Manual de Auditoria Interna
Manual de Auditoria Interna
Manual de Auditoria Interna
Brasília
Julho de 2016
Brasília
Julho de 2016
Apresentação
Introdução ............................................................................................................................................ 9
Auditoria Interna .................................................................................................................................. 9
Auditoria Operacional ........................................................................................................................ 11
Avaliação de Natureza Operacional - Anop ....................................................................................... 12
Ciclo de Auditoria Operacional .......................................................................................................... 15
Competência Regimental ................................................................................................................... 16
Posicionamento Hierárquico e Grau de Dependência da Unidade de Auditoria Interna ................. 16
Objetividade Individual ...................................................................................................................... 17
Prejuízos à Independência ou Objetividade ...................................................................................... 17
Avaliação de Desempenho ................................................................................................................. 18
Áreas de Atuação ............................................................................................................................... 18
Código de Ética ................................................................................................................................... 20
Normas da Unidade de Auditoria ...................................................................................................... 20
Planejamento ..................................................................................................................................... 21
Materialidade, Relevância e Criticidade ............................................................................................ 22
Objetivo do Trabalho de Auditoria .................................................................................................... 23
Plano Anual de Auditoria Interna – Paint .......................................................................................... 24
Espécies de Auditoria ......................................................................................................................... 25
Programa de Auditoria ....................................................................................................................... 26
Solicitação de Auditoria - SA .............................................................................................................. 28
Solicitação de Auditoria Prévia no Planejamento .............................................................................. 28
Importância Documental ................................................................................................................... 29
Amostragem ....................................................................................................................................... 29
Risco de Amostragem ........................................................................................................................ 33
Achados de Auditoria ......................................................................................................................... 34
Riscos Operacionais ........................................................................................................................... 35
Controle Interno da Gestão ............................................................................................................... 36
Componentes e Princípios de Controle Interno ................................................................................ 39
Métodos Auditoriais de Exame .......................................................................................................... 42
Testes e Técnicas de Auditoria ........................................................................................................... 43
Aplicação dos Procedimentos de Auditoria ....................................................................................... 45
Procedimentos Analíticos de Auditoria ............................................................................................. 46
Papéis de Trabalho ............................................................................................................................. 48
Objetivos dos Papéis de Trabalho ...................................................................................................... 49
Papéis de Trabalho de Planejamento ................................................................................................ 50
Papéis de Trabalho de Execução ........................................................................................................ 51
Forma e Conteúdo dos Papéis de Trabalho ....................................................................................... 52
Tipos de Arquivo ................................................................................................................................ 55
Revisão ............................................................................................................................................... 56
Confidencialidade e Propriedade dos Papéis de Trabalho ................................................................ 56
Evidências ........................................................................................................................................... 57
Processo Lógico de Identificação de Achados e Produção de Recomendações e Determinações ... 59
Comunicação ...................................................................................................................................... 60
Atributos de Qualidade das Informações .......................................................................................... 62
Comunicação de Resultados .............................................................................................................. 63
Critérios para a Comunicação ............................................................................................................ 64
Nota Técnica....................................................................................................................................... 64
Nota de Auditoria ............................................................................................................................... 64
Constatações de Auditoria e a sua Fundamentação Legal ................................................................ 65
Recomendações ................................................................................................................................. 66
Atributos e Natureza das Recomendações ........................................................................................ 67
Monitoramento da Implementação das Recomendações de Auditoria ........................................... 69
Economicidade ................................................................................................................................... 69
Eficiência ............................................................................................................................................ 69
Eficácia ............................................................................................................................................... 70
Efetividade ......................................................................................................................................... 70
Relatório Anual de Auditoria Interna – Raint..................................................................................... 70
Monitoramento e Controle de Qualidade ......................................................................................... 72
Ferramentas de Controle de Qualidade ............................................................................................ 74
Desenvolvimento Profissional Continuado ........................................................................................ 76
Disposições Gerais ............................................................................................................................. 76
Da Atualização do Manual de Auditoria Interna................................................................................ 79
Manual de Auditoria Interna
Introdução
Auditoria Interna
A complexidade e diversificação das atividades das organizações ocasionou uma
evolução na atuação da auditoria interna, representada pelo aprimoramento de suas atividades e
ampliação do seu campo de ação para a avaliação do ambiente de controle e não mais simplesmente
a detecção de erro ou fraude.
