O Situacionismo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Beatriz Mattos
Matheus Matos
Victória Melo

Situacionismo

Fortaleza
Abril de 2017
Introdução

A década de 50 é, antes de tudo, um contexto de Guerra Fria. Para evitar a


expansão do comunismo na Europa, os Estados Unidos de Truman estabelecem o
Plano Marshall, para reconstruir o continente. Com esse suporte econômico e as
pesquisas feitas durante a Segunda Guerra e Guerra Fria, muitos países
ultrapassaram até mesmo o seu estado de industrialização pré-guerras, entrando
numa escala de produção massiva e o mundo estaria prestes a entrar na Terceira
Revolução Industrial.
A Revolução Verde deu continuidade à mecanização da agricultura e diminuição da
necessidade de empregos no campo, por consequência, ao êxodo rural. Isso
somado a geração nascida após a Segunda Guerra, conhecida como ​Baby
Boomers​ e temos um aumento populacional gritante nas cidades.
Apesar da aparente solidez econômica, porém, a instabilidade política na década de
60 era generalizada. A ameaça comunista pairava sobre o globo, resistindo em
vários países, regularmente retaliada por ondas reacionárias e conservadoras. No
Brasil, há o governo de João Goulart, de 1961 à 1º de Abril de 1964, quando sofreu
o Golpe Militar.
Na França, o caos causado pelas sucessivas derrotas e baixas nas colônias
reivindicando libertação, nas respectivas guerras da Indochina e da Argélia, levou
ao poder o veterano de guerra de direita Charles de Gaulle.

