Farmag 2
Farmag 2
Farmag 2
Hidratos
De Carbono Enzimas
Heterosídeos Óleos
Essenciais
Cumarinas
Saponinas Taninos Lipídos
Antraquinonas
Flavonóides Resinas
Cardioativos
Alcaloides
Introdução
◼ Sinônimos: Óleos voláteis, óleos essenciais, óleos etéreos
ou essências.
◼ Definição: São misturas complexas de substâncias
voláteis, lipofílicas, em geral odoríferas e líquidas, obtidas
de matérias-primas vegetais.
◼ Definição (ISO - International Standard Organization):
produtos obtidos de partes de plantas por meio de
destilação por arraste com vapor d’água, bem como
produtos obtidos por espremedura (prensagem) dos
pericarpos de frutos cítricos.
Introdução
◼ Existe no mercado produtos sintéticos.
– Óleos sintéticos podem ser imitações dos naturais ou
composições de fantasia.
◼ Uso farmacêutico: somente os óleos de origem natural são
permitidos pelas Farmacopeias.
– Exceção: óleo sintético de baunilha (vanilina).
◼ Distribuição: por todos tecidos vegetais (raramente em ramos e
cascas) - depositados em estruturas específicas de secreção e
estocagem nos tecidos vegetais.
◼ Obtenção: partes de plantas através de destilação por arraste
com vapor d’água e produtos obtidos por espremedura
(prensagem) dos pericarpos de frutos cítricos.
Componentes
◼ Número de componentes costuma variar de 20 a 200, sendo
chamados, de acordo com a sua concentração na mistura:
– Constituintes majoritários: de 20 a 95%.
– Constituintes secundários: 1 a 20%.
– Componentes-traço: abaixo de 1%.
◼ Mais de 3.000 substâncias químicas distintas foram detectadas.
◼ Componentes: hidrocarbonetos terpênicos, álcoois simples e
terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos,
peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas, até
compostos com enxofre.
Classificação Química e
Biogênese
Fenilpropanoides
Quimicamente, a grande
maioria dos óleos
voláteis é constituída de
derivados:
Terpenoides
Classificação Química e
Biogênese
Fenilanina/Tirosina Acetato-Mevalonato
Terpenoides
Fenilpropanoides
Biossíntese
Terpenos
Terpenos
Metabólitos Secundários Rota Biossintética
Ácidos Fenólicos Rota do ácido chiquímico
Alcaloides Rota do ácido chiquímico e do acetato (via
mevalonato)
Antraquinonas Rota do ácido chiquímico e do acetato
CH3
OH OPP ISOPENTENIL-DIFOSFATO (IPP)
HOOC OH
Ác. mevalônico
DIMETILALIL-DIFOSFATO (DMAPP)
OPP
OP
O O- OP
HO
+ HO OH
O HO
PIRUVATO 2-C-METIL-ERITRITOL-4-FOSFATO
O
GLICERALDEÍDO-FOSFATO
➢ Construídos de unidades C5
(Unidade Isopreno) = daí o “n”
da fórmula.
Modelo Cabeça-cauda
UNIDADES BIOGÊNICAS Em muitos casos o
OPP IPP e o DMAPP ligam-
DO ISOPRENO
IPP se entre si através do
famoso modelo
ISOPRENO "cabeça-cauda" para
OPP formar unidades
maiores.
DMAPP
✓Asteraceae
✓Apiaceae
✓Laminaceae
✓Lauraceae
✓Mytraceae
Distribuição
➢ Por todos tecidos vegetais (raramente em ramos e cascas) -
depositados em estruturas específicas de secreção e estocagem
nos tecidos vegetais.
➢ Estruturas secretoras especializadas: células oleíferas.
➢ Estruturas de depósito intracelulares: bolsas lisígenas (podem
ser visualizadas a olho desarmado).
➢ Estruturas localizadas entre a cutícula e a membrana celular:
tricomas e escamas glandulares.
➢ Órgãos: flores (laranjeira, bergamoteira), folhas (capim-limão,
eucalipto, louro), cascas dos caules (canelas), madeira (sândalo,
pau-rosa), raízes (vetiver), rizomas (cúrcuma, gengibre), frutos
(anis-estrelado, funcho, erva-doce) ou sementes (noz-moscada).
