Codigo Tributario Municpal
Codigo Tributario Municpal
Codigo Tributario Municpal
do Município de Maricá
LEI Nº 910 DE 14 DE DEZEMBRO DE 1990
( Renomeada - Lei Complementar 005 - em 30 de janeiro de 1991 )
Com as alterações das Leis Complementares
Nº 015 de 30.12.1991, Nº 036 de 24.09.1993, Nº 039 de 27.12.1993
Nº 051 de 19.12.1994, Nº 052 de 28.12.1994, Nº 056 de 28.12.1995
Nº 058 de 23.01.1997, Nº 069 de 08.12.1998, Nº 080 de 27.12.1999,
Nº 083 de 29.11.2000 e Nº 084 de 30.11.2000.
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º. A presente Lei institui, com fundamento no Capítulo I do Título VI da Constituição da República
Federativa do Brasil, e no Código Tributário Nacional, o sistema tributário do Município de Maricá, estabelece
normas complementares de Direito Tributário a ele relativas e disciplina a atividade tributária do fisco
municipal.
Livro Primeiro
PARTE ESPECIAL - DOS TRIBUTOS
I - IMPOSTOS:
II - TAXAS:
Título I
DOS IMPOSTOS
Capítulo I
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE
PREDIAL E TERRITORIAL URBANA
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 3º. A hipótese de incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana é a propriedade ,
o domínio útil ou a posse de bem imóvel, por natureza ou acessão física, localizado na zona urbana do
Município.
Parágrafo único. O fato gerador do imposto ocorre anualmente, no dia 1º de janeiro.
Art. 4º. Para os efeitos deste imposto, considera-se zona urbana a definida e delimitada em lei municipal, onde
existam, pelo menos, dois dos seguintes melhoramentos, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para a distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel
considerado.
Art. 5º. O bem imóvel, para os efeitos deste imposto, será classificado como não edificado ou edificado.
§ 1º Considera-se não edificado o bem imóvel:
I - em que houver construção paralisada ou em andamento;
II - em que houver edificação interditada, condenada, em ruínas ou em demolição;
III - cuja construção seja de natureza temporária ou provisória, ou possa ser removida sem
destruição, alteração ou modificação.
§ 2º Considera-se edificado o bem imóvel no qual exista edificação utilizável para habitação ou
exercício de qualquer atividade, seja qual for a denominação, forma ou destino, desde que não compreendido
nas situações do parágrafo anterior.
I - da legitimidade dos títulos de aquisição da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel;
II - do resultado financeiro da exploração econômica do bem imóvel;
III - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas relativas ao bem
imóvel.
Seção II
SUJEITO PASSIVO
Art. 7º. Contribuinte do imposto é o proprietário , o titular do domínio útil ou o possuidor , a qualquer título
do bem imóvel.
§ 1º Conhecidos o proprietário ou o titular do domínio útil e o possuidor, para efeito de determinação
do sujeito passivo dar-se-á preferência àqueles e não a este, entre aqueles tomar-se-á o titular do domínio útil.
§ 2º Na impossibilidade de eleição de proprietário ou do titular do domínio útil devido ao fato de ser
imune ao imposto, dele estar isento, ser desconhecido ou não localizado, será considerado sujeito passivo aquele
que estiver na posse do imóvel, seja cessionário, posseiro comandatário, ou ocupante a qualquer título.
§ 3º O promitente comprador omitido na posse, os titulares de direitos reais sobre o imóvel alheio e o
fideicomissário serão considerados sujeitos passivos da obrigação tributária.
§ 4º Quando o imóvel estiver sendo inventariado, far-se-á o lançamento em nome do espólio, feita a
partilha, será tranferido para o nome dos sucessores; para este fim , os herdeiros são obrigados a promover a
transferência perante o órgão fazendário competente dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da data do
julgamento da partilha ou da adjucação.
§ 5º Os imóveis pertencentes a espólio cujo inventário esteja sobestado serão lançados em nome do
mesmo, que responderá pelo tributo até que concluído o inventário, se façam as necessárias modificações.
§ 6º O lançamento de imóvel pertencente a massas falidas ou sociedades em liquidação será feito em
nome das mesmas, mas os avisos ou as modificações serão enviados aos seus representantes legais, anotando-se
os nomes e os endereços nos registros.
Art. 8º. Quando o adquirente do domínio útil ou da propriedade de bem imóvel já lançado for pessoa imune ou
isenta, vencerão antecipadamente as prestações vincendas relativas ao imposto, respondendo por elas o
alienante resalvado o disposto no inciso VII do artigo 17.
Seção III
BASE DE CÁLCULO E ALIQUOTAS
Art. 9º. A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem imóvel, excluído o valor dos bens móveis nele
mantidos, em caráter permanente ou temporário para efeito de utilização, exploração, aformoseamento ou
comodidade.
I - tratando-se de imóvel edificado, pela multiplicação do valor de metro quadrado de cada tipo de
edificação, aplicados a fatores corretivos de situações características e componentes da construção e do estado
de conservação pela metragem da construção, somado o resultado ao valor do terreno, observadas as plantas de
valores anexas a esta lei conforme regulamento;
II - tratando-se de imóvel não edificado, levando-se em consideração as suas medidas, aplicados os
fatores corretivos observada a Planta de Valores de Terrenos anexa a esta lei conforme o regulamento.
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Parágrafo único. Quando num mesmo imóvel houver mais de uma unidade autônoma edificada,
será calculada a fração ideal do terreno, conforme a fórmula abaixo:
T×U
FI = ____, onde
C
FI = fração ideal
T = área total do terreno
U = área da unidade autônoma edificada
C = área total construída
Art. 11. Será atualizado pelo Poder Executivo, anualmente antes do término do exercício com base em trabalho
realizado por comissão constituída para este fim específico, o valor venal dos imóveis em função dos
equipamentos urbanos e das melhorias decorrentes de obras públicas recebidas pela área onde se localizem,
bem como os preços correntes do mercado.
§ 1º Nos levantamentos tendentes à atualização, poderão ser utilizadas, entre outras as seguintes
fontes:
I - declarações fornecidas obrigatoriamente pelos contribuintes;
II - permuta de informações fiscais com as administrações tributárias da União do Estado ou de
outros municípios na forma da lei:
III - informações do mercado imobiliário local.
§ 2º Quando não forem objeto da atualização prevista ou “caput”, os valores venais dos imóveis serão
obrigatoriamente atualizados pelos Poder Executivo, com base nos índices oficiais da correção monetária.
§ 3º Os valores encontrados pela comissão terão eficácia depois de aprovados por decreto do Prefeito.
Art. 12. O Imposto será calculado mediante a aplicação, sobre o valor venal do imóvel, das seguintes alíquotas:
I - 0,8% (zero virgula oito por cento) tratando-se de imóvel edificado;
II - 1,6% (um virgula seis por cento) tratando-se de imóvel não edificado.
§ 3º Os imóveis não edificados localizados em áreas servidas por pelo menos dois dos serviços
públicos enumerados no artigo 4º, e que não tenham nenhuma utilização permitida pelo Poder Público, sofrerão
a incidência progressiva da alíquota, à razão de 30% (trinta por cento) ao ano, até que sejam edificados ou lhe
seja dada destinação condizente com os interesses da cidade e a função social da propriedade, como dispõe o
artigo 247 da Lei Orgânica do Município de Maricá.
Seção IV
LANÇAMENTO
Art. 13. O lançamento do imposto, a ser feito pela autoridade administrativa será anual e distinto, um para
cada imóvel ou unidade imobiliária independente, ainda que contíguo, levando-se em conta sua situação à
época da ocorrência do fato gerador, rege-se pela Lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada.
§ 1º O lançamento será procedido, na hipótese de condomínio:
I - quando pro indiviso, em nome de qualquer um dos co-proprietários, titulares do domínio útil ou
possuidores;
II - quando pro diviso, em nome do proprietário do titular do domínio útil ou do possuidor da unidade
autônoma.
§ 2º Os imóveis com testadas para diferentes logradouros serão tributados com base nos valores
referentes ao logradouro mais valorizado.
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§ 3º Os contribuintes tomarão ciência do lançamento do Imposto por meio de notificação, entregue
pessoalmente ou pelo correio com aviso de recepção; na impossibilidade de efetuar-se a notificação pelos meios
acima ela poderá ser feita mediante editais publicados em jornal ou afixados no Paço Municipal.
§ 4º Os contribuintes terão o prazo até 30 de junho do exercício vigente, do lançamento do imposto,
para apresentação de pedido de revisão do valor venal do imóvel respectivo.
Art. 14. Na impossibilidade de obtenção dos dados exatos sobre o bem imóvel ou dos elementos necessários à
fixação da base de cálculo do imposto, o valor venal do imóvel será arbitrado pelo titular da Fazenda
Municipal e o tributo lançado com base nos elementos de que dispuser a Administração, levando-se em conta
outros fatores, sua forma, dimensões, utilização, localização, estado da construção, valores dos imóveis vizinhos
ou situados em zonas da construção e valores aferidos no mercado imobiliário, sem prejuízo da aplicação da
penalidade prevista no artigo 15, I e II.
Art. 15. O lançamento do imposto não implica reconhecimento da legitimidade da propriedade, do domínio
útil ou da posse do imóvel.
Seção V
ARRECADAÇÃO
Art. 16. O imposto será pago de uma vez ou parceladamente, na forma e prazos definidos em regulamento.
§ 1º O contribuinte que optar pelo pagamento em cota única gozará de desconto com os seguintes
percentuais:
a) - 15% (quinze por cento) até 20 (vinte) de janeiro do exercício respectivo;
b) - 10% (dez por cento) até 20 (vinte) de março do exercício respectivo.
§ 2º O pagamento das parcelas vincendas só poderá ser efetuado após o pagamento das parcelas
vencidas, não presumindo o pagamento de cada parcela a quitação das parcelas anteriores.
§ 3º O pagamento do imposto fica suspenso quanto aos imóveis não edificados para os quais existe
decreto de desapropriação do Município, enquanto este não se imitar na posse do imóvel.
§ 4º Imitido o Município na posse do imóvel será cancelado o lançamento efetuado.
§ 5º Se o decreto de desapropriação caducar ou for revogado, ficará reestabelecido o direito à
cobrança do imposto, cujo pagamento será feito em valores atualizados porém sem acréscimos e penalidades.
Seção VI
ISENÇÕES
Art. 18. As isenções serão efetivadas mediante requerimento do interessado, a ser apresentado até o dia 31 de
julho do exercício anterior àquele da aplicação do benefício.
§ 1º O beneficiário da isenção é obrigado a comunicar ao Município, no prazo de 10 (dez) dias,
qualquer ocorrência que possa implicar o cancelamento do benefício.
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§ 2º O benefício será suspenso caso, em relação ao imóvel, não sejam recolhidas taxas e/ou
Contribuição de melhoria, e seu restabelecimento poderá se dar, após processo regular e a critério de
Administração.
§ 3º O imóvel só se beneficiará de isenção após promovido o seu cadastramento no órgão competente
do Município.
Art. 19. Os lotes vagos independentemente de estarem ou não sendo penalizados com a aplicação de alíquotas
progressivas se forem, por seu titular, espontaneamente incluídos em programas que objetivem a produção de
hortifrutigranjeiros, ou outros programas que vierem a ser promovidos pelo Município, terão a partir do
exercício seguinte ao fato, sua alíquota reduzida em 20% (vinte por cento) a cada ano, enquanto perdurar seu
envolvimento no programa.
Seção VII
INSCRIÇÃO NO CADASTRO FISCAL
IMOBILIÁRIO
Art. 21. Para efetuar a inscrição no cadastro Imobiliário, são os responsáveis obrigados a preencher e
entregar, na repartição competente uma ficha de incrição para cada imóvel conforme modelo fornecido pela
Prefeitura instruída com o título de propriedade ou domínio útil.
§ 1º As modificações na titularidade de imóveis serão averbadas mediante a exibição do título
aquisitivo transcrito devidamente no registro de imóveis competente e da prova da quitação tributária.
§ 2º As averbações de que trata o parágrafo anterior deverão ser promovidas dentro do prazo de 30
(trinta) dias da transcrição, sob pena de sanções previstas em lei.
Art. 22. O cadastro imobiliário será atualizado permanentemente, sempre que se verificar qualquer alteração
que modifique a situação ou características do imóvel.
§ 1º Deverão ser obrigatóriamente comunicadas a Prefeitura, dentro do prazo de 30 ( trinta) dias,
todas as ocorrências verificadas em relação ao imóvel que possam afetar as bases de cálculo do lançamento dos
tributos municipais.
§ 2º Qualquer que a época em que se promovam as alterações cadastrais, essas, em relação ao IPTU,
só produzirão efeito no exercício seguinte.
Art. 23. São obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com
relação aos bens imóveis de terceiros, ressalvados aqueles sobre as quais o informante esteja legalmente
obrigado a guardar segredo em razão do cargo, ofício, função, atividade ou profissão:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias e demais intituições financeiras;
III - as empresas administradoras de bens;
IV - os corretores leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os síndicos, comissários e liquidatários;
VI - os inventariantes;
VII - quaisquer outras pessoas ou entidades que a lei designe.
Seção VIII
INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 24. Serão punidas, na forma deste artigo. as seguintes infrações, independentemente de demais
cominações ou penalidades estabelecidas neste código:
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I - o não comparecimento do contribuinte à Prefeitura para solicitar, no prazo determinado, a
inscrição do móvel no Cadastro Fiscal do Município, ou a anotação das alterações cadastrais ocorridas, sujeita-o
à multa de 100% (cem por cento) do valor anual do imposto;
II - o erro ou omissão dolosos, bem como as falsidades nas informações fornecidas para inscrição dos
dados cadastrais do imóvel, sujeita o contribuinte à multa de 100% (cem por cento) do valor anual do imposto;
III - a manutenção de construções clandestinas ou não legalizadas sujeita o infrator à multa no valor
de 5 (cinco) vezes a unidade fiscal de Maricá (UFIMA);
IV - os tabeliães ou escrivães que lavrarem, registrarem, inscreverem ou averbarem escrituras
públicas ou contratos concernentes a imóveis sem prova de quitação dos tributos municipais a eles relativos,
sujeitam-se à multa correspondente ao valor dos tributos devidos em relação à estes imóveis;
V - a falta de comunicação ao Cadastro Fiscal do Município, da aquisição ou compromisso de
compra e venda de imóveis e suas cessões no prazo de 60 (sessenta) dias, sujeita o infrator à multa de 100%
(cem por cento) do valor da respectiva taxa de transferência, na ocasião em que a mesma for realizada;
VI - aqueles que após o recebimento de notificação, deixarem de apresentar ao fisco os documentos
de arrecadação do tributo, os livros e quaisquer outros documentos que se relacionem com a apuração de crédito
tributário iludindo, dificultando ou obstruindo a ação fiscal, sujeitam-se à multa no valor correspondente a 3
(três) vezes a Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA);
VII - as multas recolhidas pelo infrator dentro do prazo de até 10 (dez) dias contados da notificação,
sofrerão redução de 20% (vinte por cento);
VIII - as infrações cometidas e referentes a imóveis alcançados por imunidade ou isenção, terão as
multas correspondentes calculadas, se dimensionadas com base no valor dos impostos levando-se em conta o
imposto que seria devido se o imóvel não estivesse em gozo de benefício legal;
IX - o recolhimento do imposto fora dos prazos fixados sujeita o contribuinte à multa de 10% (dez
por cento)
Capítulo II
DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO E CESSÃO ONEROSA
INTER VIVOS DE BENS IMÓVEIS E DE DIREITOS REAIS
A ELES RELATIVOS
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 25. A hipótese de incidência do Imposto sobre Transmissão e Cessão Onerosa Inter Vivos de Bens Imóveis
e de Direitos Reais a eles relativos é:
I - a transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título da propriedade ou do domínio útil de bens
imóveis por natureza ou por acessão física, conforme definido no Código Civil;
II - a transmissão inter vivos e onerosa, a qualquer título, de direitos reais sobre os imóveis, exceto os
direitos reais de garantia;
III - a cessão inter vivos e onerosa de direitos relativos às transmissões referidos nos incisos
anteriores.
Art. 26. A incidência do imposto alcança as seguintes mutações patrimoniais:
I - compra e venda pura ou condicional e atos equivalentes;
II - dação em pagamento;
III - permuta;
IV - arrematação ou adjudicação em leilão, hasta pública ou praça;
V - incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica ressalvados os casos previstos nos incisos III e IV
do artigo 27;
VI - transferência ao patrimônio de pessoas jurídica para o de qualquer um de seus sócios, acionistas
ou respectivos sucessores;
VII - tornas ou reposições que ocorram:
a) nas partilhas efetuadas em virtude de dissolução da sociedade conjugal ou da morte quando o
cônjuge ou herdeiros receber do imóveis situados no Município cota-parte cujo valor seja maior do que o da
parcela que lhe caberia na totalidade desses imóveis;
b) nas divisões para extensão de condomínio de imóvel, quando for recebida por qualquer condômino
cota-parte material cujo valor seja maior do que o de sua cota-parte ideal;
VIII - mandato em causa própria e seus substabelecimentos quando o instrumento contiver requisitos
essenciais à compra e venda;
IX - instituição de fideicomisso;
X - enfeteuse e subenfeteuse;
XI - rendas expressamente constituídas sobre imóvel;
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XII - concessão real de uso;
XIII - cessão de direitos de usufruto;
XIV - cessão de direitos ao usucapião;
XV - cesão de direitos do arrematante ou adjudicante, depois de assinado o auto de arrematação ou
adjudicação;
XVI - cessão de promessa de venda ou cessão de promessa de cessão;
XVII - acessão física quando houver pagamento de indenização;
XVIII - cessão de direitos sobre permuta de bens imóveis;
XIX - qualquer ato judicial ou extrajudicial inter vivos não especificado neste artigo que importe ou
se resolva em transmissão, a título oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física ou de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia;
XX - cessão de direitos relativos aos atos mencionados no inciso anterior.
Seção II
NÃO-INCIDÊNCIA
Art. 27. O imposto não incide sobre a transmissão e cessão de bens imóveis ou de direitos reais a eles relativos:
I - o adquirente for a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e, se vinculadas a suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes, respectivas autarquias e fundações desde que a transmissão não
esteja relacionadas com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
epreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário;
II - o adquirente for partido político, inclusive suas fundações entidade sindical de trabalhadores,
templo de qualquer culto, instituição de educação e assistência social sem fins lucrativos, para atendimento de
suas finalidades essenciais;
III - efetuadas para a incorporação ao patrimônio de pessoas jurídica em realização de capital;
IV - decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica;
V - decorrentes de desapropriação nem no seu retorno ao antigo proprietário por não mais atenderem
à finalidade de desapropriação.
§ 1º O disposto nos incisos III e IV deste artigo não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente
tenha como atividade preponderante a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil.
§ 2º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida no parágrafo anterior quando
mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente nos 2 (dois) anos
seguintes à aquisição decorrerem de vendas, a administração ou seção de direitos à aquisição de imóveis.
§ 3º Verificada a prepoderância a que se referem os parágrafos anteriores tornar-se-à devido o
imposto nos termos da lei vigente à data da aquisição e sobre o valor atualizado do imóvel ou dos direitos sobre
eles.
§ 4º As instituições de educação e assistência social deverão observar ainda os seguintes requisitos:
I - não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a título de lucro ou
participação no resultado;
II - aplicar integralmente no Pais os seus recursos na manutenção e no desenvolvimento dos seus
objetivos sociais;
III - manter escrituração de suas respectivas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades
capazes de assegurar perfeita exatidão.
Seção III
SUJEITO PASSIVO
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Art. 28. O imposto é devido pelo adquirente ou cessionários do bem imóvel ou do direito a ele relativo.
Art. 29. Nas transmissões que se efetuarem sem o pagamento do imposto devido, ficam solidariamente
responsáveis por esse pagamento o transmitente ou o cedente conforme o caso.
Seção IV
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
Art. 30. A base de cálculo do imposto é o valor pactuado no negócio jurídico ou, se for maior , o valor real
atribuído ao imóvel ou ao direito transmitido, periodicamente levantado e atualizado pelo Executivo Municipal.
§ 1º Na arrematação ou leilão e na adjudicação de bens imóveis, a base de cálculo será o valor
estabelecido pela avaliação judicial ou administrativa, ou o preço pago, se maior.
§ 2º Nas tornas ou reposições, a base de cálculo será o valor da cota-parte que exceder a fração ideal.
§ 3º Na instituição de fideicomisso, a base de cálculo será o valor do negócio jurídico ou 70%
(setenta por cento) do valor real do bem imóvel ou direito transmitido, se maior.
§ 4º Nas rendas expressamente constituídas sobre imóveis, a base de cálculo será o valor do negócio
ou 30% (trinta por cento) do valor real do bem imóvel, se maior.
§ 5º Na concessão real do uso a base de cálculo será o valor do negócio jurídico ou 40% (quarenta
por cento) do valor real do bem imóvel, se maior.
§ 6º No caso de cessão de direitos de usufruto, a base de cálculo será o valor do negócio jurídico ou
70% (setenta por cento) do valor real do bem imóvel, se maior.
§ 7º No caso acessão física, a base cálculo será o valor da indenização ou valor real da fração ou
acréscimo transmitido, se maior.
§ 8º Quando a fixação do valor real do bem imóvel ou do direito transmitido tiver por base o valor da
terra-nua estabelecido pelo órgão federal competente, poderá o Município atualiza-lo monetariamente.
§ 9º A impugnação do valor fixado como base de cálculo do imposto será endereçada à repartição
municipal que efetuar o cálculo, acompanhada de laudo técnico de avaliação do imóvel ou do direito
transmitido.
Art. 31. O imposto será calculado aplicando-se sobre o valor estabelecido como base de cálculo as seguinte
alíquotas:
I - transmissões compreendidas no sistema financeiro da habitação, em relação à parcela financiada -
0,5% (meio por cento);
II - demais transmissões - 2% (dois por cento)
Seção V
ARRECADAÇÃO
Art. 32. O imposto será pago até a data do fato translativo, exceto nos seguintes casos:
I - na transferência de imóvel a pessoa jurídica ou desta para seus sócios ou acionistas, ou respectivos
sucessores, dentro de 30 (trinta) dias contados da data da assembléia ou da escritura em que tiverem lugar
aqueles atos;
II - na arrematação ou na adjudicação em praça ou leilão, dentro de 30 (trinta) dias contados da data
em que tiver sido assinado o auto ou deferida a adjudicação, ainda que exista recurso pendente;
III - na acesso física, até a data de pagamento da indenização;
IV - nas tornas ou reposições e nos demais atos judiciais dentro de 30 (trinta) dias contados da data
da sentença que reconhecer o direito, ainda que exista recurso pendente.
