Lano DE Egurança E Aúde: EN13 - ROTUNDA AO PK 45+940
Lano DE Egurança E Aúde: EN13 - ROTUNDA AO PK 45+940
Lano DE Egurança E Aúde: EN13 - ROTUNDA AO PK 45+940
1 de 83
PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE
Folha em branco
PROMULGAÇÃO
O presente Plano de Segurança e Saúde (PSS) respeita à obra das Infraestruturas de Portugal, S.A. (Dono da
Obra) designada por “EN13 – Rotunda ao Pk 45+940” e entra em vigor na data da assinatura do contrato da
empreitada.
Este PSS faz parte integrante do caderno de encargos da empreitada e estabelece as regras / especificações a
observar no estaleiro da obra durante a fase de execução dos trabalhos, pretendendo-se com a implementação do
preconizado eliminar ou reduzir o risco de ocorrência de acidentes e de doenças profissionais. Compete ao
Empreiteiro manter este PSS permanentemente actualizado e implementá-lo desde o início da instalação do estaleiro
de apoio ou de qualquer trabalho no estaleiro, até à recepção provisória da empreitada ou, se for o caso, até à última
recepção provisória parcial, devendo o Empreiteiro devolvê-lo à Infraestruturas de Portugal, S.A., através do Director
de Fiscalização da Obra, com toda a documentação demonstrativa das acções implementadas durante a execução da
empreitada (registos da segurança e saúde no trabalho).
Compete a todos os intervenientes na execução da empreitada a todos os níveis e, em particular, ao Director da
Obra, cumprir e garantir o cumprimento das determinações que constam deste PSS, sendo cada um responsável
por informar o seu superior hierárquico, atendendo ao organograma funcional da empreitada, todas as situações
anómalas que detecte, assim como propor acções para a melhoria contínua do sistema de segurança e saúde
preconizado neste PSS.
São destinatários do presente documento: o Director de Fiscalização da Obra / Coordenador de Segurança em
Obra, e o Empreiteiro, nas pessoas dos seus representantes para esta empreitada e bem assim o Técnico que
assegurará o exercício da coordenação de segurança em obra. O representante do Empreiteiro obriga-se a
disponibilizar este PSS no processo de consulta a todos os subempreiteiros e trabalhadores independentes nas
partes que lhes diz respeito, as quais deverão ser referenciadas nos respectivos contratos e incluir cláusulas que
obriguem cada um destes ao seu cumprimento e que assegurem a transmissão dessas cláusulas à sucessiva
cadeia de subcontratação. A coordenação e controlo de todos os Subcontratados, compete ao Empreiteiro nos
termos do art.º 16º da Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro e do art.º 21.º do DL 273/2003 de 29 de Outubro.
O Empreiteiro deverá controlar, registar e manter permanentemente actualizada a ficha de distribuição do PSS
utilizando para o efeito o modelo S01 apresentado no anexo 1 deste documento, anexando essas fichas no
anexo 2 do presente documento. É proibida a distribuição deste PSS a entidades externas não intervenientes na
presente empreitada, salvo autorização expressa por escrito para o efeito do representante da Infraestruturas de
Portugal S.A.
Folha em branco
Índice
1 - I NTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 7
1.1 – Aprovação do desenvolvimento do PSS............................................................................................8
1.2 - Organização deste PSS.....................................................................................................................8
1.3 - Desenvolvimento / Complemento do PSS..........................................................................................8
1.4 - Identificação dos Arquivos..................................................................................................................9
1.5 - Alterações ao PSS............................................................................................................................10
1.6 - Entrega do Plano de Segurança e de Saúde...................................................................................10
1.7 - Organograma Funcional e Definição de Funções............................................................................10
1.8 - Controlo de Assinaturas e Rubricas.................................................................................................12
1.9- Plano de segurança e saúde para a execução da obra....................................................................12
2 - M EMÓRIA D ESCRITIVA ............................................................................................................. 15
2.1- Política da Segurança e Saúde no Trabalho.....................................................................................15
2.2 - Definição de Objectivos....................................................................................................................15
2.3 - Princípios de Actuação.....................................................................................................................16
2.4 - Comunicação Prévia e Declaração relativa a trabalhadores imigrantes..........................................16
2.5 - Legislação e regulamentação Aplicável............................................................................................17
2.6 - Horário de Trabalho..........................................................................................................................21
2.7 - Controlo de subcontratados..............................................................................................................22
3 - C ARACTERIZAÇÃO DA EMPREITADA ........................................................................................... 27
3.1 - Características Gerais da empreitada..............................................................................................27
3.2 - Condicionalismos Existentes no Local..............................................................................................28
3.3 - Plano de Trabalhos...........................................................................................................................29
3.4 - Plano e Cronograma da Mão-de-obra..............................................................................................30
3.5 - Trabalhos com Riscos Especiais.....................................................................................................30
3.6 - Materiais com Riscos Especiais......................................................................................................35
3.7 - Fases de Execução da Empreitada..................................................................................................36
3.8 - Processos Construtivos e Métodos de Trabalho..............................................................................36
4 - ACÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS ...................................................................................37
4.1 - Projecto do Estaleiro.........................................................................................................................37
4.2 - Plano de Acesso, Circulação e Sinalização......................................................................................43
4.3 - Controlo de Equipamentos de Apoio e Acessórios...........................................................................45
4.4 - Planos de Protecções Colectivas.....................................................................................................47
4.5 - Controlo de Recepção de Materiais e Equipamentos.......................................................................48
4.6 - Planos e Registos de Monitorização e Prevenção...........................................................................49
4.7 - Registos de Não conformidade e Acções Correctivas e Preventivas...............................................54
4.8 - Identificação e Controlo da Saúde dos Trabalhadores.....................................................................56
4.9 - Plano de Protecções Individuais e Controlo de Alcoolemia..............................................................58
4.10 - Formação e Informação dos Trabalhadores...................................................................................60
- Introdução
O presente Plano de Segurança e de Saúde (PSS) respeita à empreitada de “EN13 – Rotunda ao Pk 45+940”
que integra, nomeadamente, trabalhos referidos nas alíneas a), b), d), e), f), g), e h) e do número 2 do Artigo 2.º
do Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29 de Outubro (adiante designado abreviadamente por DL 273), tendo sido
preparado atendendo ao estipulado nos números 1 e 2 do Artigo 6.º do mesmo Decreto-Lei.
De acordo com o acima citado Decreto-Lei n.º 273/2003, utilizam-se aqui as expressões abreviadas de
Coordenador de Segurança em Projecto (CSP) e Coordenador de Segurança em Obra (CSO). Os técnicos que
assegurarão o exercício da coordenação de segurança em projecto e em obra são aqui referenciados pelas
abreviaturas T-CSP e T-CSO, respectivamente. Atendendo às funções do Director de Fiscalização da Obra que o
artigo 303º do CCP enumera e às funções que o n.º 2 do artigo 19º do Decreto-Lei 273/2003 define para a
Coordenação de Segurança em Obra verifica-se que ambos possuem competências próprias e partilhadas,
obrigando uma verdadeira e estreita colaboração entre eles, pelo que a referencia no presente documento ao
Director de Fiscalização da Obra pretende significar o Fiscalização / Coordenador de Segurança em Obra.
Sempre que se faça referência a Empreiteiro (significando a Entidade Executante na acepção do DL
273), ao Director de Fiscalização da Obra ou a qualquer dos acima referidos coordenadores de segurança,
pretende-se significar os respectivos representantes para a presente empreitada.
Por outro lado, sempre que se faça referência a Subcontratados pretende-se significar todos os subempreiteiros,
subcontratados de cedência de mão-de-obra ou de equipamento, trabalhadores independentes, prestadores de
serviços e, nos casos aplicáveis, as respectivas sucessivas cadeias de subcontratação.
Salvo nos casos expressamente indicados, os prazos estabelecidos em dias neste documento referem-se a dias
úteis, excluindo-se portanto Sábados, Domingos e Feriados, independentemente do Empreiteiro estar autorizada
a trabalhar nestes dias. Por outro lado, sempre que o início da contagem dos prazos indicados neste documento
seja a data da consignação da empreitada, pretende significar-se esta ou, se aplicável, a data da primeira
consignação parcial.
CSO). Esta aprovação será efectuada por carta ou fax, contendo a listagem e referência dos documentos
aprovados.
Sempre que o volume de documentos a integrar num dado anexo justifique a criação de um arquivo próprio ( dossier),
deve o Empreiteiro proceder à sua preparação, identificação e organização nos moldes previstos na subsecção
seguinte e registar o facto no respectivo anexo.
Todos os arquivos do âmbito do PSS deverão permanecer no estaleiro arrumados de modo organizado em
estantes durante toda a fase de construção. Caso seja necessário utilizar documentos noutros locais devem ser
efectuadas cópias.
que se refere o número 6.1.8 do caderno de encargos. Associado a este documento será anexado um
complemento no qual deverá constar a identificação dos representantes dos trabalhadores, dos socorristas, o
contacto e identificação da chefia da equipa respectiva de cada um. No conjunto, devem ser identificadas todas as
pessoas necessárias para preparar e organizar os documentos a desenvolver / complementar o Plano de
Segurança e Saúde e acompanhar e garantir a sua implementação, incluindo todo o pessoal de enquadramento até
pelo menos ao nível de Encarregado de frente.
É competência do Director Técnico da Obra definir, por escrito, as funções que cada posição do citado
organograma desempenha na empreitada, incluindo nestas as relativas à segurança e saúde no trabalho tendo
em conta o estabelecido no caderno de encargos e neste PSS. Sem prejuízo das responsabilidades legalmente
conferidas ao Director da Obra, este assegurará toda e qualquer função relacionada com a segurança e saúde
no trabalho que não seja cometida a outrem.
Nas funções dos representantes dos trabalhadores, incluem-se nomeadamente a auscultação periódica de
outros trabalhadores (em particular, de Subcontratados), verificando as condições em que estes tomam as suas
refeições, condições de habitabilidade e higiene, existência de salários em dia e condições de segurança nos
trabalhos que lhes foram atribuídos.
