Analise Do Reator Tipo Tanque Agitado CSTR
Analise Do Reator Tipo Tanque Agitado CSTR
Analise Do Reator Tipo Tanque Agitado CSTR
Autores: Albert Itajair1, Gisele Carneiro2, Isaias Queiroz3, Mariana Viana4, Taís Duarte5.
Categoria (s) do autor (es) e instituições:
1. Estudante de Engenharia Quimica; x semestre – UNIFACS *
2. Estudante de Engenharia Quimica; x semestre – UNIFACS *
3. Estudante de Engenharia de Controle e Automação; 9 semestre – Unifacs * isaias.r.queiroz@gmail.com
4. Estudante de Engenharia de Controle e Automação; x semestre – Unifacs *
5. Estudante de Engenharia Quimica; x semestre – UNIFACS *
1 OBSERVAÇÕES
2 COLOCAÇÃO DO PROBLAMA
Segundo JÚNIOR (1992), muitos dos processos químicos refletem as transformações de massa e
energia devido as várias reações químicas que ocorrem, na maioria dos casos simultaneamente, e que levam
a diversos produtos. Normalmente, deseja-se maximizar a obtenção de um ou mais produtos em relação aos
outros, tidos como secundários, que devem ser minimizados. Para que isto ocorra é necessário encontrar as
condições ótimas de operação que forneçam o máximo do produto desejado.
O problema apresentado acima pode ser analisado, através de qualquer sistema em que se admita como
sendo uma planta, unidade ou equipamento, em que se desenvolva uma etapa especifica de um processo
químico. Neste artigo é apresentado como sistema um reator tanque agitado continuo (CSTR) não isotérmico
em que ocorre uma reação química do tipo A → B ou A → B → C.
Ainda de acordo com JÚNIOR (1992), apesar da relativa simplicidade, o sistema (CSTR) é muito
importante para a indústria química e também em processos biotecnológicos. Além do mais pode também ser
tratado como um protótipo para sistemas mais complicados (sistemas distribuídos e plantas químicas).
Reator CSTR – Determinação de volume, apresentado a
disciplina Simulação de processos, ministrada pela Prof.: Mariana
Murari - Universidade Salvador – UNIFACS – 08 de novembro de 2018
𝑘
𝐴 →𝐵 (2.1)
𝐸
𝑘 = 𝑎𝑒𝑥𝑝 (− 𝑅𝑇) (2.2)
considerada exotérmica, irreversível e de primeira ordem, onde k é a constante cinética dada pela lei
de Arrhenius.
Seu modelo matemático não considera a equação de balanço de massa para o componente B e é dado
pelas seguintes equações diferenciais ordinárias considerando uma não variação do volume do reator,
assumem a forma
𝑉𝑑𝐶𝐴
= 𝐹(𝐶𝐴𝑜 − 𝐶𝐴 ) − 𝑉𝑘𝐶𝐴 𝐶𝐴 (0) = 𝐶𝐴𝑠 (2.3)
𝑑𝑡
𝑉𝑑𝐶𝐵
= 𝐹(𝐶𝐵𝑜 − 𝐶𝐵 ) + 𝑉𝑘𝐶𝐴 𝐶𝐵 (0) = 𝐶𝐵𝑠 (2.4)
𝑑𝑡
o controle é aplicado com o objetivo de uma vez perturbado o sistema, manter a concentração do
produto B no mesmo estado estacionário Css' ou o mais próximo possível do mesmo, através da manipulação
das variáveis de entrada. Para se aplicar a técnica de controle ótimo é necessário que o número de variáveis
manipuladas seja menor ou igual ao número de equações do modelo.
