Lições de Mestre
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Lições de Mestre
TKADUZIDO POR
JARBAS A R A G Ã O
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04-5884 CDD-253
Introdução 7
Notas 267
6
INTRODUÇÃO
7
LIÇÕES DE MESTRE
8
INTRODUÇÃO
As estradas antigas
9
LIÇÕES DE MESTRE
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INTRODUÇÃO
li
LIÇÕES DE MESTRE
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INTRODUÇÃO
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LIÇÕES DE MESTRE
que ela pode gerar. Algumas questões para reflexão e debate foram
colocadas ao final de cada capítulo, a fim de ajudar você na assimila-
ção da idéia e no lado prático de sua implementação.
Agradecimentos
14
INTRODUÇÃO
uma dessas grande lições e retirar dela todo seu potencial para nos
ajudar a sermos líderes melhores. Voltemos nossa atenção para
Martinho Lutero, o grande reformador, que possuía algumas idéias
sobre como era essa "estrada para a excelência".
15
CAPÍTULO I
1VJL inha esposa Lois e eu éramos novos na cidade. Aquela era a nossa
primeira visita à igreja. Tratava-se de uma igreja evangélica conserva-
dora bem estabelecida na comunidade. Nos primeiros dois domin-
gos, sentimos uma vibração e um calor impressionantes durante o
período de adoração. Aquele louvor era tão animado que também
criamos grandes expectativas para a classe de adultos da escola bíblica
dominical.
A aula começou bem e o professor era muito amigável. Sentamos
ao lado de George e Jane, membros da igreja que estavam ativamente
envolvidos no ministério evangelístico. Eles também foram muito
gentis. Nosso professor manteve a conversa animada, propondo
algumas ilustrações. As histórias contadas por ele geraram discussão,
tanto que ele nem chegou a expor a passagem bíblica naquela manhã.
As pessoas comentavam e interagiam bastante. Era como se elas pre-
cisassem apenas de uma chance para falar sobre os seus problemas.
Quando voltamos para a aula, no domingo seguinte, aconteceu a
mesma coisa. Um longo tempo foi dedicado para o compartilhamento
c as opiniões pessoais. Não houve tempo para a Bíblia. Faltando cer-
ca de dez minutos para o final da aula, o professor leu um capítulo de
I C Àmntios e perguntou o que achávamos.
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LIÇÕES DE MESTRE
Jane se pronunciou
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DI; MARTINHO LUTF.RO
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A vida de Lutero
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
O paradoxo de Deus
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LLTERO
O paradoxo da salvação
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O amor de
Deus por mim é
DEUS pleno e final no
meu pior
estado por
A cruz como causa da sua
base para a alegria e
justificação satisfação em
perfeita e Cristo. O amor
A escada das união perfeita de Deus é
conquistas se certo porque
transforma na nunca está
escada da fundamentado
graça e da em mim, mas
gratidão somente em
Cristo
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
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O paradoxo da realidade
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UMA LIÇÃO SOBRE, A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTF.RO
O paradoxo da dor
Uma razão, diz Lutero, pela qual as pessoas querem uma teologia da
glória, ao invés de uma teologia da cruz, é que "eles odeiam a cruz e
o sofrimento".14 Mas, à luz da cruz, o sofrimento serve a um propó-
sito importante: o cultivo da autonegação. "E impossível para um
homem não ficar orgulhoso com as suas próprias boas obras, a menos
que a experiência do sofrimento e do mal tenha retirado previamente
todo o espírito de seu interior e o quebrantado, ensinando que ele
não é nada e suas obras não pertencem a ele, mas a Deus". 15
O caminho para o Domingo de Páscoa passa pela Sexta-feira da
Paixão. Ela nos exalta quando nos humilha. Ela nos esvazia de nossa
autoconfiança para que possamos ter confiança em Deus. Ela destrói
nossa língua orgulhosa para que possamos nos orgulhar ainda mais
de Cristo. Alister McGrath explica:
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LIÇÕES DE MESTRE
Mas o que dizer do sofrimento como parte da vida cristã? Por que
Deus nos faz passar por circunstâncias dolorosas e humilhantes
após sermos justificados? A resposta é que o padrão da cruz se
torna o padrão de toda a minha jornada cristã. A experiência de
aparente abandono por parte de Deus e o desespero que a acom-
panha será seguida pela surpresa da graça e pela renovação.
