Silva - 2017 - Seleção Por Competências
Silva - 2017 - Seleção Por Competências
Silva - 2017 - Seleção Por Competências
São Luís
2017
ELAYNE FURTADO SILVA
São Luís
2017
Silva, Elayne Furtado
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Profa. Ms. Vilma Moraes Heluy
Universidade Federal do Maranhão
__________________________________________________
2º Examinador
__________________________________________________
3º Examinador
Aos meus queridos pais, Francisco
Oliveira da Silva e Mariene Furtado Silva,
pelo amor, apoio, preocupação, confiança
e por incentivar-me na busca dos meus
sonhos.
AGRADECIMENTOS
A Deus que tem me dado forças, por cada benção derramada e pela
capacitação em cada desafio e conquistas da vida.
Aos meus pais, Francisco e Mariene, minhas irmãs, Crisleny, Raiany e
Raissy, meu amigo L.M.R e aos demais amigos, pelas palavras de encorajamento,
motivação, apoio constante, por acreditarem em minha capacidade e me mostrarem
a importância da conclusão deste curso.
A professa orientadora Vilma Moraes Heluy, pela orientação desta obra, sem
ela jamais conseguiria.
A todos os professores e a Coordenação do curso de Administração desta
Universidade, que contribuíram direta ou indiretamente para minha formação.
A todos que confiaram e me apoiaram nesta conquista.
Uma organização voltada para o passado,
passiva, autoritária, com relações de
trabalho pautadas pela instabilidade,
desqualificação, descomprometimento de
seus membros, dificilmente conseguirá
desenvolver uma cultura de
aprendizagem.
(FLEURY, 1995).
RESUMO
Nos últimos anos, a fim de se estabelecerem num mercado que fica cada vez mais
competitivo e clientes mais exigentes, as empresas estão buscando novas formas
de alcançarem vantagens competitivas e eficiência, sendo a gestão de pessoas
baseada em competências uma delas. Tal modelo busca profissionais talentosos
abertos a novas aprendizagens, de forma a desenvolverem suas principais
competências que interfiram no seu sucesso individual e profissional
concomitantemente ligado ao sucesso das organizações. O presente estudo de caso
realizado na Loja Show de Variedades em São José de Ribamar teve como objetivo
investigar a seleção dos candidatos à vaga de vendedores, com foco em seleção por
competências. A pesquisa é de natureza qualitativa, de caráter exploratório. Quanto
aos procedimentos metodológicos foi realizada pesquisa bibliográfica enfocando
principalmente em autores, como Dutra (2001; 2008), Rabaglio (2001; 2008),
Casanova (2013), Las Casas (1997), Fleury e Fleury (2001), Ruas (2005), Zarifian
(2001), dentre outros, visando subsidiar teoricamente o estudo. Empregou-se a
observação no contexto da unidade de análise e os dados secundários foram
obtidos através de pesquisa documental e entrevista com o Gestor de Recursos
Humanos sobre processo de seleção da Loja. A pesquisa revelou que os
vendedores ainda são selecionados pelo modelo tradicional embora o Gestor
reconheça a importância da Gestão por Competências e esteja propenso a implantá-
la em breve.
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 10
2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 11
2.1 Origem dos Estudos sobre Competência .......................................... 11
2.2 Conceito de Competência .................................................................... 13
2.3 Gestão por Competência .................................................................... 16
2.3.1 Modelos de Gestão ................................................................................. 19
2.3.1.1 Modelo Tradicional X Modelo por Competências ................................... 23
2.4 Processo de Seleção de Pessoal......................................................... 24
2.4.1 Seleção por Competência ...................................................................... 27
2.4.1.1 Dificuldades da seleção por competências ............................................ 28
2.4.1.2 Vantagens da seleção por competências ............................................... 31
2.5 Implantação do Sistema de Gestão Por Competência ..................... 35
2.5.1 Mapeamento das competências ............................................................ 36
3 METODOLOGIA .................................................................................... 39
4 HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................ 39
5 RESULTADO DA PESQUISA ............................................................... 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 49
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 51
APÊNDICE ............................................................................................. 56
10
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
para realizá-las, isto é, tem que haver uma similitude entre a complexidade da
empresa e a total entrega do indivíduo em suas atribuições, a fim de se obter um
resultado positivo no objetivo geral da organização.
