Diretriz
Diretriz
Diretriz
DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016 - CG
DGEOp
2ª EDIÇÃO – REVISADA
Belo Horizonte
2016
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
137p.
1. Emprego Operacional. 2. Gestão das Operações.
3. Atuação Policial. 4. Estrutura Organizacional. I. Título.
CDD 352.2
CDU 351.751
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais
ADMINISTRAÇÃO
Estado-Maior da Polícia Militar
Quartel do Comando-Geral da PMMG
Cidade Administrativa/Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, Nº 4143 – 6º Andar
Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900
CEP 31630-900
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
CEL PM MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI
CHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA
SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR
CEL PM ROBSON JOSÉ DE QUEIROZ
SUPERVISÃO TÉCNICA
TEN CEL PM CLÁUDIO VITOR RODRIGUES ROCHA
Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................10
2 OBJETIVOS ..............................................................................................................................12
2.1 GERAL.....................................................................................................................................12
2.2 ESPECÍFICOS ...........................................................................................................................12
3 ATUAÇÃO DA PMMG NA SEGURANÇA PÚBLICA.................................................................14
3.1 EMBASAMENTO CONSTITUCIONAL ..............................................................................................14
3.1.1 Constituição da República ..............................................................................................14
3.1.2 Constituição do Estado de Minas Gerais ........................................................................15
3.2 DECRETO-LEI Nº 667/69 E A COMPETÊNCIA DAS POLÍCIAS MILITARES ..........................................16
3.3 O SISTEMA DE DEFESA SOCIAL EM MINAS GERAIS .....................................................................17
3.4 MISSÃO INSTITUCIONAL DA PMMG ............................................................................................18
3.4.1 Modelo gerencial da administração pública ....................................................................18
3.4.2 Visão ..............................................................................................................................20
3.4.3 Missão ............................................................................................................................20
3.4.4 Valores ...........................................................................................................................20
3.4.5 Objetivos estratégicos ....................................................................................................21
4 PRESSUPOSTOS E ORIENTAÇÕES PROCEDIMENTAIS BÁSICAS PARA EMPREGO DA
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS ............................................................................................22
4.1 PRIMAZIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E DA DIGNIDADE DA PESSOA ..........................................22
4.2 SENSO DE LEGALIDADE E LEGITIMIDADE .....................................................................................23
4.3 MOBILIZAÇÃO SOCIAL ...............................................................................................................27
4.4 MANDATO POLICIAL ..................................................................................................................28
4.5 ÊNFASE NA AÇÃO PREVENTIVA ..................................................................................................29
4.6 PATRULHAMENTO DIRIGIDO .......................................................................................................31
4.7 POLÍCIA COMUNITÁRIA..............................................................................................................32
4.8 COMPROMISSO COM OS RESULTADOS .......................................................................................32
4.9 AUTORIDADE POLICIAL MILITAR..................................................................................................33
4.10 RESPONSABILIDADE TERRITORIAL .........................................................................................34
4.11 PLANEJAMENTO DAS INTERVENÇÕES POLICIAIS ......................................................................35
4.12 ATUAÇÃO PAUTADA NAS DIFERENTES REALIDADES .................................................................36
4.13 CAPACIDADE TÉCNICA ..........................................................................................................36
4.14 RACIONALIZAÇÃO DO EMPREGO ............................................................................................38
4.15 QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS ................................................................................38
4.16 RAPIDEZ NO ATENDIMENTO ...................................................................................................40
4.17 COORDENAÇÃO E CONTROLE ................................................................................................40
4.17.1 Conceitos básicos .......................................................................................................41
4.17.2 Variáveis das atividades de Coordenação e Controle .................................................42
4.17.3 Tipos de coordenação ................................................................................................43
4.17.4 Atividades de coordenação e controle ........................................................................46
4.18 ALINHAMENTO COM O PLANO ESTRATÉGICO ..........................................................................48
4.19 GESTÃO OPERACIONAL ORIENTADA POR RESULTADOS ............................................................50
4.19.1 Gestão do Desempenho Operacional (GDO) ..............................................................53
4.19.2 Indicadores de avaliação ............................................................................................54
4.20 ANÁLISE CRIMINAL ...............................................................................................................55
4.20.1 Finalidades .................................................................................................................55
4.20.2 A comunidade de estatística e geoprocessamento .....................................................56
4.20.3 Geoprocessamento.....................................................................................................56
4.20.4 Taxas e índices de segurança pública ........................................................................58
4.21 AÇÃO DE COMANDO ..............................................................................................................59
4.22 ATUAÇÃO INTEGRADA NO SISTEMA DE DEFESA SOCIAL...........................................................60
4.22.1 Câmara de Coordenação das Políticas de Segurança Pública ...................................61
4.22.2 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP)..........................................................62
4.22.3 Integração da Gestão da Segurança Pública (IGESP) ................................................63
4.22.4 Diretriz Integrada de Ações e Operações (DIAO)........................................................64
4.22.5 Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS) e Centro Integrado de Atendimento e
Despacho (CIAD) .......................................................................................................................65
4.22.6 Centro Integrado de Informações de Defesa Social (CINDS) ......................................67
4.22.7 Disque-Denúncia Unificado (DDU)..............................................................................69
4.23 RELACIONAMENTO EM NÍVEL MUNICIPAL/LOCAL ......................................................................72
4.24 PREVENÇÃO ATIVA ...............................................................................................................75
4.25 INTELIGÊNCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA .................................................................................77
4.25.1 Atividade de Inteligência de Segurança Pública..........................................................77
4.25.2 Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública .................................78
4.25.3 Prevenção e repressão qualificadas ...........................................................................78
4.25.4 Sistema de Inteligência da Polícia Militar (SIPOM) .....................................................79
4.26 POLICIAMENTO VELADO ........................................................................................................80
4.27 EMPREGO DE POLICIAL FEMININA ...........................................................................................81
5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................................82
5.1 ESTRUTURA .............................................................................................................................82
5.2 PROCESSO DECISÓRIO .............................................................................................................83
5.2.1 Tipos de decisões ...........................................................................................................83
5.2.2 Cadeia de comando e autoridades organizacionais ........................................................84
5.3 O SISTEMA OPERACIONAL DA PMMG ........................................................................................86
5.4 ARTICULAÇÃO OPERACIONAL ....................................................................................................86
5.4.1 Modelo territorial .............................................................................................................87
5.4.2 Modelo supraterritorial (recobrimento) ............................................................................91
5.4.3 Policiamento de Meio Ambiente e de Trânsito ...............................................................93
5.4.4 Critérios e procedimentos para alterações na articulação operacional............................96
5.5 VARIÁVEIS DE POLICIAMENTO OSTENSIVO ..................................................................................96
5.5.1 Quanto ao tipo ................................................................................................................97
5.5.2 Quanto à modalidade .....................................................................................................98
5.5.3 Quanto à circunstância de emprego ...............................................................................98
5.6 SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA ..........................................................................................98
6 EMPREGO OPERACIONAL ....................................................................................................101
6.1 ESFORÇOS OPERACIONAIS – MALHA PROTETORA ....................................................................101
6.2 MISSÃO ESPECÍFICA DAS UNIDADES E FRAÇÕES .......................................................................102
6.2.1 Regiões de Polícia Militar (RPM) ..................................................................................103
6.2.2 Comando de Policiamento Especializado (CPE) ..........................................................104
6.2.3 Unidades de Execução Operacional (UEOp) ................................................................105
6.2.4 Unidades especializadas que compõem o 3º esforço de recobrimento .........................105
6.2.5 Força-Tarefa Estratégica ..............................................................................................112
7 RECOMENDAÇÕES FINAIS ...................................................................................................114
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................115
ANEXO “A” (GLOSSÁRIO - CONCEITOS) À DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016 – CG ............................119
ANEXO “B” (ESCOPO TEÓRICO DA ATIVIDADE POLICIAL) À DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016 .......127
DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016 - CG
1 INTRODUÇÃO
Assim, torna-se cada vez mais imperiosa a adoção de medidas, por parte
dos órgãos que integram o Sistema de Defesa Social, que culminem em maior
eficiência, eficácia e efetividade dos serviços prestados ao cidadão.
10
operacional e o Capítulo 7 traz as recomendações finais para a implementação das
orientações contidas nesta Diretriz.
11
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
12
g) estabelecer vínculos comunitários que garantam espaço e participação
da comunidade no planejamento operacional da PMMG e, consequentemente, nos
esforços de segurança e proteção social;
13
3 ATUAÇÃO DA PMMG NA SEGURANÇA PÚBLICA
14
3.1.2 Constituição do Estado de Minas Gerais
15
ser acionada, de imediato, no mínimo intervalo de tempo possível e no necessário
espaço geográfico a ser coberto.
16
mecanismo que estabelece a exclusividade do policiamento ostensivo pela Polícia
Militar. Entretanto, fato é que a Lei estabelece dessa forma e ainda vigora
plenamente. O exercício da atividade de polícia ostensiva por outros órgãos, em
qualquer nível, Federal, Estadual ou Municipal, configura usurpação de função
legalmente delimitada.
17
Em 27 de julho do corrente ano, através da lei estadual 22.257, visando
modernizar e aperfeiçoar sistema, a SEDS dividiu-se em Secretaria de Estado de
Segurança Pública (SESP) e Secretaria Estadual de Administração Prisional
(SEAP). Dessa forma, a SESP passa a exercer as funções de coordenação do
sistema de defesa social como um todo e a SEAP dedica-se exclusivamente à
gestão do sistema prisional.
18
Este modelo veio a se consolidar com a publicação de planejamentos de
longo prazo – Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), de médio prazo
– Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) – e de curto prazo – Lei
Orçamentária Anual (LOA).
