Raciocinio Logico
Raciocinio Logico
Raciocinio Logico
Módulo I
Estruturas Lógicas
Sentenças ou Proposições
Essas sentenças, geralmente, são designadas por letras latinas minúsculas: p, q, r, s, ...
p : Mônica é inteligente.
q : Cláudia é brasiliense.
r : 7 > 3.
s : 8+2 ≠ 10.
Tipos de Sentenças
a) Declarativas ou afirmativas: São as sentenças em que se afirma algo, que pode ou não ser verdadeiro.
Exemplo: Cássio é o melhor goleiro do Brasil.
1
Sentenças Abertas
Existem sentenças que não podem ser classificadas nem como falsas, nem como verdadeiras.
São as chamadas sentenças abertas.
Exemplos
1 - p(x): x + 4 = 9
A sentença matemática x + 4 = 9 é aberta, pois existem infinitos números que satisfazem a equação.
Obviamente, apenas um deles é verdadeiro, x = 5, tornando a sentença verdadeira. Porém existem
infinitos números que podem fazer com que a proposição torne-se falsa, como, por exemplo, x = -5.
2 - q(x): x < 3
Da mesma maneira, na sentença x < 3, obtemos infinitos valores que satisfazem à equação.
Porém, alguns são verdadeiros, como x = -2. Já outros valores são falsos, como x = +7.
Modificador
A partir de uma proposição podemos formar uma outra proposição usando o modificador “não” (~), que
será a sua negação, a qual possuirá o valor lógico oposto à proposição.
Exemplo:
p : Jacira tem 3 irmãos.
~p : Jacira não tem 3 irmãos.
Alguns matemáticos utilizam o símbolo ¬ para o modificador negação.Por exemplo, a negação da frase
2
“O Brasil possui um grande time de futebol” pode ser representada como “¬ O Brasil possui um grande time
de futebol”, que pode ser lida como “O Brasil não possui um grande time de futebol”.
Sentenças abertas
Exemplo
a) y ≥ -5
b) y ≤ +5
c) y < +5
d) y < -5
e) y ≤ -5
Resolução:
i) Algumas sentenças, ditas como abertas, também podem ter a sua sentença negativa. Portanto, é possível
negar a sentença “y ≥ +5”.
ii) Dizer que um número não é maior o u igual a + 5 é o mesmo que dizer que o número é menor que +5.
Conectivos
Para se compor novas proposições, definidas como compostas, a partir de outras proposições simples,
usamos os conectivos.
Os conectivos mais usados são: “e” (Λ), “ou” (V), “se...então” (→) e “se e somente se” (↔).
Exemplos:
Sejam os argumentos:
p : -3 é um mesmo inteiro, e
q : a cobra é um réptil.
Com os argumentos acima, podemos compor uma sentença fechada, que expressa os dois argumentos:
3
Observe que uma conjunção “p Λ q” só é verdadeira quando “p” e “q” são verdadeiras.
Para a conjunção tem-se a seguinte tabela-verdade:
Proposições Compostas
Exemplo
Considere a proposição "Pedro é estudioso e trabalhador, ou Pedro é bonito." Como Pedro não é bonito,
então:
Resolução:
a) “ou” inclusivo:
Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente.
(Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).
b) “ou” exclusivo:
Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca.
(Se Elisabete for paulista, não será carioca e vice-versa).
Iremos estudar o “ou” inclusivo, pois o elemento em questão pode possuir duas ou mais características, como
o exemplo da letra “a”, em que Elisabete poderá possuir duas ou mais qualidades ou características.
4
Sejam:
p: é um número inteiro.
q : O Brasil é pentacampeão mundial de futebol.
Se “p” e “q” são duas proposições, a proposição “p v q” será chamada adjunção ou disjunção.
Observe que uma adjunção “p v q” é verdadeira quando uma das proposições formadoras “p” ou “q” é
verdadeira.
Para a adjunção tem-se a seguinte tabela-verdade.
Proposições Compostas
Exemplo:
Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é o mesmo que dizer que:
Resolução:
i) Considerando p: “Pedro é pedreiro” e q: “Paulo é paulista”, a proposição composta do enunciado torna-se
“não p ou q”.
ii) Devemos, então, através de tabelas-verdade, descobrir uma proposição composta que tenha os mesmos
valores lógicos da proposição composta original.
iii) Observa-se que a proposição “não p ou q” é equivalente à “p se q”, ou seja, é equivalente à se Pedro é
pedreiro, então Paulo é paulista.
Resposta: letra “a”.
“Se... então” ( → )
5
Sejam as proposições abaixo:
p : 5 x 4 = 20.
q : 3 é um número primo.
Observe que uma subjunção “p → q” somente terá como falso quando a primeira proposição “p” é
verdadeira e a segunda “q” é falsa.
Sejam:
p : 18 é divisível por 6
q : 18 é divisível por 2
Podemos compor:
Outro exemplo:
Sejam:~
6
p:4>2
q:4≠1
p → q : Se 4 > 2, então 4 ≠ 1
“4 > 2” é condição suficiente para” 4 ≠ 1” e “4 ≠ 1” é condição necessária para
“4 > 2”.
Exemplo:
Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol. Carmem não é cunhada de Carol. Se Carina
não é cunhada de Carol, então Carina é amiga de Carol. Logo,
Resolução:
Do item ii), podemos concluir no item i) que Carina não é amiga de Carol.
Analisando as alternativas, a única possível é a letra B.
