Dobras e Falhas
Dobras e Falhas
Dobras e Falhas
TÉCNICO EM MINERAÇÃO
NOME DO ALUNO
GEOLOGIA
Dobras e falhas
CONSELHEIRO LAFAIETE
2019
NOME DO ALUNO
GEOLOGIA
Dobras e falhas
CONSELHEIRO LAFAIETE
2019
NOME DO ALUNO
APROVAÇÃO
Aprovado em ___/___/_____
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................6
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................................7
2.1 Geologia.................................................................................................................................7
2.4 Rochas..................................................................................................................................11
2.7 Dobras..................................................................................................................................17
2.8 Falhas....................................................................................................................................22
3 CONCLUSÕES................................................................................................................................27
4 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO......................................................................................................28
6
1 INTRODUÇÃO
A geologia estuda as rochas do topo das montanhas, da costa, dos fundos oceânicos, das
profundezas da crosta e do centro da Terra, investiga terremotos e vulcões caracteriza a
dinâmica externa como água subterrânea, rios, lagos e geleiras, decifra o movimento da
Crosta (Placas Tectônicas), localiza ouro, diamantes, carvão e petróleo e estuda a vida
pretérita (fósseis). Assim a geologia, portanto tem um papel decisivo na qualidade de
ocupação e aproveitamento dos recursos naturais desde o solo onde se planta e constrói até os
recursos energéticos e matérias primas industriais.
A geologia foi essencial também no passado para determinar a idade da Terra, que se
calculou ter cerca de 4,6 bilhões de anos, e a desenvolver a teoria denominada tectônica de
placas, segundo a qual a litosfera terrestre, que é rígida e formada pela crosta e o manto
superior, dispõe-se fragmentada em várias placas tectônicas, as quais se deslocam sobre
a astenosfera.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Geologia
A palavra geologia vem do grego (geo-, "a terra" e logos, "palavra", "razão"). Segundo
consta no dicionário Cambridge, “geologia é o estudo das rochas e processos físicos da Terra
que auxiliam na compreensão de sua origem e história.” A Geologia é a ciência do Planeta
Terra. É o conhecimento que se tem dos materiais dos quais o planeta é constituído, dos
processos físicos e químicos que ocorrem em sua superfície e em profundidade, da sua
história evolutiva e suas interações com as formas devida.
Geologia é uma ciência natural que utiliza a Matemática, Física e Química e todas as
suas ferramentas, para investigar o meio natural do planeta. A geologia é dívida em duas
granes áreas:
Mas por ser uma ciência muito mais ampla, a geologia é subdividida em áreas como
Geologia de Engenharia, Geologia estrutural, Geofísica, Geoquímica, Sedimentologia,
Estratigrafia, Petrologias Ígnea, Sedimentar e Metamórfica, Cartografia, Geologia Médica,
Pesquisa Mineral, Geomorfologia, Hidrogeologia, Geologia Econômica, Geologia Ambiental,
Paleontologia, Geologia Social, dentre outras.
Hasui et al. (2012) definiu seis fases para a evolução do conhecimento geológico no
Brasil.
A viagem do casal Agassiz ao Brasil em 1865 e o livro publicado por Charles Frederich Hartt
– Geology and Physical Geography of Brazil, também são um marco nessa fase (Sanjad,
2004).
Foi criado também a Real Academia Militar (1792) depois Escola Politécnica (1874) e
Escola de Minas (1876), atual Escola de Minas de Ouro Preto.
Em 1907, Orville Adelbert Derby organiza o setor mineral brasileiro com a criação do
Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, transformado no atual Departamento Nacional
de Produção Mineral em 1934.
