DM HelderLeira 2017 MEM
DM HelderLeira 2017 MEM
DM HelderLeira 2017 MEM
2017
Instituto Superior de Engenharia do Porto
Departamento de Engenharia Mecânica
JÚRI
Presidente
Doutor Arnaldo Guedes Pinto
Professor Adjunto, ISEP
Orientador
Doutor Fernando José Ferreira
Professor Coordenador, ISEP
Co-orientador
Doutor António Ferreira da Silva
Professor Adjunto, ISEP
Arguente
Doutor Fernando Gomes de Almeida
Professor Associado FEUP
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
AGRADECIMENTOS
Devo começar por agradecer esta Sorte à minha família em especial aos meus Avós e
aos meus Pais que me educaram e permitiram chegar “aqui”...
A minha companheira Mariana Magalhães pelos bons momentos e compreensão…
À minha empresa pela oportunidade que me concedeu e aos meus colegas de trabalho
de forma inconsciente permitiram que este trabalho se realizasse.
E por fim e não menos importante a todos os Professores da minha vida académica
pelos conhecimentos transmitidos e em especial ao Professor Fernando Ferreira pela
disponibilidade, dedicação e o seu fantástico profissionalismo, sem o qual não seria
possível realizar este trabalho.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
RESUMO IX
PALAVRAS CHAVE
Grua, Equipamento de elevação, Luffing, Óleo-hidráulica; Grupo hidráulico, Cilindro
hidráulico, Válvula sustentação
RESUMO
Para tal foi necessário conceber, projetar e fabricar um sistema de óleo hidráulica.
Composto por cilindro hidráulico, válvula de sustentação e grupo hidráulico de forma a
cumprir à partida os requisitos impostos. No decorrer dos cálculos foi necessário
recorrer a alterações no conceito da óleo hidráulica e automação.
Foi ainda necessário proceder ao projeto e consequente fabrico de uma nova válvula
de sustentação especialmente para esta aplicação.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ABSTRACT XI
KEYWORDS
Crane, Lifting equipment, Luffing, Oil-Hydraulic; Hydraulic System, Hydraulic Cylinder,
Counterbalance Valve
ABSTRACT
This work is the result of a project carried out in partnership between the companies
Teclena and Irmãos Tavares 2, as supplier of hydraulic oil solutions and manufacturer
of equipment to support the civil construction, namely cranes.
This project consists in the development of a new crane model called Luffing, aiming to
combine existing solutions with innovative concepts in this area. Since the author's
philosophy is hydraulic oil and automation, especially hydraulic oil.
For this it was necessary to conceive, design and manufacture a hydraulic oil system.
Composed of hydraulic cylinder, counterbalance valve and hydraulic group in order to
comply with the requirements imposed. During the calculations it was necessary to
resort to changes in the concept of hydraulic oil and automation.
It should be noted that during the tests some difficulties / problems were found
regarding the lack of sensitivity in the stop and start movements, and in the difference
between the theoretical values of necessary forces / pressure and reality. As kind of
resolution, different versions of the counter balance valve were changed and tested.
It was also necessary to precede the design and consequent manufacture of a new
counterbalance valve especially for this application.
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LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS XIII
Lista de Abreviaturas
P Pressão admissível
σ Tensão cedência
σ Tensão de limite elástico
τ Tensão admissível
τ Tensão instalada
λ Lambda
D Diâmetro interior
dh Diâmetro da haste
E Espessura do tubo
p Potência instalada
A Área
A2 Área da coroa
D Diâmetro
E Módulo de elasticidade
J Momento de inercia secção circular
⁰ Grau
Fr Frequência
pp Número de par de polos
Lista de Unidades
Cv Cavalo vapor
bar Unidade de pressão
kW Kilowatt
l/min Caudal Volúmico
ton Tonelada
S Segundo
MPa Mega Pascal
cm Centímetro ao quadrado
cm Centímetro à quarta
N/cm Newton por centímetro ao quadrado
N/mm Newton por milímetro ao quadrado
rpm Rotações por minuto
Hz Hertz
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GLOSSÁRIO DE TERMOS XV
GLOSSÁRIO DE TERMOS
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ÍNDICE DE FIGURAS XVII
ÍNDICE DE FIGURAS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ÍNDICE DE FIGURAS XVIII
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ÍNDICE DE TABELAS XIX
ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE XXI
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 EMPRESAS 1
1.2 ENQUADRAMENTO 1
2 SISTEMAS DE ELEVAÇÃO 9
2.2 PÓRTICO 10
3 TIPOS DE GRUAS 15
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ÍNDICE XXII
4 DESENVOLVIMENTO DA GRUA
GRUA LUFFING 25
4.3 AUTOMAÇÃO 48
4.4 ESTRUTURA 52
6 CONCLUSÕES E PROPOSTAS
PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS
FUTUROS 63
6.1 CONCLUSÕES 63
7 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA 67
7.1 BIBLIOGRAFIA 67
8 ANEXOS 73
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
INTRODUÇÃO
1.1 EMPRESAS
1.2 ENQUADRAMENTO
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado no seguimento de uma parceria entre fornecedor e cliente
das empresas Teclena e Irmãos Tavares 2, empresa esta que fabrica e comercializa,
entre uma vasta gama de equipamentos e maquinaria, gruas para construção civil.
Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um tipo de grua designada por
Luffing, não só pelo tipo de equipamento que atualmente só é utilizada em Inglaterra,
mas também pela inovação introduzida no setor da elevação/movimentação de
cargas.
1.1 Empresas
1.2 Enquadramento
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
INTRODUÇÃO 2
Séculos mais tarde, e do qual não existe grande exatidão mas que deverá ter sido entre
séculos VII a.C. e IV a.C, os povos Gregos [3] começaram a utilizar equipamentos de
elevação como mostra a Figura 3 . Estes equipamentos eram construídos em madeira e
era através de cordas e roldanas, elementos que faziam parte do mesmo que
permitiam elevar cargas na vertical. No entanto, apesar de este equipamento se ter
revelado fundamental no auxílio das construções da sua altura, apresentava algumas
limitações. O acionamento era obtido por força humana ou de animais e à medida que
a construção avançava era necessário desmontar e deslocar o equipamento.
