Alavancagem Operacional

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 71

ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO

Análise do ponto de equilíbrio que às vezes é chamada de análise de relação


custo-volume-lucro, é importante para a empresa, já que lhe possibilita:

1. Determinar o nível de operações que precisa manter para cobrir todos os


custos operacionais

2. Avaliar a lucratividade associada a vários níveis de vendas

Para entender a análise do ponto de equilíbrio é necessário analisar mais


profundamente os custos operacionais da empresa.
TIPOS DE CUSTOS

Os custos das mercadorias de vendas e as despesas operacionais da empresa


contém componentes de custos operacionais fixos e variáveis.

Os 03 tipos de custos resultantes são definidos adiante.

Custos fixos: Estes custos são tomados em função do tempo, não das vendas e
em geral são contratuais.

Custos variáveis: Estes custos variam diretamente com as vendas da empresa.


Estão em função do volume de vendas, não do tempo.

Custos semivariáveis: Os custos semivariáveis são parcialmente fixos e


variáveis.
ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO
A análise do ponto de equilíbrio é um método para determinar o ponto em
que as vendas vão apenas cobrir os custos - isto é, o ponto em que a empresa
vai equilibrar-se, servindo também para demonstrar a magnitude dos lucros
ou perdas da empresa se as vendas ultrapassarem ou caírem para um nível
abaixo desse ponto.

A análise de equilíbrio é importante no processo de planejamento porque a


relação custo-volume-lucro pode ser consideravelmente influenciada pela
proporção do investimento da empresa em ativos que são fixos, e as
mudanças na relação entre ativos fixos e variaveis são determinadas quando
se estabelecem os planos financeiros.

Um volume suficiente de vendas deve ser antecipado e atingido para que os


custos fixos e variáves sejam cobertos, senão a empresa enfrentará perdas.

Em outras palavras, para que uma empresa evite perdas contábeis, suas
vendas devem cobrir todos os custos – os que variam diretamente com a
produção e os que não mudam à medida que mudam os níveis de produção.
FORMATO DE UMA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
ALAVANC.OPERACIONAL: Receita de vendas
Menos: Custo das mercadorias vendidas
Lucro Bruto
Menos:Despesas operacionais
Lucro antes de juros e imposto de renda( LAJIR)

ALAVANC. FINANCEIRA: Menos:Despesa de juros


Lucro antes do imposto de renda(LAIR)
Menos :Provisão para imposto de renda
Lucro líquido do exercicio
Menos:Dividendos das ações preferênciais
Lucro disponível para acionistas comuns

A alavancagem operacional é determinada pela relação entre as receitas de


vendas da empresa e seu lucro antes de juros e imposto de renda.

A alavancagem financeira é determinada pela relação entre o lucro antes de


juros e imposto de renda e o lucro disponível aos acionistas comuns da
empresa.
VOLUME DE VENDAS NO PONTO DE EQUILÍBRIO
PONTO DE EQUILÍBRIO CALCULADO ALGÉBRICAMENTE

S= p x q
S= (vendas totais)
P= preço de venda por unidade
Q= volume de vendas em unidade

Custo operacional total = F + VQ


F = custo fixos
V= vendas variáveis por unidade
P= preço por unidade

No ponto de equilíbrio as vendas e os custos operacionais totais são iguais:

S = CT
PQ = F + VQ
OU Q = F / P-V
Suponha que uma empresa tivesse custos operacionais fixos de $2.500,0, que
o preço de venda por unidade do produto fosse $10,00 e que o custo
operacional variável por unidade fosse $5,0.

Aplicando a equação, obtém-se:

X = $2.500/$10 = $2500/$5 = 500 unidades

Vendendo 500 unidades ou $5.000( isto é, $10x500 unidades), o LAJIR da


empresa deve se igualar extamente a zero.

A empresa tera um LAJIR positivo para vendas superiores a 500 unidades e


um LAJIR negativo, ou um prejuízo, para vendas inferiores a 500 unidades.
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL

X= volume de vendas em unidades


p= preço de venda por unidade
F= custo operacional fixo por período
v= custo operacional variável por unidade

LAJIR = RV - CF(oper) - CV(oper)


LAJIR= (p.X) - F - (v.X)
LAJIR = X(p-v) - F

O ponto de equilíbrio operacional da empresa é definido como o nível de


vendas onde todos os custos operacionais fixos e variáveis são cobertos; isto é,
o nível em que o LAJIR iguala-se a zero. Tornando o LAJIR igual a zero e
solucionando a equação para o volume de vendas da empresa, X, obtém-se:

X = F/p-v

Esta equação é usada para achar o volume de vendas, X, no ponto de equilíbrio.


GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Receitas e Custos
($mil)
280

240 Receitas de vendas (PQ)

200 Receita total de vendas

Lucro operacional(LAJIR)

160
Custos operacionais totais
120
Spe 100 Custos variaveis
Perda operacional
80 Ponto de equilibrio (LAJIR = 0)

40
Custos fixos Totais(F)

20 30 40 50 60 70 80 100 110 120 130 140

Qpe Unidades Produzidas e Vendidas (Q)


(Milhares)
Preco de venda = $2,0
Custos fixos = $40.000
Cv = $1.20 por unidade
CVT = cvx(quantidade de unidades vendidas)= 1.2xQ
CT = Cf + CV=$40.000 + 1.2Q

Vendas = custos

2Qpe = 40.000 + 1.2 Qpe


Q=50.000 unidades

Ou Qpe = F/P-v = 40.000/2-1.2= 40.0000.8 = 50.000 unidades, logo

(Receita de Vendas)Spe=Pqpe = 2(50.000)=100.000

Confirmando: LAJIR = x(p-v) – F = 50.000(2-1,2) - 40.000 = zero


A análise do ponto de equilíbrio baseada em valor das vendas, em vez de
unidades de produção, é útil para determinar o volume monetário de equilíbrio
de uma empresa que vende muitos produtos à preços variáveis.

Essa análise requer que sejam conhecidas as vendas totais, os custos fixos totais
e os custos variáveis totais, a um dado nível de vendas.