A direcção da empreitada deverá promover a realização de visitas periódicas destes representantes pelas
diferentes frentes de trabalho fornecendo-lhes os meios para tal.
O Empreiteiro deverá assegurar que o T-SST em permanência na obra tenha formação em socorrismo e garantir
que este assegura a totalidade do apoio necessário ás frentes de obra em curso, prestando os primeiros
socorros a eventuais acidentados em menos de 10 minutos. Caso contrário deverá promover a formação em
socorrismo de outros trabalhadores da empreitada, disponibilizando a todos os socorristas, os meios de contacto
rápido para poderem ser chamados e para contactar as unidades de socorro necessárias em qualquer situação
de emergência.
Os projectos, planos e procedimentos relativos à segurança e saúde no trabalho devem ser preparados por
técnicos habilitados para o efeito, em conjunto com o(s) responsável(eis) de produção da respectiva actividade, e
verificados por técnicos com formação na área da construção, de acordo com as respectivas especialidades.
Quanto aos registos de verificação do preconizado nos projectos, planos e procedimentos devem ser efectuados
pelos encarregados responsáveis por cada frente de trabalho ou outro elemento do Empreiteiro com formação
adequada e que para o efeito seja nomeado.
Os responsáveis por cada actividade devem possuir formação e experiência adequada de forma a garantir o
bom desempenho das funções atribuídas.
O empreiteiro deverá, no prazo de 5 (cinco) dias após a notificação da adjudicação, apresentar ao Director de
Fiscalização da Obra o citado organograma funcional. Caso algum dos elementos desse organograma seja diferente
do apresentado na proposta, deverá o Empreiteiro apresentar, nos termos do caderno de encargos, o processo de
pedido de autorização de substituição, incluindo o respectivo currículo.
Durante todo o período da obra, o Empreiteiro deverá afixar no estaleiro de apoio, em local bem visível, o
organograma funcional em vigor.
O Empreiteiro arquivará no anexo 5, cópias dos organogramas funcionais datados e aprovados para a realização
da empreitada e bem assim a definição de funções.
A verificação dessa ficha deverá ser feita pelo Director da Obra, competindo ao Director de Fiscalização da Obra
aprová-la, sendo que esta poderá determinar alterações nomeadamente quanto aos documentos que cada um
poderá assinar. Os elementos do Director de Fiscalização da Obra e o T-CSO serão também identificados em
registo separado, utilizando o mesmo modelo, devendo o Empreiteiro solicitar àqueles o seu preenchimento e
manter actualizado esse registo sempre que o Director de Fiscalização da Obra indicar alterações ocorridas
durante a execução da obra.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 5, os citados registos de Controlo de Assinaturas e Rubricas.
Folha em branco
- Memória Descritiva
7, 10 e 17 do modelo S08 apresentado no anexo 1 deste documento, juntamente com as declarações nele
incluídas de acordo com os modelos apresentados no anexo 1 deste PSS.
No mesmo prazo deverá também apresentar a declaração relativa a eventuais trabalhadores imigrantes
utilizando o modelo S07 incluído no anexo 1 deste PSS. O Empreiteiro deverá também exigir declarações
idênticas a todos os seus Subcontratados.
Sempre que posteriormente houver qualquer alteração dos elementos constantes da Comunicação Prévia de
abertura do estaleiro (com excepção do ponto 15 desse modelo relativo aos subempreiteiros), o Empreiteiro
informará, por escrito, o Director de Fiscalização da Obra sobre as alterações ocorridas, no prazo de um dia a
contar dessa ocorrência. Relativamente ao citado ponto 15 da CP, o Empreiteiro deverá enviar à Director de
Fiscalização da Obra, mensalmente até ao terceiro dia do mês seguinte, a lista de subempreiteiros seleccionados
de acordo com o anexo CP1 do modelo de Comunicação Prévia apresentado no anexo 1 deste PSS.
É competência do Director de Fiscalização da Obra participar ao Dono da Obra as informações transmitidas pelo
Empreiteiro e fornecer cópia a este da CP e alterações enviadas pelo Dono da Obra ao(s) Centro(s) Local(is) ou
Unidade(s) Local(is) da da ACT.
Durante todo o período da empreitada, o Empreiteiro garantirá a afixação na vitrina referida no ponto relativo ao
projecto do estaleiro adiante apresentado, de cópia da última Comunicação Prévia enviada ao(s) Centro(s)
Local(is) ou Unidade(s) Local(is) da ACT, pelo Dono da Obra, incluindo todas as declarações anexas a esta e
bem assim as declarações do Dono da Obra e dos coordenadores de segurança em projecto e em obra.
O Empreiteiro incluirá no anexo 3, todas as cópias da Comunicação Prévia, incluindo o anexo que lhe diz
respeito, e das suas alterações posteriores, e bem assim, as listas mensais de subempreiteiros acima referida,
as informações de alteração fornecidas ao Director de Fiscalização da Obra e as declarações relativas a
eventuais trabalhadores imigrantes passadas pelo Empreiteiro e Subcontratados.
- Decreto-lei nº 292/2000 de 14 de Novembro (Estabelece o regime legal sobre a poluição sonora - Regulamento
Geral do Ruído).
- Decreto-lei nº 4/2001 de 10 de Janeiro (Estabelece as condições de entrada, permanência, saída e
afastamento de estrangeiros do território português - Vd em especial o artigo 144.º).
- Decreto-lei nº 320/2001 de 12 de Dezembro (Transpõe a designada Directiva Máquinas - Estabelece as regras a que deve
obedecer a colocação no mercado e a entrada em serviço das máquinas e componentes de segurança colocados no
mercado isoladamente).
- Decreto-Lei n.º 76/2002 de 26 de Março (Aprova o Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente
do Equipamento para Utilização no Exterior, transpondo para o ordenamento jurídico interno a Directiva n.º
2000/14/CEE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Maio. Altera ainda alguns artigos do D. L.
292/2000 de 14/11).
- Decreto Regulamentar nº 41/2002 de 20 de Agosto (Altera o Decreto Regulamentar n.º 22-A/98 relativo ao
Regulamento de Sinalização de Trânsito).
- Decreto-lei nº 34/2003 de 25 de Fevereiro (Altera alguns artigos do D. L. N.º 4/2001 de 10 de Janeiro - Vd em
especial a alteração do artigo 144.º).
- Decreto-lei nº 273/2003 de 29 de Outubro (Altera o D. L. N.º 155/95 de 1 de Julho - Transpõe para o direito interno a
Directiva nº 92/57/CEE de 24 de Junho, relativa a prescrições mínimas de segurança e saúde a aplicar nos
estaleiros temporários ou móveis).
- Decreto-lei nº 12/2004 de 9 de Janeiro (Estabelece o regime jurídico de ingresso e permanência na actividade
da construção).
- Lei n.º 99/2003 de 27 Agosto (Aprova o Código do Trabalho).
-Decreto-lei 50/2005 de 25 de Fevereiro (transpõe para ordem jurídica interna a directiva 20001/45/CE, do
parlamento europeu e do conselho de 27 de Junho, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde
para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho).
-Portaria nº. 58/2005 de 21 de Janeiro (Estabelece as normas relativas às condições de emissão dos
certificados de aptidão profissional (CAP) e de homologação dos respectivos cursos de formação profissional,
relativos aos perfis profissionais de condutor(a) manobrador(a) de equipamentos de movimentação de terras e
de equipamentos de elevação).
- Portaria n.º 299/2007 de 16 de Março ( Regulamenta o código de trabalho).
- Decreto-Lei 326-B/2007 de 28 de Setembro, (Extingue a IGT e o ISHST, e institui e regulamenta a Autoridade
para as Condições de Trabalho ACT).
- Contrato Colectivo de Trabalho Vertical aplicável às empresas que se dedicam à actividade da construção civil e
obras públicas.
- Regulamento n.º 27/99-R de 8 de Novembro de 1999 do Instituto de Seguros de Portugal (Apólice uniforme do
seguro de acidentes de trabalho para trabalhadores por conta de outrem).
- Manual de Sinalização Temporária (1997) da Junta Autónoma de Estradas – Tomo I e Tomo II
Nos casos aplicáveis deverá ainda considerar-se a seguinte legislação:
Utilização de explosivos, produtos químicos, etc.:
- Decreto-lei 521/71 de 24 de Novembro (Estabelece o regime de polícia da produção, comércio, detenção,
armazenagem e emprego de armamento, munições e substâncias explosivas e determina que a Comissão dos
Explosivos, organismo de consulta e execução constituído no Ministério da Economia, passe, com todas as
suas dependências, para o departamento da Defesa Nacional. Revoga a legislação em contrário e em especial
os Decretos-Leis n.os 36085, 44234, com excepção do seu artigo 2.º, e 44849 e o Decreto n.º 46525 - Aprova
as tabelas de taxas e emolumentos, bem como os modelos I a V anexos ao presente diploma).
- Decreto 393/75 de 23 de Julho (Cria as cédulas de operador de substâncias explosivas, de explosivos ou de
pólvoras. - Revoga o Decreto n.º 189/73, de 27 de Abril).
- Decreto-lei 376/84 de 30 de Novembro (Aprova o Regulamento sobre o Licenciamento dos Estabelecimentos de
Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos, o Regulamento sobre o Fabrico, Armazenagem, Comércio
e Emprego de Produtos Explosivos e o Regulamento sobre Director de Fiscalização da Obra de Produtos
Explosivos).
- Decreto-lei nº 265/94 de 25 de Outubro (Transpõe a Directiva n.º 93/15/CEE, do Conselho, de 5 de Abril,
relativa à harmonização da legislação sobre explosivos para utilização civil).
- Decreto-Lei n.º 139/2002 de 17 de Maio (Aprova o Regulamento de Segurança dos Estabelecimentos de
Fabrico e de Armazenagem de Produtos Explosivos e revoga o Decreto-Lei n.º 142/79, de 23 de Maio, e as
Portarias n.º 29/74, de 16 de Janeiro, 831/82, de 1 de Setembro, e 506/85, de 25 de Julho).
