ImortaisDaTerra2013 PDF
ImortaisDaTerra2013 PDF
ImortaisDaTerra2013 PDF
LUCIANA MACHADO
Mestre Wakanda Layuth Mahtab
LUCIANA MACHADO
WAKANDA LAYUTH MAHTAB
Imortais da Terra
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Pragmatha
2013
Publishing
Sandra Veroneze
Conselho Editorial
Wwww.pragmatha.com.br Max Mahtab
51 9370 0619
sandra.veroneze@pragmatha.com.br Priscila Romero
Contato
Rua Enes Bandeira, 113
Porto Alegre - RS
Fone 51 3024 0008
Sites
Espaço Deusa
www.espacodeusa.com.br
Elaboração Logomarca
Rodrigo Machado
266 p. ; 14 x 21 cm.
ISBN 978-85-62310-58-4
CDU 133.5
133.4
CDD 133.4
Catalogação na publicação:
Bibliotecária Carla Maria Goulart de Moraes - CRB 10/1252
Sumário.......................................
Agradecimentos ... 09
Prefácio ... 13
Introdução ... 17
A Cruz de Quatro Ramos ... 21
Capítulo 1 - O caminho
Mestres da Jornada ... 29
Capítulo 2 - A Missão
A Grande Serpente de Fogo se ergue ... 47
O Redespertar da água ... 53
A Iniciação Final de Lilith ... 57
Aceitar meu Destino ... 61
09
Gratidão a todos os Mestres Imortais, maravilhosos seres
humanos que uniram seus passos aos meus e me apoiam a cada novo
dia, a cada novo mistério, a cada novo ensinamento. Que a Grande
Mãe registre seus nomes nas estrelas do futuro.
Em especial, minha Gratidão a duas Mestres que em
tempos diferentes e por motivos diferentes se tornaram Imortais
também em minha vida:
Gratidão à Mestre Ajè Dúdú, minha irmã carnal, que enche
de amor meus dias. Procurei minha família pelo mundo e a encontrei
ao meu lado. A última Mestre desta primeira colheita e a primeira
pessoa a me amar como eu sou.
E gratidão à Mestre Honda Sommer Lupus, o primeiro
Coven a se unir à Tradição, quando esta ainda era tecida em folhas e
cadernos de estudo. Uniu seu conhecimento ao meu, sua vida à
minha, abandonando tudo para viver unicamente para que fosse
possível chegarmos até aqui. Honda e eu dividimos muito mais do
que trabalho e moradia. Dividimos aventuras, enfrentamos perigos,
descobrimos tesouros e nos apoiamos integralmente, mesmo nos
momentos em que nossa vida beirava a loucura humana.
No mundo espiritual, gratidão a duas Mestres inesquecíveis,
cujos ensinamentos estão registrados em tudo o que somos e cuja
presença hoje é um presente a todos que convivem em nosso
Templo Astral:
Mestre Bellona, mãe e amiga. Sem ela não teria conseguido
compreender meu destino. Sua herança como dominadora de Terra
é parte viva da Tradição. E Mestre Talibah, irmã e amiga. Sem ela
não teria continuado meu caminho, pois sua crença em meu destino
foi o braço que conduziu à vitória. Talibah me ensinou que laços de
amor são eternos, e, mesmo vivendo em mundos diferentes, ela
esteve todos os dias em minha vida, me apoiando e me treinando.
Sua herança como dominadora de Água é o ensinamento mais
precioso desta Tradição.
Gratidão às minhas Ancestrais, Guardiãs dos Úteros
Sagrados. Quatro Anciãs cujo merecimento de tê-las em minha vida
é algo inalcançável. São elas o próprio exemplo de fé, disciplina,
amor aos Deuses e a Gaia. Durante séculos guiaram meus passos de
longe, com a destreza que hoje reconheço: sempre senti de perto. Foi
um longo caminho até aqui, foi uma gigantesca jornada de amor e
confiança.
10
Gratidão ao Conselho dos Anciões da Tradição. Oito
Velhos Sábios, portadores do conhecimento das Civilizações Antigas
de Gaia, seres de muitos mundos unidos em um único caminho.
Imortais da Terra os reconhece como a presença diária daqueles que
foram e são tocados pelos Deuses. Muito mais do que ser grata por
tê-los ao meu lado, sou grata pelo significado de suas presenças. Sei
que sob o conhecimento deste Conselho a Tradição Imortais da
Terra se perpetuará em Gaia. Gratidão eterna.
E gratidão maior ao ser que me ensinou a amar. Que me
mostrou ser possível a felicidade em tempos tão difíceis, que uniu sua
a vida a minha, recheando meus dias de amor. Massimo, você é muito
mais do que um sábio, pois possui um coração capaz de gerar a maior
de todas as magias: o amor. Você me transformou em um ser
completo, seu amor me guia todos os dias. Você é o presente dos
Deuses em minha vida e por isso hoje sigo meu caminho feliz diante
do Sagrado. Sem sua sabedoria esta obra não seria a mesma. Sem seu
amor eu não seria tão corajosa. Sem você eu não conseguiria. Você é
minha inspiração, a luz de meus olhos, meus dias bem aventurados e
minhas noites sagradas.
11
Prefácio
13
Através do rastro ígneo, pés de diferentes tons e formas
caminham lentamente para se juntar aos velhos, e assim proliferar a
sabedoria que habita todos os mundos.
Grandes bolhas de água surgem vagarosamente em um
pequeno lago e, como a respiração agitada dos seres que a habitam,
cada bolha aumenta de tamanho, unindo-se com as batidas cada vez
mais aceleradas do coração humano frente à expressão espiritual. E
diante de olhos bem abertos o espírito da água ergue-se,
serpenteando, diante daquele que o busca sinceramente.
Mas isso foi há muito tempo...
Estamos em pleno andamento do século XXI, ouvindo os
primeiros sussurros da Era de Aquário, ainda sutil e discreta. E neste
mundo pouco se ouve, e menos ainda se vê, sobre o real e palpável
concílio entre os mundos. Olhamos para trás e vemos um caminho
gigantesco traçado por mentes que foram se esvaziando com o
tempo, por espíritos que foram esquecendo de sua essência - um
grande espaço vazio, escuro, parecendo ter mais força do que todos
os pés descalços que hoje procuram novamente o barro e as águas
salgadas.
Contudo, a Grande Deusa jamais deixou de habitar a alma
humana. Mesmo nos tempos mais cruéis construídos por sua cria,
todas as suas faces permaneceram intactas aguardando o momento
certo de novamente soprar a vida em seus pulmões cansados.
A distância forçada que o ser humano tomou dos mundos
que o cerca ganhou proporções incalculáveis e a desesperança
abarcou sobre sua vida. Porém, não deixaram de coabitar a vida
humana nenhum dos seres antigos. Deuses, espíritos de mundos
descencionados ou não, guardiões, elementais... Todos
permaneceram exatamente onde estavam e continuaram
influenciando como podiam a jornada humana - agora rumo ao
redescobrimento de sua essência. Todos aqui e ali aguardando pelo
menor sinal de que estavam sendo novamente ouvidos, sentidos,
vistos; acreditando que o antigo espírito humano encontrasse
novamente a sintonia com o universo. E aos poucos foram tendo
sucesso.
“Imortais da Terra - histórias de uma vida que viraram
Tradição” conta a jornada da Bruxa Luciana Machado. Porém, mais
do que narrar o caminho que leva uma mulher ao grau de Mestre
Maior de uma Tradição de Bruxaria, esta obra retrata um dos marcos
14
reais, físicos, do retorno da Antiga Fé em sua plenitude.
Desde o resgate da dominação física dos elementos vivos até
a volta consciente da convivência com seres dos mundos inferior,
superior, elemental e divino; registra-se aqui mais do que a reunião de
espíritos antigos na busca de seus valores pagãos originais. Registra-
se aqui um mundo novo cunhado a partir das velhas práticas, quase
esquecidas.
Nos tempos atuais, a Bruxaria pode ser vista como um
mundo à parte, um mundo paralelo à sociedade “oficial”, um mundo
encantado como todos os demais dos quais faz parte e interage
diretamente. E a Bruxaria praticada pelos Imortais da Terra ainda
mais.
É possível colocar em palavras as combinações energéticas
que fazem a Grande Mãe Serpente de Fogo erguer-se de dentro dos
caldeirões diante dos olhos mais céticos. Entretanto, as sensações
que a presença física da Mãe compõem em cada pessoa a sua volta é
absolutamente indescritível, voltando ao primeiro conceito de magia:
Ela não pode ser descrita, apenas sentida, pois toca a mais ínfima
emoção que um espírito possa ter.
A persistência de todos os mundos faz com que hoje
milhares de pessoas busquem encontrar novamente o rastro das
fogueiras, mesmo que entre colinas de concreto. E em meio a
tambores e MP3, matas e solos de madeira, árvores e paredes de
cimento, os Deuses retornam com toda a sua força, tornando
novamente este solo sagrado. E ser um Imortal da Terra é, com toda
certeza, fazer parte desta retomada final da Antiga Fé.
Houve um tempo em que mundos se entrelaçavam em uma
constante dança de aprendizados mútuos e trocas infinitas de
energia, não importando para qual quadrante você se virasse, ou
mesmo se o céu estava acima ou abaixo de você.
Este tempo está de volta e, graças à Mestre Wakanda, a
buscadora Luciana Machado, mais perto e real do que você imagina!
Que os Deuses permaneçam guiando seus passos, Filha da
Deusa, pois tenho certeza de que os Imortais da Terra e seres de
todos os mundos agradecem por sua dedicação ímpar ao resgate
Antiga Fé - ao resgate de si mesmos.
Max Mahtab
15
Introdução
17
Padre Inácio, que tinha visão e muitas vezes me disse que Deus me
amava, e que ele sabia o que eu passava, mas que não contasse a
ninguém, não comentasse a outras pessoas o que eu via e vivia.
Preferi ir me afastando porque as dores das surras eram
maiores do que o carinho que ele e sua Igreja podiam me dar. Aos 12
anos conheci os horrores do mundo dos homens, a dor do coração
humano, a vergonha e a culpa. Cheguei a conclusão de que eu não
era uma criatura de Deus, ou no mínimo, pensava eu, que ele não
gostava de mim. Cresci em meio a histórias que não eram bem vistas.
Mulheres que falavam com a lua, que tinham visão e eram internadas
como psicóticas. Problemas e mais problemas que eram abafados,
nunca nem mesmo sussurrados. Aprendi a ficar calada.
Mas tinha vários amigos mortos que me davam muitas
facilidades. A hora que a mãe descia do ônibus na parada a caminho
de casa depois do trabalho e que, portanto, todas as tarefas deveriam
estar prontas. Fugir na hora certa em que as bombas naturais de
quando se é criança iriam estourar. Escapei de muitas surras. Mas
nunca comentei o que via ou ouvia dos outros mundos, embora
muitas vezes soubesse quem iria morrer, quem sofreria um acidente.
Quando questionada, eu sempre negava. Porque sabia que iriam me
levar ao médico, assim como assisti muitas vezes fazerem com outras
pessoas. Isto me afastou também de minha família.
Certo dia, com aproximadamente nove anos, uma amiga me
perguntou se eu acreditava em Deus e se ele existia. Já que via os
outros mundos, já que sabia o que existia do outro lado... Olhei para
ela e disse: “Acho que ele existe, sim. Mas não acho que seja bonzinho
ou proteja as crianças”.