McGrath comenta:
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTF.RO
O paradoxo da verdade
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA C R L Z DE MARTINHO LUTERO
O paradoxo do ministério
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U M A L I Ç Ã O S O B R E A V E R D A D E : A T E O L O G I A DA C R U Z I >I M A U I INI H > I i: 11 no
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i
LIÇÕES DE MESTRE
argumenta David Wells, "é valorizar o meio pelo qual a Igreja pode
se tornar mais fiel e mais eficaz neste mundo". 28
Felizmente, as estruturas para que essa renovação teológica ocor-
ra já estão estabelecidas. As classes de escola bíblica dominical e as
reuniões em grupos pequenos no meio da semana são comuns. Existe
abundância de material bíblico bem preparado que poderia ser es-
tudado nesse tipo de encontro. Talvez A Cruz de Cristo *, de John
Stott, seja um bom lugar para começar. Novos métodos estão fazendo
com que o estudo teológico seja mais acessível para um número
maior de pessoas. É o caso da teologia das narrativas, que utiliza a
técnica de recontar as histórias bíblicas para comunicar verdades
teológicas. 29
Quando a teologia fizer a diferença, a teologia da cruz fará uma
diferença ainda maior. Os líderes sábios devem ter sempre em mente
o alerta de Lutero de que a teologia da glória causará mais mal do
que bem. Assim, darão passos práticos para o aumento do nível de
conhecimento teológico de sua congregação.
Uso n°3: A cruz e o culto. O que as pessoas precisam quando estão
sentadas nos bancos da igreja, em um domingo, às 11 horas da ma-
nhã? Algumas estão cheias de tédio, a maioria procura porém algum
tipo de contato com Deus, embora muitas já tenham desistido de
esperar por isso. O que se pode oferecer a elas não é somente uma
mensagem de "alto-astral", dizendo que "tudo vai dar certo". É pos-
sível lembrar-lhes do que aconteceu no final de semana mais impor-
tante da história, que mudou para sempre as esperanças de futuro
dos pecadores.
Quando a cruz é levantada com orações de confissão, hinos e
músicas de louvor, sermões encharcados de Cristo e outros elemen-
tos que olham para a vida com a perspectiva da grandeza que a cruz
representa, acontece algo diferente com as pessoas. As realidades da
Sexta-feira da Paixão que todos estão vivendo se transformam em
possibilidades de manhãs de Páscoa, que poucos ousavam esperar.
"Não há situações desesperadoras", escreveu Winifred Newman,
* Editora Vida.
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UMA LiçAo SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
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UMA LIÇÃO SOBRE A VERDADE: A TEOLOGIA DA CRUZ DE MARTINHO LUTERO
Penhascos e portais
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LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 2
I Mc UTino se refere a empregos de baixo salário, com pouco reconhecimento e perspecriva de fururo.
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LIÇÕES DE MESTRE
Deus ou p eu?
Uma nova busca por Deus está ocorrendo entre a geração nascida
após a Segunda Guerra, secularistas, os céticos da geração-depressão
e os "ignósticos" da geração pré-Segunda Guerra. Os psicólogos
Thomas Moore e M. Scott Peck escreveram best-sellers em que procu-
ravam orientar essa busca por satisfação espiritual. No início da déca-
da de 1990, a revista Newsweek dedicou sua reportagem de capa a
esse fenômeno. A manchete era "A Procura do Sagrado: A Busca dos
Americanos pelo Sentido Espiritual".3
Que tipo de espiritualidade esses "filhos pródigos" estão desco-
brindo? Conforme indicou o artigo da Newsweek, os novos peregri-
nos parecem ter um apetite pós-cristão. A espiritualidade da Nova
Era, a espiritualidade egoísta, o misticismo panteísta e outras for-
mas de pseudopiedade encantam a muitos dos novos peregrinos da
religião. O objeto real de seu louvor assemelha-se a eles mesmos.
