4.aula 04 + Exercicios - Água Fria
4.aula 04 + Exercicios - Água Fria
4.aula 04 + Exercicios - Água Fria
Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
hA hB
tubulação
R
• Com registro fechado (R), a água sobe na tubulação vertical até o nível do reservatório
(A).
• Abrindo o registro, a água entra em movimento e o nível da pressão cai do ponto A para
B, esta diferença é o que denominamos de perda de carga (∆h).
• Tubulação de menor diâmetro oferece maior resistência à vazão ocasionando maior perda
de carga.
• Tubulação de maior diâmetro oferece menor resistência à vazão ocasionando menor perda
de carga.
• A pressão hA é a pressão estática neste ponto, ou seja, quando a água está parada.
• A pressão hB é a pressão dinâmica neste ponto, ou seja, a água está em movimento.
Sistema Predial de Água Fria
Sub sistema de alimentação
• Ramal predial
• Cavalete/hidrômetro
• Alimentador predial
• Reservatório inferior
• Estação elevatória
• Reservatório superior
• Barrilete
• Coluna
• Ramal e sub ramal
Vazão
q A pressão que a água exerce sobre uma superfície qualquer, só depende
da altura do nível da água até essa superfície. É o mesmo que dizer: a
pressão não depende do volume de água contido no tubo.
q Nos prédios, o que ocorre com a pressão exercida pela água nos diversos
pontos das canalizações, só depende da altura do nível da água, desde um
ponto qualquer da tubulação, até o nível de água do reservatório.
! Pressão nas canalizações de um Prédio
Pressão nas canalizações de um Prédio
Ø Ramal Predial ou ramal externo: é a tubulação compreendida entre a rede pública
de abastecimento (distribuidor público) e a instalação predial caracterizada pelo
medidor público (hidrômetro) ou limitador de consumo, o qual é considerado como
parte integrante do ramal externo.
Ø Diâmetro nominal (DN): número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e
que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto;
Ø Duto: espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e componentes em
geral, construídos de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu
comprimento como em pontos específicos. Inclui também o shaft que é normalmente
entendido como um duto vertical;
Ø Fonte de abastecimento: sistema destinado a fornecer água para a instalação predial de
água fria. Pode ser a rede pública da concessionária ou qualquer sistema particular de
fornecimento de água. No caso da rede pública, considera-se que a fonte de
abastecimento é a extremidade à jusante do ramal predial; ;
Ø Metal sanitário: expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e
outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas e outros ambientes do gênero,
fabricados em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta,
misturadores, válvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira;
Ø Separação atmosférica: separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o
ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do
reservatório, aparelho sanitário ou outro componente associado ao ponto de
utilização;
´ Mínimo de ¾”
LIGAÇÃO
q Rede Nova – após construção do prédio – ligação pode ser feita com a colocação de um
T na própria rede, utilizando a máquina da Mueller Co.
q A rede já existe antes da construção do prédio – e c/ o encanamento em carga - usando
a máquina Mueller que fura, abre rosca e adapta o registro de derivação. Pode-se fazer a
derivação até 21/2”.
q A rede já existe antes da construção do prédio - Com encanamento em carga, porém
sem nele abrir rosca para inserir o registro de derivação – utiliza-se, então, o colar de
tomada, também chamado bridge ou colar de luneta. Este dispositivo permite fazer a
colocação do registro de derivação também sem necessitar interromper o abastecimento
de água na rede pública.. O colar de luneta é uma espécie de calha ou braçadeira com furo
rosqueado para adaptação do registro de derivação.
Dimensionamento da tubulação
´ 10 Passo–Dimensionamento dos SUB-RAMAIS
Através da tabela abaixo são obtido os diâmetros mínimos dos
sub-ramais
´ Este critério se basea na Hipótese que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam
utilizados simultaneamente.
´ O uso simultâneo ocorre em geral em instalações onde o regime de uso determina
essa ocorrência, como por exemplo, em fábricas, escolas, quartéis, instalações
esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso simultâneo em
determinados horários. Macintyre recomenda que se utilize esse critério para casas
em cuja cobertura exista apenas um ramal alimentando as peças dos banheiros,
cozinha e área de serviço, pois é possível que, por exemplo, a descarga do vaso
sanitário, a pia da cozinha e o tanque funcionem ao mesmo tempo.
´ Este critério se baseia na hipótese de que o uso simultâneo dos aparelhos
de um mesmo ramal é pouco provável e na probabilidade do uso
simultâneo diminuir com o aumento do número de aparelhos. Este critério
conduz a diâmetro menores do que o dimensionamento adotado pelo
critério anterior.
´ O Método da Soma dos Pesos é de fácil aplicação para o dimensionamento de ramais,
colunas de alimentação e barrilete, é baseado na probabilidade de uso simultâneo
dos aparelhos e peças.
Q= 0,3 √ ∑P
´ A vazão também pode ser obtida do ábaco mostrado na Figura 1.5.
Exercício 2. Dimensionar, através do critério do consumo máximo possível, os trechos do ramal de
alimentação do banheiro feminino de uma escola conforme abaixo representado.
J E
I H G F D C B A
CHUV CHUV CHUV VSCD VSCD VS CD PIA PIA PIA
TRECHO IJ HI GH FG EF DE CD BC AB
Diâmetro 1/2 1/2 1/2 11/4 11/4 11/4 1/2 1/2 1/2
mínimo
do sub-
ramal
Equivalên 1 1 1 10,9 10,9 10,9 1 1 1
cia com
diâmetro
de ½”
Soma das 38,7 37,7 36,7 35,7 24,8 13,9 3 2 1
equivalên
cias
RP CH
LAV BI VSCD
COL 1
1. Verificar o peso de cada aparelho:
LAV - BI - VSCD - CH
0,3 - 0,1 - 0,3 - 0,1
2. Somar os pesos dos aparelhos alimentados pelo ramal
Σ P = 0,3 + 0,1 + 0,3 + 0,1 = 0,8
B
3
C
1
Dimensionamento da Coluna
´ Procedimento de cálculo de Coluna após dimensionamento dos sub-ramais
e ramais:
´ Coluna (1): Indica-se a coluna que está sendo dimensionada;
´ Coluna (2): Indica-se o trecho que está sendo dimensionado;
´ Coluna (3): Indica-se o peso de cada banheiro;
´ Coluna (4): É a soma acumulada dos pesos nos diversos trechos de baixo
para cima;
´ Coluna (5): Em função do somatório dos pesos em cada trecho, determina-
se a vazão correspondente de cada trecho através da equação:
Q = 0,3 √ ΣP ou do ábaco da Figura 1.5;
´ Coluna (6): Em função do somatório dos pesos em cada trecho ou da
vazão, determina-se o diâmetro correspondente através do ábaco da
Figura 1.5;
´ Coluna (7): Em função da vazão e do diâmetro de cada trecho,
determina-se a velocidade correspondente através dos ábacos das
Figuras 1.6 e 1.7;
´ Coluna (8): Indica-se o comprimento de cada trecho da tubulação (dado
de projeto);
Dimensionamento da Coluna
´ Coluna (9): Indica-se o comprimento equivalente das conexões em
cada trecho (obtido das Tabelas respectivas);
´ Coluna (10): É a soma das colunas 9 e 10;
´ Coluna (11): Obter a Pressão Disponível que corresponde a altura
que parte do fundo do reservatório superior até a 1ª derivação
(entrada do 1 ramal)
´ Coluna (12): Em função da vazão e do diâmetro de cada trecho,
determina-se a perda de carga unitária correspondente através da
equação 1.4 ou 1.5 ou dos ábacos das Figuras 1.6 e 1.7;
´ Coluna (13): É a multiplicação dos valores das colunas 10 e 12, ou
seja, H = J x LT;
Coluna (14): A Pressão Final (dinâmica) é a pressão disponível (Pdisp)
menos a perda de carga total (H)
´ Obs: a Pressão Disponível dos trechos posteriores será PFinal do
trecho anterior + o pé direito
Golpe de Ariete
´ É um fenômeno que ocorre nas instalações hidráulica quando a água, ao descer com
velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, ficando os
equipamentos da instalação sujeitos a golpes de grande intensidade (elevada
pressão).