Eu gostava de ir até o cemitério, sentar e escutar as pessoas,
digo, os mortos. Eles têm histórias interessantes e a maioria deles
gosta de conversar. Esta lenda de que correm atrás das pessoas e as
machucam não é bem assim. Quando isso acontece é porque tem
algo por trás. Não é porque alguém morre que fica mau. Ou já é mau,
ou tem algo que quer resolver com alguém; mas não existe
perseguição do nada. É verdade que alguns espíritos andam atrás das
pessoas sem motivos aparentes, mas é porque estas vibram coisas que
eles querem muito. E a falta de fé, a distância longa entre os humanos
e o Sagrado é que faz com que certas almas, carentes de algumas
coisas, perdidas e atordoadas, prefiram andar com seus iguais, estes
estando encarnados ou não.
18
Andava muito sozinha e morava perto de alguns lugares
ainda desabitados. Eram os meus preferidos. Caminhar no meio do
mato e conversar com os espíritos do mundo verde... Eles me
chamavam de Wakanda, e foi assim que anos depois escolhi meu
primeiro nome mágico. Hoje sei que já me chamei em muitas vidas
por Wakanda.
Enquanto na adolescência meus amigos cheiravam loló e
fumavam maconha, eu de cara limpa e vendo parte de tudo que eles
viam, lhes dizia: “Isso é viagem!” ou “Esta parte é real, eles estão ali,
são demônios, monstros, mortos…” Cuidava deles, pois eram bons
amigos. Me aceitavam como eu era, não precisava mentir não ver
nada, não saber de nada.
As visões e a audição completamente em descontrole,
lembranças de outras vidas que não faziam sentido e pareciam
maldições, os inimigos espirituais e a desestrutura emocional, me
fizeram sair de casa várias vezes, sendo aos 17 anos a primeira.
Na rua provei de tudo: abuso, sexo, dor, fome e toda sorte
que o mundo impõe a quem ousa ultrapassar os limites da ordem e
do sistema. Ironicamente, só não provei drogas. Por quê? Porque
minha vida era alucinada e meus dias em 4D. Acredito que se tivesse
provado drogas teria morrido.
Fazia atividades que incluíam a vida. Adorava a dança, o
canto e o teatro… E vivia envolvida em coisas que me fizessem
parecer ou me ajudassem a fingir ser uma pessoa normal. Mas
enquanto dançava, cantava e atuava durante o dia, à noite enfrentava
meus inimigos e demônios interiores, falava com mortos e tinha
experiências mágicas físicas que teimavam em afastar minha mente
do mundo humano.
Quando saí de casa pela primeira vez, comecei a estudar o
Ocultismo. Acabei virando Dark. Usava preto e fazia parte de um
mundo que era paralelo ao nosso: the dark side! Mas deixei de ser
rapidinho, quando percebi que eles eram um grupo perdidinho...
Pelo menos o meu era! E na verdade com eles me sentia “achada”!!!
Bem. De tantas violências físicas, sexuais, mágicas e
espirituais, descobri na rua que podia usar certos poderes a meu
favor, e assim fiz para sobreviver ao mundo dos não amados por
Deus. Confesso: hoje sentiria uma certa dorzinha no peito ao
conhecer a menina querendo ser mulher que usava a magia de
qualquer forma, por puro instinto e sofria muito, feito cão na
19
verdade! Só queria ser normal. Queria que ela tivesse uma Mestre
Wakanda na sua vida… Mas já passou! Minuto de carência, pura
luxúria! Vamos voltar à realidade.
Vivi grandes histórias de amor, e, como todas as pessoas na
adolescência, achava que eram amores, grandes amores. Mas como
fingia ser quem eu não era, nunca dava certo e parti muitos corações.
Como explicar ao seu namorado que durante uma briga foi
você quem o fez se desequilibrar e cair? Ou como dizer que foi você
que, quando estava com muita raiva, queimara todas as lâmpadas
sem tocá-las? Ou ainda, e pior, muito pior, como dizer a um
namorado que não foi só com você que ele transou
enlouquecidamente a noite toda, pois havia outros seres no quarto?!
Ahhhh, foi barra, mas também era, de certa forma, muito legal.
Como, por exemplo, tirar sempre notas maravilhosas na escola, pois
havia espiões espirituais por todos os lados! Ou sempre saber o que
cairia na prova, pois sonhava com ela inteirinha na minha frente! É,
eu também me diverti muito!
Quando me tornei uma Bruxa? Não sei, não lembro... Mas
lembro de mover as coisas com a mente desde os 12 anos. Lembro de
conversar com os mortos a vida inteira. Aliás, até hoje às vezes penso
serem vivos os mortos que comigo falam, e às vezes ainda me pego
preparando refeições enormes para todos que estão na casa, quando
na verdade só a metade vai sentar à mesa para comer. Lembro de
fazer a magia pela minha vontade desde que senti medo pela primeira
vez na vida! Lembro de mover o fogo como um dia assisti alguém
mover as Brumas de um filme… E lembro de que existem inimigos e
amigos desde que tinha sete anos!
Hoje sou Bruxa, tenho um Coven de Mestres, que por sua
vez espalham em seus Covens a semente da Tradição que eu fundei.
Mas continuo atrás de respostas. Por isso e por inúmeras outras
razões que este livro não tem a pretensão da verdade. É apenas a
experiência da pessoa mais perdida que já conheci: eu mesma. Mas
que achou um caminho… A Deusa. E continua aprendendo todos
os dias… Não quero ser a verdade ou impor minha verdade! Quero
repartir o pão e o vinho no Sabat de minha existência, deixar escrito
o meu achado para que sirva de informação, nada mais, nada menos,
a todos que juntam informações para um dia terem respostas as suas
perguntas.
Não sou a verdade, mas estas são as verdades da minha vida!
20
A cruz de
Quatro Ramos
É a Marca de nossa existência, expressão de toda a jornada,
missão e destino da Tradição Imortais da Terra. Resgata o mais
antigo símbolo cósmico conhecido pela humanidade, traduz a
harmonia entre os Deuses e a Terra e repõe seu verdadeiro
significado. Muito antes de ser entregue à fé, a cruz emanava a força
da criação, como o sinal da vida diante do tempo e do espaço. Uma
cruz não é, nem nunca foi, apenas um lugar para o suplício, mas sim o
lugar para o reencontro de nossa raça com outros planos ou com
diferentes mundos.
Seus quatro braços são iguais para que o equilíbrio seja a lei.
Mas completamente diferentes, para que expresse a diversidade
infinita ou a possibilidade eterna. Em seus ramos redescobrimos
nossa imortalidade, reconhecemos a Saga dos Quatro Grandes
Úteros e seu retorno à humanidade, acolhemos a regeneração da vida
e eternizamos nossa caminhada. Os ramos simbolizam a evolução, a
busca do conhecimento e a força espiritual. Simbolizam o novo Povo
Antigo, os muitos e diferentes seres que ergueram e tornaram
possível a vitória desta batalha.
Quatro ramos expressam a totalidade, a real identidade do
ser, a organização do tudo e o ritmo perfeito do fluxo. Sob esta
igualdade diversa expressamos os quatro elementos vivos, os quatro
ventres, as quatro espadas e os quatro escudos. Expressamos as
quatro direções, os quatro ventos primordiais e os quatro sopros de
vida. Expressamos as quatro partes de um dia, as quatro estações do
ano e as quatro fases de uma existência. Expressamos as quatro
Iniciações de nossa caminhada e a força de uma Tradição movida por
dominadores dos quatro elementos.
Cada ramo maior surge de um único centro, um ventre, para
gerar a dualidade perfeita, a polaridade aceita permitindo o resgate
em cada ser humano no macho e na fêmea, no ativo e no passivo, no
espirito e na matéria. Da mesma forma nossa jornada se ergue para o
equilíbrio entre os opostos, diante do Céu e da Terra.
A Cruz de Quatro Ramos resgata, através da Tradição
Imortais da Terra, a interação da humanidade com o Universo.
23
Historias
de uma Vida
CAPÍTULO 1
O Caminho
Mestres da Jornada
29
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
30
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
31
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
32
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
33
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
34
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
35
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
36
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
primeira vez. Na verdade, tão grande quanto o Gigante, mas era ela
com toda certeza. Os demônios estavam ao seu lado, mas nada
fizeram. Achei que estava diante de minha Mãe, mesmo sem saber
quem era minha Mãe, ou se eles eram do mesmo lugar, pelo menos, já
que ambos eram muito grandes. Iria perguntar, mas no exato
instante senti meu corpo queimar todo novamente, muito mais do
que em qualquer outra vez, ou de quando fiquei doente. A dor era
tanta que supliquei pela morte, mas nada a fazia parar. Até que senti
meu corpo absorvendo o fogo e em um instante tudo parou. Fiquei
ali sem saber o que havia acontecido e sem saber ao certo onde
estava. Cheguei a pensar que havia morrido e por isso a dor tinha
parado. Mas movi o braço e toquei a guarda da cama, presumi que
estava viva. Tentei me levantar, mas o quarto girava. Fiquei tentando
falar algo que chamasse alguém, pois estava petrificada pelo medo,
mas as palavras não saíam de minha boca. Adormeci ou desmaiei.
Tanto faz.
E assim comecei minha vida de adulta. Fui morar sozinha,
aos 17 anos, estudar o que queria, trabalhar no que queria, namorar
com quem queria. Acostumei à vida que tinha, e comecei a ter vidas
paralelas. Assim, quando via ou ouvia espíritos, seres elementais,
seres avernais, ou qualquer outra coisa, ou se qualquer outro mundo
se abria na minha frente, tudo bem. Quando acabava, podia escolher
seguir em outra vida, entre as várias que havia criado pra mim.
Hoje compreendo que o conhecimento adquirido cedo
seria a base para toda experiência humana que eu passaria, e que sem
este conhecimento eu não teria sobrevivido.
Estudei Paganismo, Thelema de Crowley, fiz escola de
Wicca, Bruxaria, Xamanismo e me apaixonei por todos que haviam
dedicado sua vida ao estudo do Ocultismo. Como já disse certa vez,
cada grande personagem da história do Paganismo no planeta teve a
sua tela pessoal para expor seus pensamentos e experiências. Suas
jornadas espirituais foram geradas por mistérios íntimos e pessoais.
O renascer do Paganismo teve um palco múltiplo e diverso.
Eliphas Levi e sua inconformidade com a estrutura o levou a
repaginar Alta Magia. Crowley e suas experiências de êxtase abriram
caminho para pluralidade do sistema e o resgate da Magia da
Vontade. Gardner e sua busca pela essência natural. Dorothy, os
Sanders, todos eles, tiveram vários caminhos até forjarem o seu.
Experimentaram várias vertentes, fizeram várias mesclas, teceram
37
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
várias combinações.
Confiar nos Deuses e percorrer o caminho foi meu maior
Mistério.
Quando se tem visão, ou melhor, quando a visão está em
descontrole, é fácil perceber que sexualmente movemos muitas
energias. Quando mexemos com nossa energia sexual, ativamos
automaticamente vários links com o Universo. Infelizmente, a
banalização do sexo traz energias densas e forma ligações avernais,
pesadas e inferiores. Trocamos energias, muito mais do que
secreções durante o ato sexual, e isso não é algo que se possa
controlar naturalmente. Infelizmente, quando se começa estudar
magia, esta é uma que nos chama muito atenção, principalmente
quando se tem 17 anos e uma vida sexual começando a explodir em
hormônios.