No início da década de 1980, o psicólogo Paul Vitz viu que essa
espiritualidade crescente de adoração do eu, na verdade, era "um
substituto secular popular para a religião".4 Ele argumentava que o
egoísmo poderia se disfarçar de espiritualidade. Os verdadeiros objeti-
vos da piedade egoísta são colocar auto-atualização e a auto-satisfação
em lugar da verdade ou da glória de Deus. Vitz também destacou
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UMA LIÇÃO DF. ESPIRITUALIDADE: JOÃO CAI.VINO F. A VIDA CRISTA
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A vida de Calvino
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UMA LIÇÃO DF ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO L A VIDA CRISTÃ
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LIÇOES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DF ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO t A VIDA CRISTA
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LIÇÕES DE MESTRE
em união com Cristo. O que Calvino entendia por "união com Cris-
to"? Trata-se de uma união relacionai, similar ao casamento, e o Espí-
rito tem uma parte importante nesse processo. "O Espírito Santo é o
elo pelo qual Cristo nos une efetivamente a ele."8 Mas como o Espí-
rito Santo nos une com Cristo? Essa união acontece pela fé, que para
Calvino era a "principal obra do Espírito Santo" {Institutas 3.1.4).
O conteúdo dessa fé gerada pelo Espírito que leva à união com
Cristo é ver Cristo como redentor. A verdadeira fé é:
Uma união com Cristo pela fé produzida por meio do Espírito Santo
é, portanto, fundamental para a verdadeira espiritualidade.
Se cultivarmos qualquer incerteza em relação a essa dinâmica, a
santidade em nossa teologia se tornará uma manipulação nervosa
de um Deus imprevisível. Gratidão é o único motivo verdadeira-
mente evangélico para a santidade, mas não pode correr livremente
em nós se a justificação pela fé for percebida de forma tímida. O
medo servil ou a autojustificação arrogante se tornam a motivação
destrutiva para a espiritualidade, se o impulso evangélico for fraco
ou inexistente.
A união com Cristo não é estática, entretanto produz duas ações
internas chamadas de mortificação (mote da vida velha) e vivificação
(criação de uma nova vida). O Espírito Santo é central nesses dois
processos. Calvino viu essas duas ações como o conteúdo real do arre-
pendimento, que é "a verdadeira conversão de nossa vida a Deus,
procedente de um sincero e real temor de Deus, que consista da
mortificação de nossa carne e do velho homem e da vivificação do
Espírito" (3.3.5).
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UMA LIÇÃO DE ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO L A VIDA CRISTÃ
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UMA LIÇÃO DF ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO L A VIDA CRISTÃ
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UMA LIÇÃO DE ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO L A VIDA CRISTÃ
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Por esse motivo existe uma alegria secreta escondida por trás de toda
cruz externa.
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UMA LIÇÃO DIÍ ESPIRITUALIOAIIF: JOÃO CALVINO K A VIDA CRIM A
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UMA LIÇÃO DL ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO L A VIDA CRISTÃ
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UMA LIÇÁO DE ESPIRITUAI IDADE: JOÃO CALVINO E A VIDA CRISTA
t
Hábito n° 5: Use tudo desta vida
i
Hábito n° 3: Carregue
a cruz
para a glória de Deus
\ 4
Hábito n° 4: Olhe para a eternidade
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LIÇÕES DE MESTRE
Até que ponto alguém espera chegar com esse tipo de espiritualidade?
Embora esses seis hábitos sejam agentes poderosos de mudança,
Calvino é realista sobre os progressos ao longo do caminho em dire-
ção à espiritualidade:
Mas, uma vez que a ninguém tanto de força sobeja nesse cárce-
re terreno do corpo, que se possa açodar com a justa celeridade
da corrida, na verdade, fraqueza tão grande oprime a grande
maioria que, vacilando e claudicando, até mesmo rastejando
no solo, à frente se move apoucadamente (3.6.5).