Auditoria Operacional
Auditoria operacional é o exame independente e objetivo da economicidade,
eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a
finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. É um processo de avaliação do
desempenho real em confronto com o esperado, proporcionando a apresentação de
recomendações destinadas à melhoria do desempenho organizacional.
O tipo de questão-problema a ser formulada terá uma relação direta com a natureza
da resposta e o tipo de informação que constará da nota técnica. As questões se classificam em três
tipos:
a) Questões descritivas: do tipo “Quem?”, “Onde?”, “Quando?” “Como?”, “O quê?”.
São formuladas de maneira a fornecer informações relevantes sobre o objeto da
Avaliação de Natureza Operacional e, em grande parte, devem ser respondidas
durante a fase de levantamento de auditoria. Exemplo de questão descritiva:
“Como funciona o programa?”;
Objetividade Individual
O servidor de auditoria interna deve adotar atitude imparcial e isenta e, inclusive,
evitar conflitos de interesses, mantendo sempre espírito de independência e não se deixar
influenciar pelas áreas sob sua avaliação, mas apurar fatos comprováveis e verídicos. Deve ser exato
na apuração dos detalhes e não deve aceitar informações vagas, incompletas ou que não possam
ser comprovadas.
O servidor de auditoria interna deve abster-se de avaliar operações pelas quais tenha
sido anteriormente responsável. Presume-se prejudicada a objetividade, quando um servidor de
auditoria presta serviços de avaliação para uma atividade pela qual tenha sido previamente
responsável durante o período de um ano.
Avaliação de Desempenho
O desempenho da unidade de auditoria será avaliado de acordo com a pertinência e
tempestividade de suas propostas de correção para as disfunções ou impropriedades por ela
observadas. O titular do órgão de avaliação do controle interno supervisionará as atividades de seus
subordinados com o objetivo de avaliar se os trabalhos atendem a requisitos técnicos na seara da
auditoria governamental.
Áreas de Atuação
A área de atuação da Unidade de Auditoria Interna abrange todas as unidades
organizacionais da Previc, constituindo-se objetos de exames amostrais os processos de trabalho,
com ênfase para:
Código de Ética
A Auditoria Interna da Previc não possui Código de Ética próprio, a exemplo do Código
de Ética do IIA. Contudo, os servidores lotados na Auditoria Interna devem seguir as orientações
contidas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, em especial, o contido no Capítulo I, Seção
I – Das Regras Deontológicas, alterado pelo Decreto nº 6.029, de 01 de fevereiro de 2007, que
institui o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
As normas de auditoria diferem dos procedimentos de auditoria, uma vez que eles se
relacionam com ações a serem praticadas, enquanto as normas tratam das medidas de qualidade
na execução destas ações e dos objetivos a serem alcançados através dos procedimentos. As normas
dizem respeito não apenas às qualidades profissionais do auditor, mas também a sua avaliação
pessoal pelo exame efetuado e do relatório emitido. (Attie - 1998, página 55).
Ao final desse relatório o auditor dará o seu parecer sobre a situação patrimonial do
órgão auditado, contendo as falhas, porventura, encontradas e sua opinião quanto aos
procedimentos que deverão ser adotados.
Planejamento
O planejamento das ações de auditoria constitui-se em uma etapa fundamental para
o sucesso do trabalho do auditor interno, devendo este estar alinhado às prioridades da Instituição.
Os programas de trabalho devem ser detalhados de forma a servir como guia e meio
de controle de sua execução.
a) Materialidade;
b) Relevância; e
c) Criticidade (Risco)
Os auditores internos devem realizar uma avaliação preliminar dos riscos relevantes
relacionados à atividade objeto da revisão. Os objetivos do trabalho de auditoria devem refletir os
resultados desta avaliação. Esses objetivos, explicitados pelas questões de auditoria, devem ser
enunciados claramente para que os resultados alcançados pelo trabalho possam ser avaliados.
Os objetivos devem ser elaborados observando que para cada um deles deverá haver
uma resposta da auditoria. Na finalização dos trabalhos eles deverão ser retomados para conclusão.
Na descrição das ações de auditoria interna, para cada objeto a ser auditado, deverão
constar as seguintes informações:
c) Origem da demanda;
Espécies de Auditoria
A finalidade clássica da atividade de auditoria interna governamental é comprovar a
legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto
aos aspectos de economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e equidade da gestão orçamentária,
financeira, patrimonial, operacional, contábil e finalística das unidades organizacionais e da Previc
como um todo.