Podem estar presentes em certos
órgãos das plantas, como: Flores,
folhas, cascas, tronco, galhos, raízes,
rizomas, frutos ou sementes.
Mas sua composição pode variar
segundo a localização e outros
fatores:
-Diferentes órgãos da mesma
planta: podem ter composição
química, caracteres físico-
químicos e odores bem
distintos.
-Mesmo órgão da mesma
planta: pode variar
significativamente de acordo
com época de coleta, condições
climáticas e de solo.
Fatores de Variabilidade
Fatores Processo de
extrínsecos obtenção
Fatores de variabilidade
➢ Quimiotipos: vegetais ➢ Fatores extrínsecos:
botanicamente idênticos, ➢ Ambiente de desenvolvimento
mas diferem em termos ➢ Tipo de cultivo
químicos.
➢ Temperatura
➢ Ciclo vegetativo: pode ➢ Umidade relativa
variar durante o
➢ Duração total de exposição ao sol
desenvolvimento do
vegetal. ➢ Regime de ventos
➢ Grau de hidratação do terreno
➢ Processo de obtenção:
arraste de vapor d’água – ➢ Presença de micronutrientes no solo
água interfere na (N, P, K)
composição. Cada espécie reage de forma
diferenciada.
Conservação das essências
➢ Principais fatores que os modificam são:
➢ ar, luz e calor
alterações
➢ metais organolépticas,
➢ água e impurezas físicas e químicas
• Reação de Liebermann-Burchard:
• Principal teste analítico para detecção de esteroides em
plantas.
• Amostra + anidrido acético + ácido acético + algumas
gotas de ácido sulfúrico = desidratação.
-Cor azul ou verde → provavelmente núcleo esteroidal.
-Cor vermelha, rosa, púrpura ou violeta → provavelmente
núcleo terpênico.
Verificação de adulteração
2-Presença de álcool
• Em uma proveta graduada de 25 mL, com auxílio de pipeta volumétrica,
adicionar 5 mL de óleo essencial a igual volume de uma solução de água
glicerinada (água + glicerina 1:1). Observar cuidadosamente o menisco no
momento das duas adições, pois os volumes têm que ser EXATOS e
IDÊNTICOS. Se necessário, efetuar os devidos acertos com pipeta de
Pasteur.
• Misturar cuidadosamente os componentes da proveta e deixar em repouso
por cerca de 10-15 minutos.
• Repetir o mesmo procedimento com o óleo essencial proveniente do tubo de
ensaio número 02. A contração do volume da essência, indica a presença de
álcool, pois ele passa para a solução de água glicerinada.
Verificação de adulteração
➢ Resultados:
➢ Espera-se que os volumes de óleo essencial e solução de água
glicerinada se mantenham exatos e idênticos, pois indicaria que não
existe adulteração com álcool.
➢ Caso aumente o volume da solução de água glicerinada, indica
adulteração, pois o álcool contido no óleo essencial foi atraído para
a solução.
➢ Essa reação pode ser observada quando se adiciona água glicerinada
no Tubo 2.
Controle de Qualidade
➢ Da droga:
➢ Identificação.
➢ Pesquisa de princípio ativo e doseamento.
➢ Do óleo essencial:
➢ Métodos físicos (solubilidade em álcoois, densidade
relativa, desvio polarimétrico, índice de refração,
ponto de congelamento).
➢ Métodos químicos (índice de acidez, de ésteres etc.).
➢ Métodos cromatográficos.
Controle de Qualidade
➢ Testes organolépticos
➢ Controle de Identidade e Pureza:
➢ densidade relativa em relação a água;
➢ atividade óptica
➢ CCD
➢ Resíduo de evaporação
➢ Outros métodos de análise:
➢ Cromatografia em Camada Delgada
➢ Cromatografia Gasosa (CG)- CG acoplada á espectrometria de
massas
➢ Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)
➢ Ressonância magnética nuclear de carbono -13
Avaliação da Qualidade
Apresentam frequentemente
problemas na qualidade que podem
ter origem na:
◼ Variabilidade da sua
composição;
◼ Adulteração (falsificação);
◼ Identificação incorreta do
produto e sua origem;
◼ Testes organolépticos.