Com o passar do tempo e por volta do século I a.C. os povos Romanos [4] iniciaram a
construção de grandes edifícios e para tal usaram o modelo de grua Grega na qual
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
INTRODUÇÃO 3
Figura 3 - Grua da época Grega [2] Figura 4- Grua da época Romana [2]
Sem dúvida que a descoberta que permitiu aos Gregos e Romanos melhorar as suas
performances foi a introdução de roldanas/polias. Proporcionando elevar cargas
maiores com menor esforço humano, a introdução destes elementos em conjuntos de
três ou cinco roldanas designadas por "Tripastos" e "Pentaspostos" respectivamente,
apresentavam a vantagem da desmultiplicação das forças mecânicas de 3:1 e 5:1 vezes
[3]. A Figura 5 mostra alguns exemplos das aplicações da roldanas.
Anos mais tarde, no início do século XX, a construção civil “disparou” na Europa e com
isto aumentou a necessidade de movimentar e elevar cargas dos mais variados tipos
como aço, betão, tijolos, colocando-os no local desejado. Assim aparecem os primeiros
modelos de grua torre, conforme a Figura 8, que se tornaram um elemento decisivo
em várias áreas da indústria, nomeadamente construção civil e naval. Este modelo de
grua torre era em tudo muito semelhante aos modelos que conhecemos nos dias de
hoje. De uma forma geral são constituídas por um gancho, cabo de aço, torre e lança
em estrutura metálica, contrapesos e guinchos, aspetos que serão abordados e
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
INTRODUÇÃO 5
No capítulo 4 é feita uma análise mais pormenorizada da grua tipo Luffing, grua esta
que é o alvo de estudo deste trabalho.
No capítulo 5 é feita uma análise dos ensaios e problemas da grua em contexto real.
Sendo ainda aborda a forma de resolução.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
7
SISTEMA DE ELEVAÇÃO
2.1 PONTE ROLANTE
2.2 PÓRTICO
2 SISTEMAS DE ELEVAÇÃO
De uma forma geral este tipo de equipamento é uma viga sobre um vão livre e pode
apresentar algumas variantes, nomeadamente ponte rolante monoviga, biviga ou
suspensa [7], sendo tipicamente usada no interior de armazéns, permitindo a
utilização de toda a área localizada por baixo da mesma.
A estrutura em construção soldada é designada por viga caixão, desloca-se sobre um
trilho e tem acionamento por meio de moto-redutores elétricos, quer para
deslocamento, quer para a elevação. Atualmente estes equipamentos apresentam
grandes capacidades de elevação, a título de exemplo, 200 ton com um vão de 40 m,
como mostra a Figura 9 .
Contudo existem desvantagens relacionadas com o elevado investimento bem como a
inexistência de flexibilidade depois de instalada.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
SISTEMAS DE ELEVAÇÃO 10
2.2 PÓRTICO
O pórtico rolante acaba por ser em tudo semelhante às referidas pontes rolantes com
a exceção da altura de elevação e maior capacidade de carga. Desliza sobre trilhos
conforme a Figura 10, e existem algumas versões que utilizam rodas direcionáveis
conforme Figura 11. Tipicamente são usadas para armazenamento ao ar livre.
Apresentam como desvantagem o fato de interferir com o tráfego no piso onde se
deslocam.
Figura 10 - Pórtico sobre carril [9] Figura 11 - Pórtico com rodas direcionáveis [10]
Figura 12 – Grua de bandeira (parede) [11] Figura 13 – Grua de bandeira (piso) [12]
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
SISTEMAS DE ELEVAÇÃO 11
Para além dos tipos de gruas referidas, existem as gruas móveis ou instaladas sobre
uma base móvel. Normalmente existem dois tipos de “base” com lagartas ou rodas,
conforme mostra Figura 14 e Figura 15 respetivamente, podendo o tipo de lança ser
telescópica ou tipo treliça.
Estes equipamentos designados na gíria por camião grua, apresentam um vasto leque
de vantagens tendo em linha de conta que existem diferentes tamanhos permitindo
uma excelente adaptação em função do local e tipo de trabalho a realizar. De salientar
que estes equipamentos necessitam de um tempo relativamente reduzido para início
do trabalho sem necessidade de recorrer a equipamentos auxiliares.
Figura 14 – Grua móvel com lagartas [13] Figura 15 - Grua móvel com rodas [14]
Conforme mostra a Figura 16 as gruas móveis com lagartas são dedicadas ao uso em
estaleiro e terreno acidentado, podendo apenas ser transportadas em camiões e
muitas das situações em transporte especial, dadas as dimensões e peso. Existe ainda
a possibilidade de lança tipo treliça ou telescópica.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
SISTEMAS DE ELEVAÇÃO 12
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
SISTEMAS DE ELEVAÇÃO 13
TIPOS DE GRUAS
3.1 GRUAS AUTOMONTANTES
AUTOMONTANTES
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TIPOS DE GRUAS 15
3 TIPOS DE GRUAS
A grua automontante mostrada na Figura 17 é um dos tipos de grua mais utilizado nas
obras de pequena dimensão, consequência das boas características que apresenta.
No que diz respeito aos modelos existentes, estes estão dotados de um sistema
hidráulico auxiliar para a sua montagem, o que torna este trabalho numa tarefa muito
mais segura, rápida e com um baixo custo de manutenção, permitindo realizar este
trabalho em poucos minutos.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 16
Uma grua torre pode ser vista na Figura 19, e este é sem dúvida o modelo mais familiar
e que mais rapidamente nos vem à memória quando falados em grua de construção
civil. Este é um dos modelos que mantém as suas características gerais e estrutura
desde as primeiras versões.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 17
Este tipo de gruas é a que apresenta mais variantes, no que diz respeito ao tipo de
comando/controlo, com ou sem cabine para o operador bem como tipo de contrapeso
e forma construtiva. Caracteriza-se ainda pela montagem modular o que se traduz
numa vantagem.