A Internacional Situacionista

Em Julho de 1957, em Cosio d’Arrocia, Itália, representantes de alguns grupos


independentes de artistas, teóricos e agitadores políticos decidiram unir-se e formar
a Internacional Situacionista. Entre eles estavam o grupo Internacional Letrista dos
franceses Guy Debord e Michèle Berstein e o Movimento Internacional por uma
Bauhaus Imaginista, que foi uma ramificação do grupo COBRA (cujos
co-fundadores foram o pintor dinamarquês Asger Jorn e os artistas italianos
Giuseppe Pinot-Gallizio e Piero Simondo), tendo nascido após sua dissolução. Mais
tarde, o pintor e escultor holandês Constant, que pertencera ao grupo COBRA, se
juntaria aos situacionistas. Tais grupos tinham em comum o engajamento político e
defendiam novas experimentações na arte. Ambos surgiram no pós-guerra e
sofreram certas influências do Dadaísmo e do Surrealismo, ao mesmo tempo que
criticavam muitos de seus aspectos. Segundo Wollen, “A IS juntou mais uma vez
muitos dos tópicos dispersos que sinalizaram a decadência e a eventual
decomposição do Surrealismo. Em muitas maneiras, seu projeto era relançar o
Surrealismo sobre um novo alicerce, despido de alguns de seus elementos (ênfase
no inconsciente, pensamento quase mítico e ocultista, culto ao irracional) e realçado
por outros, dentro da estrutura da revolução cultural.” (1989, p. 20 - 22). A negação
dadaísta das concepções tradicionais burguesas de cultura serviu para reformular
as mesmas e confirmar a futilidade das superestruturas culturais da burguesia, mas,
ao mesmo tempo, o Dadaísmo propôs a destruição da arte antes que suas mais
utópicas promessas tivessem se realizado. “Essa negação (…) não foi um elemento
de derrubada dessa sociedade (burguesa), mas antes de fortalecimento da mesma”,
que reergueu-se revitalizada, “preparada (…) para o imprevisível” (Tofuri ​apud
McDonough, 2002, pg. 9 e 10). Os situacionistas não estavam interessados em
combater a racionalidade da burguesia com a irracionalidade dadaísta e surrealista,
mas com uma outra racionalidade completamente diferente. Debord (1957) fala
sobre a necessidade de tornar o mundo mais racional, o primeiro passo para
torná-lo mais excitante.
Os situacionistas deram prosseguimento à tradição antiarte das vanguardas do
início do século XX, criticaram duramente a sociedade burguesa de consumo e a
nova classe de burocratas que surgia com o advento do capitalismo de estado
(como chamavam o governo de Stalin), a crescente busca sem sentido por
commodities e a alienação decorrente do “espetáculo produzido pela sociedade
capitalista fundamentada na mercantilização de tudo e no fetichismo generalizado”
(Viana, 2011, pag. 5). Acreditavam que arte, política e vida eram inseparáveis, e
incorporaram conceitos marxistas e anarquistas em suas teorias políticas, tendo
​ o qual
sido influenciados por Lefebvre e pelo grupo ​Socialisme ou Barbarie, d
Debord foi membro por um curto período.
A primeira fase da Internacional Situacionista vai de 1957 a 1962. Nesse período, os
situacionistas desenvolveram algumas ideias originadas na Internacional Letrista
(movimento que por sua vez havia se originado do grupo Letrista de Isidore Isou, e
que estabeleceu-se formalmente em Dezembro de 1952, após discordâncias entre
este último e Debord), das quais as mais significantes foram o urbanismo unitário, a
psicogeografia, a deriva e o desvio. Conforme diz já o nome, a ideia central da IS
era a construção de situações, a valorização de jogos no cenário urbano, um
exercício de livre construção da vida. O objetivo era se livrar das amarras da arte do
passado, da arte burocratizada. A automação e a mecanização da civilização
ocidental tinham se desenvolvido a tal ponto que muitas formas de trabalho
deixaram de ser necessárias, abrindo espaço para novas formas de lazer, que
deveriam “ser preenchidas com um novo tipo de criatividade. (...) A imaginação
deveria ser aplicada diretamente na transformação da própria realidade”. (Gray,
1974. In: Home, 1996, pág. 4). Os situacionistas estavam dispostos a criar uma
nova cultura, que iria contra a passividade do espetáculo e introduziria uma total
participação, onde os momentos seriam vivenciados diretamente e onde a arte seria
uma prática global, coletiva, anônima, interativa, onde os artistas não teriam a
necessidade de concorrer entre si, onde todos seriam artistas, ao mesmo tempo
produtores e consumidores da própria obra, livres para construírem suas próprias
vidas. (​I.S. 4​, 1960).
Em Abril de 1958, a IS promoveu um ataque direto contra a “Assembleia
Internacional de Críticos de Arte”, na Bélgica, sob a afirmação de que os críticos de
arte continuavam a defender o velho mundo contra um novo tipo de movimento
experimental. No mesmo ano aconteceu a primeira exibição da “Pintura Industrial”
criada por Pinot-Gallizio e seu filho Giors Melanotte. Eram pinturas no estilo
impressionista-abstrato em rolos de tela gigantes postas na parede, parcialmente
desenroladas. Na exibição, modelos vestiam roupas feitas de partes de tela. Tais
pinturas foram assim chamadas não em razão do método como eram feitas,
(produzidas a mão ou com ajuda de uma máquina de pintura criada pelo próprio
Gallizio) mas devido a grande escala em que eram produzidas. Os situacionistas
viram a pintura industrial de Gallizio e Melanotte como uma subversão do mercado
de arte e como um modo de construção de ambiências unitárias. (Home, 1991)
Asger Jorn e Constant também tiveram suas próprias exibições, este último com o
seu projeto para a construção de uma cidade utópica baseada no urbanismo
unitário, a “Nova Babilônia”, e aquele com suas pinturas ​Kitsch. Jorn “desviava” o
conteúdo original de pinturas existentes, modificando-as de acordo com seu
interesse como forma de modernizá-las. De acordo com suas próprias palavras em
seu ensaio “Pintura desviada”: “Por que rejeitar o velho quando se pode
modernizá-lo com algumas pinceladas do pincel?”

Urbanismo Unitário, Psicogeografia e Deriva

A proposta do Urbanismo Unitário segue a direção oposta dos urbanistas e


arquitetos que acreditavam que o meio urbano definia o comportamento e psique
coletivos numa via de mão única. Guy Debord propõe com Urbanismo Unitário não
só o urbanismo planejado pelo burguês, mas uma visão mais afetiva da cidade, que
perceba como os menos favorecidos transformam o meio urbano, seja com os seus
“puxadinhos”, seja com suas formas diversas de construções de bairros,
descampados e áreas de lazer que variam de região para região, sempre crescendo
sem uma lógica ou planejamento linear de expansão.
Através de um conceito de espetáculo, Debord aponta o urbanismo burguês como
uma forma de pensamento em que as pessoas são vistas como meros sujeitos
passivos, habitando na cidade e nela exercendo suas funções, mas sem modificá-la,
podendo-se citar como exemplo dessa passividade zonas planejadas de habitação,
zonas fabris e complexos de lojas. Para movimentar esse esquema fechado e
passivo Debord introduz um elemento ativo, o “ator”, que dentro dessa metáfora do
espetáculo é o agente que quebra de dentro para fora o ideal de zonas específicas
e planejadas, criando dentro ou mesmo ao redor zonas de respiro em que há
plasticidade, sendo exemplo as favelas e subúrbios vizinhos às zonas fabris,
comerciais e residenciais, que abrigarão a mão de obra que supre tais setores.
A deriva vem junto ao urbanismo unitário como uma “experiência de perceber a
cidade”, o que segundo Debord trata-se de um exercício constante que pode-se
fazer em uma rua em que se morou uma vida toda ou mesmo em uma cidade nunca
antes visitada. Esse exercício foi elaborado por ele em 1955, mas posto em prática
por grupos situacionistas pelo mundo todo, grupos de psicogeógrafos compostos
por artistas e filósofos exercitando o ato de flanar - aqui em um sentido diferente do
flanar dos turistas, sendo estes muitas vezes julgados pelos situacionistas como um
mal para as cidades, por despirem certas zonas de valor que não o valor de
espetáculo vazio.
Os registros do percurso na deriva pela cidade podem tomar a forma de desenhos,
anotações ou qualquer tipo de material que possa aguçar o olhar sobre o objeto
(leia-se: cidade ou região) a ser percorrida. “Psicogeografia” é o nome dado a esta
tarefa e ciência que visa estudar os efeitos do ambiente urbano no estado psíquico
e emocional das pessoas. Todo o material psicogeográfico, ao ser colhido e
catalogado, serve de estudo afetivo do objeto, que agora pode ser realmente
compreendido enquanto espetáculo aberto à participação integral, à espera de seus
novos atores.

Détournement (desvio)

Os situacionistas fizeram largo uso do “desvio”, pois viram nele, desde o princípio,
um forte meio através do qual poderiam disseminar suas ideias.
Détournement é uma técnica que consiste em recontextualizar algo previamente
existente, obras ou fragmentos de obras ultrapassadas, e ressignificá-las, de modo
que o novo significado seja antagônico ao da obra original. Essa subversão de
conteúdo tinha por objetivo fazer com que produtos culturais do sistema capitalista
se virassem contra o mesmo.

A Segunda Internacional Situacionista

Em 1961, com a saída de Asger Jorn e mais tarde com a ingressão do escritor belga
Raoul Vaneigem, a seção francesa da Internacional Situacionista assumiu um
caráter muito mais político. Guy Debord ganhou maior importância dentro do grupo,
composto agora por uma nova geração de militantes que não eram artistas
profissionais. “Os objetivos e projetos artísticos de antes ou sucumbiram ou foram
transpostos em registros abertamente políticos (e revolucionários) dentro de um
sistema teórico unitário.” (Wollen, 1989, pag. 26). Durante esse período começaram
a haver certas desavenças entre membros da IS, ao que se seguiu uma separação
entre “artistas” e “teóricos políticos”. A seção alemã, Gruppe Spur, foi expulsa do
grupo principal sob a acusação de não entender as teses situacionistas e de que
seus integrantes haviam aderido a IS para obterem sucesso como artistas. (​I.S. 8,​
1963). Em 1962, Jörgen Nash (irmão de Asger Jorn), Ansgar Elde, ​Jacqueline de
Jong, Katja Lindell, Stefan Larsson e Hardy Strid deixaram o grupo situacionista
principal para logo depois formarem a Segunda Internacional Situacionista, que
contou com o então independente Gruppe Spur. O grupo fixou-se numa fazenda no
sul da Suécia, de nome “Drakabygget”, a “Bauhaus situacionista” e continuaram
com o trabalho artístico da IS. Os “nashistas” publicaram folhetos e revistas e são
melhores conhecidos por decepar uma estátua no porto de Copenhagen e espalhar
graffites pela cidade.

Maio de 1968

Os eventos de Maio de 1960 levantaram cerca de 10 milhões de operários por toda


a França, mas começou como um movimento estudantil, consideravelmente
inflamado pelos situacionistas, em especial, pela publicação “Da miséria do meio
estudantil”, distribuída em todas as universidades de Paris. A insatisfação de ter
como presidente o general de direita Charles de Gaulle crescia dentro e fora dos
partidos e instituições de esquerda e, em 22 de Março, os estudantes invadem o
prédio de administração da Universidade de Paris - Nanterre, protestando contra a
prisão de um dos participantes de do Comitê Vietnã. A ocupação logo se expandiu
para Sorbonne, que se tornou um centro de questionamento das relações
autoritárias na educação. Da produção intelectual e artística dos ocupantes surgiram
obras muitas vezes panfletárias, que eram distribuídas em fábricas.
No 1º de Maio, as manifestações já costumeiras do Dia do Trabalhador organizadas
por sindicatos foram marcadas por violência policial e repressão, unindo operários e
estudantes e as ocupações e paralisações só crescem, a partir daí. Em 16 de Maio,
já se contava mais de cinquenta fábricas ocupadas.
Impossibilitado de agir contra jovens desarmados, de Gaulle recua, abandonando o
Palácio de Eliseu no dia 29. Ninguém soube, por seis horas, onde se encontrava o
presidente francês. Na madrugada do dia 30, ele faz uma transmissão ao vivo,
anunciando a dissolução da Assembléia Nacional e novas eleições em Junho.

King Mob

O King Mob foi um grupo radical que surgiu após a expulsão da seção situacionista
britânica da IS, em grande parte por diferenças de estilo e tática. O nome é
referência às ​“Gordon Riots” ​que ocorreram na Inglaterra do século XVIII. Na
ocasião uma multidão assaltou a prisão de Newgate e depois do estrago pintou num
de seus muros a frase ​“His Majesty King Mob”.
Entre os integrantes do grupo inglês estavam ​Tim Clark, Chris Gray, Donald
Nicholson-Smith e Charlie Radcliffe. Seu modo de agir estava em mais sintonia com
o estilo do grupo americano Up Against The Wall, anterior Black Mask, com o qual
manteve contato próximo. Ambos os grupos afirmavam que uma “perspectiva
teórica e crítica da sociedade contemporânea não era, por si só, suficiente”
(Robertson. In: Home, 1996, pág. 123). Eles queriam atividades cotidianas
baseadas na subversão política e na “terapia” individual; se auto-proclamavam
“guangues de rua com uma análise”. Para seus membros, a vida deveria ser
apaixonante, livre do dinheiro e das relações sociais mediadas por mercadorias.
Viam nos delinquentes juvenis os verdadeiros herdeiros do Dadá e possuíam
influências do niilismo russo. O humor, a ironia e o vandalismo são características
do grupo.
O King Mob espalhou graffites, publicou panfletos e jornais onde fizeram bastante
uso do “desvio” de elementos da cultura pop, e realizou ataques ao sistema
capitalista por meio também de brincadeiras, como numa ocasião em que um
integrante, vestido de Papai Noel, apareceu numa loja de Londres e começou a
distribuir os brinquedos da loja entre as crianças. (A polícia foi chamada e as
crianças foram obrigadas a devolver os brinquedos).
O movimento Punk, que viria a seguir, foi diretamente influenciado pelo King Mob.
Influências Situacionistas no Brasil
No Brasil o movimento tropicalista se assemelha a Internacional Situacionista, a
exemplo o Delírio Ambulatorium de Hélio Oiticica (outros artistas brasileiros já
tinham proposto experiências no espaço urbano bem antes, como por exemplo,
Flávio de Carvalho). Dentro do contexto da arte contemporânea, vários artistas
trabalharam no espaço público de uma forma crítica ou com um questionamento
teórico. O denominador comum entre esses artistas e suas ações urbanas seria o
fato de que eles viam a cidade como campo de investigações artísticas e novas
possibilidades sensitivas, e estes acabavam assim mostrando outras maneiras de
se analisar e estudar o espaço urbano através de suas obras e experiências.