Resumidamente, o modelo de gestão deve abranger “um conjunto de
conceitos e referenciais que ofereçam, a um só tempo, condições de compreender a
realidade organizacional e instrumentos para agir sobre ela, aprimorando-a”.
Para melhor esclarecimento, o quadro 1 mostra as principais características
do processo de gestão desse modelo:
PROCESSOS CARACTERÍSTICAS
Treinamento e Mecanismos de evolução das competências; Permite reconhecer e
desenvolvimento desenvolver os atributos de competência.
1
É a parte principal de um determinado negócio, é o ponto forte de uma empresa que deve ser trabalhado
estrategicamente.
2
Processo de investigação de uma empresa sistematizado, realizado através da comparação com outras empresas
do mesmo ambiente que está incluída.
23
Desta forma, “a seleção por competências tem como foco principal mapear
as competências dos candidatos de acordo com o cargo e a cultura da empresa que
o está selecionando através de ferramentas especificas” (LEMOS, 2008, p. 13).
A seleção por competências é considerada uma das melhores técnicas, visto
que seu uso diminui a possibilidade de uma seleção incorreta, devido a capacidade
de investigar de forma sistemática as habilidades e competências dos candidatos.
Reis (2003 apud LEMOS, 2008, p. 14) aduz que:
Como os autores acima reforçam o que foi mencionado aqui por outros
autores, as organizações brasileiras ainda tem traços centralizados e tradicionais na
sua forma de gerir pessoas, visto que, por mais que as empresas implementem
modelos inovadores, no caso aqui supracitado, mesmo assim, a modernização das
organizações ainda são conservadoras, por isso, os autores acima sugerem politicas
e práticas mais compatíveis as competências organizacionais, para, de fato,
fortalecer as práticas empresariais, viabilizando o sucesso do modelo de gestão por
competência .
Considerando esta construção teórica, será necessário mostrar as
vantagens que as organizações podem ter quando implementam a seleção por
competência.
Carreira de pessoa na
Horizonte Profissional Cargo a ser ocupado
empresa
Análise da trajetória
Testes de conhecimentos,
profissional para avaliar a
Ferramentas de escolha habilidades e atitudes
maturidade profissional e ritmo
necessárias para o cargo
de desenvolvimento
Rabaglio clarifica que a seleção por competência não somente tem uma
vantagem técnica como comportamental que possibilita encontrar o melhor
candidato para o cargo, pois quanto mais próximo o candidato chegar ao cargo,
menos prejuízos com novos processos seletivos, certamente, trabalhar com
eficiência maior será a produtividade e o lucro do negócio.
A vantagem dessa seleção, mesmo com toda complexidade, pode-se
encontrar diversos talentos para serem aproveitados na própria empresa, mas
também possam receber incentivos para buscarem o seu desenvolvimento no
mercado, visto que, em curto prazo, a organização não tenha condições de
desenvolvê-los profissionalmente.
3
Rotatividade
35
Parry (apud Wood Jr e Picarelli Filho, 2004, p. 130) analisa o que os autores
acima dizem, completando que existem oito princípios para desenvolver as listas de
competências, que são eles: focalizar competências genéricas, agrupar
semelhanças, focar necessidades futuras, manter as competências mutuamente
exclusivas, evitar o óbvio, ter em mente que a competência deve ser mensurável e
observável, definir níveis de excelência e evitar traços de personalidade. Estes
princípios visam ter uma base de dados completa em relação às competências, que
após identifica-las, precisa-se “explicitar quais são os conhecimentos, habilidades e
atitudes que suportam cada uma das competências”, com a finalidade de diminuir a
subjetividade do processo.
As empresas precisam definir os níveis de complexidade para cada
competência individual, especificando os níveis de atribuições e responsabilidades.