Programa de Auditoria
Plano de ação detalhado e específico para cada objeto a ser auditado e se destina,
principalmente, a orientar adequadamente o trabalho do auditor interno, facultando-lhe, ainda,
sugerir oportunamente complementações quando as circunstâncias assim recomendarem.
Solicitação de Auditoria - SA
Papel de trabalho endereçado ao dirigente máximo da unidade auditada, utilizado
pela equipe de auditores ao longo da fase de apuração, para:
Importância Documental
Pela natureza do trabalho de Auditoria Interna – voltada para a gestão pública – a
Solicitação de Auditoria, quando bem utilizada, reveste-se de importante instrumental de trabalho.
Amostragem
A amostragem ou prova seletiva é um dos procedimentos empregados pela auditoria,
em que se obtém informação sobre um todo (população), examinando-se apenas uma parte do
mesmo (amostra). (Peter e Machado, 2008, página 75).
A seleção não pode ser tendenciosa, mas sim imparcial em relação ao objetivo final
a ser alcançado, como, também, não deve facilitar demais o trabalho da auditoria, o que seria em si
uma parcialidade.
c) Quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais
é do que o exame da totalidade da população.
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação,
visto que a extrapolação dos resultados não é passível de demonstração segundo as normas de
cálculo hoje existentes. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal
como na busca exploratória de informações ou sondagem, quando se deseja obter informações
detalhadas sobre questões particulares, durante um espaço de tempo específico.
Na amostragem não probabilística, em auditoria interna, o tamanho usual da amostra
corresponde a 10% ou 15% da população alvo, sendo recomendável, para a seleção desta, o uso de
uma tábua de números equiprováveis, também denominada de tábua de números aleatórios.
Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples, que tem como característica que
cada elemento da população tem a mesma chance de pertencer à amostra. Considera-se para isso
que os elementos da população em questão estão distribuídos de maneira uniforme. Nas demais
formas ou métodos de amostragem, pelo fato de os elementos não se processarem de maneira
homogênea na população, faz-se necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do
tamanho e seleção da amostra.
Para se obter uma amostra se faz necessário obter alguns elementos fundamentais,
sem os quais fica impraticável o uso da técnica. O elemento primordial para se elaborar um plano
amostral é saber exatamente qual o objetivo da ação de controle, ou seja, o que se deseja obter
com os resultados e de posse deles a quais conclusões se deseja chegar. Quando os objetivos da
ação estão bem definidos fica claro o estabelecimento de qual é a população alvo a ser considerada
para a elaboração da amostra, bem como a definição das unidades de amostragem (elementos). A
partir do conhecimento da população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível
conhecer como essa população se distribui entre os seus elementos, para a partir daí ser definido o
método de amostragem a ser adotado, bem como todas as suas considerações a priori.
Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que se deseja, ou
seja, o máximo que se admitirá de erro para os resultados obtidos na amostra. Além disso, é
importante que a seleção dos elementos da amostra seja rigorosamente aleatória. Essa exigência é
necessária pois, se na seleção da amostra não for garantida a aleatoriedade significa que o servidor
está influenciando seu juízo pessoal na escolha dos elementos da amostra e colocando em risco
todo o trabalho realizado, pois as informações obtidas a partir daquela amostra enviesada irão
trazer resultados equivocados a respeito do universo em questão. Ou seja, uma amostra mal
dimensionada e sem aleatoriedade é tendenciosa, levando o auditor interno a conclusões errôneas.
Existem situações em que a natureza e qualidade dos itens a serem testados não
permitem a utilização de amostragem estatística ou os motivos da realização da auditagem tornam
desnecessária a imparcialidade. Nestes casos, os testes têm base no julgamento pessoal do auditor
interno, o qual efetua a seleção dos itens subjetivamente, calcado principalmente na sua capacidade
e experiência profissionais, sob a motivação de suspeição de erros, impropriedades/disfunções e
fraudes.
Risco de Amostragem
O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do auditor, com
base em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população
estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria.
a) Testes de Observância:
b) Testes Substantivos:
Achados de Auditoria
Os Achados de auditoria são fatos significativos que o auditor observou ou constatou
durante seu exame, e que devem ser comunicados aos responsáveis e demais interessados.
