APOSTILA 11 (Sobre Suicídio)
APOSTILA 11 (Sobre Suicídio)
APOSTILA 11 (Sobre Suicídio)
Allan Kardec
APOSTILA 11 (SUICÍDIO)
grupoallankardec.blogspot.com
Amigos(as), esta apostila explica, segundo a visão espírita,
onde nasce as dores e aflições, que tipo de planeta moramos,
as conseqüências de um suicídio, etc.
Esperamos esclarecer e alertar os que sofrem e pensam em
suicídio.
Que Jesus nos abençoe!
Prefácio
Provação: é uma aceitação consciente pelo devedor, que tem noção da culpa e
deseja repará-la.
O jornalista Datena, contou em uma entrevista, que seu filho era viciado em
drogas. Ele (Datena) não sabia mais o que fazer. Até que um dia, o filho foi
visitar Chico Xavier. O rapaz contou que, assim que Chico o abraçou, ele sentiu
alguma coisa sair dele. Desde este dia, o rapaz não usou mais drogas. . . .
Datena disse que não entende até hoje o que houve, mas será eternamente
agradecido à Chico Xavier.
Quantos não dizem que os viciados “não param porque não querem”, ou que
eles são “sem vergonha”, no entanto, muitas vezes, a obsessão é tão forte, que a
pessoa fica sob as ordens do espírito, sem ter força para se libertar. Viciados,
todos nós somos. E não é fácil controlar certos vícios que temos, como o de
magoar, de odiar, o de não perdoar, o de revidar ofensas, etc. Se não podemos
ajudar as pessoas no momento de aflição, não ajudemos a complicar.
Lembremos que calar os erros e falhas alheias, também é uma caridade.
TESTE DE VALOR
Ausculta o sofrimento
Sem revolta na alma.
O desespero agrava
Qualquer situação.
Toda prova que surge
É um alerta da vida.
As vicissitudes (mudança de coisas que se sucedem) da vida são de duas espécies, ou, se
assim se quer, tem duas fontes bem diferentes que importa distinguir: uma tem sua
causa na vida presente, outras fora dela.
Buscando a fonte dos males terrestres, se conhecerá que muitos são a conseqüência
natural do caráter e da conduta daqueles que os suportam, ou seja, muitos males são
conseqüências das ações daqueles que estão sofrendo.
Quantos homens tombam por suas próprias faltas! Quantos são vítimas de sua
imprevidência (desleixo) , de seu orgulho e de sua ambição!
Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por má conduta e por
não terem limitado seus desejos!
Ex: Gastam sem necessidade, por inveja, por ambição, por vaidade; não cuidam
aquilo que possuem; desperdiçam, etc.
Quantas uniões infelizes porque são de interesse calculado ou de vaidade, com as quais
o coração nada tem!
Ex.: Casam-se por dinheiro, por atração sexual, beleza física, etc., menos por
amor.
Quantas dissensões (diferenças de opiniões) e querelas (disputas) funestas (fatal) se teria
podido evitar com mais moderação e menos suscetibilidade (ressentimento).
Ex.: Fazem-se inimigos de familiares por acharem-se prejudicados na partilha de
bens; mortes por disputas esportivas; etc.
Quantos males e enfermidades são a conseqüência da intemperança e dos excessos de
todos os gêneros!
Ex.: Bebidas alcoólicas, cigarros, cólera, ódio, etc.
Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não combateram suas más tendências
no princípio! Por fraqueza ou indiferença, deixaram se desenvolver neles os germes do
orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que secam o coração; depois, mais tarde,
recolhendo o que semearam, se espantam e se afligem pela sua falta de respeito e
ingratidão.
Que todos aqueles que são atingidos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida,
interroguem friamente sua consciência; que remontem progressivamente à fonte dos
males que os afligem, e verão se, o mais freqüentemente, não podem dizer: "Se eu
tivesse, ou não tivesse, feito tal coisa eu não estaria em tal situação."
A quem, pois, culpar de todas as suas aflições senão a si mesmo? O homem é, assim,
num grande número de casos, o artífice dos seus próprios infortúnios; mas, ao invés de
o reconhecer, ele acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a
sorte, a Providência Divina, nos espíritos desencarnados, em alguém que supomos nos
querer mal; na chance desfavorável, sua má estrela, enquanto que sua má estrela está na
sua incúria (descuido).
Os males dessa natureza formam, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes
da vida; o homem os evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral, tanto
quanto para o seu aprimoramento intelectual.
Há males, nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que,
pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por
fatalidade. Assim, por exemplo, a perda de entes queridos e dos que sustentam a
família. Assim também os acidentes que nenhuma previdência pode evitar; os
revezes da fortuna, que frustram todas as medidas de prudência; os flagelos
naturais; e ainda as doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos
infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a
idiota, a imbecilidade etc.