Art. 33. Nas promessas ou nos compromissos de compra e venda é facultado efetuar-se o pagamento do
imposto a qualquer tipo desde que o prazo fixado para o pagamento do preço do imóvel.
§ 1º Optando-se pela antecipação a que se refere este artigo, tomar-se-á o valor por base o valor real
do imóvel na data em que for efetuada a antecipação, ficando o contribuinte exonerado do pagamento do
imposto sobre o acréscimo de valor verificado no momento da escritura definitiva.
§ 2º Verificada a redução do valor, não se restituirá a diferença do imposto correspondente.
Art. 35. O imposto, uma vez pago, só será restituído nos casos de:
I - anulação de transmissão decretada pela autoridade judiciária em decisão definitiva;
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II - nulidade do ato jurídico;
III - rescisão de contrato e desfazimento de arrematação com fundamento no artigo 1.136 do Código Civil.
Art. 36. A guia para pagamento do imposto será emitida pelo órgão municipal competente, conforme dispuser
o regulamento.
Seção VI
ISENÇÕES
Seção VII
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Art. 38. O sujeito passivo é obrigado a apresentar, na repartição competente da prefeitura, os documentos e as
informações necessárias ao lançamento do imposto, conforme estabelecido no regulamento.
Art. 39. Os tabeliães e os escrivães não poderão lavrar instrumentos, escrituras ou termos judiciais, sem que o
imposto devido tenha sido pago, sem certidão negativa dos débitos tributários relativos ao imóvel e sem certidão
de aprovação de loteamento, se for o caso.
Art. 40. Os tabeliães e os escrivães transcreverão a guia de recolhimento do imposto aos instrumentos,
escrituras ou nos termos judiciais que lavrarem.
Art. 41. Todos aqueles que adquirirem bens ou direitos cuja transmissão constitua ou possa constituir fato
gerador do imposto são obrigados a apresentar seu título à repartição fiscalizadora do tributo dentro do prazo
de 90 (noventa) dias a contar da data em que for lavrado o contrato, carta de adjudicação ou de arrematação,
ou qualquer outro título representativo da transferência do bem ou direito.
Parágrafo único. Os cartórios encaminharam à Administração, até o dia 10 (dez) do mês seguinte
relação das operações realizadas com imóveis, tais como transcrições, inscrições e avaliações.
Seção VIII
INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 42. O adquirente de imóvel ou direito que não apresentar o seu título à repartição fiscalizadora, no prazo
legal, fica sujeito à multa de 20% (vinte por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA).
Art. 43. O não-pagamento do imposto nos prazos fixados nesta Lei sujeita o infrator à multa correspondente a
50% (cinqüenta por cento) sobre o valor do imposto devido, independentemente dos acréscimos moratórios e da
atualização monetária.
Parágrafo único. Igual penalidade será aplicada aos serventuários que descumprirem o previsto no
artigo 39.
Art. 44. A omissão ou a inexatidão fraudulenta de declaração relativa a elementos que possam influir no
cálculo do imposto sujeitarão ao contribuinte à multa de 100% (cem por cento) sobre o valor do imposto
sonegado atualizado monetariamente.
Parágrafo único. Igual multa será aplicada a qualquer pessoa que intervenha no negócio jurídico ou
na declaração e seja conivente ou auxiliar na inexatidão ou na omissão praticada.
Capítulo III
DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
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Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 45. A hipótese de incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza é a prestação por empresa ou
profissional autônomo dos serviços previstos no anexo I a esta Lei.
Parágrafo único. A hipótese de incidência do imposto se configura independentemente:
I - da existência de estabelecimento fixo;
II - do resultado financeiro do exercício da atividade;
III - do cumprimento de qualquer exigência legal ou regulamentar, sem prejuízo das penalidades
cabíveis;
IV - do pagamento ou não do preço do serviço no mesmo mês ou exercício.
Art. 46. Para os efeitos de incidência do imposto, considera-se local da prestação do serviço:
I - o do estabelecimento prestador;
II - na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador;
III - o local da obra no caso de construção civil.
Seção II
NÃO-INCIDÊNCIA
Art. 47. O Imposto sobre Serviços de qualquer natureza não incide sobre a prestação de serviços de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Seção III
SUJEITO PASSIVO
Art. 48. Contribuinte do imposto é o prestador do serviço empresa ou profissional que exerça com habilidade
quaisquer das atividades da lista de serviços prevista na Lei Complementar nº 56, de 15 de dezembro de 1987 e
definida no Anexo I a esta Lei.
Parágrafo único. Não são contribuintes os que prestem serviços em relação de emprego, os
trabalhadores avulsos, os diretores e membros de conselho consultivo ou fiscal de sociedade.
Art. 49. Será responsável pela retensão e pelo recolhimento do imposto, até o último dia útil do mês em que o
pagamento tiver sido realizado, todo aquele que, mesmo incluido nos regimes de imunidade ou isenção, fizer
uso de serviços de terceiros, quando:
I - o prestador de serviços for empresa e não emitir nota fiscal ou outro documento permitido
contendo no mínimo, seu endereço e nº de inscrição no cadastro de atividade econômica;
II - o serviço for prestado em caráter pessoal ou por sociedade, e o prestador não apresentar
comprovante de inscrição no cadastro de atividade econômica e recolhimento atualizado do imposto;
III - o prestador de serviço alegar ou não comprovar imunidade ou isenção.
Art. 50. A retenção na fonte será comprovada pelo recolhimento do imposto na rede bancária autorizada
através do Documento de Arrecadação Municipal - DAM.
Parágrafo único. O responsável pelo recolhimento dará ao prestador de serviço uma via do DAM
quitado a qual lhe servirá como comprovante do pagamento do imposto.
Art. 51. Para a retenção na fonte o imposto será calculado aplicando-se, independentemente da natureza
jurídica do prestador, alíquota sobre o preço do serviço.
Art. 53. A pessoa física ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
estabelecimento profissional de prestação de serviços e continuar a exploração do negócio sob a mesma ou outra
razão social , ou sob firma ou nome individual, é responsável pelo imposto do estabelecimento adquirido e
devido até a data do ato:
I - integralmente, se a alienante cessar a exploração da atividade;
II - subsidiariamente, com a alienante, se esta prosseguir na exploração ou iniciar, dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade do mesmo ou de outro ramo de prestação de serviços.
§ 1º O disposto no artigo anterior aplica-se aos casos de extisão de pessoas jurídicas de direito
privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por ex-sócio ou seu espólio, sob a mesma
ou outra razão social, ou sob firma individual.
§ 2º A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação é
responsável pelo imposto devido pelas pessoas jurídicas fundidas, transformadas, até a data dos atos de fusão,
transformação ou incorporação.
Art. 54. São responsáveis pelo recolhimento e pela arrecadação do imposto sobre serviços de qualquer
natureza incidente sobre os jogos e diversões públicas, os empresários encarregados ou gerentes de empresas,
estabelecimentos, instalações ou locais de diversão pública e jogos permitidos
Parágrafo único. A arrecadação do imposto será efetuada no ato de aquisição onerosa do direito de:
I - ingressar em locais onde se realizem espetáculos, exibição, representação ou função ou sejam
praticados jogos permitidos por lei e divertimento de qualquer espécie;
II - participar dos jogos, divertimentos e atividades.
Seção IV
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
Art. 55. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço sobre o qual será aplicada a alíquota segundo o tipo
de serviço prestado.
§ 1º Em se tratando de profissional liberal, no caso de atividade inicial no Município, será recolhida
à taxa de expediente para fins cadastrais.
§ 2º O Imposto Sobre Serviços nas atividades liberais, será cobrado, mediante os itens abaixo:
I - Nos casos dos engenheiros, arquitetos, urbanistas e atividades correlatas na construção civil, em
caráter liberal, o Imposto Sobre Serviços, será cobrado de acordo com os artigos 65/66/67/68 e 69 da Legislação
em vigor;
II - Nos demais casos de atividades em caráter liberal, o Imposto Sobre Serviços, será cobrado de
acordo com os termos da Lei Complementar nº 036/93 e respectivas alterações que dela se sucederem;
III - Nos casos de renovação da inscrição anual, recaindo sobre os mesmos critérios adotados nos
parágrafos e itens anteriores;
Art. 56. Na hipótese de serviços prestados por empresas enquadráveis em mais de um itens da lista de serviços,
o imposto será calculado aplicando-se a alíquota própria sobre o preço do serviço de cada atividade.
Parágrafo único. O contribuinte deverá apresentar escrituração idônea que permita diferenciar as
receitas específicas das várias atividades, sob pena de o imposto ser calculado da forma mais onerosa, mediante
a aplicação de alíquota mais elevada sobre a receita auferida.
Art. 57. Na hipótese de serviços prestados sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte
enquadráveis em mais de um dos itens na lista de serviços, o imposto será calculado em relação a cada uma das
atividades exercidas.
Art. 58. Preço do serviço é a receita bruta a ele correspondente, sem quaisquer deduções, com exceção do
fornecimento de mercadorias previsto nos itens 37, 41, 67, 68 e 69, e do valor das subempreitadas já tributadas
pelo imposto e das mercadorias produzidas pelo prestador de serviço fora do local da obra nos casos dos itens
31 e 33 da lista de serviços do Anexo I a esta Lei.
§ 1º Considera-se preço do serviço, para efeito de cálculo do imposto, tudo o que for recebido em
virtude da prestação do serviço, seja na conta ou não.
§ 2º Constituem parte integrante do preço:
I - os valores acrescidos e os encargos de qualquer natureza, ainda que de responsabilidade de
terceiros;
II - os o nos relativos à concessão de crédito, ainda que cobrados em separado, na hipótese de
prestação de serviços a crédito, sob qualquer modalidade.
§ 3º Serão diminuidos do preço do serviço os valores relativos a descontos ou abatimentos não
sujeitos a condição, desde que prévia e expressamente contratados.
§ 4º Quando a contraprestação se verificar através da troca de serviços ou o seu pagamento for
realizado mediante o fornecimento de mercadorias, o preço do serviço para base cálculo do imposto será o
preço corrente na praça ou o valor das mercadorias.
Art. 59. Em relação às deduções previstas nos itens 31 e 33 da lista de serviços, será adotado o seguinte
procedimento:
I - quanto às mercadorias, só serão admitidas deduções relativa aos materiais que se incorporem ou
se consumam na execução das obras, excluídos:
a) escoras, andaimes, torres e formas;
b) ferramentas, máquinas e respectiva manutenção;
c) materiais adquiridos para a formação de estoque ou armazenagem fora dos canteiros de obra antes
de sua utilização;
d) materiais recebidos na obra após a concessão do respectivo “habite-se”;
II - quanto às subempreiteiras não serão admitidas deduções quando forem:
a) realizadas por profissionais autônomos;
b) executadas por sociedades de prestação de serviços profissionais;
c) executadas depois do “habite-se”.
Art. 60. Nas incorporações imobiliárias, quando o construtor acumular a sua qualidade com a de proprietário,
promitente comprador, cessionários ou promitente cessionário do terreno ou de suas frações ideais, a base de
cálculo será o preço contratado com os adquirentes de unidades autônomas, relativo às cotas de construção.
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§ 1º Na hipótese prevista neste artigo, só será admissível deduzir da base de cálculo o valor das
subempreitadas e dos materiais de construção proporcionais às frações ideais de terreno, alienadas ou
compromissadas, observado o disposto no artigo 59.
§ 2º Consideram-se também compromissadas as frações ideais vinculadas às unidades autônomas
contratadas para a entrega futura, em pagamento de bens e serviços, inclusive terrenos.
§ 3º A apuração proporcional da base de cálculo será feita individualmente, por obra, de acordo com
o Registro Auxiliar das Incorporações Imobiliárias.
§ 4º Quando não forem especificados, nos contratos, os preços das frações ideais de terrenos e das
quotas de construção o preço do serviço será a diferença entre o valor total do contrato e o valor resultante da
divisão do preço de aquisição do terreno pela fração ideal vinculada à unidade contratada.
Art. 61. Nos serviços de demolição de prédios considera-se preço total da operação os recebimentos em
dinheiro ou em material proveniente da demolição.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos contratos de construção civil nos quais a
empreteira principal execute e cobre a demolição englobadamente com o contrato de construção.
Art. 62. Se no local do estabelecimento e em seu depósitos ou outras dependências forem exercidas atividades
diferentes, sujeitas a mais de uma forma de tributação, deverá ser observada a seguinte regra: se as atividades
forem tributadas com alíquotas diferentes ou sobre o movimento econômico total, ou com dedução, e se na
escrita não estiverem separadas as operações, por atividades, ficarão as mesmas, em sua totalidade, sujeitas à
alíquota mais elevada calculada sobre o movimento econômico total.
Art. 63. A apuração do preço será efetuada com base nos elementos em poder do sujeito passivo.
Art. 64. As alíquotas do imposto são as fixadas na tabela de Anexo I a esta Lei.
Art. 65. O Imposto Sobre Serviços dos projetos de obras residenciais unifamiliar, será de 0,005 da UFIMA,
sobre o metro quadrado, sendo a taxa mínima de 0,5 (meia) UFIMA.
Art. 66. O Imposto Sobre Serviços de obras residenciais multifamiliar, será de 0,050 da UFIMA, sobre o metro
quadrado projetado, sendo a taxa mínima de 01 (uma) UFIMA.
Art. 67. O Imposto Sobre Serviços de projetos não residencial, será de 0.006 da UFIMA, sobre o metro
quadrado projetado, sendo a taxa mínima de 01 (uma) UFIMA.
Art. 68. O Imposto Sobre Serviços de remembramentos e desmembramemtos até 05 (cinco) lotes está isento.
Acima de 05 (cinco) lotes será de 0.050 de UFIMA, por lote.
Art. 69. O Imposto Sobre Serviços de projetos de loteamentos e/ou condomínios de lotes, será de 0.002 da
UFIMA, por lote.
Seção V
ARBITRAMENTO
Art. 70. A autoridade fiscal procederá ao arbitramento para a apuração do preço sempre, que
fundamentalmente:
I - o contribuinte não possuir livros fiscais de utilização obrigatória ou estes não se encontrarem com
sua escrituração atualizada;
II - o contribuinte reiteradamente violar o disposto na legislação tributária;
III - o contribuinte, depois de intimado, deixar de exibir os livros fiscais de utilização obrigatória, ou
não prestar os esclarecimentos exigidos pela fiscalização;
IV - ocorrer fraude ou sonegação de dados julgados indispensáveis ao lançamento;
V - sejam omissos ou não mereçam fé as declarações, os esclarecimentos prestados ou os documentos
expedidos pelo sujeito passivo;
VI - o preço seja notoriamente inferior ao corrente no mercado ou desconhecido pela autoridade
administrativa;
VII - o contribuinte prestar serviço sem estar inscrito no Cadastro de Atividades Econômicas.
Art. 71. Nas hipóteses do artigo anterior, o arbitramento poderá ser procedido pelo titular da Fazenda
Municipal, ou por uma comissão por ele designada para cada caso, composta, no mínimo de 3 (três) membros,
levando-se em conta, entre outros os seguintes elementos:
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I - os recolhimentos feitos em períodos idênticos pelo contribuinte ou por outros contribuintes que
exerçam a mesma atividade em condições semelhantes;
II - os preços correntes dos serviços no mercado em vigor na época da apuração;
III - as condições próprias do contribuinte, bem como os elementos que possam evidenciar sua
situação econômico- financeira abaixo descritos, acrescidos de 20% (vinte por cento);
a) valor de matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados no período;
b) folha de salários pagos, honorários de diretores, retiradas de sócios ou gerentes e respectivas
obrigações trabalhistas e sociais;
c) despesas com fornecimentos de água, luz, força, telefone e demais encargos obrigatórios do
contribuinte inclusive tributos.
Art. 72. O arbitramento do preço dos serviços não exonera o contribuinte da imposição das penalidades
cabíveis, quando for o caso.
Seção VI
LANÇAMENTO
Art. 75. Fica autorizado o Poder executivo a criar ou aceitar documentação simplificada no caso de
contribuintes de rudimentar organização ou microempresas.
Art. 76. O lançamento do imposto não implica reconhecimento ou regularidade do exercício de atividade ou
da legalidade das condições referentes a local, instalações, equipamentos ou obras .
Art. 77. Corrido o prazo de 5 (cinco) anos contados a partir da ocorrência do fato gerador sem que a Fazenda
Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo
se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Seção VII
ESTIMATIVA
Art. 78. A autoridade administrativa poderá, por ato normativo próprio, fixar o valor do imposto por
estimativa:
I - quando se tratar de atividade exercida em caráter temporário;
II - quando de tratar de contribuinte rudimentar organização ou microempresa;
III - quando o contribuinte não tiver condições de emitir documentos fiscais;
IV - quando se tratar de contribuinte ou grupo de contribuintes cuja espécie, modalidade ou volume
de negócios ou de atividade aconselhar, a critério exclusivo da autoridade competente tratamento fiscal
específico.
Art. 80. A administração poderá rever os valores estimados, a qualquer tempo, reajustando as parcelas
vincendas do imposto, quando se verificar que a estimativa inicial foi incorreta ou que o volume ou a
modalidade dos serviços se tenha alterado de forma substancial.
Art. 81. Os contribuintes sujeitos ao regime de estimativa poderão, a critério da autoridade administrativa, ficar
dispensados do uso de livros fiscais e da emissão de documentos.
Art. 82. O regime de estimativa poderá ser suspenso pela autoridade administrativa, mesmo quando não findo
o exercício ou período, seja de modo geral ou individual, seja quanto a qualquer categoria de estabelecimentos,
grupos ou setores de atividades, quando não mais prevalecerem as condiçoes que originaram o enquadramento.
Art. 83. Os contribuintes abrangidos pelo regime de estimativa poderão no prazo de 20 (vinte) dias a contar da
publicação do ato normativo, apresentar impugnação contra o valor estimado, observado o disposto nos artigos
314 a 318.
Seção VIII
ARRECADAÇÃO
Art. 84. Nos casos de cálculos do imposto sobre a receita bruta mensal, o recolhimento será feito mensalmente
aos cofres da Prefeitura Municipal ou nos bancos autorizados mediante o preenchimento de guias especiais,
independentemente de qualquer aviso ou notificação e do recebimento do preço do serviço ou da época do seu
recebimento, até o dia 10 (dez) do mês subseqüente ao do faturamento.
Parágrafo único. O imposto será recolhido por meio de guias preenchidas pelo próprio contribuinte,
de acordo com o modelo a ser estabelecido em regulamento.
Art. 85. Nos casos dos contribuintes sujeitos ao pagamento em valores fixos anuais, o imposto será recolhido
nos seguintes prazos:
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I - se inferior a 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo, de uma só vez, até o dia 30 (trinta) de
março de cada ano;
II - se superior a 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo em duas parcela iguais, sendo a
primeira até o dia 30 (trinta) de março e a segunda até o dia trinta de maio de cada ano;
Parágrafo único. No caso de início de atividade o imposto será devido proporcionalmente ao número
de meses restantes em um ano, antes do início da atividade.
Art. 86. Quando o contribuinte pretende comprovar, com documentação hábil a critério da Fazenda Municipal,
a inexistência de base de cálculo por não ter prestado serviços tributáveis pelo Município, deve realizá-la nos
prazos estabelecidos para pagamento do imposto.
Seção IX
ISENÇÕES
Art. 88. As isenções serão solicitadas em requerimento, acompanhado das provas de que o contribuinte
preenche os requisitos necessários à obtenção do benefício.
Art. 89. A documentação apresentada com o primeiro pedido de isenção poderá servir para os demais
exercícios, devendo o requerimento de renovação de isenção a ele referir-se, apresentando as provas relativas ao
novo exercício.
Art. 90. As isenções devem ser requeridas até o último dia útil do ano, sob pena de perda do benefício fiscal no
exercício seguinte.
Art. 91. Nos casos de início de atividade, o pedido de isenção deve ser feito por ocasião da concessão da
licença para localização e/ou funcionamento de estabelecimentos.
Seção X
INSCRIÇÃO NO CADASTRO FISCAL
Art. 92. O contribuinte, ainda que isento ou imune, deve requerer sua inscrição na repartição fiscal competente
antes de iniciar suas atividades, fornecendo à Prefeitura os elementos e as informações necessárias para a
correta fiscalização do tributo.
Art. 93. Para cada local de prestação de serviço o contribuinte deve fazer sua inscrição, exceto tratando-se de
ambulante que fica sujeito a inscrição única.
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Art. 94. A inscrição não presume a aceitação pela Prefeitura, dos dados e das informações apresentadas pelo
contribuinte.
Art. 95. O contribuinte deve comunicar à Prefeitura, dentro do prazo de 30 (trinta) dias da ocorrência a
cessação de suas atividades, a fim de obter baixa da inscrição a qual será concedida após a verificação da
procedência da comunicação, sem prejuízo da cobrança dos impostos e das taxas devidos ao Município.
Seção XI
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ESPECÍFICAS
Art. 96. Os contribuintes, mesmo os isentos, ficam obrigados a manter e escriturar livros , mapas e demais
documentos, a serem instituídos em regulamento.
Art. 97. Os contribuintes, inclusive os isentos, obrigados ao recolhimento com base no movimento econômico,
deverão apresentar anualmente, a Ficha de Informações correspondente ao movimento do ano anterior, segundo
modelo, forma, prazos e locais determinados pelo Executivo.