A vertente modular é muito usada no estrangeiro onde a construção de edifícios altos
é comum. Como forma de exemplo, quando se inicia uma obra de um edifício que terá
100 metros de altura não implica que a grua seja montada numa fase inicial com esta
altura, ou seja, a grua “cresce” em função da obra e para tal é usado um equipamento
ao qual se dá o nome de gaiolas de telescopagem que será abordado mais à frente.
Em relação à forma construtiva, este modelo, tal como em grande parte das gruas,
apresenta uma estrutura tipo treliça, conforme mostra a Figura 20, podendo existir
algumas variantes dependendo do fabricante. No caso do tipo de acionamento estes
modelos estão equipados com motores elétricos e redutores
No que diz respeito a limitações e vantagens, tendo em linha de conta que este
modelo ou tipo grua é um dos mais utilizados na construção civil e face aos
comprimentos de lança que podem ultrapassar os 80 metros e cargas máximas de
40 toneladas conforme mostra a tabela da Figura 21, poderia à partida significar que
não tem limitações ou tem muito mais vantagens do que desvantagens, o que não
traduz a realidade. Ora vejamos, o facto de a lança ou contra laça com peso ter de ficar
por cima de propriedades ou espaços vizinhos que nada têm que ver com a obra. Em
alguns países a legislação é de tal ordem apertada que não e possível ultrapassar os
limites do terreno da obra, invadindo o espaço aéreo dos vizinhos.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 18
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 19
De uma forma muito resumida, a diferença tem que ver com a zona onde a grua está
montada, no exterior da área de implantação do edifício ou no interior/centro do
mesmo. Para tal é usado um tramo em todo idêntico aos tramos da torre da grua mas
com dimensão superior e por meio de cavilhas e um sistema hidráulico, a torre é
elevada tantas vezes quantas as necessitamos fazer “crescer” a grua.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 20
Este tipo de equipamento, conforme mostra a Figura 25, não é muito comum na
construção civil em Portugal, o mesmo já não poderá ser dito em relação ao
estrangeiro. Este modelo é muito utilizado nos portos de mar e na construção civil em
zonas com áreas reduzidas sendo que em grande parte das obras esta grua é montada
no telhado/cobertura do edifício.
No que respeita à forma construtiva pode ser de base fixa ou móvel com acionamento
próprio, normalmente por intermédio de um motor de combustão. A estrutura da
torre tal como da lança mantém a configuração tipo treliça. De forma idêntica aos
outros modelos de grua mencionados, o acionamento/movimento da lança é feito por
intermédio de guinchos com acionamento elétrico ou hidráulico.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 21
A grua do tipo Luffing da Figura 27 representa uma conjugação de alguns dos tipos de
gruas acima referidos tornando-a num conceito inovador no setor da construção civil
no que diz respeito à movimentação/elevação de carga, colmatando de certa forma
algumas lacunas e permitindo que nova legislação seja respeitada. O acionamento
hidráulico deste tipo de grua é o foco principal deste trabalho.
Tal como grande parte dos modelos de grua de construção civil, esta também é
constituída por uma torre fixa, lança e contralança com contrapeso. Uma característica
deste tipo de gruas é o fato da lança ter um movimento vertical (ou no plano vertical).
A estrutura da torre, bem como da lança, apresentam uma configuração típica neste
tipo de equipamentos vulgarmente chamada de treliça espacial ou 3D. Caracteriza-se
ainda pelo fato da carga estar sempre na ponta da lança por intermedio de cabos de
aço e não pelo típico carro que se desloca ao longo da lança nas gruas torre.
Neste tipo de grua o levantamento da carga é possível através de dois movimentos
diferenciados, um recolhendo o cabo por intermédio de um guincho e outro através da
articulação da lança, levantando-a por via de um cilindro hidráulico. Este movimento
da lança é que permite posicionar a carga a diferentes distâncias da torre.
Como forma de melhor compreensão a Figura 28 mostra um esquema dos principais
elementos da grua.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 22
Nº Descrição
1 Contra peso
2 Contra lança
3 Suporte contra peso
4a12 Tramos da lança
13 Suporte roldanas
14 Gancho para elevação de carga
15 Grupo hidráulico
16 Guincho (moto redutor)
17 Rotação (moto redutores)
18 Cabine do operador
19 Plataforma de rotação
20 Cilindro hidráulico
21 Tramo de torre
Dadas as exigências das forças elevadas que o cilindro hidráulico aplica à estrutura por
força da necessidade da articulação da lança neste tipo de grua, novos métodos de
fabrico foram aplicados na soldadura, respeitando a norma EN1090 classe 2 e 3, em
especial na soldadura topo a topo de forma a garantir uma maior resistência e
consequente leveza do equipamento.
Em relação aos acionamentos dos diferentes movimentos, foram usados motores
elétricos e moto redutores, para a óleo hidráulica, guincho e rotação.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
TIPOS DE GRUAS 23
4.3 AUTOMAÇÃO
4.4 ESTRUTURA
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 25
Os pontos seguintes são referentes à análise da posição da lança, bem como as forças
exercidas no cilindro para equilibra-la.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 26
Força
Força
Carga exercida
exercida
Angulo Raio max. no cilindro
no cilindro
elevada c/ carga
s/ carga
max.
⁰ M ton ton ton
0 55,00 3,10 -98,42 -19,55
5 54,79 3,11 -95,26 -16,20
10 54,16 3,15 -92,16 -12,71
15 53,11 3,22 -89,97 -9,19
20 51,64 3,32 -87,75 -5,50
25 49,78 3,47 -86,13 -1,68
30 47,53 3,65 -84,54 2,32
35 44,91 3,89 -83,46 6,52
40 41,94 4,19 -82,48 10,91
45 38,64 4,59 -82,09 15,55
50 35,71 5,00 -82,47 19,65
55 31,17 5,00 -67,68 25,60
60 27,06 5,00 -53,90 31,03
65 22,73 5,00 -38,60 36,90
70 18,22 5,00 -21,33 43,11
75 13,56 5,00 -1,93 49,95
80 8,79 5,00 20,10 57,31
85 3,95 5,00 45,14 65,27
• força de compressão no cilindro com uma carga de 3,1 ton na lança, é 98 ton à
compressão para o angulo de 0°
• força de tração no cilindro com uma carga na lança de 5 ton, é 45 toneladas à
tração para o angulo de 85°
• força de compressão no cilindro sem carga na lança, é 19 toneladas à
compressão para o angulo de 0°
• força de tração no cilindro sem carga na lança, é 65 toneladas à tração para o
angulo de 85°
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 27
Força
Força
Carga exercida
exercida
Angulo Raio max. no cilindro
no cilindro
elevada c/ carga
s/ carga
max.