Os que nascem nessas condições, nada fizeram, seguramente, nesta vida, para
merecer uma sorte triste, sem possibilidade de compensação, e que eles não
puderam evitar, sendo impotentes para modificá-las e ficando à mercê da
comiseração pública. Por que, pois, esses seres tão desgraçados, enquanto ao
seu lado, sob o mesmo teto e na mesma família, outros se apresentam
favorecidos em todos os sentidos?
Que dizer, por fim, das crianças que morrem em tenra idade e só conheceram da
vida o sofrimento? Problemas, todos esses, que nenhuma filosofia resolveu até
agora, anomalias que nenhuma religião pode justificar, e que seriam a negação
da bondade, da justiça e da providência de Deus, segundo a hipótese da criação
da alma ao mesmo tempo em que o corpo, e da fixação irrevogável da sua sorte
após a permanência de alguns instantes na Terra. Que fizeram elas, essas almas
que acabam de sair das mãos do Criador, para sofrerem tantas misérias no
mundo, e receberem, no futuro, uma recompensa ou uma punição qualquer, se
não puderam seguir nem o bem nem o mal
Entretanto, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, essas
misérias são efeitos que devem ter a sua causa, e desde que se admita a
existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa. Ora a causa sendo
sempre anterior ao efeito, e desde que não se encontra na vida atual, é que
pertence a uma existência precedente. Por outro lado, Deus não podendo punir
pelo bem o que se fez, nem pelo mal que não se fez, se somos punidos, é que
fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida, é que o fizemos em outra. Esta
é uma alternativa a que não podemos escapar, e na qual a lógica nos diz de que
lado está à justiça de Deus.
Os Espíritos não podem aspirar à perfeita felicidade enquanto não estão puros;
toda mancha lhes impede a entrada nos mundos felizes. Assim acontece com os
passageiros de um navio tomado pela peste, aos quais fica impedida a entrada
numa cidade, até que estejam purificados. É nas diversas existências corpóreas
que os Espíritos se livram, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provas da
vida fazem progredir, quando bem suportadas; como expiações, apagam as
faltas e purificam; são o remédio que limpa a ferida e cura o doente, e quanto
mais grave o mal, mais enérgico deve ser o remédio. Aquele, portanto, que
muito sofre, deve dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser curado logo.
Dele depende, por meio da resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não
perder os seus resultados por causa de reclamações, sem o que teria de
recomeçar.
O homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem. Se ele foi duro e desumano,
poderá ser, por sua vez, tratado com dureza e desumanidade; se foi orgulhoso,
poderá nascer numa condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se
empregou mal a sua fortuna, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau
filho, poderá sofrer com os próprios filhos; e assim por diante. É dessa maneira
que se explicam, pela pluralidade das existências e pelo destino da Terra, como
mundo expiatório que é, as anomalias da distribuição da felicidade e da
desgraça, entre os bons e os maus neste mundo.
Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento por que se passa neste mundo
seja necessariamente o indício de uma determinada falta; trata-se
frequentemente de simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a sua
purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de
prova, mas a prova nem sempre é uma expiação. Mas provas e expiações são
sempre sinais de uma inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não
precisa ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau
de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela
qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso quanto mais penosa tiver
sido a sua luta. Esses são, mais especialmente, os casos das pessoas de tendência
naturalmente boas, de alma elevada, de sentimentos nobres inatos, que parecem
nada trazer de mal de sua precedente existência, e que sofrem com resignação
cristã as maiores dores, pedindo forças a Deus para suportá-las sem reclamar.
Podem-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam
reclamações e levam à revolta contra Deus.
O sofrimento que não provoca murmurações pode ser, sem dúvida, uma
expiação, mas indica que foi antes escolhido voluntariamente do que imposto; é
a prova de uma firme resolução, o que constitui sinal de progresso.
O mentor espiritual está dizendo com todas as letras que não basta sofrer para
habilitar-se a futuro feliz.
É preciso sofrer com “finesse”, sem murmúrios, sem queixas, sem revolta nem
desespero.
O paciente revoltado, neurótico, que conturba o relacionamento familiar, cria
confusão, não está resgatando dívidas. Apenas as amplia, infernizando os
familiares.
Há enfermidades que guardam função de “depurativos da alma”, servem de
válvulas de escoamento de impurezas espirituais. Põem para fora os desajustes
que provocamos com comprometimentos morais em existências anteriores.
Para que nos recuperemos sem delongas, é fundamental evitarmos sentimentos
negativos, expressões de revolta e inconformação, que recrudesce o mal sem
reduzir o desajuste.
Geram dores que não redimem.
Apenas prolongam nossos padecimentos
7 – MORTE VIOLENTA
compilação de Rudymara
9 - PARA ONDE VAI O SUICIDA?