Não me arrependo de nada que tenha feito, e olha que fui
extremamente impulsiva e intensamente feroz em minha vida
sexual. Usei a magia sexual para conseguir coisas, fiz experimentos,
criei situações que muitas vezes me colocaram em risco, mas, como
boa seguidora de Aleister Crowley, crença e fé se misturavam à vida e
ao êxtase contido nela. Por isso, exatamente baseada na vida de cada
referência pagã que estudei, é que decidi experienciar cada ato
mágico. Buscava com eles minhas próprias respostas antes de tecer
um único caminho e, como no Brasil outras energias se misturam à
evolução religiosa e energética, eu não via como, não via maneira de
encaixar exemplos e estudos mágicos tão distantes para nossa
realidade espiritual. Nossa colonização europeia se misturou à
descendência religiosa afro e hoje o que possuímos é um país rico em
energia e espiritualidade, maravilhosamente habitado no mundo
divino e sagrado, mas pouco, infelizmente pouquíssimo desvendado
em sua resposta a tudo que misturamos neste caldeirão.
Minhas primeiras experiências sexuais não foram diferentes
das de qualquer outro adolescente. Mas havia uma diferença que já
de cara, na primeira, mudaria pra sempre todo o contexto: a visão.
Percebi energias que se moviam, como formas, manchas que
formavam e sumiam, sombras nas imagens e em certos lugares,
como motéis, seguiam-se de espíritos que ficavam olhando. Entre o
pânico e a sensação de invasão do começo e experimentar chamar
quem estava olhando a participar, foram somente algumas doses de
Hi Fi, que na época era o máximo de nossa transgressão alcoólica.
38
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
39
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
beijou. Fiquei confusa, mas hoje sei que ele me trazia de volta do jeito
mais fácil, ativando minha libido. Na continuação dos beijos,
acabamos indo a um lugar mais reservado.
Chegamos a um pequeno quarto, com banheiro e uma
pequena cozinha montada (quem esteve na Europa sabe que estas
três coisas juntas, em qualquer pensão são um luxo) com minha cara
de surpresa ele disse que morava ali quando estava em Lisboa. Notei
que ele tinha um altar, mas quando me aproximei para ver o que de
perto havia nele, ele me puxou para cama. Qual minha surpresa
quando ao me tocar e deitar, o quarto se encheu de luzes que depois
se tornaram estranhos seres femininos. Não eram bonitos, mas
quando nos tocaram nada mais existia do que o êxtase da vida. É
impossível descrever as sensações. Algo parecido com um
interminável orgasmo, mas que ao mesmo tempo em que era
imensamente prazeroso, sugava-nos completamente. Senti minha
energia se misturar à dele e a nossa energia se mistura às delas, mas,
ao mesmo tempo em que cada vez mais entrava naquele estado de
êxtase, sentia minha forças se esvaírem. Não sei como terminou.
Acho que desmaiamos. Quando acordei, havia dormido quase 24
horas. Já era noite novamente e eu sabia onde encontrá-lo. Voltei à
Casa de Fados.
Quando ele me viu, sorriu e nem me deixou abrir a boca, foi
dizendo: “Vou levá-la pra conhecer alguém.”.
Fomos em sua moto até um lugar distante. Lembro-me de
andar muito e chegarmos a uma casa antiga, coberta de azulejos
brancos com flores azuis desenhadas. Lá conheci uma mulher com
uns 40 anos, Almerinda, que me recebeu dizendo “Sejas bem-vinda.”
Levou-me até uma sala onde ficamos sozinhas e, reparando na
mobília e decoração da sala, notei que havia coisas antigas e
ritualísticas, misturadas a objetos novos e modernos. A lareira estava
acesa, era verão, agosto, e o calor era insuportável no interior do
ambiente. Juro que naquele momento pensei: “O que eu
definitivamente estou fazendo aqui?”. Para piorar, ao ver minha cara
de espanto ela disse: “Ela estava esperando por você!”.
Pronto, pensei, é o fim. Chega! Vou cair fora deste lugar. Foi
tudo muito bom até aqui, Ricardo e tudo mais, mas definitivamente
isso tá fora. Lembrei que estava sei lá onde... Enquanto assistia seres
saírem do fogo. Enquanto ela fazia invocações e mais invocações...
Então tentei pensar no Ricardo e tudo que havia acontecido na noite
40
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
41
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
42
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
43
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Grande Mãe lhes tocar a face por estas folhas. Que dominam o ar e
enchem de graça seus rituais com espirais de incenso e brilhos, por
onde a Grande Mãe dança em suas vidas. Que dominam a água e
erguem o sagrado manto da Grande Mãe aos olhos de outros. E os
que dominam o fogo, e erguem espirais do Sagrado, na figura real da
Grande Mãe Serpente de Fogo, outrora Lilith. Todos saíram, com
muitas certezas e respostas, talvez tantas quantas as novas dúvidas de
seus novos caminhos, mas é assim mesmo que deve ser.
Mestres se formam, não por suas respostas, mas por suas
perguntas.
E eu, particularmente, tenho muitas.
44
CAPÍTULO 2
A Missão
A Grande Serpente
de Fogo se ergue
47
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
48
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
49
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
50
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
51
O Redespertar da Água
53
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
54
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
55
A Iniciação final de Lilith
57
felizes ou tristes ir até a casa de minha Mãe compartilhar meus
sentimentos com ela e por vezes adormecer, enroscada com suas
outras crias, minhas irmãs serpentes.
Bem, lá estava eu diante da Grande Serpente esperando
ouvir algo de minha Mãe, quando senti a presença mais forte dela
dentro de mim, como se tivesse desperto minha parte serpente. E
num piscar de olhos tudo ficou extremamente escuro, vazio, negro
absoluto. Ela me engoliu. Não, não pensem que fui comida pela
Serpente, fui engolida por ela. Magicamente, é muito diferente.
Significa ir ao seu interior. Algum tempo depois acordei diante da
visão de um ninho gigante com milhares de serpentes e cascas de
ovos por todas as partes. Caí no corpo e acordei.
Eu sabia que era uma Iniciação, sabia que algo entre eu e
minha Mãe iria mudar. Sentia minhas pernas dormentes e assim elas
ficaram por muitas horas. Minha coluna doía muito e meus ossos
pareciam estar todos fora de lugar. Já fiz dezenas de ritos a Lilith,
muitas iniciações aos seus poderes. Fui queimada, enterrada, dormi
com serpentes e tive que encontrar o caminho até sua casa. Mas não
sabia o que significava aquela Iniciação e tinha que aguardar
pacienciosamente.
Sentia-me honrada, mas confusa. Me sentia tocada por ela,
mas não compreendia. Me sentia mais Consagrada (“Com o
Sagrado”), mas não a entendia. Talvez porque eu faça mais perguntas
do que deveria ou por minha ansiedade ser enorme. Mas queria logo
voltar a ver minha Mãe para lhe perguntar. Não consegui voltar lá nas
primeiras quatro luas, e atormentei todos os Mestres e Sábios que me
guiavam com a mesma pergunta. O que aconteceu? O que significa?
Cheguei a ouvir de um dos Sábios: Mestre, foi uma Iniciação. O que
acha que significa? E eu sabia que ele estava certo. Tinha que esperar
para aprofundar o poder ou ligação que ela havia desperto. Então,
resolvi sossegar a alma, o corpo e a mente e viver o rito de forma
adequada.
Tempos depois voltei à casa de minha Mãe, fui pedir sua
bênção para um momento pessoal e eis que a revelação se dá. Minha
Mãe se aproximou da mesma forma, a Grande Serpente, mas
quando parou em minha frente se transformou em Deusa, mulher e
linda. Fiquei petrificada diante da revelação. Há várias faces de Lilith,
e Ela as usa para se comunicar com suas filhas, sendo que a serpente e
a coruja são as mais conhecidas. Mas estar diante da própria Lilith,
58
Deusa Lilith, Mãe Lilith, me deixou sem ação. Não consegui falar,
não consegui andar, não consegui reagir. Fiquei ali sem mover um
músculo até que ela sorriu e me mandou de volta. Demorei um
tempo pra me acalmar. Chorei, ri, tomei coragem e voltei lá.
Sim, Lilith em sua visão real é a mais magnífica imagem que
se pode ter sobre tudo o que ela representa. Seus cabelos negros e
longos são a noite mais intensa e silenciosa. Movem-se como se
parassem o tempo e somem aos poucos conforme caem sobre seu
corpo. Seus olhos negros em um rosto fino, lindo e perfeito,
contrastam com sua pele branca, completamente sem cor. São o
reflexo da lua mais negra que qualquer uma de suas filhas já pode ter
sonhado; revelam as profundezas da alma humana e nos deixam
inebriados em seu poder. Sua pele contém o mistério de sua jornada,
é impossível lhe olhar e não ter toda sua história, toda sua jornada e
poder diante dos olhos. É a marca de sua dedicação e amor à
humanidade. Seu vestido é o mais vermelho e fantástico que se pode
imaginar. Não é de tecido, mas como uma fumaça densa, vermelha
escarlate que lhe cobre o corpo, uma mistura de sangue e névoa, ou
de êxtase e brumas. Quando se move, seu vestido acompanha suas
formas com a sensualidade de sua essência e seus pés deixam um
rastro de fogo. Lilith faz realmente jus à sua descrição mais repetida
pela história da humanidade, a Deusa Fantasma. Fez eu me sentir há
quatro mil anos atrás, e ouvir ser chamada como Liliatu, a Filha do
Fantasma.
Descrevo aqui a revelação de minha Mãe a mim! Não quero
ser a verdade sobre sua descrição, e não questiono nenhuma de suas
formas por outros já mencionadas.
59
Aceitar meu destino
61
polaridades vem dele. Foi através de Lúcifer que a Tradição surgiu.
Ele embalou cada sopro de conhecimentos que fundamentei. E o
reequilíbrio de Gaia depende destes entendimentos. Afastando de si
o mundo descencionado, o ser humano enfraqueceu seu corpo, sua
fé e se condenou à dor. Longe da matéria somos espíritos que
caminharam para a luz e muitos hoje se encontram cegos diante de
suas próprias luzes.
A Era de Aquário é a Era Comum. É o poder do ar
buscando novamente o equilíbrio. Mas para acontecer é preciso
abrir os olhos à verdade e ao conhecimento, e isso não vai acontecer
se continuarmos a cultivar nossos desejos de luz sem olhar para
sombra que está ao lado. Nesta Nova Era viveremos para uma nova
consciência, e nossa realidade está muito longe dos requisitos
básicos para recebê-la. Investigação Intelectual Religiosa é um
instrumento de grande poder nestes tempos.
Lilith também é datada em 11 mil anos de existência em
Gaia e esta é apenas uma de suas casas no Universo. Lúcifer já se uniu
a muitas outras Divindades, Deuses e Guardiões durante a história
de nossa humanidade. Eles ficaram em Gaia quando o Patriarcado
se estabeleceu e se adaptaram ao mito para sobreviver aqui. Mas
chega de serem vistos como demônios e seres infernais. Sua essência
é mais velha, mais sábia e muito mais complexa do que é descrito
pelo Cristianismo.
A Inquisição foi um golpe político, como sabemos. Foi a
maneira mais fácil, embora covarde, de afastar a medicina popular:
curandeiras, parteiras e líderes de clãs foram queimadas para gerar
espaço à sociedade desenvolvida que surgia. Médicos, advogados e
outros recém formados precisavam de trabalho, e não tinham
espaço diante da tradição.