Resposta: letra b.
Sejam:
P : 16 ÷ 2 = 8,
q : 2 é um número primo.
Se “p” e “q” são duas proposições, a proposição “p ↔ q” é chamada bijunção ou bicondicional que
também pode ser lida como:
“p é condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
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I - Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
II - Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
III - Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
IV - Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
Observe que uma bijunção só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas
verdadeiras.
Exemplos
b) p2 : Se 2 + 4 = 8, então 2 + 6 = 9
Temos que p → q, com p(F), q(F), portanto p2 (V).
3 – Sejam as proposições:
p : Joana é graciosa.
q : Fátima é tímida.
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Dar as sentenças verbais para:
a) p →~q
Se Joana é graciosa, então Fátima não é tímida.
b) ~(~pvq)
É falso que Joana não é graciosa ou é Fátima é tímida.
Propriedade de Proposições
Uma proposição composta interligada pelo conectivo "se, então" pode ser reescrita de outra maneira, mas com
o mesmo significado.
A proposição "p implica em q" pode ser rescrita como "não q implica em não p".
Exemplo
Tautologia
As proposições que apresentam a tabela-verdade somente com V são chamadas logicamente verdadeiras
ou tautologias.
As proposições que apresentam a tabela-verdade somente com F são chamadas logicamente falsas ou
contradições.
PROPRIEDADES
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TEOREMA CONTRA-RECÍPROCO
“p q” equivale a ~q ~p
Exemplos
1 – “Se um número inteiro é par, então seu quadrado é par”, que equivale a:
“Se o quadrado de um número inteiro não é par, então o número inteiro não é par”.
Proposições Compostas
Exemplo
Se é verdade que “Nenhum artista é atleta”, então também será verdade que:
Módulo II
Lógica de Argumentação
Lógica da Argumentação
Nos períodos de férias, recessos ou feriados haverá sempre um Ministro em exercício na Presidência da
Corte para resolver assuntos urgentes.
Existem vários tipos de argumento. Interessa-nos discutir os chamados dedutivos. Esses são geralmente
vistos como os mais precisos e persuasivos, provando categoricamente suas conclusões; podem ser válidos ou
inválidos.
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Argumentos dedutivos possuem três estágios: premissas, inferência e conclusão. Entretanto, antes de
discutir tais estágios detalhadamente, precisamos examinar os alicerces de um argumento dedutivo:
proposições.
Proposições
Uma proposição é uma afirmação que pode ser verdadeira ou falsa. Ela é o
CONCEITO significado da afirmação, não um arranjo preciso das palavras para
transmitir esse significado.
Por exemplo, “Existe um número primo par maior que dois” é uma proposição (no caso, uma falsa). “Um
número primo par maior que dois existe” é a mesma proposição expressa de modo diferente.
Infelizmente, é muito fácil mudar acidentalmente o significado das proposições apenas reorganizando-as.
A dicção da proposição deve ser considerada como algo significante.
É possível utilizar a lingüística formal para analisar e reformular uma afirmação sem alterar o significado.
Premissas
As premissas do argumento sempre devem ser explicitadas. A omissão das premissas é comumente
encarada como algo suspeito e provavelmente reduzirá as chances de aceitação do argumento.
Usar a palavra “obviamente” pode gerar desconfiança. Ela ocasionalmente faz algumas pessoas aceitarem
afirmações falsas em vez de admitirem que não entendem por que algo é “óbvio”. Não hesite em questionar
afirmações supostamente “óbvias”.
Inferência
Umas vez que haja concordância sobre as premissas, o argumento procede passo a passo por meio do
processo chamado inferência.
Na inferência, parte-se de uma ou mais proposições aceitas (premissas) para se chegar a outras novas. Se
a inferência for válida, a nova proposição também deve ser aceita. Posteriormente, essa proposição poderá ser
empregada em novas inferências.
Assim, inicialmente, apenas podemos inferir algo a partir das premissas do argumento; ao longo da
argumentação, entretanto, o número de afirmações que podem ser utilizadas aumenta.
Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns inválidos, os quais serão analisados neste
estudo. O processo de inferência é comumente identificado pelas frases “conseqüentemente...” ou “isso
implica que...”.
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Conclusão
Finalmente se chegará a uma proposição que consiste na conclusão, ou seja, no que se está tentando
provar. Ela é o resultado final do processo de inferência e só pode ser classificada como conclusão no
contexto de um argumento em particular.
A conclusão se respalda nas premissas e é inferida a partir delas. Esse é um processo sutil que merece
explicação mais aprofundada.
Premissas e Conclusão
O detalhe é que podemos partir de premissas falsas, proceder por meio de uma inferência válida e chegar
a uma conclusão verdadeira. Por exemplo:
– Premissa: Todos os peixes vivem no oceano.
– Premissa: Lontras são peixes.
– Conclusão: Logo, lontras vivem no oceano.
Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: partir de premissas verdadeiras, inferir de modo correto,
e chegar a uma conclusão falsa.
Podemos resumir esses resultados numa tabela de “regras de implicação”. O símbolo “à” denota
implicação; “A” é a premissa, “B” é a conclusão.
– Se as premissas são falsas e a inferência válida, a conclusão pode ser verdadeira ou falsa (linhas 1 e 2).
– Se a premissa é verdadeira e a conclusão falsa, a inferência é inválida (linha 3).
– Se as premissas e inferência são válidas, a conclusão é verdadeira (linha 4).