O volume monetário de equilíbrio então é calculado como:

Spe = CF/1- cv/vendas


FÓRMULA 1 - DE CÁLCULO DO PE

Custos Operacionais Fixos


PE=
Preço de venda por unidade - Custo Variável por unidade

O resultado indica quantas unidades precisarão ser vendidas pela


empresa para cobrir seus custos operacionais, ou seja : quando
esse volume de vendas for atingido, a empresa terá coberto os
seus custos operacionais fixos, bem como os custos variáveis
correspondentes às unidades vendidas.
EXEMPLO DE CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
. Custos Operacionais Fixos ( Totais ) ............................R$ 12.000,00
. Preço de Venda por Unidade .........................................R$ 50,00
. Custo Variável por Unidade ...........................................R$ 20,00

CALCULANDO ENTÃO:

12.000,00
PE= = 400 Unidades.
50,00 - 20,00

O resultado indica que será necessário a empresa vender 400 unidades para
cobrir seus custos operacionais.
UMA OUTRA MANEIRA DE ANALISARMOS O PONTO DE EQUILÍ
EQUILÍBRIO
DE UMA EMPRESA, CONSIDERA OS VALORES TOTAIS DA
RECEITA DE VENDAS, DOS CUSTOS FIXOS E DOS CUSTOS
VARIÁ
VARIÁVEIS:

FÓRMULA 2

CUSTOS FIXOS
PE=
RECEITA TOTAL - CUSTOS VARIÁVEIS
EXEMPLO :
. RECEITA TOTAL ......................................... R$ 75.000,00
. CUSTOS FIXOS ........................................... R$ 20.000,00
. CUSTOS VARIÁVEIS .................................. R$ 25.000,00

20.000,00
PE= = 0,40, ou seja 40%
75.000,00 - 25.000,00

O RESULTADO REPRESENTA QUE O PONTO DE EQUILÍBRIO SERÁ ALCAN-


ÇADO QUANDO A EMPRESA ATINGIR 40 % DAS VENDAS. ADMITINDO-SE QUE
A RECEITA TOTAL CORRESPONDA A 2.500 UNIDADES E, CONSEQUENTEMEN-
TE, O PREÇO UNITÁRIO DE VENDA A R$ 30,00, TERÍAMOS :

PE = 0,40 X 2.500 = 1.000 UNIDADES X R$ 30,00 = R$ 30.000,00


Assim, quando a empresa atingir $ 30.000,00 de vendas, cobrirá os
seus custos fixos e os custos variáveis correspondentes às
unidades vendidas.
Aplicando-se à primeira fórmula, os valores da segunda fórmula, é
possível demonstrar a identidade entre as mesmas :

.CUSTOS OPERACIONAIS FIXOS ................................ $ 20.000,00


.PREÇO DE VENDA POR UNIDADE ............................. $ 30,00
.CUSTO VARIÁVEL POR UNIDADE .............................. $10,00(*)

(*) o custo variável por unidade corresponde a 1/3 do preço de venda,


uma vez que os custos variáveis totais, correspondem a 1/3 da
receita total.
( $ 25.000,00 – custos variáveis / $ 75.000,00 – receita total ) ( $ 10,00 –
custo variável / $ 30,00 preço de venda )
- ENTÃO :
20.000,00
PE = = 1.000 UNIDADES
30,00 - 10,00

Conclui-se que a análise do ponto de equilíbrio , tanto pode ser do ponto de


vista de unidades vendidas (fórmula 1), como em termos de receita de
vendas (fórmula 2), dependendo da preferência do analista ou da
disponibilidade de dados.
GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO.
$
RT = 75.000,00
CV = 25.000,00
CF = 20.000,00

PONTO DE
EQUILÍBRIO

LUCRO

30.000,00 CV
RT
PREJUÍZO CT
CF

1.000 und. Q
3 IMPORTANTES TIPOS DE DECISÕES DE NEGÓCIOS.
(1) Quando estamos tomando decisões sobre novos produtos, a análise de
ponto de equilíbrio pode ajudar a determinar quanto devem ser as vendas
de um novo produto para que a empresa seja lucrativa.

(2) A análise de ponto de equilíbrio pode ser usada para estudar os efeitos de
uma expansão geral no nível das operações: uma expansão faria com que
os níveis dos custos fixos e variáveis se elevassem, mas também
aumentaria as vendas esperadas.

(3) Quando a empresa está pensando em projetos de modernização e


automação, nos quais os investimentos fixos em equipamentos são
aumentados a fim de reduzir os custos variáveis, particularmente os custos
de mão de obra, a análise de ponto de equilíbrio pode ajudar a
administração a analisar as consequências desses projetos.
ALTERAÇÃO DAS RELAÇÕES DE CUSTO E DO PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio da empresa é sensível a inúmeras variáveis,


especificamente custos operacionais fixos (F), o preço unitário de venda (p), e
custo operacional variável unitário (v).

Os efeitos de aumento ou diminuições em cada uma dessas variáveis sobre o


ponto de equilíbrio poderão ser prontamente identificados, se for considerado
a equação :

X= F / p-v

A sensibilidade das vendas no ponto de equilíbrio (X ) a um aumento em cada


uma dessas variáveis está resumida nas tabelas seguintes.
SENSIBILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DEVIDO A AUMENTOS NAS VARIÁVEIS
QUE AFETAM O PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL

VARIÁVEIS CUSTO PREÇO CUSTO OPERACIONAL PONTO RECEITA EFEITO


OPERACIONAL DE VARIÁVEL DE DE SOBRE
FIXO VENDA POR UNIDADE EQUILÍBRIO VENDAS PONTO
(F) UNITÁRIO (v) DE
(P) EQUILÍBRIO
REDUZ $1.500 $10,00 $5,00 300 UNI $3.000 DIMINUI

REDUZ $2.500 $10,00 $3.00 357,14UNI $3.571 DIMINUI

AUMENTO $2.500 15,00 $5.00 250 UNI $3.750 DIMINUI

ATUAL $2.500 $10,00 $5,00 500 UNI $5.000 ZERO

AUMENTO $3.000 $10,00 $5.00 600 UNI $6.000 AUMENTO

AUMENTO $2.500 $10,00 $6,00 625UNI $6.250 AUMENTO

REDUZ $2.500 $7,00 $5,00 1.250 UNI $8.750 AUMENTO

X = F(custo operacional fixo) / p(preço de venda por unidade) - v( custo operacional variável por unidade)
SENSIBILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DEVIDO A AUMENTOS NAS VARIÁVEIS
QUE AFETAM O PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL
ALTERAÇÕES NO PREÇO DE VENDA
CUSTO PREÇO CUSTO OPERACIONAL PONTO RECEITA LAJIR
OPERACIONAL FIXO DE VARIÁVEL DE DE
(F) VENDA UNITÁRIO POR UNIDADE EQUILÍBRIO VENDAS
(P) (v) X=F/p-v pxq

