Como Desenvolver A Autoconfianca
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CURSO DE
PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 O QUE É COMUNICAÇÃO?
1.1 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA COMUNICAÇÃO
2 PSICOLOGIA E COMUNICAÇÃO
2.1 A PERCEPÇÃO E A COMUNICAÇÃO
2.2 SUBJETIVIDADE E COMUNICAÇÃO
2.3 A COMUNICAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
MÓDULO II
3 ORATÓRIA: A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO
3.1 SUGESTÕES PARA FAZER UMA BOA APRESENTAÇÃO
3.2 CONTROLANDO O NERVOSISMO
4 COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL
4.1 ENTREVISTAS, REUNIÕES E DEBATES
4.1.1 Entrevistas
4.1.2 Reuniões
4.1.3 Debates
MÓDULO III
5 COMUNICAÇÃO ESCRITA
6 ESTRUTURANDO UM BOM TEXTO
6.1 REDAÇÃO EMPRESARIAL
6.1.1 Tipos de Redação Empresarial
7 O USO DO E-MAIL NO AMBIENTE DE TRABALHO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 O QUE É COMUNICAÇÃO?
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A linguagem, capacidade comunicativa dos seres, constrói vínculos entre os
homens e possibilita a transmissão de culturas, além de garantir a eficácia
do funcionamento dos grupos sociais. Falando de forma simples, a
linguagem é qualquer sistema de signos que sirva para a comunicação
entre os homens. Esses signos podem ser visuais, sonoros, gestuais,
corporais, fisionômicos, escritos ou vocais. (TEIXEIRA, 2007, p. 9.).
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FIGURA 1
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Receptor ou decodificador: é o equipamento localizado entre o
canal e o destino, isto é, que decodifica a mensagem para torná-la
compreensível ao destino.
Destino: é a pessoa, coisa ou processo para qual a mensagem é
enviada. É o destinatário da comunicação.
FIGURA 2
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Receptor: o destinatário, aquele que vai receber a mensagem e realiza o
processo de decodificação. Para que ocorra de maneira eficaz, é necessário
que o receptor:
Conheça o código que está sendo utilizado e suas particularidades;
Reconheça as regras da língua que está sendo utilizada pelo emissor;
Entenda o sentido expresso da mensagem;
Compartilhe do mesmo referencial a que se baseia a mensagem do
emissor.
Mensagem: conteúdo e objetivo da comunicação. É o centro do processo da
comunicação e só se concretizará de forma plena com a presença articulada
de todos os outros elementos.
Canal: é o meio que possibilita o contato entre emissor e receptor. É
necessário que o canal esteja livre de ruídos que possam atrapalhar a
chegada da mensagem ao receptor.
FIGURA 3
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Os ruídos podem ser fatores externos à comunicação, físicos ou não, que
impedem que a ideia original chegue de maneira satisfatória ao receptor.
Um exemplo muito comum que podemos citar sobre os ruídos de
comunicação é a linha cruzada ao telefone, quando o processo de
transmissão da mensagem recebe a interferência de outro processo
indesejado ou que está fora do contexto da mensagem. Devemos entender
que são diversas as situações em que um ruído pode atrapalhar a
comunicação. (TEIXEIRA, 2007, p. 14).
Exemplos:
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Além dos ruídos existem também as barreiras da comunicação. Chiavenato
(2004) afirma que é muito difícil que um processo de comunicação aconteça sem
problemas. Com frequência existem fatores que impedem que a comunicação não
aconteça de maneira bem-sucedida, estes fatores são chamados de barreiras da
comunicação. Barreiras são restrições ou limitações que ocorrem dentro ou entre as
etapas do processo de comunicação, fazendo que nem todo o sinal emitido pela
fonte percorra livremente o processo de modo a chegar incompleta ao seu destino.
O sinal pode sofrer perdas, mutilações ou distorções, o que implica no desvio da
comunicação.
Um fator importante e que está relacionado à boa comunicação é a
linguagem. Teixeira (2007, p. 9) explica que:
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Exemplos:
Ai, quem me dera...