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UMA LIÇÃO DE ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO E A VIDA CRISTÃ
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UMA LIÇÃO DH ESPIRITUALIDADE: JOÃO CAIVINO I; A VIDA CRISTÃ
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UMA LIÇÃO DH ESPIRITUALIDADE: JOÃO CALVINO ÍL A VIDA CRISTÃ
LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 3
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Perigo e promessa
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UMA LIÇÃO DE UNIDADE: JEREMIAH BURROUCHS F. A TEORIA DENOMINACIONAI. DA ICREJA
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UMA LIÇÃO DE UNIDADF: JEREMIAH BURROUGHS t A TEORIA DENOMINAI :IONAI DA IORI IA
A vida de Burroughs
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UMA LIÇÃO DF UNIDADE: JEREMIAM BURROUGHS E A TEORIA DFNOMINACIONAE DA IGREJA
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UMA LIÇAO DE UNIDAOF: J LRFMIAH BURROUGHS F A TF.ORIA DF.NOMINACIONAI. DA IGRFJA
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UMA LIÇÃO DF. UNIDADE: JEREMIAH BURROUGI IS E A TEORIA DENOMINAI IONAI I >A li .RIJA
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LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 4
Oe alguma vez me pedissem para dar um título aos nossos dias, minha
escolha provavelmente seria "a era da auto-estima". Para a cultura norte-
americana contemporânea em particular, considerar alguém "valoroso"
e ser valorizado pelos outros não são apenas "benefícios extras", mas
aspectos essenciais para uma vida saudável. O conceito de auto-es-
tima ou auto-aceitação deu nova forma a muitas áreas, como a criação
de filhos, política, educação, aconselhamento e até mesmo a religião
atual. Embora algumas vezes me canse a ênfase exagerada na auto-
estima (como "não critique o Júnior por ter escrito nos seus livros,
você acabará destruindo a auto-estima dele"), em meus momentos
mais objetivos percebo que prejuízo a falta de uma auto-estima sau-
dável pode infligir em nossas casas, organizações e igrejas.
Nominais e neuróticos
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UMA LIÇÃO DE SEGURANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO E SEGURANÇA DE W I I I IAM PERKINS
A vida de Perkins
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UMA LIÇÃO DE SEGURANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO E SEGURANÇA DE WIEEIAM PERKINS
Thomas Fuller nos diz que "do púlpito, ele pronunciava a palavra
'maldito' com tamanha ênfase, que ela ficava ecoando nos ouvidos de
seu auditório por um bom tempo". 7
Em 1596, Perkins se casou com uma viúva chamada Timothye e
imediatamente se tornou pai de sete filhos. Essa deve ter sido uma
experiência chocante para quem fora solteiro durante tanto tempo.
Perkins escreveu um livro sobre a família cristã, Christian Economy*
que sem dúvida o ajudou a lidar com essa súbita mudança em sua
vida pacata. Como um homem casado, Perkins foi obrigado a abando-
nar seu posto na faculdade. Contudo, permaneceu ativo como pregador
em Great St. Andrews. Ele passou os seus últimos anos escrevendo e
pregando.
Perkins morreu em 1602, aos 44 anos, em pleno vigor de sua
torça e no auge da fama. Em frente à sua sepultura, o seu bom amigo
[ohn Montague, futuro bispo de Winchester, exortou os ouvintes
que estavam ao lado da viúva de Perkins e seus sete filhos, citando
Josué 1:2: "Moisés, meu servo, é morto". Mesmo assim, a morte de
Perkins não pôs fim à sua influência.
Durante muito tempo, Perkins desejou fazer parte do movimento
puritano dentro da Igreja da Inglaterra que defendia a resistência
pacífica. Um pouco de história pode ser interessante. Originalmente,
"puritanismo" era um termo jocoso atribuído aos membros da Igre-
ja da Inglaterra que se opunham ao Acordo Elisabetano, de 1559
— que tratava de questões religiosas —, considerado muito "católi-
co". Os puritanos pretendiam terminar a reforma na Inglaterra,
purificando a Igreja dos elementos que acreditavam ser contrários
aos padrões de adoração, teologia, piedade, forma de governo, cui-
dado pastoral e ética.