$2.500 $7 $5,00 1.25 UNI $8.750,00 1250(7-5)-2500=


ZERO
$2.500 $8 $5,00 833,33 $6.666,64 833,33(8-5) –2500=
ZERO
$2.500 $10,00 $5,00 500 UNI $5.000 500(10-5) – 2500 = zero

$2.500 $15 $5,00 250 $7.500 250(15-5)-2500=


ZERO
$2.500 $20 $5,00 166,67 $10.000 166,67(20-5) –2500=
ZERO
$2.500 $25 $5,00 125 $12.500 125(25-5) –2500 =
ZERO
$2.500 $30 $5,00 100 $15.000 100(30-5) – 2500=
ZERO
$2.500 $35 $5,00 83,33 $17.500 83,33(35-5)-2500=
ZERO
$2.500 $40 $5,00 71,42 $20.000 71,42(40-5)-2500=
ZERO
SENSIBILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DEVIDO A AUMENTOS NAS VARIÁVEIS
QUE AFETAM O PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL
ALTERAÇÕES NO CUSTO VARIÁVEL
CUSTO PREÇO CUSTO OPERACIONAL PONTO RECEITA LAJIR
OPERACIONAL FIXO DE VARIÁVEL DE DE
(F) VENDA POR UNIDADE EQUILÍBRIO VENDAS
UNITÁRIO (v) X=F/p-v pxq
(P)

$2.500 $10,00 $2,00 312,50UNI $3125,00 312,50(10-2) –2500=


ZERO
$2.500 $10,00 $3,00 357,42 $3.574,42 357,42(10-3)-2500=
ZERO
$2.500 $10,00 $4,00 416,67 $4.166,7 416,67(10-4)-2.500 =
ZERO
$2.500 $10,00 $5,00 500 UNI $$5.000 500(10-5) –2500=
ZERO
$2.500 $10,00 $6,00 625 $6.250 625(10-6)-2.500=
ZERO
$2.500 $10,00 $7,00 833,33 $8.333,33 833,33(10-7)-2.500=
ZERO
$2.500 $10,00 $8,00 1.250 $12.500 1.250(10-8) – 2.500=
ZERO
$2.500 $10,00 $9,00 2.500 $25.000 2.500(10-9) –
2.500=ZERO
SENSIBILIDADE DO PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DEVIDO A AUMENTOS NAS VARIÁVEIS
QUE AFETAM O PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL
ALTERAÇÕES NO CUSTO FIXO
CUSTO PREÇO CUSTO OPERACIONAL PONTO RECEITA LAJIR
OPERACIONAL FIXO DE VARIÁVEL DE DE
(F) VENDA POR UNIDADE EQUILÍBRIO VENDAS
UNITÁRIO (v) X=F/p-v pxq
(P)

$1.000 $10,00 $5,00 200UNI $2.000 200(10-5)-1000=


ZERO
$1.500 $10,00 $5,00 300 $3.000 300(10-5) – 1.500=
ZERO
$2.000 $10,00 $5,00 400 $4.000 400(10-5)-2000=
ZERO
$2.500 $10,00 $5,00 500 $5.000 500(10-5)-2500=
ZERO
$3.000 $10,00 $5,00 600 $6.000 600(10-5)-3000=
ZERO
$3.500 $10,00 $5,00 700 $7.000 700(10-5)-3.500=
ZERO
$4.000 $10,00 $5,00 800 $8.000 800(10-5)-4.000=
ZERO
$4.500 $10,00 $5,00 900 $9.000 900(10-5)-4.500=
ZERO
RESUMO

PREÇO DE VENDA ( CV E CF CONSTANTES)


SE AUMENTA = PONTO DE EQUILÍBRIO DIMINUI
SE DIMINUI = PONTO DE EQUILÍBRIO AUMENTA

CUSTO VARIÁVEL (PV E CF CONSTANTES)


SE AUMENTA = PONTO DE EQUILÍBRIO AUMENTA
SE DIMINUI = PONTO DE EQULÍBRIO DIMINUI

CUSTO FIXO ( PV E CV CONSTANTES)


SE AUMENTA = PONTO DE EQUILÍBRIO AUMENTA
SE DIMINUI = PONTO DE EQUILÍBRIO DIMINUI
LIMITAÇÕES DA ANÁLISE DE PONTO DE EQUILÍBRIO

1.A função da receita total da fórmula é baseada na suposição


de que o preço por unidade é constante, independentemente do
volume de vendas e de produção. Isso é realista?

2. É realista esperar que o custo variável por unidade seja


constante em todos os níveis de produção?

3. A empresa poderia considerar a mudança de seu nível de


custos fixos?
ALAVANCAGEM
OPERACIONAL

INDICA A CAPACIDADE DA EMPRESA


DE AUMENTAR SEUS LUCROS COM O
ACRÉSCIMO DE VENDAS E COM APOIO
EM DETERMINADO NÍVEL DE CUSTOS
OPERACIONAIS FIXOS.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL

A alavancagem operacional resulta da existência de despesas operacionais


fixas no fluxo de lucros da empresa. Por definição, esses custos fixos não
variam com as vendas; precisam ser cobertos, independente do montante de
receitas disponíveis.

A alavancagem operacional pode ser definida como a capacidade de usar


custos operacionais fixos para aumentar os efeitos das variações em vendas
sobre o LAJIR.

Quando uma empresa tem custos operacionais fixos, a alavancagem


operacional existe.