Seção XII
INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 98. As infrações às disposições deste capítulo serão punidas, sem prejuízo da exigência de imposto, com as
seguintes penalidades:
I - multa de importância igual a 500% (quinhentos por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA)
nos casos de exercício de atividade sem prévia inscrição no cadastro fiscal;
II - multa no valor de 300% (trezentos por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) nos casos
de:
a) recusa na exibição de livros ou documentos fiscais;
b) sonegação de documentos para apuração do preço do serviço ou da fixação de estimativa;
c) embaraço a ação fiscal;
III - multa no valor de 200% (duzentos por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) nos casos
de:
a) omissão ou falsidade na declaração de dados;
b) emissão de nota fiscal não autorizada por nota fiscal;
c) emissão de nota fiscal que não reflita o preço do serviço por nota fiscal;
d) prestação de serviço sem a emissão da respectiva nota fiscal, por serviço;
IV - multa de importância igual a 150% (cento e cinqüenta por cento) da Unidade Fiscal de Maricá
(UFIMA) nos casos de:
a) falta de livro ou de sua autenticação por livro;
b) falta de escrituração do imposto devido;
c) dados incorretos na escrita fiscal ou nos documentos;
d) falta do número de inscrição no cadastro de atividades econômicas em documentos fiscais;
e) falta de notas fiscais ou outros documentos exigidos pela Administração;
f) retirada, do estabelecimento ou do domicílio do prestador, de livros ou documentos fiscais, exceto
nos casos previstos na legislação;
V - multa de importância igual a 100% (cem por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) nos
casos de não-comunicação, até o prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ocorrência, de venda ou
tranferência de estabelecimento, encerramento ou mudança de ramo de atividade, mudança de local do
estabelecimento ou de sua área e de quaisquer outras alterações de interesse do Fisco;
VI - multa de importância igual a 10% (dez por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA), por
documento impresso, no caso de estabelecimento gráfico que emitir nota ou documento fiscal sem a devida
autorização respondendo solidariamente pelo mesmo beneficiário quando a gráfica estiver estabelecida fora do
Município;
VII - multa de importância igual a 200% (duzentos por cento) do imposto atualizado monetariamente
nos casos de:
a) falta de recolhimento do imposto retido na fonte;
b) adulteração de documentos fiscais com a finalidade de sonegação;
VIII - multa de importância igual a 100% (cem por cento) sobre o valor do imposto atualizado
monetariamente de:
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a) falta de recolhimento do imposto, apurado por meio de ação fiscal;
b) recolhimento do imposto em importância menor do que a efetivamente devida apurado por meio
de ação fiscal;
c) não-retenção de imposto devido.
Capítulo IV
DO IMPOSTO SOBRE A VENDA A VAREJO DE
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 99. A hipótese de incidência do Imposto sobre a venda a varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos é a
venda a consumir, entre outros, dos seguintes produtos:
I - gasolina;
II - querosene;
III - óleo combustível;
IV - álcool etílico anidro combustível - AEAC;
V - álcool etílico hidratado combustível - AEHC;
VI - gás liquefeito de petróleo - GLP;
VII - gás natural.
Seção II
NÃO-INCIDÊNCIA
Seção III
SUJEITO PASSIVO
Art. 101. Contribuinte do imposto é o vendedor de qualquer quantidade de combustível ao consumidor final,
em especial:
I - as distribuidoras, pelas vendas efetuadas aos grandes consumidores especiais;
II - os postos revendedores ou os transportadores-revendedores-retalhistas pelas vendas efetuadas aos
pequenos consumidores;
III - as sociedades civis de fins não econômicos, inclusive cooperativas, que pratiquem operações de
venda a varejo de combustíveis líquidos e gasosos;
IV - os órgãos da Administração Pública direta, as autarquias, as empresasa públicas, as sociedades
de economia mista e as fundações que vendam a varejo produtos sujeitos ao imposto, ainda que a compradores
de determinada categoria profissional ou funcional.
Parágrafo único. O comprador, quando revendedor ou distribuidor, é contribuinte do imposto em
relação à quantidade de combustíveis por ele consumida.
Seção IV
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
Art. 103. A base de cálculo do imposto é o preço da venda a varejo dos combustíveis, incluídas as despesas
adicionais debitadas pelo vendedor ao comprador, sobre a qual será aplicada a alíquota de 3% (três por cento).
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Parágrafo único. O montante do imposto não integra a base de cálculo referida no “caput” do artigo,
constituindo seu eventual destaque mera indicação para fins de controle.
Seção V
LOCAL DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
Art. 104. Considera-se ocorrido o fato gerador no estabelecimento vendedor entendido como o local, construído
ou não, onde o contribuinte exerce a atividade de comercialização de combustíveis a varejo, em caráter
permanente ou temporário, inclusive veículos utilizados no comércio ambulante.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à simples entrega de produtos a destinatário
certo, em certo, em decorrência de operação já tributada no Município.
Seção VI
LANÇAMENTO
Art. 105. Os contribuintes do imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos estão sujeitos
ao regime de lançamento por homologação.
Art. 106. Os contribuintes do imposto deverão promover sua inscrição na repartição municipal competente do
início da atividade.
Seção VII
ARRECADAÇÃO
Art. 107. O imposto será apurado e pago mensalmente através de Documento de Arrecadação Municipal
(DAM), até o 5º (quinto) dia útil do mês subseqüente.
Seção VIII
DOCUMENTAÇÃO FISCAL E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Art. 108. Os contribuíntes do imposto são obrigados além de outras exigências estabelecidas em Lei, a emissão
e escrituração de livros, notas fiscais e mapas de controle necessários ao registro de entradas, movimentações e
vendas relativas ao combustível.
Parágrafo único. Enquanto não forem definidos, em regulamento, novos tipos de documentos fiscais
serão aceitos pelo fisco municipal os já adotados por determinação do Conselho Nacional de Petróleo.
Art. 109. Cada estabelecimento, seja matriz, filial, depósito, sucursal, agência ou representação, por ser
contribuinte independente, terá escrituração fiscal própria.
Seção IX
INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 110. Quando, por ocasião ou omissão do contribuinte, voluntária ou não, não puder ser conhecida a base
de cálculo do imposto em determinado período, ou ainda, quando os registros contábeis relativos às operações
estiverem em desacordo com as normas da legislação ou não mereçam fé, o imposto será calculado sobre base
de cálculo arbitrado pelo Fisco, por comparação ou em função de dados que exteriorizem a situação econômico-
financeira do sujeito passivo, independentemente da penalidade cabível.
Art. 111. O descumprimento das obrigações tributárias sujeitará o infrator, sem prejuízo da exigência do
imposto, às seguintes penalidades:
I - multa de importância igual a 500% (quinhentos por cento) da Unidade Fiscal de Maricá
(UFIMA), no caso de venda de combustíveis sem respectiva inscrição do contribuinte na repartição competente;
II - multa de importância igual a 300% (trezentos por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA)
nos casos de :
a) recusa na exibição de livros ou documentos fiscais;
b) falta de escrituração do imposto devido;
c) embaraço a ação fiscal.
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III - multa de importância igual a 150% (cento e cinqüenta por cento) da Unidade Fiscal de Maricá
(UFIMA), nos casos de:
a) falta de livros fiscais ou de sua autenticação por livro;
b) falta de escrituração do imposto devido;
c) dados incorretos na escrituração fiscal e nos documentos exigidos pela Administração;
d) retirada, do estabelecimento, de livros ou documentos fiscais exceto nos casos previstos na
legislação;
e) falta de emissão de nota fiscal em operação escriturada;
IV - multa de importância igual a 100% (cem por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) no
caso de não-comunicação, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ocorrência, de quaisquer alterações
na situação do estabelecimento que sejam de interesse do Fisco;
V - multa de importância igual a 200% (duzentos por cento) do valor do imposto atualizado
monetariamente nos casos de:
a) transporte, recebimento ou manutenção, em estoque ou depósito de produtos sujeitos ao imposto,
sem documentação fiscal ou acompanhados de documento fiscal inidôneo;
b) venda de combustível, em operação não escriturada sem emissão de nota fiscal;
VI - multa de importância igual a 200% (duzentos por cento) do valor do imposto não pago,
atualizado monetariamente, no caso de emissão de documento fiscal consignando importância diversa do valor
da operação ou com valores diferentes nas respectivas vias, com objetivo de reduzir o valor do imposto a pagar;
VII - multa de importância igual a 100% (cem por cento) do valor do imposto atualizado
monetariamente, no caso de falta de recolhimento do tributo, por ação fiscal.
Parágrafo único. As penalidades pecuniárias serão aplicadas cumulativamente, quando for o caso.
Título II
DAS TARIFAS E TAXAS
Capítulo I
DA TARIFA DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 112. A hipótese de incidência da Tarifa de serviços públicos é a utilização efetiva e potencial, dos serviços
da coleta de lixo, iluminação pública, conservação de vias e logradouros públicos e limpeza pública prestados
pelo Município ao contribuinte ou colocados a sua disposição, com a regularidade necessária.
§ 1º Entende-se por serviços de coleta de lixo a remoção periódica de lixo gerado em imóvel
edificado. Não está sujeita à taxa de remoção especial de lixo, ou seja, a retirada de entulhos, detritos
industriais, galhos de árvores ou similares de terrenos e, ainda a remoção de lixo realizada em horários
especiais por solicitação do interessado, todas sujeitas ao pagamento de preço público fixado pelo Executivo.
§ 2º Entende-se por serviço de iluminação pública o fornecimento de iluminação em vias e
logradouros públicos.
§ 3º Entende-se por serviço de conservaçãode vias e logradouros públicos a reparação e a
manutenção de ruas, estradas municipais, praças, jardins e similares, que visem manter ou melhorar as
condições de utilização desses locais, quais sejam:
I - raspagem e reparos do leito carroçável, com o uso de ferramentas ou máquinas;
II - conservação e reparação do calçamento;
III - recondicionamento do meio-fio e sarjetas;
IV - melhoramento, reparo ou manutenção de estradas vicinais, mata-burros, acostamentos, bueiros,
bocas-de-lobo, sinalização e similares;
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V - desobstrução, aterros de reparação e serviços correlatos;
VI - sustentação e fixação de encostas laterais e remoção de barreiras;
VII - fixação, poda e tratamento de árvores e plantas ornamentais e serviços correlatos.
§ 4º Entende-se por serviços de limpeza pública a realização, em vias e logradouros públicos, de:
I - varrição lavagem e irrigação;
II - limpeza e desobstrução de bueiros, bocas-de-lobo, galerias de águas pluviais, córrego, valas,
canais e rios;
III - capinação;
IV - desinfecção de locais insalubres.
§ 6º Os preços públicos cobrados pelo Município por serviços prestados, são os constantes da Tabela
anexa a esta Lei, da qual fica fazendo parte integrante.
§ 7º Não estão sujeitos ao pagamento de preços públicos, referente a expediente da Tabela anexa, as
seguintes situações:
I - solicitação de devolução de IPTU, por motivo de lançamento em duplicata;
II - requerimento de ex-combatente solicitando isenção de IPTU;
III - requerimento encaminhando denúncias;
IV - requerimentos encaminhados por interessado cuja renda mensal seja de até 01 (um) salário
mínimo;
V - requerimento e pedido de certidões cujo interessado seja servidor municipal.
§ 13 Pela prestação de serviços diversos, inclusive quanto as concessões, serão cobradas as seguintes
situações:
I - de numeração de prédios;
II - de apreensão de animais abandonados nas vias públicas;
III - de apreensão de bens móveis e de mercadorias;
IV - de utilização da rodoviária para transporte intermunicipal.
§ 14 As tarifas de serviço serão arrecadadas de acordo com a Tabela anexa a esta Lei e nos seguintes
momentos:
I - antecipadamente, por ocasião do pedido de alinhagem e nivelamento;
II - antecipadamente, na compra de passagem e utilização da rodoviária;
III - posteriormente a prestação dos serviços de:
a) numeração e emplacamento de prédios;
b) apreensão de animais;
c) apreensão de bens e mercadorias.
§ 15 As tarifas de cemitério são arrecadadas de acordo com a Tabela anexa a esta Lei e nos seguintes
momentos:
I - no ato da concessão de perpetuidades para sepultura, carneira ou jazigo.
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II - antecipadamente, por ocasião do pedido de:
a) permissão para construção de canteiro, carneira, jazigo ou mausoléu e execução de obras de
embelezamento;
b) inumação e exumação;
c) abertura de sepultura, carneira, jazigo ou mausoléu para nova inumação;
d) concessão de permissão para construir carneira, jazigo ou mausoléu.
Seção II
SUJEITO PASSIVO
Art. 113. Contribuinte da tarifa é o proprietário ou titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título do
bem imóvel situado em local onde o Município mantenha, com regularidade necessária, os serviços referidos no
artigo anterior.
Seção III
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
Art. 114. A base de cálculo da tarifa é o custo dos serviços utilizados pelo contribuinte ou colocados à sua
disposição, dimensionado, para cada caso, da seguinte forma:
I - em relação aos serviços de iluminação pública, de acordo com o convênio assinado com a
concessionária de energia elétrica do Estado do Rio de Janeiro, quando se tratar de imóvel edificado; mediante
a aplicação de alíquota de 5% (cinco por cento) sobre a Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) por metro linear de
testada, quando se tratar de terreno;
II - em relação aos serviços de limpeza pública e conservação de vias e logradouros públicos, por
metro linear de testada e por serviço prestado, mediante aplicação de alíquota de 4% (quatro por cento) sobre a
Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA);
III - em relação ao serviço de coleta de lixo, mediante a aplicação da alíquota de 6% (seis por cento)
sobre a Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) por m3 de lixo recolhido e por tipo de utilização do imóvel
observado o limite mínimo, conforme tabela adiante apresentada:
Utilização do Imóvel Limite Mínimo
Residências até 70 m2 5 m3/ano
Residências de 71 a 150 m2 10 m3/ano
Residências acima de 150 m2 20 m3/ano
Serviços até 100 m2 10 m3/ano
Serviços acima de 100 m2 30 m3/ano
Comércio até 100 m2 20 m3/ano
Comércio de 101 a 300 m2 20 m3/ano
Comércio acima de 300 m2 100 m3/ano
Indústrias de até 100 m2 25 m3/ano
Indústrias de 101 a 300 m2 75 m3/ano
Indústrias acima de 300 m2 300 m3/ano
§ 1º Tratando-se de imóvel com mais de uma testada considerar-se-ão, para efeito de cálculo,
somente as testadas dotadas do serviço.
§ 2º Quando no mesmo terreno houver mais de uma unidade autônoma edificada será calculada a
testada ideal, conforme a fórmula abaixo:
TI = T x P x A, onde:
24
T
TI = testada ideal
T = testada do terreno dotada do serviço
P = número de pavimentos da construção
A = área construída da unidade
T = área total construída
§ 3º Caso, no mesmo terreno, haja duas ou mais construções com número de pavimentos distintos,
considerar-se-à, para efeito de aplicação da fórmula do parágrafo anterior, o número médio de pavimentos.
§ 4º As indústrias possuidoras de equipamentos antipoluentes e que reaproveitem total ou
parcialmente seu lixo terão uma taxa de redução de 50% (cinquenta por cento) no valor da taxa de coleta de
lixo.
Art. 115. A atualização do valor das tarifas levará em consideração a variação do custo dos serviços, que, caso
se comporte de forma diferente dos índices oficiais de correção monetária, deverá ser refletida pela readequação
das alíquotas, na forma da Lei.
Parágrafo único. Para a obtenção do cálculo da variação de custos referido no “no caput” tomar-se-á
como base o valor despesa apurada nos últimos balancetes e no balanço referente ao exercício anterior,
atualizada monetariamente, sem prejuízo de outros estudos promovidos pela Administração.
Seção IV
LANÇAMENTO
Art. 116. A taxa será lançada anualmente, em nome do contribuinte, com base nos dados do cadastro
imobiliário.
Seção V
ARRECADAÇÃO
Art. 117. A taxa será paga de uma vez ou parceladamente, na forma e nos prazos regulamentares, observando
o disposto no § 1º do artigo 16.
Parágrafo único. O pagamento das parcelas vincendas só poderá ser efetuado após o pagamento das
parcelas vencidas.
Seção VI
PENALIDADES
Art. 118. Quando a remoção especial de lixo, referida no § 1º do art. 112, for realizado de ofício, será aplicada
ao proprietário, ao titular do domínio útil ou possuidor do imóvel, multa de 1 (um) a 5 (cinco) Unidades Fiscais
de Maricá (UFIMA) a ser graduada, pela autoridade fiscal, em função do volume e da espécie do lixo recolhido.
25
Capítulo II
DA TAXA DE LICENÇA
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 119. A hipótese de incidência da taxa e o prévio exame e fiscalização, dentro do território do Município,
das condições de localização afetação ao meio ambiente, segurança, higiene, saúde, incolumidade, bem como
de respeito à ordem, aos costumes, à tranqüilidade pública, a propriedade, aos direitos individuais e coletivos e
a lesgislação urbanística a que se submete qualquer pessoa física ou jurídica que pretenda: realizar obra,
veicular publicidade em vias e logradouros públicos, em locais deles visíveis ou de acesso público, localizar e
fazer funcionar estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços, agropecuários e outros; ocupar vias
e logradouros públicos com móveis e utensílios; manter aberto estabelecimento fora dos horários normais de
funcionamentos; instalar e utilizar máquinas e motores; exercer atividades relacionadas com saúde pública ou o
meio ambiente; ou ainda manter em funcionamento o estabelecimento previamente licenciado.
§ 1º Estão sujeitos à prévia licença:
I - a localização e/ou funcionamento de estabelecimento;
II - o funcionamento de estabelecimento em horário especial;
III - a veiculação de publicidade em geral;
IV - a execução de obra, arruamentos e loteamentos;
V - a ocupação de áreas em terrenos ou vias e logradouros públicos;
VI - o exercício de atividade eventual ou ambulante e de feirante;
VII - a instalação e a utilização de máquinas e motores.
§ 2º A licença não poderá se concedida por período superior a um ano.
§ 3º As licenças relativas aos itens I e VII do § 1º serão válidas para o exercício em que forem
concedidas; as relativas aos incisos II, III, VI, pelo período solicitado; a relativa ao inciso IV, pelo prazo do
alvará.
§ 4º As licenças serão concedidas em obediência à legislação específica, sob a forma de alvará que
deverá ser exibido à ficalização, quando solicitado.
§ 5º Independentemente da prévia licença a que estão sujeitas, prevista no parágrafo primeiro, e do
respectivo alvará, estão sujeitas a constante inspeção sanitária, exercida em observância às normas vigentes, as
seguintes atividades:
I - produção, fabricação, manipulação, acondicionamento, conservação, depósito, armazenagem,
distribuição, venda e consumo de alimentos;
II - o abate de animais realizado fora do matadouro público;
III - demais atividades pertinentes à saúde pública:
§ 6º Independentemente da prévia licença prevista no § 1º e do respectivo alvará, estão sujeitos a
constante fiscalização ambiental todos os estabelecimentos potencialmente degradadores do meio ambiente.
§ 7º Para localização e/ou funcionamento dos estabelecimentos os critérios de avaliação e
classificação ficará a cargo da Fiscalização Tributária, que obedecerá as categorias comerciais, condições de
localização, benfeitorias existentes e serviços públicos prestados.
Art. 120. A taxa de Inspeção Sanitária, ora instituída, tem como fator gerador o Poder de Polícia, exercido pelo
órgão competente da Secretaria Municipal de Saúde.
§ 1º Nos estabelecimentos comerciais, localizados e não localizados, onde se fabriquem, produzam,
beneficiem, manipulem, acondicionem, conservem, depositem, distribuam, vendam ou consumam alimentos.
§ 2º Farmácias, drogarias, postos de medicamentos, unidades volantes e ervarias.
§ 3º Estabelecimentos relacionados co saúde, tais como: empresas aplicadoras de saneante
domisanitários, laboratórios de análises, bancos de sangue, hospitais, creches, casa de saúde, maternidades,
clínicas médicas e congêneres, clínicas dentárias, pronto socorros ondontológicos e congêneres e clínicas de
fisioterapia, clínicas veterinárias e congêneres, casas de artigo cirúrgico, ortopédicos, fisioterápicos e
odontológicos, banco de olhos, banco de leite humano, locais onde comercializem lentes oftálmicas, e outros
localizados no Município.
26
Art. 121. Contribuinte da taxa é todo e qualquer pessoa física ou jurídica que exerça o comércio ou transporte
de alimentos e outros que estejam sujeito à fiscalização do órgão competente da Secretaria Municipal de Saúde.
Parágrafo único. A taxa será anual, e calculada de acordo com a tabela em anexo a esta Lei.
Seção II
LOCALIZAÇÃO E/OU FUNCIONAMENTO
§ 2º Não será concedida, a nenhuma pessoa física em débito com a Prefeitura licença para
localização e/ou funcionamento de estabelecimento.
§ 3º Não será concedida a nenhuma pessoa física ou jurídica licença para localização e
funcionamento de atividades potencialmente poluidoras sem a respectiva certidão de controle ambiental.
§ 4º Consideram-se estabelecimentos independentes:
I - os que embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de atividade, pertençam a diferentes
pessoas físicas ou jurídicas;
II - os que, embora sob a mesma responsabilidade e com idêntico ramo de atividade, estejam
localizados em prédios distintos.
Seção III
FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO
EM HORÁRIO ESPECIAL
Art. 123. Estão sujeitos a taxa os seguintes tipos de estabelecimentos fora do horário normal de abertura e
fechamento fica sujeito ao pagamento da taxa , calculada na forma do Anexo III.
Art. 124. A taxa será cobrada por dia , mês e ano, devendo ser paga antecipadamente.
Art. 125. Considera-se horário especial de funcionamento aquele que exceder ou anteceder os horários
normais de funcionamento estabelecidos em legislação específica.
Seção IV
VEICULAÇÃO DE PUBLICIDADE EM GERAL
Art. 127. Respondem pela observância das disposições desta Seção todas as pessoas físicas ou jurídicas, às
quais, direta ou indiretamente, a publicidade venha a beneficiar; uma vez que a tenham autorizado.
Art. 128. O requerimento para obtenção da licença, deverá ser intruído com a descrição da posição, da situação
das cores, dos dizeres das alegorias e de outras características do meio de publicidade, de acordo com as
instruções e regulamentos respectivos.
Parágrafo único. Quando o local em que se pretende colocar o anúncio não for de propriedade do
requerente, deverá este juntar ao requerimento a autorização do proprietário.
Art. 129. Ficam os anunciantes obrigados a colocar nos painéis sujeitos à taxa um número de identificação
fornecido pela repartição competente.
Art. 130. Os anúncios devem ser escritos em boa e pura linguagem ficando, por isso, sujeitos à revisão da
repartição.
Art. 131. A taxa será paga adiantadamente, por ocasião da outorga da licença.