O Cristianismo é uma religião política ao extremo. Afastou
a humanidade da matéria e vive em berço de ouro. Foi fundada em
cima dos conceitos, fundamentos e tradições pagãs, e por ocultistas
que na época se venderam ao sistema para continuar seus estudos,
visto que em sua biblioteca hoje está o maior acervo mágico,
esotérico e pagão do mundo.
Longe da matéria e guiada por quem precisa conter mentes
que pensavam, questionavam e lutavam, a humanidade se
desequilibrou. Aprendemos a não pensar, simplesmente aceitamos
as regras. “Cumpra as 10 leis e tudo irá acabar bem!”. Só esquecemos
62
que nunca acaba. Sempre retornaremos a Gaia ou a outro mundo,
pois somos seres na eterna ciranda de evolução. E muito pior:
deixando de buscar o conhecimento individual, estamos hoje
extremamente atrasados nesta evolução.
O equilíbrio é a lei. E sem equalizar a cruz, ele é impossível!
Aceitar a Dualidade Sagrada é apenas uma parte. Deuses e Deusas
juntos irão gerar o futuro. Mas é preciso aceitar também a polaridade.
Luz e escuridão sustentam a evolução e sem sua obra continuaremos
a caminhar para a miséria.
Dualidade e Polaridade em cada Elemento e dentro de cada
Útero de Gaia são o futuro e a nova consciência humana.
Não há como deter uma Era!
63
CAPÍTULO 3
A Senhora
dos Úteros
A história que desenha os
Imortais da Terra
67
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
68
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
humanidade.
Cada vez que em Gaia um Caldeirão é consagrado, este se
torna uma faísca dos Grandes Caldeirões primeiros, os Grandes
Úteros da humanidade. Após a vitória final ela foi ao encontro dos
Úteros Originais e devolveu a estes os seus elementos. Juntamente
com as Guardiãs, entregou-os a sua Mãe que os devolveu à
humanidade. E assim, mais uma vez Lilith nos entrega o poder da
vida. Assim os Úteros voltaram a Gaia. Assim a mulher se tornou a
Senhora dos Úteros e assim começa uma nova Era.
Diante da Era de Aquário esta mulher está de volta a Gaia. A
Senhora dos Úteros começa a unir os seguidores da Antiga Fé e
continua guiada por sua Mãe, lutando para que o equilíbrio retorne
ao nosso mundo. A Tradição Imortais da Terra a reconhece e
pertence a esta história, começando nestes escritos a contar um
pouco de sua jornada.
Ela vive em Gaia, como qualquer um de nós, e todos que
buscam a Deusa podem chegar até ela. Não possui a postura dos
antigos escolhidos dos Deuses, pois entende que muitos teceram
juntos o caminho até aqui. Mas seus feitos, de outras pessoas e de
muitos seres devem ser contados por aqueles que acompanharam e
lutaram ao seu lado até aqui. E é por isso que registro o pouco que sei
de sua caminhada.
A Senhora dos Úteros tem uma irmã, que a humanidade
conheceu outrora como uma grande Rainha. Juntas continuam a
cumprir missões em todos os mundos, pois os Deuses lhe guiam,
ordenam e a elas entregam missões. Esta Rainha vive hoje no mundo
espiritual e sua ligação com a Senhora dos Úteros em Gaia permite as
duas o equilíbrio necessário para cada nova jornada. Foi assim que
diante de mais uma missão as duas se tornaram testemunha da
primeira conversa entre Lilith e os Guardiões Antigos dos Úteros. E
foi assim que elas devolveram ao Guardião do Mundo Avernal os
livros de seu legado.
Conta a história que a Rainha recebeu ordens de buscar seis
dominadores de elementos presos no Mundo Ascencionado para
que fossem encaminhados às suas novas vidas diante da Era de
Aquário. Mas o encontro seria com os Quatro Guardiões Antigos,
Senhores das Espadas dos Elementos, e ela deveria voltar com suas
posições diante do novo momento espiritual. Poderia levar alguém
com ela para ajudá-la na missão e como sempre escolheu sua irmã
69
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
70
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
71
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
72
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
73
Sistema Magico
CAPÍTULO 1
Estatuto e
Estrutura Oficiais
da Tradição
Imortais da Terra
Uma Tradição
Contemporânea
79
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
80
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
81
Os Oito Sabats na
Tradição Imortais da Terra
Sabat de Samhain
Sarau dos Antepassados
40 Dias após o Equinócio de Outono
Egrégora: 01 de maio
O Deus em sua face O Senhor da Morte, tendo como tema ritualístico A Morte e
o Renascimento. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele
que se Sacrifica”.
Arquétipo: O Sacrifício
83
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
consumo humano seria dos animais que ficariam vivos para dar
continuidade a criação. Os ossos eram transformados em armas e
ferramentas. A pele aqueceria famílias do frio e da morte, e por isso
todo abate era um sacríficio aos Deuses para que o sacro ofício
pudesse continuar a existir.
Compreender este passado é preparar o futuro. Samhain é o
tempo dos sacrifícios necessários para que possamos continuar
nossa jornada de evolução em Gaia. Decisões e mudanças que
envolvam cortes ou abandonos de antigas posições ou situações
podem ser melhor realizadas em Samhain, aproveitando o tempo
que conspira a favor.
Não guarde aquilo que você não usa, pois guardar é manter
sua energia parada. Organize sua rotina, pois sem disciplina os cortes
tendem a ser mais profundos quando necessários. Repense seus
valores, é tempo de refletir para o amanhã.
Samhain começa geralmente com a Sopa dos Mortos, feita
ritualisticamente. Mas ela também pode ser feita sem a cerimônia,
tornando possível a qualquer grupo ou família celebrar Samhain.
Enquanto a Sopa dos Mortos vai cozinhando no Caldeirão,
realizamos o Sarau dos Antepassados. Poesias, crônicas e contos...
Músicas e homenagens aos mortos... Sejam Antepassados,
Ancestrais, amigos ou relações pessoais, são feitas por todos. E assim
assistimos danças antigas, poemas de amor, brincadeiras da infância
e receitas antigas voltarem à vida. A homenagem de cada pessoa é
livre e sempre com alegria. Acreditamos no retorno e celebramos o
ciclo. Vinho, quentão e licores de café caem muito bem ao
acompanhar a Sopa dos Mortos.
Sopa dos Mortos - Pedaços de carnes variadas (como porco,
boi, cabrito, ovelha e aves) formam um caldo bem temperado e por
vezes fervido durante horas até que as carnes fiquem macias. Como
primeiro ato do Sabat, cada integrante coloca uma raiz (já cortada em
pedaços) dentro do caldo, ao mesmo instante em que pronuncia os
sobrenomes de sua família ou grupo específico que esteja
lembrando. É importante organizar as raízes para o cozimento, pois
algumas cozinham muito mais rápido do que outras e assim entre
batatas e cenouras, por exemplo, as cenouras entram primeiro. As
carnes variadas remontam o tempo em que tudo era aproveitado
como alimento. E as raízes são o símbolo da terra, para onde todos
nós voltaremos.
84
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Sabat de Yule
Comemoração da Luz
Solstício de Inverno em nosso hemisfério
O Deus em sua face A Faísca Divina, tendo como tema ritualístico A Criança
da Promessa. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
traz a luz”.
Arquétipo: A Criança
85
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Sabat de Imbolc
Festa do Queijo
40 dias após Solstício de Inverno
Egrégora: 01 de agosto
O Deus em sua face O Garoto do Pólen, tendo como tema ritualístico A
Iniciação. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
desperta a semente”.
Arquétipo: O Mago
Sabat de Ostara
Festival dos Ovos
Equinócio de Primavera em nosso hemisfério
O Deus em sua face O Fausto Semeador, tendo como tema ritualístico O
Consorte. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
revela o Mistério”.
Arquétipo: O Guerreiro
Sabat de Beltane
Sarau para o Amor
40 dias após o Equinócio de Primavera
Egrégora: 31 de outubro
O Deus em sua face Úbere Apaixonado, tendo como tema ritualístico O Poder do
Amor. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
fecunda”.
Arquétipo: O Amante
89
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Sabat de Litha
Comemorações Luciferianas
Solstício de Verão em nosso hemisfério
O Deus em sua face O Rei do Verão, tendo como tema ritualístico Vigor
Soberano. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
Traz o Poder”.
Arquétipo: O Rei
90
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Sabat de Lamas
Festa do Pão
40 dias após o Solstício de Verão
Egrégora: 2 fevereiro
O Deus em sua face O Deus do Grão, tendo como tema ritualístico Sabedoria
Divina. Na Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que
Abençoa”.
Arquétipo: Ancião
91
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Sabat de Mabon
Festival dos Grãos
Equinócio de Outono em nosso hemisfério
O Deus em sua face O Mártir, tendo como tema ritualístico A Decisão. Na
Jornada Iniciática da Tradição ele assume o Dom “Aquele que se entrega”.
Arquétipo: Limitador
92
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
93
Os Esbats na Tradição
Imortais da Terra
95
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
96
Deuses, Elementos
e Portais
Todas as faces da Grande Mãe são exaltadas por seus
elementos naturais dominantes: Terra, Água, Ar ou Fogo; sendo os
Deuses na Tradição Imortais da Terra divididos por seus elementos e
nas polaridades arquetípicas de suas faces luminosas e negras. Este é
o ponto essencial ao equilíbrio na Tradição, mantendo, assim,
ascencionamento e descencionamento completamente possíveis
para os trabalhos de Esbats, Sabats e rituais. Entendemos que
classificar Deuses por ascencionados ou descencionados é fora dos
conceitos pagãos e que isso rotula e limita uma energia que pode e
deve ser infinita.
Cada Elemento tem seu Portal e sua estrutura de trabalho. E
cada Portal é regido pelos Deuses e Deusas de seu Elemento.
Cada Deusa ou Deus regente atua em sua frequência
energética do ascencionamento ao descencionamento, e vice-versa.
Assim tecemos a verdadeira energia de equilíbrio entre Dualidades e
Polaridades sagradas.
97
O Retorno dos Úteros
Lilith é com toda certeza a presença mais real dos Deuses
Antigos neste momento da Nova Era. Sua história mais recente é
conhecida por todos. Ela é a Serpente que entregou o útero a Eva no
Éden. Sem ela Eva não é uma mulher e sim um homem castrado,
feito de outro e sem a consciência sobre o feminino. Desta vez ela
retornou devolvendo os Quatro Úteros à humanidade.
Vou explicar melhor: a Era de Peixes entregou e preservou
os quatro elementos de ligação humana ao Sagrado regidos por
Espadas. Fica mais fácil entender quando damos os nomes às
Espadas. Na Era de Peixes, os quatro elementos, terra, fogo, ar e água
foram regidos por seus Arcanjos Uriel, Michael, Gabriel e Rafael, que
mantiveram a chama Sagrada acesa, mas como representantes do
Sagrado Masculino não puderam gerar o novo, apenas os
direcionavam. Já a Era de Aquário traz o poder dos elementos
novamente conectados aos seus Úteros e, portanto, novamente
capazes de gerar. O Novo tempo Sagrado é de união entre úteros e
espadas, masculino e feminino juntos, gerando e direcionando cada
forma de poder.
Novamente Lilith nos entrega o poder da consciência
humana.