Um aumento em vendas resulta num acréscimo além do que o proporcional


no lucro antes de juros e imposto de renda, enquanto que uma queda em
vendas ocasiona uma diminuição que ultrapassa aquela que seria
proporcional no lucro antes dos juros e imposto de renda.
LAJIR PARA VÁRIOS NÍVEIS DE VENDAS

Caso2 Caso 1
-50% +50%

Vendas(em unidades) 500 1.000 1.500

Receita de vendas $5.000 $10.000 $15.000

Menos:Custos 2.500 5.000 7.5000


operacionais variáveis*
Menos:Custos 2.500 2.500 2.500
operacionais fixos*
LAJIR $0 $ 2.500 $ 5.000

-100% +100%

Receita de vendas = $10 unidades x vendas em unidades

Custos operacionais variáveis = $5/unidades x vendas em unidades


CUSTO PREÇO DE CUSTO PONTO % CRESC. RECEITA LAJIR % CRESC
OPERACIONAL FIXO VENDA OPERACIONAL DE DE VENDAS DO
(F) UNITÁRIO VARIÁVEL EQUILÍBRIO VENDAS LAJIR
(P) POR UNIDADE Unidades
(v) vendidas

$2500 $10,00 $2.500 500 -50% $5.000 -100%

$2.500 10,00 $5.00 1.000 - $10.000 1000(10-5)-2500= -


2500
$2.500 $10,00 $5,00 1.500 50% $15.000 1.500(10-5)-2500= 100%
7500-2500=
5000

1.Um aumento de 50% em vendas de (1.000 para 1.500 unidades) resulta num acréscimo de 100%
no lucro antes de juros e ir ( de $2.500 para $5.000)
2.Uma queda de 50% em vendas ( de 1.000 para 500 unidades) resulta numa diminuição de 100% no
lucro antes dos juros e ir( de $2.500 para zero).

Esses dois casos mostram que a alavancagm operacional funciona em ambas as direções e
demonstram que quando uma empresa tem custos operacionais fixos, a alavacagem operacional
existe.

Um aumento em venda resulta num acréscimo além do que proporcional no lucro antes de juros e
ir, enquanto que uma queda em vendas ocasiona uma diminuição que ultrapasssa aquela que seria
proporcional no lucro antes dos juros e ir.
VARIAÇÕES NO CUSTO FIXO E ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Caso2 Caso 1
-50% +50%

Vendas(em unidades) 500 1.000 1.500

Receita de vendas $5.000 $10.000 $15.000

Menos:Custos 2.250 4.500 6.750


operacionais variaveis*
Menos:Custos 3.000 3.000 3.000
operacionais fixos*
LAJIR $ -250 $ 2.500 $ 5.250

-110% 110%

Receita de vendas = $10 unidades x vendas em unidades

Custos operacionais variaveis = $4.5/unidades x vendas em unidades


CUSTOS FIXOS E ALAVANCAGEM OPERACIONAL
Substituição de custos operacionais variáveis por fixos

Redução do custo operacional variável de $5 por unidade para $4,5;


enquanto os custos operacionais fixos são aumentados para $3.000

CUSTO PREÇO DE CUSTO PONTO DE % RECEITA LAJIR % CRESC.


OPERACIONAL VENDA OPERACIONAL EQUILÍBRIO CRESCIMENT VENDAS DO LAJIR
FIXO(F) UNITÁRIO VARIÁVEL POR Unidades O DE VENDAS
(P) UNIDADE(v) vendidas

$3.000 $10,00 $4.5 500 -50% $5.000 500(10- -110%


4,5)-3000=
$-250
$3.000 10,00 $4.5 1.000 - $10.000 1000(10- -
4.5)-3000=
$2.500
$3.000 $10,00 $4.5 1.500 50% $15.000 1.500(10- 110%
4,5) -3000=
$5.250
ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO E A ALAVANCAGEM OPERACIONAL
Receita de vendas

16.000

14.000 Custos operacionaL


LAJIR2
($5.000)

12.000
JI R
LA
Custos/receitas ($)

10.000
8.000 LAJIR1
($2.500)

6.000
PE

5.000
4.000
Custos Operacional Fixo
izo

2.500
eju
Pr

2.000 X1

0 500 1000 1500 2000 2500


0 X2

$10.000 $20.000
VENDAS($)
Quanto maior forem os custos operacionais fixos relativo aos variáveis, tanto maior
será o grau de alavancagem operacional.

Uma vez que a alavancagem é uma faca de dois gomes – aumenta tanto prejuízos
como lucros – a alteração na estrutra de custos através de maiores custos fixos tende
a elevar a magnitude de prejuízos potenciais.

Em troca dos maiores níveis de risco do negócio, a empresa consegue maior


alavancagem operacional. A vantagem disso é que o LAJIR da empresa cresce a uma
taxa mais acelerada para um dado acréscimo nas vendas em unidades. O
administrador financeiro precisa decidir sobre o nível de risco do negócio que é
tolerável. Ele pecisa reconhecer a relação existente entre o risco e retorno.

Na medida em que o administrador aumenta a alavancagem operacional; através de


maiores custos fixos operacionais, eleva-se o volume de venda necessário ao ponto de
equilíbrio operacional; porém, o grau pelo qual maiores vendas elevam o LAJIR,
também cresce.

Em outras palavras, justifica-se maior risco do negócio com base nos maiores retornos
que se espera resultem do aumento das vendas. O administrador financeiro é o
responsável por tomar decisões consistentes com a manutenção de um nível desejado
de alavancagem operacional.
NO QUADRO A SEGUIR, VEREMOS OS EFEITOS DAS VARIAÇÕES DE
VENDAS SOBRE O LUCRO OPERACIONAL, TOMANDO-SE DIFERENTES
PERCENTUAIS DE AUMENTOS E DIMINUIÇÕES :
( * ) ANTES DAS DESPESAS FINANCEIRAS.

ALAVANCAGEM SITUAÇÃO 60% 50% 40%


OPERACIONAL 1 BÁSICA
VENDAS TOTAIS 75.000 120.000 112.500 105.000
CUSTOS VARIÁVEIS 25.000 40.000 37.500 35.000
CUSTOS FIXOS 20.000 20.000 20.000 20.000
(*) LUCRO OPERACIONAL 30.000 60.000 55.000 50.000
VARIAÇÃO DO LUCRO X 100% 83% 66%

ALAVANCAGEM SITUAÇÃO -40% -50% -60%


OPERACIONAL 1 BÁSICA
VENDAS TOTAIS 75.000 45.000 37.500 30.000
CUSTOS VARIÁVEIS 25.000 15.000 15.000 12.500
CUSTOS FIXOS 20.000 20.000 20.000 20.000
(*) LUCRO OPERACIONAL 30.000 10.000 5.000 0
VARIAÇÃO DO LUCRO X -66% -83% -100%
O quadro mostra os efeitos de diferentes níveis de venda no lucro
operacional da empresa. Em termos percentuais, as variações dos níveis
de venda provocariam alterações não proporcionais no lucro
operacional ( 60% para 100%; 50% para 83%,etc ).