O historiador Leonard Trinterud destacou os quatro grupos princi-
pais dentro do puritanismo elisabetano. O grupo original (anti-
vestimenta) surgiu na década de 1560, como uma reação às vestes
e lericais que julgavam serem parecidas demais às que os sacerdotes
i.iiólicos romanos usavam. A principal preocupação desse ramo
' / .'•utiuihl Cristã.
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I IMÃ LIÇÃO DE SEGURANÇA: O M O D E L O DE C O N V E R S Ã O E SEGURANÇA DE W I I LIAM PERKINS
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UMA LIÇÃO DF SEGURANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO F. SEGURANÇA DE W I I I IAM PERKINS
O que Deus
faz sob a
superfície
durante a
salvação
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%
UMA LIÇÃO DE SEGURANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO t SEGURANÇA DE WIEI IAM PEUKINS
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UMA LIÇÃO DH SK;URANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO E SEGURANÇA DE WII I IAM PERKINS
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UMA LIÇÃO DE SEGURANÇA: O MODELO DE CONVERSÃO F. SEGURANÇA DE WIEEIAM PEKKINS
Depois de tudo o que foi dito, é possível concluir que, uma vez
conquistada sua segurança, o cristão percorrerá um caminho fácil.
Não é bem assim. Perkins emite um alerta para o cristão que quali-
fica as suas declarações anteriores. Embora a segurança possa ser
certa e total, poderá ser tomada por dúvidas e depressão. Afinal,
estamos em guerra contra o reino das trevas. No meio desses ata-
ques, o inimigo de nossas almas nos tentará a duvidar de Deus e a
questionar o poder da cruz. Essa dúvida pode nos levar ao desespe-
ro quanto à nossa salvação e à graça de Deus.
Perkins tem uma palavra poderosa para as pessoas cujas consciên-
cias estão sob esse tipo de ataque: o ataque da dúvida é, em si mesmo,
um testemunho de nossa salvação. O inimigo faz o hipócrita dormir
com uma "presunção carnal" (uma falsa sensação de segurança), mas
ataca o santo com os dardos da dúvida e da depressão. "Não existe
um filho de Deus", diz Perkins, "que, com intensidade maior ou
menor, uma vez ou outra, não sinta o ferrão do pecado e as pancadas
de Satanás [...] mas essa tristeza é a notável graça de Deus", pois ela
nos impede de confiar em nós mesmos e nos força a fugir para Cristo
em busca de ajuda e segurança."
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UMA LIÇÃO DI:SF.<;URANÇA: O M O D I . I O DKCONVHRSAOF. SK;URANI,.A I>I•: WII.I.IAM PI KKINS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE SECURANÇA: O MODFI.O DE CONVFRSÀO E SEGURANÇA DE WILLIAM PERKINS
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LEITURAS COMPLEMENTAR.ES
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CAPÍTULO 5
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
mesmo que nossa mente esteja pensando na festa de ontem, nas pró-
ximas férias ou no carpete novo para nossa sala de estar.
Como podemos renovar a adoração em seu nível mais básico? Como
podemos aumentar a convicção de que o Deus triuno é o maior te-
souro desta vida? Precisamos de algumas idéias, algumas boas idéias,
que nos ajudem a furar essas "bolhas de sabão" da afeição pelo mun-
do e redirecionar nossa congregação, nossos alunos da escola bíblica e
nosso próprio coração de volta para Deus.