Cada espírito é uma história. Alguns suicidas sentem-se presos ao corpo de tal modo
que, leva-os a ver e sentir os efeitos da decomposição; outros vão para as regiões
umbralinas (região destinada a esgotamento de resíduos mentais); outros ainda, como
conta no livro “Memórias de um suicida”, tornam-se presas de obsessores, que as
vezes, também foram suicidas, entidades perversas e criminosas, que sentem prazer na
prática de vilezas, e que continuam vivendo na Terra ao lado dos homens,
contaminando a sociedade, os lares terrenos que não lhes oferecem resistências através
da vigilância dos bons pensamentos e prudentes ações. Esses infelizes unem-se,
geralmente, em locais pavorosos e sinistros da Terra, afinados com seus estados mentais
como: florestas tenebrosas, catacumbas abandonadas dos cemitérios, cavernas solitárias
de montanhas muitas vezes desconhecidas dos homens e até antros sombrios de
rochedos marinhos e crateras de vulcões extintos. Eles aprisionam, torturam por todas
as formas, desde maus tratos físicos e da obscenidade, até a criação da loucura para
mentes já torturadas por sofrimentos que já lhes são pessoais, etc.
É ERRADO MATAR-SE PARA SALVAR UMA VIDA? Sacrificar sua vida para
salvar outra, só sem intenção de morrer. Exemplo: bombeiro. Suicídio, nunca! Portanto,
deixemos claro que, só Deus tem o direito de retirar a vida. Deus não castiga o suicida, é
o próprio suicida quem se castiga, através de sua consciência pesada. O tribunal do
suicida (e de todos nós) é a sua própria consciência. Se o ato do suicida é covarde ou
corajoso, não podemos precisar, porque há casos de loucura, onde o suicida, por estar
em estado de demência, não pode avaliar o crime que está cometendo. No caso de
Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, diz Emmanuel, que ele não foi considerado
como suicida, uma vez que evitou uma guerra civil com sua morte. Como vemos, cada
caso é um caso. Por isso, aprendamos a não julgar pela aparência. Pois, não sabemos se
já fomos ou estamos sendo suicidas indiretos, ou seja, aquele que se mata devagarzinho,
todos os dias através de vícios, excesso alimentar, sexo desregrado, etc. Nossos sentidos
são primários e não temos direito de julgar. Só há um juiz, perfeito e infalível: DEUS.
Para nós cabe a caridade da prece à esses irmãos.
compilação de Rudymara
10 - SUICÍDIO – DESGOSTO DA VIDA
Na questão 943, de O Livro dos Espíritos, Kardec indagava qual seria a causa do
desgosto pela vida que se apoderava de certas pessoas sem causa aparente. Ao que os
Espíritos responderam: “Efeito da ociosidade, da falta de fé, e, às vezes, da saciedade
(...).” Analisemos individualmente cada item:
OCIOSIDADE: começa pela atitude mental invigilante, uma vez que, ao mantermos a
mente vazia de pensamentos nobres, estaremos oferecendo vasto campo a expressões
mentais intrusas de baixo teor, mormente aquelas que sinalizam para o desprezo pelo
maravilhoso dom da vida. Ociosidade no campo mental que se transforma facilmente
em inércia física, tornando a vida um campo infértil tomado por ervas daninhas como
os obsessores. Eis a razão pela qual as estatísticas demonstram que a incidência do
suicídio é maior entre pessoas desempregadas ou voluntariamente entregues a inação
(falta de ação, de trabalho, é a inércia). Joanna de Ângelis nos recomenda que:
“Tomemos cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade. Cabeça ociosa é
perigo a vista. Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala. Preenche-a
com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou trabalho que aguarda
oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . . O homem,
quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a
ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos
para o progresso. Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus
intervalos mentais, nas tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros
de alegria e paz. Hora Vazia, nunca!”
compilação de Rudymara
11 - RESUMO DO LIVRO "MEMÓRIAS DE UM SUICIDA"
Uma observação importante: O resgate não é igual para todos. Por exemplo:
Jerônimo, o amigo de Camilo, que se matou com um tiro no ouvido porque sua
empresa faliu, deixando esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica,
com o propósito de não formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir
à ruína financeira novamente, para ter que lutar com coragem; Camilo tornou-se
grande trabalhador no Vale dos Suicidas, e após 50 anos reencarnou para cegar aos 40
anos e desencarnar aos 60 anos. Como vemos, ambos deram um tiro no ouvido, mas o
resgate foi diferente.
Quando evocaram a mãe, esta gritava: "Quero ver meu filho . . ." Quero-o,
porque me pertence! . . ." ". . . Nada vale o amor materno? Tê-lo
carregado no ventre por nove meses; tê-lo amamentado; nutrido a
carne da sua carne; sangue do meu sangue; guiado os seus passos;
ensinado a balbuciar o sagrado nome Deus e o doce nome mãe; ter
feito dele um homem cheio de atividade, de inteligência, de
probidade, de amor filial, para perdê-lo quando realizava as
esperanças concebidas a seu respeito, quando brilhante futuro se lhe
antolhava! Não, Deus não é justo; não é o Deus das mães, não lhes
compreende as dores e desesperos . . ." ". . . Meu filho! Meu filho,
onde estás?"
