 % 97,0 %
5823,4 4159,6 2913,2 1940,4 1458,3 1166,9 970,2 727,9 583,4 485,4
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 97,1 % 97,1 % 97,1 % 97,1 % 97,1 % 97,2 % 96,9 % 97,0 % 97,1 % 96,9 %
5830,4 4164,7 2915,7 1943,2 1458,5 1167,3 970,3 727,9 583,3 485,2
mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S mPa-S
Tabela 17. Ensaio preliminar para seleção do rotor e da velocidade de rotação: Rotor 2.
60

Rotor: 3 Temperatura: 24°C +/-2


Amostra Velocidade
Gel base 5 RPM 7 RPM 10 RPM 15 RPM 20 RPM 25 RPM 30 RPM 40 RPM 50 RPM 60 RPM
Leitura 1 53,2 % 78,6 % erro 19,1 % erro erro erro erro erro erro
12799 13496 1536,6
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 81,8 % 83,5 % 96,9 % erro erro erro erro erro erro erro
19654 14342 11644
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 erro 71,2 % 91,0 % erro erro erro erro erro erro erro
12224 10928
mPa-S mPa-S
Creme base
Leitura 1 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Leitura 2 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Leitura 3 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro
Tabela 18. Ensaio preliminar para seleção do rotor e da velocidade de rotação: Rotor 3.
61

Rotor: 4 Temperatura: 24°C +/-2


Amostra Velocidade
Gel base 5 RPM 7 RPM 10 RPM 15 RPM 20 RPM 25 RPM 30 RPM 40 RPM 50 RPM 60 RPM
Leitura 1 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro

Leitura 2 erro 66,8 % erro erro erro erro erro erro erro erro
57323
mPa-S
Leitura 3 erro erro erro erro erro erro erro erro erro erro

Creme base
Leitura 1 53,9 % 75,0 % 86,2 % erro erro erro erro erro erro erro
64765 64443 51818
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 2 53,7 % 60,9 % 71,7 % erro erro erro erro erro erro erro
64532 52434 43066
mPa-S mPa-S mPa-S
Leitura 3 54,1 % 59,1 % 67,3 % erro erro erro erro erro erro erro
64876 50752 40438
mPa-S mPa-S mPa-S
Tabela 19. Ensaio preliminar para seleção do rotor e da velocidade de rotação: Rotor 4.
62

Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel base L1: 97,3% - - - - - - -
1461,1
L2: 97,5 %
1464,0
L3: 97,4 %
1463,0
Média +/- DP - - - - - - -
1462,7 +/- 1,5 - - - - - - -
Gel com L1: 97,0 % L1: 97,3 % L1: 97,4 % L1: 97,3 % L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,1 % L1: 97,0 %
lipossomas 1457,9 1460,3 1462,8 1461,1 1460,1 1459,9 1459,1 1460,9
(Tamb) L2: 96,9 % L2: 97,3 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,3 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,1 %
1458,0 1460,6 1461,9 1460,9 1459,5 1459,1 1459,7 1459,5
L3: 97,0 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,3 % L3: 97,0 %
1458,3 1460,2 1460,4 1461,0 1458,9 1460,0 1461,3 1460,2
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
1458,1 +/- 0,2 1460,4 +/- 0,2 1461,7 +/- 1,2 1461,0 +/- 0,1 1459,5 +/- 0,6 1459,7 +/- 0,5 1460,0 +/- 1,1 1460,2 +/- 0,7
Tabela 20. Análise da viscosidade do gel com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
63

Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Gel com - L1: 97,3 % L1: 97,4 % L1: 97,4 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,2 %
lipossomas 1460,3 1463,5 1462,4 mPa-S 1461,9 1460,5 1460,3 1460,0
(T4ºC +-2) L2: 97,3 % L2: 97,4 % L2: 97,3 % L2: 97,4 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,2 %
1460,7 1462,4 1461,9 mPa-S 1462,0 1461,0 1460,0 1459,9
L3: 97,3 % L3: 97,4 % L3: 97,4 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 %
1460,5 1461,8 1462,1 mPa-S 1462,1 1461,1 1459,4 1460,1
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1460,5 +/- 0,2 1462,6 +/- 0,9 1462,1 +/- 0,2 1462,0 +/- 0,1 1460,9 +/- 0,3 1459,9 +/- 0,5 1460,0 +/- 0,1
Gel com - L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,3 % L1: 97,2 % L1: 97,3 % L1: 97,3 % L1: 97,3 %
lipossomas 1459,9 1459,3 1460,0 mPa-S 1460,2 1460,5 1460,7 1460,9
(T40ºC +-2) L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,2 % L2: 97,3 % L2: 97,3 % L2: 97,2 % L2: 97,3 %
1460,5 1460,1 1460,1 mPa-S 1459,9 1460,1 1459,8 1460,1
L3: 97,3 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,3 % L3: 97,3 % L3: 97,3 %
1461,9 1460,0 1459,8 1460,1 1460,3 1460,2 1460,5
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1460,8 +/- 1,0 1459,8 +/- 0,4 1460,0 +/- 0,1 1460,1 +/- 0,1 1460,3 +/- 0,2 1460,2 +/- 0,4 1460,5 +/- 0,4

Tabela 21. Continuação da análise da viscosidade do gel com lipossomas.


