9 Series Cartograficas
9 Series Cartograficas
SÉRIES CARTOGRÁFICAS
1. Introdução
Séries cartográficas são conjuntos de mapas, cartas e plantas que compõem um mapeamento,
no qual a área levantada é dividida em folhas com formato uniforme e na mesma escala de
acordo com a legislação cartográfica de cada país. Esses documentos cartográficos (mapas,
cartas e plantas) reúnem um conjunto de informações sobre determinada área do espaço
geográfico em âmbito nacional, regional ou local.
Nas séries de mapas ou cartas o estabelecimento de uma rede de coordenadas tendo como
meridiano inicial o de Greenwich e como primeiro paralelo a linha do Equador terrestre, se
faz necessária para determinar espaços geográficos bem definidos, cuja localização na
superfície terrestre, é identificada por uma nomenclatura local ou internacional que não se
repete em qualquer parte do planeta. O mapa ou a carta se constituem no principal produto
das séries cartográficas, ou seja, um documento que contém dados representativos de
fenômenos físicos, econômicos e sociais que possuem relação direta de localização com um
ponto ou porção da superfície terrestre.
Em qualquer parte do território nacional a elaboração mapas ou cartas atende a uma legislação
que fixa as diretrizes e bases da cartografia brasileira, visando eficiência e racionalidade das
atividades cartográficas, necessárias ao desenvolvimento econômico-social e a segurança
nacional.
A carta internacional do mundo - CIM constitui-se de uma série mundial onde cada país
participa obedecendo a um conjunto de especificações cartográficas que permite
desdobramentos para os sistemas nacionais. Essa rede geográfica que abrange todo o planeta
está baseada no Sistema UTM (Universal Transversa de Mercator) e compreende um
conjunto de quadriláteros ou zonas que possuem fusos múltiplos de 6º, numerados de 1 a 60.
A partir do Meridiano Inicial de Greenwich em direção a leste existem 30 fusos numerados de
31 a 60 e do Meridiano inicial de Greenwich em direção a Oeste, 30 fusos numerados de 30 a
01. As zonas de latitudes possuem 20 fusos de 8º, identificadas pelas letras C até X. A partir
do Equador para Norte as zonas são nomeadas de N a X até a altura do paralelo 84º N e da
linha do Equador para Sul as zonas são nomeadas de M a C até a altura do paralelo 80º S. As
folhas cartográficas ou folhas originadas em cada zona de 6º de longitude e 8º de latitude,
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Figura 1. Rede geográfica baseada no Sistema UTM mostrando as zonas com 8º de latitude por 6º de
longitude. Fonte:
No Brasil adota-se um modelo de rede geográfica também baseada no Sistema UTM. Essa
parcela da CIM integra no Brasil um conjunto de 46 folhas na escala 1: 1.000.000 de formato
4º de latitude X 6º de longitude. (As cartas sobre a maior parte do oceano não são elaboradas)
A partir do Meridiano inicial de Greenwich em direção a Oeste existem 10 fusos numerados de
26 a 17. Da linha do Equador para Norte 2 zonas são nomeadas de A a B (antecedidas por N
para Norte) até a altura do paralelo 8º N, e da linha do Equador para Sul 9 zonas são
nomeadas de A a I (antecedidas por S para Sul) até a altura do paralelo 36º S. A figura 2
mostra a rede geográfica sobre o território Nacional.
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O Sistema Cartográfico Nacional é regido pelo decreto lei 243 de 28 de fevereiro de 1967 que
fixou normas e diretrizes para a atividade cartográfica nacional, complementado pelo decreto
89.817/84, que estabelece as instruções reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia
Nacional. Deste modo as escalas padrão para o mapeamento sistemático do território
brasileiro são representadas pelas séries: 1:1000.000; 1:500.000; 1:250.000; 1:100.000;
1:50.000 e 1:25.000.
Para a articulação de folhas homogêneas e contínuas nas escalas maiores que 1:25.000,
consideradas de grande escala, o Sistema Cartográfico Nacional, de acordo com o que dispõe o
capítulo V, do artigo 8º do Decreto Lei nº 243/67, propõe as escalas padrão, 1:10.000; 1:5.000;
1:2.000; 1:1.000 e 1:500.
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Longitude X Latitude
Escala de 1:10.000 - 3’45” X 2’30”
Escala de 1: 5.000 - 1’52,5” X 1’15”
Escala de 1: 2.000 - 37,5” X 37,5”
Escala de l: 1000: - 18,75” X 18,75” .
As cartas podem ser identificadas por duas nomenclaturas: uma internacional do tipo
alfanumérica e outra através de codificação local representada por 6 dígitos.
A carta SD.24 na escala 1:1.000.000 articula-se com 8 outras folhas (mapas)na mesma escala.
Quadros 1 A 10.
De acordo com a sistemática das escalas padrão da Cartografia Sistemática Terrestre Básica, a
folha SD.24 subdivide-se em 4 na escala 1:500.000 representadas pelas letras: V, X, Y, Z. Quadro
2.
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Cada uma das cartas na escala 1:250.000 subdivide-se em 6 folhas na escala 1:100.000
representadas pelos algarismos romanos I, II, III, IV, V, VI. Quadro 4.
Cada uma das cartas na escala 1:100.000 subdivide-se em 4 folhas na escala 1:50.000
representadas pelos números: 1, 2, 3, 4. Quadro 5.