Art. 132. Nas licenças sujeitas à renovação anual, a taxa será paga no prazo estabelecido em regulamento.
Seção V
EXECUÇÃO DE OBRAS, ARRUAMENTOS E LOTEAMENTOS
Art. 134. Em relação à execução de obras, arruamentos e loteamentos, não havendo disposição em contrário
em legislação específica:
I - a licença será cancelada se a sua execução não for iniciada dentro do prazo concedido no alvará;
II - a licença poderá ser prorrogada, a requerimento do contribuinte se for insuficiente para a
execução do projeto, o prazo concedido no alvará;
III - a taxa é devida em todos os casos de construção, reforma, demolição de prédios, nas instalações
elétricas e mecânicas ou qualquer obras, executadas as simples pintura e limpeza de prédios;
IV - nenhuma construção, reforma , demolição ou obra de instalações de qualquer natureza poderá
ser iniciada sem prévio pedido de licença à Prefeitura e pagamento da taxa devida;
V - nenhum plano de urbanização de terrenos particulares poderá ser aprovado ou executado sem o
prévio pagamento da taxa.
§ 2º As obrigações impostas aos responsáveis por loteamentos licenciados são extensivas aos
responsáveis por loteamentos não licenciados desde que haja áreas dos mesmos compromissadas ou alienadas
definitivamente.
Art. 135. A licença concedida constará de alvará na qual se mencionarão as obrigações do proprietário do
imóvel, com referência a serviços de obras de urbanização.
Seção VI
OCUPAÇÃO DE ÁREAS EM TERRENOS OU VIAS
E LOGRADOUROS PÚBLICOS
Art. 137. Considera-se por ocupação do solo aquela feita mediante instalação provisória de balcão, barraca,
mesa, quiosque, aparelho, veículo de ambulante ou não, e qualquer outro imóvel ou utensílio, utilizada para
depósito de materiais com fins econômicos e para estacionamento privativo de veículo em locais permitidos.
Art. 138. Sem prejuízo do tributo e multas devidas, a Prefeitura apreenderá e removerá para os seus depósitos
qualquer objeto ou mercadoria deixados em locais não permitidos ou colocados em vias e logradouros públicos
sem o pagamento da taxa de que trata esta Seção.
Seção VII
EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EVENTUAL OU AMBULANTE
Art. 139. Considera-se atividade eventual a que é exercida em determinadas épocas do ano, especialmente por
ocasião de festejos ou comemorações, em locais autorizados pela Prefeitura.
Art. 140. Atividade ambulante é a exercida individualmente, sem estabelecimento, instalação ou localização
fixa.
Art. 141. É obrigatória a inscrição, na repartição competente, dos comerciantes ou prestadores de serviços
eventuais e ambulantes mediante o preenchimento de ficha própria, conforme modelo fornecido pela Prefeitura.
§ 1º Incluem-se na exigência deste artigo os comerciantes com estabelecimento fixo que, por ocasião
de festejos ou comemorações explorem o comércio eventual ou ambulante.
§ 2º Os comerciantes referidos no parágrafo anterior bem como as demais pessoas jurídicas deverão
registrar seus vendedores ambulantes , serão fornecidas tantas licenças quantos forem tais vendedores.
Art. 142. A inscrição será permanentemente atualizada por iniciativa do comerciante ou prestador de serviço
eventual ou ambulante, sempre que houver qualquer modificação nas características iniciais da atividade por
ele exercida.
Art. 143. Ao comerciante ou prestador de serviço eventual ou ambulante que satisfizer as exigências
regulamentares, será concedido um cartão de habilitação contendo as características comercial de sua inscrição
e as condições de incidência da taxa.
Art. 144. Respondem pela taxa de licença de atividade eventual ou ambulante os vendedores cujas
mercadorias sejam encontradas em seu poder, mesmo que pertençam a contribuintes que hajam pago a
respectiva taxa.
Art. 145. São isentos do pagamento da taxa os cegos e mutilados, bem como os vendedores ambulantes de
jornais e revistas.
Seção VIII
INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E MOTORES
Art. 146. A fiscalização e utilização de máquinas e motores objetiva verificar o cumprimento das normas
técnicas necessárias ao funcionamento e à manutenção dos mesmos desde que utilizados para fins industriais,
comerciais ou de prestação de serviços ou sejam de uso público.
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Seção IX
SUJEITO PASSIVO
Art. 147. Contribuinte da taxa é a pessoa física ou jurídica que se enquadrar em quaisquer das condições no
artigo 119.
§ 1º Ao requerer licença, o contribuinte terá que fornecer à Prefeitura os elementos e as informações
para sua inscrição no cadastro fiscal.
§ 2º Será considerado como abandono do pedido de licença a falta de qualquer providência da parte
interessada que importe em arquivamento do processo.
Seção X
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS
Art. 148. A base de cálculo da taxa é o custo da atividade de fiscalização pelo Município, no exercício regular
de seu poder de polícia, dimensionada, para cada caso, mediante a aplicação de alíquota sobre a Unidade Fiscal
de Maricá (UFIMA), der acordo com as tabelas dos anexos II a X desta Lei.
§ 1º Relativamente a localização e/ou funcionamento de estabelecimentos no caso de atividades
diversas exercidas no mesmo local sem delimitação física de espaço ocupado pelas mesma se exploradas pelo
mesmo contribuinte, a taxa calculada e acrescida de 10% (dez por cento) desse valor para cada uma das demais
atividades.
§ 2º No primeiro exercício de concessão de licença para localização e/ou funcionamento a taxa será
devida proporcionalmente ao número de meses restantes no ano.
§ 3º Ficam sujeitos ao acréscimo de 100% (cem por cento) da taxa os anúncios de qualquer natureza
referentes a bebidas e cigarros, bem como os registros em língua estrangeira.
Seção XI
LANÇAMENTO
Art. 149. A taxa será lançada com base nos dados fornecidos pelo contribuinte, constatados no local e/ou
existente no cadastro.
Parágrafo único. A taxa será lançada em relação a cada local onde a inspeção for realizada.
Seção XII
ARRECADAÇÃO
Art. 150. A arrecadação da taxa, no que se refere à primeira licença para localização e/ou funcionamento de
estabelecimentos, far-se-à em 25% (vinte e cinco por cento) de seu valor no ato da entrega do requerimento
pelo interessado, devendo ser completado o pagamento se e quando concedida a respectiva licença.
Parágrafo único. A arrecadação da taxa no que se refere às demais licenças será feita quando de sua
concessão.
Art. 151. A arrecadação das taxas sobre o exercício de atividades sujeitas a inspeção sanitária e/ou à
fiscalização ambiental se dará até o último dia útil do mês de fevereiro.
Art. 153. O pagamento da taxa relativa a atividades já licenciadas no exercício anterior, se dará até o último
dia do mês de fevereiro.
Seção XIII
INFRAÇÕES E PENALIDADES
30
Art. 154. As infrações, as disposições deste Capítulo serão punidas com as seguintes possibilidades,
independente das que possam estar previstas na legislação urbanística específica:
I - multa de 50% (cinquenta por cento) da Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) no caso da não-
comunicação ao Fisco, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da ocorrência do evento, sobre a alteração da
razão social ou do ramo de atividade e sobre as alterações físicas sofridas pelo estabelecimento;
II - multa de 100% (cem por cento) do valor da taxa, pelo exercício de qualquer atividade a ela
sujeita, sem a respectiva licença;
III - suspenção, pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias nos casos de reincidência;
IV - cassação da licença a qualquer tempo, quando deixarem de existir as condições exigidas para a
sua concessão; quando, após a suspensão da licença deixarem de ser cumpridas as intimações expedidas pelo
Fisco ou quando a atividade for exercida de maneira a contrariar o interesse público no que diz respeito à
ordem, à saúde, à segurança e aos bons costumes, conforme a legislação urbanística específica.
Título III
DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
CAPÍTULO ÚNICO
Seção I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
Art. 156. A Contribuição de Melhoria terá como limite total a despesa realizada, na qual serão incluídas as
parcelas relativas a estudos, projetos, fiscalização, desapropriações, administração, execução e financiamento,
bem como os encargos respectivos.
§ 1º Os elementos referidos no “caput” deste artigo serão definidos para cada obra ou conjunto de
obras integrante de um mesmo projeto em memorial descritivo e orçamento detalhado de custo, elaborados pela
Prefeitura Municipal.
§ 2º O Prefeito com base nos documentos referidos no parágrafo anterior e tendo em vista a natureza
da obra ou do conjunto de obras, os eventuais benefícios para os usuários o nível de renda dos contribuíntes e o
volume ou a quantidade de equipamentos públicos existentes na sua zona de influência fica autorizado a
reduzir, em até 50% (cinquenta por cento), o limite total a que se refere este artigo.
Art. 157. A Contribuição de Melhoria será devida em decorrência de obras públicas realizadas pela
Administração Municipal direta ou indireta, inclusive quando resultantes de convênio com a União e o Estado
ou com entidade Federal ou Estadual.
Art. 158. As obras públicas que justifiquem a cobrança da Contribuição de Melhoria enquadrar-se-ão em dois
programas:
I - ordinário, quando referente a obras preferenciais e de iniciativa da própria Administração;
II - extraordinário, quando referente a obra de menor interesse geral solicita por, pelo menos, 2/3
(dois terços) dos contribuintes interessados.
31
Seção II
SUJEITO PASSIVO
Art. 159. Contribuinte da Contribuição de Melhoria é o proprietário o titular do domínio útil ou o possuidor, a
qualquer título, de imóvel situado na zona de influência da obra.
§ 1º Os bens indivisos serão lançados em nome de qualquer um dos titulares, a quem caberá o direito
de exigir dos demais as parcelas que lhes couberem.
§ 2º Os demais imóveis serão lançados em nome de seus respectivos titulares.
Art. 160. A Contribuição de Melhoria constitui ônus real, acompanhando o imóvel ainda após a transmissão.
Seção III
DELIMITAÇÃO DA ZONA DE INFLUÊNCIA
Art. 161. Para cada obra ou conjunto de obras integrantes de um mesmo projeto serão definidos sua zona de
influência e os respectivos índices de hierarquização de benefício dos imóveis nela localizados se for o caso.
Art. 162. Tantos as zonas de influência como os índices de hierarquização de benefícios serão aprovados pelo
Prefeito com base em propostas elaboradas por comissão previamente designada pelo chefe do Executivo, para
cada obra ou conjunto de obras integrantes de um mesmo projeto.
Art. 163. A comissão a que se refere este artigo precedente terá a seguinte composição:
I - 2 (dois) membros de livre escolha do Prefeito, entre servidores municipais;
II - 1 (um) membro indicado pelo Poder Legislativo entre os seus integrantes;
III - 2 (dois) membros indicados por entidades privadas que atuem, institucionalmente, no interesse
da comunidade.
§ 1º Os membros da comissão não farão jús a nenhuma remuneração, sendo o seu traballho
considerado como de relevante interesse para o Município.
§ 2º A comissão encerrará seu trabalho com a entrega da proposta definindo a zona de influência a
zona da obra ou do conjunto de obras bem como os respectivos índices de hierarquização de benefícios se for o
caso.
§ 3º A proposta a que se refere o parágrafo anterior será fundamentada em estudos, análises e
conclusões, tendo em vista o contexto em que se insere a obra ou o conjunto em seus aspéctos sócio-
econômicos e urbanísticos.
§ 4º Os orgãos da Prefeitura fornecerão todos os meios e informações pela comissão para o
cumprimento de seus objetivos.
Seção IV
BASE DE CÁLCULO
Art. 164. Para o cálculo da Contribuição de Melhoria o órgão fazendário da Prefeitura com base no disposto
nos artigos 159, 161 e 162 desta Lei e no custo da obra apurado pela administração, adotará os seguintes
procedimentos:
I - delimitará, em planta, a zona de influência da obra;
II - dividirá a zona de influência em faixas correspondentes aos diversos índices de hieraquização de
benefício dos imóveis em ordem e, se for o caso;
III - individualizará, com base na área territorial os imóveis localizados em cada faixa;
IV - obterá a área territorial de cada faixa, mediante a soma das áreas dos imóveis nela localizados;
V - calculará a Contribuição de Melhoria relativa a cada imóvel, mediante a aplicação da seguinte
fórmula:
hf ai
CMI = x ____ x ____, onde
hf af
Art. 165. Para a cobrança da Contribuição de Melhoria, o órgão fazendário da Prefeitura deverá publicar,
previamente, edital contendo os seguintes elementos:
I - memorial descritivo da obra e o seu custo total;
II - determinação da parcela do custo total a ser ressarcido pela contribuição de melhoria;
III - delimitação da zona de influência e os respectivos índices de hierarquização de benefícios dos
imóveis se for o caso;
IV - relação dos imóveis localizados na zona de influência, sua área territorial e a faixa a que
pertencem;
V - valor da Contribuição de Melhoria correspondente a cada imóvel.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também aos casos de cobrança de Contribuição de
Melhoria por obras públicas em execução, constantes de projetos ainda não concluídos.
Art. 166. Os títulos dos imóveis relacionados na forma do inciso IV do artigo anterior terão o prazo de 30
(trinta) dias, a contar da data de publicação do edital, para a impugnação de qualquer dos elementos nele
constantes, cabendo ao impugnante o ônus da prova.
Parágrafo único. A impugnação deverá ser dirigida ao órgão fazendário da Prefeitura através de
petição fundamentada que servirá para o início do processo administrativo fiscal e não terá efeito suspensivo na
cobrança da Contribuição de Melhoria.
Art. 167. Executada a obra na sua totalidade ou em parte suficiente para justificar o início da cobrança da
Contribuição de Melhoria, proceder-se-á ao lançamento referente a esses imóveis.
Seção VI
ARRECADAÇÃO
Art. 170. A Contribuição de Melhoria poderá ser paga de uma só vez ou parceladamente, de acordo com os
seguintes critérios:
I - o pagamento de uma só vez gozará do desconto de 10% (dez por cento), se efetuado
tempestivamente;
II - o pagamento parcelado sofrerá juros de 1% (um por cento) ao mês e as parcelas respectivas terão
seus valores atualizados de acordo com os índices oficiais de correção monetária.
Art. 171. No caso de pagamento parcelado, os valores serão calculados de modo que o total anual não exceda a
3% (três por cento) nem seja inferior a 2% (dois por cento) do valor venal do imóvel constante do cadastro
imobiliário fiscal e atualizado à época da cobrança.
Art. 172. O atraso no pagamento das prestações sujeita o contribuinte à multa de 20% (vinte por cento), ao
mês ou fração, calculados sobre o valor atualizado da parcela, de acordo com os índices oficiais da correção
monetária.
Art. 173. Fica o Prefeito expressamente autorizado a, em nome do Município, firmar convênio de melhoria de
vida por obra pública Federal ou Estadual, cabendo ao Município percentagem na receita arrecadada.
Art. 174. O Prefeito poderá delegar a entidades da Administração indireta as funções de cálculo, cobrança e
arrecadação da Contribuição de Melhoria, bem como de julgamento de reclamações, impugnações e recursos
atribuidos nesta Lei ao órgão fazendário da Prefeitura.
33
Art. 175. Do produto da arrecadação da Contribuição de Melhoria no mínimo 40% (quarenta por cento)
constituirão receita de capital destinada à aplicação em obras geradoras do tributo.
Livro Segundo
PARTE GERAL
Título I
DAS NORMAS GERAIS
Capítulo I
DA LEGISLAÇÃO FISCAL
Art. 176. Nenhum tributo será exigido ou alterado, nem qualquer pessoa será considerada como contribuinte
ou responsável pelo cumprimento de obrigação tributária, senão em virtude desta Lei ou de Lei subsequente.
Art. 177. A Lei fiscal entra em vigor na data de sua publicação salvo as disposiçòes que criem ou majorem
tributos, definam novas hipóteses de incidência e extinguam ou reduzam isenções, salvo se a Lei dispuser de
maneira favorável ao contribuinte, que só produzirão efeitos a partir de 1º (primeiro) de janeiro do ano
seguinte.
Parágrafo único. A Lei aplica-se a ato pretérito quando:
I - for expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidades à infração dos dispositivos
interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado;
a) deixe de defini-lo como infração;
b) deixe de defini-lo como obrigação acessória e desde que não tenha sido fraudulento, nem
implicado a falta de pagamento de tributo; lhe comine penalidade menos severa que a prevista na Lei vigente
ao tempo de sua prática.
Art. 178. São parte integrante da legislação tributária, além das leis e decretos, os atos normativos expedidos
pelas autoridades administrativas, as práticas reiteradamente observadas pelas mesmas autoridades, as decisões
dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa que por Lei tenha eficácia normativa e os
convênios celebrados pelo Município.
Capítulo II
DOS ÓRGÃOS
Art. 179. Todas as funções referentes a cadastramento, lançamento, cobrança, recolhimento e fiscalização de
tributos municipais, aplicação de sanções por infração de tributos municipais, aplicação de sanções por infração
de disposição desta Lei, bem como as medidas de prevenção e repressão às fraudes, serão exercidas pelo órgão
fazendário ou pelas entidades às quais, por Lei ou convênio, tal atribuição seja delegada.
Art. 180. Os órgãos e servidores incumbidos da cobrança dos tributos e da fiscalização, sem prejuízo do rigor e
vigilância indispensáveis ao bom desempenho de suas atividades darão assistência técnica aos contribuintes
prestando-lhes esclarecimentos sobre a interpretação e a fiel observância das leis fiscais.
Parágrafo único. Aos contribuintes é facultado reclamar essa assistência aos órgãos responsáveis.
Art. 181. Os órgãos farão imprimir e distribuir, sempre que necessário modelos de declarações e de
documentos que devam ser preenchidos obrigatoriamente pelos contribuintes, para efeito de fiscalização,
lançamento, cobrança e recolhimento de imposto, taxas e contribuição de melhoria.
Art. 182. São autoridades fiscais, para efeito desta Lei, as que tem jurisdição e competência definidas em leis e
regulamentos.
Capítulo III
DO SUJEITO PASSIVO
34
Art. 183. O sujeito passivo de obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e será considerado:
I - contribuinte: quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
II - responsável: quando, sem se revestir da condição de contribuinte, sua obrigação decorrer de
disposições expressas desta Lei.
Art. 184. Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituem seu
objeto.
Art. 187. A pessoa física ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de
comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional e continuar a respectiva exploração, sob a
mesma ou outra razão social, denominação ou firma individual, responde pelos débitos tributários relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do respectivo ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, da indústria ou da atividade
tributados;
II - subsidiariamente, com alienante e, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6 (seis)
meses contados da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
serviço.
Art. 188. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte,
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem omissões por que forem responsáveis:
I - os pais, pelos débitos tributário dos filhos menores;
II - os tutores e curadores pelos débitos tributários de seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos débitos tributários destes;
IV - o inventariante, pelos débitos tributários do espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos débitos tributários da massa falida ou concordatários;
VI - os tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles ou perante eles em razão do seu ofício.
VII - os sócios pelos débitos tributários de sociedade de pessoas, no caso de liquidação.
Parágrafo único. O disposto neste artigo somente se aplica às penalidades de caráter moratório.
Art. 189. São pessoalmente, responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de
atos praticados com excesso de poder ou infração da Lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, os prepostos e os empregados;
III - os diretores, os gerentes ou os representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 190. O sujeito passivo , quando convocado, fica obrigado a prestar as declarações solicitadas pela
autoridade administrativa, quando esta julga-las insuficientes ou imprecisas, poderá exigir que sejam
completadas ou esclarecidas.
§ 1º A convocação do contribuinte será feita por quaisquer dos meios previstos nesta Lei.
§ 2º Feita a convocação do contribuinte terá ele o prazo de 20 (vinte) dias para prestar os
esclarecimentos solicitados pessoalmente ou por via postal, sob pena de que se proceda ao lançamento de ofício,
sem prejuízo de aplicação das penalidades cabíveis.
Capítulo IV
DO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
35
Art. 191. Considera-se domicílio tributário, na falta de eleição, na forma da legislação aplicável, pelo
contribuinte ou responsável por obrigação tributária:
I - tratando-se de pessoa física o lugar onde habitualmente reside e, não sendo este conhecido, o lugar
onde se encontra a sede principal de suas atividades ou negócios;
II - tratando-se de pessoas jurídicas de direito privado ou firma individual, o local de qualquer de
seus estabelecimentos;
III - tratando-se de pessoa jurídica de direito público, qualquer de suas repartições administrativas
situadas no Município.
Art. 192. O domicílio tributário será consignado nas petições, guias e outros documentos que os obrigados
dirijam ou devam apresentar à Fazenda Municipal.
Parágrafo único. Os inscritos como contribuintes habituais comunicarão toda mudança de domicílio
no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da ocorrência.
Capítulo V
DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Art. 194. Os contribuintes ou quaisquer responsáveis por tributos, facilitarão, por todos os meios a seu alcance,
o lançamento, a fiscalização e a cobrança dos tributos devidos à Fazenda Municipal, ficando especialmente
obrigados a:
I - apresentar declarações e guias, e a escriturar, em livros próprios, os fatos geradores da obrigação
tributária, segundo as normas desta Lei e dos regulamentos fiscais;
II - comunicar à Fazenda Municipal, dentro do prazo legal contado a partir da ocorrência, qualquer
alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;
III - conservar e apresentar ao Fisco, quando solicitado qualquer documento que de algum modo, se
refira a operações ou situações que constituam fato gerador de obrigação tributária ou que sirva como
comprovante da veracidade dos dados consignados em guias e documentos fiscais;
IV - prestar, sempre que solicitados pela autoridades competentes, informações e esclarecimentos
que, a Juízo do Fisco, se refiram a fato gerador de obrigação tributária.
Parágrafo único. Mesmo no caso de imunidade e isenção, ficam os beneficiários sujeitos ao
cumprimento do disposto neste artigo.
Art. 195. O Fisco poderá requisitar a terceiros, estes ficam obrigados a fornecer-lhes, todas as informações e
dados referentes a fatos geradores de obrigação tributária para os quais tenham contribuído ou que devam
conhecer, salvo quando, por força de Lei, estejam obrigados a guardar sigilo em relação a estes fatos.
§ 1º As informações obtidas por força deste artigo têm caráter sigiloso e só poderão ser utilizadas em
defesa dos interesses fiscais da União, do Estado e deste Município.
