O Dízimo A Doação e o Novo Testamento
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O Dízimo A Doação e o Novo Testamento
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Índice analítico
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(Dimitris, o líder, a despeito do tempo que ele gastava conosco, jovens crentes,
era também um trabalhador em tempo integral e ainda um estudante,
ganhando seu sustento com trabalho duro), a pergunta permaneceu. Aqui
estava esta organização que parecia ter um claro entendimento da Palavra de
Deus e ainda eles estavam pregando sobre os princípios do dízimo do Velho
Testamento. Mas, eu pensei, se o dízimo ainda era válido, por que o sacrifício
dos touros não era válido também? Não eram ambos partes da mesma lei? Eu
deixei a questão de lado mas as perguntas continuaram. Desde então em
mudei de lugares e visitei várias igrejas. O que eu invariavelmente descobri é
que embora estas igrejas fossem diferentes em muitas coisas, elas tinham pelo
menos uma coisa em comum: elas estavam apontando para o dízimo ou
acreditavam na lei do dízimo. A referência ao dízimo era menos frequente ou
mesmo ausente (embora fosse o princípio aceitável) em congregações médias
ou grandes, mas muito frequentes, quase semanalmente, em congregações
pequenas. Longe disso, embora nossa confraria na Grécia não tivesse um
orçamento, muitas destas igrejas tinham orçamentos que valiam centenas de
milhares de dólares! Quantias enormes. Contudo, a maior partes destas
quantias orçamentárias era para os salários de pessoal, despesas com
construção e contas. Isto também não se encaixava bem! O Novo Testamento
não diz para ajudar os pobres? Nós não devíamos dar sustentação aos
missionários que espalham a palavra? E ainda além destas enormes quantias
orçamentárias, somente uma parte escassa era para as missões e quase
nenhuma parte era para os pobres. Esse foi um segundo baque. Então, no
começo de 2008, eu consegui um questionamento de um leitor de minha
revista online, o Journal of Biblical Accuracy, relativo a essa mesma questão, a
questão do dízimo. Eu comecei então a ver esta questão da perspectiva da
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De acordo com esta visão, dízimo é dar 10% de seu rendimento (pré-
fixado ou pós-fixado – as opiniões são diferentes) para a organização da igreja
a que você seja afiliado (a irmandade da igreja que você provavelmente assiste
aos domingos). Este dinheiro então é usado para dar sustentação ao
orçamento da igreja (aluguel, contas, salário de pessoal, missões, etc.). Para
muitos, não dar o dízimo é considerado um pecado. Muitas vezes você ouvirá
as pessoas recitarem Malaquias 3:8-12, que diz:
Muitos usam estes versículos para dizer que não trazer os “dízimos e
ofertas” para a causa de Deus (conceito que eles tomam para significar a
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O que quer que esteja escrito na Escritura foi escrito para o nosso
aprendizado. Nós podemos aprender pela leitura do Deuteronômio. Nós
podemos aprender pela leitura de Malaquias ou qualquer outro livro do Velho
Testamento. Contudo, embora tudo estivesse escrito para o nosso
aprendizado, nem tudo está escrito para a nossa aplicação. O Velho
Testamento é endereçado aos judeus que estavam vivendo sob a lei mosaica.
Jesus Cristo não havia chegado ainda. O preço pela indenização de nossos
pecados ainda não tinha sido pago. O sumo sacerdote ainda não havia
chegado. Como Paulo diz em Gálatas 3:23-26:
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Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. “Porque todos sois
filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.”
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Levítico 27:30-34
“Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto
das árvores, são do Senhor; santas são do Senhor. Porém, se alguém das
suas dízimas resgatar alguma coisas, acrescentará a sua quinta parte
sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o
que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor. Não se
investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma
maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão
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Note no último versículo que dízimo é parte dos mandamentos, parte da lei
que Deus deu a Moisés para as crianças de Israel no monte Sinai. Esta era a lei
que foi abolida pelo sacrifício de Cristo. E o dízimo, sendo parte desta lei, foi
dado não para a aplicação geral, mas para as crianças de Israel, até seu
cancelamento pelo sacrifício e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui
estão mais algumas passagens sobre o dízimo:
Número 18:20-32
“Disse também o senhor a Arão: na sua terra herança nenhuma terás, e
no meio deles, nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança
no meio dos filhos de Israel. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos
os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o
ministério da tenda da congregação. E nunca mais os filhos de Israel se
chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado
e morram. Mas os levitas executarão o ministério da tenda da
congregação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas
gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma
herança terão, Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao
Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto
eu lhes disse: no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. Então o
Senhor falou a Moisés, dizendo: também falarás aos levitas, e dir-lhes-ás:
quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho
dado por vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor, os
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Número 18:21
E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por
herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da
congregação.”
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I Pedro 2:5
“Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus
por Jesus Cristo.”
I Pedro 2:9
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido”
Revelação 1:5-6
“Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e
nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para
todo o sempre. Amém.”
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Mateus 23:8-12
“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso
Mestre, a saber Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém chamais
vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos
chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior
dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será
humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado."
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Conclusão
Vamos resumir o que aprendemos até agora. Como vimos, o dízimo era
parte da lei do Velho Testamento, parte das ordenanças que Deus deu às
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crianças de Israel através de Moisés. Conforme parece para mim, havia dois
dízimos. O primeiro dízimo seria para os levitas, enquanto o segundo era
usada pelo povo mesmo, em regozijo, diante do Senhor ou no terceiro ano era
colhido para os pobres e (novamente) para os levitas. O dízimo é parte da lei e
como tal ele pertence à mesma categoria como sacrifícios animais e as muitas
e várias regulamentações que esta lei ditou. Nós também vimos que o Novo
Testamento dá ênfase clara que a lei com suas ordenanças foi abolida pelo
sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. Por causa disto nós não estamos mais
sacrificando animais hoje. Se alguém pergunta por que nós não fazemos isto,
nós corretamente dizemos “porque isto é parte da lei mosaica e esta lei não
tem mais valor. Jesus Cristo, através de Seu sacrifício na cruz, aboliu em sua
carne a inimizade, a lei dos mandamentos contidos nas ordenanças. Nós não
mais estamos sob a lei”. A mesma razão que nós usamos para não sacrificar
animais é também verdadeira para o dízimo. O dízimo era, juntamente com o
sacrifício animal, assim como outras ordenanças, parte da lei mosaica. O que
quer que seja válido para um é válido também para o outro. A lei mosaica
tornou-se obsoleta a aproximadamente 2.000 anos atrás, com o sacrifício de
Cristo. Junto a isto, os sacrifícios de animais, o dízimo e as outras ordenanças
da lei também se tornaram obsoletas! Nós podemos aprender delas, mas isso
não significa que elas sejam para nossa aplicação direta. É portanto o dízimo
bíblico? Sim, é. Ele é bíblico como ele está na Bíblia. No entanto, o dízimo é
relevante e válido para o cristão? Aqui a resposta é não! O que é para nossa
aplicação direta em relação à doação é que nós vemos escrito no Novo
Testamento. E o que nós vimos lá não é dízimo e contribuintes, mas doação
alegre de coração, de acordo com a capacidade de cada um. Agora vamos
atentar para isto.
