Relatorio de Pavimentação Ama - Gama - Versão 01
Relatorio de Pavimentação Ama - Gama - Versão 01
Relatorio de Pavimentação Ama - Gama - Versão 01
CONTRATO Nº 08/2014-SDE/DF
A
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EQUIPE TÉCNICA
___________________________________________
PLINIO FABRÍCIO MENDONÇA FRAGASSI
Engº Civil. CREA-MG 68431-D
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ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO
Volume Único:
Relatório do Projeto de Pavimentação.
ANEXO – I - Planta de Classificação de Vias
ANEXO – II – Planta de Seção-Tipo
ANEXO – III – Projeto Padrão nº DC – 03/197 da NOVACAP
ANEXO – IV - Ensaios Geotécnicos
ANEXO – V – Especificações de Serviço DNIT
ÍNDICE
ÍNDICE
ÍNDICE
ÍNDICE
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1
2 LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................................................... 5
3 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ............................................................................................................... 6
3.1 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO PAVIMENTO FLEXIVEL ......................................................... 9
3.1.1 MÉTODO PMSP- IP 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS ............................................................................. 9
3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS ..................................................................................................................... 9
3.3 ESTUDOS GEOTÉCNICO DO SUBLEITO .............................................................................................. 10
3.3.1 ENSAIOS GEOTÉCNICOS ........................................................................................................................ 10
3.3.2 CÁLCULO DO CBR DE PROJETO........................................................................................................... 11
3.4 DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE PROJETO ................................................................................... 13
3.4.1 COEFICIENTES DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL (K) ................................................................... 13
3.4.2 DETERMINAÇÃO DAS ESPESSURAS DAS CAMADAS DO PAVIMENTO FLEXÍVEL .................. 14
3.4.3 ESPESSURA TOTAL DO PAVIMENTO (HM) ........................................................................................ 15
3.4.4 ESPESSURAS DAS CAMADAS ............................................................................................................... 16
3.4.5 TIPO E ESPESSURA DA CAMADA DE ROLAMENTO ........................................................................ 16
3.5 ESTRUTURA DO PAVIMENTO MÉTODO DE CALCULO PARA PAVIMENTOS
INTERTRAVADOS .................................................................................................................................... 16
3.5.1 PROCEDIMENTO A (ABCP- ET27) ......................................................................................................... 17
3.6 PRESSUPOSTOS DO DIMENSIONAMENTO ......................................................................................... 17
3.6.1 DRENAGEM ............................................................................................................................................... 17
3.6.2 CONDIÇÕES DAS CAMADAS DA ESTRUTURA DO PAVIMENTO................................................... 18
3.6.3 INFRAESTRUTURA DAS VIAS ............................................................................................................... 18
3.7 DIMENSIONAMENTO DAS ESTRUTURAS DOS PAVIMENTOS ....................................................... 18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 30
5 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................... 31
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - INDICAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO. .......................................................................................... 4
FIGURA 2 - LOCALIZAÇÃO DO SMA - GAMA– RA II E POLIGONAL DE PROJETO. ............................... 5
FIGURA 3: ESQUEMA ELUCIDATIVO ............................................................................................................ 14
FIGURA 4: ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO PARA VIAS DE TRÁFEGO LEVE. ................................... 15
FIGURA 5: ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO PARA VIAS DE TRÁFEGO MÉDIO ................................. 15