Desse modo, o fato de um argumento ser válido não significa necessariamente que sua conclusão é
verdadeira, pois pode ter partido de premissas falsas.
Um argumento válido que foi derivado de premissas verdadeiras é chamado “argumento consistente”.
Esses obrigatoriamente chegam a conclusões verdadeiras.
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Exemplo de Argumento
A seguir, está exemplificado um argumento válido, mas que pode ou não ser “consistente”.
A proposição da linha 4 foi inferida das linhas 2 e 3. A linha 1, então, é usada em conjunto com a
proposição 4 para inferir uma nova proposição (linha 5). O resultado dessa inferência é reafirmado (numa
forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.
Argumentos
___________________________________
Construindo uma tabela-verdade para os argumentos em questão, temos que quando as premissas são
verdadeiras, a conclusão também é verdadeira.
Com isto, temos:
Reconhecendo Argumentos
O reconhecimento de argumentos é mais difícil que das premissas ou conclusão. Muitas pessoas
abarrotam textos de asserções sem sequer produzir algo que possa ser chamado argumento.
Algumas vezes os argumentos não seguem os padrões descritos acima. Por exemplo, alguém pode dizer
quais são suas conclusões e depois justificá-las. Isso é válido, mas pode ser um pouco confuso.
Para piorar a situação, algumas afirmações parecem argumentos, mas não são. Por exemplo: “Se a Bíblia
é verdadeira, Jesus ou foi um louco, um mentiroso, ou o Filho de Deus”.
Isso não é um argumento; é uma afirmação condicional. Não explicita as premissas necessárias para
embasar as conclusões, sem mencionar que possui outras falhas.
Um argumento não equivale a uma explicação. Suponha que, tentando provar que Albert Einstein
acreditava em Deus, disséssemos: “Einstein afirmou que „Deus não joga dados' porque cria em Deus”.
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Isso pode parecer um argumento relevante, mas não é; trata-se de uma explicação da afirmação de
Einstein. Para perceber isso, lembre-se que uma afirmação da forma “X porque Y” pode ser reescrita na forma
“Y logo X”. O que resultaria em: “Einstein cria em Deus, por isso afirmou que „Deus não joga dados'”.
Agora fica claro que a afirmação, que parecia um argumento, está admitindo a conclusão que deveria
estar provando.
Ademais, Einstein não cria num Deus pessoal preocupado com assuntos humanos.
Falácias
Há um certo número de “armadilhas” a ser evitado quando se está construindo um argumento dedutivo;
elas são conhecidas como falácias. Na linguagem do dia-a-dia, nós denominamos muitas crenças equivocadas
como falácias, mas, na lógica, o termo possui significado mais específico: falácia é uma falha técnica que
torna o argumento inconsistente ou inválido. (Além da consistência do argumento, também se podem criticar
as intenções por detrás da argumentação.)
Silogismo
Exemplos
A negativa da proposição P, tem-se a premissa "Não tenho um Escort". Escreve-se: ~P: Não tenho um
Escort (é o mesmo que dizer: "não possuo um carro denominado Escort").
P v C, ~P C
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Ou
PvC
~P
Logo, C
Argumentos e Silogismo
Seja o argumento:
____________________________________
Construindo a tabela-verdade para este caso, temos que quando as premissas são verdadeiras, a conclusão
é verdadeira portanto:
a) ( ) o argumento é um silogismo.
b) ( ) o argumento não é um silogismo.
Podemos usar as tabelas-verdade, definidas nas estruturas lógicas, para demonstrarmos se um argumento
é válido ou não.
Uma outra maneira de verificar se um dado argumento P 1, P2, P3, ..., Pn C é válido ou não, por
meio das tabelas-verdade, é construir a "condicional associada":
Se essa condicional associada é tautológica, o argumento é válido. Não sendo tautológica, o argumento
dado é um sofisma (ou uma falácia).
Há argumentos válidos com conclusões falsas, da mesma forma que há argumentos não-válidos com
conclusões verdadeiras. Logo, a verdade ou falsidade de sua conclusão não determinam a validade ou não¬-
validade de um argumento.
Exemplos
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Observe que nas linhas 3 e 4 as premissas são ambas verdadeiras. Veja que na linha 4 a conclusão
também é verdadeira. Mas na linha 3, a conclusão é falsa. Portanto, o argumento dado é um sofisma, ou seja,
não é válido.
Observe as colunas P das premissas e veja que nas linhas 5, 6, 7 e 8 as premissas são
ambas verdadeiras. Veja, também, a coluna da conclusão e observe que em todas as linhas
em que as premissas são verdadeiras, a conclusão também é verdadeira. Portanto, o
argumento é válido.
Silogismo ou Falácia
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Módulo III
Diagramas Lógicos
DIAGRAMAS LÓGICOS
Introdução
Em algumas situações, símbolos matemáticos são usados para facilitar a compreensão e o estudo de
temas mais teóricos, inclusive daqueles de outras áreas, como a Lógica Matemática.
Os diagramas de Venn, desenvolvidos na Teoria dos Conjuntos, são usados para facilitar o estudo de
afirmações ou sentenças lógicas argumentativas.
Ao afirmar, por exemplo, que toda banana é uma fruta, mas que nem toda fruta é uma banana,
podemos usar a seguinte representação com diagramas de Venn:
Estamos, com isso, mostrando que o conjunto da banana está contido no conjunto das frutas e que o
conjunto das frutas contém o conjunto da banana. Podemos, ainda, representar que banana frutas e que
frutas banana.