§ 2º Constitui falta grave punível nos termos da Lei, a divulgação de informações obtidas no exame
de contas ou documentos exibidos.
Capítulo VI
DO FATO GERADOR
Art. 196. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em Lei como necessária e suficiente para
sua ocorrência.
Art. 197. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe
a prática ou a obtenção de ato que não configure obrigação principal.
Capítulo VII
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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Seção I
LANÇAMENTO
Art. 198. Lançamento é o procedimento privativo da autoridade fiscal municipal destinado a constituir o
crédito tributário mediante a verificação da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária correspondente, a
determinação da matéria tributável, o cálculo do montante do tributo devido, a identificação do contribuinte e,
sendo o caso, aplicar a penalidade cabível.
Art. 199. O lançamento é vinculado e obrigatório sob pena de responsabilidade funcional, ressalvadas as
hipóteses de exclusão ou suspensão do crédito tributário previstas nesta Lei.
Art. 200. O lançamento reporta-se à data em que haja surgido a obrigação tributária principal e rege-se pela
Lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Parágrafo único. Aplica-se ao lançamento a legislação que posteriormente ao nascimento da
obrigação, haja estabelecido novos critérios de apuração ou métodos de fiscalização, ampliando os poderes de
investigação das autoridades fiscais ou outorgado ao crédito maiores garantias ou previlégios exceto neste
último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
Art. 201. Os atos formais relativos ao lançamento dos tributos ficarão a cargo do órgão fazendário
Competente.
Art. 202. O lançamento efetuar-se-á com base nos dados constantes do Cadastro Fiscal e nas declarações
apresentadas pelos contribuintes, na forma e nas épocas estabelecidas nesta Lei e em regulamento.
§ 1º As declarações deverão conter todos os elementos e dados necessários ao conhecimento do fato
gerador das obrigações tributárias e à verificação do montante do crédito tributário correspondente.
§ 2º A retificação da declaração por iniciativa do declarante, que objetive reduzir ou excluir tributo,
só será aceita antes de efetuada a notificação e mediante a comprovação do erro em que se fundamente.
Art. 203. Far-se-á o lançamento de ofício com base nos elementos disponíveis:
I - quando o contribuinte ou responsável não houver prestado declaração, ou a mesma apresentar-se
inexata, por serem falsos ou errôneos os fatos consignados;
II - quando, tendo prestado declaração, o contribuinte ou responsável deixar de atender,
satisfatoriamente, no prazo e na forma legais, pedido de esclarecimento formulado pela autoridade
administrativa.
Art. 205. O contribuinte será notificado do lançamento do tributo no domicílio tributário na sua pessoa, na de
seu familiar, representante ou preposto.
§ 1º Quando o contribuinte eleger domicílio tributário fora do território do Município, a notificação
far-se-á por via postal registrada, com aviso de recebimento.
§ 2º A notificação far-se-á por publicidade em órgão da imprensa local ou por edital afixado na
Prefeitura, na impossibilidade da entrega do aviso respectivo ou no caso de recusa de seu recebimento.
§ 3º A remessa de notificação ao contribuinte não o desobriga de procurá-la na repartição
competente, caso não a receba no prazo normal.
Art. 206. Será sempre de 20 (vinte) dias, contados a partir do recebimento da notificação, o prazo mínimo para
pagamento e máximo para impugnação do lançamento, se outro prazo não for estipulado, especificamente nesta
Lei.
Art. 209. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só poderá ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade fiscal quando esta comprove, por qualquer motivo, causado por
ação ou omissão do sujeito passivo, de terceiros ou da Administração, inexatidão dos dados lançados.
Parágrafo único. Nos casos de autolançamento, sua retificação, por iniciativa do próprio
contribuinte, só será admissível quando vise a reduzir ou excluir o tributo, mediante comprovação do erro em
que se fundamenta.
Art. 210. Com a finalidade de obter elementos que lhe permitam verificar a exatidão das declarações prestadas
pelos contribuintes ou responsáveis e de determinar, com precisão, a natureza e o montante de créditos
tributários, a Fazenda Municipal poderá, entre outras medidas admitidas em Lei:
I - exigir, a qualquer tempo, a exibição de livros e comprovantes dos atos e operações que possam
constituir fato gerador da obrigação tributária;
II - fazer inspeções nos locais e estabelecimentos onde se exercerem atividades sujeitos a obrigações
tributárias ou nos bens e serviços que constituam matéria tributável;
III - exigir informações e comunicações, escritas ou verbais;
IV - notificar o contribuinte ou responsável para comparecer às repartições da Fazenda Municipal;
V - apreender documentos que possam constituir-se em prova a favor do Fisco;
VI - requisitar auxílio da força policial ou requerer ordem judicial, quando indispensável à realização
de diligências, inspeções ou registro de locais, estabelecimentos, livros e objetos de contribuintes responsáveis
bem como ao fechamento de estabelecimentos, quando houver descumprimento de exigências legais ou
regulamentares.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, V e VI, os funcionários lavrarão termo próprio, do qual
constarão, especificamente, os elementos examinados ou as providências tomadas ou assumidas.
Seção II
SUSPENSÃO
Art. 211. A concessão da moratória não gera direito adquirido e será revogada, de ofício, sempre que se apure
que o benefício não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou de cumprir os
requisitos para obtenção do favor, cobrando-se de imediato a totalidade do débito remamescente:
I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do benefício ou de terceiro
em benefício daquele;
II - sem imposição de penalidades nos demais casos.
Art. 212. Na revogação de ofício da moratória, em consequência do dolo ou simulação do beneficiário daquela,
não se computará para feito de prescrição do direito à cobrança do crédito, o tempo decorrido entre a sua
concessão e a sua revogação.
Art. 213. A moratória solicitada após o vencimento dos tributos implicará a inclusão no montante do débito
tributário, do valor das penalidades pecuniárias aplicáveis até a data em que a petição for protocolada.
Art. 214. A moratória em caráter geral poderá ser concedida de ofício pelo Prefeito, para determinada região
ou determinada classe ou categoria de sujeito passivo, desde que, fundamentalmente, por motivo de relevante
caráter sócio-econômico ou calamidade pública.
Art. 215. A prorrogação da data de vencimento de tributos não caracteriza a moratória e poderá ser promovida
a qualquer tempo a critério do Executivo Municipal.
Art. 216. O depósito do montante integral ou parcial da obrigação tributária poderá ser efetuado pelo sujeito
passivo e suspenderá a exigibilidade do crédito tributário a partir da data de sua efetivação na Tesouraria
Municipal ou de sua consignação judicial.
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Art. 217. A impugnação, a defesa e o recurso à segunda instância administrativa, bem como a concessão de
medida liminar em mandado de segurança, suspendem a exigibilidade do crédito tributário, independente do
prévio depósito.
Art. 218. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal ou dela consequentes.
Art. 219. Os efeitos suspensivos cessam pela extinção ou pela exclusão do crédito tributário, pela decisão
administrativa desfavorável, no todo ou em parte, ao sujeito passivo e pela cassação da medida liminar
concedida em mandado de segurança.
Seção III
EXTINÇÃO
Art. 220. Nenhum recolhimento de tributo ou penalidade pecuniária será efetuado sem que se expeça o
competente documento de arrecadação municipal, na forma estabelecida em regulamento.
§ 1º No caso de expedição fraudulenta de documentos de arrecadação municipal responderão civil,
criminal e administrativamente os servidores que os houverem subscrito, emitido ou fornecido.
§ 2º Pela cobrança a menor de tributo responde, perante Fazenda Municipal, solidariamente, o
servidor culpado, cabendo-lhe direito regressivo contra o contribuinte.
Art. 221. Todo pagamento de tributo deverá ser efetuado em órgão arrecadador municipal ou estabelecimento
de crédito autorizado pela Administração, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Não serão aceitos pagamentos de tributos lançados de ofício sem a quitação dos
débitos anteriores a ele relativos.
Art. 222. É facultada à Administração a cobrança em conjunto de impostos e taxas, observadas as disposições
regulamentares.
Art. 223. O tributo e os demais tributários não pagos na data do vencimento serão recolhidos, antes de
qualquer procedimento fiscal, de acordo com, os seguintes critérios, se outros não estiverem especificamente
previstos:
I - o principal será atualizado monetariamente mediante a utilização de índices oficiais de correção
monetária;
II - sobre o valor principal atualizado, serão aplicados:
a) multa de 10% (dez por cento) até 30 (trinta) dias de atraso;
b) multa de 20% (vinte por cento) de 31 (trinta e um) a 60 (sessenta) dias de atraso;
c) multa de 30% (trinta por cento) de 61 (sessenta e um) a 90 (noventa) dias de atraso;
d) multa de 40% (quarenta por cento) de acima de 91 (noventa e um) a 120 (cento e vinte) dias de
atraso;
e) multa de 100% (cem por cento) acima de 120 dias de atraso;
f) juros de mora a razão de 1% (um por cento) ao mês, devidos a partir do mês seguinte ao do
vencimento, considerado mês qualquer fração.
Art. 224. O sujeito passivo terá direito à restituição total ou parcial das importâncias pagas a título de tributo
ou demais créditos tributáveis, nos seguintes casos:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou em valor maior que o devido em face
da legislação tributária, ou da natureza ou das circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota, no cálculo do montante do
débito ou na elaboração ou na conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
§ 1º A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo
financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo ou, no caso de tê-lo transferido a
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.
§ 2º A restituição total ou parcial dá lugar à restituição na mesma proporção, dos juros de mora, das
penalidades pecuniárias e dos demais acréscimos legais relativos ao principal, excetuando-se os acréscimos
referentes a infração de caráter formal.
Art. 225. O Executivo Municipal poderá determinar que a restituição se processa através da compensação.
Art. 226. O direito de pleitear a restituição total ou parcial do tributo extingue-se ao final do prazo de 5 (cinco)
anos contados:
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I - nas hipóteses dos itens I e II do artigo 224, da data de extinção do crédito tributário;
II - na hipótese do inciso III do artigo 224, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou transitar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido
a decisão condenatória.
Art. 227. Prescreve em 2 (dois) anos a ação anulatória de decisão administrativa que denegar a restituição.
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomendado o
seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial do Município.
Art. 228. O pedido de restituição será feito à autoridade fiscal através de requerimento da parte interessada que
apresentará prova de pagamento e as razões da ilegalidade ou da irregularidade do crédito.
§ 1º O pedido de restituição será indeferido se o requerente criar qualquer obstáculo ao exame de sua
escrita ou de documentos, quando isso se torne necessário à verificação da procedência da medida, a juízo da
autoridade fiscal.
§ 2º Quando se tratar de tributos e multas indevidamente arrecadados por erro cometido pelo Fisco
ou pelo contribuinte, regularmente apurado, a restituição será feita de ofício, mediante determinação da
autoridade competente, devidamente formalizada.
Art. 229. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição na mesma proporção, dos juros de mora
e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes à infração de caráter formal não prejudicadas pela causa da
restituição.
Art. 230. A importância será restituída dentro de um prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da decisão
final que defira o pedido.
Parágrafo único. A não restituição no prazo definido neste artigo implicará, a partir de então,
atualização monetária da quantia em questão e a incidência de juros não capitalizáveis de 1% (um por cento) ao
mês sobre o valor atualizado.
Art. 231. Só haverá restituição de quaisquer importância após decisão definitiva, na esfera administrativa,
favorável ao contribuinte.
Art. 232. O Prefeito poderá, a requerimento do contribuinte, conceder parcelamento para pagamento do débito
tributário observando as condições registradas nos incísos a seguir:
I - O parcelamento abrangerá débitos tributários sobre imóveis territoriais e prediais, ISS e alvará.
II - o número de parcelas não excederá de 20 (vinte) com vencimento mensal e consecutivo,
acrescidas de juros de 1% (um por cento) ao mês ou fração.
III - O não pagamento de 2 (duas) prestações, consecutivas ou não implicará o cancelamento
automático do parcelamento independente de notificação, promovendo-se a inscrição do saldo devedor em
dívida ativa e respectiva cobrança judicial.
Art. 233. Os tributos e qualquer outros débitos tributários recolhidos pelos contribuintes até a data de seus
vencimentos serão acrescidos de multa de 10% (dez por cento) ao mês e atualização monetária calculados
mediante índices oficiais.
Art. 234. Fica o executivo Municipal autorizado a efetuar transação com sujeito passivo da obrigação
tributária, que, mediante concessões mútuas, importe em terminação do litígio e consequente extinção do
crédito tributário, desde que ocorra pelo menos uma das seguintes condições:
I - o litígio tenha como fundamento obrigação tributária cuja expressão monetária seja inferior à
Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA);
II - a demora na solução do litígio seja onerosa para o município;
III - o montante do tributo tenha sido fixado por arbitramento ou estimativa.
Art. 235. Fica o Prefeito Municipal autorizado a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou
parcial do crédito tributário, tendo em vista:
I - a situação econômica do sujeito passivo;
II - o erro ou ignorância excusável do sujeito passivo quanto a matéria do fato;
III - a diminuta importância do crédito tributário;
IV - considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - condições peculiares a determinada região ou território da entidade tributante.
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Parágrafo único. A concessão referida neste artigo não gera direito adquirido e será revogada de
ofício sempre que se apure que o benefício não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria
ou deixou de cumprir os requisitos nescessários a sua obtenção, sem prejuízo da aplicação das penalidades
cabíveis nos casos de dolo ou de simulação do beneficiário.
Art. 236. O direito da Fazenda Pública constituir o crédito tributário decai após 5 (cinco) anos contados:
I - da data em que tenha sido notificada ao sujeito passivo qualquer medida preparatória
indispensável ao lançamento;
II - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento deveria ter sido efetuado;
III - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado.
Art. 237. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos contados da data de sua
constituição definitiva.
§ 1º A prescrição se interrompe, começando de novo sua contagem a partir dessa data:
I - pela citação pessoal feita ao devedor;
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitue em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco, ainda que extra-judicial que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.
§ 2º A prestação se suspende:
I - durante o prazo de concessão de moratória ou remissão e sua revogação, se obtida através de dolo
ou simulação do beneficiário ou de terceiro por aquele;
II - a partir da inscrição do débito em dívida ativa, por 180 (cento e oitenta) dias, ou até a
distribuição da execução fiscal se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
Art. 238. Ocorrendo a prescrição abrir-se-á inquérito administrativo para apurar as responsabilidades.
Parágrafo único. A autoridade municipal, qualquer que seja seu cargo ou função e
independentemente do vínculo empregatício ou funcional responderá civil, criminal e administrativamente pela
prescrição de débitos tributários sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o Município no valor dos
débitos prescritos.
Art. 239. As importâncias relativas ao montante do crédito tributário depositadas na repartição fiscal ou
consignadas judicialmente para feito de discussão, serão, após decisão irrecorrível, no total ou em parte,
restituídas de ofício ao impugnante ou convertidas em renda a favor do Município.
Art. 240. Extingue o crédito tributário a decisão administrativa ou judicial que expressamente, em conjunto ou
isoladamente:
I - declare a irregularidade de sua constituição;
II - reconheça a inexistência da obrigação que lhe deu origem;
III - exonere o sujeito passivo do cumprimento da obrigação;
IV - declare a incompetência do sujeito ativo para exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Enquanto não tornada definitiva a decisão administrativa ou passada em julgado a
decisão judicial, continuará, o sujeito passivo obrigado nos termos da legislação tributária, ressalvadas as
hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito, previstas nos artigos 211, 219 e 232.
Seção IV
EXCLUSÃO
Art. 241. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes
da obrigação principal ou dela conseqüente.
Art. 243. A concessão de outras isenções não previstas nesta Lei apoiar-se-á sempre em fortes razões de ordem
pública ou de interesse do Município, não poderá ter caráter social e dependerá de Lei aprovada por 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara de Vereadores.
Art. 244. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições a serem
cumpridas pelo beneficiário, pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, por Lei que entrará em vigor
no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação.
Art. 245. As isenções não abrangem as taxas e a contribuição de melhoria, salvo se expressamente
estabelecidas na Lei de concessão do benefício.
Art. 246. Nenhuma anistia será concedida a qualquer contribuinte a não ser por Lei aprovada por 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara de Vereadores; nenhuma anistia se aplicará a atos enquadráveis como crimes
ou contravenções ou praticados com dolo fraude ou simulação nem a infrações resultantes de conclusão.
§ 1º A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso por despacho do
Executivo em requerimento no qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e cumprimento
dos requisitos previstos em Lei para sua concessão.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido e será revogado de ofício sempre que
se apure que o benefício não satisfazia ou deixou de satifazer as condições ou não cumpria ou deixou de
cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito atualizado e acrescido de juros de mora
e, ainda, com imposição de penalidade nos casos de dolo ou simulação.
Art. 247. A concessão de anistia implica de penalidade, não constituindo esta antecedente para efeito de
imposição ou graduação de penalidades por outras infrações cometidas pelo sujeito passivo beneficiado por
anistia anterior.
Parágrafo único. Não é objetivo de anistia a atualização monetária do tributo.
Capítulo VIII
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 248. As infrações a esta Lei serão punidas com as seguintes penas;
I - multa;
II - proibição de transacionar com as repartições municipais;
III - agravamento de multa;
IV - sujeição a regime especial de fiscalização;
V - suspensão ou cancelamento de benefícios fiscais;
Parágrafo único. Em relação ao funcionamento de estabelacimentos são ainda as seguintes penas:
I - não concessão da licença;
II - suspensão da licença;
III - cassação da licença
Art. 250. Os contribuintes que se encontrarem em débito para com a Fazenda Municipal não poderão dela
receber quantias ou créditos de qualquer natureza nem participar de licitações públicas ou administrativas para
fornecimento de materiais ou equipamentos, ou realização de obras e prestação de serviço aos órgão da
Administração Municipal direta ou indireta, bem como gozar de quaisquer benefícios fiscais.
Art. 251. Independentemente dos limites estabelecidos nesta Lei, a reincidência em infração da mesma
natureza punir-se-á com acréscimo de 30% (trinta por cento) e, a cada nova reincidência, aplicar-se-á essa
pena acrescida de 20% (vinte por cento).
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Parágrafo único. Considera-se reincidência a repetição de infração a um mesmo dispositivo pela
mesma pessoa física ou jurídica depois de definitiva a decisão administrativa condenatória referente à infração
anterior.
Art. 252. O contribuinte que reincidir na violação das normas estabelecidas nesta Lei e em outras leis e
regulamentos municipais poderá ser submetido a regime especial de fiscalização.
Parágrafo único. O regime especial de fiscalização de que trata este artigo será definido em
regulamento.
Art. 253. Todas as pessoas físicas ou jurídicas que gozarem de isenção não condicionada de tributos
municipais e infringirem disposições desta Lei ficarão privadas por um exercício, e, no caso de reincidência,
definitivamente da concessão do benefício.
§ 1º A pena de privação definitiva da isenção só se declarará nas condições previstas no parágrafo
único do artigo 251 desta Lei.
§ 2º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em face de representação nesse sentido
devidamente comprovada feita em processo próprio, depois de aberta defesa ao interessado, nos prazos legais.
Art. 254. Apurando-se, no mesmo processo, infração de mais de uma disposição desta Lei pela mesma pessoa
serão aplicadas as penalidades cumulativamente.
Art. 255. Apurada a responsabilidade de diversas pessoas, não vinculadas por co-autoria ou cumplicidade,
impor-se-á a cada uma delas a pena relativa à infração que houver cometido.
Art. 256. O contribuinte ou o responsável poderá apresentar denúncia espontânea de infração, ficando excluída
a respectiva penalidade por ação fiscal, desde que a falta seja corrigida imediatamente ou se for o caso, efetuado
o pagamento do tributo devido, atualizado e com acréscimos legais cabíveis, ou depositada a importância
arbitrada pela autoridade administrativa quando o montante do tributo dependa de apuração.
§ 1º Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento
administrativo ou medida de fiscalização relacionados com a infração.
§ 2º A apresentação de documentos obrigatórios à Administração não importa em denúncia
espontânea para fins do disposto neste artigo.
Art. 257. Não se procederá contra servidor ou contribuinte que tenha agido ou pago tributo de acordo com
interpretação fiscal constante de decisão de qualquer instância administrativa, mesmo que posteriormente,
venha a ser modificada essa interpretação.
Art. 258. A aplicação da penalidade de natureza civil criminal ou administrativa e o seu cumprimento em caso
algum dispensam o pagamento do tributo devido a correção monetária, dos juros de mora e das multas.
Art. 259. As multas de que trata esta Lei serão aplicadas sem prejuízo de outras penalidades por motivo de
fraude, dolo ou sonegação de tributos.
Art. 260. A omissão do pagamento de tributo e a fraude fiscal serão apuradas mediante representação,
notificação preliminar ou auto de infração, nos termos da Lei.
§ 1º Dar-se-á por comprovada a fraude fiscal quando o contribuinte não dispuser de elementos
convincentes em razão dos quais se possa admitir involuntariamente a omissão do pagamento.
§ 2º Em qualquer caso considerar-se-á como fraude a reincidência na omissão de que trata este
artigo.
§ 3º Conceitua-se também como fraude o não pagamento do tributo, tempestivamente, quando o
contribuinte o deva recolher a seu próprio requerimento formulado este antes de qualquer diligência fiscal e
desde que a negligência perdure após decorridos 8 (oito) dias contados da data de entrada desse requerimento
na repartição arrecadadora competente.
Art. 261. A co-autoria e a cumplicidade, nas infrações ou tentativa de infração aos dispositivos desta Lei,
implicam os que praticarem e responderem solidariamente com os autores, pelo pagamento do tributo devido,
ficando sujeitos às mesmas penas fiscais impostas a estes.
Art. 262. Salvo prova em contrário, presume-se o dolo em qualquer das seguintes circunstâncias ou em outras
análogas:
I - contradição evidente entre livros e documentos da escrita fiscal os elementos das declarações e
guias apresentadas às repartições municipais;
II - manifesto desacordo entre os preceitos legais e regulamentares no tocante às obrigações
tributárias e a sua aplicação por parte do contribuinte ou responsável;
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III - remessa de informes e comunicações falsas ao fisco com respeito a fatos geradores e a bases de
cálculo de obrigações tributárias;
IV - omissão de lançamentos nos livros, fichas, declarações ou guias de bens e atividades que
constituem fatos geradores de obrigações tributária.