⁰ M ton ton ton
0 45,00 4,80 -98,94 1,37
5 44,83 4,81 -95,87 4,68
10 44,31 4,88 -93,03 7,98
15 43,45 4,98 -91,25 11,35
20 42,24 5,14 -89,61 14,74
25 40,71 5,34 -88,76 18,23
30 38,87 5,62 -88,11 21,73
35 36,71 5,97 -88,20 25,37
40 34,28 6,43 -88,60 29,01
45 31,57 7,02 -89,87 32,81
50 28,62 7,79 -91,64 36,64
55 25,44 8,81 -94,45 40,64
59,3 22,54 10,00 -98,14 44,38
65 18,50 10,00 -75,13 48,95
70 14,80 10,00 -52,61 53,31
75 10,97 10,00 -27,25 58,05
80 7,06 10,00 1,75 62,96
85 3,08 10,00 34,93 68,07
• força de compressão no cilindro com uma carga de 4,8 ton na lança, é 98 ton à
compressão para o angulo de 0°
• força de tração no cilindro com uma carga na lança de 10 ton, é 35 toneladas à
tração para o angulo de 85°
• força de tração no cilindro sem carga na lança, é 1,3 toneladas à tração para o
angulo de 0°
• força de tração no cilindro sem carga na lança, é 68 toneladas à tração para o
angulo de 85°
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 28
A solução óleo hidráulica convencional para movimentação de cargas onde não existe exi
variação do sentido da força ou a carga passa de opositora a motora é bem dominada.
Esta consiste normalmente
almente no cilindro hidráulico, válvula direcional 4/3 (quatro vias e
três posições),, bomba, fonte de potência e acessórios, conforme esquema Figura 30 e
respetiva legenda na Tabela 4.
Nº Descrição
1 Depósito
2 Motor elétrico
3 Luneta + união de veios
4 Bomba de debito fixo
5 Nível de óleo
6 Filtro de retorno
7 Base com limitadora de pressão
8 Manómetro de pressão
9 Válvula direcional 4/3 c/ atuação elétrica
10 Cilindro hidráulico
Tendo em linha de conta que o sentido da força no cilindro podia variar, foi necessário
fazer um update no esquema como mostra a Figura 31 e respetiva legenda na Tabela
5, incluindo uma válvula para controlo de movimento por forma que não ocorresse um
fenómeno chamado cavitação.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 30
Nº Descrição
1 Depósito
2 Motor elétrico
3 Luneta + união de veios
4 Bomba de debito fixo
5 Nível de óleo
6 Filtro de retorno
7 Base com limitadora de pressão
8 Manómetro de pressão
9 Válvula direcional 4/3 c/ atuação elétrica
10 Válvula controlo de movimento
11 Cilindro hidráulico
Após a introdução dos esquemas anteriores e com base nos valores da Tabela 2 e
Tabela 3, o desenvolvimento do projeto da parte hidráulica tinha requisitos bem
definidos que exigiam as condições ótimas de funcionamento com ou sem carga e
independentemente do comprimento da lança que estivesse a ser usada e posição da
mesma entre os 0° 85°. O controlo do cilindro hidráulico, em posição,
independentemente do sentido da força que lhe é aplicada, exigia um comando óleo
hidráulico apurado. Acresce ainda que, devido ao elevado momento de inércia da
lança, carga suspensa a uma distância muito grande e o efeito “tipo elástico”
provocado pelos cabos de aços que suportam o guincho, é exigido um apertado e fino
controlo dos movimentos, obrigando também a rampas de aceleração e desaceleração
no movimento por intermédio de joysticks e bobines proporcionais. Tal permite uma
reação rápida e ao mesmo tempo suave para melhor controlo por parte do operador.
Face aos aspetos mencionados o autor teve necessidade de conceber, projetar e
fabricar todo o sistema hidráulico de raiz. A Figura 32 mostra um resumo das principais
características da grua, nomeadamente cargas e potências instaladas.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 31
Com base nos requisitos definidos à partida (Tabela 6) e com auxílio de uma folha de
cálculo criada pelo autor (ANEXO A) foram obtidos parâmetros para dimensionamento
do sistema.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 32
Mais uma vez a folha de cálculo ANEXO A tornou-se uma ferramenta indispensável
para um rápido dimensionamento/projeto e consequente fabrico do cilindro hidráulico
apresentado na Figura 33.
Depois do dimensionamento hidráulico para o cilindro 280 /180 x 3000, na referida
folha de cálculo passou-se à verificação estrutural e consequente justificação das
fórmulas ocultas na tabela para validação da solução.
Nesta etapa todos os elementos que constituem o cilindro foram dimensionados nos
pontos que se seguem.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 33
Elementos dimensionados:
• Tubo retificado: Ø 280x324 mm
Laminado a quente de acordo com DIN 2448/1629 em aço St52
# = 345 MPa
Área de um círculo é dada pela expressão 1
& ∙ ()
$= (1)
*
& ∙ ).)
$=
*
$ = /01 23)
# ∙9
4563 = (2)
:; ∙ 6 ∙ <, <1
>*1 ∙ ))
4563 =
) ∙ ).< ∙ <, <1
6D* ∙ &
C= (3)
/*
0.* ∙ &
C=
/*
C = 101< 23*
&) ∙ H ∙ C
F35G = (4)
B) ∙ :;
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 34
$) = >/0 23)
R SLA
= (6)
:; $L
0))< ∙ 01?