Conta Divaldo: "Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um
suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a linha férrea, sob os vagões da
locomotiva e foi triturado. E o jornal, com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo
que aquele era um pai de dez filhos, um operário modesto.
Aquilo me impressionou tanto que resolvi orar por esse homem.
Comecei a orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de
advogado, e dizia:
- Meu Jesus, quem se mata (como dizia minha mãe), não está com o juízo no lugar. Vai ver que
ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe mais de cinco
minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial.
Passaram-se quase 15 anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse.
Um dia, eu tive um problema que me fez sofrer muito. Nessa noite cheguei à janela para
conversar com a minha estrela e não pude orar. Não estava em condições de interceder pelos
outros. Encontrava-me com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de faze-lo
por fora, aprendi a chorar para dentro. Fico aflito, experimento a dor, e as lágrimas não saem.
(Eu tenho uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não
consigo verter.)
Daí a pouco a emoção foi-me tomando, e, quando me dei conta, chorava.
Nesse meio tempo, entrou um Espírito e me perguntou:
- Por que você está chorando?
- Ah, meu irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um
problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para consolar os
outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos. Além do mais, não tenho esse direito;
aprendi a não reclamar e não me estou queixando.
O Espírito retrucou:
- Divaldo, e se eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará?
- Hoje nem me peça. Porque é o único dia que eu consegui faze-lo. Deixe-me chorar!
- Não faça isso - pediu. - Se você chorar eu também chorarei muito.
- Mas, por que você vai chorar? - perguntei-lhe.
- Porque eu gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor.
Como é natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia.
- Você me inspira muita ternura - prosseguiu - é o amor por gratidão. Há muitos anos eu me
joguei embaixo das rodas de um trem. E não há como definir a sensação eterna da tragédia. Eu
ouvia o trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando, sem
terminar nunca e sem nunca morrer. Quando acabava de passar, quando eu ia respirar,
escutava o apito e começava tudo outra vez, eternamente. Até que um dia escutei alguém
chamar pelo meu nome. Fê-lo com tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o
sofrimento logo voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter
cessação momentânea em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para agüentar
aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou. Transcorreu muito
tempo mesmo, para escutar a pessoa que me chamava. Dei-me conta, então, que a morte não
me matara e que alguém pedia a Deus por mim. Lembrei-me de Deus, de minha mãe, que já
havia morrido. Comecei a refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir
alguém dizendo: "Ele não fez por mal. Ele não quis matar-se." Até que um dia esta força tão
grande que me atraiu; aí eu vi você nesta janela chamando por mim.
- Eu perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim, com tanto
carinho, com tanta misericórdia? Mamãe surgiu e esclareceu-me:
- É uma alma que ora pelos desgraçados.
- Comovi-me, chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo
nome.
Obs: Note que eu nunca o vira, em face das diferenças vibratórias.
- Quando adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de 14 anos.
Lembrei-me de minha família e fui à minha casa. Encontrei a esposa blasfemando, injuriando-
me: "Aquele desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria. A minha filha é
hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi vender-se para tê-la. Meu filho é
um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para não enfrentar a
responsabilidade. Deixando-nos, ele nos reduziu a esse estado." Senti-lhe ódio terrível.
Depois, fui atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta como
mercadoria. Fui visitar meu filho na cadeia. Aí, Divaldo, eu comecei a somar às dores físicas a
dor moral, dos danos que o meu suicídio trouxe porque o suicida não responde só pelo gesto,
pelo ato de autodestruição, mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu
ato insensato, sendo tudo isso lançado a seu débito na lei de responsabilidades. Além de você,
mais ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho. Então hoje, que você
está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes, não sofra! Porque se
você se entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes? Se você agora
chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua alegria? Você não tem o
direito de sofrer; pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais.
Aproximou-se, me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou
demoradamente. Doridamente, ele chorou.
Igualmente emocionado, falei-lhe:
- Perdoe-me, mas eu não esperava comovê-lo.
- São lágrimas de felicidade. Pela primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso
reabilitar. Estou aprendendo a consolar alguém. E a primeira pessoa a quem eu consolo é
você."
Aliás, o fato que merece ser ressaltado nesta história, é que Divaldo não o auxiliou através da
sintonia mediúnica, visto que ele não foi trazido à reunião. O médium, porém, prestou-lhe
socorro por meio da prece.
Ah! O refrigério da oração! Possibilitou-lhe, de imediato, uma pausa (no torvelinho de seus
sofrimentos), numa fração de tempo, quando ouviu o seu nome e se sentiu balsamizado pelo
amor.