Importância Econômica
◼ Utilização crescente nas indústrias de alimentos,
cosméticos e farmacêutica;
Atividade
Atividade
farmacológica de uma
farmacologia do óleo
droga vegetal rica em
isolado da mesma.
óleos voláteis
Propriedades estabelecidas
• Ação carminativa (gases): funcho, erva-doce, camomila, menta.
• Ação antiespasmódica: camomila, macela, alho, funcho, erva-doce,
sálvia.
• Ação diurética: zimbro.
• Ação estimulante sobre secreções do aparelho digestivo:
gengibre, genciana, zimbro.
• Ação cardiovascular: óleos contendo cânfora (sálvia, canforeira).
• Ação irritante tópica (rubefasciente): terebintina.
• Ação secretolítica: eucalipto, anis-estrelado.
Propriedades estabelecidas
• Ações sobre o SNC: estimulante (óleos voláteis contendo
cânfora) depressora (melissa, capim-limão) ou mesmo
provocando convulsões em doses elevada (canela).
• Ação anestésica local: óleo volátil do cravo-da-índia.
• Ação anti-inflamatória: óleos voláteis contendo azulenos,
como, por exemplo, a camomila.
• Ação antisséptica: timol, citral, geraniol, linalol.
Dados toxicológicos
Reações sensibilização
Os efeitos tóxicos dos
óleos voláteis incluem
não somente aqueles
fototoxicidade decorrentes de uma
intoxicação aguda, mas
também crônica;
O grau de toxicidade depende, também, da via
de administração (Ex.: cia oral)
Dados toxicológicos
Reações no
SNC
Efeitos Efeitos
convulsivantes psicotrópicos
ex: o. voláteis ricos em tujona Ex: óleo volátil de noz-
(losna, sálvia) moscada.
Dados toxicológicos
➢Reações cutâneas
▪irritação: mostarda
▪sensibilização: canela, funcho, alho, terebintina
▪fototoxicidade: frutos cítricos
➢Reações no SNC
-Aplicações:
• solvente biodegradável (indústria): dissolventes
de resinas, pigmentos, tintas, na fabricação
de adesivos.
• componente aromático e sabor : Flavorizante -
indústrias farmacêuticas e alimentícias - na
obtenção de sabores artificiais de menta e na
fabricação de doces e chicletes.
• síntese de novos compostos
Alfa Pineno
-Constituição: monoterpenos.
-Características: substância química,
orgânica, natural, volátil (cheiros das
frutas).
-Localização:
• É encontrado nos óleos de muitas espécies
de árvores coníferas - pinheiro.
• No óleo essencial de alecrim- Rosmarinus
officinalis.
• Mistura racêmica: presente em alguns
óleos - óleo de eucalipto.
Alfa Pineno
-Constituição: monoterpenos.
-Características: líquido incolor, solúvel
em álcool, mas não água. Tem aroma de
madeira de pinheiro.
-Localização:
• Alecrim, Salsa, Endro, Alfavaca
(Manjericão), Milefólio e Rosa.
✓ Sedativo
✓ Espasmolítico
✓ Antiviral
✓ Antibacteriano
✓ Antifúngico -Medicina: ansiedade, insônia,
✓ Carminativo transtornos digestivos, flatulência.
✓ Antitireoidiano Recentemente, no tratamento de
✓ Hipotensor herpes simples (pomadas).
-Outros usos: Culinária, indústria
de bebidas, indústria de repelentes
(citronela - citroneal), cosméticos.
Contra-indicada na gravidez, na
lactação e em casos de
hipotireoidismo.
Dúvidas?
CHEGA POR HOJE?
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRASIL. Ministério da Saúde. Farmacopéia brasileira. 3. ed. São Paulo: Andrei, 1997.
Revista brasileira de farmacologia. Farmacologia de produtos naturais (vol.20). Curitiba, 2010.
TAIZ, L. et al. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
EVERT, R. F. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2016.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
◼ Recomendada:
◼ BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de
Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. Londrina: Ministério da Saúde, 2006.
◼ BRASIL, Ministério da Saúde. Programa Nacional de
Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.