T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
64

Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme base L1: 97,0 % - - - - - - -
1456,0
L2: 97,0 %
1456,0
L3: 97,2 %
1460,2
Média +/- DP - - - - - - -
1457,4 +/- 2,4 - - - - - - -
Creme com L1: 96,9 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,1 %
lipossomas 1455,9 1458,1 1457,3 1457,5 1458,0 1458,1 1457,9 1458,0
(Tamb) L2: 96,9 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,1 %
1456,0 1457,9 1457,5 1457,8 1458,2 1458,0 1458,2 1457,9
L3: 96,9 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,0 % L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,1 %
1456,1 1458,1 1457,8 1457,4 1457,9 1457,9 1458,1 1458,1
Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
1456,0 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1 1457,5 +/- 0,2 1457,6 +/- 0,2 1458,0 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1 1458,1 +/- 0,1 1458,0 +/- 0,1
Tabela 22. Análise da viscosidade do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
65

Viscosidade, em mPa-S
Amostra
T0 T3 T5 T7 T10 T12 T14 T17
Creme com - L1: 97,2 % L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,1 % L1: 97,2 % L1: 97,2 % L1: 97,2 %
lipossomas 1459,2 1457,1 1457,2 1457,9 1458,8 1459,5 1458,9
(T4ºC +-2) L2: 97,2 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,2 % L2: 97,2 % L2: 97,1 % L2: 97,2 %
1458,9 1457,5 1457,6 1458,0 1458,5 1459,1 1459,0
L3: 97,2 % L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,1 % L3: 97,2 % L3: 97,2 % L3: 97,2 %
1459,1 1457,3 1457,3 1458,2 1458,9 1459,5 1458,8
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1459,1 +/- 0,1 1457,3 +/- 0,2 1457,4 +/- 0,2 1458,0 +/- 0,1 1458,7 +/- 0,2 1459,4 +/- 0,2 1458,9 +/- 0,1
Creme com - L1: 97,0 % L1: 97,1 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 % L1: 97,0 %
lipossomas 1456,7 1459,1 1455,7 1456,2 1456,0 1456,5 1455,9
(T40ºC +-2) L2: 97,0 % L2: 97,2 % L2: 97,0 % L2: 97,1 % L2: 97,1 % L2: 97,0 % L2: 97,1 %
1456,8 1458,7 1456,5 1456,0 1455,9 1456,9 1455,7
L3: 97,0 % L3: 97,1 % L3: 97,0 % L3: 97,0% L3: 97,0% L3: 97,0 % L3: 97,0%
1457,0 1458,9 1456,1 1456,1 1456,1 1456,1 1455,9
- Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP Média +/- DP
- 1456,8 +/- 0,1 1458,9 +/- 0,2 1456,1 +/- 0,4 1456,1 +/- 0,1 1456,0 +/- 0,1 1456,5 +/- 0,4 1455,8 +/- 0,1
Tabela 23. Continuação da análise da viscosidade do creme com lipossomas.
T0 = tempo zero/inicial; T3 = tempo três dias; T5 = tempo cinco dias; T7 = tempo sete dias; T10= tempo dez dias; T12 = tempo doze dias; T14
= tempo quatorze dias; T17 = tempo dezessete dias.
L1 = leitura 1; L2 = leitura 2; L3 = leitura 3.
DP = Desvio Padrão
66
Figura 14. Resultado das análises de viscosidade para gel com lipossomas.

Gel com lipossomas

1500

1480
Viscosidade

Ambiente
1460
Geladeira
1440 Estufa

1420

1400
0 5 10 15 20

Tempo em dias

Figura 15. Resultado das análises de viscosidade para creme com lipossomas.

Creme com lipossomas

1500

1480
Viscosidade

Ambiente
1460
Geladeira
1440 Estufa

1420

1400
0 5 10 15 20

Tempo em dias

6 CONCLUSÃO

As formulações e as técnicas de preparo, adaptadas do Formulário


Nacional da Farmacopéia Brasileira 2ª edição (BRASIL, 2011), permitiram a
manipulação de gel e emulsão farmacotecnicamente adequados.
A solução de lipossomas de coenzima Q 10 foi facilmente incorporada às
formulações-base.
As técnicas de análise empregadas, bem como os equipamentos
disponíveis, permitiram realizar as análises de características organolépticas, pH e
67
viscosidade adequadamente.
Como não houve alterações significantes na cor (principal ponto de
análise das características organolépticas para este estudo), pH e viscosidade do gel
hidrofílico aniônico e da emulsão aniônica contendo lipossomas de coenzima Q 10
armazenados a diferentes temperaturas (ambiente, geladeira e estufa), pode-se
supor que os lipossomas mantiveram-se íntegros nas formulações testadas, ao
longo do tempo de estudo, em todas as condições de temperatura. No entanto,
dados conclusivos quanto a esse fato somente poderão ser obtidos por meio de
análises específicas, como aquelas realizadas por técnicas de espalhamento de luz
(light scattering).
68
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