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LIÇÕES DE MESTRE
A vida de Baxter
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TIÍRMOS PRAZER EM DEUS
m
LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER RARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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LIÇÕES DE MESTRIÍ
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RJCHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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LIÇÕES DE MESTRE
"Quando você tem prazer em Deus, os seus prazeres carnais serão san-
tificados e colocados em seu lugar apropriado, algo que para os outros
é idolatria ou corrupção." Deus é livre para nos dar mais prazeres
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
• Deus nos deu a cruz de Cristo, que comprou alegria para seu
povo ao custo de seu próprio sofrimento: "Tendo carregado os
nossos problemas e se tornando um homem de dores, para que
nós, apesar de não vê-lo, possamos nos alegrar em crer com
prazer inexprimível e cheio de glória".
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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LIÇÕES DE MESTRE
A própria vida de Baxter ilustra isso. Quanto mais ele perdia os seus
tesouros terrenos, mais lutava contra a amargura. No entanto, Deus
logo preencheu o vazio deixado pelas perdas da mulher, do trabalho,
da saúde e da liberdade. Baxter aprendeu a usar os problemas desta
vida para aumentar o seu prazer em Deus.
Meditação 8. Pense sobre como os ímpios sentem satisfação nos
prazeres pecaminosos, e seja motivado a ter mais prazer ainda em
Deus.
A idéia aqui não é aceitar o espírito faustiniano desta era como algo
normal, mas vê-lo como um insulto. Devemos deixar que o mundo
secular ao nosso redor gere em nós um zelo pela glória de Deus,
intensificando o nosso prazer no Senhor.
Meditação 9. Recuse-se a deixar o espectro da morte iminente
afastar de você os prazeres eternos. Precisamos vencer o medo da morte,
caso contrário ele "encobrirá [os nossos] prazeres em vista dos praze-
res eternos". Ao contrário do doutor Fausto, que na peça de Marlowe
somente caiu em si quando a morte se aproximava, deveríamos usar o
pensamento de uma morte iminente para aumentar nosso desejo pelos
prazeres que a morte não pode roubar. A morte se mostra impotente
contra aqueles cujos tesouros são eternos.
Meditação 10. Decida-se a fazer do prazer em Deus o propósi-
to por trás de todas as suas atividades religiosas. Por exemplo,
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RJCHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
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UMA LIÇÃO DE ADORAÇÃO: AS INSTRUÇÕES DE RICHARD BAXTER PARA TERMOS PRAZER EM DEUS
LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 6
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LIÇÕES DE MESTRE
Os efeitos da secularização
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
()s líderes ocupados podem aprender muito com Edwards para apri-
morar a capacidade de tomar decisões. John Piper, pastor da Igreja
Batista Bethlehem, em Minneapolis, comprovou isso. Quando
iornou conhecimento dos escritos de Edwards durante o seminá-
rio, beneficiou-se profundamente de sua teologia. Piper descreve os
insultados:
131
LIÇÕES DF. MESTRE
A vida de Edwards
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
por milhões de anos, isso não será algo tedioso, pois a satisfação desse
prazer será tão grande quanto sempre foi". Um de seus biógrafos
comenta: "Se ele possuía um segredo, devia estar de algum modo
ligado à sua capacidade de ter esse prazer enquanto continuava com
seus pés fincados na região da Nova Inglaterra".11 Meu pressenti-
mento é que, ao examinarmos a teologia do avivamento de Edwards,
descobriremos como ele buscou ter prazer em Deus.
134
UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: ATEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
Cada um desses seis aspectos pode nos ajudar um pouco a ser mais
parecidos com um corpo de bombeiros funcional do que com um
clube social sofisticado.
135
LIÇÕES DE MESTRE
"Palavras e sons são a parte mais fácil de nossa religião e a que menos
se opõe às nossas cobiças" — uma boa indicação do muito que é visto
como verdadeira religião até mesmo no meio evangélico. O coração
que perdeu seu prazer em Deus e nas coisas espirituais é um coração
com problemas. A doença que o avivamento procura curar, portanto,
é a doença da frieza espiritual vista no pecado declarado e também na
religião hipócrita.