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Conforme nós dissemos no artigo: “Por que o dízimo não é para o crente
do Novo Testamento”, o dízimo é um termo quase desconhecido no Novo
Testamento. Eu preciso esclarecer aqui que quando estou falando de Novo
Testamento quero dizer a Nova Aliança, a aliança que foi instituída com o
sacrifício do Senhor Jesus Cristo. O Velho Testamento, a Velha Aliança, tem de
fato muito a dizer sobre o dízimo (esta palavra é usada lá 36 vezes), mas não o
Novo. Em contraste, o Novo Testamento diz muito sobre se dar. Para ver o
que a Palavra de Deus nos diz – quem vive sob a Nova Aliança, sob esta
presente administração de graça - nós começaremos por 2 Coríntios 8. Isto,
junto com 2 Coríntios 9 (que nós estudamos em um artigo separado), trabalha
diretamente com a questão da doação e contém muita riqueza de informação.
Nós exploraremos esta informação conforme se segue: Nós iremos ler blocos
da Escritura de 2 Coríntios 8 e então nós exploraremos o que elas estão nos
dizendo sobre a doação.
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Esta passagem de 2 Coríntios fala sobre os crentes, o povo que fez as igrejas
da Macedônia. Paulo descreve aqui como eles se deram, e, embora haja mais
a ser descoberto nesta passagem, eu notei o seguinte:
1. O que eles deram era uma GRAÇA. Em outras palavras, uma tradução mais
acurada aqui seria: “que nós tivéssemos recebido a graça e o companheirismo
do ministério para os santos”. O que foi administrado aos santos na era da
graça não é chamado de “dízimo”, mas de “graça”. A doação do dízimo (dar o
dízimo) pertence à era da lei. Na era da graça o que você tem não é mais o
dízimo, mas a “graça de doar”.
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3. “ministério para com os santos” (2 Coríntios 8:4). Agora para que era esta
graça? Era para a comunicação com os santos. Paulo nos diz mais sobre esta
“comunicação” em Romanos 15:25-26:
“Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu
bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre
os santos que estão em Jerusalém.”
Esta foi a última visita de Paulo a Jerusalém. Lá ele foi preso. Conforme ele
disse sobre o propósito desta viagem em Atos 24.17: “Ora, muitos anos depois,
vim trazer à minha nação esmolas e ofertas". Conforme vemos acima, o
ministério para os santos, a graça que os crentes na Macedônia e Acaia
(Corinto) contribuíram livremente, as contribuições voluntárias, foram
contribuição "para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém”
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Gálatas 2:9-10
“E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as
colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em
comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e
eles à circuncisão; recomendando-nos somente que nos lembrássemos
dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.”
Tiago, Pedro e João disseram uma coisa a Paulo: “lembre-se dos pobres”! E
Paulo executou isto. As pessoas hoje doam o seu dízimo para a igreja aonde
elas vão aos domingos, muito disso vai para as despesas de administração,
com uma pequena parte (se houver) deixada para os pobres. Na igreja do
Novo Testamento, contudo, era de outra maneira: as pessoas não estavam
doando involuntariamente – por culpa – mas voluntariamente, e embora
houvesse outros propósitos de doação (como nós veremos mais tarde), dar
para os santos pobres era provavelmente a coisa mais importante.
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2 Coríntios 8:5-8
“ E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se
deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.
De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha
começado, assim também acabasse esta graça entre vós. “Portanto,
assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em
toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também
abundeis nesta graça. Não digo isto como quem manda, mas para
provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor.”
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fazendo era estabelecer a verdade. Conforme ele disse: “eu estou provando a
sinceridade de seu amor pela diligência dos outros” (2 Coríntios 8:8). Não eram
palavras vazias, mas suporte verdadeiro.
2 Coríntios 8:10-15: Doar além de nosso desejo e de acordo com o que se tem
2 Coríntios 8:10-11
“pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começaste; e não foi
só praticar, mas também querer. Agora, porém, completai também o já
começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja
também o cumprimento, segundo o que tendes.”
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“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a
Sua vontade”.
Deus está a trabalho em nós para termos vontade, desejar, querer e assim
fazer o que é de Sua vontade. Novamente, conforme observamos, a forma que
Deus trabalha é colocando totalmente um desejo em nosso coração. Esta é a
forma primária que Ele usa para nos motivar. A coerção e a culpa são
motivadores errados e inválidos.
Agora falando sobre desejo, e conforme nós também veremos
extensamente em nosso estudo de 2 Coríntios 9, um cristão verdadeiro que
tem o amor de Deus nele de fato tem um desejo de ajudar seus irmãos pobres.
João torna claro que se alguém vê um irmão em necessidades e tem como
ajudá-lo, mas escolhe “lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor
de Deus?” (1 João 3:16-18).
Continuando em 2 Coríntios 8:
2 Coríntios 8:10-15
“completai o já começado, para que, assim como houve a prontidão de
vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque,
se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e
não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros
tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo
presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também
a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; Como está
escrito: o que muito colheu e não teve de mais; e o que pouco, não deve
de menos.”
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Há tantas verdades nesta passagem que poderia ser pregado muito, muito
mais do que o dízimo do Velho Testamento. Paulo, falando para os Coríntios
sobre doação, nos diz que eles deveriam dar “segundo o que eles tivessem”!
Agora, se o dízimo fosse válido no Novo Testamento –o que não é – eu retiraria
Paulo para fazer um comentário geral: “você doa 10% de seu lucro. Ponto.”