FIGURA 6:ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO PARA VIAS DE TRÁFEGO LEVE INTERTRAVADO
ESPESSURA NECESSÁRIA DA SUB-BASE. .......................................................................................... 17
FIGURA 7 – EXEMPLO DE BLOCOS DE CONCRETO TIPO I....................................................................... 22
FIGURA 8 – BAIAS DE ÔNIBUS DO URBANISMO. ....................................................................................... 24
FIGURA 9 - ILUSFLEXÃO DO PAVIMENTO RÍGIDO DAS BAIAS DE ÔNIBUS. ...................................... 26
FIGURA 10 – VISTA EM PLANTA DO ACESSO AOS LOTES....................................................................... 29
FIGURA 11 – PERFIL DO ACESSO AOS LOTES. ............................................................................................ 29
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS E PARÂMETROS DE TRÁFEGOS. .............................................. 8
TABELA 2: RESUMO DOS ENSAIOS GEOTÉCNICOS. ................................................................................. 10
TABELA 3: VALORES "T" DE STUDENT PARA ESTE NÍVEL DE CONFIANÇA. ..................................... 12
TABELA 4: COEFICIENTES DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL. ............................................................. 14
TABELA 5: VALORES TABELADOS PARA HEQ EM FUNÇÃO DO CBRP TRÁFEGO LEVE .................. 15
TABELA 6: VALORES TABELADOS PARA HEQ EM FUNÇÃO DO CBRP TRÁFEGO MÉDIO ............... 15
TABELA 7: RESUMO DA ESPESSURA DO PAVIMENTO DA VIA COLETORA – TRÁFEGO MÉDIO. .. 19
TABELA 8: RESUMO DA ESPESSURA DO PAVIMENTO DA VIA LOCAL- TRÁFEGO LEVE. ............... 21
TABELA 9 : RESUMO DAS ESPESSURAS DOS PAVIMENTOS PARA O TRÁFEGO LEVE
(INTERTRAVADO).................................................................................................................................... 23
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1 APRESENTAÇÃO
O Governo do Distrito Federal, por intermédio de Operação de Crédito Externa contraída com
garantia do Governo Federal, obteve um financiamento junto ao Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID, objeto do Contrato de Empréstimo BID nº 2957/OC-BR, assinado em
10 de setembro de 2014. O Programa conta também com recursos de contrapartida do Governo
do Distrito Federal e seu objetivo geral do Programa de Desenvolvimento Econômico do
Distrito Federal - PROCIDADES é promover o desenvolvimento econômico do Distrito
Federal, mediante melhorias no ambiente de negócios e promoção de investimentos, além da
melhoria da infraestrutura urbana e do fomento do desenvolvimento empresarial em 05 (cinco)
ADEs distribuídas por 03 três regiões administrativas, a saber:
Centro Norte
As ADEs foram concebidas com o intuito de alcançar um desenvolvimento econômico dos núcleos
urbanos nos quais estão inseridas. Para a implementação das ADEs e para estimular a economia do
Distrito Federal como um todo, foi criado em 1996 o Programa de Desenvolvimento Econômico
Integrado e Sustentável do Distrito Federal, o Pró/DF. A primeira fase do Programa perdurou até 2003
e tinha como objetivo apoiar as iniciativas de negócios que produzissem bens e serviços gerando
empregos e renda e elevassem a geração de receita tributária para o Distrito Federal. Atualmente, o
enfoque estratégico de desenvolvimento econômico vem sendo aperfeiçoado.
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Sua execução será realizada pela SEDES por meio de uma Unidade de Gerenciamento do
Programa – UGP.
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O Componente IV possui um elenco de ações para cada ADE de acordo com as necessidades
específicas. A seguir as ações previstas para o Setor de Múltiplas Atividades do Gama.
Apesar da implantação do Setor ter ocorrido no início em 2000, a sua ocupação até o momento
está muito abaixo da expectativa de sua capacidade, devido, principalmente, à falta de
infraestrutura, o que dificulta o acesso aos empreendimentos ali instalados.
O projeto de urbanismo da área foi concebido para favorecer a mobilidade e maior segurança
aos deslocamentos a partir de traçados viários, condições adequadas de urbanização e
mobilidade capazes de melhorar a qualidade de vida e fomentar o desenvolvimento econômico
da área.
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2 INTRODUÇÃO
A estrutura do pavimento foi dimensionada com base nos ensaios geotécnicos existentes e
alguns complementares realizados para a área do Setor de Múltiplas Atividades (SMA) do
Gama.