Filho, aquela sua namoradinha vem hoje?
A função apelativa ou conativa centra-se no receptor, procurando modificar
nele ideias, opiniões e estado de humor. Como o receptor vem em primeiro plano,
ocorre com discursos que contém ordens, apelos ou tentativas de convencimento ou
sedução. É comum o uso de verbos no imperativo, vocativos e tom persuasivo.
Exemplos:
Fica quieto, rapaz!
Por favor, por favor, estou pedindo...
Beba Coca-Cola.
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preciso que todos os elementos citados funcionem em perfeita harmonia, a fim de
evitar distorções de informações e até mesmo conflitos interpessoais por conta de
uma mensagem mal enviada ou mal interpretada.
Para entendermos um pouco o mundo subjetivo da comunicação vamos
adiante com nossos estudos falando sobre a Psicologia e a comunicação.
2 PSICOLOGIA E COMUNICAÇÃO
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percepção que as pessoas têm do que ouvem, ou seja, ouvimos o que esperamos
ouvir e percebemos o que queremos perceber. O inesperado não é todo captado,
sendo ouvido de forma distorcida”.
A comunicação em si exige de nós prática e habilidade para trocar
informações com as outras pessoas, e uma destas práticas é a percepção. A
percepção, segundo Dimbledy e Burton (1990, p. 72) “refere-se à observação e
avaliação da outra pessoa quando estamos nos comunicando com ela”.
Temos a habilidade de observar as pessoas com muito cuidado. Podemos
fazer isto muito bem para que nossa comunicação seja mais efetiva. A mesma coisa
se aplica para observamos nós mesmos durante o processo de comunicação, o que
diz respeito à percepção de nós mesmos.
Dessa habilidade acabamos por desenvolver outra. Quando tratamos com
uma pessoa é importante que sejamos capazes de se colocar no seu lugar. Isso
envolve a compreensão dos pontos de vistas que o outro tem a respeito do assunto,
desenvolvendo assim a empatia, um ingrediente importante quando falamos de
percepção e comunicação. (DIMBLEDY e BURTON, 1990).
De acordo com Lalucci (2006), a percepção é o meio em que nos
relacionamos com o mundo e com os sentidos. Com ela o indivíduo tem a
capacidade de captar-se. Os sentidos são os órgãos receptores que funcionam
como intermediários do indivíduo com o meio em que ele está inserido. São estes
sentidos que vão nos orientar nas relações com o mundo e consigo mesmo. Afinar
os sentidos ajuda a melhorar a recepção de estímulos e informações que são
oferecidas a todo o momento.
Para essa autora, a percepção tem dois caminhos básicos: um para fora,
dirigido para o mundo e o outro para dentro, dirigido para o próprio indivíduo. O
exercício destas duas percepções é que nos faz estar mais preparados para a vida.
O importante é ficar com a percepção ativa, o que facilita a compreensão do que
está acontecendo em volta e dentro de si mesmo. Só esta percepção, juntamente
com todos os órgãos dos sentidos, pode trazer à luz novas atitudes.
Juntamente à nossa capacidade de perceber as coisas tal qual como elas
são, está nossa capacidade de observação. Ser bom observador significa observar o
que é mais digno de atenção, o que é mais necessário. O bom observador deve
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estar atento às fontes de erros e estímulos enganadores. Estas fontes de erros
deturpam e limitam a percepção, originando um sinal enganador. (LALUCCI, 2006).
FIGURA 4
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percepção humana é limitada: as pessoas não podem apreender a realidade na sua
totalidade em um determinado espaço de tempo. As partes focalizadas servem, por
algum propósito, de imediato. “As necessidades, influências que recebemos dos
meios sociais e culturais, atitudes e vontades de cada um, interagem a fim de definir
quais os estímulos importantes a serem percebidos”. (CHIAVENATO, 2004).
Estudando a percepção podemos entender como ela pode interferir
seriamente nos processos de comunicação, podendo causar conflitos e distorções
do que está se comunicando, pois somos capazes de perceber, mas somos dotados
de percepções, crenças e valores diferentes.