Ele está dizendo alguma coisa desta forma? Você pode ter ouvido isso sendo
pregado (explícita ou implicitamente) de um púlpito, mas não ouvirá isso da
Palavra de Deus! E adivinhe quais palavras contam no final?! “segundo o que
tendes” significa “de acordo com o que você possua” e dessa forma não há mal
entendidos, Paulo torna isso claro: “não segundo o que não tem”(2 Coríntios
8:12)! Hoje algumas igrejas pressionam (gentilmente ou de outra forma) seus
membros a dar seu dízimo (i.e., 10% de seu lucro) para os fundos da igreja.
Fora o fato de que tal chamado é errado, não há também qualificação alguma
adicionada a isso. Espera-se da família pobre que pode mal corresponder às
suas expectativas que tire 10% de seu pagamento e o doe à igreja. Diz-se que
Deus os abençoará muito mais se eles fizerem isso. A questão é que a Nova
Aliança não conhece sobre tal doação. De acordo com a Palavra, o que é que
seja doado deve ser segundo o que se tem. Você não pode tirar das
necessidades de sua família para cobrir as necessidades de outra família, para
não dizer as necessidades da organização da igreja (contas, salário de pessoal,
etc.). Isto é o que a Palavra de Deus diz. Você somente dá o que você tem.
Você não tem, você não pode dar! Conforme Paulo disse a Timóteo:
I Timóteo 5:7-8
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“Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se
alguém não tem cuidado dos seus, e especialmente dos da sua família,
negou a fé, e é pior do que o infiel.”
Primeiro espera-se que você forneça à sua própria família e a seu povo i.e.,
àqueles que são dependentes de você. Quem quer que não faça isso, diz a
Palavra de Deus, é pior do que um descrente. Depois que estas necessidades
estiverem cobertas você pode pensar nas necessidades que estão fora de sua
própria casa. Isso é fora do que você tenha, após as necessidades de sua
família terem sido supridas. Conforme Paulo torna claro na passagem acima
de 2 Coríntios 8:13-14:
Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão,
mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a
falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta,
e haja igualdade”.
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Para resumir o que nós vemos em 2 Coríntios 8:10-15 nos dizendo: para um
presente ser aceitável, um coração desejoso é um pré-requisito. Deve haver
prontidão, vontade, um desejo de doar. E deve-se doar segundo este desejo.
Deve-se doar não segundo o que não se tem, mas segundo o que se tem. A
igualdade não é feita doando-se dentro de nossa falta, mas doando-se dentro
de nossa abundância, dentro de nosso excedente para cobrir a falta de alguém.
Seu excedente será reduzido e pode ser eliminado, mas sua falta será reduzida
e poderá ser eliminada também! Essa é a doação do Novo Testamento. Essa é
a graça da doação!
“Mas graças a Deus, que pôs a mesma solicitude por vós no coração de
Tito; pois aceitou a exortação, e muito diligente partiu voluntariamente
para vós. E com ele enviamos aquele irmão cujo louvor no evangelho
está espalhado em todas as igrejas. E não só isto, mas foi também
escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nesta graça
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2 Coríntios 8: Conclusão
2 Coríntios 8 e 9 são dois capítulos com riqueza de informação sobre o doar
e como isso se aplica na era do Novo Testamento. Neste artigo nós
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i) 2 Coríntios 8 fala sobre os presentes, os presentes das graças. Não fala sobre
dízimos e contribuintes, mas sobre graças e doadores.
ii) O propósito da graça era dar suporte aos santos pobres em Jerusalém (2
Coríntios 8:4). Dar suporte aos santos pobres não é o único propósito para o
qual as graças podem ser dadas. Nós veremos mais propósitos. No entanto,
doar-se para o pobre é um dos mais importantes Eu acredito, baseado na
Escritura, que dar apoio aos santos pobres deveria ser de prioridade muito alta
na doação das pessoas, assim como nas doações congressionais.
iii) As pessoas deveriam doar livremente e não serem forçadas a doar (2
Coríntios 8:5-8).
iv) Por outro lado: o desejo é um pré-requisito para se doar. É o motivador
primeiro. Não há lugar algum em 2 Coríntios 8 para as graças dadas pela culpa,
ou porque “é obrigatório” (2 Coríntios 8:10-15).
v) As pessoas deveriam doar segundo o que elas tivessem, e não segundo o
que elas não tivessem. Não havia percentagem fixa alguma de quanto uma
pessoa deveria dar. Tudo era uma combinação de a) um desejo e b)
capacidade, i.e., “de acordo com o que elas tinham” (2 Coríntios 8:12).
vi) Finalmente, Paulo estava tomando medidas não para permitir qualquer
oportunidade para alguém de forma a vituperá-lo em relação à administração
desta doação. Ele foi totalmente transparente em relação a este presente e
seu uso (2 Coríntios 8:20).
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2 Coríntios 9:1-5
“Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito
escrever-vos; porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me
glorio de vós com os macedônios; que a Acaia está pronta desde o ano
passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos. Mas enviei estes irmãos,
para que a nossa glória, acerca de vós, não seja vã nesta parte; para que
(como já disse) possais estar prontos, a fim de, se acaso os macedônios
vierem comigo, e vos acharem desapercebidos, não nos envergonhemos
nós (para não dizermos vós) deste firme fundamento de glória. Portanto,
tive por coisa necessária exortar estes irmãos, para que primeiro fossem
ter convosco, e preparassem de antemão a vossa bênção, já antes
anunciada, para que esteja pronta como bênção, e não como avareza.”
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Paulo queria o presente dos Coríntios como uma benção, e não algo que
fosse tirado de alguém, por cobiça. É uma pena que haja pessoas hoje que
façam o que Paulo faria: usar de manipulação e incitação para exortar
presentes das pessoas. As pessoas hoje não se preocupam com os meios tão
longo como seus objetivos são obtidos. Isso não seria desta forma. Isto não é
de forma alguma o que Deus quer. O que ele quer é que seu presente seja
uma benção, um ato de liberalidade, algo que você deseja e você pode dar, e
não é, de forma alguma, algo que seja tirado de você por culpa, incitação, ou
qualquer outra das técnicas que são muitas vezes usadas hoje. De volta a
Paulo, ele não teria ganancioso em relação ao presente. Ele queria que os
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Coríntios doassem, mas ele era muito cuidadoso, muito gentil. Ele estava
cuidado em 2 Coríntios 8 e está cuidadoso aqui também. Conforme Barnes diz
corretamente, ele queria o presente fosse um ato de bondade, de liberalidade,
por sua parte e não por um ato de cobiça de sua parte. O quão libertadora é a
Palavra de Deus e como tanta distorção existe na forma que muitos
demandam dinheiro.