No livro "Obreiros da Vida Eterna", cap. XIV, Fabriciano contou para André
Luiz a história de uma jovem e respeitável senhora, atuante no campo da
benemerência social, que deparou-se com pequenas brigas com o esposo, e
tendo conhecimento da imortalidade da vida além do sepulcro, desejou
ardentemente morrer. Todas as leviandades do marido bastaram para que
maldissesse o mundo e a Humanidade. Não soube quebrar a concha do
personalismo inferior e colocar-se a caminho da vida maior. Pela cólera, pela
intemperança mental, criou a idéia fixa de libertar-se do corpo de qualquer
maneira, sem utilizar o suicídio direto. Não dava ouvidos aos conselhos e
advertências fraternas dos amigos espirituais a que se uniu pelo trabalho de
caridade. E tanto pediu a morte, insistindo por ela, entre a mágoa e a irritação
persistentes, que veio a desencarnar em manifestação de icterícia complicada
com simples surto gripal. Tratava-se de verdadeiro suicídio inconsciente, mas a
senhora, no fundo, era extraordinariamente caridosa e ingênua. Apesar disso,
não foi concedido qualquer autorização para que ela recebesse descanso e muito
menos auxílio especial em sua desencarnação. Mas, o diretor da comissão de
serviço, a que ela se afiliou, recolheu-a, por compaixão, já que não achou
aconselhável entregá-la a própria sorte, em face das virtudes potenciais de que
era portadora. Apesar de eficiente intercessão em benefício da infeliz, somente
puderam afastá-la das vísceras cadavéricas, em condições impressionantes e
tristes.
Para finalizar, Fabriciano explicou:
- Não frutifica a paz legítima sem a semeadura necessária. Alguém para gozar o
descanso, precisa, antes de tudo, merecê-lo. As almas inquietas entregam-se
facilmente ao desespero, gerando causas de sofrimento cruel.
Rudymara
16 – POR QUE ANDRÉ LUIZ FOI CONSIDERADO UM SUICIDA?
Compilação de Rudymara
17 – TODOS DESENCARNAM NA HORA CERTA?
Divaldo, conta que viu sua irmã suicida em desespero, após vinte anos
do suicídio, dizendo estar impregnada pelo veneno que havia ingerido.
Divaldo começou a pensar no que poderia fazer para atenuar o
sofrimento da irmã, tão querida ao seu coração. Ele orava muito pela
irmã, mas desejava fazer mais por ela.
Osvaldo, irmão de Divaldo, exercia na cidade de Feira de Santana, no
Estado da Bahia, o cargo de Delegado de Polícia.
Divaldo, certa vez, perguntou ao irmão qual o fato que mais o
impressionara em sua árdua carreira.
Osvaldo contou-lhe que o quadro mais triste que havia presenciado era a
situação das mulheres nos lupanares ou zona de meretrício como eram
chamados naquela época. Aquelas mulheres entregavam-se ao comércio
carnal, despreparadas para a vida e completamente sem proteção.
Contou-lhe que sua equipe policial, numa das “batidas” naquelas casas,
verificou que as pobres mulheres colocavam os filhinhos sob a cama,
cobrindo-os com lençóis e os obrigavam a ficar quietos para poderem
atender os clientes sobre a cama.
Divaldo foi com o irmão até a zona de meretrício daquela cidade e
reunindo as mulheres mais decadentes, já com o organismo corroído
pela sífilis e outras doenças, indagou-lhes o que ele poderia fazer-lhes
para atenuar a dor e a miséria em que viviam.
A grande maioria disse que gostaria de encontrar alguém que salvasse
seus filhos, principalmente as filhas de seguir tal “profissão”.
Uma outra moça implorou chorando:
- Seria tão bom se eu pudesse encontrar uma pessoa com misericórdia
que nos salvasse desta desgraça.
Divaldo, enternecido, prometeu que iria cuidar dessas pobres crianças e
de suas mães em homenagem à sua tão querida irmã Nair.
Pediu forças a Deus para poder levar à Mansão do Caminho todas
aquelas crianças. Eram catorze. Chegaram a ter trinta e seis crianças
através do tempo, filhas dessas pobres mulheres equivocadas. Algumas
delas conseguiram mudar de vida, ter uma profissão digna, graças à
orientação de Divaldo.
E os anos foram passando plenos de trabalho no ideal da caridade e
fraternidade.
Quando dona Ana Franco, mãe de Divaldo, desencarnou em 1972, a
irmã de Divaldo estava ao lado dela. E naquele momento, Nair
agradeceu à Divaldo por tudo que ele havia feito pelas mães e filhos
desamparados em seu nome.
Essa homenagem fez muito bem ao Espírito de Nair que passou a se
preparar para uma futura reencarnação.
Hoje ela já está reencarnada. Nasceu com lábios leporinos, resultado do
veneno que havia ingerido.
Nasceu debaixo de uma árvore, de uma mulher que não tinha marido.