Em termos de Lógica Matemática, podemos afirmar isso de algumas maneiras, como “Toda banana é
uma fruta” ou “No conjunto das frutas, existe o conjunto das bananas”.
Existem, fundamentalmente, três situações possíveis que relacionam dois tipos de conjuntos numéricos
ou não numéricos:
Observações
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a) Quando estudamos mais de dois conjuntos, podemos considerar os mesmos casos anteriores: Os conjuntos
estão contidos em outros conjuntos (ou apenas em um deles), os conjuntos possuem elementos em comum ou
todos os conjuntos não possuem nenhum elemento em comum.
b) Não nos interessa estudar o caso de dois conjuntos serem coincidentes, apesar de serem descritos de formas
diferentes, como por exemplo:
O conjunto B está contido no conjunto A, completamente. E não podemos dizer o mesmo da situação
inversa: O conjunto A está contido no conjunto B.
Exemplos:
3 – Todo número natural é um número inteiro, mas nem todo número inteiro é um número natural.
1 - No concurso para o CPCAR foram entrevistados 979 candidatos, dos quais 527 falam a língua
inglesa, 251 a língua francesa e 321 não falam nenhum desses idiomas. O número de candidatos que falam as
línguas inglesa e francesa é:
a) 778
b) 120
c) 658
d) 131
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Os conjuntos A e B possuem alguns e somente alguns elementos em comum.
Em termos de Lógica Matemática, podemos dizer que algum elemento de A é elemento do conjunto B e
vice-versa.
Exemplo
1 – Motocicletas e automóveis possuem rodas; as primeiras possuem duas rodas e os últimos possuem quatro
rodas.
a) azul A.
b) preto A.
c) verde A.
d) branco A.
e) vermelho A.
Exemplo
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Como todo fusca é um carro e não existe relação nenhuma entre carros e rios, o diagrama que melhor
representa a situação é o primeiro:
Numa turma de 43 alunos, 27 falam inglês, 15 falam alemão, 6 falam inglês e alemão. Quantos alunos
não falam nem inglês e nem alemão?
a) 17.
b) 13.
c) 7.
d) 10.
e) 34.
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Módulo IV
Números binomiais
Introdução
FATORIAL
Existem, em Matemática, alguns símbolos e expressões numéricas que são usadas para simplificar a
representação de alguns números.
Por exemplo, conhece-se da aritmética básica, a potenciação, uma forma de representar o produto de um
número por si mesmo, uma certa quantidade de vezes.
Como no caso de 54, que corresponde ao produto do número 5 por si mesmo, 4 vezes, isto é, 54 = 5 . 5 .
5 . 5 = 625.
No estudo da análise combinatória, ou seja, dos arranjos simples, das permutações simples e das
combinações, existe a necessidade de se representar o produto de um número pelos números menores que ele
até o menor número inteiro positivo, isto é, o número 1. Desta forma, define-se o número fatorial da seguinte
forma:
0! = 1
1! = 1 . 0! = 1 . 1 = 1
2! = 2. 1! = 2. 1
3! = 3. 2! = 3 . 2 . 1 .
4! = 4. 3! = 4 . 3 . 2! = 4. 3. 2 . 1
5! = 5. 4! = 5 . 4 . 3! = 5 . 4 . 3 . 2! = 5. 4 . 3 . 2 . 1
6! = 6. 5! = 6 . 5. 4! = 6 . 5 . 4 . 3! = 6. 5 . 4 . 3 . 2! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1
21
n! = n.(n-1).(n-2). ... .3.2.1 (n>2)
NÚMEROS BINOMIAIS
Se os números naturais n e k são tais que n < k, então, por definição = 0. Isto significa que não se
usa e nem se estuda o binomial de uma ordem menor que a classe, como por exemplo: que pela
definição é igual à zero.
Exemplos:
22
II – A relação de Stifel
, com n, k N.
Obs.: Uma maneira de construir o triângulo é calcular os números pela definição. Pode-se,
entretanto, construir o triângulo sem calcular cada um dos binomiais. Basta notar que:
23
Propriedades
I - Em qualquer linha, a partir da segunda, dois binomiais eqüidistantes dos extremos são iguais, por
serem binomiais complementares.
II - A soma de todos os binomiais de uma linha é igual a uma potência de 2, cujo expoente é a ordem da
linha.
III - A soma dos binomiais de uma coluna de ordem k, a partir do primeiro binomial da coluna, é igual
ao binomial situado na coluna seguinte à direita, e que se encontra na linha seguinte da última parcela.
IV - A soma dos binomiais de uma diagonal (qualquer paralela ao lado oblíquo do triângulo), a partir do
primeiro binomial da diagonal, é igual ao binomial situado na linha seguinte e na mesma coluna da última
parcela.
Arranjos - Introdução
Tipos de agrupamento
1o Tipo de Agrupamento
Os alunos de uma escola de ensino médio fizeram um bolão, apostando nos três primeiros colocados do
campeonato brasileiro de futebol de 2.004. Observemos as apostas dos alunos Ricardo e Emanuel:
Ricardo:
24
Emanuel:
Apesar de os dois terem apostado nos mesmos clubes, suas apostas são diferentes, pois a ordem das
colocações é diferente.