2 Coríntios 9:6-7
“E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia
em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs
no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que
dá com alegria."
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de ser voluntária, do coração. Nenhum presente é bem vindo se ele for dado
relutantemente, com pena, sem ser feliz com isso, ou se é dado de forma
compulsória ou "por necessidade" (2 Coríntios 9:7). "Por necessidade" significa
porque você tem de fazer isso. Você não quer dar, mas você, de alguma
forma, é forçado a dar. E isto é o que acontece muitas vezes com o dízimo. Os
pregadores surgem, começam a recitar Malaquias e o Velho Testamento, em
passagens sobre o dízimo e terminam dizendo ou implorando que, se você não
dá o dízimo para a igreja você está contrariando Deus (ou está próximo a
contrariá-lo) e você o despreza. Então você segue em frente e coloca dinheiro
no cesto de dinheiro em resposta a isto. Na verdade você não deu de forma
voluntária, mas você deu porque você não queria importunar Deus e contrariar
– como o pregador lhe disse. Você preferiria alimentar os pobres, comprar
alguns sacos de arroz para as crianças no Haiti e dar apoio a aquele evangelista
que espalha a mensagem gospel na Índia. Mas agora você foi forçado pelo
pregador a dar alguma coisa mais que você na verdade não queria dar. Então
você dá com culpa, por causa da condenação. Agora, se não for dar com
tristeza e dentro de suas condições eu me pergunto o que seja . Caro irmão,
você não tem que se sucumbir a tais chamados! O que você disse não é
simplesmente a voz da Palavra de Deus, mas a voz da tradição e da religião que
distorce a Palavra de Deus. Você não deve doar porque alguém força você a
doar-se, mas porque você na verdade queria dar de coração. Se você der por
culpa, se você tiver que sofrer por isso, o presente não será de maneira alguma
bem vindo por Deus. Também, para aqueles que usam a condenação e a culpa
como técnicas para forçar as pessoas de Deus a dar por seus propósitos, eu
gostaria de apontar que: Paulo disse que ele não queria os presentes para
serem como dados, exortados deles. Deus não queria realmente tais
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1 João 3:16-18
“Conhecemos o amor nisto: que Ele deu sua vida por nós, e nós devemos
dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o
seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele
o amor de Deus?” “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de
língua, mas por obra e em verdade.”
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doar–lhe e ajudá-lo. Ele não deveria fechar seu coração como João diz e
somente resmungar uma oração ou dizer “Deus o abençoe, meu irmão” e
seguir seu caminho. O teste de preocupação para com os outros prova a
sinceridade de nosso amor e se o amor de Deus está em nós ou não. E isto é
verdadeiramente uma questão muito séria.
Agora, voltando para o sistema de dízimo, há a outra distorção criada por
ele: as pessoas são forçadas a dar seu dízimo para o cesto de uma igreja local e
assim quando eles veem um irmão em necessidade, eles pensam: “eu já dei
meu dízimo à igreja”.
Assim nós damos além da necessidade para propósitos que dão pouca ajuda
aos pobres (muito do que é dado a um cesto de igreja local na verdade não
termina ajudando o pobre - isto é triste, mas é verdadeiro e uma olhada no
orçamento de uma igreja média, especialmente no mundo ocidental, é
suficiente para verificar isso) e então quando o pobre aparece nós não
queremos ou não podemos ajudá-lo. Isto é verdadeiro, triste e uma situação
incomum.
Retornando a 2 Coríntios 9:6, as pessoas muito frequentemente costumam
usar isso para contar as outros que se você der muito Deus retornará a graça a
você de forma multiplicada. De fato, em acréscimo a 2 Coríntios 9:6, eles
novamente usam Malaquias para isto:
Malaquias 3:10-12
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre
vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
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2 Coríntios 9:8-9
“E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que
tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;
Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece
para sempre.”
Deus, através de Paulo não deixa sombra alguma de dúvida: ninguém
entrará em necessidades por doar deliberadamente. Conforme ele deixa claro,
Deus assegura que eles terão em tudo toda a suficiência, e que seja sempre!
Eles terão uma abundância por todo bom trabalho! Deus mesmo garante isto!
Então Paulo questiona os Salmos 112:9: Ele espalhou, deu aos necessitados; a
sua justiça permanece para sempre.” Agora esta passagem não se refere a
Deus. Ela não diz: “Deus espalhou, deu aos pobres; a justiça de Deus
permanece para sempre.” Em vez disso, este Salmo se refere ao homem que
teme ao Senhor. Vamos lê-lo em sua totalidade, porque ele contém muitas
promessas:
Salmos 112:1-10
"Louvai ao SENHOR! Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor,
que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua semente será
poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. Prosperidade e
riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre.
Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo. O
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2 Coríntios 9:9-15
“Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para
comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa
justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual
faz que por nós se deem graças a Deus. Porque a administração deste
serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é
abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova
desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais
quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para
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com eles, e para com todos; e pela sua oração por vós, tendo de vós
saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças
a Deus, pois, pelo seu dom inefável.”
2 Coríntios 9: Conclusão
Neste artigo nós consideramos o que 2 Coríntios 9 nos diz sobre a doação. O
que nós vimos aqui tem que ser acrescido ao que nós vimos no artigo
respectivo de 2 Coríntios 8. Aqui estão os pontos adicionais que nós vimos
neste estudo:
i) Paulo queria que o presente fosse um ato de generosidade pelo lado dos
coríntios, não um ato de cobiça ou avareza de seu lado, onde ele de alguma
forma exortaria o presente deles através da culpa ou de outra forma
manipuladora (2 Coríntios 9:1-5). Em contraste com muitos hoje, Paulo não
usou da culpa para conseguir a bênção. A benção não é a única coisa que é
importante. É igualmente importante saber como a doação é dada. Usar a
culpa para motivar as pessoas a doarem está errado. O único motivador válido
que eu vi é o desejo de coração para doar.
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ii) Então nós vimos que a graça não deveria ser dada de forma relutante ou
antes das necessidades (2 Coríntios 9:7). Em vez disso, deve-se doar com
alegria. Novamente nós vemos o mesmo conforme dito em i) acima. O
presente em si não é suficiente. É igualmente importante como o presente é
dado e qual é o motivador que fez alguém doar.
iii) Quem quer que semeie pouco também colherá pouco, e quem quer que
semeie abundantemente também colherá abundantemente (2 Coríntios 9:6).
Se você quiser uma lei, esta é uma lei, um princípio que nunca será violado.