Essa é uma colocação importante de Edwards. Podemos ver o
problema da secularização, primordialmente em sua maneira de
minimizar a importância da igreja e dos valores bíblicos. Em outras
palavras, nós, os evangélicos, podemos ver a doença ser tratada como
uma incapacidade cultural e política, ou seja, o pensamento evangéli-
co ridicularizado por pensadores importantes e os valores evangélicos
rejeitados pela cultura popular. Mas Edwards nos lembra de que a
marginalização e a impotência política, embora nos desencorajem,
não são um problema que ameaça a vida da Igreja. Afinal, a Igreja
no Livro de Atos era cultural e politicamente marginalizada, mes-
mo sendo viva e dinâmica.
Edwards nos revela que a verdadeira crise da Igreja não é o
secularismo externo, porém o tédio dentro das quatro paredes. Quan-
do a Igreja se torna fria em relação a Cristo, à verdade, à salvação, às
verdades sobrenaturais e às esperanças futuras, corremos perigo. O
mal que aflige a Igreja contemporânea é a frieza, não a impotência.
Edwards nos ajuda muito a diagnosticar qual é a doença. Mas
qual será a cura?
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A T E O I OGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DEJONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
Os grandes temas dessa pregação que toca o coração devem ser Cristo
e o novo nascimento. Veja os títulos de alguns dos sermões de Edwards
durante os anos do avivamento; "A justiça de Deus na condenação
dos pecadores", "A excelência de Cristo", "Apressando a vinda do
Reino", "Justificação somente pela fé", "A luz divina e sobrenatural",
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
/ hna Tentativa Humilde de Promover a União visível do Povo de Deuí Um oração Extraordinária para o Avivamento
da Relinão.
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LIÇÕES DF. MESTRI;
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
Resultado: missões
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
Edwards pode nos ajudar a ser o tipo de líder que "captura uma
imagem do futuro e [...] estabelece o plano de ação para alcançar esse
objetivo". A teologia de Edwards nos mostra que podemos ajudar
nosso povo a resistir melhor aos desafios seculares, quando ele experi-
menta o ministério de iluminação do Espírito Santo.
A principal implicação para os líderes dessa teologia do avivamento
de Edwards parece ser nossa resistência à secularização quando nos
tornamos agentes do avivamento. O que é um agente do avivamento?
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: ATF.OI.OGIA DO AVIVAMENTO DEJONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: ATEOLOGÍA DO AVIVAMENTO DE JONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
Avaliar a pregação de uma pessoa com essa lista de dez pontos possi-
velmente é o primeiro passo para promover o tipo de pregação que
Deus seguidamente abençoou com o avivamento.
Uso n° 5: Promova a oração de avivamento. O que podemos fazer
para promover o tipo de oração que resulta em avivamento? Se dese-
jamos o avivamento, na verdade é preciso orar menos por avivamento
e mais por missões. O propósito de Deus em reavivar a sua Igreja é
promover seu grandioso nome em toda a Terra. Richard Lovelace
comentou sobre a necessidade de uma nova agenda para a nossa ora-
ção comunitária:
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UMA LIÇÃO DE RENOVAÇÃO: A TEOLOGIA DO AVIVAMENTO DE J ONATHAN EDWARDS
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LIÇÕES DE MESTRE
LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPíTULO7
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LIÇÕES DE MESTRE
A vida de Wesley
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
Chegou, não sei como, a ser dado como certo por muitas pes-
soas que o cristianismo não é mais um objeto de investigação,
mas que agora se descobriu que é uma ficção. Eles o tratam
dessa maneira no presente, como se fosse uma questão com
que concordam todas as pessoas de discernimento. Parece que
nada permaneceu, pois passou a ser a questão principal de sua
zombaria e ridicularização, como se fosse uma maneira de re-
taliá-lo por ter interrompido os prazeres deste mundo durante
tanto tempo. 4
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LIÇÕES DE MESTRE
160 I
UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPUIADO DE JOHN WESLEY
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LIÇÕES DE MESTRE
Afirmo que não sou um cristão agora [...] recebi essa sensação
de perdão dos pecados como eu jamais conhecera. Mas tenho
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENI O: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
tanta certeza de que não sou um cristão hoje quanto sei que
certamente Jesus é o Cristo.