Art. 263. É considerado crime de sonegação fiscal prática, pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício
daquele, dos seguintes atos:
I - prestar declaração falsa ou omitir total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a
agentes do Fisco, com intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributo e quaisquer outros
adicionais devidos por Lei;
II - inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza em
documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos
devidos a Fazenda Municipal;
III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações tributáveis com o propósito de
fraudar a Fazenda Municipal;
IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou majorar despesas com o objetivo de obter dedução
de tributos devidos à Fazenda Municipal.
Seção II
PENALIDADES FUNCIONAIS
Art. 264. Serão punidos com multa equivalente a 15 (quinze) dias do respectivo vencimento ou remuneração:
I - os funcionários que se negarem a prestar assistência ao contribuinte quando por este solicitada na
forma da Lei;
II - os agentes fiscais que, por negligência ou má fé, lavrarem autos sem obediência aos requisitos
legais, de forma a lhes acarretar nulidade.
Art. 265. As multas serão impostas pelo Prefeito, mediante representação da autoridade fazendária
competente, se de outro modo não dispuser legislação específica.
Art. 266. O pagamento de multa decorrente do processo fiscal se tornará exigível depois de transitada em
julgado a decisão que a impôs.
Título II
DO PROCEDIMENTO FISCAL TRIBUTÁRIO
Capítulo I
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Seção I
CONSULTA
Art. 267. O contribuinte ou responsável é assegurado o direito de efetuar consulta sobre interpretação e
aplicação da legislação tributária, desde que feita antes da ação fiscal e em obediência às normas aqui
estabelecidas.
Art. 268. A consulta será dirigida ao titular da Fazenda Municipal com apresentação clara e precisa do caso
concreto e de todos os elementos indispensáveis ao entendimento da situação de fato, indicados os dispositivos
legais e instruída se necessário, com documentos.
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Art. 269. Nenhum procedimento fiscal será promovido contra o sujeito passivo, em relação à espécie
consultada, durante a tramitação da consulta.
Parágrafo único. Os efeitos previstos neste artigo não se produzirão às consultas meramente
protelatórias, assim entendidas as que versem sobre dispositivos claros da legislação tributária ou sobre tese de
direito já resolvida por decisão administrativa definitiva ou judicial passada em julgado.
Art. 270. A resposta à consulta será respeitada pela Administração, salvo se baseada em elementos inexatos
fornecidos pelo contribuinte.
Art. 271. Na hipótese de mudança de orientação fiscal, a nova orientação atingirá todos os casos ressalvado o
direito daqueles que anteriormente procederem de acordo com a orientação vigente até a data da modificação.
Parágrafo único. Enquanto o contribuinte, protegido por consulta não for notificado de qualquer
alteraçào posterior no entendimento da autoridade administrativa sobre o mesmo assunto, ficará amparado em
seu procedimento pelos termos da resposta à sua consulta.
Art. 272. A formulação da consulta não terá efeito suspensivo da cobrança de tributos e respectivas
atualizações e penalidades.
Parágrafo único. O consulente poderá evitar a atualização monetária e a oneração do débito por
multa e juros de mora efetuando o seu pagamento ou prévio depósito administrativo das importâncias que se
indevidas serão restituídas dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da notificação ao consulente.
Art. 273. A autoridade administrativa dará resposta à consulta no prazo de 30 (trinta) dias.
Parágrafo único. Do despacho proferido em processo de consulta caberá pedido de reconsideração no
prazo de 10 (dez) dias contados da sua notificação, desde que fundamentado em novas alegações, abrindo-se de
novo prazo de 30 (trinta) dias para resposta.
Seção II
CERTIDÕES
Art. 274. A pedido do contribuinte, em não havendo débito, será fornecida certidão negativa dos tributos
municipais nos termos do requerido.
Parágrafo único. Para emissão de certidões o Município poderá exigir do interessado prova de
quitação de tributos.
Art. 275. A certidão será fornecida dentro de 15 (quinze) dias a contar da data de entrada do requerimento na
repartição sob pena de responsabilidade funcional.
Art. 276. Terá os mesmos efeitos da certidão negativa a que ressalvar a existência de créditos:
I - não vencidos;
II - em curso de cobrança executiva com efetivação de penhora;
III - cuja exigibilidade esteja suspensa.
Art. 277. A certidão negativa fornecida não exclui o direito da Fazenda Municipal exigir, a qualquer tempo, os
débitos que venham a ser apurados.
Art. 278. O Município não celebrará contrato, aceitará proposta em concorrência pública, concederá licença
para construção ou reforma e “habite-se”, nem aprovará planta negativa da quitação de todos os tributos
devidos à Fazenda Municipal relativos ao objetivo em questão.
Art. 279. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude que contenha erro contra a Fazenda Municipal
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo pagamento do crédito tributário e juros de mora
acrescido.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade civil, criminal e
administrativa que couber e é extensivo a quantos colaborarem por ação ou omissão no erro contra a Fazenda
Municipal.
Seção III
DIVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA
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Art. 280. As importâncias relativas a tributos e seus acréscimos bem como a quaisquer outros débitos
tributários lançados mas não recolhidos constitue dívida a partir da data de sua inscrição regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do
crédito.
Art. 281. A Fazenda Municipal inscreverá em dívida ativa depois de esgotado o prazo fixado para pagamento
pela Lei ou por decisão final proferida em processo regular, os contribuintes inadimplentes com as obrigações.
§ 1º Sobre os débitos inscritos em dívida ativa incidirão atualização monetária, multa e juros, a
contar da data de vencimento dos mesmos.
§ 2º No caso de débito com pagamento parcelado considerar-se-á data de vencimento para efeito de
inscrição, aquela da primeira parcela não paga.
§ 3º Os débitos serão cobrados amigavelmente antes de sua execução.
Art. 282. O termo de incrição em dívida ativa autenticado pela autoridade competente, indicará
obrigatoriamente:
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um
e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e os
demais encargos previstos em Lei;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal da dívida;
IV - a indicação sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento e o termo inicial
para o cálculo;
V - a data e o número de inscrição no Livro da Dívida Ativa;
VI - sendo o caso o número do processo administrativo ou do auto de infração se neles estiver
apurado o valor da dívida.
§ 1º A certidão conterá além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha de incrição.
§ 2º O termo de inscrição e a certidão de dívida ativa poderão ser preparados e numerados por
processo manual mecânico ou eletrônico.
Art. 283. A omissão de qualquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou erro a eles relativos são causas
de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até
decisão judicial de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo,
acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
Art. 284. O débito inscrito em dívida ativa, a critério do Prefeito e respeitado o disposto no inciso I do artigo
223, poderá ser parcelado em 05 (cinco) pagamentos mensais e sucessivos desde que não ultrapasse o exercício.
§ 1º O parcelamento só será concedido mediante requerimento do interessado, o que implicará o
reconhecimento da dívida.
§ 2º O não-pagamento de quaisquer das prestações na data fixada no acordo, implicará no
vencimento antecipado das demais e na imediata cobrança do crédito ficando proibida sua renovação ou novo
parcelamento para o mesmo débito.
Art. 285. Não serão inscritos em dívida ativa os débitos constituídos antes da vigência desta Lei, cujos valores
atualizados, incluindo as penalidades, sejam inferiores a 10% (dez por cento) da Unidade Fiscal de Maricá
(UFIMA).
Art. 286. Serão cancelados de ofício, mediante despacho do Prefeito, os débitos fiscais:
I - legalmente prescritos;
II - cujo valor atualizado incluídas as penalidades, sejam, inferiores a 10% (dez por cento) da Unidade
Fiscal de Maricá (UFIMA).
Art. 287. As dívidas relativas ao mesmo devedor quando conexas ou conseqüentes, serão reunidas em um só
processo.
Art. 288. O recebimento de débitos fiscais constantes de certidões já encaminhadas para execução será feito
exclusivamente à vista, através de guias em 2 (duas) vias expedidas pelos escrivães ou advogados, com o visto
do órgão jurídico da Prefeitura incumbido da cobrança judicial da dívida.
Art. 289. As guias, que serão datadas e assinadas pelos emitentes conterão:
I - o nome do devedor e seu endereço;
II - o número de incrição da dívida ;
III - a importância total do débito e o exercício ou período a que se refere;
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IV - a multa, juros de mora e a correção monetária a que estiver sujeito o débito;
V - as custas judiciais.
Art. 290. Ressalvados os casos de autorização legislativa, não se efetuará o recebimento de débitos fiscais
inscritos em dívida ativa com dispensa de multa, dos juros de mora e da correção monetária.
§ 1º Verificada, a qualquer tempo a inobservância do disposto deste artigo, é o funcionário
responsável obrigado, além da pena disciplinar a que estiver sujeito a recolher aos cofres do Município o valor
da multa, dos juros de mora e da correção monetária que houver dispensado.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se também ao servidor que reduzir, ilegal ou irregularmente o
montante de qualquer débito fiscal inscrito em dívida ativa com ou sem autorização superior.
Art. 291. É solidariamente responsável com o servidor, quanto à reposição das quantias relativas à redução, à
multa e aos juros de mora e à correção monetária mencionados nos dois artigos anteriores, a autoridade
superior que autorizar ou determinar aquelas concessões, salvo se o fizer em cumprimento de mandato judicial.
Art. 292. Encaminhada a certidão da dívida ativa para execussão cessará a competência do órgão fazendário
para agir ou decidir quanto a ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informações solicitadas pelo órgão
encarregado da execução e pelas autoridades judiciais.
Seção IV
FISCALIZAÇÃO
Art. 293. Compete à Fazenda Municipal pelos órgãos especializados, a fiscalização do cumprimento das
normas da legislação tributária.
§ 1º Inicial a fiscalização ao contribuinte, terão os agentes fazendários o prazo de 30 (trinta) dias
para concluí-la salvo quando esteja ele submetido a regime especial de fiscalização.
§ 2º Havendo justo motivo, o prazo referido no parágrafo anterior poderá ser prorrogado mediante
despacho do titular da Fazenda Municipal pelo período por este fixado.
Art. 294. A fiscalização será exercida sobre todas as pessoas sujeitas ao cumprimento de obrigações tributárias,
inclusive aquelas imunes ou isentas.
Parágrafo único. A autoridade fiscal terá ampla de fiscalização, podendo, especialmente:
I - exigir do sujeito passivo a exibição de livros comerciais e fiscais e documentos em geral bem
como solicitar seu comparecimento à repartição competente para prestar informações ou declarações;
II - apreender livros e documentos fiscais, nas condições e formas definidas nesta Lei;
III - fazer inspeções, vistorias, levantamentos, avaliações nos locais e estabelecimentos onde se
exerçam atividades possíveis de tributação ou nos bens que constituam matéria tributável.
Art. 295. A escrita fiscal ou mercantil com omissão de formalidades legais ou intuito de fraude fiscal será
desclassificada e será facultado à Fazenda Municipal o arbitramento dos diversos valores, observado o disposto
nos artigos 70 a 72 e 110.
Art. 296. O exame de livros arquivos, documentos papéis e efeitos comerciais e demais diligências da
fiscalização poderá ser repetido, em relação a um mesmo fato ou período de tempo enquanto não extinto o
direito de proceder o lançamento do tributo ou da penalidade, ainda que já lançados e pagos.
Art. 297. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade fiscal todas as informações de que
disponham, com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, os escrivães e os demais serventuários de ofício;
II - os bancos, as caixas econômicas e as demais instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, os comissários e os liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério,
atividade ou profissão, detenham em seu poder, a qualquer título e de qualquer forma, informações necessárias
ao Fisco.
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Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a
fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a guardar segredo.
Art. 298. Independentemente do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação para quaisquer fins,
por parte de prepostos da Fazenda Municipal, de qualquer informação obtida em razão de efeito sobre a
situação econômico-financeira e sobre a natureza e o estado dos negócios ou das atividades das pessoas sujeitas
à fiscalização.
§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo unicamente as requisições da autoridade judiciária e os
casos de prestação mútua de assistência para fiscalização de tributos e permuta de informações entre os
diversos órgãos do Município, e entre este e a União, os Estados e os outros Municípios.
§ 2º A divulgação das informações obtidas no exame de contas e documentos constitui falta grave
sujeita à penalidade da legislação pertinente.
Art. 299. As autoridades fiscais do Município, através do Prefeito poderão requisitar auxílio da força pública
federal, estadual ou municipal, quando vítimas de embaraço ou descaso no exercício das funções de seus
agentes, ou quando indispensável à efetivação de medidas previstas na legislação tributária.
Art. 300. A autoridade fiscal que presidir ou proceder a exames e diligências fará ou lavrará, sob sua
assinatura, termo circunstanciado do que apurar, no qual constará, além do mais que possa interessar, as datas
iniciais e finais do período de fiscalização e a relação dos livros e documentos examinados.
§ 1º O auto será lavrado no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalização ou a constatação
da infração ainda que aí não resida o fiscalizado ou infrator e poderá ser datilografado ou impresso em relação
às palavras rituais devendo os claros ser preechido a mão e inutilizadas as entrelinhas em branco.
§ 2º Ao fiscalizado ou infrator dar-se-á cópia do auto autenticado pela autoridade, contra recibo no
original.
§ 3º A rasura do recibo, que será declarada pela autoridade, não traz proveito ao fiscalizado ou
infrator, nem o prejudica.
§ 4º Os dispositivos do parágrafo anterior são aplicados extensivamente aos fiscalizados e infratores,
analfabetos ou impossibilitados de assinar o documento de fiscalização ou infração, mediante declaração da
autoridade fiscal, ressalvadas as hipóteses dos incapazes definidos pela Lei Civil.
§ 5º A atividade fiscal poderá, caso o exame ou diligência encerrem-se no mesmo dia e não sendo
verificado qualquer descumprimento de obrigação tributária, em substituição ao auto de fiscalização, assinar e
datar o verso do alvará.
Capítulo II
DAS MEDIDAS PRELIMINARES E INCIDENTES
Seção I
NORMAS GERAIS
Seção II
NOTIFICAÇÃO PRELIMINAR
Art. 302. Verificando-se omissão não dolosa de pagamento de tributo ou qualquer infração de Lei ou
regulamento de que possa resultar evasão de receita será expedida, contra o infrator, notificação preliminar para
que , no prazo de até 8 (oito) dias regularize a situação.
§ 1º Esgotado o prazo de que trata este artigo, sem que o infrator tenha regularizado a situação
perante a repartição, lavrar-se-á auto de infração.
§ 2º Lavrar-se-á igualmente auto de infração, quando o contribuinte se recusar a tomar conhecimento
da notificação preliminar.
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Art. 303. A notificação preliminar será feita em formula, destacada de talonário próprio, no qual ficará cópia a
carbono com o “ciente” do notificado e conterá os elementos seguintes:
I - nome do notificado;
II - local, dia e hora da lavratura;
III - descrição do fato que a motivou e indicação do dispositivo legal de fiscalização quando couber;
IV - valor do tributo e da multa devidos;
V - assinatura do notificante.
Art. 304. Considera-se convencido do débito fiscal o contribuinte que pagar o tributo mediante notificação
preliminar da qual não caiba recurso ou defesa.
Art. 305. Caberá notificação preliminar, devendo o contribuinte ser imediatamente autuado:
I - quando for encontrado no exercício de atividade tributável sem prévia inscrição;
II - quando houver provas de tentativa para eximir-se ou furtar-se do pagamento do tributo;
III - quando for manifesto o ânimo de sonegar;
IV - quando incidir em nova falta da qual poderia resultar evasão de receita antes de decorrido 1
(um) ano contado da última notificação preliminar.
Seção III
AUTO DE APREENSÃO
Art. 306. Poderá ser apreendidas as coisas móveis, inclusive mercadorias e documentos existentes em
estabelecimento comercial, industrial, agrícola ou prestador de serviço do contribuinte responsável ou de
terceiros, em outros lugares ou em trânsito, que constituam prova material de infração tributária, estabelecida
nesta Lei ou regulamento.
Parágrafo único. Havendo prova ou fundada suspeita de que as coisas se encontram em residência
particular ou lugar utilizado como moradia será promovida busca e apreensão judicial, sem prejuízo das
medidas necessárias para evitar a remoção clandestina.
Art. 307. Da apreensão lavrar-se-á auto, com os elementos do auto de infração, observando-se, no que couber,
os procedimentos a ele relativos.
Parágrafo único. O auto de apreensão conterá a descrição das coisas dos documentos apreendidos, a
indicação do lugar onde ficarem depositados e a assinatura do depositário, o qual será designado pelo autuante,
podendo a designação recair no próprio detento, se for idôneo a juízo da autoridade.
Art. 308. Os documentos apreendidos poderão, a requerimento do autuado, ser-lhe devolvidos, ficando no
processo cópia do inteiro teor ou da parte que deva fazer prova, caso o original não seja indispensável a esse
fim.
Art. 309. As coisas apreendidas , mediante depósito das quantias exigíveis e/ou cumprimento das exigências
legais podendo ficar retidos, até decisão final, os espécimes necessários à prova.
Parágrafo único. Em relação à matéria deste artigo, aplica-se, no que couber, o disposto nos artigos
348 a 350 desta Lei.
Art. 310. Se o autuante não provar o preenchimento de todas as exigências legais para liberação dos bens
apreendidos no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data da apreensão serão os bens levados a hasta pública
ou leilão.
§ 1º Quando a apreensão recair em bens de fácil deterioração, a hasta pública ou leilão poderá
realizar-se a partir do próprio dia da apreensão.
§ 2º Apurando-se na venda importância superior ao tributo e à multa devidos, será o autuado
notificado no prazo de 5 (cinco) dias para receber o excedente, se já não houver comparecido para fazê-lo.
Seção IV
AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 311. O auto de infração, lavrado com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou razuras, deverá:
I - mencionar o local, o dia e a hora da lavratura;
II - referir-se ao nome do autuado e das testemunhas, se houver;
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III - descrever o fato que constitui a infração e as circunstâncias pertinentes, indicar o dispositivo
legal ou regulamentar violado e fazer referência ao auto de fiscalização ou à notificação preliminar em que se
consignou a infração, quando for o caso;
IV - conter intimação ao autuado para, em 10 (dez) dias pagar os tributos e multas devidas ou
apresentar defesa e provas.
§ 1º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão nulidade, quando do processo constarem
elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.
§ 2º A assinatura do autuado não constitui formalidade essêncial à validade do auto não implica
confissão, nem a recusa agravará sua pena.
§ 3º Se o autuado, ou quem o representante, não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á menção
dessa circunstância.
Art. 312. O auto de infração poderá ser lavrado cumulativamente com o de apreensão e então ocorrerá também
os elementos deste.
Art. 315. As intimações subseqüentes a inicial far-se-á pessoalmente, caso em que serão certificadas no
processo e por carta ou edital conforme as circunstâncias observado o disposto nos artigos 313 e 314 desta Lei.
Art. 316. Conformando-se o autuado com o despacho das importâncias exigidas dentro do prazo para
apresentação da defesa o valor das multas será reduzido em 50% (cinqüenta por cento) e o procedimento
tributário arquivado.
Seção V
REPRESENTAÇÃO
Art. 317. Quando impossibilitado para notificar preliminarmente ou para autuar, o agente da Fazenda
Municipal deve, e qualquer pessoa pode, representar ao títular da Fazenda Municipal contra toda ação ou
omissão contrária a disposição desta Lei ou de outras leis e regulamentos fiscais.
Art. 318. A representação far-se-á em petição assinada e mencionará em letra legível o nome, a profissão e o
endereço de seu autor, será acompanhada de provas ou indicará os elementos destas e mencionará os meios ou
as circunstâncias em razão dos quais se tornou conhecida a infração.
Parágrafo único. Não se admitirá representação feita por quem haja sido sócio, diretor, preposto ou
empregado do contribuinte, quando relativa a fatos anteriores à data em que tenham perdido essa qualidade.
Art. 319. Recebida a representação a autoridade competente providenciará imediatamente as diligências para
verificar a respectiva veracidade e, conforme couber, notificará preliminarmente o infrator, autuará ou
arquivará a representação.
Capítulo III
DO PROCESSO TRIBUTÁRIO
Seção I
IMPUGNAÇÃO
Art. 320. O contribuinte que não concordar com o lançamento poderá, por petição, impugná-lo no prazo de 20
(vinte) dias contados da publicação no órgão oficial, da afixação do edital ou do recebimento do aviso.
Art. 322. O impugnador será notificado do despacho no próprio processo, mediante assinatura, por via postal
registrada, ou ainda por edital quando se encontrar em local incerto e não sabido.
Art. 323. O funcionário responsável pelo lançamento terá 10 (dez) dias para instruir o processo a partir da
data de seu recebimento.
Art. 324. Na hipótese da impugnação ser julgada improcedente, os tributos e as penalidades impugnados serão
atualizados monetariamente e acrescidos de multa e juros de mora, a partir da data dos respectivos
vencimentos, quando cabíveis.
§ 1º O sujeito poderá evitar a aplicação dos acréscimos na forma deste artigo, desde que efetue o
prévio depósito administrativo, na tesouraria do Município, da quantia total exigida.
§ 2º Julgada improcedente a impugnação, o sujeito passivo arcará com as custas processuais que
houver.
Art. 325. Julgada procedente a impugnação, serão restituídas ao sujeito passivo, dentro do prazo de 30 (trinta)
dias contados do despacho ou da decisão as importâncias acaso depositadas, atualizadas monetariamente a
partir da data em que foi efetuado o depósito.
Seção II
DEFESA
Art. 326. O autuado que não concordar com o auto de infração ou auto de apreensão apresentará defesa, ao
titular da Fazenda Municipal, no prazo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data da intimação.
Art. 327. A defesa do autuado será apresentada por petição à repartição por onde correr o processo, contra
recibo.
Art. 328. Na defesa, o autuado alegará a matéria que entender útil, indicará e requererá as provas que pretenda
produzir, juntará logo a que constarem de documentos e, sendo o caso, arrolará as testemunha, até o máximo de
3 (três).
Art. 329. O sujeito passivo poderá, conformando-se com parte dos termos da autuação, recolher os valores
relativos a essa parte ou cumprir o que for determinado pela autoridade fiscal, contestando o restante.
Art. 330. Apresentada a defesa, terá o autuante o prazo de 10 (dez) dias para instruir o processo a partir da
data de seu recebimento.