As informações aqui contidas foram baseadas em normas vigentes as quais estabelecem às
diretrizes necessárias à execução dos dimensionamentos.
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3 LOCALIZAÇÃO
O Setor de Múltiplas Atividades do Gama está totalmente inserido nos limites do Distrito
Federal distando aproximadamente, 06 quilômetros do limite com o estado de Goiás,
exatamente com o bairro de Boa Vista no município do Novo Gama. Com relação aos acessos,
a principal via de acesso à área do SDE AMA-GAMA é pela DF-480 sentido Brasília – Goiás,
pela margem direita da rodovia. O outro acesso possível pode ser feito pela rodovia DF-475,
sentido Goiás – Brasília, entrando pela via do Núcleo Rural Ponte Alta Norte. Já em relação à
região administrativa a área do SDE AMA-GAMA encontra-se inserida na Região
Administrativa do Gama – RA II.
Com relação ao Sistema Cartográfico do Distrito Federal (SICAD), a área do Setor de
Múltiplas Atividades do Gama encontra–se inserida na folha 198, na escala de 1:1500. Já na
escala de 1:1.000, o Setor de Múltiplas Atividades do Gama encontra-se localizado nas folhas
198–IV-6-A, 198–IV-6-B, 198–IV-6-C e 198–IV-6-D.
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4 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
O pavimento é uma estrutura constituída por diversas camadas superpostas, de materiais
diferentes, construída sobre o subleito, destinada a resistir e distribuir simultaneamente os
esforços horizontais e verticais, bem como melhorar as condições de segurança e conforto ao
usuário.
O dimensionamento de um pavimento consiste na determinação das camadas de reforço do
subleito (caso necessário), sub-base, base e revestimento, de forma que essas camadas sejam
suficientes para resistir, transmitir e distribuir os carregamentos resultantes da passagem dos
veículos ao subleito, sem que o conjunto sofra ruptura, deformações ou desgaste superficial
excessivo. Para o subleito das vias deverão ser utilizados os materiais provenientes da própria
escavação das vias a serem executadas. Caso seja necessário um reforço do subleito, deverá ser
incorporado cimento ou outro aditivo nessa camada.
Diante da falta de jazidas licenciadas no Distrito Federal para atender o volume de aterro
necessário para as camadas estruturais do pavimento, para a sub-base o solo local deverá ser
melhorado com dosagem de 3% em massa de cimento e água, devidamente ensaiados conforme
norma DNIT 140/2010 e autorizados pelo órgão fiscalizador.
Obs.: A partir dos ensaios de caracterização realizados no solo melhorado com cimento,
apresentados anexos a esse documento, a dosagem com 3% com cimento é a mais indicada para
se atingir o CBRmin de 30%.
Para o dimensionamento do pavimento foi considerado em projeto um período de vida útil
de 10 anos, valendo a ressalva de que esta previsão foi realizada de acordo com as diretrizes da
IP – 2 - Classificação das vias, de autoria da prefeitura do município de São Paulo.
Segundo a IP-2 os tráfegos podem ser assim classificados:
Tráfego Leve: ruas de características essencialmente residenciais, para as quais não é
previsto o tráfego de ônibus, podendo existir ocasionalmente passagens de caminhões e
ônibus em número não superior a 20 (vinte) por dia, por faixa de tráfego, caracterizado por
um número "N" típico de 105 solicitações do eixo simples padrão (80 kN) para o período
de projeto de 10 anos.
Em função das características dos estacionamentos, com previsão de fluxo leve e apenas
de veículos, adotou-se tráfego leve para essas áreas.
Em atendimento à Lei Distrital 3.835/2006, a qual trata sobre o tipo de pavimento a ser
executado nos estacionamentos, públicos e privados, adotou-se para a área em questão uma
pavimentação permeável composta por blocos intertravados.