Em relação à continuidade do processo, propõe-se realizar uma comparação
entre as competências definidas pela organização e as competências já existentes,
para assim, identificar as possíveis lacunas. “Também é necessário o gerenciamento
das competências por meio de gestão de desempenho e da remuneração para
38
3 METODOLOGIA
4
Fonte de Informação disponível em: http://www.infoescola.com/economia/comercio-varejista.
5
Fonte de Informação disponível em: http://www.infoescola.com/economia/comercio-atacadista/
41
6
Informações disponíveis em: http://wikimapia.org/4546908/pt/Parque-Vit%C3%B3ria
42
5 RESULTADOS DA PESQUISA
7
Informações disponíveis em: http://www.psicoespaco.com.br/dicas/o-perfil-do-vendedor-para-o-varejo
44
Leme (2005, p. 120) diz que seleção por competências “apresenta não
apenas tecnicamente, mas comportamentalmente, a possibilidade de ser identificado
o melhor candidato para o cargo”. A seleção por competência traz possibilidade ao
gestor acertar o candidato mais competente para a função; já como o próprio gestor
da loja respondeu, que, às vezes, o candidato tem um bom currículo, mas na prática
não se mostra com capacidade e habilidades para o cargo de vendedor.
Perguntou-se então se a implantação da seleção com foco em competências
proporcionaria melhoria para a empresa, e o gestor respondeu que “sim, pois a
partir deste processo será possível identificar possíveis talentos para a empresa que
irão contribuir com novos projetos, novas ideias que possam ser vinculadas aos
objetivos da empresa”.
Tal pensamento confirma os ensinamentos de Gramigna (2002, p. 74)
quando ressalta ser “grandes os desafios dos gestores em traduzir as expectativas
do cliente em um perfil passível de ser avaliado, mensurado e descrito em
competências”. Por isso, a implantação de modelo de seleção por competências, na
loja Show de Variedades, seria viável justamente para melhoria do atendimento,
porque, hoje, sabe-se que para um negócio dar certo, não se trata de vender com
preços baixos, mas também, precisa garantir um atendimento de qualidade e, para
isso, é preciso ter vendedores capacitados e engajados em evoluir em sua função.
46
Segundo Crepaldi (2008, p. 28) “da mesma forma que a empresa escolhe o
candidato, este também pode escolher a empresa onde deseja trabalhar”. Por isso é
importante ter colaboradores não somente capacitados para exercerem a função,
mas também, motivá-los, através de uma parceria que o faça entender sua
importância para desenvolvimento da empresa.
Quanto às expectativas com esse projeto, respondeu que:
É atrair talentos para a empresa que venham a somar, pois nesse processo
de expansão do negócio e manter uma equipe, motivada com foco em
resultados e perfil compatível aos objetivos da empresa certamente será é
um diferencial.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Competência: um estudo de caso numa indústria do Brasil. CGC Georgetown
University Universa. Revista Journal. V.9.n.1. abril/2015. Disponível em:
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2002.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos Papeis Profissionais. São
Paulo: Atlas, 2001.
53
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. São Paulo:
Atlas, 1997.
LEMOS, Aline da Silva. Seleção com foco nas competências. [Monografia]. Pós-
Graduação “Lato Sensu” em gestão de Recursos Humanos. Rio de Janeiro:
Universidade Candido Mendes, 2008. Disponível em:
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/K205721.pdf. Acesso
em: 6 Jan de 2017.
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http://bd.camara.gov.br. Acesso em: 6 Jan de 2017.
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ponto cego? Revista Administração. São Paulo, v.46, n.2, p.107-121,
abr./maio/jun. 2011.
RUZZARIN, Ricardo. et al. Gestão por competências: indo além da teoria. Porto
Alegre - RS: SEBRAE, 2002.
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pessoas. Revista InterAtividade, Andradina, SP, v.1, n. 1, 1º sem. 2013.
Disponível em: http://www.firb.br/editora/index.php/interatividade/article/view/39.
Acesso em: 13 de Jan 2017.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
3. Defina competência.