19
3.4.2 Visão
3.4.3 Missão
3.4.4 Valores
20
3.4.5 Objetivos estratégicos
21
4 PRESSUPOSTOS E ORIENTAÇÕES PROCEDIMENTAIS BÁSICAS
PARA EMPREGO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
O Estado Democrático de Direito, por sua vez, tem por fundamento maior
o princípio da dignidade da pessoa humana. Daí elevam-se todos os direitos
diretamente relacionados a prover o indivíduo das condições necessárias à plena
satisfação deste princípio.
22
Ainda segundo o mesmo autor, há dois prismas para o princípio
constitucional da dignidade da pessoa humana: objetivo e subjetivo. Sob o aspecto
objetivo, significa a garantia de um mínimo existencial ao ser humano, atendendo às
suas necessidades básicas, com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário e higiene, nos moldes do art. 7º, IV, da CF. Sob o aspecto subjetivo, trata-
se de sentimento de respeitabilidade e autoestima, inerentes ao ser humano, desde
o nascimento, em relação aos quais não cabe qualquer espécie de renúncia ou
desistência.
23
condição humana. O uso de força na atividade policial, quando necessário, deve ser
legítimo e proporcional à condição apresentada pela pessoa abordada, observando-
se ainda os demais princípios essenciais ao seu uso.
• Arbitrário
• Ilegal
USO DE VIOLÊNCIA • Ilegítimo
• Amador (não profissional)
ATIVIDADE
POLICIAL
• Progressivo
• Legal
USO DE FORÇA • Legítimo
• Profissional
24
O esquema apresentado ilustra a lógica que norteia o correto
direcionamento e dimensionamento da atividade policial, que passa do uso de
violência ao uso legítimo de força. Essa postura se consolida com a irradiação da
doutrina de Direitos Humanos, de forma transversal e sem exceções, em todas as
atividades de formação, treinamento e práticas operacionais da Polícia Militar.
Assim, deve estar sempre claro para todos os policiais militares que o uso
de força é um instrumento de trabalho da polícia. Conhecer as leis que balizam o
seu uso, bem como as várias circunstâncias e intensidades disponíveis do uso de
força, é uma necessidade. Observar-se-á o uso diferenciado de força.
25
Figura 02 - Uso diferenciado de força
26
4.3 Mobilização social
27
desenvolvimento de projetos de prevenção criminal com a participação da
comunidade, de forma que esta possa planejar junto com a polícia as estratégias de
policiamento, enfatizando-se a prevenção e reforçando a importância de se
aproveitar a potencialidade de todos os atores sociais que convivem nos municípios
e bairros integrantes das circunscrições atribuídas à responsabilidade territorial das
frações da Polícia Militar.
28
sejam pacíficas. A polícia atua com estas regras de enfrentamento, estabelecidas
para assegurar que os meios não atentem contra os fins, espelhando o pacto social
de uma comunidade política, sob o império da Lei. Porque a solução policial resulta
de uma alternativa pacífica de obediência sob consentimento social, ela admite
revisão, emenda ou reversão política, legal ou judiciária.
COMO?
EM QUE MÊS?
FATORES
ONDE? OBJETIVOS EM QUE DIA DA
SEMANA?
A QUE EXISTE UM
HORAS? PADRÃO?
29
O patrulhamento preventivo, decorrente de planejamento cuidadoso, com
escolha de itinerários e locais de ponto-base (PB) estabelecidos com base em
critérios científicos, por intermédio da análise das informações espaciais e
temporais, inibe a oportunidade de delinquir, interrompendo o ciclo da violência.
OPORTUNIDADE E CRIME
OFENSOR
MOTIVADO
SOCIAL POLÍTICO
ECONÔMICO CULTURAL
AUSÊNCIA DE
VIGILÂNCIA
EFETIVA
Note que se não for possível agir diretamente sobre a vontade do agente,
a Polícia Militar deve obstaculizar a oportunidade de ação do delinquente, dando
ênfase à ação preventiva. Para tanto, os policiais militares procurarão utilizar o
modelo que lida com a distribuição espacial e com contextos de oportunidades para
a ação criminosa (teoria das oportunidades ou das atividades rotineiras), inserida no
esquema mostrado na figura anterior.
30
Os outros fatores têm a ver com a disponibilidade de alvos para ação
criminosa, bem como a ausência de mecanismos de controle e vigilância.
31
binômio do patrulhamento motorizado, que são: baixa velocidade e atitude
expectante dos componentes da guarnição.
32
Todo policial militar, em qualquer nível, precisa ter compromisso com os
resultados. Mais do que uma responsabilidade, tal compromisso deve ser assumido
por todos, qualquer que seja o seu grau hierárquico. Significa que a missão só
estará cumprida se os resultados propostos forem alcançados. Este compromisso
individual deve ser forjado pelo senso do dever cumprido, cujo êxito da missão
dependerá da abnegação e participação solidária de cada membro da equipe.
Assim, o militar que, por exemplo, relatar uma ocorrência, realizar uma
busca pessoal, desviar o trânsito de uma via, autuar um infrator do trânsito ou
efetuar uma prisão, estará no exercício de uma competência que lhe é atribuída por
lei.