NORMAS
Até ao dia da consignação, o Empreiteiro deverá organizar uma compilação (dossier) devidamente identificado,
que contenha de forma organizada um índice do seu conteúdo e cópia da legislação e regulamentação aplicável,
nomeadamente a acima referida, mantendo esta actualizada e permanentemente disponível no estaleiro da
empreitada para consulta sempre que necessário.
O Empreiteiro deverá manter esta ficha permanentemente actualizada, sendo responsável pela sua preparação,
verificação e aprovação, devendo a aprovação competir ao Director Técnico da Obra no final de cada mês
traçando todas as linhas não utilizadas.
Pretende-se garantir que todos os trabalhadores da empreitada estão cobertos por seguro válido e adequado ao
tipo de intervenção. Em caso algum é permitida a permanência no estaleiro de pessoas não cobertas por seguro de
acidentes de trabalho válido.
O Empreiteiro arquivará no anexo 8, toda a informação que comprove que todos os trabalhadores presentes no
estaleiro estão cobertos por seguro de acidentes de trabalho válido, nomeadamente, as fichas mensais acima
referidas devidamente preenchidas, incluindo cópias das apólices (ou declarações acima referidas), os
comprovativos de pagamento ou validade e, caso aplicável, as cópias das folhas de vencimentos acima
referidas.
Folha em branco
- Caracterização da empreitada
Na presente secção do PSS inclui-se uma caracterização genérica dos trabalhos da empreitada, identificam-se
condicionantes e riscos especiais e registam-se algumas situações sobre a realização da empreitada.
Os elementos aqui incluídos devem ser considerados pelos intervenientes nos processos de preparação,
planeamento e execução da empreitada, que deverão avaliar e implementar as medidas de prevenção
consideradas necessárias e adequadas.
Tráfego
Acessibilidades;
Serviços existentes;
Ambientais;
Face às condicionantes referidas, torna-se então necessário encontrar soluções que permitam a execução da obra
interferindo o mínimo possível com os serviços envolventes.
Desta forma, apresentam-se de seguida alguns dos aspectos referidos:
Tráfego
A realização dos trabalhos desta empreitada deverá ter em consideração a circulação rodoviária. Em caso de
necessidade, devidamente justificada poderá a circulação rodoviária fazer-se de forma alternada devendo ser
garantida uma largura útil de 3 metros.
O Empreiteiro obriga-se a colocar na estrada, precedendo a execução de qualquer tipo de trabalhos, os sinais,
marcas e outros equipamentos considerados necessários tendo em vista garantir as melhores condições de
circulação e segurança rodoviárias durante as obras, em estrita obediência ao Decreto Regulamentar n.º 22-A/98,
de 1 de Outubro e do Manual de Sinalização Temporária da EP Tomo II.
Para conveniente apreciação, o Empreiteiro não poderá iniciar os trabalhos sem que seja aprovado um Plano de
sinalização temporária da via pública ajustado ao desenvolvimento da obra nas suas diferentes fases, de acordo
com o n.º 1 do artigo 79º do mesmo diploma legal.
Este plano deverá ser apresentado ao Director da Fiscalização e T-CSO, devendo refletir desde logo o
desenvolvimento do plano de trabalhos da empreitada, para que no dia da consignação dos trabalhos o mesmo
esteja aprovado e em condições de ser aplicado.
Acessibilidades
Os equipamentos necessários e inerentes ao processo construtivo para a realização dos trabalhos deverão ser
planeados pelo empreiteiro sendo da sua responsabilidade os custos a eles associados.
No final da realização dos trabalhos da empreitada, deverão ser repostas as condições iniciais, estando os custos
respectivos diluídos no custo geral da empreitada conforme estabelecido no Caderno de Encargos.
Serviços existentes
Os Serviços existentes e os passíveis de virem a ser afectados com a realização desta empreitada foram
identificados no projecto respectivo “Serviços Afectados”.
Proximidade de linhas de água
A proximidade de linhas de água é um condicionalismo importante e que por isso deverá ser considerado na
execução desta empreitada.
Ambientais
O local de vazadouro utilizado para o depósito definitivo dos materiais provenientes da demolição e das limpezas a
efectuar, será definido pelo adjudicatário devendo ser previamente submetido à apreciação / aprovação da
fiscalização e demais entidades licenciadoras.
O Empreiteiro arquivará no anexo 9, todos os registos relativos à identificação dos condicionalismos existentes no
local, incluindo as acções implementadas.
Como medidas para prevenir estes riscos especiais, preconiza-se a preparação para cada um desses trabalhos
de planos de monitorização e prevenção (de acordo com o previsto na secção seguinte), os quais deverão ser
elaborados pelo Empreiteiro tendo em conta o processo construtivo e métodos de trabalho que venha a
empregar. Na elaboração desses planos, os riscos especiais acima identificados e bem assim o nível de
avaliação associado, deverão ser tidos em conta na definição das medidas preventivas.
Para os materiais referidos e para todos os outros que o Empreiteiro ou o Director de Fiscalização da Obra
venha a identificar, o Empreiteiro definirá, atendendo às características dos materiais e aos processos de
manuseamento e acondicionamento, as medidas preventivas adequadas para garantir a segurança e saúde dos
trabalhadores, integrando estas medidas nos respectivos planos de monitorização e prevenção adiante referidos.
Genericamente, para todos os materiais e equipamentos incorporáveis, o Empreiteiro terá em consideração as
características dos mesmos e atenderá às indicações contidas nos rótulos das embalagens e nas respectivas
fichas técnicas, que deverão sempre solicitar aos respectivos fabricantes ou fornecedores antes da recepção dos
materiais ou dos equipamentos no estaleiro.
Nota-se que não pode ser descurada a atenção a produtos perigosos de utilização indirecta, como sejam os
combustíveis, tanto no que se refere ao seu acondicionamento, como na sua utilização.
Devem ser identificados e definidos, todos os elementos necessários instalar e planear a sua organização e
arrumação de forma a reduzir ao mínimo os percursos internos e optimizar a operacionalidade.
Sem prejuízo do regulamentado, o(s) Projecto(s) do(s) Estaleiro(s) deverá(ão) respeitar, quando aplicável, os
aspectos a seguir referidos, considerando-se para todos os efeitos os respectivos custos de preparação e
implementação incluídos no preço da proposta do Empreiteiro.
V EDAÇÕES / D ELIMITAÇÕES
Nos termos da alínea i) do Art.º 20.º do DL 273, o Empreiteiro obriga-se a tomar as medidas necessárias para que o
acesso a todas as áreas do Estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas, devendo para tal cumprir e fazer cumprir
pelos seus Subcontratados com toda a legislação aplicável e no presente PSS, seguindo ainda as indicações que o
Director de Fiscalização da Obra venha a determinar.
O Projecto do Estaleiro identificará a implantação das vedações/delimitações e as respectivas características,
tendo em conta que, sempre que possível, deverão impedir fisicamente a entrada de pessoas não autorizadas.
Sempre que o Estaleiro se situe numa área urbana onde haja circulação pedonal, as vedações devem ter pelo
menos 2 (dois) metros de altura e serem constituídas por material opaco devidamente pintado à cor a indicar em
cada caso pelo Director de Fiscalização da Obra por solicitação do Empreiteiro. Essas vedações deverão
satisfazer eventuais regulamentos municipais aplicáveis, podendo ser dotadas de aberturas, com o objectivo de
permitir aos transeuntes a observação da obra do exterior, as quais terão dimensão, espaçamento e localização
adequadas para o efeito, e constituídas de forma a não apresentarem riscos de ferimentos para os transeuntes.
Essas aberturas deverão ser aprovadas pelo Director de Fiscalização da Obra.
Tratando-se de trabalhos “lineares” (por exemplo, redes de águas, esgotos, eléctricas, telecomunicações, etc.),
onde haja ou se preveja circulação pedonal e/ou automóvel, a vedação poderá ser constituída por redes ou
barreiras (metálicas, polietileno, ou outras) de cor aberta (laranja, vermelho) com altura mínima de 1,00 m, não
sendo permitido a utilização de “fitas” para este efeito e devendo as entradas nessas áreas ser devidamente
protegidas e fechadas para evitar o acesso de pessoas não autorizadas. Esse fecho deverá ser efectuado de
forma a não permitir a sua abertura fácil, designadamente no final de cada dia de trabalho e dias de não
laboração. Essa vedação deverá ainda ser reforçada nos pontos onde haja o risco de choque de veículos contra
a mesma (designadamente, na proximidade de curvas). Esse reforço deverá ser constituído por elementos
físicos com massa suficiente aos eventuais choques dos veículos (por exemplo, recorrendo a PMB – perfis
móveis de betão, ou outros). Ao longo de toda a vedação deverá ser prevista sinalização adequada tendo em
conta o plano de sinalização adiante referido.
No caso de trabalhos novos ou intervenções em estradas deverá prever-se a aplicação de vedações idênticas às
acima referidas para trabalhos “lineares”, pelo menos em todos os locais onde seja previsível a circulação de
pessoas ou veículos numa extensão adequada e suficiente para evitar a entrada de pessoas não autorizadas.
Em qualquer dos casos, todas as entradas do Estaleiro deverão obrigatoriamente conter a sinalização de
segurança de acordo com o Plano de Acesso, circulação e sinalização adiante referido. Sempre que estiverem
abertas deverá existir no local, Guarda que proceda ao controlo das entradas, de forma a assegurar que o
acesso ao Estaleiro seja reservado apenas a pessoas autorizadas.
D ORMITÓRIOS
Os dormitórios a instalar no Estaleiro, quando existentes, deverão dispor de meios de combate a incêndios
adequados e em número suficiente, e respeitar as seguintes condições:
No interior dos compartimentos de dormitório não é permitido a existência de aparelhos eléctricos de queima do ar,
nomeadamente aquecedores, fogões, etc..
A utilização de contentores metálicos para dormitórios poderá vir a ser aceite pelo Director de Fiscalização da
Obra desde que sejam garantidas adequadas condições de sombreamento pelo menos nos meses de Março a
Setembro de cada ano.