FIGURA 5
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Morais (1992 p. 1321, apud Miranda 2005, p. 32) coloca que:
1. Estímulos biológicos;
2. Estímulos culturais;
3. Apreensão da realidade;
4. A história subjetiva do sujeito.
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contato com o seu meio ambiente e é na interação entre a sua base constitutiva e
este meio ambiente que sua personalidade será formada.
A evolução do homem surge a partir de uma dupla fonte: o desenvolvimento
dinâmico de suas próprias forças de crescimento e a interação destas forças com o
meio em que está inserido. O homem é um ser dinâmico, possuidor de uma história
e orientado para um futuro; e para compreendê-lo em sua totalidade é preciso levar
em consideração suas raízes e o futuro pelo qual ele tende.
A partir da base inata do seu ser o indivíduo não se contenta em sofrer
influência do seu meio ambiente, ele passa a agir também para modificá-lo. Com o
tempo e a evolução é estabelecida certa constância, subjacentes às variações mais
superficiais. A personalidade se organiza e se integra comportando aspectos físicos,
emotivos e intelectuais, suas capacidades, seus talentos, seus conhecimentos, suas
lembranças, os comportamentos aprendidos, suas atitudes, suas crenças, seus
hábitos e tendências, assim como sua capacidade de se relacionar com as pessoas
(AUGER, 1992).
Estes aspectos mais estáveis da personalidade exercem influência direta
sobre o desenvolvimento do ser humano, condicionado a sua maneira de perceber
e, portanto, de integrar seu próprio mundo interior ao ambiente. Cada um perceberá
a realidade a seu modo, conforme o que é e por meio dos filtros de sua
personalidade e de suas experiências anteriores. A realidade e extremamente
ambígua e somos nós que a interpretamos à nossa maneira e a damos sentido.
Como podemos perceber a subjetividade do sujeito é formada desde o seu
nascimento e todos os fatores presentes na construção da sua personalidade irão
definir a maneira deste sujeito se relacionar com as pessoas e com o meio social em
que está inserido.
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passa a se comunicar com o mundo, primeiro com a família nuclear, posteriormente
com outros membros e conforme vai se desenvolvendo seu meio social vai ficando
mais abrangente, assim como sua comunicação com o mundo. Para entendermos
melhor como funciona este mecanismo falaremos sobre o desenvolvimento
cognitivo.
Uma das teorias mais consistentes sobre o desenvolvimento cognitivo é a
Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget. Segundo Kay e Tasman
(2002, p. 46), “o estudo do desenvolvimento cognitivo proporciona uma perspectiva
da evolução da capacidade de pensar e de como a mente gera conhecimento a
partir da experiência”.
A forma pela qual a criança pensa, resolve problemas e compreende o
mundo fica mais complexa à medida que ela vai amadurecendo. A maturação
cognitiva é extremamente necessária para a aquisição da linguagem. Alterações no
pensamento moldam o curso e o nível final do desenvolvimento social, emocional e
moral.
Em sua teoria Piaget introduziu o conceito de esquemas, unidades de
cognição ou representações mentais internas que permite a criança responder de
maneira consistente e coordenada a uma grande variedade de situações análogas.
Estes esquemas podem ser modificados pelos processos de assimilação e
acomodação.
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interpretar estas características por meio de modalidades sensoriais – é
demostrada pela capacidade de fazer imitações nas expressões da face.
(KAY; TASMAN, 2002, p.46).
Um desenvolvimento importante durante este estágio é o crescimento de
uma consciência de permanência de objetos. “Durante os 12 e 18 meses de vida a
criança parece não ter consciência de que as coisas continuam a existir mesmo
depois de não estarem mais presentes no seu campo de visão, mas antes dos dois
anos este tipo de consciência já se manifestou”. (FONTANA 1998, p.70).
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subestágio intuitivo surgem as principais estruturas cognitivas, denominadas
egocentrismo, centração e irreversibilidade.
FIGURA 7
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FIGURA 8
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FIGURA 9
FIM DO MÓDULO I
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