Nos anos subsequentes são criados: Companhia Petróleos do Brasil (1931), Conselho
Nacional do Petróleo (1938), Companhia Vale do Rio Doce (1942), Sociedade Brasileira de
Geologia (1946), Petrobrás (1953), Ministério de Minas e Energia (1960) e autarquias
vinculadas (Aneel, ANP e DNPM), Comissão Nacional de Energia Nuclear (1962),
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (1969) e Projeto RADAM (1970-1985). Nas
últimas décadas do século XX são criados diversos serviços geológicos em nível estadual,
voltados principalmente à Pesquisa Mineral. A partir de 1990 há o uso crescente de
geotecnologias de apoio, como geofísica, geocronologia e geoquímica.
Em 2016, Gill publica um artigo onde ele divide as geociências em 11 áreas e as relaciona
aos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2015b).
Os estudos que envolvem a geologia estrutural são três: análise geométrica, analise
cinemática e analise dinâmica. A análise geométrica estuda tamanho, forma e orientação das
estruturas e envolve observações de campo, analises de deformações no laboratório, estudo de
perfis geofísicos, interpretação de imagens aéreas, modelos digitais de relevo. A análise
cinemática é o estudo os movimentos que geram as diferentes geometrias rochosas, utiliza-se
de base matemática para o tratamento das informações para gerar o mapeamento da
deformação. E a análise dinâmica que estuda as forças que causam o movimento.
2.4 Rochas
As rochas que compões a crosta terrestre são formadas por um conjunto de minerais.
Podem ser divididas em três grandes grupos que estão em constante transformação, passando
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de um tipo a outro, em decorrência das dinâmicas interna e externa da Terra. O chamado ciclo
das rochas ilustra as diversas possibilidades de transformação de um tipo de rocha em outro.
As rochas ígneas, também conhecidas como rochas magmáticas, são formadas pela
solidificação (cristalização) de um magma, que é um liquido com alta temperatura, em torno
de 700 a 1200°C, proveniente do interior da terra. Podem conter jazidas de vários metais (ex:
ouro, prata, cobre, estanho) e trazem a superfície do planeta importantes informações sobre as
regiões profundas da crosta e do manto. Exemplos de rochas ígneas são o arenito e granito.
Como quase sempre essas rochas formam-se no fundo dos oceanos, onde a pressão é
maior, elas só são encontradas em áreas continentais em função do movimento das placas
tectônicas, que desloca lentamente os continentes com o passar das eras geológicas. Tal
ocorrência também pode manifestar-se nas áreas de rios. Exemplos são calcário e dolomita.
geológicas. Estima-se que o Himalaia, por exemplo, cresça cerca de 4mm de altura por ano
devido ao movimento tectônico.
O movimento relativo entre as placas tectônicas pode ser de três tipos: movimento
divergente, movimento convergente e movimento transformante.
variação da forma e/ou de volume quando sujeita à ação de pressões, tensões, variações de
temperatura, etc, podem gerar deformações. A estabilidade e a deformabilidade de maciços
dependem em grande parte da presença de planos de fraqueza.
2.7 Dobras
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Dobra é uma das feições mais aparentes em regiões de tensões compressivas. Uma
dobra é uma deformação em que se verifica o encurvamento de superfícies originalmente
planas. Resultam da atuação de tensões de compressão em rochas com comportamento dúctil.
São associadas à formação de cadeias de montanhas, caracterizadas por ondulações, convexas
ou côncavas, de varias dimensões, e podem se quantificadas por parâmetros como amplitude e
comprimento de onda.
As dobras podem ser classificadas quanto a sua origem. As dobras atectônicas são
movimentos localizados (deslizamentos, acomodações, escorregamentos, etc) sob influência
da gravidade e na superfície terrestre. São locais e inexpressivas. As dobras tectônicas
quando resultam de movimentos da crosta terrestre, e que dão origem as cadeias de
montanhas. Dois mecanismos básicos dão origem as dobras tectônicas: flambagem e
cisalhamento. Enquanto as dobras formadas por mecanismo de cisalhamento são
acompanhadas de mudanças na espessura e comprimento da camada, a flambagem promove o
encurtamento das camadas perpendicularmente à superfície axial das dobras, preservando,
porém, a espessura e o comprimento das mesmas.