99
Os Escudos dos
Elementos
Imortais da Terra resgata Tradições Antigas e durante o
desenvolvimento de nosso Sistema Mágico sentiu-se a necessidade
de algo que mantivesse o poder por nós desperto dos elementos em
segurança. Num primeiro momento, acessamos a força mais
primordial de cada elemento, com base na vinda destes para Gaia
através da Deusa Atena.
Conta a história que Atena, quando da formação de Gaia
como a conhecemos, entregou de presente ao Grande Útero quatro
cavalos, um de cada elemento, vindos de Júpiter. Eles representavam
a força primitiva de cada elemento. No primeiro momento de sua
interação com a humanidade, representavam a união entre o Sagrado
e o Físico, e simbolizavam a dualidade em perfeito equilíbrio.
Resgatamos parte deste poder na Tradição Imortais da
Terra, e diante de Atena assistimos à criação de Quatro Escudos.
Eles foram gerados dentro dos Úteros Sagrados, um de cada
elemento, e sob as leis da sabedoria e justiça humana de Atena.
101
O Reequilíbrio das Espadas
Diante da Nova Era foi preciso a conquista pelo equilíbrio
das espadas, que durante dois mil anos permaneceram erguidas
somente ao mundo ascencionado. Acumularam sem interrupção a
egrégora de Peixes e sua elevação pela dor e expiação dos pecados.
No Templo dos Imortais assisitimos ao retorno de
Morrigan, a Grande Rainha, tomando para si o poder de cada uma
das espadas. Sua força e seu poder irão guiar os guerreiros do Novo
Tempo nesta fase de transição, onde será preciso a preparação para
morte e o renascimento diante de uma nova consciência. Todos os
dias morremos e renascemos. E hoje, mais do nunca, seu corvo irá
guiar os guerreiros que há muito tecem a batalha para o caminho do
retorno aos Deuses Antigos. E da mesma forma ele irá anunciar a
partida daqueles que já encerraram seu tempo.
103
Elementos e
Dominadores
105
Vida e Morte de
um Bruxo
107
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
108
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
situação apresentada pela vida e que foi gerada por nós mesmos,
pois acreditamos que temos aquilo que vibramos, e isso nos coloca
em uma postura completamente diferente das outras pessoas.
Temos o dever do aprendizado. Os questionamentos sempre feitos
são: O que eu preciso aprender com isso? Por que vibrei esta energia
para mim? Qual minha responsabilidade? E nunca mais você irá
voltar a acreditar em “Seja feita a Vossa Vontade!” Esqueça!
Outra mudança é sobre o livre arbítrio. Não existe! Em
nossa religião somos a base de nosso conhecimento, ou seja, quanto
mais se sabe, menos livre vontade se tem. O caminho é um só, reto,
uno. Podemos optar, sim, em como seguiremos este caminho, mas a
escolha de seguir ou não... Esqueça! Certa é a concepção de que
enquanto não se tem o conhecimento, não se tem a
responsabilidade.
Não buscamos a luz, nem a escuridão. Somos e buscamos o
equilíbrio entre as polaridades. Na Tradição Imortais da Terra, em
especial, este conceito é bem particular e presente, pois a face da
Grande Mãe Serpente contemporânea desperta foi Lilith e sua
energia é muito mais avernal do que ascencionada, seu trabalho é o
da luz nas trevas! Portanto, nosso trabalho é diretamente ligado ao
resgate e a resolução de problemas mágicos, espirituais e kármicos
no mundo avernal; onde hoje nossa humanidade possui a maior
parte da sujeira guardada embaixo do tapete durante milênios.
Digamos que um trabalho bem em vogue nos dias atuais.
Ser um Bruxo é ter a responsabilidade integral sobre cada
escolha, e tudo gera uma energia que voltará sobre quem as faz! O
que não significa que escolhamos somente caminhos floridos, pois
vemos e aceitamos a luz que é emanada e sustentada pelas trevas.
Mas ser um Bruxo também é ser e fazer parte do Universo
de uma maneira íntima, única e particular. No início pode parecer
tudo muito difícil ou até mesmo complicado. Você pode até mesmo
ter medo da proximidade do plano Divino, energético e espiritual,
mas com o passar dos anos começamos a trilhar um caminho
imensurável aos olhos comuns. A proximidade dos Deuses é tanta e
diretamente a você, que nunca mais se sentirá realmente vazio ou
sozinho. Somos parte da natureza e ela literalmente conversa
conosco. Nosso caminho é sagrado e abençoado.
Seus poderes irão brotar naturalmente e compreenderá a
magia que te habita. Temos a capacidade da comunhão com os
109
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
110
Ética e Moral
Definimos “moral” como um código de pensamentos e
ações certos e errados impostos externamente por uma sociedade.
Ética é um código pessoal de certo e errado escolhido por um
indivíduo depois de reflexão e estudo cuidadosos.
Mas o que acontece quando diferentes éticas entram em
choque? Como conciliar dois pontos de vista antagônicos baseados
em ética? E quando esta ética se trata de poder e magia?
O Poder é sempre uma questão de ética. Mas o que mede a
clareza ética na magia?
Isto é baseado na responsabilidade mágica. O principio é
hierárquico e sistemático, mas também cabe aqui o bom senso e a
humildade. Dentro do seu espaço, cada ação mágica é de sua inteira
responsabilidade. Sendo assim, tudo aquilo que for gerado será o
espelho de sua magia. Não há como fugir disto. O efeito pode ser
imediato ou não, duradouro ou não, reversível ou não, mas lhe
pertence integralmente. Já em um grupo mágico, um Coven por
exemplo, o conflito pode ser mais grave, já que a responsabilidade é
da maior hierarquia neste, e devido ao fato de que algumas pessoas
simplesmente não conseguem superar suas diferenças, o melhor é
seguir uma orientação baseada em harmonia. O seu Coven é o que
você faz dele. O seu compromisso, responsabilidade, respeito
hierárquico e participação são fundamentais para o andamento de
sua magia. Tal integridade permite a um Coven a existência por várias
gerações.
Quando você opta por determinado Coven, ele está baseado
no trabalho da pessoa que o dirige, e em nossa Tradição a diversidade
de Mestres é bem ampla. Se para você este ou aquele Mestre não é
111
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
112
Pertencer a um Coven
113
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
114
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
115
O Caminho da Tradição
Imortais da Terra
Círculos
Cada Coven possui um Círculo de Orientação.
O Círculo é um grupo orientado pelos Mestres dos Covens,
que acolhem pessoas da Escola Imortais da Terra e Comunidade
Pagã que desejam pedir ingresso nos respectivos Covens
futuramente. De forma alguma é um grupo de estudos ou o Mestre
tem a obrigação de ensinar. Para isso a Tradição Imortais da Terra
tem a Escola de Magia, Esoterismo e Bruxaria, onde diversos cursos
são oferecidos a qualquer um que queira aprender as bases do
Paganismo, do Esoterismo e das Terapias Holísticas.
O pré-requisito obrigatório para participação dos Círculos é
estar matriculado e frequentando uma de nossas Escolas. Existem
bolsas para pessoas que não possuam condições de frequentar os
cursos, e para acessá-las basta dirigir-se a direção de qualquer escola.
Não são bolsas gratuitas. São possibilidades de pagamento na moeda
mais antiga do mundo, a permuta. O aluno bolsista trabalha na
Escola ou em um dos Templos da Tradição exatamente o mesmo
número de horas do curso que quer frequentar. Mas há requisitos
para conseguir as bolsas que estão a cargo dos Mestres e Diretores da
Escola.
Covens
117
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Pré-requisitos:
Somente Aprendizes podem se indicar à Seleção;
Ter passado na Avaliação de Conhecimentos sobre a
Tradição Imortais da Terra.
A “Avaliação de Conhecimentos sobre a Tradição Imortais
da Terra” é baseada nesta obra: “Imortais da Terra: Histórias de uma
vida que viraram Tradição”, de Wakanda Layuth Mahtab, Mestre
Maior e fundadora da Tradição Imortais da Terra.
Avaliações e Extras
118
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
119
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Um ano e um dia
O período individual entre cada Posição Hierárquica
120
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Aprendizes
É a segunda posição dentro dos nossos Covens.
Estão aprendendo o Sistema Mágico da Tradição e sendo
treinados para a Primeira Iniciação. Quem avaliza o início deste
processo é o Mestre de seu Coven. Portanto, não é necessário passar
por Mistérios para se tornar um Aprendiz. Entendemos que é o
resultado da caminhada como Adornado, e que tornar-se um
Aprendiz registra o momento em que ele alcançou a profundidade
para começar a ser treinado. Para esta posição o integrante deve já
ter alcançado uma sintonia e interação satisfatória com os Úteros,
Espadas e Escudos da Tradição.
É o tempo de aprender, experienciar e entregar-se à vida
pagã.
São direitos de todo Aprendiz participar dos rituais de seu
Coven que o seu Mestre lhe permitir; ter acesso ao Templo Máximo
da Tradição e ao Templo de seu Coven para treinamentos e interação
com o Sagrado; bem como participar de todos os cursos de nossa
Escola ministrados por nossos Mestres completamente sem custo.
São de responsabilidade dos Aprendizes a manutenção de
artefatos para uso mágico, como garrafas e vidros de poções,
pantáculos diversos, colheita e organização de ervas, cristais, pós e
conchas, e tudo mais que o Mestre do Coven e/ou o Mestre Maior
necessitem para atividades mágico-espirituais. Assim como a
limpeza e manutenção dos mesmos Templos e ajuda ao Clã dos
Anciões em qualquer de suas tarefas.
121
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Iniciados
Existem na Tradição Imortais da Terra 3 Graus de Iniciação.
Não realizamos ou aceitamos auto-Iniciações, e os Selos Iniciáticos
da Tradição e de Dominação dos Elementos que mencionaremos
aqui são passados de Mestres para Mestres, não estando aqui
descritos ou desenhados. Também não possuem relação alguma com
as tatuagens que aqui serão descritas.
Pré-requisitos:
Para se tornar um Iniciado é necessário ter passado na Prova
de Avaliação sobre a Tradição Imortais da Terra prática e teórica;
Na prova prática deve provar ser capaz de usar os
Pentagramas e Espirais da Tradição de forma a realizá-los até mesmo
inconsciente;
Ter feito sua indicação durante os Ritos Iniciáticos de
Mabon;
Novamente na Primeira Iniciação o Aprendiz se coloca à
disposição para avaliação no Conselho de Anciões, pelos Mestres
Imortais Espirituais e Guardiões Astrais, onde sua jornada até aqui é
avaliada;
Todo aprovado a Iniciação deve escrever de próprio punho
uma Carta de Juramento. Sendo esta de lealdade à Tradição Imortais
da Terra, ao Mestre Maior e ao seu Mestre; contendo sua assinatura
com testemunho mágico.
É de direito de todo Iniciado ter acesso livre ao Templo
Máximo da Tradição e ao Templo de seu Coven para treinamentos,
vivências, interações e toda forma de evolução em seu caminho
mágico e espiritual; participar completamente sem custo de todos os
cursos de nossa Escola, ministrados por nossos Mestres. É de
responsabilidade dos Iniciados a confecção de Instrumentos
Mágicos para o Templo de seu Coven e/ou do Templo Máximo da
Tradição, como lanças, flechas, capas, mantos, símbolos, amuletos,
imagens e toda ordem de instrumentos dos quais necessite o Mestre
do Coven ou Mestre Maior; ajudar na limpeza e manutenção dos
mesmos Templos e estar à disposição sempre que necessário nas
atividades do Clã dos Anciões.