Doar-se é como semear sementes. Você semeia muito, você colhe muito. Isso
não significa necessariamente uma colheita financeira, ou somente uma
colheita financeira. Significa colheita, e esta colheita pode ter várias coisas,
incluindo as colheitas “financeiras”. Paulo não estabelece isto para incitar as
pessoas de forma que elas doem por cobiça. Nada há de bom na cobiça e isto
nunca pode ser um bom motivador para nada. Ele diz isto para estabelecer um
fato, e a lei da semeadura e da colheita é um fato.
iv) Deus próprio dá segurança de que você de forma alguma ficará pobre por
doar-se deliberadamente (2 Coríntios 9: 8-10). Deus próprio garante isto.
Como a Palavra diz: “Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça,
a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a
boa obra" (2 Coríntios 9:8). TODA graça, TODA suficiência, em TODAS as
COISAS, SEMPRE, de forma que você tenha abundância em TODAS as boas
obras. Isso não pode ficar mais claro. Há alguém que garante por trás desta
promessa, e este é o próprio DEUS.
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“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o
mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana
cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. E,
quando tiver chegado, mandarei os que por cartas aprovardes, para levar
a vossa dádiva a Jerusalém. E, se valer a pena que eu também vá, irão
comigo.”
O texto grego traduziu aqui como “o primeiro dia da semana”, o que é "em
um dos sabbaths". Ele é usado em algumas ocasiões no Novo Testamento, mas
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não está claro para mim o que ele significa exatamente. Em relação a isto, o
que Paulo diz aqui para os Coríntios é que cada um deve manter um tipo de
fundo para os pobres, acumulando lá em uma base regular (“em um dos
sabbaths”) conforme se possa prosperar. Note a regra aqui: a regra não é o
dízimo. Ela não é: “acumule os seus dízimos”. Ela é “ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1 Coríntios 16:2). Tanto o rico
quanto o pobre poderiam ajuntar, cada um conforme a sua prosperidade, i.e.,
de acordo com os seus recursos. Em 2 Coríntios 8 e 9 pegue a isto a adição do
desejo, da alegria, da não relutância, mais os outros elementos que nós vimos
lá. A razão que Paulo apresenta em relação à necessidade da regularidade
destas contribuições é, conforme ele diz, “para que não se façam as coletas
quando eu chegar” (1 Coríntios 16:2). Esta é a razão por trás de se fazer as
contribuições em uma base regular. Estas contribuições continuariam para
sempre, ainda depois que Paulo chegasse? Não, não pelo menos para este
propósito. As contribuições eram para um propósito específico (“para os
pobres dentre os santos que estão em Jerusalém” - Romanos 15:26) e eram
feitas dentro de uma base regular (“no primeiro dia da semana” – 1 Coríntios
16:2) de forma que elas não seriam feitas de forma precipitada quando Paulo
chegasse. Depois que Paulo tivesse chegado eles não continuariam, pelo
menos não para este propósito. Mas o princípio está lá, e o princípio é que
como cristãos nós devemos ajudar aos nossos irmãos pobres. Isto não seria
uma doação errática – embora isto pudesse ocorrer também – mas poderia
também ser uma doação em uma base mais regular, baseada nas
necessidades. Nós poderíamos ser destinados a isso a partir de um
implantador de igreja (como Paulo aqui) ou poderíamos também ser levados
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Atos 2:42-45
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam
estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia
de mister.”
Atos 4:32-35
“E era um coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia
que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas
lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder,
testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia
abundante graça. Não havia, pois, entre eles, necessitado algum;
porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as,
traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos
apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada
um tinha.”
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nosso estudo sobre as posses materiais2. Aqui estão alguns pontos desse
estudo:
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pudesse prosperar de forma que, quando Paulo chegasse, isso seria ajuntado e
levado para os santos pobres em Jerusalém.
iii) Embora não seja um pecado ter posses materiais, deve haver uma atitude
correta em relação a elas. E esta atitude é considerar ativamente tudo como
pertencente ao Senhor, e não a você, Seu administrador. Isso é buscar
ativamente o desejo do Senhor sobre tudo, inclusive as suas posses. Isso é
estar pronto para vender tudo, se você for chamado para fazer tal. Nós, é
claro, não falamos aqui sobre um desejo de ser rico, um desejo de conseguir
mais e mais posses. Tal desejo tem um nome na Palavra de Deus, e ele é
ganância, amor pelo dinheiro, a raiz de todo o mal (1 Timóteo 6:10). Tal desejo
não tem lugar algum na vida de um cristão genuíno.
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Novo Testamento, o que você vê na liderança da igreja local são os mais velhos.
Estes também são chamados de pastores e bispos. No Novo Testamento, os
anciãos, pastores, bispos, são todos termos usados para o mesmo povo. A
função destas pessoas é ser pastor, arrebanhar para a igreja local,
supervisionando a congregação (a palavra grega para “bispo” significa
supervisor) conforme eles sejam irmãos mais velhos, i.e., mais velhos na fé,
crentes maduros. Há muitas escrituras que tornam isto claro e eu logo terei
outro estudo trabalhando exclusivamente com esta questão, mas aqui está
uma passagem que abrange tudo: Em Atos 20:17 Paulo, em seu caminho para
Jerusalém, passou por Éfeso, onde ele “clamou os anciãos da igreja”. Note que
há uma igreja, a igreja em Éfeso, e muitos anciãos. Note também que Paulo
chamou pelos anciãos. O texto não diz que ele chamou os anciãos, o pastor
sênior, os pastores assistentes e o bispo. Foram somente os anciãos! A mesma
coisa, sem nenhum título especial ligado a nenhum deles. Não havia pessoal
algum chamado de “pastor sênior”, ou “pastor assistente”, etc. Eles eram
todos anciãos. E eles eram muitos! Vejamos o que agora ele lhes disse:
Atos 20:28
“Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo
vos constitui bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele
resgatou com seu próprio sangue.”