Joanna disse para Divaldo:
- Veja Divaldo, através do mesmo mecanismo que você à homenageou,
ela veio (reencarnou) para agradecer.
2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza física e não espiritual, é outro engano. É uma
ilusão. A beleza física acaba, mas a beleza espiritual permanecerá para sempre. Além da
beleza física, muitos procuram o parceiro (a) pelo dinheiro e pelo sexo. Basta uma noite
de prazer efêmero e já dizem estar “amando”. Não é amor, é paixão. A paixão é
passageira, só o amor permanece em qualquer circunstância. Vemos muitos cultuando o
corpo físico, mas acabam com a saúde nas bebidas, nas comidas, nas noites, nas drogas,
no sexo desregrado, suicidam-se lentamente. Querem a beleza física para atrair um
parceiro (a). Vivem de ilusão.
Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que: “Muitos são os que
acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que,
obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram um
encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe
agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá
apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo, de
sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”
"Por fortíssimas razões não existem bases racionais que justifiquem o aborto
dos chamados “anencéfalos”, e os argumentos usados não apresentam
consistência científica, legal e muito menos ética. A começar que não existem os
“anencéfalos”, porque o termo “anencéfalo” (an + encéfalo) literalmente
significa ausência de encéfalo, quando se sabe que em verdade esses fetos
possuem alguma estrutura do encéfalo, como o tronco encefálico, o diencéfalo e,
em alguns casos, presença de hemisfério cerebral e córtex. O feto denominado
equivocadamente de “anencéfalo” possui preservada a parcela mais entranhada
do encéfalo, matriz, portanto do controle das funções viscerais, como:
batimentos cardíacos e capacidade de respirar por si próprio, ao nascer. Como
ainda são obscuros, para nós, os mistérios da relação cérebro-mente, não
podemos permitir que nossa ignorância seja a condutora de decisões
equivocadas como a do abortamento provocado desse feto." (Marlene Nobre,
médica e presidente da AME - Associação Médica Espírita do Brasil)
Compilação de Rudymara
22 – NÃO SOMOS COITADINHOS
Compilação de Rudymara
23 – A VERDADEIRA DESGRAÇA
Compilação de Rudymara
24 - VERSOS DE CORNÉLIO PIRES / PSICOGRAFIA DE
CHICO XAVIER
Richard Simonetti, conta uma estória que ilustra um outro tipo de suicídio, o
suicídio inconsciente:
“Um homem de 45 anos, dorme seu último sono. E a viúva, inconsolável, recebe
condolências . . . Muitos repetem as clássicas palavras: ‘Chegou sua hora . . .
Deus o levou! . . .’ Piedosa mentira! Aquele homem foi um suicida!
Aniquilou-se, lentamente, fazendo uso desse terrível corrosivo que se chama
irritação. Por falta de compreensão, favoreceu a evolução de distúrbios
circulatórios, culminando com a trombose coronária fulminante, que lhe
abreviou os dias! A máquina possuía vitalidade para mais vinte anos, no mínimo
. . . vinte anos perdidos na Escola da Reencarnação! Volta ao plano espiritual
enquadrado no suicídio inconsciente, que lhe imporá longo período de
perturbação e sofrimento nas regiões umbralinas. Segundo André Luiz, raros os
que atingem a condição de completistas, isto é, que aproveitam, integralmente,
as experiências humanas, estagiando na carne pelo tempo que nos foi
concedido.
Podemos citar como exemplo o próprio André Luiz, que no livro “Nosso Lar”
conta seu sofrimento.
Deus nos dá a vida para grandes coisas, e só Ele tem o direito de tirá-la.
Vejamos o que disse Chico Xavier, após uma reunião mediúnica na Comunhão
Espírita Cristã, em Uberaba: “Meus irmãos, quando eu psicografava o
livro “Nosso Lar”, tive, muitas vezes, a visão de milhares de Espíritos
que aguardavam, há longo tempo a oportunidade de reencarnar,
ansiosos pelo reajuste. Respeitemos o corpo que o Senhor nos
concedeu, porque não será fácil uma nova oportunidade.”
Muitos querem saber se o suicídio é um ato corajoso ou um ato covarde. Há os
que acham que o suicida é, antes de tudo, um egoísta, que pensa somente em
suas dores, ignorando as dores que irá causar em seus entes queridos. Mas não
podemos generalizar, porque há casos de loucura, onde o suicida, por estar em
estado de demência, não pode avaliar o crime que está cometendo; e há o caso
que nos conta o espírito Emmanuel de que Getúlio Vargas, ex-presidente do
Brasil, ao se matar, não foi considerado como suicida, uma vez que evitou uma
guerra civil com sua morte. Como vemos, cada caso é um caso, cabe à Deus
condenar ou absolver. Muitos perguntam também sobre o tempo que os
espíritos ficam nas regiões umbralinas. Não há previsão para este tempo, eles
ficam vagando até conseguirem harmonizar sua mente e entender o apoio que
está sendo dado a ele. Porque, como já dissemos, Deus não castiga o suicida, é o
próprio suicida quem se castiga. Portanto, isso varia de espírito para espírito.