Se na obra existir guarda permanente, deverá ser prevista uma construção para lhe servir exclusivamente de local
de repouso, com uma área não inferior a 6 m2 e com um pé-direito mínimo de 2,15 m.
I NSTALAÇÕES SANITÁRIAS
O Empreiteiro deverá disponibilizar instalações sanitárias adequadas, separadas por sexos se necessário,
devidamente resguardadas das vistas e mantidas permanentemente em bom estado de limpeza e arrumação, e
dispondo de água quente.
Caso exista dormitório no Estaleiro, deverão prever-se instalações sanitárias em zona contígua aos mesmos, sendo
obrigatório que o acesso dos dormitórios às instalações sanitárias contíguas seja feito através de zona coberta.
Estas instalações sanitárias respeitarão as seguintes condições, considerando como ocupantes todos os
trabalhadores deslocados que pernoitam no estaleiro:
Pé-direito mínimo 2,60 m
Lavatórios 1 unidade por 5 ocupantes
Chuveiros 1 unidade por 10 ocupantes (com água quente e fria)
Urinóis 1 unidade por 20 ocupantes
Retretes 1 unidade por 10 ocupantes
Altura mínima das divisórias entre chuveiros e entre retretes 1,70 m
No Estaleiro de apoio deverão ser previstas ainda instalações sanitárias com as mesmas características e elementos
acima referidos, considerando uma relação de 1:20 trabalhadores em simultâneo no Estaleiro. Deverá ainda considerar-
se vestiários com área mínima de 1,00 m2 por cada 10 trabalhadores em simultâneo no Estaleiro e de um cacifo por cada
um desses trabalhadores. Na ausência de registo e justificação por parte do Empreiteiro do número de trabalhadores em
simultâneo no Estaleiro, considerar-se-á o número máximo indicado na Comunicação Prévia, excluindo destes os
ocupantes do dormitório registados.
Nas frentes de trabalho, o Empreiteiro terá que montar instalações sanitárias adequadas para utilização dos
trabalhadores, podendo as mesmas ser amovíveis. Estas instalações sanitárias devem dispor de água
R EFEITÓRIO E C OZINHA
Todos os trabalhadores terão que dispor diariamente de condições para tomar as suas refeições, em locais e
ambiente adequados, podendo adoptar-se uma ou mais das seguintes soluções: proporcionar condições para os
trabalhadores tomarem as suas refeições em restaurantes nas proximidades (1.ª opção); instalar refeitórios e
respectivas cozinhas (2.ª opção); criar espaços para toma de refeições com condições adequadas (3.ª opção).
O Empreiteiro deverá indicar e registar o número de trabalhadores para cada uma das opções adoptadas de
entre as acima indicadas (N1, N2 e N3, respectivamente para trabalhadores que tomam refeições em
restaurantes, nos refeitórios do Estaleiro e outros espaços criados para o efeito), cobrindo o número máximo de
trabalhadores indicados na Comunicação Prévia e tendo em conta as interrupções para refeições de acordo com
o horário de trabalho aprovado e a simultaneidade de trabalhadores para tomarem as refeições (Ns). Na
ausência de indicação do número indicado para Ns, ou não aceitação de justificação por parte do Director de
Fiscalização da Obra, considera-se Ns igual ao número máximo de trabalhadores indicado na Comunicação Prévia.
A criação de espaços para toma de refeições (3.ª opção) poderá ser considerada apenas em casos devidamente
justificados pelo Empreiteiro e aceites pelo Director de Fiscalização da Obra, designadamente, a pedido de
grupos de trabalhadores apresentado por escrito pelos representantes dos trabalhadores na empreitada, ou
quando a distância das frentes de trabalho aos refeitórios não permita dispor de no mínimo 30 minutos de
permanência dos trabalhadores nestes, tendo em conta o período de descanso previsto no horário de trabalho
para a refeição e a deslocação dos trabalhadores em viaturas a disponibilizar pelo Empreiteiro. A criação desses
espaços será contudo obrigatória quando não for exigível a instalação de refeitórios de acordo com as condições
a seguir referidas para estes.
Esses espaços para toma de refeições deverão ser sempre cobertos e, sempre que necessário, protegidos das
intempéries pelo menos nos lados de ventos predominantes, designadamente nos em períodos de chuvas.
Deverão dispor de mesas e assentos em número igual ao dos trabalhadores que em simultâneo os utilizam, e
deverão ser dotados de condições e meios para os trabalhadores prepararem as suas refeições,
designadamente água em quantidade suficiente.
A instalação de refeitórios e respectivas cozinhas é obrigatória sempre que (Ns-N1-N3) > 50 trabalhadores, devendo
estes ser cobertos e abrigados das intempéries, dotados de água potável e dispondo de mesas e bancos em
quantidade adequada ao número de trabalhadores que tomem as suas refeições em simultâneo. Junto aos refeitórios
deverá existir uma zona de cozinhas com chaminés e pias com água potável em quantidade adequada ao número de
trabalhadores, onde estes possam preparar e/ou apenas tomar as suas refeições. Tanto os refeitórios como as
cozinhas, devem dispor de portas de abrir para o exterior e meios de combate a incêndios adequados e em número
suficiente.
Os refeitórios e as cozinhas a instalar no Estaleiro respeitarão as seguintes condições, considerando como
utilizadores todos os trabalhadores que tomam as suas refeições nos refeitórios:
I NSTALAÇÕES DE GÁS
Caso se instalem botijas de gás industrial ou outro para o aquecimento de água ou preparação de refeições,
estas instalações devem ser localizadas no exterior em compartimento devidamente protegido e fechado (com
chave) mas devidamente arejados, por exemplo, com portas de rede metálica. Quando estes compartimentos
sejam construídos “colados” a outras instalações deverá interpor-se uma “barreira” constituída por material com
massa adequada para absorver impactos resultantes de eventuais explosões. O Empreiteiro deverá ainda
inspeccionar estas instalações pelo menos mensalmente, registando o resultado de tais inspecções.
A RMAZÉNS DE MATERIAIS
Todos os materiais e equipamentos de pequena dimensão e/ou que possam deteriorar-se ao ar livre devem ser
adequadamente organizados e arrumados em zonas de armazenamento fechadas. Os materiais perigosos
devem ser separados dos restantes e devidamente resguardados e identificados. Poderão ainda ser
consideradas áreas específicas para materiais e/ou equipamentos segregados
F ERRAMENTARIA
As ferramentas e equipamentos de pequena dimensão devem ser guardados diariamente em zonas destinadas
para o efeito e devidamente fechadas.
No Estaleiro de preparação de armaduras, caso exista, devem ser previstas áreas organizadas para: depósito dos
varões de aço, organizado por baias para separação de varões por diâmetros; corte dos varões de aço; depósito
de desperdícios; dobragem dos varões de aço; depósito de varões de aço dobrados; área de pré-fabrico de
armaduras.
E STALEIRO DE PREPARAÇÃO DE COFRAGENS
No Estaleiro para preparação de cofragens, caso exista, devem ser previstas áreas organizadas para: depósito de
materiais para cofragens; depósito de painéis de cofragem pré-fabricados; área para execução e reparação de
cofragens; depósito de cofragens fabricadas; depósito para cofragens usadas.
P ARQUES DE P RÉ - FABRICADOS E E LEMENTOS M ETÁLICOS
No Estaleiro devem ser previstas áreas para colocação de pré-fabricados e elementos metálicos, as quais devem
ser planeadas de forma que as peças pré-fabricadas e os elementos metálicos, sejam arrumadas por tipos. Essas
áreas devem ser acessíveis aos veículos utilizados no seu transporte, carga e descarga.
Na área dos parques de pré-fabricados e elementos metálicos devem ser definidos caminhos de acesso de
forma a possibilitar a carga e descarga de peças com segurança tendo em conta o referido no Plano de Acesso,
Circulação e Sinalização adiante referido, devendo evitar-se grandes deslocações dos elementos pré-fabricados,
principalmente os de maior dimensão.
Caso os mesmos sejam descarregados junto das áreas onde vão ser aplicados, a sua deposição não poderá ser
feita próxima de valas ou cristas de taludes que apresente riscos de queda, soterramento ou interferência com as
vias em exploração.
Na organização destes parques, o Empreiteiro deverá considerar áreas específicas para armazenamento de
material rodoviário específico de separação (New Jersey/PMB, PMP) e de sinalização (sinais de trânsito).
No Estaleiro deverá, sempre que necessário, ser prevista área de parque de equipamentos móveis destinada a
estacionamento de equipamentos de apoio sempre que não estejam a ser utilizados.
Caso seja montado no Estaleiro cisterna para combustível esta deverá ser montada junto ao parque de
equipamentos, ser devidamente vedada e dispor de meios de combate a incêndios e sinalização adequada,
incluindo a proibição de fumar e foguear.
O estacionamento de equipamentos em locais de resguardo não integradas no Estaleiro e pertencentes ao Dono
da Obra requer a prévia autorização do Director de Fiscalização da Obra e tem que ser sempre feita cumprindo
todas as disposições regulamentares aplicáveis.
O parque para estacionamento de viaturas de passageiros, se existir, será separado do parque de equipamentos
de apoio e deverá ser próximo da área social do Estaleiro e junto a um acesso.
P ARQUES DE MATERIAIS
Os materiais destinados a aplicação posterior deverão ser depositados em locais do Estaleiro devidamente
arrumados e organizados tendo em conta as suas características e serão transportados para os locais de
aplicação pelos meios mais adequados.
O Empreiteiro deverá elaborar o projecto da rede de água potável e respectivos pontos de abastecimento e de
distribuição (incluindo cálculos tendo em conta as capitações adequadas às necessidades, traçado,
características da montagem, tipo de tubagem e acessórios), devendo ser acompanhado de uma memória
descritiva e justificativa das soluções adoptadas.
Caso o abastecimento seja feito a partir da rede pública, deverá ser objecto de pedido junto da entidade da área
competente para o efeito. Em caso contrário, deverá assegurar o controlo mensal da potabilidade da água
através de testes apropriados efectuados por entidades ou pessoas competentes para o efeito, registando e
afixando os resultados dos mesmos. Sempre que aplicável, deverá ser afixado junto aos pontos de distribuição e
de forma bem visível, informação indicando “Água imprópria para consumo”.