122
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
123
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
124
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Mestre
Novamente na Iniciação de Mestre o Iniciado se coloca à
disposição para avaliação no Conselho de Anciões, pelos Mestres
Imortais Espirituais e Guardiões Astrais, onde sua jornada até aqui é
novamente avaliada. Nenhuma Iniciação de Mestre é feita com a
negativa por qualquer um deles.
A Iniciação de Mestre acontece para que o Iniciado receba
todos os selos novamente em suas mãos e pés, através das mãos do
Mestre Maior da Tradição Imortais da Terra, e de acordo com a
manifestação física de cada um. Só então terá a capacidade de passar
adiante cada um deles. Cada elemento é gravado energeticamente na
extensão do corpo que lhe pertence.
Ser Mestre da Tradição Imortais da Terra não autoriza a
formação de um Coven e sim garante ao Integrante a participação no
Coven de seu Mester Maior, Coven Filhos da Deusa. As autorizações
para abertura de Coven e de Templo por um novo Mestre são
fornecidas apenas pelo Mestre Maior.
Somente o Mestre Maior da Tradição tem o poder de Iniciar
novos Mestres e somente perante esta Iniciação é que será
consagrado o Cajado de um novo Mestre - símbolo do resultado de
toda sua jornada.
A Marca que o consagra um Mestre Imortal (Duas
Serpentes) é também obrigatória e não possui local pré-estipulado.
É de responsabilidade dos Mestres o bom andamento de
todas as atividades do Templo Máximo da Tradição e/ou do Templo
de seu Coven. Assim como as atividades, direitos e responsabilidades
de todos os integrantes de seu Coven.
As tatuagens Ritualísticas Iniciáticas devem ser feitas no
período máximo de 40 dias (exceto primeira iniciação), sob a pena de
suspensão.
125
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Mestre Conselheiro
O Mestre Conselheiro seguiu seu caminho à Maestria da
mesma forma que todos os outros Mestres, mas renuncia de forma
espontânea ao direito de possuir um Coven para exercer o cargo,
ficando ligado e respondendo diretamente ao Mestre Maior.
Sua função é ser o segundo veículo de comunicação entre a
Tradição em Gaia e o Conselho dos Anciões, Mestres Espirituais e
Guardiões Astrais; e para isso deve ser incontestável sua ligação e
capacidade de comunicação com estes. Na falta do Mestre Maior é
ele quem representa a vontade dos Conselhos perante a Tradição em
Gaia, mantendo-se neutro diante de todos os Covens, inclusive auto-
exonerando do cargo de Mestre Maior.
É dever do Mestre Conselheiro intermediar a organização e
estrutura dos Mistérios Iniciáticos da Tradição Imortais da Terra
entre o Mestre Maior, Mestres e Covens.
Novos Mestres Conselheiros só serão eleitos por motivo de
morte do(s) atual(ais) e/ou por decisão unânime entre o Mestre
Maior, o Conselho de Anciões, Mestres Imortais Espirituais,
Guardiões Astrais e o Coven de Mestres Filhos da Deusa.
Mestre Maior
Na Tradição Imortais da Terra, Mestre Maior é um título
vitalício. Uma vez alcançado, lhe pertence de corpo e alma. É ele o
principal meio de comunicação entre todos os Mestres e o Conselho
de Anciões, Mestres Imortais Espirituais e Guardiões Astrais.
Um novo Mestre Maior só é eleito por dois motivos:
Morte do Mestre Maior ou;
Decisão do Conselho de Anciões, Mestres Imortais
Espirituais e Guardiões Astrais da Tradição Imortais da Terra;
Requisitos para ocupar o cargo:
Somente os candidatos indicados pelo Conselho dos
Anciões, Mestres Imortais Espirituais e Guardiões Astrais podem
ser submetidos ao testes e Mistérios Iniciáticos para o cargo;
elaborados e feitos por estes.
Todos os atos do Mestre Maior deverão estar sempre em
conformidade com os Conselhos.
126
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Escriba
É responsável pelo registro de absolutamente todas as
ações do Coven, seja escrito ou mesmo em arquivos de áudio e/ou
vídeo. História é feita de fatos, e estes devem ser guardados como o
tesouro pessoal do Coven para as futuras gerações. A ele é atribuída a
responsabilidade pelo Livro Branco do Coven, podendo este ser
acessado somente pelos Membros do Coven, pelo Mestre Maior e
pelo Escriba Oficial da Tradição. É de suma importância a interação
íntima entre os Escribas dos Covens e o Escriba Oficial da Tradição,
uma vez que a este é reservada a responsabilidade de manter os
registros de todas as atividades dentro do grande grupo.
Para ocupar este cargo é preciso que a pessoa tenha uma
relação íntima com as palavras, podendo qualquer membro do
Coven se indicar à posição ou ficando nas mãos do Mestre a escolha
de quem melhor se adapta ao cargo.
Menestrel
É responsável por eternizar momentos importantes do
Coven através de música e/ou poesia, levando a história de seu
grupo ao futuro.
Para ocupar este cargo é preciso que a pessoa tenha a
sutileza em sua alma para poder expressar em notas suaves a história
de seu grupo, podendo qualquer membro se indicar à posição ou
haver a escolha a partir do Mestre, ou ainda haver uma competição
interna para que o melhor entre todos seja escolhido.
127
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Apresentação
É o acolhimento da criança recém-chegada em nossa
comunidade, e de seus pais nesta nova Jornada perante todos os
mundos. Trata-se do Ato Mágico de apresentá-los à Arte, ao
128
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Maturação
São os ritos que marcam o desenvolvimento humano,
tornando o indivíduo apto para uma nova fase da vida. É o
fechamento de um ciclo que lança ao caminho de outro. Eles são
diferentes a homens e mulheres de acordo com a essência humana e
acontecem em tempos diferentes e não interligados, em cada
indivíduo.
União
É o casamento ou Ato Estável de União entre membros de
nossa Tradição. Trata-se do compromisso assumido perante o
Sagrado, os Deuses e a Comunidade de dois seres em nome do amor
e da lealdade. Não há aqui um ritual pré-estabelecido e sim a vontade
sagrada da união. Pode ser realizado por um Mestre ou apenas pelo
casal.
Exarcebação
É o rito que marca a passagem para Ancianidade. Ele dá
permissão ao Ancião de participar do Clã de Anciões do seu Coven e
só pode ser realizado para integrantes com cinquenta anos ou mais e
que já tenham passado para menopausa ou andropausa.
Trata-se de uma Apresentação à comunidade e da
nomeação pública do Ancião perante o Sagrado e os Deuses.
Somente pode ser realizado pelos Mestres de nossa Tradição.
Libertação
É a cerimônia completa da morte ao funeral de um
integrante de nossa Tradição, onde são executadas vontades por este
pré-estabelecidas e encaminhadas todas as suas heranças mágicas.
Nenhum Instrumento que tenha pertencido a um Imortal
da Terra pode ser vendido ou leiloado. Assim como nada,
absolutamente nada que pertenceu a um Imortal da Terra, é
129
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Outras Tatuagens
A tatuagem popular entre os Imortais da Terra é o
Pentagrama circundado pela Serpente. Esta pode ser feita por
qualquer integrante de nossa Tradição, Iniciado ou não.
Usamos tatuagens livremente, como Marcas e Símbolos
Ritualísticos. Tentamos colocá-las de forma a somar poder e de
forma mágica ou espiritual. Por isso, cuidado com desenhos que
bloqueiem ou anulem elementos e poderes.
130
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
131
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Saída da Tradição
Dentro de uma sociedade, seja ela pagã ou não, é normal
surgirem conflitos. Muitas vezes estes fazem parte do
desenvolvimento e são necessários à evolução de relações. Mas
quando o entendimento não é mais possível, é preciso ter passos pré-
estabelecidos a serem seguidos, que darão ao grupo um norte em
suas ações. Sendo assim, na Tradição Imortais da Terra o primeiro
passo é baseado em ética e poder, como já foi discutido
anteriormente. A hierarquia rege a responsabilidade mágica e
mantém a ordem a ser seguida. Porém, quando a harmonia não é de
forma nenhuma possível ou quando o desentendimento envolve
deslealdade ou outro princípio vital à permanência de um integrante,
este pode pedir o seu desligamento da Tradição e Coven. Do
contrário, estará sujeito a julgamento aberto entre acusação e defesa,
e devidas consequências que podem ser medidas por todos os
Mestres da Tradição, pelo Conselho de Anciões, Mestres Imortais
Espirituais e Guardiões Astrais. As medidas punitivas podem ser
flexíveis, entre licença, suspensão ou expulsão. A este processo
chamamos de Fogueira.
Licença
Ocorre de forma espontânea ou não, quando em caso de
Fogueira, nunca ultrapassando o período máximo de 30 dias.
Durante a licença o integrante fica proibido terminantemente de
participar de rituais ou exercer qualquer ato ou atividade mágica.
Suspensão
Resultado do julgamento da Fogueira, com período entre
um a cinco meses, podendo ser prorrogado diante de uma nova
Fogueira. Durante a Suspensão o integrante fica proibido
terminantemente de participar de rituais ou exercer qualquer ato ou
atividade mágica.
Expulsão
De caráter irrevogável, obedecendo a todos os atos mágicos
e físicos de desligamento.
132
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
133
transformá-las magicamente em sinais de Alta Traição. Tendo este
seu nome gravado no Livro do Conselho de Anciões, estendendo
sua traição ao mundo espiritual e, portanto, a futuras encarnações.
Nota Oficial
Este estatuto, em sua totalidade, está registrado em
Cartório.
A Magia do
Pentagrama
Pentagrama
137
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
138
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Tipos de pentagrama
Espírito
Ar Água
Terra Fogo
Ar
Invocando Banindo
Fogo
Invocando Banindo
139
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Água
Invocando Banindo
Terra
Invocando Banindo
140
Símbolos Mágicos
Triângulo
O Seio Cósmico Materno
O triângulo é a primeira figura geométrica perceptível. No
Egito simbolizava a tríade constituída pela vontade espiritual, o
amor-intuição e a inteligência superior no homem, isto é, a alma. O
triângulo de ponta superior representa o Fogo (chama que sobe), o
masculino e ativo existente em tudo e todos. Um traço horizontal o
torna passivo e representa o Ar. Invertido, representava taça pronta a
receber Água, feminino e gerador. Com traço horizontal o triângulo
da água representa a Terra, passivo e feminino.
Os Astecas o empregavam acoplado a outro, um com a
ponta para cima e outro para baixo, para representar um ciclo
atemporal.
141
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Cruz
A união dos opostos
Para a Bruxaria, a cruz, sendo união entre mundos, é sempre
desenhada, exposta, exibida e aceita magicamente, quando contém
seus quatro braços traçados com tamanho, espessura, largura ou
comprimentos obrigatoriamente iguais. Sendo esta símbolo de
ligação entre opostos, deve conter em si o equilíbrio para existir.
A cruz, quando exposta desta forma, é a união entre o plano
espiritual e o plano físico, mantendo através de seus braços a ligação
entre o nosso plano e o Divino e representando os quatro polos
magnéticos ou polos mágicos; e de suas essências energéticas e
materiais: o Leste e sua essência eólica (Ar); o Sul e sua essência ígnea
(Fogo); o Oeste e sua essência aquática (Água); e o Norte e sua
essência telúrica (Terra).