Plano ou superfície axial: é o plano ou superfície que divide uma dobra em duas partes
similares, que pode, ou não, ser simétricas. Podem ser vertical, inclinado ou
horizontal;
Eixo axial ou linha de charneira: é a linha que une todos os pontos de curvatura
máxima da superfície dobrada. O ângulo que esta linha forma com a horizontal é o
mergulho ou inclinação da dobra;
Crista: é a linha resultante da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra,
podendo ou não coincidir com o eixo da mesma;
Plano da crista: é o plano que, numa dobra, passa por todas as cristas.
b) Recumbente: é um tipo de dobra que tem seu plano axial horizontalizado. Quando
ocorrem planos axiais horizontais ou orientados em baixo ângulo os estratos em um
dos flancos estão invertidos.
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c) Inversa: plano axial inclinado onde os flancos mergulham para mesmo quadrante.
7.1 Falhas
A condição principal para existência de uma falha é que tenha ocorrido deslocamento
ao longo da superfície. Os deslocamentos, das falhas podem variar de poucos centímetros até
dezenas de quilômetros. A atitude ou posição de uma falha é dada pela medida de sua direção
e mergulho.
As falhas podem ser rasas ou profundas. Falhas rasas estão ligadas a dinâmica externa
do planeta afetando a crosta terrestre. Falhas profundas podem passar da camada da litosfera,
denominadas falhas transformantes como a Falha de San Andreas, na Califórnia EUA.
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Zona ou espelho de falha: é uma faixa que acompanha o plano de falha, representada
por um fraturamento ou esmigalhamento + intenso das rochas.
Linha de falha: é a linha formada pela interseção do plano de falha com a topografia,
das bacias riftes (depressão ou vale linear extenso cercado por falhamento) onde possuem
maior significado para a exploração de hidrocarbonetos.
No Brasil o desnível entre a Cidade Alta e a Cidade baixa de Salvador originou-se de uma
falha geológica normal, chamada de Falha de Salvador. Essa falha é parte das falhas da borda
leste da Bacia do Recôncavo Baiano, com cerca de 150km de extensão. A Falha de Salvador
tem um rejeito de aproximadamente de 6000 metros. O Elevador Lacerda, inaugurado entre
1873-1874, é o meio mais famoso de Salvador para o deslocamento entre as cidades alta e
baixo.
As falhas podem produzir escarpas na topografia. Entretanto, vale lembrar que nem toda
escarpa se originou por falhamento. Há também escarpas produzidas por erosão diferencial.
Escarpas de falhamento são raras no local onde se deu a falha, pois em breve a erosão vai agir
recuando o escarpamento, formando então escarpas ao longo de linhas de falhas paralelas à
direção de falhamento, mas não coincidentes nestas. Com o tempo, a erosão destrói toda a
evidência de falha e está só pode então ser reconhecida por meios indiretos: falta ou repetição
de camadas, contato brusco de dois tipos litológicos, fontes ou nascentes alinhadas
(acompanhando a direção de falhamento). É muito útil também a observação de espelhos de
falhas, brechas e milonitos. Em fotografias aéreas, a mudança brusca da cor do terreno, o
desvio do curso de um rio, linha de vegetação, etc. são indícios de falhas. As falhas podem ser
também observadas através de amostras de sondagens, por meio de sua correlação.
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8 CONCLUSÕES
29
9 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
OLIVEIRA, L. D. 2010. Ocupação urbana de Ouro Preto de 1950 a 2004 e atuais tendências.
Departamento de Geologia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Dissertação de
Mestrado, 137p.
GIANNINI, P.C.F. & RICCOMINI, C. 2000. Estrutura em rochas. In: TEIXEIRA, W.;
FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.; TAIOLI, F. ed. Decifrando a Terra (capítulo 19). São
Paulo, Oficina de Textos. p.400-420.