O Empreiteiro tem que garantir que no Estaleiro de apoio e em todas as frentes de trabalho em laboração existe
água potável em quantidade suficiente à disponibilidade dos trabalhadores.
O Empreiteiro deverá elaborar o projecto do sistema de rede de águas residuais (incluindo cálculos tendo em conta
as capitações adequadas às necessidades, traçado, características da montagem, tipo de tubagem e acessórios)
e respectivos pontos de destino, devendo ser acompanhado de uma memória descritiva e justificativa das
soluções adoptadas. Caso necessário, deverá obter a aprovação das entidades competentes.
O Empreiteiro deverá elaborar o projecto das instalações eléctricas (incluindo cálculos tendo em conta as
necessidades, traçado, características da montagem – enterrado e/ou aéreo, tipo de rede e acessórios) e
respectivos pontos de abastecimento e distribuição, devendo ser acompanhado de uma memória descritiva e
justificativa das soluções adoptadas. Deverá submeter esse projecto ao Director de Fiscalização da Obra com
vista à sua validação pelo T-CSO e aprovação das entidades competentes e do Dono da Obra.
Para os trabalhos que se realizarem em período nocturno ou em áreas interiores sem iluminação natural
suficiente, o projecto das instalações eléctricas deverá definir qual o sistema de iluminação a utilizar nas frentes
de trabalho e nos caminhos de acesso e circulação de viaturas e de trabalhadores.
O Empreiteiro deverá obrigatoriamente montar no Estaleiro pelo menos uma vitrina, em local bem visível e acessível
a todos os trabalhadores, destinada a afixar documentação sobre segurança e saúde, nomeadamente, a exigida na
legislação, neste PSS e no Caderno de Encargos.
O Empreiteiro deverá dar especial atenção às condições de trabalho dos trabalhadores, prevendo os meios
necessários para manutenção e conservação de todas as instalações sociais e para uma adequada limpeza de todas
as zonas de passagem ou permanência dos trabalhadores, incluindo as áreas de trabalho.
Deverá também prever a recolha dos lixos em recipientes hermeticamente fechados e providenciar a sua
remoção diária. A remoção deverá, sempre que possível, ser feita pelos serviços camarários devendo o
Empreiteiro diligenciar, junto dos mesmos, tal serviço.
C IRCULAÇÕES INTERNAS
O Projecto de Estaleiro integrará a definição dos caminhos de circulação internos, devendo ser considerado o
faseamento dos trabalhos e a necessidade de acesso de viaturas pesadas.
A RQUIVO
O Empreiteiro arquivará no anexo 12, os Projectos de Estaleiro e alterações que sejam efectuadas.
definindo a sinalização necessária para garantir a segurança nos trabalhos a realizar. Estes planos de
sinalização respeitarão a regulamentação aplicável, e serão sempre sujeitos a aprovação prévia do Dono da
Obra.
O Plano de Acesso, Sinalização e Circulação deve ser estabelecido tendo em conta, nomeadamente, o
estipulado no Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de Junho , relativo às prescrições mínimas para a sinalização de
segurança e de saúde no trabalho.
Os sinais de segurança e de saúde a empregar no Estaleiro devem ser os previstos na Portaria 1456-A/95 de 11 de
Dezembro e no Decreto-Regulamentar n.º 22-A/98, de 10 de Outubro, devendo o Empreiteiro privilegiar a utilização
de sinais que possuam marcação do fabricante (na frente ou no verso) contendo o nome do fabricante, o modelo e o
ano de fabrico, e bem assim incluir no anexo abaixo referido a declaração de conformidade desses sinais com a
legislação vigente ou, caso se trate de sinais não previstos na legislação, indicação das normas utilizadas. Essa
declaração deverá ser passada pelo respectivo fabricante e conter em anexo o catálogo desses sinais onde se
identifiquem os modelos aplicados.
Nos casos gerais, os sinais devem ser colocados à altura da visão, não devendo ser colocados mais do
que (3) três sinais juntos.
O Empreiteiro arquivará no anexo 13, cópias de todos os elementos que constituem o Plano de Acesso, Circulação e
Sinalização, excepto os Planos de Sinalização Temporária a que se refere o Decreto-Regulamentar n.º 22-A/98, de
10 de Outubro, que deverão ser incluídos no anexo 14.
Esse controlo deverá ser feito semanalmente se outra periodicidade não vier a ser definida pelo Director de
Fiscalização da Obra por solicitação do Empreiteiro. Caso venham a ser definidas periodicidades diferentes para
distintos equipamentos, deverão reunir-se na mesma ficha de controlo os equipamentos com as mesmas
periodicidades, facilitando assim a utilização destas fichas e o respectivo controlo.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (Posição indicada na ficha com Número), e arquivadas
sobrepondo as mais recentes às mais antigas e assim o maior número corresponderá ao número de fichas
preparadas para a empreitada em causa. Na posição indicada por Número de página / Total de páginas deverá
inscrever-se, para cada uma das fichas, essas indicações e assim para uma ficha constituída por 2 páginas ter-se-
ão as páginas 1/2 e 2/2.
Sempre que um equipamento não tenha a revisão em dia ou seja observado qualquer anomalia grave no todo ou
em algum dos seus componentes que possa por em risco o operador desse equipamento e/ou outros
trabalhadores, deverá o Empreiteiro tomar as medidas necessárias para evitar a utilização desse equipamento,
através da sua imobilização, remoção do local de utilização, caso possível, ou colocação sobre esse equipamento
em local bem visível, de um autocolante com a inscrição a vermelho de “AVARIADO” ou outra indicação equivalente.
Nestes casos, deverá ser aberta uma ficha de não-conformidade, utilizando-se o modelo S17 incluído no anexo 1
deste documento e inscrevendo-se o número dessa não conformidade na posição (Não Conf. N.º) prevista para o
efeito na acima apresentada.
O Empreiteiro deverá manter esta ficha permanentemente actualizada, devendo explicitar na descrição de funções
que acompanha o organograma referido na secção 1 deste PSS, a responsabilidade pela preparação, pela
verificação e pela aprovação. O técnico do Empreiteiro Responsável pela Segurança e Saúde (ou pessoa com
categoria profissional equivalente ou superior) poderá assegurar a preparação dessa ficha (incluindo o
respectivo controlo periódico), a verificação pelo Encarregado Geral (ou Encarregado de Frente, se aquele não
existir), ou outro hierarquicamente superior, e a aprovação pelo Director Técnico da Obra ou um seu adjunto.
Esse controlo geral terá de incidir sobre todos os equipamentos que envolvam riscos para os trabalhadores,
incluindo acessórios não integrados naqueles (por exemplo, lingas).
É responsabilidade do Empreiteiro:
Criar condições e incentivar os manobradores/operadores dos equipamentos a zelarem pelo bom
funcionamento destes e a comunicarem toda e qualquer anomalia que detectem;
Proceder ao controlo de todos os equipamentos de Estaleiro (próprios e dos seus Subcontratados) com
a periodicidade acima referida, assegurando a preparação, verificação e aprovação das referidas fichas;
Efectuar prontamente as correcções das anomalias detectadas.
O Empreiteiro arquivará os Registos do Controlo dos Equipamentos de Apoio no anexo 15.
vida (meio vão), verificando-se os efeitos da queda que deverá ser para espaço livre e as fixações dessa
linha, corrigindo-se as situações que se considerarem convenientes, designadamente verificando-se choque
com estruturas existentes.
A utilização de andaimes, cavaletes / cimbres ou outras estruturas provisórias, deverá ser devidamente
verificada antes da sua entrada em funcionamento, de forma a garantir que cumprem com as especificações
dos respectivos projectos aprovados.
Sempre que sejam utilizados guarda-corpos, estes deverão ser constituídos por elementos horizontais
(barra superior a 1,10 ± 0,10 metros acima da plataforma de trabalho, barra intermédia a meia altura acima
da mesma plataforma ± 0,05 metros e rodapé com 0,20±0,05 metros de altura) e elementos verticais rígidos.
Os elementos horizontais (superiores e intermédios) deverão ser constituídos por material que resista a uma
carga concentrada de 0,3 KN sem uma deflexão elástica que seja superior a 35 mm e uma carga
concentrada de 1,25 KN sem causar a sua ruptura ou desconexão, e sem se deslocar da sua linha inicial em
mais de 200 mm em qualquer ponto e os elementos verticais por material que resista à força resultante dos
elementos horizontais que neles se apoiam. Entre os rodapés e os pavimentos respectivos não poderão
existir folgas superiores a 5 mm.
As lingas para a movimentação de cargas deverão estar devidamente identificadas e documentadas com tipo
(cordões de aço, correntes), características (simples, múltiplas), secção, capacidade de carga das lingas e dos
anéis de ligação (no caso de lingas múltiplas), etc.. No caso de lingas múltiplas deverão os anéis onde se ligam
estar devidamente marcados. Deverão ser seleccionadas tendo em conta a capacidade de carga indicada pelo
fabricante, devendo privilegiar-se os cabos de aço com laços executados com braçadeiras prensadas com
marcação da carga visível. As lingas com laços executados com cerra-cabos apenas deverão ser utilizados
quando se demonstre não ser possível utilizar as de laços com braçadeiras prensadas. As lingas não deverão ser
utilizadas com ângulos superiores a 90º. Os ganchos onde as lingas irão ser utilizadas devem sempre dispor de
patilha de segurança.
Os Planos de Protecções Colectivas devem ser suportados sempre que aplicável por elementos desenhados,
designadamente relativamente ao local onde as protecções serão instaladas (sobre plantas do Estaleiro ou do projecto),
incluindo tipo e características das mesmas. Estes Planos deverão ser mantidos actualizados competindo ao Empreiteiro
proceder à sua revisão / actualização face à evolução dos trabalhos.
O Empreiteiro incluirá no anexo 16, os Planos de Protecções Colectivas preparados e implementados, devendo
ser notado sobre os mesmos as fases a que cada um deles respeita.