SLA =
)
Dado que a pressão admissível para o tubo obtida pela expressão 2 era de 271 bar, o
calculo deve ser efetuado com base neste valor ou seja força máxima no avanço do
cilindro é de 166 ton = 1660000 N o número mínimo de parafusos N[ é dado por:
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 35
0//<<<<
N[ ≥
U1??<
• O diâmetro do moente é de 120 mm, sendo que o cálculo da área é dado pela
expressão 7 e o cálculo de resistência ao corte do mesmo é dado pela expressão 8e 9.
& ∙ ()
$= (7)
*
& ∙ 0))
$=
*
$ = 00> 23)
S2ab
`aN^L = (.)
$∙)
0//<<<<
`aN^L =
)//
#296
`563 = (U)
√> ∙ :;
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√> ∙ )
`563 = 0)>J/33)
`aN^L ≤ `563
/) ≤ 0)>J/33)
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 37
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 38
Descrição Referência/Fabricante
1 Portade 1/4” para tomada de manómetro Teclena
2 Portade 1” para entrada de óleo Teclena
3 Olhal suspensão para transporte Teclena
4 Gola de reforço para aperto da tampa frontal Teclena
5 Tampa traseira Teclena
6 Embolo com respetivos vedantes Teclena
7 Tubo retificado interior DIN 2448/1629 em aço St52 H8 STELMI
8 Moente de apoio/fixação cilindro Teclena
9 Haste cromada CK4520 MIF7 STELMI
10 Tampa da frente com respetivos vedantes Teclena
11 Olhal com rotula Ø 140Gola de reforço para aperto da tampa frontal TAPR140UGAS/PAVARINI
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 39
No que diz respeito ao grupo hidráulico, o seu layout/forma construtiva também foi
alvo de análise e projeto pelo autor, dado que também era necessário obedecer a
alguns requisitos e restrições.
Numa análise prévia de projeto verificou-se que o posicionamento do grupo hidráulico
não poderia estar na base da grua dado que o comprimento das mangueiras provocava
uma perda de carga no circuito que colocaria em causa o seu bom funcionamento.
Pelo motivo referido este elemento foi instalado junto à cabine do operador, algures
entre a torre e a lança, como mostra a Figura 35.
Um primeiro ponto era respeitar uma forma física que não impedisse a circulação de
pessoas. Por outro lado o fato do seu peso ultrapassar os 300 kg sem óleo, obrigou a
incluir olhais de forma a facilitar o seu manuseamento na montagem e desmontagem
da grua. A Figura 36 mostra uma vista geral do mesmo.
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 40
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 41
4 ∙ if
[= (10)
*1<
)<< ∙ .<
[=
*1<
[ = >*, 1 2j
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 42
Novos dados
ef = 40 l/min (1500 rpm)
k= 22 kW ≈ 30 cv
[ ∙ *1<
435G. = (00)
if
>< ∙ *1<
435G. =
*<
Contundo esta alteração não solucionou a questão do tempo de ciclo que estava
definido como 120 s e para tal o autor incluiu um variador de velocidade, que será
justificado nos pontos seguintes.
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 43
Nº Descrição
1 Motor elétrico 22kW
2 Luneta Ø350 Gr3 + União 110/48/Gr3
3 Bomba dupla carretos Gr3 25+25cc
4 Nível óleo
5 Filtro retorno c/ indicador MPF
6 Nível elétrico 400 mm NO
7 Bocal enchimento e respiro
8 Filtro retorno MPF
9 Bomba carretos Gr2 18cc
10 Luneta Ø200 Gr2 + União 63/28/Gr2
11 Motor 1,1Kw, 1500rpm, B5
12 Refrigerador. Ar / Óleo
13 Termóstato regulável 0-90ºc
14 Depósito 150 L STD
15 Distribuidor HPV41/1 prop. 12vdc
16 Manómetro RV; 0-400 bar; D63
17 Válvula sustentação de carga ¾”
18 Cil. Hid. 280/180x3000
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 45
• 9 a 11 – Grupo de refrigeração
Este conjunto tem dupla função:
o a primeira, promover a circulação do óleo e consequente subida de
temperatura, caso a temperatura do óleo seja inferior à temperatura mínima
para funcionamento do equipamento.
o a segunda, promover o arrefecimento do óleo caso a temperatura do mesmo
alcance a temperatura máxima.
• 13 – Termostato
Este componente permite controlar a dupla função do grupo de refrigeração.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 46
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 47
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DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 48
No que respeita à forma de aplicação, esta deverá ser sempre aplicada no cilindro por
intermédio de ligações rígidas, normalmente por tubo de aço (conhecido na área da
óleo hidráulica por tubo de circuito) ou até mesmo em algumas situações flangeada
diretamente na entrada de óleo do cilindro. Esta preocupação deve-se a uma questão
de segurança ou seja se esta ligação for feita por mangueiras, pode aumentar o risco
de acidente caso haja o rebentamento da mesma.
4.3 AUTOMAÇÃO
A automação deste equipamento foi sem dúvida uma parte não menos importante do
projeto e mesmo não sendo o foco principal deste trabalho o autor contribuiu para o
desenvolvimento do mesmo de forma que existisse uma perfeita conjugação dos
sistemas de acionamento.
Por esta razão serão abordados de uma forma sucinta alguns pontos, como por
exemplo requisitos/necessidades e algumas tomadas de decisão.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 49
FA ∙ /<
N= (0))
[[
.< ∙ /<
N=
)
N = )*<< A[3
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 50
Figura 46 - Consola
Esta consola é conhecida na gíria por “caixa negra”, porque também guarda dados de
utilização passada. Este componente é responsável pelo controlo/monitorização do
sistema, permitindo gerir e guardar todos os dados passados, nomeadamente cargas,
movimentos e posições. Este componente também recebe informação de GPS
sabendo em cada instante a posição da lança e usa esta informação para garantir o
cumprimento das normas e regulamentos.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 51
• ZONING (work area limitation – WAL) que impede invasão do espaço aéreo vizinho
pela grua evitando risco de acidentes por queda de cargas.