Os decréscimos provocados pelas diminuições em vendas, demonstram as


alterações em sentido oposto.

No exemplo considerou-se que os custos operacionais fixos


permaneceriam inalterados.

Todavia, pode ocorrer que, para aumentar os níveis de venda, necessite a


empresa alterar a estrutura de seus custos, aumentando, por exemplo, os
custos operacionais fixos e reduzindo proporcionalmente os custos
variáveis.
INVERTENDO OS VALORES CORRESPONDENTES AOS CUSTOS FIXOS
E VARIÁVEIS, VEJAMOS A SEGUIR AS ALTERAÇÕES QUE
OCORRERIAM NO QUADRO INICIALMENTE APRESENTADO :

ALAVANCAGEM SITUAÇÃO 60% 50% 40%


OPERACIONAL 2 BÁSICA
VENDAS TOTAIS 75.000 120.000 112.500 105.000
CUSTOS VARIÁVEIS 20.000 32.000 30.000 28.000
CUSTOS FIXOS 25.000 25.000 25.000 25.000
LUCRO OPERACIONAL 30.000 63.000 57.500 52.000
VARIAÇÃO DO LUCRO X 110% 91% 73%

ALAVANCAGEM SITUAÇÃO -40% -50% -60%


OPERACIONAL 2 BÁSICA
VENDAS TOTAIS 75.000 45.000 37.500 30.000
CUSTOS VARIÁVEIS 20.000 12.000 10.000 8.000
CUSTOS FIXOS 25.000 25.000 25.000 25.000
LUCRO OPERACIONAL 30.000 8.000 2.500 -3.000
VARIAÇÃO DO LUCRO X -73% -91% -110%
Comparando os dois quadros, verifica-se que a
alavancagem operacional aumenta na proporção do
aumento dos custos fixos.

Por outro lado, à medida em que crescem os custos


operacionais fixos, aumenta o risco operacional da
empresa, uma vez que o ponto de equilíbrio aumenta
proporcionalmente ao crescimento dos custos fixos,
sendo necessário mais vendas para cobrí-los.
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL.

Mede-se o Grau de Alavancagem Operacional, dividindo-se o


percentual da variação do lucro operacional pelo percentual da
variação das vendas.

Variação percentual do lucro operacional


GAO =
Variação percentual das vendas

Na alavancagem operacional 1, os quocientes foram os seguintes :

+ 100% + 83% + 66%


= 1,6 ; = 1,6 ; = 1,6 ; ( ... )
+ 60% + 50% + 40%
Na alavancagem operacional 2, os quocientes foram os seguintes :

+ 110% + 91% + 73%


= 1,8 ; = 1,8 ; = 1,8 ; ( ... )
+ 60% + 50% + 40%

Sempre que o quociente for maior que 1, verifica-se a existência de


alavancagem.

O grau de alavancagem operacional, na alavancagem operacional 2,


é maior do que na alavancagem operacional 1, por ser maior o valor
dos custos fixos.

O aumento do grau de alavancagem operacional é uma decisão


que depende do maior risco que a empresa possa ter na cobertura
dos seus custos operacionais.
MEDIÇÃO DO GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL
(GAO)

O Grau de alavancagem operacional (GAO) pode ser medido usando-se a


seguinte equação.

GAO= Variação porcentual no LAJIR/variação porcentual nas vendas

Sempre que a variação porcentual no LAJIR, resultante de uma dada


variação porcentual em vendas, for maior que a variação porcentual em
vendas, existe a alavancagem operacional. Isto significa que se o GAO for
superior a 1, há a alavancagem operacional.

GAO AO NÍVEL- BASE DE VENDAS X = X(p-v)/X(p-v) – F

Deve estar evidente que o uso da fórmula acima oferece um método mais
direto para o cálculo do GAO do que a abordagem expresa na equação
anterior :

GAO = var % no LJIR / var % nas vendas


GRAU DE ALVANCAGEM OPERACIONAL

A alavancagem operacional pode ser definida mais precisamente em termos


de como uma mudança específica no volume de vendas afeta os lucros antes
dos juros e do imposto de renda (LAJIR).

Para medir o efeito de uma alteração no volume de lucratividade, calculamos o


grau de alvancagem operacional;(GAO), definido como uma mudança
porcentual no LAJIR(ou lucro operacional) associada a uma mudanca
porcentual específica nas vendas.

GAO = MUDANÇA PORCENTUAL NO LAJIR /MUDANÇA PORCENTUAL NAS


VENDAS

O GAO É UM ÍNDICE QUE MEDE O EFEITO DE UMA MUDANÇA NAS VENDAS


SOBRE O LUCRO OPERACIONAL, OU LAJIR.
Pode-se calcular o grau DE ALAVANCAGEM também no:

GAOq ( NO PONTO Q) = Q(P-V)/Q(P-V) – F


(EMPREGADO PARA AVALIAR UM ÚNICO PRODUTO)

Ou baseando-se no valor das vendas, em vez de unidades:

GAOs = S – CV/S-CV-F

( EMPREGADO PARA AVALIAR TODA UMA EMPRESA COM MUITOS


TIPOS DIFERENTES DE PRODUTOS)

Também deveria ser observado que o grau de alvancagem operacional


para uma determinada empresa é específico para o nível inicial de
vendas.
RISCO DO NEGÓCIO

O risco do negócio está relacionado com a sensibilidade ou variabilidade do


LAJIR; é o risco de incapacidade de cobrir os custos operacionais.

Vimos que a medida que os custos fixos operacionais de uma empresa


aumenta, cresce o volume de vendas necessários para cobrir todos os custos
operacionais.

Em outras palavras, à medida que uma empresa aumenta seus custos


operacionais fixos, cresce o volume de vendas necessário para se atingir o
ponto de equilíbrio.

O ponto de equilíbrio operacional é uma boa medida do risco do negócio da


empresa. Quanto mais elevado for o ponto de equilíbrio, tanto maior será o
grau de risco do negócio que está presente.
A alavancagem financeira indica a capacidade ou
o grau de eficiência da empresa na utilização
de encargos financeiros fixos, para maximizar
seus resultados.