E para encerrar, lembremos que o suicida é, antes de tudo, um solitário.
O certo seria, descobrirmos um meio de chegarmos à criatura solitária para ser
útil e benévolo, exercitando a caridade de saber ouvir, pois muitas vezes
levamos a sopa, a roupa, a palavra, mas não emprestamos os ouvidos para que
desabafem, para que tenhamos a oportunidade de ajudá-los.
E aos que já cometeram tal crime, levemos nosso pensamento de estímulo, de
paz, porque sabemos que a prece é de grande ajuda para eles.
Qual o vício socialmente aceito que afeta vinte milhões de brasileiros e mata
mais do que doenças como a AIDS? O ALCOOLISMO.
compilação de Rudymara
28 - AS DROGAS DEVEM SER LIBERADAS ?
Quando falamos em suicídio, logo imaginamos alguém colocando fim a sua vida
física através de envenenamento, tiro na cabeça ou na boca, corte nos pulsos,
enforcamento, etc., é o que chamamos de SUICÍDIO DIRETO OU
CONSCIENTE. Mas nos esquecemos que, há um suicídio lento e silencioso,
que chamamos de SUICÍDIO INDIRETO OU INCONSCIENTE. Este, é o
que mais mata. O suicídio indireto, é quando aniquilamos lentamente nosso
corpo físico, através: DA IRRITAÇÃO (causadora de distúrbio circulatório,
como entupimento de veias do coração); CALMANTES (a busca da
tranqüilidade artificial); ALUCINÓGENOS (a busca da euforia ilusória através
da maconha, cocaína, bebidas alcoólicas, etc.); O VÍCIO MENTAL COMO OS
HIPOCONDRÍACOS (que de tanto imaginar doença, ficam doentes); OS
MELANCÓLICOS (adoecem porque a parte psicológica está em baixa); OS
MALEDICENTES (se envenenam com o mal que julgam identificar nos
outros); OS REBELDES (os eternos inconformados com a vida); OS
APEGADOS A FAMÍLIA E BENS TERRENOS (passam a vida preocupados
em ter, em cuidar, em não perder, em não deixar ninguém lhe passar a perna);
OS EXCESSOS (à alimentação, ao cigarro, ao sexo desregrado, à bebida
alcoólica). Como vemos, as formas de suicídio são grande. André Luiz, através
da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja,
nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes
do previsto. E, no tempo atual, infelizmente, observamos o aumento da auto
aniquilação pelas drogas como: maconha, cocaína, heroína, crack, bebidas
alcoólicas (esta já é liberada), etc. Há muitos problemas causados pelo uso de
drogas, e muitos são os tipos de morte, a mais conhecida é a overdose, porque o
organismo se adapta aos efeitos da droga implicando a necessidade de aumentar
a dose para continuar obtendo resultados semelhantes. Muitos defendem a
droga dizendo: "Não estou prejudicando ninguém. A vida é minha e eu faço o
que quero com ela." Este discurso egoísta, mostra total ignorância no assunto. O
dependente de drogas, geralmente, envolve a família, a sociedade e torna-se
envolvido com a criminalidade, pois quando este fica sem condições financeiras
para adquiri-la, a consegue com o traficante, através do sistema de comissão nas
vendas; sem contar pequenos e grandes furtos, assaltos, muitas vezes, seguidos
de mortes, etc. Chegam a matar familiares para obter algo que possam vender e
sustentar seu vício. E com isso, traficantes se fortalecem, matando vidas de
maneira direta ou indireta, desagregando famílias e desequilibrando a
sociedade. Muitos acreditam também, que o usuário não deve ser punido. Mas é
o usuário que fortalece o traficante e, consequentemente, ambos fortalecem a
criminalidade. Se não houvesse usuário, não haveria traficante. O usuário
deveria ser encaminhado, obrigatoriamente, a um centro de recuperação, antes
de tornar-se violento, perigoso a sociedade. E os que já estão cometendo delitos
também. Hoje, o Governo deveria construir centros de recuperação como
constrói presídio.
Se todos acreditassem na reencarnação, saberiam que a vida não começa no
berço, não acaba no túmulo e que a lei é de Causa e Efeito, consequentemente,
abusariam menos da lei divina. Então, quando maltratamos nosso corpo físico,
geralmente, ressarciremos a mal causado através de doenças, assim como
desfrutaremos da saúde se dela cuidarmos. Aquilo que causamos, de bom ou de
mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o
efeito, nesta ou em outra encarnação. Por exemplo: o usuário de cigarro lesa
vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o
mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer
nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer,
asma, bronquite, etc. Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão,
provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam
pela vida saudáveis, estão plantando. Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por
exemplo: Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e,
um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável? Como dissemos, um está
colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está
plantando (o adulto). Como nos foi avisado: "O plantio é livre mas a colheita é
obrigatória".