• ANTICOLLISION (AC) sistema que impede a colisão da lança ou contra lança da grua
com outras gruas, edifício vizinhos e com outros objetos que estejam no raio de ação
da grua.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 52
4.4 ESTRUTURA
No que diz respeito à estrutura, os pontos de fixação do cilindro hidráulico foram alvo
de uma especial atenção tendo em consideração as elevadas forças descarregadas
nestes pontos.
De acordo com a Figura 49, a letra A mostra o ponto de fixação da cavilha da rótula e a
letra B os pontos de fixação do moente do cilindro.
B
B
Os valores fornecidos pelo autor para cálculo da estrutura foram obtidos através da
folha de cálculo do ANEXO A.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
DESENVOLVIMENTO GRUA LUFFING 53
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONSTRUÇÃO DA GRUA E ENSAIOS 55
• Já no caso da pressão alcançada na camara positiva (ou câmara de trás), foi de 190
bar, esta diferença significativa está obviamente relacionada com as diferenças de
áreas das duas camaras do cilindro;
• De referir que o rapport interno de pilotagem da válvula cria contra pressão,
obrigando a um aumento de pressão.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONSTRUÇÃO DA GRUA E ENSAIOS 56
Conforme referido no ponto anterior e após uma análise mais cuidada do sistema,
verificou-se que os problemas de funcionamento eram provenientes da válvula de
sustentação. Estas conclusões foram alcançadas fruto de experiencias do autor
noutras aplicações.
Dado que existe uma afinação na pilotagem da válvula como mostra a FIGURA 51 e
TABELA 9, não é possível por um lado evitar o efeito retardador de pilotagem quando
este regulador está demasiado apertado e por outro a forma brusca como a pilotagem
acontece quando regulador está demasiado aberto.
1 Cartucho de sustentação
2 Piloto do cartucho de sustentação
De referir que neste tipo de válvulas existe um rapport de pilotagem e neste caso em
particular é de 4:1 entre A1 / B e B1 / A, isto significa que para “libertar” 100 bar em
A1, são necessários 25 bar em B.
Existindo uma diferença de valores com uma relação de quatro vezes, um rapport de
pilotagem com afinação e uma amplitude de cargas considerável, torna o sistema de
difícil controlo e promove o aparecimento de problemas:
Falta de sensibilidade no arranque e paragem uma vez que está dependente
da pressão / carga no cilindro.
Efeito mola a quando da paragem uma vez que a válvula tem dificuldade em
“trancar” visto que as portas da válvula direcional, são trancadas.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONSTRUÇÃO DA GRUA E ENSAIOS 57
Parte da solução alcançada foi possível pela utilização de cartuchos para válvula
direcional de centros fechados, num circuito com válvula direcional de centros
abertos. Dado que este tipo de cartuchos tem um rapport de pilotagem, foi necessário
implementar uma solução que permitisse até certo ponto “equilibrar” o referido
rapport para uma relação mais próxima do 1:1, tornando assim a grua mais reativa
paragem/arranque.
Para tal foi usado o esquema da Figura 54 e ANEXO H como informação
complementar.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONSTRUÇÃO DA GRUA E ENSAIOS 58
Nesta solução o autor ajustou o rapport de pilotagem com os giglers D1, D2,D3 e D4.
Estes giglers tem duas dimensões de furos iguais sendo D1 igual a D4 e D2 igual a D3.
Com este esquema foi possível pilotar o cartucho com uma relação mais próxima do
1:1.
Por exemplo nesta solução para “libertar” 100 bar em A1, são necessários
aproximadamente 100 bar em B, dado que existe uma “fuga” em d1.
Eliminando assim problemas no arranque / paragem e o efeito mola, porque a grua se
tornou mais reativa por outras palavras passou a reagir mais rapidamente às ordem do
operador.
A Figura 55 mostra a evolução das duas versões anteriores, tornando-o numa válvula
comercial conforme Figura 56, tendo esta sido desenvolvida em especial para este
projeto em parceria entre a empresa Teclena e NEM que desenvolve, fabrica e
comercializa válvulas para óleo hidráulica. Atualmente esta válvula está disponível
para ser incluída nos próximos equipamentos ANEXO I.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONSTRUÇÃO DA GRUA E ENSAIOS 59
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
61
CONCLUSÕES
6.1 CONCLUSÕES
6.1 CONCLUSÕES
Sem dúvida que as válvulas direcionais com bobines proporcionais formaram o “par”
perfeito para os joysticks, ora vejamos, as bobines proporcionais recebem sinal dos
joysticks (variação de tensão) e através do autómato foi possível “desenhar” uma curva
que varia a tensão em função do deslocamento do joystick e por sua vez faz deslocar a
gaveta da válvula para que o caudal de saída seja o desejado e assim obter um
movimento controlado do cilindro.
Dado que o fator económico esteve sempre presente durante todo o projeto, sem
nunca colocar em causa a qualidade ou mesmo a fiabilidade do equipamento, foi
possível ultrapassar as expetativas permitindo desenvolver e comercializar uma grua
conjugando conceitos inovadores para este tipo de equipamentos.
Após ensaios da grua em contexto real, verificou-se que a pressão máxima alcançada
pelo sistema hidráulico foi de 280 bar na câmara negativa (ou câmara da frente) do
cilindro que se traduz no movimento de fecho do mesmo, este valor foi um pouco
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CONCLUSÕES 64
maior do que o calculado de 220 bar, este valor foi um pouco maior do que o
calculado, causado pela perda de carga provocada pela válvula de sustentação.
Já no caso da pressão alcançada na câmara positiva (ou câmara de trás), foi de 190
bar, esta diferença significativa está obviamente relacionada com as diferenças de
áreas das duas câmaras do cilindro.
Desde a construção do primeiro protótipo até hoje foram construídos cerca de 8
exemplares sendo que o mais antigo tem cerca de 4 anos e não apresentou avarias
relevantes na sua operação. Porém as oportunidades de melhoria estão identificadas e
preparadas para colocar em prática nas próximas unidades.