A relação que se estabelece é entre as variações


percentuais do lucro antes de juros e imposto
de renda e do lucro líquido do exercício.
- EXEMPLO :

Lucro antes de Despesas Financeiras .......... R$ 30.000,00


(-) Despesas Financeiras .................................R$ 6.000,00
Lucro antes do Imposto de Renda .................R$ 24.000,00
( - ) Provisão para o Imposto de Renda .........R$ 8.400,00
Lucro Líquido do Exercício .............................R$ 15.600,00

Considerando diferentes hipóteses de variações percentuais que


eventualmente possam ocorrer no lucro antes de juros e imposto de
renda, vejamos quais os efeitos de aumentos e diminuições nos
resultados da empresa, conforme quadro a seguir.
ALAVANCAGEM SITUAÇÃO 60% 50% 40%
FINANCEIRA BÁSICA
Lucro antes de D.F. 30.000,00 48.000,00 45.000,00 42.000,00
Despesas Financeiras 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00
Lucro antes do I.R. 24.000,00 42.000,00 39.000,00 36.000,00
Provisão para I.R. 8.400,00 14.700,00 13.650,00 12.600,00
L.L.do Exercício 15.600,00 27.300,00 25.350,00 23.400,00
VARIAÇÃO X 75% 62,50% 50%

ALAVANCAGEM SITUAÇÃO -40% -50% -60%


FINANCEIRA BÁSICA
Lucro antes de D.F. 30.000,00 18.000,00 15.000,00 12.000,00
Despesas Financeiras 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00
Lucro antes do I.R. 24.000,00 12.000,00 9.000,00 6.000,00
Provisão para I.R. 8.400,00 4.200,00 3.150,00 2.100,00
L.L.do Exercício 15.600,00 7.800,00 5.850,00 3.900,00
VARIAÇÃO X -50,00% -62,50% -75%
Verifica-se que os percentuais de aumento e diminuição do lucro
antes das despesas financeiras, provocam alterações não
proporcionais no lucro líquido do exercício e, ainda, que a
alavancagem financeira atua nos dois sentidos.

Por outro lado, observa-se que a diferença entre as variações


percentuais do lucro líquido do exercício permanecem constantes
(12,5%), por permanecerem inalterados os encargos financeiros (
6.000,00) e alíquota do imposto de renda ( 35%)
ALAVANCAGEM FINANCEIRA

A alavancagem financeira resulta da presença de encargos fixos financeiros no fluxo de


lucros da empresa. Esses encargos fixos não variam com o LAJIR da empresa; eles
precisam ser pagos independentemente do LAJIR disponível para cobrí-los.

A alavancagem financeira é definida como a capacidade da empresa usar encargos


financeiros fixos para maximizar os efeitos de variações no LAJIR sobre o lucro por ação.

O ir não representa um custo fixo, já que varia com as mudanças no nível do lucro antes
do ir (LAJIR) . Como custo variável, não exerce efeito direto sobre a alavancagem
financeira da empresa.

O efeito da alvancagem financeira é tal que um aumento do LAJIR da empresa acarreta


um aumento além do que o proporcional no LPA da empresa, enquanto que um
decréscimo no LAJIR da empresa provoca um decréscimo além do que o propocional no
LPA
LPA PARA VARIOS NÍVEIS DE LAJIR

Caso2 Caso 1
-40% +40%
LAJIR $6.000 $10.000 $14.000

Menos: Despesas de juros (J) 2.000 2.000 2.000


(20.000x10%)
Lucro antes do IR (LAIR $4.000 $8.000 $12.000
Menos:Provisão para IR(40%) 1.600 3.200 4.800
Lucro líquido do periodo (LL) $2.400 $ 4800 $7.200
Menos:Dividendos 2.400 2.400 2.400
preferênciais(DP) (4x600)
Lucro disponível para $0 $2.400 $4.800
acionistas comuns (LDAC)
$0/ação $2,4/ação $4.8/ ação
-100% +100%

LPA $0/1000 = $0/ação $2.400/1.000 = $2,4/ação $4.800/1.000 = $4,8/ação


GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA

A alavancagem operacional afeta os lucros antes dos juros e imposto (LAJIR), ao


passo que a alavancagem financeira afeta os lucros pós-juros e impostos, ou os
lucros disponíveis aos detentores de ações ordinárias.

A alavancagem financeira incide onde a alavancagem operacional cessa,


incrementando assim os efeitos sobre os lucros por ação a partir de mudanças
no nível de vendas.

Por esse motivo, a alavancagem operacional às vezes é conhecida como a


alavancagem de primeira etapa e a alavancagem financeira como alavancagem
de segunda etapa.

O grau de alavancagem financeira (GAF) é definido com sendo a mudança


porcentual nos lucros por ação que resulta de uma dada mudança porcentual
nos lucros antes dos juros e impostos( LAJIR).

GAF = %LPA/%LAJIR
MEDIÇÃO DO GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA ( GAF)

GAF= var % no LPA / var % no LAJIR

Sempre que a variação porcentual no LPA resultante de uma dada variação no


LAJIR for maior que a variação porcentual no LAJIR,verifica-se a existência de
alavancagm financeira. Isso significa que sempre que o GAF for superior a 1, há
alavancagem financeira.

GAF ao nivel-base de LAJIR= LAJIR/LAJIR-J-DP| 1/1-t)]

Uma vez que a alavancagem financeira, da mesma forma que a alvancagem


operacional atua em ambas as direções, aumentando os efeitos dos acréscimos e
decréscimos no LAJIR da empresa, maiores níveis de risco estão associados a
maiores graus de alavancagem. Portanto, elevados custos fixos financeiros
aumentam a alavancagem financeira da empresa e seu risco financeiro.
RISCO FINANCEIRO

É o risco que se corre de não se conseguir cobrir custo financeiros. A discussão


sobre a alavancagem finaceira enfatizou o seguinte fato: A medida que os
encargos financeiros aumentam, o nível de LAJIR necessário para cobrí-los
também aumentam.

Uma alavancagem financeira mais elevada eleva a um risco maior já que o


aumento dos compromissos financeiros exige que a empresa mantenha um
nível maior de LAJIR, para continuar operando.