Neste versículo você tem tudo. As pessoas convidadas nesta reunião eram
os anciãos da igreja em Éfeso. Agora qual era o papel destes irmãos? Seu
papel era o de SUPERVISORES. A palavra traduzida “supervisores” neste
versículo é a palavra grega “episkopos”. É esta própria palavra que em 1
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Timóteo 3:2 é traduzida como “bispo”, dizendo: “Convém, pois, que o bispo
[episkopos] seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,...”. Ela
é novamente traduzida como tal em Tito 1:7 “porque convém que o bispo
(episkopos) seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus”. Os
anciãos da igreja em Éfeso – e por isto, os anciãos de toda a igreja do Novo
Testamento – eram “episkopoi”, o que significa supervisores. Por outro lado:
os "episkopoi” mencionados na Bíblia são os anciãos da igreja local. Conforme
Vine, em seu dicionário, diz:
Bispos e anciãos são a mesma coisa na Bíblia. Pode ser que no mundo de
hoje estes sejam apresentados como duas classes diferentes de pessoas, mas
tal distinção não vem da Bíblia.
Mas Atos 20:28 nos dizem mais: note que os anciãos foram apontados para
apascentar a igreja de Deus ou para serem pastores como algumas traduções
usam. A palavra “pastor” que aparece nesta passagem [em inglês] é a palavra
grega: “poimaino”, que significa: “agir como um pastor” (Dicionário de Vine, p.
427), em outras palavras, “arrebanhar”. Um pastor é alguém que alimenta um
rebanho. Não somente providencia o alimento, mas também o guia, indo à
sua frente. Além do mais, ele cuida dos alquebrados. Nós podemos encontrar
todas as funções de um pastor dentro da Palavra de Deus, mas, como eu disse,
eu não quereria ir mais adiante neste estudo, uma vez que seu propósito é
diferente. Haverá outro estudo a seguir trabalhando com estas questões. O
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1 Coríntios 9:14
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“Esta é a minha defesa para com os que me condenam. Não temos nós
direito de comer e beber? Não temos nós direito de levar conosco uma
esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do
Senhor, e Cefas? Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de
trabalhar?
Para reelaborar a última questão de forma que ela se encaixe nas primeiras
perguntas que foram elaboradas: “Barnabé e eu não temos o direito de parar
de trabalhar?” A questão implica que os apóstolos não tinham em geral uma
segunda ocupação. Mas Paulo e Barnabé tinham. Paulo e Barnabé, com “o
cuidado de todas as igrejas" (2 Coríntios 11:28) sobre Paulo, ainda estavam
trabalhando. O Senhor havia dado a eles o direito especial de não ter uma
ocupação secular, mas de viver do evangelho. Mas eles não usavam deste
direito. Aqui está o que Paulo diz:
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1 Coríntios 9:14-18
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que
vivam do evangelho. Mas eu de nenhuma destas coisas usei, e não
escrevi isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora
morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória. Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e
ai de mim, se não anunciar o evangelho! E por isso, se o faço de boa
mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação
me é confiada. Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha
de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no
evangelho.”
Paulo tinha o direito de viver do evangelho. Apesar disso, ele não fez uso
deste direito, embora, como veremos, ele, de fato, ocasionalmente, recebia
dos crentes contribuições voluntárias não solicitadas. Ao mesmo tempo ele
estava trabalhando. Conforme em Atos 18: 1-3 nos diz:
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O evangelho não tinha e não devia ter um preço relacionado a ele. Ele deve
ser livre de custos, e Paulo certificava-se de que ele o era. Mas também há
outra razão porque ele fez isso. E a mesma está mostrada em 2
Tessalonicenses 3:6-10:
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modelo, um exemplo para os outros crentes, você pensa que havia algum
ancião neste igreja que não estivesse trabalhando, mas tivesse seu salário da
igreja? Eu penso que não. Em acréscimo, embora os trabalhadores
apostólicos – implantadores de igreja – tenham o direito de escapar fazendo
sua vida através de uma ocupação secular, os anciãos não têm esta autoridade.
Mas as referências da Palavra de Deus para o exemplo de Paulo não param
aqui. 1 Tessalonicenses 2;9 nos dizem:
Eles estavam trabalhando dia e noite de forma que eles não fossem um peso
para nenhum dos crentes. O ministério não era uma ocupação para eles; algo
de onde tirassem o sustento de suas vidas. Fazer o desejo de Deus era a vida
deles, mas eles não ganhariam suas vidas financeiras a partir disto. Para
conseguir seu sustento eles trabalhariam, como qualquer outra pessoa, dando
um EXEMPLO para todos mais.
Atos 20:33-35 é outra passagem característica. Ela é parte do mesmo
discurso em que nós vimos Paulo dando aos anciãos (pastores, supervisores)
da igreja em Éfeso. Veja o que ele lhes diz:
“De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem o vestuário. Sim, vós
mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que
estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo
que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar
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crentes em Filipo, conforme ele mesmo revela (Filipenses 2:25; 4:16-18), ainda
que ele declare que ele não solicitara esses presentes... Os anciãos efésios
haviam observado o ministério de Paulo e seu trabalho físico durante uma
estadia de três anos. Eles foram capazes de testemunhar que ele nunca havia
explorado ninguém (2 Coríntios 7:2), mas tinha sempre estabelecido um
exemplo de diligência e auto-suficiência, no bom sentido da palavra. Ele era
um modelo para os crentes e ensinou a regra: “Se alguém não quiser trabalhar,
não coma também” (2 Tessalonicenses 3:10)... parece que Paulo gerou recurso
suficiente para suportar não somente a si próprio, mas também as
companhias dele... Em toda a situação, diz Paulo aos anciãos de Éfeso, eu vos
ensinei a trabalhar duro e com seus recursos a ajudar os fracos... Ele os exorta
a seguir seu exemplo e trabalhar duro."
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Watchaman Nee – A vida na igreja cristã normal (Anaheim, CA: Living Stream
Ministry, 1980)
“Não é necessário que os anciãos desistam de suas profissões usuais e
dediquem-se exclusivamente a suas responsabilidades em conexão com a
igreja. Eles são simplesmente homens locais, seguindo suas buscas comuns ao
mesmo tempo em que mantendo responsabilidades especiais na igreja. Os
relacionamentos locais devem aumentar, eles devem dedicar-se inteiramente
ao trabalho espiritual, mas a característica de um ancião não é que ele é um
“trabalhador cristão de tempo integral.” É simplesmente que, como um irmão
local, ele assume a responsabilidade na igreja local (pp. 62-63).”
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Agora, tendo dito o acima, a Bíblia não fornece nada sobre aqueles que
gastam seu tempo ensinando e arrebanhando os outros? A resposta é sim, ela
fornece! Embora não haja nenhum empregado assalariado nas igrejas locais,
há, contudo, uma clara indicação nas escrituras de que os anciãos, os pastores
da congregação local, deveriam ser receptáculos de honra pelas pessoas.