Seção III
PRIMEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA
Art. 331. As impugnações a lançamentos e as defesas de autos de infração e de apreensão serão decididos em
primeira instância administrativa, pelo titular da Fazenda Municipal.
Art. 332. Solicitadas, tempestivamente, diligências pelo impugnador e produção de provas pelo autuado, a
autoridade fiscal competente deferirá sua realização no prazo de 10 (dez) dias, desde que não sejam claramente
inúteis ou proletárias, ordenará a produção de outras que entender necessárias, e fixará o prazo, não superior a
30 (trinta) dias, em que devam ser realizadas.
Art. 333. As perícias deferidas competirão ao perito designado pela autoridade competente, na forma do artigo
anterior.
§ 1º A autoridade fiscal ou o perito designado que presidir ou proceder exames e diligências fará ou
lavrará, sob sua assinatura, termo circunstanciado do que apurar no qual constarão, além do mais que possa
interessar, as datas iniciais e finais do período fiscalizado e a relação dos livros e documentos examinados.
§ 2º O termo será lavrado no estabelecimento ou local onde se verificar a fiscalização ou constatação
da infração, ainda que aí não resida o autuado ou impugnador, e poderá ser datilografado ou impresso em
relação às palavras rituais, devendo os claros ser preenchidos a mão e inutilizadas as entrelinhas em branco.
§ 3º Ao autuado ou impugnador dar-se-á cópia do termo autenticado pela autoridade, contra recibo
no original.
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§ 4º A recusa do recibo que será declarada pela autoridade não traz proveito ao autuado ou
impugnado, nem o prejudica.
Art. 334. Ao autuado e ao autuante será permitido, sucessivamente, reinquirir as testemunhas, do mesmo
modo ao impugnador e ao impugnado, nas reclamações contra lançamento.
Art. 335. O autuado e o impugnador poderão participar das diligências e as alegações para serem apreciadas
no julgamento.
Art. 336. Não se admitirá prova fundada em exame de livros ou arquivos das repartições da Fazenda Pública
ou em depoimento pessoal de seus representantes ou funcionários.
Art. 337. Perempto o direito de apresentar defesa ou encerradas as diligências e/ou a produção de provas, o
processo será encaminhado à autoridade julgadora que proferirá decisão no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º A autoridade não fica adstrita às alegações das partes devendo julgar de acordo com a sua
convicção, em face das provas produzidas no processo.
§ 2º Se não se considerar habilitada a decidir, a autoridade poderá converter o julgamento em
diligência e determinar a produção de novas provas a serem realizadas no prazo máximo de 10 (dez) dias.
§ 3º Verificada a hipótese do parágrafo anterior, a autoridade terá novo prazo de 10 (dez) dias para
proferir decisão.
Art. 338. A decisão, regida com simplicidade e clareza, concluirá pela procedência ou improcedência do auto
ou da impugnação ao lançamento, definindo expressamente os seus efeitos, num e noutro caso.
Art. 339. Não sendo proferida decisão no prazo legal nem convertido o julgamento em diligência, poderá a
parte interessada interpor recurso voluntário, como se fora julgado procedente o auto ou improcedente a
impugnação ao lançamento, cessando com a interposição do recurso a jurisdição da autoridade de primeira
instância.
Art. 340. São definidas as decisões de primeira instância uma vez esgotado o prazo legal para interposição de
recurso, salvo se sujeitas a recurso de ofício.
Seção IV
SEGUNDA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA
Art. 341. Das decisões de primeira instância caberá recurso para instância administrativa superior:
I - voluntário, quando requerido pelo sujeito passivo, no prazo de 20 (vinte) dias a contar da
notificação do despacho quando a ele contrário no todo ou em parte;
II - do ofício a ser obrigatóriamente interposto pela autoridade julgadora, imediatamente e no próprio
despacho quando contrário, no todo ou em parte, ao Município, desde que a importância em litígio exceda a 5
(cinco) Unidades Fiscais de Maricá (UFIMA).
Art. 342. Só serão admitidas na segunda instância diligências de ofício ou apresentação de fato novo pelo
autuado ou impugnador, a serem realizadas no prazo máximo de 15 (quinze) dias.
Art. 343. A decisão, na instância administrativa superior, será proferida no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da data do recebimento do processo ou do término da diligência ou apresentação do fato novo.
Parágrafo único. Decorrido o prazo definido neste artigo, sem que tenha sido proferida a decisão,
não serão computados, a favor da Administração, juros e atualização monetária a partir dessa data.
Art. 345. A segunda instância administrativa será representada pela Junta de Recursos Fiscais.
Parágrafo único. Inexistindo no Município ou não funcionando por qualquer motivo a Junta de
Recursos Fiscais, será competente para conhecer, em grau de recurso, qualquer decisão a respeito da matéria
acima, o Prefeito Municipal.
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Art. 346. É vedado reunir em uma só petição, recursos referentes a mais de uma decisão, ainda que versem
sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo contribuinte, salvo quando proferidas em um único processo fiscal.
Seção V
GARANTIA DE INSTÂNCIA
Art. 347. Nenhum recurso voluntário interposto pelo autuado ou impugnador será encaminhado à segunda
instância sem o prévio depósito de metade das quantias exigidas, extinguindo-se o direito de recorrente que não
efetuar o depósito no prazo legal.
Parágrafo único. São dispensáveis de depósito os servidores públicos que recorrem de multas
impostas com fundamento no artigo 264 desta Lei.
Art. 348. Quando a importância total do litígio exceder de 5 (cinco) Unidades Fiscais de Maricá (UFIMA), se
permitirá a prestação de fiança para a interposição do recurso voluntário requerido no prazo a que se refere o
inciso I do artigo 341 desta Lei.
§ 1º A fiança prestar-se-á mediante indicação de fiador idôneo a juízo da Administração.
§ 2º Ficará anexado ao processo o requerimento que indicar o fiador, com a expressa aquiescência
deste, e se for casado, também de sua mulher, sob pena de indeferimento.
Art. 349. Julgado idôneo o fiador, poderá o recorrente, depois de intimado e dentro do prazo igual ao que
restava quando protocolado o requerimento de prestação de fiança, oferecer outro fiador indicando os elementos
comprovantes da idoneidade do mesmo.
Parágrafo único. Não se admitirá como fiador o sócio, cotista ou comandatário da firma recorrente
nem devedor da Fazenda Municipal.
Art. 350. Recursos dos fiadores, será o requerente intimado a efetuar o depósito, dentro de 5 (cinco) dias, ou de
prazo igual ao que lhe restava quando protocolado o segundo requerimento de prestação de fiança, se este prazo
for maior.
Seção VI
EXECUÇÃO DAS DECISÕES FISCAIS
Título III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 352. Todos os atos relativos a matéria fiscal serão praticados dentro dos prazos fixados na legislação
tributária.
§ 1º Os prazos serão contínuos, excluído no seu cômputo o dia do início e incluído o do vencimento.
§ 2º Os prazos somente se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na Prefeitura ou
estabelecimento de crédito, prorrogando-se, se necessário, até o primeiro dia útil seguinte.
Art. 353. Fica o Prefeito Municipal autorizado a baixar preços públicos para obter o ressarcimento de
prestação de serviços de natureza comercial ou industrial ou de sua atuação na organização e exploração de
atividades econômicas.
Parágrafo único. Os preços devidos pela utilização de bens e serviços municipais deverão ser fixados
de modo a cobrir os respectivos custos e serão reajustados quando se tornarem deficitários.
Art. 354. Consideram-se integradas à presente Lei as tabelas dos anexos I a XI que a acompanham.
53
Art. 355. Fica instituída a Unidade Fiscal de Maricá (UFIMA) no valor em cruzeiros equivalente a 1 (uma)
UFERJ para o cálculo das taxas e das penalidades pecuniárias e para a adoção dos procedimentos da
administração tributária a ela relacionados; esse valor será atualizado mensalmente, a partir de janeiro de 1991,
de acordo com os índices oficiais de correção da UFERJ.
§ 1º. O Poder Executivo fixará, a qualquer época, o valor da UFIMA para o IPTU, ISS e para
cálculos de Taxas e demais penalidades pecuniárias, ficando o aumento restrito e condicionado aos índices da
inflação pelo IGP da Fundação Getúlio Vargas ou do INPC.
§ 2º O Poder Executivo fica autorizado a alterar, fixar e compatibilizar os valores da Unidade Fiscal
de Maricá (UFIMA), aplicados nas incidências tributárias do Município, com a Unidade Fiscal (UFIR), fixada
pelo Governo Federal.
Art. 356. O Imposto Predial e Territorial Urbano terá seus valores convertidos em BTN ou outro índice que o
substitua em 1º de janeiro de cada exercício.
Parágrafo único. O disposto neste artigo, na data do respectivo fato gerador, aplica-se ao Imposto
sobre a Transmissão e Cessão Onerosa Inter-Vivos de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos.
Art. 357. Esta Lei será regulamentada, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 358. A numeração dos artigos constantes da Lei nº 910 de 14 de dezembro de 1990 (Lei Complementar nº
015 de 30 de dezembro de 1991), deverão ser renumerados, para que produzam seu efeitos legais.
Art. 359. Ficam revogados os termos constantes do Decreto nº 1.219, de 14 de fevereiro de 1991.
Art. 360. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação e produzirá seus efeitos a partir de 01 de janeiro
de 1992.
LISTA DE SERVIÇOS
% sobre o
preço do
serviço
1. Médicos, inclusive análises clínicas, eletricidade médica, radioterapia, ultra-sonografia, radiologia, tomografia e congêneres; 5%
2. Hospitais, clínicas, sanatórios, laboratórios de análise, ambulatórios, pronto-socorros, manicômios, casas de saúde, de
repousos e de recuperação e congêneres;................................................................................................................................. 2%
5. Assistêcia médica e congêneres previstos nos itens 1, 2 e 3 desta lista, prestados através de planos de medicina de grupo,
convênios, inclusive com empresas para assistência a empregados;.......................................................................................... 5%
6. Planos de saúde , prestados por empresas que não estejam incluídas no item 5 desta lista e que se cumpram através de
serviços prestados por terceiros, contratados pela empresa ou apenas pagos por esta, mediante indicação do beneficiário do 5%
plano;......................................................................................................................................................................................
7. Médicos veterinários;.............................................................................................................................................................. 5%
14. Limpeza, manutenção e conservação de imóveis, inclusive vias públicas, parques e jardins;.................................................. 5%
21. Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contidas em outros ítens desta lista, organização, programação,
planejamento, processamento de dados, consultoria técnica, financeira ou administrativa;..................................................... 1,5%
23. Análise, inclusive de sistemas, exames, pesquisas e informações, coleta e processamento de dados de qualquer natureza;..... 1,5%
31. Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de contrução civil, de obras hidráulicas e outras obras
semelhantes e respectiva engenharia consultiva, inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, que fica sujeito ao ICMS);...................................................................... 3%
32. Demolição;........................................................................................................................................................................... 3%
33. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres ( exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador de serviço, fora do local dos serviços, que fica sujeito ao ICMS);............................... 5%
34. Pesquisa, perfuração, cimentação, perfilagem, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e prospecção de
petróleo e gás natural;........................................................................................................................................................... 3%
35. Florestamento e 5%
reflorestamento;...........................................................................................................................................
36. Escoramento e contenção de encostas e serviços congêneres;................................................................................................. 3%
37. Paisagismo, jardinagem e decoração (exceto o fornecimento de mercadorias, que fica sujeito ao ICMS);............................... 5%
43. Administração de fundos mútuos (exceto a realizada por instituições autorizadas pelo Banco Central);................................. 3%
45. Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos quaisquer (exceto os serviços executados por instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central);......................................................................................................................... 3%
47. Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de franquia (franchise) e de faturação (factoring), excetuando-se
os serviços prestados por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central;................................................................ 1%
48. Agenciamento, organização, promoção e execução de programas de turismo, passeios, excursões, guias de turismo e
congêneres;........................................................................................................................................................................... 3%
49. Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis e imóveis não abrangidos nos ítens 45, 46, 47 e 48;................. 3%
50. Despachantes;....................................................................................................................................................................... 3%
53. Leilão;.................................................................................................................................................................................. 5%
54. Regulamentação de sinistros cobertos por contratos de seguros; Inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos
de seguros; Prevenção e gerência de riscos seguráveis, prestados por quem não seja o próprio segurado ou companhia de 5%
seguro;..................................................................................................................................................................................
55. Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie (exceto depósitos feitos em
instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central);.................................................................................... 5%
D) Bailes, shows, festivais, recitais e congêneres, inclusive espetáculos que sejam também transmitidos, mediante compra
de direitos para tanto, pela televisão ou pelo rádio;............................................................................................................... 5%
E) Jogos Eletrônicos;............................................................................................................................................................ 5%
F) Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador, inclusive a venda
de direitos à transmissão pelo rádio ou pela televisão;........................................................................................................... 2%
60. Distribuição e venda de bilhetes de loteria, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios ou prêmios;................................... 5%
61. Fornecimento de música mediante transmissão por qualquer processo, para vias públicas ou ambientes fechados (exceto
transmissões radiofônicas ou de televisão);........................................................................................................................... 5%
63. Fonografia ou gravação de sons ou ruídos inclusive trucagem, dublagem e mixagem sonora;................................................. 3%
56
3%
64. Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução e trucagem;..................................................
65. Produção, para terceiros, mediante ou sem encomenda prévia, de espetáculos, entrevistas e congêneres;............................... 3%
66. Colocação de tapetes e cortinas, com material fornecido pelo usuário final do serviço;........................................................... 3%
67. Lubrificação, limpeza e revisão de máquinas, veículos, aparelhos e equipamentos (exceto o fornecimento de peças e partes,
que fica sujeito ao ICMS);.................................................................................................................................................... 5%
68. Concerto, restauração, manutenção e conservação de máquinas, veículos, motores para elevadores ou de quaisquer objetos
(exceto o fornecimento de peças e partes, que ficam sujeitos ao ICMS);................................................................................ 5%
69. Recondicionamento de motores (o valor das peças fornecidas pelo prestador fica sujeito ao ICMS);....................................... 5%
72. Lustração de bens móveis, quando o serviço for prestado para usuário final do objeto lustrado;............................................. 5%
73. Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, prestados ao usuário final do serviço, exclusivamente com
material por ele fornecido;.................................................................................................................................................... 5%
74. Montagem industrial, prestada ao usuário final do serviço, exclusivamente com material por ele fornecido;.......................... 5%
75. Cópia ou reprodução, por quaisquer processos, de documentos e outros papéis, plantas ou desenhos;.................................... 3%
77. Colocação de molduras e afins, encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres;..................................... 5%
79. 5%
Funerais;..............................................................................................................................................................................
.
80. Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto o aviamento;................................................ 5%
82. Taxidermia;.......................................................................................................................................................................... 5%
83. Recrutamento, agenciamento, seleção, colocação ou fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive
por empregados do prestador de serviço ou por trabalhadores avulsos por ele contratados;..................................................... 2%
84. Propaganda e publicidade inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade,
elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários (exceto sua impressão, reprodução ou fabricação);............... 2%
85. Veiculação e divulgação de textos, desenhos e outros materiais de publicidade, por qualquer meio (exceto em jornais,
periódicos, rádios e televisão);.............................................................................................................................................. 2%
86. Serviços portuários e aeroportuários; Utilização de porto ou aeroporto; Atracação, capatazia, armazenagem interna, externa
e especial; Suprimento de água, serviços, acessórios; Movimentação de mercadoria fora do cais;.......................................... 1%
87. Advogados;........................................................................................................................................................................... 3%
89. Dentistas;............................................................................................................................................................................. 3%
90. 3%
Economistas;........................................................................................................................................................................
.
91. Psicólogos;........................................................................................................................................................................... 3%
95. Instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central: Fornecimento de cheque; emissão de cheques
administrativos; tranferência de fundos; devolução de cheques; sustação de pagamento de cheques; ordens de pagamento e
de créditos, por qualquer meio; emissão e renovação de cartões magnéticos; consultas em terminais eletrônicos; pagamentos
por conta de terceiros, inclusive os feitos fora do estabelecimento; elaboração de ficha cadastral; aluguel de cofres;
fornecimento de segunda via de avisos de lançamento de extrato de contas; emissão de carnês (neste ítem não está
abrangido o ressarcimento, a instituição financeira, de gastos com portes do correio, telegramas, telex e teleprocessamento,
necessários à prestação dos serviços);................................................................................................................................... 12%
98. Hospedagem em hotéis, pensões e congêneres (o valor da alimentação, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao
Imposto Sobre Serviços);...................................................................................................................................................... 3%
99. Contratos e administração de “Leasing” de qualquer natureza;.............................................................................................. 0,5%
II - Quando os serviços forem prestados sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será devido
aplicando-se às respectivas alíquotas sobre o valor em UFIR (S) em caráter anual, observando os incisos I e II do artigo
85 do Código Tributário, da seguinte maneira:
ANEXO II
58
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA PARA FUNCIONAMENTO
DE ESTABELECIMENTO ( T.L.F. )
100 - INDÚSTRIA
100.01 - Até 03 (três) empregados................................................................................................ 44.2656
100.02 - De 04 (quatro) a 10 (dez) empregados............................................................................ 88.5312
100.03 - De 11 (onze) a 50 (cinqüenta) empregados.................................................................... 221.3280
100.04 - De 51 (cinqüenta e um) a 100 (cem) empregados........................................................... 309.8592
100.05 - Acima de 100 (cem) empregados.................................................................................... 442.6559
400 - SERVIÇOS
400.01 - Estabelecimentos Bancários de Créditos , Financiamento ,
59 Investimento e Companhias de Seguros.................................. 885.3119 - -
400.02 - Hotéis - Motéis - Pousadas........................................................ 354.1247 265.5936 177.0624
400.03 - Profissionais Autônomos (Representação Comercial)............. 88.5312 44.2656 44.2656
400.04 - Pensões e Similares................................................................... 132.7968 88.5312 44.2656
400.05 - Casas de Loterias e Apostas..................................................... 177.0624 88.5312 44.2656
400.06 - Oficinas de Consertos em Geral , Exceto de Conserto de
Veículos.................................................................................... 132.7968 88.5312 44.2656
400.08 - Depósitos de Inflamáveis, Explosivos e Similares.................... 221.3280 132.7968 88.5312
400.09 - Borracheiros, Venda de Óleo e Lubrificantes......................... 132.7968 88.5312 44.2656
400.10 - Tinturarias e Lavanderias........................................................ 132.7968 88.5312 44.2656
400.11 - Barbearias , Salões de Beleza , Estabelecimento de Banho ,
Duchas, Massagens, Ginásticas e Congêneres........................ 265.5936 177.0624 88.5312
400.12 - Ensino de Qualquer Grau ou Natureza................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.13 - Laboratórios de Análises Clínicas............................................ 354.1247 265.5936 177.0624
400.14 - Hospitais , Sanatórios , Ambulatórios , Pronto-Socorros ,
Bancos de Sangue, Casas de Recuperação ou Repouso sob
Orientação Médica.................................................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.15 - Processamento de Dados.......................................................... 177.0624 132.7968 88.5312
400.16 - Corretora de Títulos , Valores , Câmbio , Seguros e
Similares.................................................................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.18 - Concessionários de Serviços públicos....................................... 442.6559 354.1247 265.5936
400.19 - Empresasa Públicas, de Economia Mista e Fundações com
Atividades não Enquadráveis nos Itens desta Tabela............. 265.5936 177.0624 88.5312
400.20 - Clínica Odontológica, Fisioterapia e Veterinária.................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.21 - Auto-Escola e Serviços de Despachantes.................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.22 - Incorporação e Administração na Construção Civil................ 354.1247 265.5936 177.0624
400.23 - Serviços Jurídicos, Contábeis e de Consultoria....................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.24 - Serviços de Segurança e Vigilância......................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.25 - Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros ou
Coletivos................................................................................... 442.6559 309.8592 177.0624
400.26 - Editora de Jornais e Revistas................................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.27 - Transportes Marítimos de Passageiros e Carga...................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.28 - Estacionamento de Veículos..................................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.29 - Transportadora de Veículos..................................................... 354.1247 265.5936 177.0624
400.30 - Serviços de Consultoria de Arquitetura , Engenharia e
Urbanismo............................................................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.31 - Oficina de Consertos de Veículos............................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.32 - Agencia de Viagens e Turismo................................................. 177.0624 88.5312 44.2656
400.71 - Postos de Serviços para Veículos Sem Venda de Combustível - 177.0624 -
400.72 - Postos de Serviços para Veículos Com Venda de Combustível - 309.8592 -
400.171 - Cinemas e Teatros.................................................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.172 - Restaurantes Dançantes, Boates, Churrascarias e Similares 354.1247 265.5936 177.0624
400.173 - Bilhares e Quaisquer Outros Jogos de Mesa......................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.174 - Circos Parques de Diversões.................................................. 265.5936 177.0624 88.5312
400.175 - Jogos Eletrônicos.................................................................... 265.5936 177.0624 88.5312
400.176 - Cabarés, Discotecas e Similares............................................. 354.1247 265.5936 177.0624
400.177 - Quaisquer Outros Espetáculos e Diversões 265.5936 177.0624 88.5312
ANEXO III
% S/UFIMA
ANEXO IV
TABELA DE COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA
PARA PUBLICIDADE
ESPÉCIE DE PUBLICIDADE
% S/UFIMA
por dia / por mês / por ano
1 - Publicidade afixada na parte externa ou interna de
61 estabelecimentos industriais, comerciais agropecuários, de
prestação de serviços e outros, por m2 ou fração.............................
Parágrafo único. Não é considerada como publicidade a
identificação no frontispício ou fachada do estabelrcimento.