Se não puder cobrir esses compromisso financeiros, empresa pode ser forçada a
fechar pelos credores cujos direitos não forem satisfeitos.
A alavancagem financeira é muitas vezes medida por vários índices de
endividamento. Estes índices indicam a relação entre os recursos
sobre os quais é preciso pagar encargos fixos financeiros e os recursos
totais investido na empresa. Da mesma forma que o risco operacional,
o retorno esperado para os proprietários normalmente aumentam
com o grau de alvancagem financeira.

Poréem, ao mesmo tempo, o risco relacionado ao retorno cresce,


devido aos maiores níveis de LAJIR necessário a sobrevivência da
empresa.

Assim que um LAJIR maior do que o mínimo necessário à


sobrevivência for atingido, os benefícios da alvancagem financeira
começam a surgir.

Enquanto a empresa satisfazer seus encargos fixos financeiros, a


recompensa aos proprietários será maior do que teria sido de outro
modo. O administrador financeiro é responsável para tomar decisões
consistentes a manutenção do GAF desejado.
COMBINANDO AS ALAVANCAGENS OPERACIONAL E FINANCEIRA ( GAT)

Quanto maior o grau de alavancagem operacional (ou os custos fixos),


mais sensível o LAJIR será a mudanças e quanto maior o grau de
alavancagem financeira (custos financeiros fixos), mais sensível o LPA
será à mudanças no LAJIR.

Portanto, se uma empresa utiliza uma quantia considerável de


alavancagem operacional e financeira, então mesmo as pequenas
mudanças nas vendas levarão a amplas flutuações no LPA.

GAT: É a mudança porcentual no LPA promovida por uma dada mudança


porcentual nas vendas; o gat mostra os efeitos tanto da alavancagem,
operacional quanto da alavancagem financeira.
ALAVANCAGEM COMBINADA

--> A alavancagem combinada indica a capacidade da empresa em ma-


ximizar a utilização de custos fixos operacionais e financeiros, para au-
mentar o resultado do incremento das vendas sobre o lucro líquido do
exercício.

GRAU DE ALAVANCAGEM COMBINADA

--> Mede-se o grau de alavancagem combinada ( GAC ), dividindo-se a


variação percentual do lucro do exercício pela variação percentual das
vendas.

variação percentual do LLE


GAC =
variação percentual das vendas
--> EXEMPLO: Consideremos que uma empresa espera aumentar suas
vendas em 40%, permanecendo constantes os custos fi-
xos operacionais e as despesas financeiras :

ALAVANCAGEM COMBINADA SITUAÇÃO + 40%


ATUAL

VENDAS TOTAIS 100.000,00 140.000,00


(-) CUSTOS VARIÁVEIS 40.000,00 56.000,00
(-) CUSTOS FIXOS 20.000,00 20.000,00
LUCRO ANTES DE D.F. 40.000,00 64.000,00
(-) DESPESAS FINANCEIRAS 10.000,00 10.000,00
LUCRO ANTES DO I.R. 30.000,00 54.000,00
(-) PROVISÃO PARA I.R. 10.500,00 18.900,00
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 19.500,00 35.000,00

VARIAÇÃO x ( +80%)

Em resumo, um aumento de 40% das vendas resultaria, no exemplo,


em um aumento de 80% do lucro líquido do exercício, permanecendo
fixos os custos operacionais e as despesas financeiras.
- Calculando-se o Grau de Alavancagem Combinada :

+ 80 %
GAC = = 2,0
+ 40 %

CONCLUSÃO :

Sempre que o quociente for superior a 1, verifica-se a existência de


alavancagem combinada, que será tanto maior quanto maior for o total dos
custos fixos operacionais e financeiros.

Assim, o Grau de Alavancagem Combinada está relacionado com o risco total da


empresa e com a capacidade da empresa de cobrir seus custos fixos,tanto
operacionais como financeiros.
GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA

Mede-se o GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA ( GAF ) , dividindo


se a variação percentual do lucro líquido do exercício ( LLE ), pela varia-
ção percentual do lucro antes de juros e imposto de renda ( LAJIR ).

variação percentual do LLE


GAF =
variação percentual do LAJIR

Considerando os percentuais do quadro de Alavancagem Financeira,


vejamos os respectivos quocientes ou graus de alavancagem financei-
ra :
+75% +62,5% +50%
GAF= = 1,25 ; = 1,25; = 1,25; ( ... )
+60% +50% +40%
O quociente maior que 1, indica a existência de alavancagem financei-
ra, e , quanto maior for o grau de alvancagem financeira, maior será o
risco da empresa.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL

Se uma alta procentagem dos custos totais de uma empresa é fixa, afirma-se
que a empresa tem um alto grau de alavancagem operacional. Significa que
uma alteração relativamente pequena nas vendas resultará em uma grande
mudança no lucro operacional.

O conceito de alavancagem operacional é ilustrado nas 3 figuras seguintes, em


que comparamos as 3 empresas: A, B e C, que utilizam diferentes graus de
alavancagem operacional.

A empresa A é a menos alavancada operacionalmente, de maneira que tem


uma quantia relativamente pequena de custos fixos; ela não dispõe de muito
equipamento automatizado, de forma que seus custos de depreciação,
despesas de manutenção e impostos imobiliários são baixos.

Note, no entanto que seus custos variáveis por unidade são mais alto do que os
das outras empresas, que utilizam mais alavancagem.
A empresa B já tem um volume normal de alavancagem operacional e, portanto, custos
fixos normais. Ela utiliza equipamento automatizado em um nível aproximadamente
igual ao da média do setor.

A empresa B equilibra-se em um nível de operações mais alto(50.000 unidades) do que


a empresa A. Em um nível de produção de 40.000 unidades, B perde $8.000, mas A
mantém-se equilibrada (com lucro operacional igual a zero)

A emprea C utiliza a alavancagem operacional mais intensamente do que a empresa A


ou a Empresa B.

Ela é altamente automatizada e emprega máquinas caras de alta velocidade que


requerem muita pouca mão de obra por unidade produzida. Com tal operação a
Empresa C tem altos custos fixos, mas seus custos variáveis aumentam lentamente.

Devido as altas despesas relativas à depreciação e manutenção associadas ao


maquinário dispendioso, o ponto de equilíbrio da empresa C é mais alto do que para a
empresa A ou B.

