Bagagem Desacompanhada

EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA/REIMPORTAÇÃO
Exportação Temporária é o regime aduaneiro que permite a saída de mercadorias de País, com
isenção de imposto de exportação, de mercadoria nacional ou nacionalizada (Declaração
Simplificada de Importação – DSI), condicionada ao seu retorno (Reimportação) em prazo
determinado, no Estado em que foram exportadas.
UTILIZANDO OS CORREIOS
Quando uma mercadoria apresentar defeito e necessitar de reparo no exterior, o detentor do bem
deverá informar em uma agência de Correios que precisa fazer uma exportação temporária de
bens para conserto ou reparo. Para conclusão do processo com êxito, é importante estar atento às
orientações relacionadas ao retorno da mercadoria.
De acordo a Instrução Normativa RFB nº 1.361, de 21 de maio de 2013 1:
“Art. 33. O regime aduaneiro especial de exportação temporária é o que permite a saída do
País, com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de bem nacional ou
nacionalizado, condicionado à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em
que foi exportado, na forma e nas condições previstas neste Capítulo.”
Os casos mais comuns de mercadorias enviadas pelos Correios são aquelas destinadas a
conserto, reparo ou restauração e, também, a exposição em feiras e eventos. Os Correios
não estão autorizados a realizarem envio de bens sob regime de exportação temporária para a
modalidade “troca”.
Para requer a concessão do regime o interessado deve preencher formulário próprio da Receita
Federal no momento do envio e anexar documentos para subsidiar análise da solicitação, por
exemplo, comprovante de nacionalização e/ou foto do bem.
Na devolução a encomenda deve ser consignada aos Correios. É importante que a postagem
ocorra numa modalidade não terceirizada, ou seja, a entrega precisa estar a cargo do operador
público postal no país de destino ( www.upu.int/en/the-upu/member-countries.html). Isto porque,
quando a mercadoria chegar ao Brasil, os Correios realizarão os trâmites necessários ao início do
despacho aduaneiro da reimportação. Cabe ressaltar que o frete deverá ser pago no país de envio.
Além disso, deve-se respeitar o prazo estabelecido em lei para proceder a reimportação. A
inobservância dessa regra poderá acarretar multa ao requerente.
O Regime Especial de Exportação Temporária está regulamentado por Portaria, Decreto e
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil, bem como por legislações complementares, que
tratam de situações específicas.
Informe-se melhor acessando o sítio eletrônico da Receita Federal ou em uma agência dos
Correios.
APLICAÇÃO E PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DO REGIME

A concessão do regime será requerida à unidade da SRF que jurisdiciona o exportador ou àquela
que jurisdiciona o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída das mercadorias do País.
Compete ao Auditor-Fiscal da Receita Federal responsável pelo despacho aduaneiro a concessão
do regime e a fixação do prazo de permanência dos bens no exterior.
O prazo de vigência do regime será de até um ano, prorrogável, a juízo da autoridade aduaneira,
por período não superior, no total, a dois anos, contados da data de registro, na declaração, do
desembaraço da mercadoria.
O indeferimento do pedido não impede a saída da mercadoria do país.
1
A autoridade aduaneira manterá controle da saída dos bens, tendo em vista a sua reimportação e o
prazo concedido.
Considera-se cumprido o regime na data de emissão do respectivo conhecimento de carga, no
exterior, desde que efetivada a reimportação com o ingresso da mercadoria no território aduaneiro.
PROCEDIMENTOS DE POSTAGEM – EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA

Os procedimentos podem ser realizados em toda a rede de Agências dos Correios, contudo, faz-se
necessário o atendimento de requisitos básicos para a concessão do regime, bem como para o seu
retorno.
Para utilização do regime aduaneiro de exportação temporária por meio dos Correios, faz-se
necessário que o cliente envie o objeto com a seguinte documentação abaixo:
Para Pessoa Física até USD 1,000 (mil dólares americanos ou equivalente em outra moeda):
 Formulário de postagem AWB (AWB CP72-Declaração para Alfândega);
 Requerimento, em 04 vias originais
(www.correios.com.br/Produtosaz/complementos/pdf/REQUERIMENTO_ExportacaoTemporaria.pdf
);
 Cópia do documento de nacionalização (NTS/DSI/DI), em 02 vias, quando couber;
 Foto do item: quando não constar número de série do produto (ex: roupas, bijuterias, etc).
Para Pessoa Física acima USD 1,000 (mil dólares americanos ou equivalente emoutra moeda):
 Formulário de postagem AWB (AWB CP72-Declaração para Alfândega);
 Petição, em 02 vias originais
(www.correios.com.br/Produtosaz/complementos/pdf/PeticaoExpTemporaria.pdf);
 Cópia do documento de nacionalização (DSI/DI), em 02 vias, quando couber;
 Fatura Comercial (Commercial Invoice), em 04 vias originais;
 Foto do item: quando não constar número de série do produto (ex: roupas, bijuterias, etc)
 DSE – Emitida pelos Correios.
Para Pessoa Jurídica – independente do valor:

Formulário de postagem AWB (AWB CP72-Declaração para Alfândega) - preencher campos pretos
e azuis;
 Petição, em 02 vias originais
(www.correios.com.br/Produtosaz/complementos/pdf/PeticaoExpTemporaria.pdf);
 Cópia do documento de nacionalização (DSI/DI), em 02 vias, quando couber;
 Nota Fiscal de saída (CFOP. 7949 – Consertos, Exposição, etc);
 Fatura Comercial (Commercial Invoice), em 04 vias originais;
 Foto do item: quando não constar número de série do produto (ex: roupas, bijuterias, etc)
 DSE – Será emitida pela ECT.
Efetuar uma postagem de exportação por meio do serviço Exporta Fácil dos Correios, informando
no formulário de postagem que o objeto irá utilizar o regime aduaneiro especial de exportação
temporária.
A encomenda seguirá para alfândega dos Correios em São Paulo, onde o objeto será fiscalizado
pela Receita Federal, recebendo, ou não, a autorização para o envio do objeto ao exterior para
reparo/conserto.
Prazo para retorno da mercadoria: Até 1 (um) ano, podendo ser prorrogado, a juízo da
autoridade aduaneira, por período não superior, no total, a dois anos, contados da data de registro
da solicitação.
RETORNO DO BEM – REIMPORTAÇÃO

A Reimportação ampara o retorno de mercadoria, cuja exportação foi condicionada ao retorno. O
objetivo desse procedimento é a não incidência de impostos (desoneração) que envolvem um
processo de importação, uma vez tratar-se, comprovadamente, de mercadoria nacional.
Poderá ser efetivada pela utilização de DSI (Declaração Simplificada de Importação), através do
SISCOMEX, com base no artigo 3º, inciso VI, letra "a" da Instrução Normativa da SRF nº 611, de
18 de janeiro de 2006.
Obs.: Para conclusão do processo com êxito, é importante atentar para as orientações de
retorno/reimportação da mercadoria. O não atendimento das orientações quanto ao
endereçamento, poderá dificultar a finalização do processo de reimportação.
O remetente/importador no Brasil precisa orientar o destinatário/exportador para que a devolução
seja consignada aos Correios. Isto porque, quando a mercadoria chegar no Brasil as Correios
procederam com os trâmites necessários para início do despacho aduaneiro da reimportação.
È importante lembrar que, para que a remessa chegue pelos Correios do Brasil, é imprescindível
que a postagem ocorra no Operador Público Postal (www.upu.int/en/the-upu/member-
countries.html) do país em que a mercadoria se encontra. O frete deverá ser pago no país de
envio (país de origem).
Atenção!
O importador deverá acessar o site www.correios.com.br e no menu inicial clique em “Para Você”
ou “Para sua Empresa”, conforme for o caso. Realize seu cadastro acessando o item 4 “Como
Comprar” Cadastramento (Auto Atendimento). Selecione o tipo de importador e deverá informar no
cadastro os dados do importador e dos dados da reimportação (remessa/mercadoria). No campo
“Descrição do Produto” deverá informar o número da DSE e que se trata de uma reimportação.
A mercadoria/remessa deverá estar consignada para o seguinte endereço (endereço a constar na
embalagem/caixa):
IMPORTA FÁCIL REIMPORTAÇÃO
Sr.(a)./Empresa:....................................................................... (nome do beneficiário da importação)
Tel.: (XX) XXXX-XXXX E-mail:................................................ (dados do beneficiário da importação)
Nº. IDENTIFICAÇÃO DO PROCEDIMENTO ............. (gerado após cadastro da importação no site)
GEARA/CTCI/DR/SPM
Rua Mergenthaler, 598 - bloco III - 5º andar
Vila Leopoldina/SP
São Paulo - SP - Brasil
05960-960
Atenção!
Caso seu objeto não esteja identificado com o número do procedimento este cadastro não
poderá ser considerado.
A mercadoria deverá retornar acompanhada dos seguintes documentos instrutivos do processo de
despacho aduaneiro. São eles:
 Requerimento providenciado na saída, e que acompanhou a remessa/mercadoria;
 Fatura Comercial (Commercial Invoice): a fim de agilizar a identificação do processo,
recomendamos que na fatura conste o endereço da ECT (Consignee to), além do endereço do
destinatário (receiver), e mencionar também, que trata-se de mercadoria retornando ao país, após
conserto/exposição, etc. ;
 Conhecimento de Embarque da remessa.
Após a conclusão do processo, a ECT enviará a mercadoria nacionalizada ao endereço final de
destino.
CUSTO DO SERVIÇO: R$ 150,00 por cada remessa.

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