Sound Forge 6 Tutorial
Sound Forge 6 Tutorial
Sound Forge 6 Tutorial
0
03/06/03
O Sound Forge 6.0 é considerado pela maioria das pessoas como a melhor ferramenta de
edição de áudio disponível no mercado.
Podendo dar acabamento profissional aos trabalhos, ele oferece diversas ferramentas
poderosas para que o resultado final seja o mais próximo do desejado pois com ele é possível
cortar trechos de músicas, acrescentar vários tipos de efeitos a qualquer arquivo de áudio,
reduzir o tempo, transformar mono para stéreo e stéreo para mono, gravar sons, entre tantas
outras possibilidades que ele oferece.
A partir de agora, será apresentado o que pode ser feito com ele. Começando pela instalação,
passando pela descrição de menus, as suas funções mais usuais até algumas das operações de
edição e masterização suportadas pelo programa ! Divirta-se :) ...
Instalação:
A aparência inicial do programa está mostrada na imagem abaixo. Logo em seguida, serão
acrescentadas algumas toolbars para melhor facilitar a edição das trilhas de áudio e a aplicação
de efeitos:
Para acrescentar as toolbars (barras com ícones), seleccione no menu View > Toolbars.
Aquelas com funções mais comuns serão colocadas na área de trabalho. Siga o modelo abaixo:
Após acrescentar os menus, estes deverão ser organizados da forma que for mais conveniente
arrastando as janelas para baixo ou para o lado da barra Standard (a única mostrada na foto
inicial da interface do Sound Forge 6.0).
Como já foi notado quando seleccionado View > Toolbars, existe uma série de abas que
permitem as mais diversas configurações: não é necessário fazer alterações na maioria delas e
uma outra parte é referente apenas a configurações de gosto pessoal.
Contudo, é recomendado marcar a opção destacada abaixo, encontrada na aba File pois ela
eliminará os temporários criados pelo Sound Forge toda vez que o programa for fechado.
Agora que o programa já está devidamente configurado, abriremos um arquivo de áudio para
conhecermos algumas funções e ver o que pode ser feito com ele.
Para abrir um arquivo, o procedimento é o padrão File > Open. O programa abrirá o arquivo e
compilará os gráficos para ele.
Uma música bem equalizada e masterizada nunca deve exceder os limites da área gráfica
(imagem abaixo da Situação 1) e nem ter os gráficos muito próximos da linha imaginária
central (imagem abaixo da Situação 2). As situações que as imagens mostram abaixo
demonstram que o som não está ideal.
No primeiro caso (Situação 1), ele está alto demais, mal-equalizado ou com graves e agudos
muito acentuados: isto causa um desconforto para quem houve, ocorrendo distorções e perda
de qualidade toda vez que o gráfico transpassa a área útil. Veremos em seguida que isto nada
tem haver com as opções de zoom.
Situação 1
Na segunda situação (Situação 2), temos o som baixo demais: quem desejar ouvi-lo terá de
aumentar o volume dos autofalantes para que o som fique num nível passível de audição. Com
isto, novamente temos perda na qualidade.
Situação 2
Agora que os gráficos foram explicados, serão vistas algumas modificações na exibição dos
mesmos que podem ser feitas. O programa oferece zoom nos dois sentidos, tanto horizontal
como vertical e a principal função desse recurso é facilitar o corte de trechos de músicas ou
aplicação de efeitos neles, dando maior precisão.
Abaixo um exemplo prático: foi seleccionado na imagem um pequeno trecho daquele arquivo
onde se deseja aplicar um efeito qualquer. Como o gráfico está muito compacto, a precisão é
pequena. Dando zoom pode-se seleccionar o trecho exato que será aplicado tal efeito sem
seleccionar uma área maior ou menor do que a desejada.
O mesmo trecho com o zoom horizontal (é o ícone à direita, logo acima do relógio que conta o
tempo da música, na primeira imagem abaixo): a imagem tornou-se muito maior, facilitando a
selecção de qualquer trecho da música. O zoom pode ser aumentado bem mais que isso e
permite uma precisão excelente em trechos muitos pequenos.
