Gases e Vapores PDF
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Segurança do Trabalho
Saúde Ocupacional
GASES E VAPORES
1. Conceituação
4. Medidas de proteção
7. Bibliografia
Abril 2005
Segurança do Trabalho / Saúde Ocupacional 2
1. CONCEITUAÇÃO
- Vapor: é a fase gasosa de uma substância, que a 25°C e 760 mm de Hg é líquida ou sólida.
Exemplos: vapores d’água, vapores de gasolina, vapores de tolueno, etc.
Os gases ou vapores podem ser classificados segundo a sua ação sobre o organismo humano.
Assim, podem ser divididos em 3 grupos:
- Irritantes: produzem inflamações nos tecidos com que entram em contato direto, tais como
a pele, a conjuntiva ocular e as vias respiratórias.
Exemplos: ácido sulfúrico, cloro e gases nitrosos, etc.
- Asfixiantes: produzem o bloqueio dos processos vitais tissulares, causado pela falta de
oxigênio. A falta de oxigênio pode acarretar lesões definitivas no cérebro, em poucos
minutos.
Exemplos: hidrogênio, hélio, argônio, monóxido de carbono, etc.
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Os gases e vapores podem ser avaliados através de aparelhos que coletam e analisam a amostra
no próprio local de trabalho e denominados aparelhos de leitura direta, e através de aparelhos
que coletam amostra do ar ou do contaminante, para posterior análise em laboratório e
denominados amostradores.
Os aparelhos de leitura direta são aqueles que fornecem, imediatamente, no próprio local que
está sendo analisado, a concentração do contaminante. Estes aparelhos podem ser usados para a
avaliação de gases e vapores, e também, de alguns aerodispersóides. Eles podem ser divididos,
para estudo, em dois grandes grupos:
Embora esta divisão não seja muito clara, já que, na maioria dos métodos, misturam-se
fenômenos físicos e químicos, costuma-se chamar de métodos químicos de avaliação, aqueles
métodos de detecção da concentração de um poluente que se baseiam, principalmente, numa
reação química.
Os indicadores colorimétricos, aparelhos de leitura direta que utilizam métodos químicos, são
aqueles que fornecem a concentração existente no ambiente, pela alteração de cor ocorrida
devido à uma reação química.
Existem três tipos de indicadores colorimétricos:
Para se fazer passar o ar através do reagente, são utilizadas bombas aspiradoras, que tanto
podem ser do tipo pistão ou do tipo fole. É de fundamental importância que, antes de
iniciarmos qualquer amostragem, verifiquemos o estado de funcionamento destas bombas, para
detectarmos a existência de eventual vazamento ou obstrução. Os fabricantes sempre fornecem
informações quanto à forma de se fazer estes testes.
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Para cada substância ou, às vezes, para cada grupo funcional, existe um indicador específico.
A grande maioria das substâncias possuem tubos indicadores para a sua avaliação.
Como, muitas vezes, outras substâncias podem interferir na avaliação, por terem reação similar
à do contaminante que está sendo analisado, muitos tubos são fabricados com uma pré-camada,
onde são retiradas substâncias interferentes.
É o caso do tubo de benzeno, que tem uma pré-camada para separar o tolueno e o xileno.
Apesar de este método ser bastante prático e de fácil aplicação, este tipo de avaliação pode nos
levar a erros de até 20%. Por isso, ele só é válido, quando a concentração obtida for bem
abaixo ou bem acima do limite de tolerância, porque, assim, teremos certeza de que, mesmo
com uma margem de erro, estaremos abaixo ou acima deste limite.
No entanto, quando constatarmos que a concentração está próxima do limite de tolerância,
deveremos utilizar um método mais preciso de análise, para termos certeza de que a
concentração ultrapassa ou não o limite estabelecido.
As avaliações com os tubos indicadores deverão ser feitas sempre por técnicos treinados em
Saúde Ocupacional, que deverão atender, perfeitamente, todas as instruções que acompanham
cada conjunto de tubos específicos.
É importante salientarmos que, quando utilizarmos uma bomba aspiradora de determinado
fabricante, devemos, obrigatoriamente, utilizar os tubos ou filtros indicadores da mesma marca,
caso contrário poderemos obter concentrações com erros de até 50%.