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caracterizado por número “N” típico de 105 solicitações do eixo simples padrão (80 kN)
para o período de 12 anos;
Faixa Exclusiva de Ônibus com Volume Elevado: onde é prevista a passagem de
ônibus em número superior a 500 (quinhentos) por dia, na faixa “exclusiva” de tráfego,
caracterizado por número “N” típico de 5 x 107 solicitações do eixo simples padrão (80kN)
para o período de 12 anos.
Para o dimensionamento das vias da área em estudo serão adotados valores específicos da
tabela de classificação de vias da IP-2 da Prefeitura de São Paulo, desta forma o N característico
foi considerado conforme tabela a seguir:
Tabela 1: Classificação das Vias e parâmetros de tráfegos.
Fonte: IP 02 – Prefeitura de São Paulo
As vias Av. Contorno-03 (Estaca 39+16 à Estaca 68 e Estaca 76+15 à Estaca 84+5)
, Rua SU, e Alça 04) foram classificadas como tráfego médio.
As Vias Locais (Rua WX, Rua VW, Rua UV, Rua S) foram classificadas como
tráfego Leve.
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entorno. A planta em anexo apresenta a classificação das vias para o setor supracitado ao longo
deste relatório.
De acordo com as características do sistema viário da área e de acordo com as diretrizes
da IP – 2 - Classificação das vias, para efeito de dimensionamento do pavimento, as vias em
estudo foram classificadas como Vias: Av. Contorno-03 (Estaca 39+16 à Estaca 68 e Estaca
76+15 à Estaca 84+5) , Rua SU, e Alça 04) – Tráfego Médio; Vias Locais (Rua WX, Rua VW,
Rua UV, Rua S) e Estacionamentos - tráfego Leve, com base nos critérios do modelo
PAVIURB, utilizado na Prefeitura do Município de São Paulo CT/9-PMSP e conforme a Tabela
1.
4.3 ESTUDOS GEOTÉCNICO DO SUBLEITO
A construção de um pavimento exige o conhecimento não só dos materiais constituintes
das camadas deste, mas também dos materiais constituintes do subleito e daqueles que possam
interferir na construção de drenos, acostamentos, cortes e aterros.
Os serviços geotécnicos foram desenvolvidos e divididos basicamente em serviços de
campo e de escritório. Todos os serviços de campo foram executados segundo procedimentos
normatizados.
4.3.1 ENSAIOS GEOTÉCNICOS
Para a Geotecnia, foi considerado apenas 01(um) furo de sondagem (ST-05) executado
próximo à área em estudo, realizado no ano de 2005. Para complementar os dados geotécnicos,
em 2018 foram realizadas 05 sondagens a Trado (ST) dentro da poligonal do projeto. Para cada
amostra foram executados os ensaios, principalmente para avaliar os materiais até a
profundidade de 1,2 metro, abaixo do greide de fundação do pavimento. Visando caracterizar
esses materiais, foram realizados os seguintes ensaios geotécnicos: identificação táctil – visual
incluindo a cor de cada camada, compactação, Índice de Suporte Califórnia (I.S.C.), expansão,
granulometria por peneiramento, umidade, limites de liquidez e plasticidade. Os resultados são
apresentados abaixo e o mapa dos furos de sondagem se encontram em anexo.
Tabela 2: Resumo dos Ensaios Geotécnicos.
Fonte: COBRAPE/TOPOCART, 2018
GRANULOMETRIA
Nº WOT γS EXP. CBR LL LP
IP
FURO (%) (Kg/m3) (%) (%) (% areia (% (%) (%)
(% pedre)
grossa/fina) argila+silte)
1-C 26 1366 0,1 10,6 2,86 25,56 71,59 40,6 24,7 16
2-C 28,2 1452 0,04 9,2 1,59 24,95 73,46 41,7 27,1 14,6
3-C 28,3 1400 0,06 10,4 1,45 24,28 74,28 37,7 23 14,7
4-C 26,5 1372 0,09 10,3 1,7 26,03 72,27 40,6 25,2 15,4
5-C 27,5 1361 0,12 11,6 1,69 31,21 67,1 35,9 25,4 10,4
5 26,1 1,325 0,05 12,2 - 20,22 79,78 43,11 29,23 13,88
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Em que:
Wot. - Umidade Ótima de Compactação;
s – Massa específica seca
ISC – índice suporte Califórnia.