O zoom que aumenta a altura, o spectro do som, é especialmente útil para observar os trechos
do arquivo que se sobressaem aos demais, podendo dar atenção especial à correcção daquela
parte. Observe que mesmo o gráfico da imagem abaixo tendo superado a área útil (devido ao
zoom dado), não houve má qualidade do som. A ferramenta que produz tal efeito é
encontrada a esquerda e abaixo.
Agora que o trabalho com os gráficos já foi apresentado, serão vistas algumas ferramentas do
programa. Algumas características da música podem ser alteradas, como transformar stereo
para mono e vice-versa (channels), aumentar a taxa de bits (bit depth) e a frequência da
música (Sample rate). Para isso, dê dois cliques em qualquer parte do pedaço destacado na
figura menor e uma janela maior se abrirá, aonde todas as alterações citadas acima poderão
ser realizadas.
Editando as trilhas:
Agora que já foram mostrados como funcionam os gráficos das músicas, será explicado como
editar as trilhas:
Copiar: Para copiar o procedimento é o padrão: marca-se o trecho que deseja copiar e
depois basta pressionar ctrl + c.
Cortar: Idem. Porém após seleccionar o trecho você deve pressionar ctrl + x.
Colar: Posicione o cursor na posição da linha do tempo que deseja colar o trecho copiado e
depois pressione ctrl + v.
Substituição de sons, ou Overwrite: Copie o trecho que deseja inserir por cima do outro.
Seleccione o arquivo onde este som será inserido e seleccione o trecho que será substituído,
colando o som (trecho copiado) que agora deve ocupar o lugar do antigo som que existia ali.
Crossfade: é o efeito que você ouve quando uma música está terminando enquanto outra
começa a tocar. Ela diminui o volume daquela que está terminando e vai aumentando
gradativamente o volume da nova música. Esse efeito, que faz com que a transição de músicas
não seja feita em um "soco", é o crossfade.
Para fazê-lo:
Mixando Sons: embora o Sound Forge não seja a ferramenta mais indicada para esse
trabalho (por não trabalhar com várias trilhas simultaneamente), ele permite mixar duas trilhas
de áudio em uma só.
Isto permite que seja colocado um fundo musical na sua voz, por exemplo. Para mixar as
trilhas, siga os passos 1, 2 e 3 do crossfade. Depois disso selecione no menu a opção Edit >
Paste Special > MIX. e em Preset seleccione Normal mix (no fades).
OBS: Os passos acima são optimizados para o exemplo de colocar fundo musical na sua voz,
sendo que existem outros tipos de MIX mais indicados para outras situações.
Existem outros tipos de mixagem disponíveis no Sound Forge, mas não serão citadas aqui:
são tantas opções que a simples explicação detalhada de cada uma delas ocuparia várias
páginas.
Barras:
Transport: é a parte mais básica e responsável pelo controle da música. A barra do Sound
Forge é padrão em qualquer aparelho de som e colocando o mouse em cima de cada botão, o
mesmo fica colorido e a sua função é revelada por uma pequena caixa de texto.
Nota: para gravar um som do microfone ou da entrada line-in da placa de som, basta clicar
no primeiro botão ("bolinha") da caixa mostrada acima, que a caixa de gravação se abrirá ;) ...
Após a caixa de gravação estar aberta, seleccionar a opção Monitor para que se tenha controle
do volume de entrada do som. Faça com que as barras (aquelas que na imagem acima têm
base verde) cheguem até a cor vermelha: o som será gravado muito alto e com qualidade ruim
e distorcida. Para iniciar a gravação, basta pressionar o botão destacado na imagem acima.
Process: a segunda barra que merece atenção especial pois várias ferramentas importantes
estão ali contidas. As mais usuais serão analisadas a partir de agora e aquelas que são
comumente pouco utilizadas terão apenas seu nome descrito.