33
militar é investido deve ser usado como atributo do cargo e não como privilégio de
quem o exerce. É esse poder que empresta autoridade ao agente público.
1
Segundo o princípio da Universalidade, independentemente do tipo de especialização e área
de emprego, todo policial militar deve estar preparado para adoção de medidas, ainda que
preliminares, em qualquer ocorrência que presencie ou para a qual seja acionado ou determinado.
34
cada localidade esteja permanentemente informado sobre eventos específicos das
atividades da Polícia Militar.
35
aceitas e exequíveis, evitando desgastes desnecessários de recursos humanos ou
materiais.
36
militar adquirir competências que o habilitem para as atividades de polícia ostensiva,
preservação da ordem pública e defesa territorial, alicerçadas na lei e nos valores
institucionais, com foco na preservação da vida e na garantia da paz social. As
especificações relativas à educação são delineadas nas Diretrizes de Educação da
Polícia Militar.
37
4.14 Racionalização do emprego
38
É de fundamental importância avaliar junto ao público externo a qualidade
do serviço prestado pela Polícia Militar. A satisfação da população em relação à PM
condiciona sua sobrevivência em longo prazo. Por meio desse trabalho pode-se
alcançar os seguintes objetivos:
39
4.16 Rapidez no atendimento
40
aspectos da atividade policial, que incluem os princípios da participação da
comunidade e do respeito aos direitos fundamentais, onde a coordenação da PM e o
controle social proporcionam o direcionamento correto da atividade de policiamento.
Por fim, as atividades de coordenação e controle fortalecem os princípios da
administração pública, entre eles a publicidade e a eficiência.
4.17.1.1 Coordenação
4.17.1.2 Controle
4.17.1.3 Atividade-fim
41
4.17.1.4 Atividade-meio
42
4.17.3 Tipos de coordenação
43
A Diretoria de Inteligência (DInt), como Agência Central do Sistema de
Inteligência da Polícia Militar (SIPOM), tem como atribuição a coordenação de
operações de Inteligência que envolvam Comandos Regionais distintos ou em
grandes eventos que afetem a segurança pública, bem como realizar a coordenação
tática das ações e operações de inteligência, a princípio na Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH), por intermédio do controle dos recursos humanos e
materiais.
44
a) reduzir índices de desvios de conduta das Unidades fiscalizadas,
atuando preventiva e repressivamente, acompanhando ocorrências de destaque ou
que necessitem do acompanhamento da Corregedoria da PMMG;
45
incide sobre a Unidade ou frações subordinadas, visando exercer a devida
coordenação do turno sob sua responsabilidade.
4.17.4.1 Supervisão
a) Supervisão de Estado-Maior;
e) Supervisão operacional;
g) Supervisão pedagógica;
h) Visita;
46
i) Supervisão indireta.
4.17.4.2 Reuniões
4.17.4.3 Seminários
a) Coordenação setorial;
47
4.17.4.4 Coordenação e controle dos turnos operacionais
A gestão pública dos novos tempos impõe alguns desafios, que somente
serão vencidos a partir da adoção de um planejamento prospectivo que contemple:
49
Para bem cumprir as suas atribuições legais, os responsáveis pelo
planejamento devem primar pela observância dos princípios básicos a seguir:
50
Com o objetivo de produzir serviços de qualidade que atendam aos
anseios da comunidade, cada comandante, nos diversos níveis, tem grande
autonomia para desenvolver estratégias gerenciais de emprego operacional.
Contudo, há necessidade de planejar estratégias e táticas de intervenção sob um
enfoque eminentemente técnico-científico, pautado em indicadores de desempenho
e produtividade, com vistas ao alcance de metas.
51
g) planejamento e execução das atividades de polícia ostensiva com
maior especificidade, oferecendo serviços adequados de acordo com as demandas
locais;
52
t) transparência e divulgação dos resultados positivos à comunidade,
utilizando-se a rede de contatos via CONSEP, Redes de Proteção Preventiva, mídia
local, periódicos, informativos diversos etc;
2
Nas Companhias Independentes, as apresentações poderão ficar a cargo dos comandantes
de pelotões, nos termos da Diretriz que regula a GDO.
53
Figura 05 - Ciclo de reuniões da GDO
54
caso, por exemplo, do tempo de resposta ou atendimento. Existem ainda os
indicadores de parâmetros administrativos ou de apoio.
4.20.1 Finalidades
55
Torna-se importante ressalvar que as variáveis estudadas pelo processo
de Análise Criminal devem ser observadas sob a ótica sistêmica, em um contexto
social, cultural, histórico e geográfico. Não podem ser consideradas de forma
isolada. A ênfase do estudo deve estar com o foco na ação preventiva a ser
desenvolvida pelo policiamento.
4.20.3 Geoprocessamento
d) possíveis alvos;
e) regiões de vulnerabilidade;
57
Regionais e de UEOp devem envidar esforços no sentido de implantar e/ou otimizar
o geoprocessamento, principalmente nos municípios-sede, estendendo
posteriormente às sedes de Companhia PM. A atualização das informações
geográficas no sistema informatizado GEOSITE deve ser uma constante, de forma a
permitir a utilização das bases desse sistema na atividade de análise criminal por
intermédio do geoprocessamento.