Exp. – Expansão.
LL – Limite de liquidez
LP – Limite de Plasticidade
Onde:
CBR = CBR Médio;
S = desvio Padrão;
T 0,90 = valores de student;
n = número de amostras.
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A tabela abaixo mostra os valores ‘’t’’ de Student para este nível de confiança.
Tabela 3: Valores "t" de Student para este nível de confiança.
Fonte: IP 05 e 06 - Prefeitura de São Paulo
P ( tn < x )
n 0,60 0,75 0,90 0,95 0,975 0,99 0,995 0,9995
1 0,325 1,000 3,078 6,314 12,706 31,821 63,657 636,619
2 0,289 0,816 1,886 2,920 4,303 6,965 9,925 31,598
3 0,277 0,765 1,638 2,353 3,182 4,541 5,841 12,924
4 0,271 0,741 1,533 2,132 2,776 3,747 4,604 8,610
5 0,267 0,727 1,476 2,015 2,571 3,365 4,032 6,869
6 0,265 0,718 1,440 1,943 2,447 3,143 3,707 5,959
7 0,263 0,711 1,415 1,895 2,365 2,998 3,499 5,408
8 0,262 0,706 1,397 1,860 2,306 2,896 3,355 5,041
9 0,261 0,703 1,383 1,833 2,262 2,821 3,250 4,781
10 0,260 0,700 1,372 1,812 2,228 2,764 3,169 4,587
11 0,260 0,697 1,363 1,796 2,201 2,718 3,106 4,437
12 0,259 0,695 1,356 1,782 2,179 2,681 3,055 4,318
13 0,259 0,694 1,350 1,771 2,160 2,650 3,012 4,221
14 0,258 0,692 1,345 1,761 2,145 2,624 2,977 4,140
15 0,258 0,691 1,341 1,753 2,131 2,602 2,947 4,073
16 0,258 0,690 1,337 1,746 2,120 2,583 2,921 4,015
17 0,257 0,689 1,333 1,740 2,110 2,567 2,898 3,965
18 0,257 0,688 1,330 1,734 2,101 2,552 2,878 3,922
19 0,257 0,688 1,328 1,729 2,093 2,539 2,861 3,883
20 0,257 0,687 1,325 1,725 2,086 2,528 2,845 3,850
21 0,257 0,686 1,323 1,721 2,080 2,518 2,831 3,819
22 0,256 0,686 1,321 1,717 2,074 2,508 2,819 3,792
23 0,256 0,685 1,319 1,714 2,069 2,500 2,807 3,768
24 0,256 0,685 1,318 1,711 2,064 2,492 2,797 3,745
25 0,256 0,684 1,316 1,708 2,060 2,485 2,787 3,725
26 0,256 0,684 1,315 1,706 2,056 2,479 2,779 3,707
27 0,256 0,684 1,314 1,703 2,052 2,473 2,771 3,689
28 0,256 0,683 1,313 1,701 2,048 2,467 2,763 3,674
29 0,256 0,683 1,311 1,699 2,045 2,462 2,756 3,660
30 0,256 0,683 1,310 1,697 2,042 2,457 2,750 3,646
40 0,255 0,681 1,303 1,684 2,021 2,423 2,704 3,551
60 0,254 0,679 1,296 1,671 2,000 2,390 2,660 3,460
120 0,254 0,677 1,289 1,658 1,980 2,358 2,617 3,373
∞ 0,253 0,674 1,282 1,645 1,960 2,326 2,576 3,291
∑ CBRi
̅̅̅̅̅̅
CBR = = (64,3)/6 = 10,72%
n
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t(0,90) = 1,44
S x t0,90
̅̅̅̅̅̅ −
CBRp = CBR = 10,10%
√n
CBRproj = 10,00 %
̅ +1,29σ
X
Xmin = − 0,68σ = 9,43%
√N
̅ +1,29σ
X
Xmax = + 0,68σ = 11,99%
√N
A partir do valor calculado acima, para se ter um nível de segurança, adotou-se como
CBR de projeto o valor de 10 %.
Via Local (Rua WX, Rua VW, Rua UV, Rua S), N característico = 105, Tráfego
Leve com Pavimento em CBUQ.
Como um fator de segurança, para as camadas de sub-base/base foi utilizado um coeficiente estrutural 1,0.
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Figura 6:Ábaco de dimensionamento para vias de tráfego leve intertravado espessura necessária da sub-
base.
Fonte: Boletim Técnico nº 27 da ABCP.
4.6.1 Drenagem
atendida, o mesmo deverá ser rebaixado através de drenos ou de solução alternativa e submetê-
la à aprovação da NOVACAP.
Base: Brita Graduada Simples, com CBR 80% e expansão 0,5%, na espessura
B e considerando o coeficiente estrutural KB = 1,0;
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ESTRUTURA DO PAVIMENTO
Espessura (cm) Camada
Camada de Rolamento em CBUQ – Faixa ‘C’ CAP
5,0
30/45
0,4L/m² Pintura de Ligação RR 2C (DNIT 145/2012 ES)
CBRproj = 10%
N = 105 solicitações do eixo simples padrão.
MATERIAIS ADOTADOS:
Base: Brita Graduada Simples, com CBR 80% e expansão 0,5%, na espessura
B e considerando o coeficiente estrutural KB = 1,0;
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B 8 cm
Conforme o resultado obtido pela inequação (I), será adotado a espessura de 10,0 cm
para a base do pavimento.
Cálculo da espessura de Sub-Base:
Adotando-se o valor de suporte CBRprojeto para o subleito da ordem de 10%, obtém-se
da tabela 05, o valor de HREF = 25 centímetros. Fixando-se a espessura (B) para a camada de
base granular em 10,0 centímetros (inequação I) e através da resolução da inequação (II),
determina-se a espessura mínima para a camada de sub-base.
R x KR + B x KB + HSB x KSB HREF (II)
3,5 x 2,0 + 10,0 x 1,0 + HSB x 1,0 25,0 cm
7,0 + 10,0 + HSB 25,0 cm
HSB 8,00 cm.
Conforme o resultado obtido pela inequação (I), será adotado a espessura de 10,0 cm
para sub-base do pavimento.
Assim, o pavimento apresentará estrutura composta de revestimento, base e sub-base
com as seguintes espessuras:
Revestimento = 3,5 centímetros
Base = 10,0 centímetros;
Sub-base = 10,0 centímetros.
Espessura total = 23,5 centímetros.
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Tabela 9 : Resumo das espessuras dos pavimentos para o tráfego leve (Intertravado).
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
Espessura (cm) Camada
Blocos Concreto Resistencia à Compressão Simples Fck
6,0
≥35 MPa e ftk≥ 3,5 MPa (resistência à flexão).
5,0 Areia de Assentamento Compactada.
Sub-base de solo local melhorado com dosagem a 3% de
10,0 cimento em massa, CBR min = 30%, compactado a
Proctor Modificado. GC ≥ 100%.