1. Auto Trim/Crop: remove intervalos de silêncio dos arquivos de áudio. Útil para aqueles
arquivos que possuem um grande espaço em branco (silêncio) no início e no fim.
2. Bit-Depth Converter
3. Channel Converter: aqui se tem um controle individual das características de cada canal
direita ou esquerda. Ver no exemplo o que pode ser feito.
4. DC Offset: centraliza em torno da "linha zero" a trilha de áudio caso ela não esteja
devidamente balanceada.
5, 6 e 7. EQ: são três modelos de equalizadores presentes no Sound Forge. Cada um deles
ainda tem subcategorias. O mais utilizado, por ser mais simples, é o 5. Clicar no ícone
correspondente, e mudar a aba inferior para 10 band. Ele é o mais prático e rápido de se
mexer. Precisando de uma precisão maior, alterar para 20 band.
8. Graphic Fade: permite criar um fade personalizado, isto é, escolher como se comportará o
volume da trilha.
9 e 10. Fade in e Fade Out: o volume do arquivo de áudio vai aumentando (fade in) ou
diminuindo (fade ou) gradativamente no início ou no final das trilhas de áudio.
11. Insert Silence: o nome já diz tudo. Insere um trecho de silêncio onde se encontra o
cursor do mouse. O tamanho desse trecho pode ser configurado.
13 e 14: Mute e Normalize: o Mute deixa sem som a parte seleccionada e o Normalize deixa
todo o gráfico mais ou menos no mesmo nível.
15. Pan/Expand
16. Resample
17. Reverse: inverte a trilha, ou seja, o início vai para o fim e o fim para o início. Dando play,
o som será tocado de trás para frente.
18. Smooth/Enhance
20. Volume: permite aumentar ou diminuir o volume do arquivo. Nunca se deve aumentar o
volume demais, pois a qualidade final cai muito.
Effects: a última barra a que daremos atenção especial neste tutorial: ali estão os efeitos
utilizados para modificar os arquivos de áudio. Novamente, somente os efeitos mais comuns
serão abordados em detalhes:
1. Acoustic Mirror
2. Amplitude Modulation
3. Chorus: adiciona ao arquivo de áudio um efeito semelhante a uma música tocada dentro de
um túnel ou cano, na maioria das sub configurações. Além disso, ele ainda pode abafar o som e
modificar suas características originais.
9. Envelope
11. Gapper/ Snipper: os efeitos deste botão mudam completamente o som: eles
acrescentam pequenos cortes, aumentam ou diminuem a velocidade do som aliado a outra
espécie de distorção. Óptima opção quando se deseja modificar a voz.
12. Noise Gate: é um bloqueador de ruídos. Embora ele não seja muito eficiente, ele corta
partes do arquivo de áudio que são tidos como ruídos.
13. Pitch Bend: esta opção faz com que o arquivo de áudio siga a trilha do gráfico, sendo que
as características do volume também seguem aquela trilha. Este efeito é bastante interessante
pois permite que o áudio "vá e volte", criando uma simulação usada em várias rádios.
14. Pitch Shift: permite alterar a velocidade que o som é reproduzido. Aqui podem-se fazer os
famosos efeitos de voz lenta (que acaba por ficar grave e "enrolada") e a rápida (que fica bem
fina), muito usadas em rádio e televisão.
15. Reverb: o nome já diz tudo. É produzida uma reverberação no som, dando características
de que ele foi gravado em locais específicos, como grandes salões, teatros, corredores, quartos
pequenos ou grandes e uma infinidade de locais predefinidos ou criados pelo próprio usuário.
16. Vibrato: acrescenta vibrações diferentes das já descritas. Seria algo semelhante a quando
um disco de vinil está tocando e você girá-lo para frente e para trás rapidamente. Além disso,
permite vários outros modelos semelhantes a uma "mola" inserida dentro do som.
Com todas as dicas acima você deve agora estar apto a mexer no programa sem ficar perdido
inclusive você descobrirá inúmeras outras funções contidas no Sound Forge que não foram
descritas aqui ;) ...