Um agrupamento em que se deve observar a ordem dos elementos é aquele em que quando se modifica a
ordem dos elementos, obtém-se outro conjunto.
Por exemplo, no conjunto {L, A, M, A}, pode-se obter dois elementos distintos quando se troca a ordem das
letras L e M: MALA e LAMA.
2o Tipo de Agrupamento
Os alunos do primeiro ano colegial fizeram uma votação para eleger uma comissão de três representantes
da classe. O regulamento foi estabelecido da seguinte maneira: em cada cédula o eleitor deveria escrever
apenas três nomes de candidatos; não haveria cargos distintos na comissão, isto é, todos os eleitos teriam
funções idênticas. Observemos os votos dos alunos Lúcia e Émerson.
Lúcia:
Émerson:
Observe que esses alunos votaram na mesma comissão, pois a ordem de apresentação dos nomes não
necessita ser considerada.
Arranjos simples
Com os elementos do conjunto A = {a, b, c, d}, abaixo seguem todas as seqüências possíveis de três
elementos distintos:
25
(a, b, c) (a, b, d) (a, c, d) (b, c, d)
(a, c, b) (a, d, b) (a, d, c) (b, d, c)
(b, a, c) (b, a, d) (c, a, d) (c, b, d)
(b, c, a) (b, d, a) (c, d, a) (c, d, b)
(c, a, b) (d, a, b) (d, a, c) (d, e, b)
(c, b, a) (d, b, a) (d, c, a) (d, b, c)
Observe que dois arranjos simples quaisquer se diferenciam ou pela ordem dos elementos ou pela
natureza dos elementos que os compõem
Por exemplo:
. (a, b, c) ≠ (b, c, a) (diferem pela ordem dos elementos)
. (a, b, c) ≠ (a, b, d) (diferem pela natureza dos elementos)
O número de arranjos simples de quatro elementos distintos tomados três a três é indicado pelo símbolo
A4,3 e pode ser calculado pelo princípio fundamental de contagem. Devemos distribuir os quatro elementos
do conjunto I em três casas, sem repetição:
Seja A = {a1, a2, a3,..., an} um conjunto formado por n elementos e seja p um número natural
CONCEITO não-nulo tal que p ≤ n. Chama-se "arranjo simples de p elementos de A" toda seqüência
formada por p elementos de A distintos.
Exemplos:
a) Os arranjos simples dos elementos do conjunto I = {5, 6, 7, 8} tomados dois a dois são:
O número de arranjos simples de quatro elementos tomados dois a dois é indicado por A4,2 e pode ser
calculado pelo princípio fundamental de contagem.
26
b) Quatro clubes A, B, C e D disputam as finais de um torneio de basquetebol. Ao final do certame as
classificações possíveis desses clubes são os arranjos simples dos quatro elementos A, B, C e D considerados
quatro a quatro, ou seja:
O número de arranjos simples de quatro elementos tomados quatro a quatro, isto é, A4,4, pode ser
calculado pelo princípio fundamental de contagem:
Seja I = {a1, a2, a3,..., an} um conjunto formado por n elementos e seja p um número natural não nulo,
p ≤ n. O número de arranjos simples dos n elementos de I tomados p a p, isto é, An,p pode ser calculado pelo
princípio fundamental de contagem:
Assim, temos que An,p = n.(n - 1).(n - 2).(n - 3) ... . [n - (p - 1)] ou An,p = n.(n - 1).(n - 2).(n - 3) ... . (n - p
+ 1).
Exemplos
1 - Calcular A6,4.
A6,4 = 6 . 5 . 4 . 3 = 360.
O símbolo An,3 indica o número de seqüências de três elementos distintos escolhidos dentre n elementos.
Logo, o menor n natural possível é 3; se n fosse menor que 3, não poderíamos formar uma seqüência com três
elementos distintos. Logo,
a) 3n
b) n
c) 2n
d) 2
e) .
27
+ 2 = = (n-2) + 2 = n -2 + 2 = n.
Com o auxílio dos fatoriais podemos apresentar essa fórmula de uma maneira mais simples. Para
entender a transformação que será feita, vejamos antes alguns casos particulares.
A7,3 = 7 . 6 . 5 . = 7 . 6 . 5 .
Assim sendo, o numero A7,3 pode ser expresso através de fatoriais por .
A8,2 =
Generalização
O arranjo simples de p elementos, de um conjunto I, é dada pela expressão A n,p, com p ≤ n, sendo calculada
Exemplo
28
Solucionando a equação n2 - 3n – 4 = 0 por soma e produto, obtemos:
Temos como solução desta equação de 2o grau, os valores n = -1 (que não vale para fatorial) e n = 4 O
valor de n é igual a 4.
Permutações - Introdução
Tomando o conjunto A = {a, b, c}. Os arranjos simples dos três elementos de A tomados três a três são:
Cada um desses arranjos é chamado de "permutação simples dos elementos de A". Isto é, uma
permutação simples dos elementos de A é qualquer seqüência de elementos distintos formada por todos os
elementos de A. Observe que duas dessas permutações se diferenciam apenas pela ordem dos elementos.
Por exemplo, temos: (a, b, c) ≠ (b, a, c) diferem pela ordem dos elementos.
Seja A= {a1, a2, a3,..., an} um conjunto com n elementos. Chama-se permutação simples dos n elementos de
A todo arranjo simples desses n elementos tomados n a n.