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Cada uma das cartas na escala 1:50.000 subdivide-se em 4 folhas na escala 1:25.000
representadas por: NO, NE, SO, SE. Quadro 6.
Cada uma das cartas na escala 1:25.000 subdivide-se em 6 folhas na escala 1:10.000
representadas pelas letras: A, B, C, D, E e F. Quadro 7
Cada uma das cartas na escala 1:10.000 subdivide-se em 4 folhas na escala 1:5.000
representadas pelos números: I, II, III, IV. Quadro 8.
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Cada uma das cartas na escala 1:5.000 subdivide-se em 4 folhas na escala 1:2.000
representadas pelos números: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Quadro 9.
Por fim, cada uma das cartas na escala 1:2.000 subdivide-se em 4 folhas na escala 1:1.000,
representadas pelas letras: A, B, C, D. Quadro 10.
A codificação destas folhas em determinada escala, possibilita que cada uma tenha um formato
padronizado e sejam perfeitamente referenciadas à carta internacional ao milionésimo, de
acordo com a sistemática adotada. Esta nomenclatura embora extensa, procura atender aos
usuários que não conhecem a codificação local, empregada geralmente em implantação de
sistemas cartográficos municipais e projetos de engenharia.
7. Codificação Local
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Nesse tipo de codificação utiliza-se uma carta na escala 1:100.000, constando os limites do
município, para o início da divisão e articulação nas escalas 1:50.000, 1:25.000 1:10.000,
1:5.000, 1:2.000 e 1:1.000. Em cada divisão são colocadas as coordenadas geográficas
correspondentes de cada canto da folha. Para divisão das cartas utilizam-se softwares de SIG
ou CAD. Por meio do processo de digitalização e georreferenciamento de uma carta onde se
encontram os limites do município e do esquema das cartas na escala 1:100.000, pode-se obter
a superposição que irá permitir a codificação local. As cartas que se situam nos limites entre
dois municípios também são codificadas.
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Na codificação local, portanto, são admitidas as escalas 1: 10.000, 5.000, 1:2.000 e 1:1.000,
adotada também a sistemática da nomenclatura internacional. As folhas de 1:10.000 recebem
numeração de 001.000 até 071.000; por serem ao todo no exemplo citado, 71 cartas na escala
1:10.000. As cartas são contadas da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim a folha
SD.24-X-A-I-SE-A-I-1, em razão do seu posicionamento, tem o número 030.000. Considerados
os seis dígitos, como é exemplo a folha 030.110, tem-se:
De acordo com a sistemática adotada, a folha de escala 1:10.000 número 030.000 desdobra-se,
como qualquer outra nessa mesma escala, nas seguintes:
Nesta codificação com seis dígitos (por exemplo a folha de 030), os três primeiros identificam
uma folha de escala 1:10:000; os demais identificam as diferentes escalas. Assim, cada número
positivo dos três últimos dígitos além de referenciar a escala, posiciona a folha dentro daquela
de cujo desdobramento resulta. Os exemplos a seguir são ilustrativos:
Tomando-se como exemplo a folha 030.100 (ela representa o setor NO da 030.000), o segundo
dos seus três últimos dígitos, (1, 2, 3, 4, 5 ou 6) indica:
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A folha 030.110 desdobra-se em folhas de 1:1.000, em que o último dígito (1, 2, 3 ou 4) indica:
No mapeamento da área citada como exemplo, mostrada no quadro 12, foram codificadas 71
folhas na escala de 1:10.000, 226 folhas, na escala de 1:5.000, 1.171 folhas, na escala de
1:2.000 e 4.684 folhas na escala de 1:1.000.
Nas séries de folhas, o título de cada folha é geralmente colocado fora da moldura e na parte
superior. Na cabeça da folha à esquerda fica a denominação geral da carta. Como por exemplo:
Carta do Brasil. Escala 1:100.000. No centro da cabeça da folha fica o seu título em letra
maiúscula.
O título da folha é determinado pela característica topográfica mais importante ou que se
destaca na quadrícula, podendo ser:
- A localidade de maior população
- O curso d’água mais importante;
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8.1 O Índice
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8.5 . O Relevo
Curvas de nível mestras
Curvas de nível auxiliares
Curvas de nível aproximadas (interrompidas)
Curvas batimétricas
Desenho convencional para os recifes
Cores hipsométricas e batimétricas
- Faixas coloridas em tonalidades diferentes acima e abaixo de 0 metro ou nível do
mar.
8.7. Limites
1º) Linhas internacionais
2º) Divisas interestaduais
3º) Marcos de fronteiras de certa importância
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8.9. ESCALAS
1º) Numérica
2º) Gráfica
- Em Km com divisões de 10 Km e subdivisões de 1 Km
- Em Milhas marítimas com divisões de 10 Milhas e subdivisões de 1 Milha
- Em Milhas terrestres com divisões de 10 Milhas e subdivisões de 1 Milha.
a) Cores Básicas: destina-se a estudos gerais, é impressa nas cores preto, azul, vermelho.
b) Político: além das cores, mostram a divisão de estados e territórios:
c) Físico: mostra principalmente por cores e por nomes, todo aspecto orográfico brasileiro,
os planaltos e as planícies.
d) Escolar: possui o fundo geográfico generalizado, objetivando o uso pelo aluno.
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