58
- Índice de Criminalidade: relacionadas conforme artigos do Código Penal
e legislação especial (Código de Trânsito Brasileiro, Crimes ambientais, dentre
outras);
59
Quando a situação exigir o emprego de integrantes de mais de uma
UEOp para o cumprimento da missão, o militar de maior posto/graduação, ou o mais
antigo, assumirá o comando das ações.
60
c) emprego da metodologia IGESP;
61
4.22.2 Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP)
62
b) melhorar a qualidade dos serviços de segurança pública à luz de
diagnósticos tecnicamente orientados sobre a criminalidade, a violência e a
desordem, adequando essa oferta às demandas comunitárias locais;
63
g) prestação de contas.
64
leis especiais, bem como nas atividades de coordenação e controle, operações
integradas e ações de defesa Civil).
65
Dentre os módulos que integram o Sistema Integrado de Defesa Social
(SIDS), destacam-se os seguintes:
66
e) Armazém de Informações do SIDS: tem por finalidade permitir a
extração de dados e geração de relatórios e análises estatísticas, tendo como fonte
o módulo REDS. Esta aplicação é disponibilizada para todas as Unidades do
Estado, mediante treinamento dos usuários;
67
análise, qualitativa e quantitativa, no tempo e no espaço, das informações
produzidas no âmbito do Sistema Integrado de Defesa Social.
b) natureza processual;
d) execução penal;
e) prevenção de sinistros;
68
- assessorar e colaborar com os setores de estatística das instituições
que compõem o Sistema Integrado de Defesa Social;
69
c) preservação da imagem e honra dos servidores, funcionários,
denunciantes e denunciados;
70
permitir à Polícia Militar tomar medidas eficazes de segurança pública,
decorrentes de informações oportunas e procedentes prestadas pela população
sobre a atividade criminosa no Estado.
71
Ao SIPOM ficará a responsabilidade de controle de todas as denúncias,
tanto para ação quanto para conhecimento.
72
Atuações de forma compartilhada, operações conjuntas, realização de
reuniões e visitas periódicas, respeito e convivência institucional são práticas
recomendadas no relacionamento do militar e das frações com as organizações
públicas locais, mormente as integrantes do Sistema de Defesa Social.
73
c) promover a fiscalização da utilização adequada dos parques, jardins,
praças e outros bens de domínio público, pertencentes ao município, evitando sua
depredação;
o
Art. 5 - São competências específicas das guardas municipais, respeitadas
as competências dos órgãos federais e estaduais:
XIII- garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta
e imediatamente quando deparar-se com elas;
XIV - encaminhar ao delegado de polícia, diante de flagrante delito, o autor
da infração, preservando o local do crime, quando possível e sempre que
necessário.
74
suas atividades internas e externas quando solicitado, dentro das respectivas
atribuições previstas em Lei.
3
CUSTÓDIO, André Viana. Teoria da proteção integral: pressuposto para compreensão do
direito da criança e do adolescente. Disponível em:
<https://online.unisc.br/seer/index.php/direito/article/viewFile/657/454>. Acesso em Mar 2016.
75
Polícia Militar e pressuponha o envolvimento com outros órgãos e entidades ligados
ao problema detectado ou a ser prevenido pelo Núcleo;
76
As orientações para a execução e otimização da prevenção ativa em
todas as UEOp, bem como a estrutura e funcionamento do NPA, são detalhadas em
normas específicas.
77
4.25.2 Policiamento Orientado pela Inteligência de Segurança Pública
Dessa forma, a repressão qualificada dos delitos deve ser precedida por
ações integradas da análise criminal e da análise de inteligência. A primeira,
prioritariamente, tem por objetivo avaliar as informações espaciais e temporais,
normalmente decorrentes das consequências do ato delitivo. A análise de
inteligência busca agregar qualidade aos dados quantitativos pelo processamento
metódico e sistemático dos dados e informações, com vistas a identificar as causas,
atores, vinculações criminais e fatores conexos, complementando a análise criminal,
possibilitando a produção de conhecimentos prospectivos que levarão a adoções de
medidas e decisões menos subjetivas e mais científicas.
78
maior eficiência e eficácia. Ressalta-se que ela não deve ser confundida com a
investigação criminal, própria da polícia judiciária e voltada para apuração dos
delitos.
a) Nível estratégico:
b) Nível tático:
79
- Agência Central (AC): Diretoria de Inteligência (DInt);
c) Nível operacional:
80
A atuação do PV não pode se confundir com a investigação criminal, afeta
à Polícia Judiciária, pois sua missão é prevenir, evitando a prática de delitos,
efetuando prisões em flagrante, quando necessário.