Reator CSTR – Determinação de volume, apresentado a
disciplina Simulação de processos, ministrada pela Prof.: Mariana
Murari - Universidade Salvador – UNIFACS – 08 de novembro de 2018
Deseja-se produzir 90.720 toneladas de etileno glicol por ano, a partir da hidrólise do óxido de etileno
em um reator de mistura operando a 55°C. Um passo fundamental para este projeto é o conhecimento da
equação de velocidade da reação, o que foi feito através de um experimento em um reator batelada, na mesma
temperatura em que o reator tanque irá operar (55°C). Como esta é uma reação de hidrólise, na qual a água
está presente em grande excesso, sua concentração pode ser considerada constante durante a reação. Da
literatura sabe-se que esta reação é de primeira ordem em relação ao óxido de etileno. Este reator batelada, em
laboratório, foi alimentado por 500 mL de uma solução 2,0 M de óxido de etileno em água misturada com 500
mL de água contendo 0,9% em peso de ácido sulfúrico. A temperatura foi mantida a 55°C. Esta reação foi
acompanhada ao longo do tempo, e a concentração de etileno glicol formado foi obtida, conforme apresentada
na tabela abaixo:
A partir destes dados é necessário determinar o volume de um reator de mistura, a 55°C, para obter
conversão de 80% do óxido de etileno, a partir de vazão de alimentação de 100 m3/h (óxido de etileno + água),
além de determinar a velocidade molar de alimentação do óxido de etileno, bem como sua concentração na
alimentação, sabendo-se que este reator irá operar ininterruptamente 2000 horas/ano.
Dado: Equação estequiométrica da Reação
Estequiometria da Reação:
𝐾
𝐴+𝐵 → 𝑅 (4.1)
Fase da reação:
Como representado pelo esquemático acima, faz-se possível a percepção de uma diluição, desta forma,
a concentração inicial do etileno glicol (CAo) é então calculada:
−𝑑𝐶𝐴
−𝑟𝐴 = = 𝑘𝐶𝐴 (4.4)
𝑑𝑡
Após integrada a equação acima é possível obter como resultado a seguinte equação:
𝐶
−𝑙𝑛 𝐶 𝐴 = 𝑘𝑡 (4.5)
𝐴𝑜
Desta forma, como a reação se dá através da fase liquida (𝜀𝐴 = 0), tem-se que:
𝐶𝐴𝑜 −𝐶𝑅
𝑙𝑛 = −𝑘𝑡 (4.7)
𝐶𝐴𝑜
A partir dos resultados fornecidos, simulados e utilizando a equação (4.7) acima, calcula-se a constante
de velocidade (K) para cada tempo do experimento apresentado no estudo de caso.
Reator CSTR – Determinação de volume, apresentado a
disciplina Simulação de processos, ministrada pela Prof.: Mariana
Murari - Universidade Salvador – UNIFACS – 08 de novembro de 2018
𝐶𝐴𝑜 −𝐶𝑅
t (min) CR (mol/L) 𝐶𝐴𝑜
K (min-1)
0,0 0,000 1 -
1,0 0,270 0,730 0,315
2,0 0,467 0,533 0,315
3,0 0,610 0,390 0,314
4,0 0,715 0,285 0,314
6,0 0,848 0,152 0,314
Fonte: Adaptado de FÁBREGA (2012).
Desta forma é possível chegar à conclusão de que k é constante, confirmando a primeira ordem da
reação. Assim sendo, a equação de velocidade da reação é definida por:
5 REATOR CSTR
𝐹𝐴𝑂 𝑋𝐴 𝜈 𝐶𝐴𝑂 𝑋𝐴 𝜈 𝑋
𝑉= = 𝐾𝐶 0 ↠ 𝑂 𝐴
𝑉 = 𝐾(1−𝑋 (5.1)
−𝑟𝐴 𝐴𝑂 (1−𝑋𝐴 ) 𝐴)
Para o cálculo dos parâmetros de alimentação do etileno, sabe-se que o peso molecular do etileno glicol
é de 62 g.mol-1, partindo desse conhecimento, temos que a produção anual desejada será:
Ou:
Como a estequiometria da reação apresentada é 1:1, então 𝐹𝑅 = 𝐹𝐴𝑜 𝑋𝐴 , dessa forma, tem-se que:
𝐹 73.161,29 𝑚𝑜𝑙𝑠𝐴
𝐹𝐴𝑂 = 𝑋𝑅 = ↠ 𝐹𝐴𝑂 = 91.451,6 (5.4)
𝐴 0,8 ℎ
𝐹𝐴𝑂
E sabendo-se que 𝐶𝐴𝑂 = , tem-se que:
𝜈𝑜
91.451,6 𝑚𝑜𝑙𝑠𝐴/ℎ
𝐶𝐴𝑂 = = 0,915 𝑀 (5.5)
100.000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠/ℎ
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS