Apostila Siderurgia
Apostila Siderurgia
Apostila Siderurgia
SIDERURGIA
1- Introdução
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 2
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 3
A região mais quente destes fornos era adjacente à entrada de ar, entretanto a
maioria do óxido de ferro já estava reduzida à ferro metálico antes de atingir a região
mais quente. Nos fornos dos tipos poço e soleira, o ferro reduzido tinha a forma de
grânulos porosos. Em fornos de temperaturas mais elevadas, os grânulos ficavam
pastosos e aglomeravam-se em uma massa, conhecida como ferro-esponja. Após a
formação de uma esponja de massa suficiente, esta era martelada a quente com o
objetivo de sinterizar os poros e expelir a maior parte da escória e, finalmente, formar
um pedaço sólido de ferro.
Se o ferro reduzido fosse mantido em contato com carvão em altas
temperaturas e na ausência de ar, haveria a difusão de carbono da atmosfera para o
metal. A quantidade de carbono no ferro era controlada pela temperatura e tempo de
permanência com o carvão.
Em fornos dos tipos poço e soleira produziam ferro quase puro devido as
temperaturas relativamente baixas e ao curto tempo de permanência da esponja em
condições favoráveis à difusão de C. Fornos do tipo chaminé (“shaft type”) possuíam
condições mais favoráveis para a difusão de carbono, especialmente quando
empregavam-se dispositivos para soprar ar. Nestes fornos, as temperaturas mais
elevadas promoviam a redução do minério em posições mais distantes da zona de
combustão, possibilitando ao ferro permanecer em contato com o carbono por mais
tempo e em temperaturas mais elevadas que os fornos dos tipos poço e soleira.
O produto dos fornos do tipo chaminé continha teores de C de até 1% e possui
propriedades muito superiores ao ferro puro produzido e mais importante ainda era a
capacidade deste material ser endurecido por processos similares à têmpera e ao
revenimento.
Com o incremento da temperatura em fornos do tipo chaminé, maior a
quantidade de carbono no ferro e menor a temperatura de fusão da liga, sendo
possível a obtenção de ferros fundidos no estado líquido com teores de carbono entre
3% e 4%. É provável que os pedaços solidificados deste metal eram jogados fora pelos
ferreiros, uma vez que este era frágil e não podia ser martelado.
Na China, por volta de 200 AC, há evidências do processo de fundição
deliberada de ferro fundido para a fabricação de utensílios.
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 4
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 5
2- Óxidos de Ferro
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 6
3- Coque
1
Teores calculados com base seca e sem cinzas
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 7
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 8
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 9
4- Fluxantes
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 10
5- Alto-forno
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 11
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 12
Figura 9- A- transportador de minério. D- casa de silos. E- Carro “skip”. F- recuperador de finos. I- sistema
de elevação do carro. J- Alto-forno. K- pote de escória. L- casa de corrida. M- carro-torpedo. N- coletor de
pó. P- duto dos gases do alto-forno. Q- duto com ar aquecido para as ventaneiras. R- sistema de
resfriamento dos gases do alto-forno. O- coletor de poeira. U- regenerador (cowper). W- duto com o ar frio
vindo do soprador.
6.1- Casa de silos
Os carros (“skips”) são destinados aos altos-fornos com produção diária entre
200 e 3500 toneladas. O sistema funciona com dois carros tracionados por cabos de
aço. O volume de cada carro varia entre 15 e 20 m3. A figura 10 apresenta uma
representação esquemática da alimentação dos carros transportadores.
Figura 10- Sistema de alimentação do alto-forno por meio de carros (“skip cars”).
Figura 11- Sistemas de entrada de matérias primas no alto-forno. (a) – sistema de duplo
sino. (b)- sistema de calha rotativa (Paul Wurt).
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 14
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 15
6.6- Regeneradores
6.7- Sopradores
6.8- Carro-torpedo
O gusa líquido vazado na casa de corrida deve ser transportado para a aciaria
para a conversão do ferro-gusa em aço. O transporte do gusa líquido é realizado por
meio do carro-torpedo. Os carros torpedos operam sobre trilhos e sobre fundações
reforçadas, sua capacidade é, normalmente, entre 200 e 250 toneladas. A figura 15
apresenta o aspecto geral de um carro torpedo.
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 17
7- Conversor LD
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 18
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 19
Figura 19- Aço líquido produzido no conversor sendo transportado para o lingotamento ou para
as instalações de metalurgia de panela.
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 20
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 21
Marcelo F. Moreira
Siderurgia 22
9- Metalurgia de panela
Marcelo F. Moreira