Conforme 1 Timóteo 5:17 nos diz:
“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada
honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz
a Escritura: “não atarás a boca ao boi quando trilhar”, e: digno é o obreiro do
seu salário.”
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Aqueles que são ensinados devem partilhar as coisas boas com aquele que
as está ensinando, e uma das funções de um irmão maduro é ensinar (1
Timóteo 3:2). Novamente, não é um salário, mas é um compartilhamento, um
suporte voluntário. Vendo pelo lado dos anciãos isto não é um trabalho para
sustento. Eles fazem isto não por dinheiro ou devido ao dinheiro. Eles devem
fazer isso de qualquer forma, sem qualquer dinheiro. Conforme Pedro diz
falando aos anciãos:
I Pedro 5:1-2
“Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também
presbítero com eles... Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós,
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tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe
ganância, mas de ânimo pronto;
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tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a
padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me
fortalece.”
Filipenses 4:14-18
“Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição. E bem sabeis
também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da
macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a
receber, senão vós somente; Porque também uma e outra vez me
mandastes o necessário a tessalônica. Não que procure dádivas, mas
procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho
recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de
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Outra área onde a sustentação no Novo Testamento foi direcionada foi para
as viúvas verdadeiras. As viúvas na Bíblia são aquelas mulheres que perderam
seus maridos através da morte. Agora alguns de vocês podem ficar surpresos
de modo que nós tenhamos que esclarecer tudo. Eu faço isso porque eu li em
algum lugar que esta palavra supostamente também inclui aquelas mulheres
que estão separadas ou divorciadas de seus maridos. Embora estas mulheres
de fato necessitem de suporte fraterno dos crentes, elas não podem ser
classificadas como viúvas. “Viúva” na Bíblia – e como uma palavra grega em
geral – é a mulher que perdeu seu marido através da morte.
Tendo tornado isto claro, é mostrado através da Bíblia que as viúvas têm um
local especial no coração de Deus. Aqui estão algumas passagens do Velho
Testamento:
Êxodo 22:22-23
“A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligires, e
eles chamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor.”
Deuteronômio 10:17-18
“Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos
senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de
pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e à viúva, e
ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.”
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Deuteronômio 24:17-21
“Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em
penhor a roupa da viúva... Quando no teu campo colheres a tua colheita,
e esqueceres um molho no campo, não tornarás a tomá-lo; para o
estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será; para que o Senhor teu
Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos. Quando sacudires a
tua oliveira, não voltarás para colher o fruto dos ramos; para o
estrangeiro, para o órfão, e para a viúva será. Quando vindimares a tua
vinha, não voltarás para rebuscá-la; para o estrangeiro, para o órfão, e
para a viúva será.”
Deuteronômio 26:12-13
“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano
terceiro, que é o ano dos dízimos, então os dará ao levita, ao estrangeiro,
ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem;
e dirás perante o Senhor teu Deus: Tirei da minha casa as coisas
consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à
viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado;
não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci.”
Deuteronômio 27:19
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Salmos 146:9
“O Senhor guarda os estrangeiros; sustém o órfão e a viúva; mas
transtorna o caminho dos ímpios.”
Provérbios 15:25
“O Senhor desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece o termo da
viúva.”
Isaías 1:17
“Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei
justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas."
Jeremias 7:6-7
“Se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes
sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para
vosso próprio mal, eu vos farei habitar neste lugar, na terra que deis a
vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.”
Jeremias 22:3
“Exercei o juízo e a justiça ...; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao
órfão, nem à viúva”.
Zacarias 7:9-10
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I Timóteo 5:3
“Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.”
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I Timóteo 5:5-6
“Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus, e
persevera de noite e de dia em rogos e orações; mas a que vive em
deleites, vivendo está morta.”
Existe a viúva que confia em Deus, cuja esperança é Deus e com expectativa
ora para Ele, continuamente, “noite e dia”. Mas existe também a viúva cujo
estilo de vida é valoroso. A frase “vive em deleites” é a palavra grega
“spatalao”. “Spatalao” significa “viver desordeiramente” (Dicionário de Vine, p.
871). A forma nominal do verbo ("spatali") significa "desordem excessiva, em
vão gasto excessivo de riqueza" (Mega Lexicon of the Greek Language, p.6621).
Tais viúvas, viúvas que têm um estilo de vida vão centrado no mundo, viúvas
que vivem desordeiramente, não são viúvas verdadeiras. Não é para estas
viúvas que a honra é devida.
Tendo tornado isto claro desde o princípio, Paulo torna também claro que as
crianças ou netos das viúvas verdadeiras são as primeiras que têm
responsabilidade por elas. Aqui está o que ele diz:
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Há uma responsabilidade clara das crianças por seus pais, incluindo os avós.
Conforme diz a Palavra, as crianças são “para recompensar seus pais”. E
Conforme menciona Vine em seu dicionário sobre esta palavra:
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Seguindo adiante na questão das viúvas, a Palavra de Deus nos diz mais
sobre a participação da igreja em relação ao cuidado com as viúvas:
I Timóteo 5:9-16
“Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tinha
sido mulher de um só marido; tendo testemunho de boas obras: se criou
os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés dos santos, se
socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. Mas não admitas as
viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo,
querem casar-se; tendo já a sua condenação por haverem aniquilado a
primeira fé. E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa
em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o
que não convém. Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem
filhos, governem a casa, e não deem ocasião ao adversário de maldizer;
Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. Se algum crente ou
alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja,
para que se possam sustentar as que deveras são viúvas.”
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Mateus 23:23
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o
endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: o juízo, a
misericórdia e a fé;”
O Senhor está falando aos fariseus. Este povo estava pagando seus dízimos,
mas havia se esquecido do mais importante da lei. Eles eram hipócritas! A
frase “o mais importante da lei” faz uma comparação entre as mais brandas
“questões da lei” e as mais importantes “questões da lei”. O dízimo era uma
questão mais branda da lei. A justiça, a misericórdia e a fé eram questões mais
importantes da lei do que o dízimo. Isto não é uma comparação entre as
questões gerais, mas entre as “questões da lei” e o dízimo era classificado pelo
Senhor como uma “questão da lei”. E como tal ele é.
E agora vamos nos direcionar para os registros usados para dar suporte
de que Abraão e Jacó estavam na verdade dando o dízimo.
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Hebreus 6:20
“Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo
sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.”