Como já dissemos anteriormente, existem também aparelhos de leitura direta baseados em
princípios físicos.
Estes aparelhos, normalmente, são bastante específicos e requerem muitos cuidados em sua
calibração.
Devido a cada equipamento servir, geralmente, para a detecção de uma única substância, nem
sempre eles são de grande aplicabilidade, pois uma empresa em que haja vários contaminantes
precisará ter uma grande quantidade de equipamentos.
Muitas vezes, estes equipamentos baseados em princípios físicos são utilizados como aparelhos
de análise em laboratório. Isto é, toma-se uma amostra-campo que é lançada neste equipamento
em laboratório. É o caso específico do cromatógrafo.
Outras vezes, os aparelhos possuem boa portabilidade, o que permite uma fácil utilização em
campo. É o caso do Indicador Portátil de Monóxido de Carbono, que fornece a concentração do
CO através da deflexão de um ponteiro.
3.2. Amostradores
Basicamente os amostradores são de dois tipos: os que coletam amostras de ara total, isto é, ar
mais contaminante e os que coletam apenas contaminantes.
Após a amostragem dos gases e vapores, a determinação da concentração ambiental deverá ser
feita através de análise química ou através de instrumentos de laboratório de alta precisão , tais
como cromatógrafos, espectrofotômetros de infravermelho, espectrofotômetros de absorção
atômica, etc.
3.2.1.1. Generalidades
Estes amostradores coletam volume conhecido de ar contaminado para posterior análise dos
contaminantes, através de métodos químicos ou instrumentais.
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Os métodos de análise em laboratório deverão ser sensíveis, pois neste tipo de amostragem,
como a coleta é de ar total e os frascos têm dimensões limitadas, a quantidade de contaminante
amostrada é relativamente pequena.
Este tipo de amostrador não é recomendável para coleta de poeiras e fumos metálicos, pois
estes podem se depositar nas superfícies internas do equipamento.
A amostragem de ar total pode ser feita por dois princípios básicos descritos a seguir
a) Deslocamento de ar
b) Deslocamento de líquidos
3.2.2.1. Generalidades
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Como os gases e vapores formam uma mistura homogênea com o ar, não se separam deste
através de meios mecânicos. Assim, a amostragem dos mesmos pode ser feita, ou por coleta de
ar total (descrito anteriormente), ou por separação dos contaminantes gasosos, através da
retenção destes em meio sólido ou líquido ou, ainda, por condensação destes gases e vapores.
Quando a concentração do contaminante a ser analisado for da ordem de partes por milhões
(ppm), devemos dar preferência a um dos métodos de separação do contaminante do ar,
descritos a seguir.
isso, há uma maior facilidade de absorção. Por esta razão, quando precisamos coletar
gases e vapores com baixa solubilidade ou com reação muito lenta, é utilizado este tipo
de amostrador. Para se obter a mesma eficiência do absorvedor de múltiplo contato,
seria necessária a colocação de vários absorvedores simples em série.
c) Condensação
Absorção Borbulhadores
(retenção do contaminante (impactadores ou
em meio líquido) impinger)
Bomba de sucção mais
Amostradores que separam o Adsorção
tubo contendo material
contaminante do ar (retenção do contaminante
adsorvente (carvão
(coletam apenas o contaminante) em meio sólido)
ativado, sílica, gel)
Condensação
(mudança do estado gasoso Condensadores
para o estado líquido)
4. MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Da mesma forma que para Aerodispersóides, existem várias medidas relativas ao meio e ao
homem que podem ser aplicadas para eliminar ou atenuar os efeitos de gases e vapores tóxicos.
Algumas delas seriam: substituição de agentes nocivos, ventilação geral diluidora ou exaustora,
segregação, manutenção de equipamentos do controle, exames médicos periódicos, limitação do
tempo de exposição e utilização de EPI. Maiores detalhes podem ser obtidos na apostila sobre
Aerodispersóides.
O controle de gases e vapores produzidos pela indústria é mais complexo e não tão satisfatório
quanto ao controle de materiais particulados. Entre os principais métodos de controle incluem-
se:
- Combustão
- Absorção
- Adsorção
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7. BIBLIOGRAFIA
- Riscos Químicos
Fundacentro
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