Exemplos:
(1, 2, 3) (1, 3, 2)
(2, 1, 3) (2, 3, 1)
(3, 1, 2) (3, 2, 1)
Isto é, são todos os arranjos simples dos três elementos de A tomados três a três, pois poderíamos
considerar permutações tomadas de 2 em 2 elementos.
Por exemplo: (2, 3), (1, 2), (3, 1).
2 - Quantas permutações simples podemos formar com os elementos do conjunto A = {a, e, i, o, u}?
O número de permutações simples de quatro elementos distintos, que indicamos por P 4 é igual ao número
de arranjos simples desses quatro elementos tomados quatro a quatro. Isto é:
29
Tomando A= {a1, a2, a3,..., an} um conjunto com n elementos, consideramos que o número de
permutações simples dos n elementos de A, que indicamos por Pn, é igual ao número de arranjos simples
desses n elementos tomados n a n. Isto é
Significa dizer que permutação é um caso particular de arranjos simples, onde o número de elementos
considerados é igual ao número do conjunto estudado.
Assim, temos que:
Pn = n!
Exemplos
1 - De quantas maneiras diferentes cinco pessoas podem formar uma fila indiana?
O número de filas é igual ao número de permutações simples desses cinco elementos, isto é:
P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
Logo, podem ser formadas 120 filas.
2 - De quantas maneiras diferentes podemos dispor, numa mesma prateleira de uma estante, quatro
livros de matemática e três livros de física, de modo que livros de mesma matéria permaneçam juntos?
Podemos dispor os livros de matemática antes dos de física ou os de física antes dos de matemática. Isto é:
30
P6 = 6! = 720
Logo, há 720 anagramas que começam por M.
f) Há três possibilidades para o preenchimento da primeira posição: A, E ou O. Para cada vogal fixada
na primeira posição, sobram seis letras para serem distribuídas nas posições posteriores:
P6 = =3! . 6!=2160
Essa palavra é composta por seis letras. Se todas as letras fossem distintas, então teríamos 6!, ou seja, 720
anagramas. Como há letras repetidas, o número de anagramas é menor do que 6!.
Para calcular esse número, vamos indexar (colocar índice) as letras iguais: B A1 N1 A2 N2 A3, para
podermos raciocinar com essas letras, como se fossem elementos distintos.
Quantas permutações podemos efetuar com essas letras, sem alterar esse anagrama?
Note que, quando permutamos as letras iguais, o anagrama não se altera. Por exemplo:
Assim sendo, o número de permutações que podem ser feitas sem alterar o anagrama é:
Repetindo esse raciocínio para cada anagrama da palavra BANANA, observamos que em todos os
anagramas dessa palavra, obtemos como resultado o valor 3! . 2!. Porém, o valor total de todas as
permutações da palavra é igual a:
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A palavra BANANA possui 60 anagramas.
Significa dizer que uma permutação de n elementos, onde existam alguns dos n elementos repetidos, o
cálculo do número total de permutações simples é dado pelo quociente entre o número total de permutações
pelo produto dos fatoriais das quantidades dos elementos que se repetem.
Exemplo
Fixando uma letra A na primeira posição, sobram as letras T, R, R, A, F e A, que devem ser distribuídas
nas seis posições posteriores:
Obs.: Neste caso não multiplica-se o resultado por 3, pois existem três letras “A” e nem multiplica-se o
resultado por 2, apesar de existirem duas letras “R”.
Combinação simples
Dado o conjunto I = {a, b, c, d}, formemos todos os subconjuntos de I com três elementos:
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{a,b,c} {a, b, d} {a,c,d} {b,c,d}
Tais subconjuntos são chamados de "combinações simples dos quatro elementos de I tomados três a três".
Ou seja, uma combinação simples de três elementos de I é qualquer subconjunto de I formado por três
elementos.
Observe que duas combinações simples quaisquer se diferenciam apenas pela natureza dos elementos e
não pela ordem de apresentação desses elementos.
Exemplos
Seja I = {a1, a2, a3,..., an} um conjunto formado por n elementos e seja p
CONCEITO n, tal que p N. Chama-se combinação simples de p elementos de I todo
subconjunto de I formado por p elementos.
Exemplos
1 - Descrever todas as combinações simples que podem ser formadas com os elementos do conjunto I =
{a, b, c, d, e} tomados dois a dois.
{a, b} {a, c} {a, d} {a, e} {b, c} {b, d} {b, e} {c, d} {c, e} {d, e}.
Note, portanto, que obtivemos dez combinações. O número de combinações dos cinco elementos tomados
dois a dois é indicado por C5,2.
C5,2 = 10.
2 - Descrever todas as combinações simples que podem ser formadas com os elementos do conjunto I =
{a, b, c, d, e} tomados um a um.
Devemos obter todos os subconjuntos unitários de I: {a} {b} {c} {d} {e}
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Exemplos
1 – Calcular C6,4:
Exemplos
Condição de existência: n N e n ≥ 2.
Cn,2 = 10 = 10 = 10 = 10 n2 – n = 20 n2 – n –
20 = 0.
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Temos dois números que somados dão +1 e que multiplicados resultam em -20: Os números são n = -4
(não é válido) e n = +5.
n = +5.
Quando tentamos resolver um problema de análise combinatória, nos deparamos com a seguinte questão:
os agrupamentos mencionados no problema são arranjos ou combinações? Para eliminar essa dúvida, vamos
agir da seguinte maneira: construímos um dos agrupamentos sugeridos pelo problema e, a seguir, mudamos a
ordem de apresentação dos elementos desse agrupamento:
I - Se com essa mudança na ordem dos elementos obtivermos um agrupamento diferente do original,
então esse agrupamento é um arranjo.