Portanto, as drogas não devem ser liberadas, somos nós que
devemos nos libertar delas.
Compilação de Rudymara
29 - SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA
Todo efeito tem uma causa. Logo, deduzimos haver uma causa para que esses
espíritos vivam tal experiência, causa justa, levando-se em consideração a
infinita bondade e justiça de Deus.
Todos os obstáculos que não resultem de ações na vida atual procedem de
atitudes nas reencarnações passadas.
A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem nesta
condição, para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a
que ficam sujeitos, totalmente impossibilitados de se manifestarem
normalmente.
Os amigos espirituais alertam: a imensa maioria dos casos de crianças
portadoras de deficiência física e/ou mental são aqueles que se voltaram contra
si mesmos, buscando o fim de dificuldades, na porta ilusória do suicídio. Ou
então, são indivíduos que em encarnação passada abusaram da inteligência,
de seu saber, para o mal, para enganar os outros, explorando-lhes a ignorância
ou a boa-fé, inventores de engenhos de morte ou os que estragaram seus
corpos carnais cultivando o vício.
O remorso, aliado aos prejuízos causados pelo ato infeliz, faz que o espírito
não disponha de condições nem de méritos para reencarnar num corpo físico
isento de quaisquer lesões. Sabemos que o perispírito é um arquivo minucioso
e implacável de nossos menores atos bons e maus. Os excepcionais, quando
reencarnam, trazem gravados em seus cérebros espirituais o mal que
maquinaram contra seu próximo e, pela lei da causa e do efeito, contra si
mesmos. Porque, todo mal que praticarmos contra o próximo, somos nós
os primeiros lesados. Pois bem, para tirarem essa crosta maléfica que o
perispírito deles guardam, só há um meio: "reencarnarem". E o corpo de
carne funciona então como um filtro através do qual se escoará aquele lodo
moral que ali se formou; esse lodo só deixará a inteligência do excepcional
funcionar normalmente depois de se ter escoado por completo, ou seja,
limpado o perispírito porque, enquanto houver um resquício desse lodo moral
ali depositado, a inteligência não funcionará direito embaraçada por ele.
"QUAL A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA DÍVIDA?" Os pais, como em
qualquer ambiente doméstico, trazem vínculos profundos com seus filhos,
carregando uma parte dos motivos que ocasionaram a queda desses espíritos,
e, como tal, devem lutar e sofrer com eles. Por outro lado, podem ser espíritos
com grande capacidade de amar que voltaram a Terra, para amparar essas
criaturas em tão difícil experiência reparatória.
"QUAL A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA EXCEPCIONAL? Não pensemos que a
existência como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O
espírito sofre não poder manifestar-se, contudo mantém todas as suas
faculdades e gradativamente aprenderá a não utilizá-las mal. Crianças
excepcionais significam, muitas vezes, o retorno de grandes intelectuais,
gênios que caíram no orgulho e no abuso. Os mentores da vida maior
elucidaram a Kardec: "A superioridade moral nem sempre guarda
proporção com a superioridade intelectual". Sobretudo, quando fora do
corpo, tem - de acordo com o grau evolutivo de cada um - percepção da
situação e da prova a que estão submetidos. Chico Xavier elucida como se
sentem e como são tratadas: "Sentem e ouvem, registram e sabem de que
modo são tratadas; elas são profundamente lúcidas na intimidade do
próprio ser".
E QUANDO HÁ REJEIÇÃO DOS PAIS? Infelizmente, existem pessoas que se
julgam despreparadas para superarem determinados testes, passando a agir
de maneira irresponsável, fugindo às próprias obrigações para com os
mecanismos da lei de causa e efeito. Semelhante fuga ocasiona o
agravamento do problema, comprometendo toda a programação
reencarnatória, adiando, não raro, para muito longe, a reparação e a retomada
do crescimento espiritual. Quando Deus nos confiar semelhante tarefa,
utilizemos o recurso incondicional do Evangelho, a nos preparar e auxiliar em
quaisquer testes, superando, desde os menores obstáculos, até as montanhas
das grandes provas. Não fujamos dos testes que nos apresentam. Pais
espíritas, toda prova no lar é bafejo da confiança que desce dos "Céus",
gravando em nossos corações - à custa de lutas e alegrias, sofrimentos e
satisfação - a legenda divina do amor e da justiça, da bondade e da
misericórdia, que, proferida pelo meigo Rabi da Galiléia, ainda ecoa na acústica
de nossas almas: "Todas as vezes que isso fizestes a um destes mais
pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes".
Compilação de Rudymara
30 - SANTOS DUMONT FOI UM SUICIDA
Compilação de Rudymara