O Poder de Soltar PDF
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Poder do
Soltar
Hélio Couto
Capítulo I
Desta forma tudo pode continuar indefinidamente como foi projetado que
deveria ser. As ideias justificam todos os comportamentos que mantém o
paradigma não-real funcionando. Desde o nível mais inferior até o mais superior.
Quando estas ideias estão sendo seguidas há uma desculpa para que tudo
continue normalmente dentro do paradigma não-real.
Para acabar com a segregação racial nos ônibus o que Martin Luther King
fez? Pararam de andar de ônibus. Soltaram os ônibus. Qualquer que seja a
situação a coisa mais poderosa que se pode fazer é soltar.
O universo tem um fluxo de energia que faz com que tudo ande da melhor
maneira possível se não houver interferência. A interferência é colocar pressão,
ansiedade, força, resistência, etc. Interferir no fluxo natural das coisas.
Quanto mais se coloca pressão para ter resultados, sejam quais forem,
menor o resultado e pior também. O universo já tem um crescimento acelerado
em todos os sentidos e acima de tudo é harmônico.
Nesta série estamos explicando a ciência por trás do soltar. O porque soltar
funciona. Não existe maior poder que isso. Porém, é preciso analisar para poder
entender como aplicar o soltar em qualquer situação. É uma arte. A técnica é
fácil de entender, mas a aplicação exige um refinamento de consciência para
chegar no ponto certo. O ponto do “estado da arte” do soltar. O desapego total.
O que Buda explicou pode mudar qualquer situação, resolver qualquer problema,
etc. Buda vivenciou isso quando ele sentou debaixo da árvore e soltou o mundo.
Depois de fazer um esforço monumental ele soltou o mundo. Nesse momento
houve a iluminação. Quando ele se entregou, se rendeu. Isso não quer dizer não
fazer nada. É exatamente o contrário. É a maior ação que uma pessoa pode
fazer. A ação através da não-ação. O Taoismo puro. Fazer e soltar. O resultado
virá o mais depressa possível. Fazer o máximo que puder e soltar. Deixar o
universo resolver o que é preciso da melhor maneira possível.
Soltar envolve paciência para esperar de uma forma proativa. Continuar
fazendo e soltando. Exatamente como aprender uma língua. Estudar e soltar.
Um dia o subconsciente falará aquela língua. No momento certo.
Soltar é uma coisa que está disponível para qualquer pessoa.
Independentemente de qualquer condição. Todos os problemas seriam
resolvidos se isso fosse entendido. Tanto nesta dimensão como em qualquer
outra. Se tem uma coisa que vale apenas aprender na vida é o soltar. Todas as
crianças deveriam aprender isso o quanto antes.
Quantas economias estão estagnadas no mundo hoje? Décadas perdidas por
absoluta falta de vontade de fazer o que tem de ser feito. Pura zona de conforto.
Continuam fazendo o que não funciona, mas não mudam. A zona de conforto é
a resistência ao soltar. Sair da zona de conforto e fazer mais é soltar. Soltar a
zona de conforto e enfrentar o que tem de ser feito. Isso é soltar. As dívidas
também estão neste contexto. Quantas dívidas são feitas porque não se solta?
Se algo não funciona não adianta fazer dívidas para continuar fazendo o mesmo.
Se soltassem aquela visão de mundo que não funciona o problema estaria
resolvido. Continuar pensando em dívidas é não soltar. Soltar a dívida é pensar
em ganhar e agir. Basta analisar cada problema ou objetivo que dá para ver o
que é preciso soltar. A questão é fazer o que tem de ser feito.
Capítulo XII
Mesmo quando não há necessidade de divulgar que foi feita a opção pelo
paradigma não-real (contra o Todo) isso é feito. Sabe-se que isso é ignorado,
mas mesmo assim é feito. Pois, é muito complicado deixar de reafirmar
constantemente a opção pelo não-real.
Soltar é a melhor opção que existe, mas saberem que se solta é outra
história. É por isso que é reafirmado constantemente que não se solta. E soltar
é visto como uma coisa esquisita. Uma excentricidade. E enquanto é visto como
uma excentricidade está bom.
Esta reafirmação do não-real parece que é desnecessária, mas não é. Porque
é uma coisa generalizada e sendo assim faz parte da vida normal. Negando o
real está dentro da normalidade. E esta negação faz com que tudo funcione
como sempre funcionou nestes 6 mil anos.
É como um baile de máscaras em que todos vão mascarados. Está tudo
normal. Mas, se alguém não vai de máscara todos percebem que há algo errado.
Para que tudo continue funcionando é preciso ir de máscara. Por isso sempre
houve muito sucesso com os bailes de máscaras.
Todos os que optam pelo não-real fazem o mesmo procedimento e assim
isso passa completamente despercebido como se fosse uma segunda natureza.
É o normal. A história está repleta do mesmo procedimento. Por isso ler história
é da mais alta importância para quem está no paradigma real.
É por isso que se diz que a história se repete. Porque para não repetir a
história é preciso conhecer a história.
Apesar de tudo isso o soltar continua válido como sempre foi e eficiente como
sempre foi. Para os que querem solução e eficiência em qualquer coisa o soltar
é indispensável. Soltar em todas as situações e condições.
Capítulo XVI
Quando alguém sai do paradigma não-real ele afeta o mundo todo, mesmo
que não perceba isso. E isso pode ser feito onde cada um está no momento. Não
há necessidade de mudar de vida, de local, de trabalho, de relacionamento, etc.
É justamente onde se está que se é necessário. É a semente de mostarda em
cada local no mundo. Mostrar pelo exemplo sem alarde nem propaganda. Sem
ego, sem esperar recompensa, sem esperar nada. Apenas fazer o que tem de
ser feito. Esta é a força do soltar em cada lugar em que haja um ser humano no
planeta. Uma pequena porcentagem muda tudo. Sem fazer alarde de que
mudou.
Evidentemente que isso deve ser feito com plena consciência das
consequências. Isso não pode ser feito como uma tática. Isso tem de ser de
dentro do coração. Ser real. Pois, a oposição será ferrenha. E se isso for feito
sem convicção não durará nem dez minutos. O paradigma não-real não suporta
o paradigma real. Não se deve ter nenhuma ilusão quanto a isto.
Capítulo XVIII