O Empreiteiro deverá apresentar ao Director de Fiscalização da Obra e T-CSO até 5 (cinco) dias após a consignação da
empreitada uma lista de materiais e equipamentos que serão objecto deste controlo, podendo o Director de Fiscalização
da Obra determinar em qualquer momento a inclusão nessa lista de outros materiais ou equipamentos que o Empreiteiro
deverá também controlar. Deverá também no prazo de 11 (onze) dias antes do fornecimento desses materiais ou
equipamentos, apresentar ao Director de Fiscalização da Obra e T-CSO para aprovação a respectiva ficha de Controlo de
Recepção de Materiais e Equipamentos. Competirá ao Director de Fiscalização da Obra determinar os Pontos de
Paragem (PP), caso em que no Registo de Controlo de Recepção, o Empreiteiro comunicará ao Director de Fiscalização
da Obra de forma a permitir, se a mesma assim o entender, presenciar ou proceder à verificação em causa, incluindo as
condições de armazenamento.
Nessa lista incluem-se todos os materiais ou substâncias perigosos (combustíveis incluindo o equipamento de
armazenamento destes, tintas e vernizes com riscos envolvidos na manipulação ou utilização, explosivos, etc.).
Deverão ser delimitadas e organizadas zonas específicas de armazenamento para cada um desses casos
incluindo a colocação de extintores em número e características adequados e sinalização de proibição de fumar
ou foguear.
O Empreiteiro incluirá no anexo 17, a lista de materiais e equipamentos acima referida e as respectivas fichas de
registo do Controlo de Recepção.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (Posição indicada na ficha com Número) e
arquivadas sobrepondo as mais recentes às mais antigas. Na posição indicada por
Número de página / Total de páginas deverá inscrever-se essas indicações para cada controlo efectuado.
Na utilização sistemática desta ficha, dever-se-á ter em conta o seguinte:
Elemento / Operação de construção : Descrição do elemento ou operação de construção a que a ficha
respeita.
Código : Código da ficha a que corresponde a operação / elemento de construção, conforme codificação
reflectindo a estrutura organizacional das operações e elementos de construção a definir pelo Empreiteiro.
Verificações / tarefas : Relação das verificações e/ou tarefas a realizar para controlar a segurança da
operação ou elemento de construção a que a ficha se refere. O conjunto de verificações / tarefas deverá ser
ordenado atendendo à sequência lógica de execução dos trabalhos.
Riscos : Nesta posição dever-se-ão identificar e descrever sucintamente os riscos correspondentes a cada
verificação / tarefa listada na coluna anterior.
Documentos de referência : Para cada risco identificado na coluna anterior, registar-se-ão, sempre que
aplicável, os documentos de apoio à realização de cada verificação / tarefa listada, e que deverão ser tomados
como referência para a definição das respectivas medidas correctivas / preventivas a considerar. Estes
documentos podem ser regulamentos, normas (nacionais, europeias, internacionais), especificações técnicas
(gerais ou referenciadas no Projecto), documentos de homologação, bibliografia técnica, entre outros.
Acções correctivas / preventivas : Registam-se nesta posição as respectivas acções ou medidas de
prevenção e/ou protecção a aplicar, tendo em conta os documentos de referência aplicáveis a cada risco
identificado. Essas medidas podem ser de protecção colectiva, individual ou outra, sendo que no que respeita às
protecções colectivas dever-se-á indicar apenas aquelas que não constam do Plano de Protecções Colectivas
atrás referido. Para cada risco poderão determinar-se várias acções de prevenção / protecção.
Resp. : Designação do responsável pela verificação em causa (em geral, o encarregado da frente de trabalho).
Frequência de inspecção : Posição destinada ao registo da periodicidade com que deve ser efectuada cada
verificação / tarefa e controlados os riscos e respectivas medidas preventivas que lhe estão associados.
PP : Nesta coluna deverá o Director de Fiscalização da Obra assinalar com uma cruz () se a verificação em
causa, pela sua importância, deva constituir um Ponto de Paragem (PP) dos trabalhos. Nesse caso os trabalhos só
poderão ser retomados com a intervenção dos elementos indicados na definição de funções com qualificações e
competência para avaliar e autorizar o prosseguimento dos mesmos. Na apreciação dos Planos de Monitorização
e Prevenção, o Director de Fiscalização da Obra determinará quais as verificações / tarefas que constituem Pontos
de Paragem, podendo também o Coordenador de Segurança da Obra determinar os Pontos de Paragem que
entenda necessários.
Preparado por : Zona destinada a ser rubricada e datada pelo elemento do Empreiteiro responsável pela
preparação da ficha em causa.
Verificado por : Zona destinada a ser rubricada e datada pelo Director da Obra.
Aprovado por : Zona destinada a ser rubricada e datada pelo Director de Fiscalização da Obra e/ou
Coordenador de Segurança da Obra.
Sempre que se justifique, dever-se-á elaborar uma Instrução de Trabalho e um fluxograma do processo
operatório em causa (Vd. Processos Construtivos e Métodos de Trabalho).
Até 11 (onze) dias antes de iniciado qualquer trabalho relevante, deverá o Empreiteiro submeter à aprovação
do Director de Fiscalização da Obra a respectiva ficha de Plano de Monitorização e Prevenção.
Consideram-se relevantes, nomeadamente, os trabalhos identificados na lista não exaustiva incluída no anexo
1 deste documento, a qual deverá ser complementada ao longo da obra quer por iniciativa do Empreiteiro quer
por determinação do Director de Fiscalização da Obra e/ou Coordenador de Segurança da Obra. Para todos
estes trabalhos o Empreiteiro deverá elaborar os respectivos Planos de Monitorização e Prevenção.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 18 cópia dessa lista de trabalhos relevantes, complementando-a com
outros de acordo com o referido, e bem assim todas as fichas de Planos de Monitorização e Prevenção da obra
devidamente elaboradas, assinadas e datadas.
Todas as fichas deverão ser numeradas sequencialmente (Posição indicada na ficha com Número) e
arquivadas sobrepondo as mais recentes às mais antigas. Na posição indicada por
Número de página / Total de páginas deverá inscrever-se essas indicações para cada controlo efectuado.
Na utilização sistemática desta ficha, dever-se-á ter em conta o seguinte:
Elemento / Operação de construção : Descrição do elemento ou operação de construção a que o registo
respeita. Deverá inscrever-se a mesma descrição que consta na correspondente ficha do Plano de Monitorização
e Prevenção.
Código : Código da ficha a que corresponde o elemento / operação de construção a que respeitar o registo
(igual ao da ficha de Planos de Monitorização e Prevenção na qual se baseou o registo).
Localização / Actividade : Um elemento ou operação construção pode repetir-se várias vezes numa obra.
Nesses casos deve ser preparada apenas uma ficha de Plano de Monitorização e Prevenção para esse
O Empreiteiro deverá manter esta ficha permanentemente actualizada, devendo explicitar na descrição de funções
que acompanha o organograma referido na secção 1 deste PSS, a responsabilidade pela preparação, pela
verificação e pela aprovação.
excepcionais a que este possa vir a estar sujeito (por exemplo, uso de arneses de segurança na execução de trabalhos
em altura em complemento de outras medidas de protecção colectiva).
O Empreiteiro registará a Distribuição dos EPI e Informação sobre Riscos a todos os trabalhadores da
empreitada, incluindo os dos Subcontratados, utilizando para tal o modelo S10 incluído no anexo 1 deste
documento que se apresenta a seguir em formato reduzido e dispensando indicações dada a sua fácil utilização.
Esses registos deverão ser arquivados pelo Empreiteiro no anexo 22.
Na utilização corrente desta ficha, dever-se-á ter
em conta o seguinte:
- Antes da utilização de qualquer EPI, a direcção
técnica da empreitada terá que assegurar que
são transmitidas ao trabalhador que vai utilizar o
EPI todas as instruções necessárias para o
correcto uso do equipamento e os riscos que
esses EPI pretendem proteger face às tarefas
que cada trabalhador irá desempenhar. Ao
trabalhador caberá a responsabilidade de
respeitar as instruções de utilização e participar
todas as anomalias ou defeitos que detecte no
equipamento.
- No acto da entrega de Equipamentos de
Protecção Individual, cada trabalhador deverá
assinar a sua recepção, competindo ao
empregador, nos termos da legislação em vigor,
informar aquele dos riscos que cada EPI visa
proteger. Nesse acto o trabalhador deverá
também tomar conhecimento das suas
obrigações assinando a declaração que consta
nas fichas de Distribuição de EPI e Informação
sobre Riscos.
C ONTROLO DE ALCOOLEMIA
O Empreiteiro deverá organizar um Procedimento sobre o controlo de alcoolemia e submetê-lo à aprovação do
Director de Fiscalização da Obra no prazo de 11 dias a contar da data de consignação. Nesse Procedimento o
Empreiteiro deverá estabelecer: o responsável pela realização do controlo de alcoolemia através de exame de
pesquisa de álcool no ar expirado; a periodicidade de realização deste controlo de forma a abranger todos os
trabalhadores na empreitada sendo que cada trabalhador deverá ser sujeito a esse controlo no mínimo
trimestralmente; as acções de informação e de sensibilização que deverão preceder o referido controlo de
alcoolemia; a taxa de alcoolemia que determinará a suspensão de prestação do trabalho na empreitada, a qual
não poderá ser superior a 0,50 g/l (gramas por litro); a forma de registo dos resultados do controlo; e bem assim
outros elementos que o Empreiteiro ou o Director de Fiscalização da Obra considerar necessários.
Os resultados do controlo de alcoolemia deverão ser arquivados pelo Empreiteiro no mesmo anexo 22.
C APACETES DE P ROTECÇÃO
Para permitir a identificação de cada trabalhador em função da sua categoria profissional, o Empreiteiro utilizará
na obra o sistema de cores de capacetes que se indica no quadro a seguir, podendo propor ao Director de
Fiscalização da Obra outro sistema no prazo de 5 (cinco) dias a contar da data de consignação. Na frente do
capacete deverá ser aposto por colagem adequada (impermeável) a identificação da entidade empregadora.
A CÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
As acções de sensibilização deverão ter lugar: num dos primeiros dias da abertura do Estaleiro; durante a execução
dos trabalhos com periodicidade previamente definida; sempre que entre no Estaleiro novo trabalhador, grupo de
trabalhadores ou subcontratado incluindo a sucessiva cadeia de subcontratação. Estas acções de sensibilização
deverão ser previamente programadas com vista a ocuparem o tempo estritamente necessário tendo em conta o
número e tipo de destinatários.
O Director Técnico da Obra deverá transmitir ao colectivo dos trabalhadores (incluindo os dos Subcontratados), a
política da segurança e saúde no trabalho que definiu para a empreitada; os principais riscos e respectivas
medidas previstas na empreitada; as causas e consequências de acidentes de trabalho que tenham
eventualmente ocorrido na empreitada; o procedimento de controlo de alcoolemia e informação sobre limite da
taxa de alcoolemia que determina a suspensão do trabalho, etc.. Deverá também apresentar de forma sucinta,
outros aspectos essenciais contidos no PSS da empreitada e que interessem à generalidade dos trabalhadores.
Sempre que, no decurso da execução da obra, um novo trabalhador seja integrado no Estaleiro, o Director
Técnico da Obra deverá também garantir que lhe sejam fornecidas informações gerais sobre segurança e saúde
nesta empreitada.
F OLHETO DE ACOLHIMENTO
A todos os trabalhadores da empreitada, o Empreiteiro deverá entregar no momento de entrada, um Folheto de
Acolhimento, em formato tão reduzido quanto possível mas legível, contendo informação, nomeadamente, sobre:
- Mensagem de boas vindas subscrita pelo Director da Obra;
- Política de segurança e saúde para esta empreitada;
- Organograma nominal da obra (preferencialmente incluindo fotografias);
- Comunicação Prévia (parte geral);
- Principais características da empreitada (incluindo quantidades de trabalho mais significativas);
- Plantas do estaleiro de apoio reduzidas com indicação expressa das diferentes instalações;
- Principais telefones de emergência (incluindo do Estaleiro de apoio);
- Equipamento de protecção individual de uso permanente por todos os trabalhadores;
- Regras a seguir em caso de acidente.
A FIXAÇÃO DE INFORMAÇÕES
O Empreiteiro deverá instalar uma vitrina específica para afixação de informação sobre segurança e saúde no
trabalho. Essa vitrina deverá ser colocada em local bem visível pela generalidade dos trabalhadores da
empreitada, não sendo admissível a sua colocação no interior de escritórios. Nessa vitrina da segurança e saúde
no trabalho, o Empreiteiro deverá afixar no mínimo:
- Comunicação Prévia, incluindo as declarações referidas na secção 2 deste PSS;
- Organograma nominal;
- Horário de trabalho;
- Tabela de salários mínimos;
- Quadro com registo de telefones de emergência;
- Quadro de registo de acidentes e índices de sinistralidade laboral,
- Extracto do plano de formação e informação que inclua temas, datas e locais de realização e destinatários.
Poderá ainda prever nessa vitrina a colocação de figuras com referências a aspectos específicos sobre a
realização de trabalhos em curso e informações relativas às acções de formação e informação que decorrerão
no Estaleiro sobre segurança e saúde.
Deverá ainda afixar noutros locais de grande visibilidade pelos trabalhadores (designadamente, refeitórios),
alguma da informação atrás referida para a vitrina, para além de informações gerais realçando aspectos
essenciais do PSS da empreitada, incluindo figuras com situações de risco e prevenção relativas aos trabalhos
em curso em cada momento, devendo nestes casos substituir-se periodicamente as informações afixadas de
forma a evitar a habituação do trabalhador e o excessivo número de informações afixadas.
Para além das acções de sensibilização dirigidas a todos os trabalhadores da empreitada, o Empreiteiro deverá
também organizar reuniões periódicas com grupos de trabalhadores, preferencialmente nos próprios locais de
trabalho. Em particular, tratando-se de trabalhos junto a vias em operação (rodoviárias ou ferroviárias), o
Empreiteiro terá que organizar uma acção com todos os trabalhadores intervenientes na intervenção em causa
antes de iniciado qualquer trabalho e no próprio local.
Consoante as características dos trabalhos e número de trabalhadores existentes no Estaleiro, estes grupos poderão
ser constituídos por categorias profissionais ou por tipos de trabalho que executam, tendo em conta a eventual
existência de trabalhadores imigrantes e respectivos idiomas. Nestas reuniões deverão ser analisadas os Planos
de Monitorização e Prevenção aplicáveis aos trabalhos que o grupo de trabalhadores irá executar. A duração destas
reuniões dependerá da complexidade de cada tipo de trabalho, devendo em regra cingir-se ao mínimo necessário.
O Empreiteiro incluirá no anexo 23 todos os documentos desenvolvidos no âmbito do Plano de Formação e
Informação dos Trabalhadores, nomeadamente calendarizações de acções, assim como os registos
comprovativos da realização das mesmas.
GNR-BT) e nos termos definidos no Caderno de Encargos, bem como de conhecimento a outras entidades que o
Director de Fiscalização da Obra, T-CSO e/ou Dono de Obra entenda como necessárias ser dado conhecimento
dos trabalhos (p.ex: INEM, Protecção Civil, Câmara (s) Municipal(is), entre outras.
Os Planos de Sinalização Temporária na Via Pública devem ser elaborados tendo em conta:
- As condicionantes dos locais a intervir e os horários previstos para a realização dos trabalhos.
- O previsto na legislação e regulamentos aplicáveis, nomeadamente:
Decreto Regulamentar n.º22 – A/98, de 1 de Outubro – Regulamento de Sinalização de Trânsito. Com a
nova redacção, dada pelo Decreto-Regulamentar n.º 41/2002, de 20 de Agosto.
Manual de Sinalização Temporária da ex- JAE, 1997.
o Para demarcação e guiamento das vias de trânsito deverão ser utilizados, preferencialmente
as barreiras de guiamento amovíveis e mini-balizadores refletorizados;
o A separação das vias de trânsito de veículos das zonas de trabalho deverá ser feita com perfis
rígidos tipo “New-Jersey” de betão (sempre que possível, deverão ser cravados ao solo)
alternados com perfis móveis de plásticos;
o A sinalização horizontal temporária deverá ser efectuada, preferencialmente, com recurso a fita
adesiva amarela associada a marcadores refletorizados.
Independentemente do acima exposto, toda e qualquer intervenção da obra com impacto sobre a circulação em via
pública (rodoviária ou pedonal), deverá ser objecto de validação pelo T-CSO e posterior aprovação pelo Dono de
Obra e de conhecimento/aprovação pelas autoridades (PSP/GNR-BT, Câmara Municipal, entre outras).
Todos os encargos referentes à sinalização temporária da via pública e respectivos desvios de tráfego serão
comportados nas rubricas referentes a Sinalização Temporária.
O Empreiteiro terá de garantir que no âmbito dos desvios provisórios de trânsito, os equipamentos de segurança
utilizados deverão estar sempre em ordem e de acordo com o projecto e a legislação em vigor, e para isso deverá
fazer todas as diligências necessárias para o(s) manter em funcionamento.
O Empreiteiro arquiva no anexo 14, cópias de todos os Planos de Sinalização Temporária na Via Pública e
eventuais alterações aos mesmos. Estes Planos de sinalização temporária na via pública deverão conter os
requisitos de inspecção e manutenção da sinalização e dispositivos de controlo do trânsito instalados. Isto é, deverá
ser elaborado pelo Empreiteiro modelo de registo, que espelhe a monitorização efectuada, quer seja através de
registo fotográfico diário, quer seja através de registo escrito diário da implementação da sinalização temporária em
grelha a elaborar para o efeito.
Antes de iniciadas as escavações com meios mecânicos deverão ser identificadas e devidamente
sinalizadas as infra-estruturas existentes considerando uma faixa de segurança de 1,50 metros para
qualquer dos lados dessas infra-estruturas; dentro dessa faixa de segurança as escavações,
preferencialmente manuais, deverão ser permanentemente supervisionadas;
Todas as escavações têm que ter talude com inclinação adequada ao tipo e condições do terreno ou
serem entivadas, devendo em qualquer dos casos "sanear-se" as paredes da escavação de elementos
soltos;
Quando for o caso, deverão ser identificados os processos de entivação e respectivos cálculos
justificativos tendo em conta os regulamentos em vigor;
Os equipamentos deverão circular sempre afastados das cristas dos taludes e dos limites superiores das
valas a uma distância de metade da profundidade, com o mínimo de 0,60 metros. Essa delimitação deverá
ser efectuada de forma a impedir a entrada ou queda de viaturas, devendo o Empreiteiro submeter
previamente ao Director de Fiscalização da Obra o método de delimitação que propõe utilizar devidamente
justificado face aos riscos envolvidos. Tais delimitações poderão ser constituídas por redes de polietileno
cor laranja com pelo menos 1,00 metro de altura (caso não haja o risco de queda de viaturas) e/ou com
elementos tipo New Jersey (caso esse risco seja identificado especialmente tratando-se de grandes
profundidades), para além de outros processos equivalentes que o Empreiteiro ou o Director de
Fiscalização da Obra venha a determinar;
No cimo dos taludes acessíveis por pessoas devem ser montados, a distância adequada, guarda-corpos
com resistência tal que garantam uma protecção colectiva adequada face ao risco de queda, com os
rodapés prevenindo também o risco de rolamento de objectos para a escavação;
Não devem ser depositados ou colocados materiais provenientes de escavação nem outros, junto aos
bordos superiores (cristas) dos taludes de escavação a menos de metade da profundidade com o mínimo
de 0,60 metros destes;
Verificar diariamente, antes de iniciar qualquer trabalho junto dos taludes, a estabilidade dos mesmos ou
da entivação (existência de fissuras no terreno, defeitos do material de entivação, cedência da entivação,
etc.);
Assegurar a existência de meios de acesso a essas escavações, nomeadamente através de escadas em
número suficiente para que cada trabalhador nessa escavação não tenha que percorrer uma distância
superior a 15 metros desde o local onde se encontra até uma das escadas; quando a profundidade seja
superior a 3 metros, essas escadas devem possuir guarda-corpos laterais;
Nas escavações em vala para assentamento de tubagens, a extensão de vala aberta deverá ser
devidamente compatibilizada com o ritmo de assentamento da tubagem, para que não haja em qualquer
momento uma extensão de vala aberta que exceda meio-dia de trabalho de assentamento da respectiva
tubagem. No final de cada dia de trabalho, caso haja a vala aberta essa deverá ser devidamente
delimitada por um ou mais dos métodos acima referidos;
Produtos provenientes de desmatação combustíveis não poderão ser queimados no local;
Os planos de escavações têm que ser apresentados pelo Empreiteiro e submetidos, em condições de aprovação, à
apreciação do Director de Fiscalização da Obra até 22 dias antes do início dos trabalhos respectivos, não podendo
o Empreiteiro executar qualquer trabalho de escavação antes do Dono da Obra aprovar o plano respectivo.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 32, esses planos de escavações e eventuais alterações.
Deverá ser anexo no plano de execução de elementos de drenagem a forma como será realizada a gestão dos
resíduos resultantes da construção e demolições de acordo com o especificado no dossier de Ambiente.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 34, o plano de execução de elementos de drenagem e eventuais
alterações.
Estes Planos deverão incluir para além do acima referido, um esboço cinemático para cada uma das fases
envolvidas (montagem, utilização e desmontagem), no qual esteja especificado em cada fase as medidas
preventivas a implementar com vista a garantir a segurança dos trabalhadores.
O projectista contratado pelo Empreiteiro para elaborar o Plano de Entivação deverá confirmar "in situ" os
pressupostos utilizados no cálculo, obrigando-se o Empreiteiro a proceder aos ensaios para tal necessário.
O Empreiteiro deverá garantir durante a execução da obra que o material utilizado nas estruturas de entivação se
encontra em bom estado de conservação, mantendo as características que lhe foi atribuída no projecto.
As estruturas de entivação e respectivos acessos só poderão ser utilizados depois de terminada a sua montagem e
verificado e registado o cumprimento do especificado. Durante a montagem e ao longo da sua utilização, deverão
estas estruturas ser objecto de reportagem fotográfica capaz de em qualquer instante documentar o estado destas
e dos seus apoios. Esta reportagem deverá ser fornecida à Director de Fiscalização da Obra.
Os Projectos das Estruturas de Entivação deverão ser acompanhados de:
documentos demonstrativos da estabilidade (ou cálculos) em relação à capacidade de suporte, perda de
equilíbrio, deslizamento, derrubamento, rotura e desmoronamento, em face das acções estáticas e
dinâmicas a que serão sujeitos na sua montagem, utilização e desmontagem, identificando os respectivos
coeficientes de segurança e deformações em serviço (a estrutura de suporte, os elementos de apoio
próprios para a fase de betonagem e/ou de avanço,...);
certificados identificadores da boa qualidade dos materiais e do seu estado de conservação;
ser acompanhados de termos de responsabilidade dos respectivos Técnicos Autores dos Projectos;
termos de responsabilidade relacionados com a Execução destes Equipamentos;
Estes projectos deverão ainda incluir os elementos escritos e desenhados suficientemente pormenorizados que
permitam:
demonstrar que foi seleccionado o equipamento mais adequado para a utilização prevista;
identificar as verificações a efectuar no âmbito do Plano de Monitorização e Prevenção, assim como a
frequência das inspecções a realizar e dos respectivos registos. As inspecções e verificações dos
elementos a utilizar na montagem da estrutura de entivação, e a identificação dos responsáveis por essas
verificações, sistema de rejeição e segregação de peças defeituosas;
identificar as acções de formação e informação que deverão ser desenvolvidas com vista a garantir o
adequado comportamento dos instaladores e utilizadores durante a montagem, utilização e desmontagem
(identificar os meios humanos necessários para essas fases), em especial no que se refere à utilização
das protecções colectivas e individuais complementares;
demonstrar que foram cumpridas as distâncias de segurança em relação a pontos de risco, como sejam
taludes resultantes de escavações, zonas de circulação,...;
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 36, esses Planos de Montagem, de Utilização e de Desmontagem de
Entivações e eventuais alterações.
submeterá a esta para apreciação, em condições de ser aprovado, até 22 (vinte e dois) antes do início dos
trabalhos em causa, um Plano de Cofragens e Betonagens, identificando:
A estrutura de apoio da cofragem, (prumos, cavaletes / cimbres) a utilizar, incluindo travamentos, os
sistemas de apoio e método de montagem e desmontagem do conjunto, bem como as inspecções e
verificações sistemáticas a efectuar (listas de verificação);
As cofragens a utilizar, incluindo escoramento e travamento das mesmas e respectivas medidas
preventivas de protecção colectiva a integrar para prevenir os riscos associados nas fases de montagem,
utilização e desmontagem à operação, nomeadamente caso se verifique plataformas de trabalho com o
mínimo de 0,60 metros de largura livre e guarda-corpos ou outros dispositivos adequados à prevenção de
quedas em altura; caso sejam utilizados óleos descofrantes deverão privilegiar-se óleos de base vegetal
em vez dos de base mineral por estes conterem solventes orgânicos voláteis eventualmente tóxicos,
evitando-se assim o eventual risco de irritação cutânea e de ataque dos pulmões;
Método de colocação do betão, equipamento utilizado, seu posicionamento e meios humanos a envolver;
A sequência de execução das betonagens/projecções dos elementos a betonar;
O faseamento de execução dos mesmos, identificando as juntas de betonagem;
Métodos de protecção das pontas de varões de aço caso se situem a altura que possam originar lesões
aos trabalhadores.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 37, esses Planos de Cofragens e Betonagens e eventuais alterações.
- Monitorização e Acompanhamento
Sem prejuízo das acções diárias e/ou periódicas que deverão ser realizadas por todos os intervenientes nesta
empreitada, quer em cumprimento das obrigações legais aplicáveis, quer por exigência do caderno de encargos
do qual este Plano de Segurança e Saúde faz parte integrante, referem-se as seguintes acções específicas para
verificar o desempenho do Empreiteiro na implementação da segurança e saúde no trabalho nesta empreitada:
Registo de acidentes e índices de sinistralidade laboral;
Monitorização mensal;
Comissões de Segurança e Saúde;
Auditorias e Inspecções.
Sem prejuízo de outras comunicações estabelecidas legalmente, o Director Técnico da Obra é responsável por
comunicar por escrito ao T-CSO todos os acidentes de trabalho acima referidos comunicados às Companhias de
Seguros, de acordo com o seguinte:
Essa comunicação deverá ser feita no prazo máximo de 24 horas após o acidente. Essas
comunicações são feitas pelo envio do Registo de Acidente de Trabalho de acordo com o modelo S18
incluído no anexo 1 deste documento, o qual deve conter todos os dados disponíveis à data do acidente.
No prazo máximo de 5 (cinco) dias após a data do acidente, o Empreiteiro terá que enviar o Relatório de
Investigação do Acidente . Esse relatório deve conter no mínimo as causas do acidente e as medidas de
prevenção implementadas, destinadas a evitar a ocorrência de acidentes do mesmo tipo, e deverão ser anexados
pelo Empreiteiro aos respectivos Registos de Acidente de Trabalho.
Caso o trabalhador acidentado permaneça de baixa por um longo período, o Empreiteiro obriga-se a
enviar até ao quinto dia útil de cada mês, informação sobre a evolução do estado de saúde do(s)
acidentado(s) e previsão do seu regresso ao trabalho. Caso o trabalhador sinistrado tenha que ficar internado
e permaneça como tal, essa informação deverá ser prestada no primeiro dia útil de cada semana, durante um
período de pelo menos quatro semanas seguidas, a menos que termine entretanto esse internamento.
No prazo máximo de 5 (cinco) dias após o regresso ao trabalho do acidentado ou após a data do
apuramento (efectivo) de eventual grau de desvalorização, o Empreiteiro terá que enviar o Relatório Final
que integrará obrigatoriamente o Registo de Acidente de Trabalho completamente preenchido e o Relatório
de Investigação do Acidente.
Mensalmente, o Empreiteiro deverá elaborar a ficha modelo S19 incluída no anexo 1 deste documento, onde se
pretende resumir os acidentes de trabalho ocorridos no mês e todos os sinistrados em meses anteriores que
ainda se encontrem de baixa ou que tenham regressado ao trabalho durante esse mês.
O Empreiteiro deverá elaborar essas fichas até ao 5.º dia de cada mês, arquivando-as no anexo 24.
A ocorrência de quaisquer Incidentes, isto é, situações ocorridas das quais não resultou lesão corporal de
qualquer pessoa mas com elevado potencial de poder vir a resultar em acidente grave, deverão também ser
comunicados ao Director de Fiscalização da Obra no prazo de 2 (dois) dias seguintes ao acontecimento
acompanhado de um relato da ocorrência e respectivas medidas tomadas para evitar a sua recorrência. Estes
relatos deverão também ser arquivados no anexo 24.
A Comissão de Segurança da Obra deve reunir periodicamente (em princípio, mensalmente ou outra
periodicidade que venha a ser definida pelo Dono da Obra ou o Director de Fiscalização da Obra) para analisar o
estado de implementação do Sistema; apoiar as tarefas do Director de Fiscalização da Obra; identificar as
alterações que se mostrarem necessárias para a melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho e
analisar eventuais acidentes e índices de sinistralidade laboral registados na empreitada, e as medidas
preventivas implementadas.
No fim de cada reunião, o Director de Fiscalização da Obra promoverá a elaboração da respectiva acta e
assegurará a sua distribuição pelos intervenientes nesta Comissão no prazo de 11 (onze) dias.
O Empreiteiro deverá arquivar no anexo 28 as actas das reuniões da Comissão da Segurança da Obra.
Outubro de 2018
Técnico Segurança
________________________________