II - Se com essa mudança na ordem dos elementos obtivermos um agrupamento igual ao original, então
esse agrupamento é uma combinação.
Exemplo
Um triângulo fica determinado por três pontos (vértices do triângulo) não-colineares (não-pertencentes a
uma mesma reta). Como não existem três pontos colineares dentre os pontos A, B, C, D, E, qualquer
agrupamento de três pontos distintos determina um triângulo.
Agora, a dúvida: um agrupamento de três pontos para determinar um triângulo é um arranjo ou uma
combinação?
Como a mudança na ordem das letras não altera o triângulo, temos que esses agrupamentos são
combinações. Logo, o número de triângulos é dado por C5,3, isto é:
Permutação circular
Uma reunião de presidentes de países da América do Sul será realizada em uma mesa redonda.
Participarão dessa reunião os presidentes da Argentina (A), do Brasil (B), do Chile (C), do Paraguai (P) e do
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Equador (E). Uma preocupação do Itamarati é com a disposição dos presidentes em tomo da mesa. Em
quantas ordens diferentes podem ser dispostos os presidentes em volta da mesa? Para podermos raciocinar,
vamos imaginar uma determinada disposição, como a mostrada ao lado.
Tal disposição dos elementos A, B, C, P e E em torno da mesa é uma permutação circular desses cinco
elementos. Note que, se girarmos no sentido horário:
Isto é, as cinco permutações em linha, ABCPE, BCPEA, CPEAB, PEABC e EABCP, correspondem à
uma única permutação circular.
Seja I = {a1, a2, a3, ..., an} um conjunto com n elementos. O número de permutações circulares desses
n elementos é indicado por Pe(n) e calculado como apresentamos a seguir.
Tal permutação circular corresponde a n permutações em linha, se girarmos no sentido horário. São elas:
Vemos então que n permutações simples em linha correspondem a uma única permutação circular.
Podemos por isso relacionar o número de permutações simples em linha com o número de permutações
circulares de n elementos distintos, através da seguinte regra de três:
Exemplos
1 - Algumas crianças estão brincando de roda, isto é, dão-se as mãos formando uma roda. É possível
formar rodas com essas crianças em 720 disposições diferentes. Quantas crianças estão brincando?
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Pc(n) = 720 (n-1)! = 720 Como o único fatorial que resulta em 720 é 6!, temos: (n-1)! = 6!
n–1=6 n=6+1 n = 7.
2 – Em quantas posições diferentes seis pessoas podem se sentar em volta de uma mesa redonda?
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Módulo V
Probabilidades - Introdução
é, .
Se entre as 10.000 cartas há 16 cartas de Emanuel, então dizemos que sua chance é 17 em 10.000, isto
é,
Se entre as 10.000 cartas há 200 cartas de Sandra, então dizemos que sua chance é 200 em 10.000, isto é,
Experimento aleatório
Lançando um dado não viciado e anotando o número da face voltada para cima, obtemos um experimento
aleatório, pois, antes de ocorrer, é impossível se prever o resultado e, ocorrendo várias vezes, nas mesmas
condições, pode apresentar resultados diferentes.
O estudo das probabilidades é, na verdade, o estudo dos fenômenos aleatórios, sob o olhar matemático.
Outros exemplos:
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a) o lançamento de uma moeda.
b) o sorteio de uma carta de um total de 10.000 cartas.
Exemplo
Quando lançamos um dado não viciado e anotamos o número da face voltada para cima, o espaço amostral
é:
A = {1;2;3;4;5;6}
Eventos
Exemplo
Quando lançamos um dado não viciado e anotamos o número da face voltada para cima, são exemplos de
eventos:
. sair o número 5.
. sair um número ímpar.
. sair um múltiplo de três.
Probabilidade
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p(E) =
Exemplo
Lançando-se um dado não viciado, calculemos a probabilidade de sair, na face voltada para cima, um número
ímpar.
Resolução:
Espaço amostral → A = {1; 2; 3; 4; 5; 6}.
Evento (ser número ímpar) → E = {1; 3; 5}.
Temos que: n(A) = 6, n(E) = 3.
Logo, a probabilidade de sair um número par é:
Exemplos:
1 - Lançando-se um dado não viciado, e anotando-se o número da face voltada para cima, qual é a
probabilidade de sair um número múltiplo de três?
i) Espaço amostral → A = {1; 2; 3; 4; 5; 6}.
ii) Evento (múltiplo de três) → E = {3; 6}.