1.1 - Comum..................................................................................... - - 20%
1.2 - Luminosa.................................................................................. - - 20%
2 - Publicidade no interior ou exterior de veículos não destinados à
publicidade como ramo de negócios (por publicidade)..................... - - 8%
3 - Publicidade sonora , em veículos destinados a qualquer
modalidade de publicidade................................................................ 10% 150% -
4 - Publicidade escrita em veículos destinados a qualquer modalidade
de publicidade (por veículo)............................................................... - 10% -
5 - Publicidade em cinemas , teatros, boates e similares , por meio de
projeção de filmes diapositivos, (por publicidade)............................ - - 50%
6 - Publicidades, colocadas em terrenos, campos de esportes, clubes,
associações, qualquer que seja o sistema de colocação, desde que
visíveis de quaisquer vias ou logradouros públicos, inclusive as
rodovias, estradas e caminhos municipais, por m2 ou fração........... - 25% 50%
7 - Quaisquer outros tipos de publicidade não constante dos ítens
anteriores, por m2 ou fração.............................................................. 5% 25% 50%
ANEXO V
ANEXO VI
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA
PARA OCUPAÇÃO DE ÁREAS EM TERRENOS
OU VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS
% S/UFIMA
1 – Feirantes
1.1 - por dia................................................................................................................................... 4%
1.2 - por mês.................................................................................................................................. 90%
1.3 - por ano................................................................................................................................... 700%
2 – Veículos
2.1 - por dia Carros de passeio............................................................................................... 5%
Utilitários........................................................................................................... 8%
Caminhões ou Ônibus........................................................................................ 10%
Reboque.............................................................................................................. 8%
3 - Barraquinhas e Quiosques
3.1 - por dia................................................................................................................................... 5%
3.2 - por mês.................................................................................................................................. 40%
3.3 - por ano................................................................................................................................... 200%
5 – Circos
5.1 - por dia................................................................................................................................... 20%
5.2 - por mês.................................................................................................................................. 100%
5.3 - por ano................................................................................................................................... 200%
ANEXO VII
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA
PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
EVENTUAL OU AMBULANTE
65
ANEXO VIII
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA PARA
INSTALAÇÃO E UTILIZAÇÀO DE MÁQUINAS E MOTORES
ANEXO IX
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA
PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADES SUJEITAS
A FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA
Alíquota S/UFIMA
1 - Estabelecimento e instalações que exerçam atividades c/produtos alimentícios, por ano em m2 1%
ANEXO X
TABELA PARA COBRANÇA DA TAXA DE LICENÇA
PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE SUJEITA
A FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
ANEXO XII
TABELA DE PREÇOS PÚBLICOS
ANEXO XIII
PLANTA DE VALORES DE 2001
( PREDIAL E TERRITORIAL )
I - O Imposto Predial e Territorial (IPTU) para o exercício de 2001 será calculado com base nos
parâmetros relacionados a seguir:
- O valor do Imposto será dividido em 6 (seis) parcelas de igual valor, com vencimento nos seguintes prazos:
Obs.: As parcelas em atraso serão acrescidas de 1% (um por cento) ao mês de juros de mora, não podendo ser
paga após 28 de dezembro de 2001.
a) O Valor Venal do Imóvel será decrescido de 10% (dez por cento) se o logradouro for sujeito a inundação;
b) As áreas de terra superiores a 10.000 m2, não recadastradas, serão calculadas por m2 com base na tabela
abaixo.
c) Os imóveis poderão sofrer alterações em seus valores venais, conforme pedidos de revisões, protocolados no
setor competente até 30 de junho de 2001, na qual serão revisadas pela Divisão de Cadastro e Lançamento e
arbitradas pela Divisão de Fiscalização e Tributos;
V - Planta de Valores por Valor do Metro Quadrado
PLANTA LOTEAMENTO
REAL REAL
PLANTA LOTEAMENTO
REAL REAL
Os imóveis cadastrados com metragem superiores a 4.000 metros quadrados serão calculados
conforme a tabela abaixo, prevalecendo o menor valor entre a planta e a tabela abaixo.
m2 REAL
4.001,00 à 5.000,00 2,69
5.001,00 à 6.000,00 2,19
6.001,00 à 7.000,00 2,13
7.001,00 à 8.000,00 2,06
8.001,00 à 9.000,00 2,00
9.001,00 à 10.000,00 1,94
10.000,00 à 11.000,00 1,87
11.001,00 à 12.000,00 1,81
12.001,00 à 13.000,00 1,74
13.001,00 à 14.000,00 1,68
14.001,00 à 15.000,00 1,62
15.001,00 à 16.000,00 1,54
16.001,00 à 17.000,00 1,48
17.001,00 à 18.000,00 1,42
18.001,00 à 19.000,00 1,35
19.001,00 à 20.000,00 1,29
20.001,00 à 21.000,00 1,22
21.001,00 à 22.000,00 1,16
22.001,00 à 23.000,00 1,10
23.001,00 à 24.000,00 1,03
24.001,00 à 25.000,00 0,97
25.001,00 à 26.000,00 0,90
26.001,00 à 27.000,00 0,84
27.001,00 à 28.000,00 0,78
28.001,00 à 29.000,00 0,71
29.001,00 à 30.000,00 0,65
30.001,00 à 35.000,00 0,59
35.001,00 à 40.000,00 0,51
40.001,00 à 45.000,00 0,45
45.001,00 à 47.999.99 0,38
Acima de 48.000,00 0,32
Considerações
I – Atualizado o valor da UFIR para efeito da Dívida Ativa.
II - Novas Plantas
78 193A – Condomínio Bambui’s Park I
0226 – Condomínio Via Maricá
0227 – Condomínio Solar de Jaconé
0228 – Condomínio Space Vip-Mumbuca
229A – Condomínio Vivendas do Taquaral I
229B – Condomínio Vivendas do Taquaral II
0230 – Vivendas de Itaipuaçu
0231 - Remanso
ANEXO XIV
TABELA
TAXA DE INSPEÇÃO SANITÁRIA
1 – Indústrias UFIMA
Até 03 empregados................................................................................................................ 01
de 04 até 10 empregados....................................................................................................... 02
de 11 até 50 empregados....................................................................................................... 05
de 51 até 100 empregados..................................................................................................... 07
acima de 100 empregados..................................................................................................... 10
5 - Feiras-Livres UFIMA
a) Comércio de pescado......................................................................................................... 2
b) Comércio de carnes e aves................................................................................................ 2
c) Gêneros alimentícios em geral.......................................................................................... 1
79
Art. 1º. Fica assegurado às firmas consideradas como microempresas e empresas de pequeno porte,
estabelecidas no Município de Maricá tratamento tributário e administrativo diferenciado, como forma de
incentivar e apoiar o surgimento de novas empresas, o fortalecimento e o melhoramento da capacidade
empresarial das existentes.
Art. 2º. Considera-se microempresas e empresa de pequeno porte para efeito desta Lei:
I - Microempresa - quando o faturamento bruto anual não exceder a 2.000 UFIMA.
II - Empresa de Pequeno Porte - quando o faturamento bruto anual superar o limite fixado no inciso
anterior, até o máximo de 7.000 UFIMA.
§ 1º Considera-se faturamento bruto o valor faturado no exercício, excluindo os impostos ICMS, ISS
e IVVC conforme o caso de incidência, e incluindo as deduções e abatimentos se existentes.
§ 2º A apuração do faturamento bruto será sempre efetuada no período compreendido entre 1º de
janeiro e 31 de dezembro de cada ano, independentemente da data do fechamento do balanço social da firma.
Art. 3º. Os limites fixados nesta Lei serão sempre proporcionais aos meses, inclusive fração destes, de efetivo
funcionamento do exercício considerado.
Art. 4º. Para cálculo da faixa de enquadramento, no caso de empresa que nunca tenha sido cadastrada dentro
do regime simplificado de ISS, serão considerados os últimos 12 (doze) meses da receita bruta, a partir da data
do cadastramento.
§ 1º O enquadramento no regime desta Lei obrigará o titular ou sócio a declarar que a receita
prevista para o ano não ultrapassará as faixas máximas de enquadramento.
§ 2º Caso o contribuinte não tenha funcionado em nenhum período do ano anterior e venha a iniciar
suas atividades, poderá requerer seu enquadramento no regime desta Lei, desde que o titular ou sócio declare
que a receita prevista para o ano em curso não excederá o limite da faixa estabelecida neste artigo.
Art. 5º. A microempresa ou empresa de pequeno porte solicitará o seu enquadramento, a qualquer momento,
observados os requisitos legais.
§ 1º A Secretaria Municipal de Fazenda receberá a requisição de seu cadastramento mediante
apresentação de formulário simplificado das microempresas ou empresas de pequeno porte, sediadas no
Município.
§ 2º A simples utilização da expressão “m/e” nos registros contratuais da firma não será suficiente
para conceitua-la como microempresa.
Art. 6º. O regime constituído por Lei, aplicável à microempresa e empresa de pequeno porte, compreende:
I - recolhimento mensal do imposto, fixado conforme estabelecido no Art. 7º;
II - emissão de nota fiscal, aceitos modelos simplificados que assegurem a aferição periódica de suas
receitas, conforme disposto em regulamento;
III - obrigações acessórias relativas à inscrição cadastral;
IV - guarda, em ordem cronológica, de documentos fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 7º. O Imposto Sobre Serviços - ISS é fixado de acordo com a seguinte tabela:
Art. 8º. Ao ultrapassar o limite da faixa em que estiver enquadrado, o contribuinte comunicará o ajuste para a
faixa correspondente ou seu desenquadramento do regime previsto nesta Lei, a partir da data em que ocorrer o
fato. Caso, no final do exercício, o contribuinte não alcance o limite mínimo da faixa em que estiver
enquadrado, poderá efetuar seu reenquadramento para a faixa inferior, para o próximo exercício.
Art. 9º. A perda de condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte e, bem assim, o ajuste de faixa
serão comunicados a repartição competente até 30 (trinta) dias após o fato gerador.
Art. 10º. A microempresa e empresa de pequeno porte que, antes do fim do exercício, alcançarem receita bruta
superior ao limite,passarão a pagar o imposto, sobre os fatos geradores ocorridos, a partir do mês em que se
verificar essa hipótese e, sobre os valores excedentes, observados os prazos fixados no Calendário Municipal de
Tributos.
Art. 11. A taxa de licença para estabelecimento (ALVARÁ) para microempresa e empresa de pequeno porte
obedecerá as seguintes faixas.
Art. 12. Ficam isentas da Taxa de Licença de Estabelecimento, exclusivamente no ano de sua implantação, as
pessoas físicas ou jurídicas que vierem a se estabelecer no Município.
Art. 13. O direito à redução, de que trata o artigo 11º, será comprovado perante o órgão competente mediante
entrega de cópia do enquadramento de microempresa ou empresa de pequeno porte.
Art. 14. As pessoas jurídicas que, sem observância dos requisitos desta Lei, pleitearem seu enquadramento
estarão sujeitas as seguintes consequencias:
I - cancelamento do seu registro como microempresa ou empresa de pequeno porte;
II - pagamento dos tributos devidos como se não estivesse enquadrada, acrescido de mora de outras
penalidades previstas na lei, contadas desde a data em que o imposto deveria ser pago, até a data do seu efetivo
pagamento;
III - impedimento de que seu titular, ou qualquer sócio, constitua nova microempresa ou empresa de
pequeno porte,ou participe de outra já existente, com os favores desta lei, por um período de 2 (dois) anos.
Parágrafo único. O titular ou sócio de microempresa ou empresa de pequeno porte responderá
solidária e ilimitadamente pelas consequências da aplicação deste artigo.
Art. 16. As microempresas e empresas de pequeno porte podem estabelecer-se e funcionar nas residências de
seus titulares.
§ 1º As empresas assim estabelecidas serão denominadas de “Fundo de Quintal”.
§ 2º Não serão beneficiadas com o disposto no “caput” do artigo as empresas que exerçam as
seguintes atividades:
- Casa de Diversões;
- Hotéis ou similares;
- Escolas;
- Hospitais ou similares;
- Transporte urbano ou de carga;
- Bancos de sangue;
- Depósito de combustíveis ou explosivos;
- Comércio de material de construção ou tintas;
- Indústria de produtos químicos ou similares.
§ 3º O lançamento do Imposto Territorial e Urbano (IPTU) não poderá ser alterado pela concessão da
autorização prevista nesta.
Art. 17. Fica permitido o uso de residências multifamiliares aos profissionais autônomos, profissionais liberais
autônomos, sócios de pessoa jurídica e ao titular de firma individual, apenas como “ponto de referência”,
sendo vedados ao exercício da profissão ou do ofício no local e a colocação de publicidade ou de mercadorias.
Art. 18. A comprovação do uso do imóvel deverá ser feita mediante a apresentação do título de propriedade ou
do contrato de locação residencial, não sendo aceito contrato não residencial.
Art. 19. O exercício de atividade como “Fundo de Quintal”ou como “Ponto de Referência” deverá ser inscrito
na Secretaria Municipal de fazenda e autorizado o respectivo Alvará de Localização.
Art. 20. A autorização para o estabelecimento e funcionamento previstos nos Artigos 16º e 17º será sempre
fornecida em caráter precário, podendo ser cancelada, ou revista a qualquer tempo, desde que o desempenho da
atividade prejudique o meio ambiente, a segurança, o silêncio, o trânsito, a saúde pública e a vizinhança.
Art. 21. As hipóteses de arbitramento do Imposto Sobre Serviços e respectivas penalidades, previstas no
Código Tributário do Município, bem como as demais penalidades sobre as infrações, as obrigações principais e
acessórias relativas a impostos e taxas são aplicáveis à microempresa e empresa de pequeno porte.
Art. 22. O Secretário Municipal de Fazenda manterá registros e sistemas de análise e fiscalização de
declarações de microempresa e empresa de pequeno porte, visando a permanente observação da eventual perda
de receita tributária do Município e a prevenir a fraude e a sonegação fiscal, através de um Sistema
Simplificado de Fiscalização, da seguinte forma:
I - por convocação para comparecer às dependências da Secretaria para prestar esclarecimentos sobre
suas receitas e despesas;
II - por visita de Fiscal de Tributos, através programação de instância superior, para verificar nas
dependências da empresa denunciada, evidência de fraude ou descumprimento da legislação em vigor.
Art. 23. O Secretário Municipal de Fazenda baixará os atos necessários ao cumprimento da presente Lei.
Art. 24. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Altera dispositivo do Código Tributário Municipal, e dispôe sobre parcelamento e quitação de débito
tributário.
Art. 1º. Os dispositivos a seguir enumerados, da Lei 910, de 14 de dezembro de 1990, com as alterações das
Leis Complementares nº 015, e 15 de 30 de dezembro de 1991 - Código Tributário Municipal - passam a
vigorar com as seguintes redações:
Art.24”.........................................................................
Art. 2º. Nenhum parcelamento poderá ter valor inferior ao equivalente a 22.1327 UFIR.
Art. 3º. O Contribuinte interessado no benefício do parcelamento previsto nesta Lei deverá fazê-lo através de
requerimento.
Art. 4º. À Procuradoria Geral do Município competirá a execução dos procedimentos adotados e fixará por
resolução as medidas necessárias ao desempenho das atividades inerentes, inclusive, com relação aos processos
administrativos em curso e aos processos executivos ajuizados.
Art. 5º. O contribuinte que quitar o total do débito tributário, inscrito em dívida ativa, em uma única parcela,
gozará do benefício do desconto do valor da multa.
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogando as disposições em contrário.
Luciano Rangel
Prefeito
LEI COMPLEMENTAR Nº 069 DE 08 DE DEZEMBRO DE 1998
Art. 1º. Os incisos I e II do Art.12, da Lei Complementar nº 005 de 1990, passam a vigorar com as seguintes
redações:
II - 1,6% (um virgula seis por cento) tratando-se de imóvel não edificado.
Art. 2º. Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições
em contrário.
LUCIANO RANGEL
Prefeito
Art. 1º - Fica alterado o valor do percentual dos itens 2 e 3, do Anexo I, da Lei Complementar nº 05 de
14/12/90 – Código Tributário do Município de Maricá, que passa a ser de 2% (dois por cento).
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo os seus efeitos fiscais a partir de 1º de
janeiro de 2000.
LUCIANO RANGEL
PREFEITO
85
Art. 1º - Fica aprovada a Planta de valores para o pagamento de IPTU ( Predial e Territorial ) para exercício de
2001, fazendo parte integrante desta Lei o Anexo XIII.
LUCIANO RANGEL
PREFEITO
86
Art. 1º - Fica alterada a alíquota do Imposto sobre Serviços – ISS, para as empresas dos seguimentos de Saúde,
Ensino e Cooperativas constantes dos itens 02 (dois), 39 (trinta e nove) e 83 (oitenta e três), respectivamente,
do Anexo I, da Lei Complementar nº 05 de 14/12/90 – Código Tributário do Município de Maricá, alterado pela
Lei Complementar nº 056 de 28/12/95, que passa a ser de 2% (dois por cento).
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se a Lei Complementar nº 080 de 27 de
dezembro de 1999.
LUCIANO RANGEL
PREFEITO
87
Art. 1º. Fica concedida às empresas estabelecidas no Município de Maricá e outras que se estabelecerem, que
exploram as atividades em geral de prestação de serviços relacionados com a indústria e comercialização de
produtos do ramo aeronáutico, a isenção do imposto de serviço (ISS) dessa atividade, pelo prazo de 10 (dez)
anos
Parágrafo único. Entendem-se como prestação destes serviços, aqueles referentes a instalação,
manutenção, revisão, consertos, reparos, trocas de peças, componentes e equipamentos de qualquer natureza
executados para uso do ramo aeronáutico.
Art. 2º. As empresas que exploram as atividades de prestação de serviços beneficiadas por esta lei, requererão
ao Prefeito Municipal, a certidão de isenção, que terá a validade de (dez) anos.
Art. 3º. As empresas beneficiadas por esta lei, enviarão à Secretaria Municipal de Finanças - para efeito
estatístico - até o dia 30 de janeiro do ano posterior àquele em que foram privilegiadas pela isenção, o
movimento finançeiro anual de suas atividades de prestação de serviços.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Art. 1º. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a conceder às empresas industriais não poluentes, que se
instalarem no Município, a isenção do recolhimento dos impostos municipais pelo prazo de 10 (dez) anos.
Art. 2º. As empresas que pretenderem os benefícios desta lei, deverão previamente requerer ao Prefeito
Municipal, a Certidão de Isenção.
Parágrafo único. O pedido de solicitando a isenção deverá ser instruído com o projeto descritivo das
instalações e atividades da indústria, que será apreciado pela Secretaria Municipal de Obras e Meio Ambiente,
no prazo de 20 (vinte) dias e encaminhado ao Prefeito Municipal, para solução adequada.
Art. 3º. As empresas beneficiadas por esta lei, enviarão à Secretaria Municipal de Finanças - para efeito
estatístico - até o dia 30 de janeiro posterior àquele em que iniciarem as atividades industriais e em que foram
privilegiadas pela isenção, o movimento finançeiro anual de suas atividades.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Art. 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a conceder ISENÇÃO TEMPORÁRIA, com percentual gradativo
do IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS a que se refere o Ítem 21 do Anexo I, do Código Tributário Municipal,
aprovado pela Lei Complementar nº 036 de 24 de setembro de 1993, na forma estipulada no art. 2º desta Lei,
todas asa firmas que queiram se estabelecer no Município, desde que solicite o benefício.
Art. 2º. A ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS será total no primeiro ano de sua instalação e
atividades; no segundo ano recolherá o citado Imposto com o percentual de 1/2% (meio por cento); no terceiro
ano recolherá o referido Imposto com o percentual de 1% (hum por cento), e a partir do 4º (quarto) ano passará
a recolher o Imposto na Forma como dispor na ocasião o Código Tributário Municipal.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, surtindo efeitos a partir da data na qual as
empresas se instalarem no Município de Maricá, revogando-se as disposições em contrário.
Art. 1º. Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a receber, de contribuintes em débito com o Erário
Municipal, imóveis localizados no Município, em dação de pagamento, com valores fixados em até o máximo
do valor venal atribuído pela Prefeitura.
Art. 2º. Fica o Poder Executivo autorizado a prorrogar os descontos no pagamento da Cota Única - IPTU de
1996, nas seguintes condições:
- Até 05 de dezembro de 1996 - 15% (quinze por cento)
- Até 20 de dezembro de 1996 - 10% ( dez por cento )
90
Art. 3º. Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, até 20 de dezembro de 1996, a isenção do pagamento
da multa, nos pagamentos da Dívida Ativa, do IPTU, Alvarás e ISS.
Art. 4º. Fica revogado o parágrafo 2º do Artigo 1º, da Lei Nº 1530, de 25 de junho de 1996.
Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, gerando efeitos a partir da data de sua assinatura,
revogadas as disposições contrárias.
Art. 1º. Os créditos tributários de que é titular a Prefeitura Municipal de Maricá, constituídos ou confessados
pelo sujeito passivo, cujos vencimentos tenham ocorrido até 31 de dezembro de 1999, poderão ser pagos até 20
de dezembro de 2000, sem os acréscimos de juros e multas.
Parágrafo Primeiro. Os benefícios desta Leis se aplicam aos créditos tributários inscritos em dívida ativa,
ajuizado ou não.
91
Parágrafo Segundo. Quando o crédito já estiver sendo pago parceladamente, os benefícios previstos neste artigo
poderão ser usufruídos relativamente ao saldo devedor.
Art. 2º. Ficam anistiados os débitos oriundos de infrações administrativas por descumprimento de obrigações
acessórias, praticadas até 30 de Setembro de 2000, devendo o cancelamento se operar de ofício.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus efeitos a partir de 01 de
novembro de 2000, revogadas as disposições em contrário.
Luciano Rangel
Prefeito
SÉTIMA CÂMARA
APELAÇÃO CÍVEL Nº 97.001.2660
RELATOR: JUIZ GALDINO SIQUEIRA NETTO
Está a Associação Apelante exercendo a mesma atividade desde quando lhe foi conferida pelo
Município a competente licença para localização.
Assim, cumpre esclarecer que a referida taxa que está sendo cobrada pelo Município refere-se à
renovação de licença conferida à Associação e não aquela devida para o efeito de início de suas atividades
mercantis.
Na ausência de prova do efetivo exercício do poder de polícia administrativo - prova essa que
incumbia ao Município - não há como legitimar a cobrança da taxa enfocada. Serria o mesmo que exigir-se o
pagamento da contraprestação de certo serviço, sem que o mesmo se presenciasse, fato que estaria em desalinho
com a lógica e o bom senso.
Anote-se, por oportuno, que a jurisprudência deste Tribunal de Alçada Cível, no que diz
respeito à questão nestes autos tratada, já se encontra sumulada (Súmula n. 11), tendo o Colendo Superior
Tribunal de Justiça igualmente firmado sua posição a respeito, através da Súmula n. 157, verbis:
Pelo exposto, meu voto é no sentido de reformar a sentença de primeiro grau, concedendo a
segurança.
ÍNDICE
Disposição Preliminar 1º 2