´ Se um líquido, ao passar por uma calha, tiver sua corrente bruscamente interrompida,
seu nível subirá rapidamente, passando a escorrer pelos lados. Se tal fenômeno for
observado dentro do tubo, o liquido, não tendo por onde sair, provocará um aumento
de pressão contra as paredes do tubo, causando sérias conseqüências na instalação.
Já existem algumas
v á l v u l a s d e
descarga que
p o s s u e m
dispositivos anti-
golpe de ariete, os
quais fazem com
que o fechamento
da válvula se torne
mais suave.
4. Dimensionar, segundo a NBR 5626, os ramais e a coluna de alimentação de uma área de
serviço, para um edifício multifamiliar com 2 pavimentos tipo, conforme e figura abaixo:
Obs:
As tubulações dos ramais e da coluna serão de PVC.
Dimensionar as tubulações dos ramais pelo método do consumo máximo provável (NBR 5626)
Fórmulas: Q = 0.3 √ Σ P; Lvirtual = Leq + Lr; H = LT x J; PF = Pdisps – H
Procedimento de cálculo de Coluna após dimensionamento dos sub-ramais e ramais:
Coluna (1): Indica-se a coluna que está sendo dimensionada;
Coluna (2): Indica-se o trecho que está sendo dimensionado;
Coluna (3): Indica-se o peso de cada banheiro;
Coluna (4): É a soma acumulada dos pesos nos diversos trechos de baixo para cima;
Coluna (5): Em função do somatório dos pesos em cada trecho, determina-se a vazão correspondente de cada
trecho através da equação Q = 0,3 ν ΣP ou do ábaco da Figura 1.5;
Coluna (6): Em função do somatório dos pesos em cada trecho ou da vazão, determina-se o diâmetro
correspondente através do ábaco da Figura 1.5;
Coluna (7): Em função da vazão e do diâmetro de cada trecho, determina-se a velocidade correspondente
através dos ábacos das Figuras 1.6 e 1.7;
Coluna (8): Indica-se o comprimento de cada trecho da tubulação (dado de projeto);
Coluna (9): Indica-se o comprimento equivalente das conexões em cada trecho (obtido das Tabelas
respectivas);
Coluna (10): É a soma das colunas 9 e 10;
Coluna (11): Obter a Pressão Disponível que corresponde a altura que parte do fundo do reservatório superior
até a 1ª derivação (entrada do 1! ramal)
Coluna (12): Em função da vazão e do diâmetro de cada trecho, determina-se a perda de carga unitária
correspondente através da equação 1.4 ou 1.5 ou dos ábacos das Figuras 1.6 e 1.7;
Coluna (13): É a multiplicação dos valores das colunas 10 e 12, ou seja, H = J x LT;
Coluna (14): A Pressão Final (dinâmica) é a pressão disponível (Pdisp) menos a perda de carga total (H)
Obs: a Pressão Disponível dos trechos posteriores será PFinal do trecho anterior + o pé direito
Sub–ramais T - MLR
¾” ¾”
Ramais T - MLR
ΣP = 0,7 + 1,0
Q = 0,3 ν 1,7 = 0,39 l/s
Comprimentos
Trechos AB
LR = 1+ 6+1,5 = 8,5
Lequiv = RG 25 mm = 0,3
2 J 90° 25 mm = 2 x 1,5 = 3
1 TPD 25mm = 0,9
4,2
LT = 8,5 + 4,2 = 12,7
Trechos BC
LR = 2,8
Lequiv = 1 J 90° 20 mm = 1,2
LT = 2,8 + 1,2 = 4
4º Passo - Barrilete
QB = 0,3 ΣP
´ Qb = 0.3 √ Σ P e J = 8%
´ ΣP = (2 X 5,6) + (2X3,9) = 19
´ QB = 0,3 √19 = 1,31 l/s Tubulação em PVC – ábaco 1.6 – 1 ½ ”
´ J = 0,08
Ventilação na Instalação Hidráulica
Por que ventilar ?