Riscos Operacionais
A avaliação do risco, durante a fase do planejamento da auditoria, destina-se à
identificação de áreas e sistemas relevantes a serem auditados.
Avaliar risco em auditoria interna significa identificar, medir e priorizar os riscos para
possibilitar a focalização das áreas auditáveis mais significativas. A avaliação do risco é utilizada para
identificar as áreas mais importantes dentro do seu âmbito de atuação, permitindo ao auditor
interno delinear um planejamento de auditoria capaz de testar os controles mais significativos para
as questões de auditoria que se mostrarem materialmente e criticamente relevantes.
Esses controles são operados por todos os servidores da autarquia responsáveis pela
condução de atividades e tarefas, no âmbito dos macroprocessos finalísticos e de apoio
administrativo. A definição e a operacionalização dos controles internos devem levar em conta os
riscos que se pretende mitigar. Assim, tendo em vista as metas estabelecidas pela entidade e os
riscos decorrentes de eventos internos ou externos, que possam obstaculizar o alcance dessas,
devem ser posicionados os controles internos mais adequados para mitigar a probabilidade de
ocorrência dos riscos, ou o seu impacto sobre os objetivos organizacionais.
iii. Assegurar a validade e integridade dos dados financeiros e contábeis que serão
utilizados pela gerência para a tomada de decisões;
c) Ciclo de uma transação: preconiza que uma só pessoa não deve realizar todas
as fases de uma transação, quer seja funcionário ou administrador; e
Componentes:
b) Testes substantivos.
4. Avaliação e conclusão;
Papéis de Trabalho
O auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos
significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com
as normas aplicáveis. Os papéis de trabalho – PT constituem-se no conjunto de documentos
relevantes coletados e gerados durante a auditoria, acrescido dos elementos comprobatórios
(formulários, documentos...) coletados in loco, e representam a evidência do trabalho executado e
o fundamento da opinião da equipe de auditoria.
b) SA aos gestores;
e) Entrevistas realizadas;
k) Demonstrativos financeiros;
l) Relatórios de gestão; e
m) Relatório preliminar.
a) Natureza do trabalho;
Tipos de Arquivo
Os papéis ou documentos de trabalho devem ser arquivados para posterior consulta
e uso em arquivos virtuais, nos casos das auditorias realizadas com sistema informatizado, ou em
arquivos físicos, nos trabalhos feitos com a utilização de formulários em papel.
A principal função dos arquivos permanentes é servir como informação básica para o
planejamento de futuras auditorias.
Os arquivos correntes, que também podem ser usados como fontes de consulta em
futuras auditorias, são compostos pelos papéis de trabalho, relatórios, anexos, análises e outros
documentos produzidos durante as auditorias.
Revisão
Para garantir a qualidade dos trabalhos de auditoria é de fundamental importância
que seja procedida uma criteriosa revisão dos papéis de trabalho.
A revisão deve ser procedida, tanto quanto possível, à medida em que os exames
sejam efetuados e dentro das instalações da própria unidade administrativa auditada, para que seja
possível a rápida complementação ou correção dos papéis de trabalho.
O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a custódia dos papéis
de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do seu relatório. A
confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do servidor de auditoria.
Evidências
Segundo o dicionário Michaelis (WEISZFLOG, 2010), evidência é a qualidade daquilo
que é evidente, incontestável, que todos veem ou podem ver e verificar.
a) Física: observação de pessoas, locais ou eventos. Pode ser obtida por meio de
fotografias, vídeos, mapas. Evidências físicas costumam causar grande
impacto. A fotografia de uma situação insalubre ou insegura, por exemplo,
pode ser mais convincente que uma longa descrição;
h) Conflitantes.
Existem algumas técnicas que podem contribuir para a obtenção de evidências mais
robustas. Uma delas é a circularização, que consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos e
informações apresentados pelo auditado (BRASIL, 2009a). Outra é a triangulação, que é o uso de
diferentes métodos de pesquisa e de coleta de dados para estudar o mesmo assunto, com o objetivo
de fortalecer as conclusões (PATTON, 1987).
Nem toda constatação gera recomendação; e toda recomendação deve ser incluída
no follow-up da Unidade de Auditoria Interna.