Então o capítulo 7 cuida de falar mais sobre Melquisedeque e como ele era
um protótipo de Cristo como Sumo Sacerdote. Neste contexto nós lemos
sobre Abraão:
Hebreus 7: 1-6
“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus
Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da
matança dos reis, e o abençoou. A quem Abraão deu o dízimo de tudo,
e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também
rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não
tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao
Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois,
quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos
dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio
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1. O que Abraão deu foi completamente voluntário. Ninguém disse a ele que
ele tinha que dar um décimo das pilhagens. Ele fez isso de forma
absolutamente voluntária. Em contraste, o dízimo é obrigatório, algo que você
tem que fazer, independente de se você realmente deseja ou não.
2. Além do mais, o dízimo é algo que você faz regularmente. Não somente
uma vez. Abraão fazia alguma coisa desta forma? Sua vida é bem
documentada na Bíblia com 14 capítulos de Gênesis dedicados quase que
completamente a ele. Embora esta seja a única vez em sua vida em que nós o
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3. O fato que o que Abraão fez foi algo extraordinário em vez de algo regular é
também óbvio pelo fato de que ele deu a Melquisedeque 10% das pilhagens
que ele conseguira. Isto não era seu lucro normal ou pertences, mas eram
pilhagens. Algo inesperado, um ganho inesperado. Hoje, tais ganhos são por
exemplo: prêmios de loteria, ou uma herança inesperada. Sua doação era
igual conseguir uma herança inesperada e então dar 10%. Novamente isto não
é o que as pessoas queriam dizer por dízimo.
Para resumir, o que nós vemos Abraão dando foi uma doação voluntária de
uma vez, de 10% de um ganho inesperado que ele recebera.
Ele estava dando 10%? Sim, ele estava. Esta doação era um dízimo no
significado que é transmitido hoje (regular e obrigatoriamente doar 10% de
seu lucro)? Do que nós vimos, isto obviamente não era o caso.
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Gênesis 28:20-22
“E Jacó fez um voto, dizendo: se Deus for comigo, e me guardar nesta
viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em
paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; e esta pedra
que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me
deres, certamente te darei o dízimo.”
A frase chave aqui é “fez um voto”. O que está descrito aqui não é algo que
Jacó tenha feito obrigatoriamente, nem algo que ele estivesse fazendo
regularmente. Em contraste, é um voto, algo que foi feito voluntariamente
com um “se” à frente da palavra voto. “Se vós fizerdes isto, Senhor, eu faço
um voto a vos dar um décimo do que me deres". Novamente é óbvio que isto
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não tem nada a ver com os dias modernos, e com o dízimo regular e
obrigatório.
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Filipenses 4:14-18
“Todavia fizestes bem em tomar parte na minha aflição. E bem sabeis
também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da
macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e
a receber, senão vós somente; Porque também uma e outra vez me
mandastes o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas
procuro o fruto que cresça para a vossa conta. Mas bastante tenho
recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de
Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de
suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.”
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Atos 18:1-3
“E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto. E, achando
um certo judeu por nome Áquila, natural do Porto, que havia pouco
tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Claudius tinha mandado
que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, e, como
era do mesmo ofício, ficou com eles, E TRABALHAVA; pois tinham por
ofício fazer tendas.”
“Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando
estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. Porque
os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em
tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei.”
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“Corinto é chamada de ‘rica’ por causa de seu comércio, uma vez que ela está
situada no istmo e é mestre de dois portos, dos quais um conduz diretamente
à Ásia, e o outro à Itália; e torna fácil a troca de mercadoria de tanto os países
que estão muito distante quanto daqueles outros” (Geography, 8.6.20)”.
De acordo com fontes antigas, Corinto no momento de Paulo era mais rica e
próspera como nunca visto antes. Sua população era de 300.000 homens
livres mais 450.000 escravos, uma cidade de tamanho imenso para os padrões
antigos (e mesmo para os modernos). Paulo, ao dizer que despojava outras
igrejas, usa uma figura de discurso para dizer que ele era sustentado por
outras igrejas mais pobres em seu ministério para estes ricos cristãos corintos.
Figuradamente, isto seria “roubar”.
Para acrescentar:
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Agora de tudo o dito acima vamos tomar uma conclusão não tão longa.
De nosso estudo ficou claro que não há dízimo algum em nossos tempos, na
era do Novo Testamento. O dízimo, junto com as outras ordenanças e
manuscritos da lei, tornou-se obsoleto, através da morte e ressurreição de
nosso Senhor Jesus Cristo. O que é válido no Novo Testamento são as ofertas
livres que foram dadas com os seguintes propósitos:
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Ninguém pode ser um crente sem acreditar nisso. Ele não é só salvo. Eu tenho
que apontar a verdade para esta pessoa em amor e eu farei isto
imediatamente. Mas com esses que acreditam que as verdades fundamentais
que tornam alguém um cristão (i.e., Jesus Cristo é o Senhor, o Filho de Deus, o
Messias, e Deus o renasceu dos mortos), eu não começarei uma disputa sobre
dízimo ou sobre o sistema de igrejas de hoje. Nem, é claro, abandonarei meus
irmãos e irmãs, que são a igreja, o corpo de Cristo, porque eles não estão
informados sobre o dízimo ou porque eles não concordam comigo. O sistema
não se muda desta forma. O sistema não é mudado com reações, mas com
ações. Ele muda, eu acredito, quando cada um de nós começa a buscar a
verdade da Palavra, Quando se está sedento por aprender o que diz a Palavra
sobre um assunto. quando não se está satisfeito com o que a igreja oficial ou
mesmo o que eu possa dizer, deve-se buscar as Escrituras por si próprio e ver
se isto é assim, conforme fizeram os habitantes de Bereia. Assim, após se
aprender, torna–se ávido para aplicar o que aprender no amor. Você
aprendeu com este livro que a Palavra de Deus dá muita importância em
ajudar-se os pobres e santos com problemas. Siga em frente e faça isso! Você
aprendeu por este livro que na Bíblia os anciãos, bispos e pastores não eram
pessoas que se graduaram em escolas teológicas e começaram uma carreira
como empregados de uma igreja. Eles eram pessoas com empregos e famílias
como você e eu. Eles eram pessoas comuns, simples, pessoas como o
pescador não letrado que o Senhor chamou para segui-Lo. Eles eram também
pessoas maduras em Cristo que se tornaram pastores, supervisores e jovens
crentes. Você é um cristão maduro? Se for, levante-se, de dentro ou de fora
do sistema, e faça o trabalho de um crente maduro. Se Deus quisesse
continuar o sistema levita com alguns indivíduos fazendo o ministério
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