Caso não haja ventilação, podem ocorrer dois problemas:
NBR – 5626/98
Os aparelhos sanitários, bem como, sua instalações e canais internos, devem ser de
tal forma que não provoquem retrossifonagem.
Nos casos de instalações que contenham válvulas de descarga, a coluna de
distribuição deverá ser ventilada conforme última solução descrita a seguir
Fenômeno da Retrossifonagem - Solução
Solução:
- Instalar estes aparelhos em coluna, barrilete e reservatório independentes, previstos
com a finalidade exclusiva de abastecê-los
-Instalar estes aparelhos em coluna, barrilete e reservatório comuns a outros
aparelhos ou peças, desde que seu sub-ramal esteja protegido por dispositivo
quebrador de vácuo
-Instalar estes aparelhos em coluna, barrilete e reservatório comuns a outros
aparelhos ou peças, desde que a coluna logo abaixo do registro correspondente
em sua parte superior seja dotada de tubulação de ventilação, executada com
as seguintes características:
2. O outro problema, é que, nas tubulações, sempre ocorrem bolhas de ar, que
normalmente acompanham o fluxo de água, causando a diminuição das
vazões das tubulações. Se existir o tubo ventilador (suspiro), essas bolhas serão
expulsas, melhorando o desempenho final das peças de utilização.
Também, em caso de esvaziamento da rede por falta de água, pode ocorrer
acúmulo de ar e, quando voltar a mesma a encher, o ar fica “preso”,
dificultando a passagem da água. Nesse caso, a ventilação permitirá a
expulsão do ar acumulado
5º Passo - Dimensionamento da tubulação de Recalque e
Sucção
O recalque é a tubulação que vai da bomba ao reservatório superior e a tubulação de sucção vai
da válvula de pé no reservatório inferior até a bomba.
Segundo a NBR 5626 a capacidade horária mínima da bomba é de 15% do Consumo Diário, ou
seja no máximo 6,66 h/24 horas de funcionamento da bomba.
1h - 15% Cd
X - 100% Cd
X = 100 ÷ 15 = 6,66 h/24 h
Na prática adota-se para a capacidade horária da bomba 50% do Consumo Diário, o que obriga
a bomba funcionar apenas durante 2 horas para recalcar o consumo diário.
1h - 50% Cd
X - 100% Cd
X = 100 ÷ 50 = 2 h/24 h
Adota-se para a tubulação de sucção um diâmetro imediatamente superior ao da tubulação de
recalque. D SUC > D RECAL
Recalque e Sucção
O dimensionamento das
tubulações de recalque e
sucção ficará sujeito a
confirmação, após
dimensionamento da
bomba recalque
O diâmetro do
EXTRAVASSOR é no
mínimo 2 bitolas
comerciais acima da
tubulação de recalque
5. Dimensionar as tubulações de recalque e sucção para um prédio multifamiliar de 06
pavimentos com 4 apartamentos por andar com 1 sala, 2 quartos, cozinha e dependência
de empregada. Considerar vazão horária da bomba igual a 50% do consumo diário (ou
seja 2 horas de funcionamento da bomba) e o consumo diário “per capita” de 200l/dia .
Uso Corrente
Cd 10 Exercício 24.000l
Vazão Bomba para 2 h - 24000 / 2 = 12.000 l/h = 12 m3 = 12.000 / 3600 = 3,33
l/s
Ábaco – dR = 1 ½” e dS = 2”
Pela NBR
Cd 10 Exercício 24.000l
Vazão Bomba para 6,66 h - 24.000 / 6,66 = 3.603,6 l/h = 3,61 m3 = 3.603,6 /
3600 = 1,0 l/s
Ábaco – dR = 1 ¼ ” e dS = 1 ½ “
Referências Bibliográficas