É permitido ao auditor interno dar crédito, mediante elogio, a serviços que outros
servidores da Previc tenham executados com proficiência. Deve-se evitar a crítica verbal a colegas
da Previc, bem como revidar ataques. O auditor interno procurará ver as coisas do ponto de vista
da outra pessoa, sendo necessário, para tanto, maturidade, controle emocional e esforço
consciente.
Comunicação de Resultados
A Auditoria Interna deve comunicar os resultados dos trabalhos de auditoria de forma
oportuna.
O relatório é o instrumento técnico pelo qual o servidor de auditoria interna
comunica os trabalhos de auditoria realizados; suas conclusões, recomendações e as providências
a serem tomadas pela administração.
Nota Técnica
A Nota Técnica é o ato administrativo mediante o qual se manifesta opinião
expendendo-se apreciação sobre assuntos jurídicos ou técnicos que envolvam estudos casuísticos
de situações singulares, além de possibilitar a proposição de alternativas para a superação de
eventuais gargalos ou pontos de estrangulamento identificados.
Nota de Auditoria
A Nota de Auditoria – NA é o documento em solicitação de ação corretiva aplicada
durante os trabalhos de campo. A NA pode servir para a proposição de ação corretiva sobre
questões pontuais – falhas formais – de caráter não postergável. Também serve para recomendação
de solução para eliminação de situações potencialmente danosas ao patrimônio da Previc, passíveis
de serem evitadas pela assunção de procedimentos preventivos ou corretivos.
Como tal, não deve haver nenhuma dúvida quanto à afirmação feita pelo servidor da
Auditoria Interna de que o objeto auditado mostra-se regular ou irregular, adequado ou
inadequado, verdadeiro ou falso, eficiente ou ineficiente, eficaz ou ineficaz etc., conforme o caso e
a opinião manifestada.
Dessa forma, toda constatação de não conformidade deve estar evidenciada e
amparada em legislação que a fundamente.
Recomendações
Os resultados do trabalho da Auditoria Interna podem fornecer recomendações
corretivas e preventivas à exposição da Instituição em face dos riscos que podem ser de natureza:
sistêmica, operacional, financeira, de tecnologia da informação, de recursos humanos,
mercadológica e de fatores externos que podem impactar os resultados e estratégias globais da
Instituição.
g) Operacional e sistêmico;
a) Estratégicas: são voltadas para toda a Instituição e para o meio externo. Têm
como objetivo atingir as diretrizes estratégicas e seu cumprimento é a longo
prazo. Estão relacionadas aos princípios da efetividade e economicidade;
Economicidade
A economicidade tem relação direta com a minimização dos custos de determinado
processo ou atividade, sem o comprometimento dos padrões de qualidade almejados. Daí, a relação
dela com a habilidade de a organização ou unidade organizacional gerir adequadamente os recursos
financeiros de que dispõe, numa dinâmica de economia de meios ou custos mínimos.
A minimização dos custos dos recursos utilizados na consecução de uma atividade,
sem o comprometimento dos padrões de qualidade deve estar inserida no contexto da Avaliação
da auditoria.
Eficiência
A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados
por uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se à utilização racional
da transformação de insumos em produtos; refere-se ao rendimento máximo sem desperdício.
Assim, podemos considerar que o conceito de eficiência está relacionado ao de
economicidade.
Eficácia
Eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços)
em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados (COHEN;
FRANCO, 1993). O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos
imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de prover
bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
Efetividade
A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo
prazos. Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de
efeitos sobre a população alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos
esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-se de verificar a ocorrência
de mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do programa
avaliado (COHEN; FRANCO, 1993).
IV. Relação dos trabalhos de auditoria previstos no PAINT não realizados ou não
concluídos, com as justificativas para a sua não execução e, quando aplicável,
com a previsão de sua conclusão;
9. Análise dos atos e fatos, objeto de exame, com isenção e bom senso,
atendo-se mais à eficiência e segurança dos controles internos da gestão
e aos riscos operacionais envolvidos e não, especificamente, às pessoas
que os tenham praticado;
a) Checklists de qualidade;
b) Cronograma;
c) Matriz de planejamento;
d) Matriz de achados;
e) Painéis de referência;
Disposições Gerais
1. Eventuais alterações no presente Manual deverão ser propostas formalmente
pelo titular da Unidade de Auditoria Interna ao Diretor-Superintendente, e será
objeto de deliberação por parte da Diretoria Colegiada.