A cruz, símbolo da harmonia entre os Deuses e a Terra, é um
dos mais antigos símbolos cósmicos. Indicando os quatro pontos
cardeais, é base de todos os símbolos de orientação: terrestre celeste,
espacial e temporal.
Realiza a união dos contrários, o cruzamento do traço vertical
erguido, de pé, ereto e ativo; representando a ação da energia
masculina que transpassa e fecunda. E o traço horizontal, receptivo,
passivo, feminino, é essencialmente um sinal de vida, de conjunção
fecundante e de poder realizador.
Representa o equilíbrio das forças. O Mundo Ascencionado
142
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
A Senda Óctupla
O espírito
É simbolizada pela Roda da Lei ou Roda da Vida
(dharmachakra) a manifestação do Sagrado para o Paganismo
expressa na Roda do Ano.
Os oito raios representam os Oito Caminhos da Lei ou da
evolução. Partem do ponto central que simboliza a Verdade, o
Sagrado em seu tudo e nada.
Os raios circundados por um aro representam a sabedoria.
Se a divisão em quatro elementos simboliza o mundo terrestre e por
extensão o trabalho interior de cada homem, a divisão por oito que
visualiza, além disso, os quatro pontos intermediários, simboliza um
mundo intermediário entre o céu e a terra, e representa a totalidade
ou a plenitude da manifestação cósmica.
143
Os quatro elementos
Quadrante Leste - Elemento Ar
Fase Solar: Nascente
Fase Lunar: Crescente
Guardião Real: Estrela de Aldebaran
Estação do ano: Primavera
Vibração: Masculino e Passivo
Condição: Mental
Poder: Saber
Sentido: Olfato e Audição
145
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
146
Quadrante Sul - Elemento Fogo
Fase Solar: Meio-dia
Fase Lunar: Cheia
Guardião Real: Estrela Regulus
Estação do ano: Verão
Vibração: Masculina e Ativa
Condição: Espiritual
Poder: Ousar
Sentido: Visão
147
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
148
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
149
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
150
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
151
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
conectamos a toda esta força, a todo este mistério que a terra encerra
em seu interior, aumentando nossa capacidade com o que é oculto e
compreendendo sua natureza. É com a ação direta em nossas vidas
que alcançamos o entendimento e a valorização terrena, seja
humana, vegetal, animal ou mineral. É o resgate da alma essencial,
que por vezes fica adormecida em nosso interior.
É o poder do toque, de sentir materialmente o que os outros
sentidos constroem na mente. A sensação apurada do mundo das
formas, trazendo os detalhes que alimentam e aumentam nossas
percepções mais sutis.
Terra, o Elemento da reflexão! Quando perdemos a
conexão com este Elemento vivenciamos a perda do contato com a
realidade. Nossa mente flutua e perdemos o poder da concretização.
Passamos a ignorar as regras mais básicas de sobrevivência. Quando
ligados demais, petrificamos, nos tornamos tacanhos. A praticidade e
o ceticismo tornam-se excessivos. Podemos nos tornar
conservadores demais, desconfiados, cautelosos em demasia e sem
imaginação.
Obtendo o equilíbrio com a Terra, temos determinação e
auto-estima. Nos tornamos prestativos e humildes, somos capazes de
construir nossos destinos e tornar-nos responsáveis por nossos
resultados pessoais.
Na Tradição Imortais da Terra, os Dominadores deste
elemento, têm em seu treinamento o foco espiritual elevado, e
portanto o fogo é o principal elemento para o equilíbrio ritualístico.
Tratando-se da matéria de seu controle e poder, o excesso de terra no
treinamento pode afastar o Bruxo do caminho espiritual, sendo este
levado a uma busca essencialmente material. Por isso, água e ar
devem ser trabalhados terapeuticamente.
152
Sistema Mágico
Os Quadrantes e a Natureza
Quando nos posicionamos para começar um ritual, existem
várias observações que devem ser levadas em conta, principalmente
quando estamos perto ou na Mãe Natureza. Somos filhos de Gaia,
vivemos no planeta Útero (expressão física da Grande Mãe) e
aproximar as energias vibratórias naturais de forma cíclica e fluídica
é extremamente vital.
Normalmente, o posicionamento mais utilizado é: Leste -
Ar, Sul - Fogo, Oeste - Água, Norte - Terra. Isto se deve à influência
Europeia, mais especificamente da Irlanda e Bretanha no berço da
Antiga Religião.
Mas esta foi apenas uma maneira encontrada pelo Neo-
Paganismo para uniformizar o Culto e os Ritos. Por estes quadrantes
você irá participar e reconhecer a estrutura em qualquer parte do
planeta e fazer parte de uma gigantesca egrégora.
Contudo, é possível organizar os quadrantes de diversas
formas. Um exemplo disto é usando o mapa e nossas características
nacionais: Leste - Água, Sul - Ar, Oeste - Terra, Norte - Fogo. E ainda
é possível usar as informações locais ou da cidade. Mas quando
estamos na Natureza o que vale é o elemento em destaque.
153
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
154
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Os Portais
Cada elemento possui seu Portal. Ar, Fogo, Água e Terra
são representados materialmente neles e evocados energeticamente
a partir disto. Sendo assim, formam a base da Magia do Pentagrama,
base mágica e ritualística usada por Aleister Crowley em seus
experimentos e registrados no resgate da Magia de Thelema, Magia
da Vontade, e usado pela Tradição Imortais da Terra como base para
nosso desenvolvimento de sistema mágico. O despertar espiritual de
cada Portal nos leva à manifestação do plasma gerado. Portanto, é
fisicamente que a manifestação é vista, não diferenciando, assim,
olhos mundanos dos de Iniciados. A visão da presença dos Deuses
evocados é para todos.
155
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
156
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
157
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Frequências Mentais
Beta
Atenção, Concentração e Cognição. É quando você está
desperto e alerta, completamente ligado. Sua mente está
concentrada, focada e você está pronto para trabalhos que requerem
atenção total. No estado Beta os neurônios transmitem as
informações rapidamente, permitindo a você atingir o estado de
concentração.
Alfa
Relaxamento, Visualização e Meditação. Quando
relaxamos nossa atividade cerebral baixa do rápido padrão Beta para
as ondas Alfa mais lentas. Nossa consciência interna expande e a
energia criativa começa a fluir. A ansiedade desaparece.
Experimentamos uma sensação de bem-estar. A frequência Alfa é o
nível da criação. Nela nos beneficiamos conscientes ou
inconscientes (criamos, pensamos, desejamos, programamos...).
Teta
Meditação, Intuição e Criatividade. Aprofundando ainda
mais o relaxamento, entramos no misterioso estado Teta, onde
nossa atividade cerebral baixa quase ao ponto do sono. Teta é o
estado cerebral onde incríveis capacidades mentais ocorrem. Ele
158
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Delta
Consciência expandida, Cura ou Recuperação e Sono.
Delta é a mais baixa de todas as frequências de ondas cerebrais e está
associada com o sono profundo. Delta é a onda cerebral para
acessarmos o inconsciente, onde a intuição desperta, a visão atua e os
dons se manifestam.
A frequência Delta é responsável pela porta do inconsciente
humano. Nela somente o subconsciente está agindo (é semelhante a
um coma, ao sono profundo ou quando nos encontramos no mundo
espiritual).
Guardiões de Portais
159
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
160
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
161
CAPÍTULO 3
Dominadores
de Elementos
A Arte da Dominação
165
Serpentes dos
Elementos
167
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
168
Dominadores e
Serpentes
169
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
170
Serpentes e Elementos
As Serpentes do Elemento Ar
171
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
172
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
173
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
174
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
175
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
176
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
177
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
178
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
179
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
180
Evoluções e
Mutações
181
Miscigenação, Deuses
e Serpentes
183
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
184
Os Mundos
CAPÍTULO 1
Os Deuses
na Tradição
Elementos e Deuses
189
Lilith
190
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
191
Afrodite
193
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
¹ Safo foi uma importante poetiza grega que viveu no século VII a.E.C.. Muito respeitada na
Antiguidade, era exímia em poemas que falavam de amor do mais fraterno ao mais carnal.
194
Atena
195
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
continuar.
Os gigantes, pela morte dos quais ficou bastante conhecida
no mundo antigo, hoje tem outra roupagem, e talvez seja exatamente
este ponto crucial que faz com que Atena tenha se aproximado tanto
da raça humana novamente.
Em nosso tempo, gigantes são as discriminações que seu
povo antigo vem sofrendo ao longo dos últimos séculos, e os gestos
indecentes de irmãos dentro de seus próprios clãs. Senhora da
Guerra Astuta, banhada no pensamento lógico, ela nos traz a
mensagem de que batalhas devem ser lutadas sempre. E como nos
tempos antigos, quando tudo parece ter saído do prumo ela
ressurge, alcançando seu escudo àqueles que o merecem.
Os ventos que a circundam sempre trouxeram boas novas e
esperança às pessoas em tempos difíceis, pois suas guerras são
ganhas não somente por seu poder, mas sim por sua capacidade
inata de justiça - condição que se perpetuou nas mentes humanas e
pela qual muitas orações foram dirigidas a ela.
A filha mais parecida com seu pai, Zeus, sempre nos
incentivará a lutar pelo que acreditamos, mas lembra: os gigantes
podem não estar à nossa frente, mas escondidos dentro de nós.
Na Tradição Imortais da Terra comemoramos os atributos
de Atena em 08 de Março. E nada mais apropriado nos tempos
atuais do que invocar a Grande Deusa da Justiça diante da maior
mobilização coletiva para o resgate do Sagrado Feminino, desde sua
decadência perante o Patriarcado, no Dia Internacional da Mulher.
Principalmente a força de seu escudo é trabalhada nos
Covens da Tradição, abrangendo a totalidade de suas ações
estudadas e contidas, e o cuidado no trato pessoal com as faces do
feminino que buscamos resgatar. Além disso, os cavalos que Atena
apresentou à humanidade em seus primórdios voltam a ser exaltados
como uma das fontes de inesgotável força natural.
O canto a seguir resume muito bem a profundidade antiga
de Atena diante dos olhos humanos. Profundidade esta que chega ao
século XXI com muito ainda a ser aproveitado:
196
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
² Carmina Convivalia é uma expressão de uma cultura arcaica que teve como objetivo
glorificar feitos ancestrais. Tratavam-se de pequenos poemas de Priami Carmen e Nelei
Carmen (entre os séculos III e II a.E.C.) recitados ou cantados à companhia de flautas nas
mais importantes casas romanas.
³ Palas Tritogênia é uma das formas como Atena foi conhecida pela humanidade, onde
“trito” remete ao seu nascimento de dentro da cabeça de Zeus, trazendo a maior fonte
de sabedoria já conhecida pelo mundo humano.
197
Morrigan
199
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
200
Hécate
Conhecida hoje como A Padroeira de todas as Bruxas, está
em praticamente todos os ritos pagãos da Era Moderna,
independente da vertente mágica que se siga. Seu culto permaneceu
quase que intocado pela devastação patriarcal.
Apesar de ser uma Deusa Tríplice, sua face sábia, da Velha
que conhece todos os caminhos e aspirações humanas, é certamente
a mais conhecida e mais explorada desde a Antiguidade. É aquela que
tem o poder de permear qualquer recanto do planeta, seja acima,
abaixo ou em meio às pessoas. Ao lado de seus cães, que simbolizam
a dualidade presente no Universo em cada ser vivo, é capaz de seguir
por qualquer trilha traçada. E esta talvez seja sua maior fonte dos
inesgotáveis chamados durante os séculos.