Estrutura
- Numa perspetiva continua e de evolução do produto seria interessante verificar a
posição centro de gravidade em função do movimento da lança e apurar quer o
posicionamento do cilindro hidráulico, que o posicionamento da articulação da lança e
valor de contra peso no sentido de diminuir as variações e amplitude de força no
cilindro hidráulico.
Grupo hidráulico
- Introduzir tampa de visita para facilitar trabalhos de manutenção e reparação.
- Otimizar o grupo motor bomba da parte de refrigeração para trasfega ou substituição
do óleo no reservatório aquando de uma manutenção preventiva ou corretiva.
Cilindro hidráulico
- Alteração das entradas de óleo da versão atual (roscada) para uma versão flangeada
de forma a aumentar o CS do tubo de circuito;
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
65
7 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA
7.1 BIBLIOGRAFIA
Adriano Almeida Santos & Antonio Ferreira da Silva (2002). Automação Pneumática.
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Eng. Arivelto Bustamante Fialho (2004). Automação Industrial. Érica, Editora. São Paulo
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Luis Jiménez López (2005). Operador de Grúas Torre. CEAC, Editurial. Barcelona
K. + R. Gieck (1996). Manual de Fórmulas Técnicas. Emus, Editora. Lisboa
Teclena; Catalogo Aços–2014
Teclena; Catalogo Cilindros–2013
Teclena; Catalogo Geral–2008
Ulrich Fischer,et al (2011). Manual Tecnologia Metalomecânica. Blucher. São Paulo
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
BIBLIOGRAFIA E OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃO 68
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PDBbqM-AKhIJNNdK7TyM1tYRBp1yc2e9GPMqEgkjqsP9fP5x4BEQdP-
6HWwSpioSCVQ7YSYcrLXCEbiqsFuc4z_1nKhIJImcZdVTrE08RuKqwW5zjP-
cqEgnbC8owiDbssxGGxCLllR5dmCoSCTWx51tCdahgEXYXOz0DVw8T&tbo=u&sa=X&ved
=0ahUKEwio0K-
GwM3WAhUGuhoKHbDhABsQ9C8IHw&biw=1366&bih=588&dpr=1#imgrc=ehwEvTNB
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[23] http://www.indufix.com.br/classe-de-resistencia-de-parafusos/ (1/10/17)
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
BIBLIOGRAFIA E OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃO 69
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Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
BIBLIOGRAFIA E OUTRAS FONTES DE INFORMAÇÃO 71
ANEXOS
ANEXO A – FOLHA CÁLCULO 50 HZ
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ANEXOS 73
8 ANEXOS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ANEXOS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CALCULO VOLUME CILINDRO
DIAM INTERIOR (mm) AREA TUBO (cm2) CURSO (mm) HASTE (mm) AREA NEG (cm2) V+ (lts) V - (lts) V tot (LTS) RELAÇÃO
TENSAO ROTURA (N/mm2) ESPESSURA TUBO (mm) CS DIAMETRO INTERIOR (mm) CONSTANTE PRESSÃO MAX. (bar) DIAMETRO EXT CICLOS / h
PRESSAO (bar) FORÇA (kg) CAUDAL (cc) CAUDAL (lts) POT (MOTOR) cv CAUDAL ALTA (lts) POT (MOTOR)
AVANÇO
162,40 100000,00 54,19 81,28 29,33 0,00 0,00
PRESSAO (bar) FORÇA (kg) CAUDAL (cc) CAUDAL (lts) POT (MOTOR) cv CAUDAL ALTA (lts) POT (MOTOR)
RECUO
193,68 70000,00 53,49 80,23 34,53 0,00 0,00
CAUDAL BAIXA (lts)
81,28
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
PRODUCT INDEX
richiedenti manutenzione/requiring maintenance
S1
A D
1
S
P R . U G AS
TAPR...U GAS
TA
(CGAS)
D4 d
L1
L TERMINALI A SNODO
I SNODO SFERICO ISO 12240-1 SERIE E
B B LF RILUBRIFICABILI
ACCOPPIAMENTO ACCIAIO SU ACCIAIO
A F
D3
D2
A-A ROD ENDS
SPHERICAL BEARING ISO 12240-1 SERIES E
S2 WITH GREASE NIPPLE
COUPLING: STEEL/STEEL
B-B
OSCILLAZIONE _
FATTORI DI
ANGOLO DI OSCILLAZI
5931
OAD FACTORS
LOAD
ODO
GIUOCO SNODO
PES IN Kg.
WEIGHT Kg.
VITE K UNI 5
Co
DIALE
RADIALE
C
SIGLA d S D4 I D1 D2 S1 S2 L L1 D3 LF F
(*) min RADIAL
Dinamico
Dina co
Dynamic
PESO
ARTICLE d S
Statico
CLEARANC
CLEARANCE
Dynam
Static
atic
Sta
mm. KN mm
mm.