BAIAS DE ÔNIBUS
A poligonal do projeto do Setor de Múltiplas Atividade do Gama possui baias para ponto de
ônibus que deverão ser executadas conforme o projeto padrão nº DC – 03/197 da NOVACAP,
modelo tipo 2. Deverão ser executadas 3 camadas de BGS (Brita Graduada) com 10 cm, com
GC>80% - Proctor Modificado, cada uma sobre o subleito compactado, GC>100% - Proctor
Normal. O revestimento das placas em concreto a serem utilizadas nas paradas de ônibus
deverão ter espessura de 22 cm, com resistência a compressão simples de ≥28 MPa e
resistência característica do concreto à flexão, ftk = 4,5 MPa, incluindo selante em CBUQ e
barras de transferência instaladas transversalmente.
É de grande importância que na execução da estrutura do pavimento nas baias de ônibus
sejam atendidos os critérios de resistência à compressão e à flexão indicados nesse relatório.
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São placas de 90 cm de comprimento e largura de 50 cm nas placas centrais, nas placas das bordas as dimensões reduzem para 40 cm. Na figura a seguir é
apresentado a seção com vista transversal
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Nas últimas placas, as barras de transferência avançam cerca de 90 cm das placas anteriores, e conectam à malha de Tela Q-196.
Obs.: Para a execução das baias de ônibus, o projeto padrão nº DC – 03/197 da NOVACAP deverá ser estritamente seguido tanto para as baias de ônibus de
comprimento de 61m quanto a baia de 44m, salientando que nas últimas placas, houve uma complementação do projeto da NOVACAP (instalação de malhas
de tela Q-196 ) para dar maior resistência à flexão no concreto, e assim evitar o surgimento de trincas e fissuras nas placas.
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A seguir são apresentadas as áreas e volumes de corte de cada Baia de ônibus dentro da
poligonal em estudo:
Baia de ônibus 01:
Via :Av. Contorno 03
Estacas: 61+14 a 64+14,89 (externo) e 62+13 a 64+3(interno)
Área = 157,74 m²;
Gabarito do pavimento = (22 cm + 30 cm) 52 cm
Volume de Corte = 207,24 m³.
ESTRUTURA DO PAVIMENTO
Espessura (cm) Camada
Placas em Concreto moldado in loco, Fck 28 MPa
22,0 (resistência à compressão) e ftk≥ 4,5 MPa (resistência à
flexão).
Base – 3 Camadas de Brita Graduada Simples c/ CBR min
30,0 (3 x 10cm)
= 80%, compactado a Proctor Modificado. GC ≥ 100%
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Na planta de classificação de vias são indicadas as áreas previstas para reforço do passeio e os
detalhes.
Nos locais de tráfego de veículos (acessos aos lotes), para garantir alta resistência mecânica o
pavimento rígido do passeio e rampas deverão ser reforçados na camada de concreto com uma
tela soldada nervurada de aço Q-196, malha 10x10 e ∅ 5.0mm conforme especificações da NBR
7481/90.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente relatório contém os estudos e detalhes necessários para o dimensionamento
dos pavimentos das vias supracitadas e estacionamentos, conforme mencionadas no projeto
planimétrico, a serem executadas no Setor de Múltiplas Atividades do Gama, onde são
apontadas as principais características das vias, bem como os procedimentos de cálculos
utilizados na obtenção do correto dimensionamento da estrutura que irá suportar o tráfego
projetado.
Todos os serviços mencionados nesse relatório deverão ser executados priorizando a
metodologia/sistemática descritas nas especificações de serviços do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), em específico o atendimento às normas relacionadas
abaixo:
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6 BIBLIOGRAFIA
IP-02 – Classificação das Vias (PMSP).
IP-04 – Instrução para dimensionamento de pavimentos flexíveis para tráfego leve e
médio.
IP-06 – Instrução para dimensionamento de pavimentos com blocos intertravado de
concreto.
Método de Dimensionamento Procedimento A (ABCP/ET-27) - ABCP - Associação
Brasileira de Cimento Portland
Normas Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): DNIT
031/2006, DNIT 107/2009, DNIT 144/2014, DNIT 145/2012, DNIT 104/2009, DNIT
137/2010.
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