Conclusão

O situacionismo, enquanto herdeiro da iconoclastia dada-surrealista, provou-se mais


embasado na realidade marginal e crua que seus antecessores, compondo, junto a
outras correntes, uma visão fluida, mas compromissada e combativa, da
modernidade financeira e industrial burguesa. Como em outros movimentos dos
quais se pode dizer, não sem certa infeliz generalização, “pós-modernos”, há aqui
uma tentativa de recapturar o ideal do homem-agente sem cair nos perigosos
absolutos do pensamento moderno. O resultado é um discurso sustentado num
equilíbrio precário entre valorização dos procedimentos racionais e distanciamento
da razão cartesiana que se coloca como “neutra”. Ambígua desde o princípio, esta
reunião de elementos - vez e outra místicos, vez e outra científicos, sempre com um
certo ar de improviso - foi capaz, no entanto, de se apresentar como exemplo ideal
do ​Zeitgeist do pós-guerra: uma incerteza metodológica que a todo tempo busca
uma terceira via, um caminho para libertar os oprimidos sem suprimir-lhes em
teorias determinísticas de revolução, deixando o futuro em aberto. Exatamente por
isso, fica em aberto a questão sobre o quanto do situacionismo é uma curiosidade
acadêmica e o quanto é abordagem a se recuperar, em nome das marginalidades -
em nome da verdadeira integração no meio urbano e no meio artístico.
Referências bibliográficas

DEBORD, Guy, ​Report on The Construction of Situations and on International

Situationist Tendency´s Conditions of Organization and Action;​ 1957. Disponível em:

http://www.bopsecrets.org/SI/report.htm​;

ELLIOT, Karem, ​Situationism in a Nutshell, ​1999 ​ isponível


D em:
http://www.barbelith.com/cgi-bin/articles/00000011.shtml​;
HOME, Stewart, ​The Assault On Culture: Utopian Currents From Lettrism to Class
War.​ Aporia Press and Unpopular Books, London 1988;
HOME, Stewart, What is Situationism.​ AK Press, 1996; Disponível em:
https://libcom.org/files/What_Is_Situationism.pdf;
KUNZRU, Hari, ​The Mob Who Shouldn’t Really Be Here.​ Tate, 2008. Disponível em:

http://www.tate.org.uk/context-comment/articles/mob-who-shouldnt-really-be-here

MATTHEWS, Jan D., ​An Introduction to The Situationists,​ The Anarchist Library,

2005. Disponível em:

https://theanarchistlibrary.org/library/jan-d-matthews-an-introduction-to-the-situationi

sts​;

​ he MIT Press,
McDONOUGH, Tom, ​Guy Debord And The Situationist International, T

Massachusetts, 2002. Disponível em:

https://1000littlehammers.files.wordpress.com/2010/02/mcdonough_guy_debord_the

_situationist.pdf​;

MORALES, Daniel, King Mob, La Violencia Como Forma de Arte. Cultura Colectiva,

2013. Disponível em:

http://culturacolectiva.com/king-mob-la-violencia-como-forma-de-arte/​;
VIANA, Nildo, ​Debord, Espetáculo, Fetichismo e Abstratificação​. Universidade

Federal de Goiás, Revista Panorama, 2011. Disponível em:

http://seer.ucg.br/index.php/panorama/article/viewFile/1601/1008​;

YouTube. (2016, Março 11). ​The Situationist International (full documentary)

[Video file]. Encontrado em ​https://www.youtube.com/watch?v=ncH0-q9OXco​.

Você também pode gostar