TAPR25UGAS 25 0÷-0.010 0÷-0.12 20 29.3 65 56 48 23 21 95 25 28 30 M18x2 48 76 0.037-0.100
0.037-0. 8 M 8 x 2 0 20 0.65
0
TAPR30UGAS 30 0÷-0.010 0÷-0.12 22 34.2 75 64 56 28 26 109 30 34 35 M24x2 62 112 0.037-0.100
037-0.1100 7 M 8 X 2 2 20 1.0
TAPR35UGAS 35 0÷-0.012 0÷-0.12 25 39.7 90 78 70 300 28 132 40 444 45 M30x2 800 1800 0.037-0.100 7 M10X300 40
M1 1.3
TAPR40UGAS 40 0÷-0.012 0÷-0.12 28 45.0 105 94 78 35 333 155 45 555 55 M 3 9 x 3 100 295
2995 0.043-0.120 7 M12X30 80
M1 2.4
TAPR50UGAS 50 0÷-0.012 0÷-0.12 35 56.0 1135 116 88 40 36 198 55 70 75 M 5 0 x 3 156 445
445 0.043-0.120 7 M12X35 80 4.1
TAPR60UGAS 60 0÷-0.015 0÷-0.15 44 66.8 170 130 118 500 46 240 65 87 95 M 6 4 x 3 245 530 00.043-0.120
04 7 M16X45 160 6.5
TAPR70UGAS(1) 70 0÷-0.015 ÷-0.15 49
0÷-0.15 777.88 195 154
15 138 55 51 278 75 105 110 M 8 0 x 3 315 720 0.055-0.142 6 M16X50 160 9.5
TAPR80UGAS(1) 80 0÷-0.015
015 0÷-0.15 55 89.4
89 210 176 168 60 55 3055 880 1255 120 M 9 0 x 3 400 890 0.055-0.142 6 M20X55 300 16
TAPR90UGAS(1) 90 0÷-0.020
0÷ 020 0÷-0.20 60 98.1
98. 250 206 180 6655 60 363 90 150 140 M100x3 490 1300 0.055-0.142 5 M20x60 300 28
TAPR100UGAS(1)
0 GAS(1) 100 0÷-0.020
0÷-0 20 0÷-0.20 700 109.5 275 230 1888 70 65 400
40 105 170 150 M110x4 610 1490 0.065-0.165 7 M20x65 300 34
TAPR110UGAS(1)
APR110UGAS(1) 110 10 0÷-0.020
0÷-0. 20 0÷-0.20 70 121.2
1.2 300 264 210 80 74 442 115 180 160 M120x4 650 2050 0.065-0.165 6 M24x75 500 44
TAPR120UGAS(1)
PR120UGA 120
0 0÷-0.020
0÷-0.0 0 0÷-0.20 8855 135.5 360
60 340 240 90 84 540 140 210 190 M150x4 950 2970 0.065-0.165 6 M24x85 500 75
TAPR140UGAS(1)
R140UGAS(1) 140 0÷-0.025
0÷-0.0 0÷-0.25 90 155.8
15 420 380
80 256 110 105 620 185 230 210 M160x4 1080 3350 0.065-0.165 7 M30X105 1100 160
TAPR160UGAS(1) (2) 160
60UGAS(1)(2) 0÷-0.025
0 0÷-0.25 105
0÷-0 05 170.2 460
46 480 290 110 105 710 200 260 230 M180x4 1370 4300 0.100-0.192 8 M30X105 1100 185
(1) MATERIALE
RIALE : GHISA
GH SFEROIDALE.
ILE SU RICHIESTA
(2) FORNIBILE RI
(*) FORNIBILII ANCHE NELLA VERSIONE CON SNODO SFERICO RADIALE CON TENUTA 2RS, CON SNODO SRC… OPPURE SRL… . DISPONIBILITA' E PREZZO A RICHIESTA
E' POSSIBILE E LA FORNITURA
FOR DI TERMINALI SPECIALI DOTATI DI SNODO SFERICO ESENTE DA MANUTENZIONE.
(VEDI CATALOGO OG SNODI SFERICI SERIE: SRB…, SRT…-2RS,SRLB…, SRLT…-2RS, SR…TGR, SR…TG3A…-2RS).
PERTANTO I PEZZI SARANNO PRIVI DI INGRASSATORE.
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
8,8 10,9 12,9
Tensao Torque Tensao Torque Tensao Torque
Rosca
N N.m N N.m N N.m
Métrica
M2x0,4 863 0,371 1216 0,523 1461 0,628
M2,3×0,4 1245 0,598 1755 0,842 2099 1,008
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
1600
40
40 A 395 ( 1 8 x ) p a ra f u s o M 1 6 x 9 0
C la s s e 1 2 . 9
180
324
280
G 1 /4 "
90
R1
G 1 /4 " G 3 /4 "
14
0
120 65 47 210
4000
38°
°
20
S E C T IO N A - A
SC A LE 1 : 5
120
400
E s c a la
0 0 9 8 6 .5 0 0 5 .C .2 8 0 .1 8 0 .3 0 0 0 .0 4
1: 5 Cil. Hid.
Tole r. D 280x 180x 3000
Este desenho é propriedade exclusiva da TECLENA, sendo proíbido a sua reprodução ou entrega a terceiros sem o nosso consentimento. S ubs tituido
This drawing is exclusive of TECLENA. Without our consent it may not be reproduced or given to third parties. S ubs tituido por
ANEXOS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
Pos Qt DESCRIÇÃO REFERÊNCIA
19
1 1 Motor 22Kw, 1500rpm, B5 Siemens 1LG6
16
A (3/4") B (3/4") 8 1 Filtro retorno MPF MPFiltri MPF
P1 (3/4") P2 (3/4")
15 1 Distribuidor HPV41/2 prop. 24vdc Brevini
20
21
22
T T
T (1")
23
24
25
12
26
27
M 28
29
1 2 3 5
11
v2 Alteração manómetros porta A e B ; pressão do distribuidor
4 6 7 8 9 10 Hélder Leira
Gr Hid 150L 22Kw 25+25cc ;
M M
001 Cil Hid 280/180x3000
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
CALCULO VOLUME CILINDRO
DIAM INTERIOR (mm) AREA TUBO (cm2) CURSO (mm) HASTE (mm) AREA NEG (cm2) V+ (lts) V - (lts) V tot (LTS) RELAÇÃO
TENSAO ROTURA (N/mm2) ESPESSURA TUBO (mm) CS DIAMETRO INTERIOR (mm) CONSTANTE PRESSÃO MAX. (bar) DIAMETRO EXT CICLOS / h
PRESSAO (bar) FORÇA (kg) CAUDAL (cc) CAUDAL (lts) POT (MOTOR) cv CAUDAL ALTA (lts) POT (MOTOR)
AVANÇO
162,40 100000,00 86,21 129,31 46,67 0,00 0,00
PRESSAO (bar) FORÇA (kg) CAUDAL (cc) CAUDAL (lts) POT (MOTOR) cv CAUDAL ALTA (lts) POT (MOTOR)
RECUO
193,68 70000,00 86,74 130,11 56,00 0,00 0,00
CAUDAL BAIXA (lts)
129,31
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
ANEXOS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
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G G
G G
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ANEXOS
Projeto e execução de um sistema hidráulico para uma grua tipo luffing Helder Leira
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&7 &7
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