Caoísmo e Magia Do Caos
Caoísmo e Magia Do Caos
Caoísmo e Magia Do Caos
Do universo, temos acesso apenas ao que vem até nós codificado por meio dos
sentidos. Instrumentos podem ajudar a ampliar a abrangência, mas somente até
onde permite o nosso nível tecnológico. Quando tentamos fazer o caminho inverso
e explicar algo que estamos pensando, precisamos também de alguma forma de
codificar este conteúdo, por meio de linguagem — corporal, gestual, falada, escrita,
simbólica.
O Platonismo
Platão explica esta teoria usando a alegoria da Caverna. Nós, seres humanos,
estaríamos em uma caverna, tendo acesso somente às sombras projetadas na
parede. Alguns, é claro, tentam sair da caverna e ter acesso às coisas verdadeiras
que estão formando aquelas sombras. Porém, ao tentarem explicar o que
viram para seus companheiros, estas pessoas são taxadas como
loucas.
Na teoria geral de Platão, existiria um mundo das ideias, onde ficariam os
pensamentos das coisas. Neste mundo, tudo é perfeito, e cada elemento tem seus
aspectos ideais. Por exemplo, um cavalo no mundo das ideias seria um cavalo
ideal, um molde perfeito de como
todo cavalo deve ser.
Gnosticismo
O Gnosticismo, que é o nome coletivo dado a várias correntes, tem um
pensamento similar ao Platônico. Considera que o universo inicialmente estava
disperso na forma de uma mônada, um conjunto de todos os conteúdos que viriam
a existir, porém estes se encontravam disformes e latentes. A partir da mônada,
um Demiurgo ou Arquiteto teria criado o universo material, aprisionando faíscas
de conhecimento, ou almas, dentro de formas físicas minerais, vegetais, animais e
humanas.
A Magia do Caos teve sua formulação realizada principalmente por Peter J. Carroll
com base em trabalhos de Austin O. Spare e da Golden Dawn, e tem como
principais obras de referência o Liber Null e o Psiconauta. Há ainda o Livro dos
Resultados, de Ray Sherwin, que apresenta uma abordagem mais prática dos
conceitos, e os livros PsyberMagick, de Peter J. Carroll, e Chaotopia, de David Lee,
que derivam considerações mais avançadas a partir dos princípios da Magia do
Caos.
Gnose
A Gnose é a prática de se alcançar o estágio de libertação temporária
em relação ao corpo físico, e que permite vislumbrar o âmago das energias, o
que há por trás dos panos. É similar à projeção astral, ou ao desdobramento do
plano etérico, e pode ser alcançado de diferentes formas, como por inibição ou
hiper-excitação dos sentidos.
Sigilo
Um sigilo (selo, do latim sigilum) consiste na codificação de uma
intenção na forma de um desenho, símbolo ou figura. Pode ainda ser
uma frase, porém geralmente se aplica a elementos pictóricos. No caso dos hiper-
sigilos, pode ainda ser algo mais complexo, construído e alimentado por maior
tempo em relação aos sigilos simples, como uma música, um livro, uma obra civil
ou um pseudônimo.
Servidor
Servidores são, de forma geral, entidades animadas que adquirem existência com
base em um sigilo, uma intenção, uma ideia ou um elemento. Podem ter forma
humanoide ou não, e podem ser criados pelo magista para realizar
suas intenções.
Meta-Sistema
Tecnicamente, a Magia do Caos não se trata apenas de um sistema
mágico, e sim de um meta-sistema. Assim como o Caoísmo permite conciliar
sistemas de funcionamento do universo, considerando que todos tratam-se de
diferentes formas de se explicar a mesma coisa, a Magia do Caos concilia Sistemas
Mágicos, considerando que todos são válidos a partir do momento que
apresentam resultados.
Ass.: RoYaL