81
5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
5.1 Estrutura
82
Quanto ao nível de Execução, ou Operacional, é composto, na área da
atividade-fim, pelas UEOp, que podem ser Batalhões, Regimento de Cavalaria e
Companhias Independentes. Os Batalhões/Regimento serão articulados em
Companhias/Esquadrões, Grupamentos, Pelotões, Grupos/Destacamentos e
Subgrupos/ Subdestacamentos, e receberão missões específicas, a serem definidas
nos respectivos Planos de Emprego Operacional.
83
refere aos recursos humanos, logísticos, atividade de inteligência, emprego
operacional, comunicação organizacional, controle orçamentário, articulação e
gestão. São decisões que geram reflexos em médio e longo prazo.
b) Decisões de nível tático: esse nível tem como função básica traduzir as
decisões estratégicas em ações efetivas a serem implementadas pelos mais
diversos setores da organização. Assim, o nível de direção intermediária ou tático
apresenta decisões relacionadas ao processo de como executar as ordens
emanadas pelo nível estratégico. Seus reflexos são geralmente observados em
médio e curto prazo.
84
A não observação da cadeia de comando traz graves prejuízos ao
processo decisório gerando, em última instância, a ineficiência e ineficácia da
prestação do serviço de segurança pública.
85
5.3 O sistema operacional da PMMG
A PMMG deve ser vista como um sistema global, composto por níveis e
estruturas de comando e de responsabilidade técnica que devem se articular de
forma harmônica, respeitando-se a estrutura de comando e autoridades
organizacionais (de linha, técnica e de assessoria). Cada setor deve ajustar seus
planejamentos e metas, com o máximo de aproveitamento da estrutura, dos
processos e sistemas internos, convergindo para a melhor prestação de serviços.
86
Na política de integração de áreas geográficas (AISP), o princípio da
responsabilidade territorial está atrelado a uma correspondência com outros atores
do Sistema de Defesa Social.
88
processos de policiamento, sejam eles a pé, em bicicletas, em veículos motorizados
de duas rodas (motocicletas) ou de quatro rodas.
89
5.4.1.2 Estrutura básica das Unidades do modelo territorial
90
5.4.2 Modelo supraterritorial (recobrimento)
UNIDADES / FRAÇÕES DE
NÍVEL COORDENAÇÃO
RECOBRIMENTO
1º Nível - 1º Esforço de Recobrimento BPM ou Cia PM Ind Cia TM ou Pel TM
2º Nível - 2º Esforço de Recobrimento
RPM BPE ou Cia PM Ind PE
(exceto 1ª RPM)
BTL ROTAM, BPCHQ, BTL
3º Nível - 3º Esforço de recobrimento CPE RpAer, RCAT, BOPE e Cia
PM Ind P Cães
91
Os BPE e as Cias PM Ind PE, cujas siglas extinguem e substituem o BME
e Cias MEsp, serão diretamente subordinados às RPM, constituindo-se em força de
manobra dos Comandantes Regionais. Possuirão vinculação técnica ao CPE, para
fins de padronização da doutrina de emprego, assim como as demais frações PM
que possuírem plantel de semoventes.
4
O uso da nomenclatura ROTAM é exclusivo do Batalhão ROTAM. Assim, os BPE e as Cias
PM Ind PE possuirão o Grupo Especializado em Recobrimento (GER).
92
e) parecer favorável do CPE após verificação in loco da estrutura a ser
criada, conforme critérios listados anteriormente.
93
Ressalta-se que a atuação administrativa dependerá da celebração de
convênios com órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e do
Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA).
94
Verifica-se a tendência do legislador à municipalização do trânsito, sendo
que o exercício das atribuições executivas do município, previsto no CTB,
dependerá de sua integração ao Sistema Nacional de Trânsito.
95
5.4.4 Critérios e procedimentos para alterações na articulação operacional
96
5.5.1 Quanto ao tipo
5
Conforme conceito de malha protetora, apresentado no Capítulo 6.
97
5.5.2 Quanto à modalidade
98
A execução desses serviços junto à comunidade requer ações norteadas
pelo emprego lógico e racional dos recursos humanos e logísticos, com
cientificidade, qualidade e precisão.
99
Sinergia: a conjugação dos serviços deve permitir sincronia e interação
operacional e, ainda, não pode reduzir ou inviabilizar a eficácia de outro já em
execução.
100
6 EMPREGO OPERACIONAL
101
responsabilidade territorial (RPM), para enfrentamento da criminalidade organizada.
É realizado pelas seguintes Unidades: ROTAM, BPCHQ, BOPE, Btl RPAer, RCAT e
Cia PM Ind P Cães.
102
6.2.1 Regiões de Polícia Militar (RPM)
103
A competência operacional e administrativa das RPM não exclui a das
Diretorias, para fins de supervisão técnica e orientação normativa das demais
atividades de planejamento, direção, coordenação e controle inerentes a seu campo
de atuação.
104
- Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv);
105
Tais Unidades, que são consideradas forças de reação do Comando-
Geral, são dotadas com recursos materiais específicos (viaturas, armamento,
equipamentos, semoventes e apetrechos) compatíveis com a missão, além de
efetivo com treinamento especializado. Desenvolvem ações/operações táticas e de
recobrimento nas situações emergentes no campo da segurança pública em todo o
território mineiro, mediante acionamento do Comandante-Geral ou Chefe do EMPM.
O emprego ordinário das citadas Unidades será definido pelo Comandante do CPE.
106
- operações de choque e controle de distúrbio;
- controle de distúrbios;
107
Poderá ser empregado em missões específicas, na capital ou interior, que
indiquem a conveniência de utilização do policiamento montado em circunstâncias
especiais ou extraordinárias, atuando como tropa de choque em atividades de
restauração da ordem publica.
109
Em situações de emergência, o acionamento do Btl RpAer para atuação
em qualquer parte do Estado poderá ser feito por meio de contato direto do
comandante da fração PM com o CICOp, sendo o empenho precedido de análise
da situação e verificação da necessidade pelo Comandante do CPE. Logo que
possível, o responsável pelo acionamento deverá restabelecer a cadeia de
comando, comunicando a necessidade do acionamento a seu comando imediato.
110
- retomada de estabelecimentos prisionais/internação em situações de
rebelião;
- operações de contraterrorismo;
111
Em situações de normalidade, os cães também poderão ser empregados
nas seguintes atividades, mediante aprovação do CPE:
112
transferência do conhecimento de uma forma ampla e contínua em toda a
organização.
113
7 RECOMENDAÇÕES FINAIS
7.1 As UDI desdobrarão esta DGEOp por meio dos Planos Regionais de
Emprego Operacional.
7.4 O EMPM adotará providências para incluir os assuntos desta DGEOp nos
diversos concursos internos e na malha curricular dos cursos de
formação/especialização.
114
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Sérgio de & MARES GUIA, Virgínia Renó. Ação coletiva, participação
e políticas regulatórias. Belo Horizonte: Mimeo. 2001.
116
MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Lei Delegada nº 56, de 29 de janeiro de
2003. Dispõe sobre a Secretaria de Estado de Defesa Social e dá outras
providências. Belo Horizonte, MG, 2003.
117
OLSON, Mancur. A lógica da ação coletiva - os benefícios públicos e uma teoria
dos grupos sociais. Editora da USP. São Paulo. 1.999. pp. 13-64.
118
ANEXO “A” (Glossário - Conceitos) À DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016 – CG
Ação pública
Autoridade
É toda pessoa que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou
militar, investida em consonância com as normas legais.
Cadeia de Comando
Canal de Comando
Comando
Comandante
120
assumindo o compromisso com o resultado da atividade de várias pessoas que
trabalham em conjunto, sendo responsável direto sobre os objetivos da Corporação.
Comando operacional
Controle
Coordenação
121
Defesa Social
Escalão de comando
Fiscalização
Gestão policial
122
Comando Intermediário e executando atividades peculiares, de policiamento
ostensivo geral, rodoviário, de trânsito e ambiental, ou administrativas.
Infração administrativa
Consiste na violação de um preceito legal, que sujeita o infrator a uma sanção pela
própria administração, dentro do seu poder de polícia administrativa,
independentemente de apreciação judicial.
Infração de trânsito
Infração penal
123
Ligação horizontal
Meta
124
Orientação operacional
Prevenção Ativa
Prevenção criminal
Princípio da Universalidade
125
para adoção de medidas, ainda que preliminares, em qualquer ocorrência que
presencie ou para a qual seja acionado ou determinado.
Comandante-Geral
126
ANEXO “B” (Escopo teórico da atividade policial) À DIRETRIZ Nº 3.01.01/2016
Ela não é tão evidente como o crime. Há, até mesmo, formas de violência
que são tão sutis que acabam passando por condições normais do viver em
sociedade. O roubo e o furto não são suportados pela população, mas a poluição
ambiental produzida pelas indústrias, também uma forma de violência, porque priva
o cidadão de uma vida saudável, é suportada e muitas vezes associada à noção de
progresso.
127
c) teorias que consideram o crime como subproduto de um sistema social
perverso ou deficiente;
128
2 Programas de prevenção do delito
Certamente que o meio atrai, possibilita, porém não cria o delito. Por outro
lado, o vago conceito de desorganização social oculta um perigoso
desconhecimento dos fatores que atuam no marco espacial de referência, podendo
se constituir num autêntico pretexto. Sem uma análise situacional mais sólida sobre
tais variáveis, tal política criminal, na verdade, pode não favorecer a prevenção do
delito. Na sua efetivação deve ser evitado o risco de que estes programas de base
espacial, de área, sejam eminentemente repressivos, antissociais e discriminatórios.
Primeiro porque o lógico esforço preventivo costuma perder todo o conteúdo social
(prestações em favor de certas áreas), adotando uma natureza puramente
repressiva. Prevenir significaria, então, controlar, vigiar, reprimir. Em segundo lugar,
porque muitas vezes se controla, se vigia e se reprime sempre os mesmos grupos
humanos que habitam bairros conflitivos e perigosos, acentuando-se deste modo o
impacto seletivo e discriminatório do controle social, sob o pretexto de uma nova
ação preventiva.
129
2.2 Prevenção do delito por meio do desenho arquitetônico e urbanístico
130
pretendem aqueles programas. Outros, sem embargo, associam os objetivos
prevencionistas a uma efetiva reestruturação do habitat urbano. Reclamam
melhorias de infraestrutura, serviços e equipamentos, assim como a adequada
divisão e reordenação do território e zonas conexas, além de precisas barreiras
simbólicas ou reais, que definam um espaço como público, comum ou privado,
delimitando suas respectivas fronteiras. Vão muito mais além de uma estratégia
puramente defensiva: desejam conseguir uma mudança qualitativa nas atitudes
individuais e no próprio modelo de convivência urbana, mais significativas e
solidárias, reclamando um ativo compromisso comunitário na prevenção do crime.
131
As estatísticas de risco demonstram que existem alguns grupos de
pessoas especialmente propensas a se converterem em vítimas de delito (crianças e
adolescentes, anciãos, marginalizados, estrangeiros) e situações nas quais os
cidadãos, nem sempre de forma consciente, contribuem para sua própria vitimização
(o ato de uma pessoa, mesmo tendo conhecimento do risco, preferir enfrentá-lo a
preveni-lo).
A estratégia mais eficaz para conseguir tais objetivos articula-se por meio
de campanhas técnicas e organização de atividades comunitárias. As primeiras
esperam mudanças de atitudes, hábitos, estilo de vida e de comportamento na
população em geral. As de caráter técnico orientam-se em relação a determinados
grupos de risco, particularmente vulneráveis, para alertá-los, sugerindo medidas de
prevenção elementares. As campanhas de orientação comunitária, por último, são
dirigidas às pessoas de um bairro ou de uma determinada zona territorial. O
propósito é alcançar uma maior vigilância da área, uma maior implicação na ativa
prevenção do delito, que incremente os riscos para o delinquente.
132
pequena escala (bairro, condomínio, comunidade local) e de forma clara, objetiva e
facilmente compreensíveis. É fundamental que sejam estabelecidos procedimentos
que propiciem o contato direto com a vítima em potencial, a identificação dos
obstáculos que dificultam a efetiva prevenção do delito e a busca de soluções,
conjuntamente.
Boa parte dos crimes que uma sociedade padece, ocorre em razão de
suas raízes se apresentarem em conflitos profundos na própria sociedade: situações
de carências básicas, desigualdades irritantes, conflitos não resolvidos etc. Uma
ambiciosa e progressiva política social se converte, então, no melhor instrumento
preventivo da criminalidade, já que pode intervir positivamente nas causas últimas
dos problemas, do qual o crime é um mero sintoma. Os programas que
acompanham essa orientação são, na verdade, de prevenção primária (são
considerados como primária por se tratar de necessidades básicas de sobrevivência
e levam em consideração que alguns dos delitos são cometidos em razão da
carência de meios mínimos para a sobrevivência) e buscam uma genuína e
autêntica sociedade, mais justa, propiciando a seus membros um acesso efetivo às
cotas satisfatórias de bem-estar e qualidade de vida, em seus diversos âmbitos
(saúde, educação, cultura, moradia etc). Esses programas tendem a reduzir
correlativamente a conflitividade existente no seio da comunidade, assim como as
taxas de delinquência. E os reduz, ademais, de modo mais justo e racional,
contribuindo para a máxima efetividade com o menor custo social.
Para Garcia (1997), prevenir é mais que dissuadir, mais que criar
obstáculos ao cometimento de delitos, intimidando o infrator potencial ou indeciso.
Prevenir significa “intervir na etiologia do problema criminal”, neutralizando suas
causas. A prevenção deve ser contemplada, antes de tudo, com prevenção social e
comunitária, pois o crime é um problema social e comunitário. Trata-se de um
compromisso solidário da comunidade. A prevenção de delito implica em
contribuições e esforços solidários que neutralizem situações carenciais, conflitos,
desequilíbrios, necessidades básicas. Só reestruturando a convivência, redefinindo
133
positivamente a relação entre seus membros é que se pode esperar um resultado
satisfatório no tocante à prevenção do delito. A prevenção mediante reincidência
pode também evitar o delito, mas “melhor que prevenir mais delitos seria produzir ou
gerar menos criminalidade”.
Para ele, considerando que cada sociedade tem o crime que ela mesma
produz e merece, uma política séria e honesta de prevenção deve começar com um
sincero esforço de autocrítica, revisando os valores que a sociedade oficialmente
proclama e pratica. Então, determinados comportamentos criminais, com frequência,
correspondem a certos valores da sociedade cuja ambivalência e essencial
equivocidade ampara leituras e realizações delitivas.
3 Prevenção situacional
134
3.2 A resposta da criminologia
136
evitar danos em edifícios e monumentos); e restrição do acesso aos instrumentos do
crime (armas de fogo, substâncias explosivas, sprays de pintura, etc.);
marcados).
Comandante-Geral
137