No entanto, um vez que a empresa C atinge seu ponto de equilíbrio, seus lucros
elevam-se mais rapidamente do que os de outras empresas.
GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Receitas e Custos EMPRESA A
($1.000) Preço de Vendas = $2
Custos Fxos = $20.000
Custos Variáveis = $1.5Q

240 Receitas de vendas (PQ)

200

160

Ponto de equilibrio
120 (LAJIR=0)
Custos operacionais totais

Spe 80

40 Custos fixos
Perda operacional

20 30 40 50 60 70 80 100 110 120 130 140


Qpe
Unidades (Q)
(Milhares)
GRÁFICOS DOS PONTOS DE EQUILÍBRIO.

$ I II
$ RT = 18.000,00
RT = 20.000,00
CV = 8.000,00 CV = 6.000,00

CF = 12.000,00 CF = 12.000,00

400,00 Q 300,00 Q

III IV
$ RT = 24.000,00 $ RT = 24.000,00

CV = 12.000,00 CV = 12.000,00
CF = 12.000,00
CF = 12.000,00

480,00 Q 400,00 Q
OS DIFERENTES EFEITOS NO PONTO DE EQUILÍBRIO.

O quadro a seguir, mostra diferentes efeitos no ponto de equilíbrio,


resultantes de aumentos dos custos e do preço, partindo do exemplo
anterior.

DADOS I II III IV
CUSTOS OPERACIONAIS FIXOS 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00
PREÇO DE VENDA POR UNIDADE 50,00 60,00 50,00 60,00
CUSTO VARIÁVEL POR UNIDADE 20,00 20,00 25,00 30,00
PONTO DE EQUILÍBRIO 400 unid. 300 unid. 480 unid. 400 unid.

Observa-se que o aumento do preço unitário de venda diminui o ponto de


equilíbrio (posição 2), enquanto que o aumento do custo variável por
unidade aumenta o ponto de equilíbrio (posição 3) . A última posição ( 4
) mostra que aumentos do preço de venda e do custo variável podem ser
compensados entre si, sem alterar o ponto de equilíbrio.
EMPRESA A
CUSTOS TOTAIS

UNIDADES RECEITA CUSTOS CUSTOS CUSTOS PE LUCROS OPERACIONAIS


VENDIDAS DE OPERACIONAIS FIXOS VARIÁVEIS F/P-V (LAJIR) =X(P-V) -F
(Q) VENDAS TOTAIS (1,5Q)
(Pxq)
20.000 $40.000 $50.000 $20.000 30.000 40.000 20.000(2-1,5)-20.000=
-10.000
40.000 80.000 80.000 $20.000 60.000 40.000 40.000(2-1,5)-20.000=
0
60.000 120.000 110.000 20.000 90.000 40.000 60.000(2-1,5)-20.000=
10.000
80.000 160.000 140.000 20.000 120.000 40.000 80.000(2-1,5)-20.000=
20.000
100.000 200.000 170.000 20.000 150.000 40.000 100.000(2-1,5)-20.000=
30.000

120.000 240.000 200.000 20.000 180.000 40.000 120.000(2-1,5)-20.000=


40.000
200.000 400.000 320.000 20.000 300.000 40.000 200.000(2-1,5)-20.000=
80.000
GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Receitas e Custos
EMPRESA B
($1.000)
Preço de Vendas = $2
Custos Fxos = $40.000
Custos Variáveis = $1.2Q
240
Receitas de vendas (PQ)

200

160
Ponto de equilibrio
(LAJIR=0)
120
Custos operacionais totais

80
Custos fixos
40

Perda operacional

20 30 40 50 60 70 80 100 110 120 130 140

Unidades (Q)
(Milhares)
EMPRESA B
CUSTOS TOTAIS

UNIDADES RECEITA CUSTOS CUSTOS CUSTOS PE LUCROS OPERACIONAIS


VENDIDAS DE OPERACIONAIS FIXOS VARIÁVEIS F/P-V (LAJIR)= X(P-V) -F
(Q) VENDAS TOTAIS (1,2Q)
(Pxq)
20.000 $40.000 $64.000 $40.000 24.000 50.000 20.000(2-1,2)-40.000=
-24.000
40.000 80.000 88.000 $40.000 48.000 50.000 40.000(2-1,2)-40.000=
- 8.000
60.000 120.000 112.000 40.000 72.000 50.000 60.000(2-1,2) –40.000=
8.000
80.000 160.000 136.000 40.000 96.000 50.000 80.000(2-1,2) –40.000=
24.000
100.000 200.000 160.000 40.000 120.000 50.000
100.000(2-1,2) –40.000=
24.000
120.000 240.000 184.000 40.000 144.000 50.000 120.000(2-1,2)-40.000=
56.000
200.000 400.000 280.000 40.000 240.000 50.000
200.000(2-1,2)-40.000=
120.000
GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Receitas e Custos EMPRESA C
($1.000) Preço de Vendas = $2
Custos Fxos = $60.000
Custos Variáveis = $1Q

240 Receitas de vendas (PQ)

200
Ponto de equilibrio
160 (LAJIR=0)

Custos operacionais totais


120
100

80 Custos fixos

40

Perda operacional
20 30 40 50 60 70 80 100 110 120 130 140

Unidades (Q)
(Milhares)
EMPRESA C
CUSTOS TOTAIS

UNIDADES RECEITA CUSTOS CUSTOS CUSTOS PE LUCROS OPERACIONAIS


VENDIDAS DE OPERACIONAIS FIXOS VARIÁVEIS F/P-V (LAJIR)= X(P-V) -F
(Q) VENDAS TOTAIS (1,Q)
(Pxq)
20.000 $40.000 $80.000 $60.000 20.000 60.000 20.000(2-1) –60.000=
-40.000
40.000 80.000 100.000 $60.000 40.000 60.00 40.000 (2-1)-60.000=
-20.000
60.000 120.000 120.000 60.000 60.000 60.00 60.000(2-1)-60.000=
0
80.000 160.000 140.000 60.000 80.000 60.000 80.000(2-1)-60.000=
20.000
100.000 200.000 160.000 60.000 100.000 60.000 100.000(2-1)-60.000=
40.000
120.000 240.000 180.000 60.000 120.000 60.000 120.000(2-1)-60.000=
60.000
200.000 400.000 260.000 60.000 200.000 60.000 200.000(2-1)-60.000=
140.000

Você também pode gostar