Temida tanto quanto é amada e respeitada, é a Deusa que se
utiliza de suas energias mais selvagens para encorajar uma jornada ou
determinar o fim desta. A serpente, o urso e o cavalo trazem à tona
sua essência trina e unidos formam uma das maiores forças divinas já
conhecidas pela humanidade.
Na Tradição Imortais da Terra comemoramos os atributos
de Hécate em 13 de Agosto, data que há muito foi destinada a ela
mundialmente. Em tempos antigos, agosto era um período
enervante para todos, já que no meio do inverno não havia mais onde
conseguir alimento, e o que havia em casa não era mais suficiente
para as pessoas - tão pouco para os animais, que enlouqueciam de
fome. Neste sentido, a Velha que conhece os labirintos da morte é a
figura que perfeitamente se encaixa na busca deste entendimento.
Também esta é a data em que o Rei francês Filipe IV, em 1307,
ordenou a caça e a morte dos Templários - na época, tão Cavaleiros
201
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
202
Ártemis
Uma das faces mais complexas da Grande Mãe, entre
atributos de coragem e dedicação, Ártemis é certamente uma força
necessária e indispensável aos filhos da Antiga Fé.
As matas e florestas que hoje vemos tem contornos muito
diferentes de outrora, dos tempos em que folhas cobriam os vastos
campos por onde esta caçadora corria com seus cães. Mas ela
permeou cada década de afastamento entre as pessoas e sua
essência, mantendo vivo o sopro de ar que instigou cada passo
humano ao reencontro do primeiro toque divino em sua face.
Mais do que um dos maiores arquétipos e ícones da astúcia,
sagacidade e independência, Ártemis é aquela que traz toda a
possibilidade para nossas mãos, mentes e corações sedentos por
ação. Não há meta traçada que não seja alcançada. Não há inimigos
suficientemente ardilosos que não encontrem barreira. Não há
amarra emocional ou social que nunca desate. E antes de tudo: não
há criança e mulher que ao seu chamado não encontre auxílio rápido
e um grande manto sobre si.
Assim, Ártemis chega à Tradição como a respiração
profunda que antecede os impulsos necessários às grandes
mudanças e aos grandes feitos. “A Deusa da Luz”, reconhecida há
mais de 5000 anos como “A Senhora dos Animais”, volta a nós no
momento mais crucial do resgate de nossa primeira essência como
seres divinos. Com toda a certeza, a face do Sagrado Feminino que
mais perturba a rotina, o sossego e a resignação.
Na Tradição Imortais da Terra comemoramos os atributos
de Ártemis em 12 de Outubro, data em que é celebrado no Brasil o
Dia da Criança. A infância, tanto quanto a adolescência, é
intimamente ligada à Deusa em seu aspecto mais forte: os inícios.
203
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
5 Os Hinos Homéricos são uma coleção de hinos em grego que celebram muitas
divindades desta cultura. Apesar de serem retratados como anônimos, sua autoria é
diretamente ligada a Homero, um dos maiores poetas épicos da história; a quem
também são atribuídas as obras Ilíada e Odisséia.
204
CAPÍTULO 2
Conselho dos
Anciões
Os Oito Sábios
207
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
208
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
209
CAPÍTULO 3
As Guardiãs
dos Úteros
As Quatro Velhas Ancestrais
213
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
214
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
215
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
216
CAPÍTULO 4
O Grande
Guardião
Lúcifer - A história
de um Sábio
219
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
220
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
221
Astrologia Karmica
CAPÍTULO 1
Astrologia
Kármica na
Tradição
Um Novo Olhar
227
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
O Despertar do Fogo:
a 1ª Casa, o Signo de Áries e o seu Regente, Marte.
O Despertar da Terra:
a 2ª Casa, o Signo de Touro e seu Regente, Vênus.
O Despertar do Ar:
a 3ª casa, o Signo de Gêmeos e seu Regente, Mercúrio.
O Despertar da Água:
a 4ª Casa, o Signo de Câncer e seu Regente, Lua.
A Interação do Fogo:
a 5ª Casa, o Signo de Leão e o seu Regente, Sol.
A Interação da Terra:
a 6ª Casa, o Signo de Virgem e o seu Regente, Kiron.
A Interação do Ar:
a 7ª Casa, o Signo de Libra e o seu Regente, Atena.
A Interação da Água:
a 8ª Casa, o Signo de Escorpião e o seu Regente, Plutão.
A Elevação do Fogo:
a 9ª Casa, o Signo de Sagitário e o seu Regente, Júpiter.
A Elevação da Terra:
A 10ª Casa, o Signo de Capricórnio e o seu Regente, Saturno.
A Elevação do Ar:
a 11ª Casa, o Signo de Aquário e o seu Regente, Urano.
A Elevação da Água:
a 12ª Casa, o Signo de Peixes e o seu Regente. Netuno.
228
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
229
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
230
CAPÍTULO 2
Mapa Natal
da Tradição
Uma Tradição Aquariana
232
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
233
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
234
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
235
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
236
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
237
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
238
CAPÍTULO 3
De
Luciana Machado
a Bruxa Wakanda
O caminho entre a Primeira
Luz e o Poder Interior
241
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
242
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
243
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
244
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
245
Expressões da
Vida pagã
247
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
248
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
249
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
250
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
251
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
252
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
253
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
254
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
255
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Grego
Althea: Cura
Ariadne: Filha do Deus Sol
Aeneus: Elogio Merecedor
Alexander: Grande Protetor
Aristóteles: O Melhor
Abnara: Luz Da Sabedoria
Adamantino: O Indomável
Argos: O Que Tem Luz
Artemus: São e Salvo
Caronte: Filho Da Noite
Cleonice: Gloriosa
Cléo: Glória
Damra: Suavidade
Eni: Pura
Faon: Brilhante
Féres: Cavalheiro
Galen: Calmo
Haidê: Honrada
Hedi: Suave
Jason: Curandeiro
Macária: Bem Aventurada
Menon: Durável
Orion: Caçador
Onatah: Filha da Terra
Pandora: Toda talentosa
Sebastiam: Majestoso
Therion: Primeiro Instinto
Trina: Pureza
Xena: Lugar Distante
Xanthus: Dourado
256
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Latim
Amanda: Merecedora de Grande Amor
Alban: Puro de Coração
Ardan/ Arden/ Ardin: Ígneo
Foster: Guardião do Bosque
Lena: Sedutora
Luna: Lua
Lucius: Luz
Max/ Maxim/Maximillian: Máximo
Mônica: Conselheira
Rex: Rei
Celta
Aislin: Sonho
Alan : Amável
Aryana: Sagrada
Arthur: Nobre
Betha: Vida
Bonnie: Bonito
Carlin: Pequeno Campeão
Cathal: Grande Guerreiro
Cullen: Bonito
Duvessa: Beleza Negra
Dallan/Dallas: Sábio
Donnovan: Guerreiro Negro
Duncan: Escuridão
Edana: Pouco Fogo
Edwina: Amigo Próspero
Enid: Espírito ou Alma
Edan: Ígneo
Evan/Ewan/Ewen: Jovem Guerreiro
Grady: Nobre
Guinevere/Gweneth: Senhora Branca ou Justa
Kelly: Guerreira
Kearney: Vitorioso
Murrough: Guerreiro do Mar
Shannom: Pequeno Sábio
Ula: Joia do Mar
257
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Inglês
Audrey: Superação
Alden/Aldin/Aldis: Velho Amigo
Aileen: Majestosa
Brook: Perto do Fluxo
Cole: Negro
Eadwine: Valioso Amigo
Edlyn: Nobre
Ella: Bonita
Holly: Sagrada
Kaillean: Guardiã
Kendra: Mulher Instruída
Leigh: Prado
Megan: Forte ou Capaz
Taliesin: Sobrancelha Brilhante ou Rosto Bonito
Willa: Desejado
Vários
Abaeté: (Tupi) Homem De Respeito
Abana: (Tupi) Cabelo Forte, Cabelo Duro
Abaré: (Indígena) Companheiro Do Homem
Abati: (Tupi)Cabelos Dourados, Loiro
Aisó: (Tupi) Formosa
Aiyra: (Indígena) Filha
Ajagunã: (Afro-Brasileiro) Guerreiro Forte
Abayomi: (Yorubá) Encontro Feliz.
Abaçai: (Tupi) Homen De Respeito
Abaé: (Indígena) Uma Outra Pessoa
Akhyra: (Japonês) Pessoa inteligente
Alapaki: (Havaiano) Brilhante
Aleka: (Havaiano) Protetora
Alekena: (Havaiano) Sonhadora
Alekona: (Havaiano) Mulher Famosa
Alena: (Havaiano) Graciosa, Amável
Abbas: (Árabe) Leão
Adir: (Fenício): Nobre
Ava: (Pérsia) Água
Aditi: Deusa
Ajé Dúdú: (Yorubá) Feiticeira Negra
258
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
Anala: Fogo
Alarick/Alaric: Regra
Aldrich: Regra Sábia
Aponi: Borboleta
Awenasa: Minha Casa
Arvin: Amigo das Pessoas
Axel: Pai da Paz
Darius: (Persa) Nobre
Derwin: Amigo dos Animais
Dustin: Lutador Valente
Enola: Só
Garner: Guardião
Gaho: Mãe
Haimi: (Havaiano) Investigador
Haldis: Espírito de Pedra
Hannah: (Hebraica) Abençoada
Honda: (Japão) Precursora
Humphrey: Homem da Paz
Indra: (Sânscrito) Sagrado Poder
Jamile: (Árabe) Beleza Plena
Kala: (Havaiano) Princesa
Kaspar: (Persa) Grande Tesouro
Kalevi: ( Filandês) Herói
Kachina: Dançarino Sagrado
Kira: (Árabe) Rainha
Miakoda: Poder da Lua
Nahimana: Místico
Priska (Francês): Ancião
Ramona: Sábia
Satinka: Dançarino Mágico
Sanya: (Árabe)Radiante
Tate: Alegre
Talibah: A que busca conhecimento
Tadewi: Vento
Tuwa: Terra
Velda: Grande Sabedoria
Warren: Defensor
Wakanda: (Nativo Americano) Poder Interior
Zara: (Árabe) A que honra a ancestralidade
259
Alfabeto Tebano
Usado magicamente para a comunicação entre Bruxos,
desde a época dos Grandes Úteros Sagrados e suas Zeladoras. Sendo
assim impossível datar exatamente sua existência. Certo é que hoje
ainda escrevemos recados e magias em nossos Caldeirões, nesta
antiga escrita, e os enviamos aos nossos irmãos espalhados nos
quatro cantos do mundo. Trocamos experiências, magias ou
simplesmente notícias entre amigos. E desta forma o Alfabeto
Tebano ainda é nossa comunicação neste mundo e em todos os
outros.
261
Alfabeto Enochiano
263
Histórias de uma vida que viraram Tradição
Luciana Machado
264
Hoje sou Bruxa, tenho um Coven de Mestres, que por sua
vez espalham em seus Covens a semente da Tradição que
eu fundei. Mas continuo atrás de respostas. Por isso e por
inúmeras outras razões que este livro não tem a
pretensão da verdade. É apenas a experiência da pessoa
mais perdida que já conheci: eu mesma. Mas que achou
um caminho… A Deusa. E continua aprendendo todos os
dias…