2 - Retirando-se aleatoriamente uma carta de um baralho completo (52 cartas). Qual é a probabilidade da
mesma ser um ás?
i)Os números de elementos do espaço amostral e do evento que nos interessa são, portanto:
n(A) = 52
3 - Numa urna há nove bolas: três azuis, quatro brancas e duas pretas. Retira-se uma primeira bola, que não é
branca. Ao retirar uma segunda bola ao acaso, qual é a probabilidade de ela ser branca?
i) Ao se retirar a primeira bola, sobram oito bolas, das quais quatro são brancas. Portanto, temos que:
n(A) = 8
n(E) = 4
4 - Numa urna há dez bolas: cinco verdes numeradas de 1 a 5 e cinco azuis numeradas de 6 a 10. Retirando-se
uma bola ao acaso, calcule a probabilidade de ela ser verde ou possuir um número par.
i) Neste caso, o espaço amostral e, os eventos que nos interessam são:
ii) Espaço amostral → A = {V1;V2;V3;V4;V5;A6;A7;A8;A9;A10}.
iii) Evento (verde ou par) → E = {V1; V2; V3; V4; V5; A6; A8; A10}; logo:
n(A) = 10
n(E) = 8
Eventos complementares
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Seja E o espaço amostral de um experimento aleatório e seja A um evento de E. Chama-se “evento
complementar” de A, que se indica por, o evento que satisfaz as seguintes condições:
Exemplo:
No lançamento de um dado, considere o evento A formado pelos resultados menores do que 3. O
complementar de A é formado por todos os resultados maiores ou iguais a 3. Isto é:
A = {1,2} e =(3,4,5,6}.
Propriedades da probabilidade
Exemplos:
1 – Uma urna contém exatamente dez etiquetas, numeradas de 1 a 10. Retira-se uma etiqueta da urna. Qual é a
probabilidade de se obter?
a) um número maior que 10?
b) um número menor do que 11?
O espaço amostral do evento é E={1,2,3,4,5,6,7,8,9,10}.
a) O evento que queremos é A = {x E/x>10} Ø= .
Logo, A é evento impossível. Portanto P(A) = 0.
b) O evento que queremos é B={x E/x<11}=1.
Logo, B é um evento certo, pois B=E. Portanto P(B)=1.
2 – Uma urna contém n bolas. Retira-se uma bola da urna. A probabilidade de sair uma bola vermelha é dada
Probabilidade condicional
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Ou seja, a probabilidade de ocorrer um evento A dado que ocorreu o evento B, é dada pelo quociente entre a
probabilidade da intersecção dos dois eventos pela probabilidade do evento B.
Exemplo: Jogando um dado e sabendo que ocorreu um número maior que 3, qual é a probabilidade de ser um
número ímpar?
Neste caso, calcula-se a probabilidade de ocorrer um número ímpar, sabendo-se que deve ocorrer um número
maior que 3.
Conseqüência:
Dados dois eventos A e B de um espaço amostral S não vazio e sabendo que P(A|B) é dada por ,
podemos calcular a probabilidade da intersecção de dois eventos, como:
P(A B) = P(B) . P(A|B).
Exemplo: Ao jogar um dado, qual é a probabilidade de ocorrer um número maior que 3 e ímpar:
que 3, dado que é ímpar Só obtemos o número 5. Com isto, a sua probabilidade é dada por:
Calculando, agora, a probabilidade da intersecção dos dois eventos, temos:
Resposta: letra c.
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Eventos mutuamente exclusivos
Exemplo:
Considere o experimento aleatório de lançar um dado não viciado e anotar o número da face voltada para
cima, e sejam os eventos:
a) sair um número par;
b) sair um número ímpar.
Propriedade
Exemplo:
1 - Lançando-se uma moeda não viciada três vezes, qual é a probabilidade de sair coroa pelo menos uma vez?
Considere os eventos:
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E1 - sair coroa pelo menos uma vez;
E2 - sair cara todas as vezes.
Note que E1 e E2 são eventos complementares.
Calculemos inicialmente p(E2); e teremos:
Como:
Regra da multiplicação
Exemplos:
1 - Uma urna contém nove bolas: três brancas, três pretas e três azuis. Retirando-se duas bolas ao acaso e sem
reposição, qual é a probabilidade de elas serem ambas brancas?
i) Os eventos que nos interessam aqui são:
Evento E1 → a primeira bola ser branca.
Evento E2 → a segunda bola ser branca; logo:
p(E1;E2) = p(E1) p(E2/E1), ou seja:
2 - Lançando-se duas moedas, não viciadas, sucessivamente, qual é a probabilidade de sair uma cara e uma
coroa?
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1o modo:
São duas possibilidades.
p(E1;E2) =
2a possibilidade: coroa e depois cara
Evento E3 → sair coroa na primeira moeda.
Evento E4 → sair cara na segunda moeda.
p(E3;E4) =
p(E1;E2) + p(E3;E4) =
2o modo
Lançando-se duas moedas, os resultados possíveis são:
A = {(cara; cara), (cara; coroa), (coroa; cara), (coroa; coroa)}.
O evento é:
E = {(cara; coroa), (coroa; cara)}.
Logo, a probabilidade pedida é:
3 – Jogando-se um dado e uma moeda, ambos não viciados, qual é a probabilidade de sair um número ímpar e
sair coroa na moeda?
Resolução:
Neste caso, temos os seguintes eventos:
E1 → sair número ímpar no dado.
E2 → sair coroa na moeda.
Produto de probabilidades
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Temos, então que a probabilidade da interseção de dois eventos A e B é igual ao produto da probabilidade do
evento A pela probabilidade condicional do evento B dado que o evento A aconteceu.
Exemplo
1 – Uma urna contém precisamente sete bolas: quatro azuis e três vermelhas. Retira-se, ao acaso, uma bola da
urna, registra-se sua cor e repõe-se a bola na urna. A seguir, retira-se novamente uma bola da urna e registra-
se sua cor. Calcular a probabilidade de:
bola sair azul é e a probabilidade de a segunda bola sair vermelha é . Assim, a probabilidade de
obtermos a seqüência:
A e V, P1= ou (+) V e A, P2 =
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