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1. A necessidade do discipulado
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
Qual foi o resultado desse discipulado tão intenso? Qual foi o impac-
to disso na igreja e no país? O movimento de grupos pequenos de
Wesley gerou um novo tipo de cidadão. Em 1777, ele descreveu
como eram esses novos cidadãos:
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
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LIC;ÕES DE MESTRE
íf Q U E S T Õ E S PARA DEBATE
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UMA LIÇÃO DE CRESCIMENTO: O CONCEITO DE DISCIPULADO DE JOHN WESLEY
LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 8
A ntes eu achava que o mundo estava ficando cada vez menor, mas
hoje já não tenho tanta certeza. Em uma era em que temos televi-
são a cabo, internet e aviões a jato, o mundo parece realmente
cada vez menor. Porém, levando em conta o mandamento de Jesus
Cristo para discipularmos as nações, sinto que o mundo de hoje
está ficando maior.
Paul Borthwick menciona 11 desses "mundos" diferentes que
convivem neste nosso pequeno planeta. Pense sobre essa lista de
"mundos" que constituem o nosso globo:
177
LIÇÕES DF. MESTRE
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WILLIAM CAREY
Quem pode nos ajudar hoje nessas duas frentes é o homem que
iniciou uma revolução nas missões há mais de duzentos anos.
William Carey era um visionário prático. Seu papel em promover
missões modernas vem sendo exagerado por evangélicos entusias-
mados. No entanto, é verdade que antes de Carey o evangelicalismo
estava indiferente em relação a missões, depois de Carey se tor-
nou, de certa maneira, obcecado por missões. William Carey não
foi o único agente dessa mudança, mas provavelmente foi o mais
importante.
Há muito o que criticar na vida e obra de Carey. Ele foi acusado
de ser autoritário e frustrar os colegas mais jovens. A Sociedade
Missionária Batista da Inglaterra reclamou que ele não prestava con-
tas de suas atividades e finanças. Outros também o criticaram por ser
insensível e negligente como pai e marido. Seu método de evangelizar
c plantar igrejas algumas vezes mostrou ser ineficaz. Suas traduções
foram criticadas por outros eruditos. Apesar de todas essas questões,
< > conceito de missões proposto por Carey foi uma das grandes revo-
I uções da história da Igreja.
William Carey mudou a maneira como a Igreja fazia missões
quando propôs um modelo poderoso que inspirou o "grande sé-
culo das missões protestantes", como Kenneth Scott Latourette
i .iracterizou o século xix. Existe uma grande lição no centro do
modelo de Carey. Nas palavras de Ian Murray, a vida e a obra
missionária de Carey incorporavam a verdade que "fé em Deus é a
grande maneira pela qual Cristo avança seu Reino usando a
mstrumentalidade humana". 3 Segundo Carey, a grande tarefa das
missões era enraizar a Palavra de Deus nas culturas humanas, dis-
pondo para isso sete princípios:
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LIÇÕES DE MESTRE
A vida de Carey
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS-. O MODELO DE MISSÕES DE WILLIAM CAREY
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WILLIAM CAREY
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LIÇÕES DE MESTRE
trabalhar apenas três meses por ano, e podia dedicar o restante de seu
tempo ao estudo das línguas indianas.
Carey completou uma tradução parcial da Bíblia para o bengali
em 1798. Para poder distribuí-la, ele fundou uma editora. Tam-
bém fundou uma escola para alfabetização de adultos. Mas ele não
rendia tão bem sozinho quanto em equipe. Thomas havia partido,
e a esposa de Carey vagarosamente se aproximava da insanidade
total. Membros para formar uma equipe missionária eram um
artigo raro.
Quando surgiu a oportunidade para sair da região controlada
pela Inglaterra e mudar-se para a região costeira de Serampore, em
que a coroa dinamarquesa dominava, Carey não a desperdiçou. A
colônia dinamarquesa oferecia mais liberdade para o seu trabalho.
Em 1800, companheiros muito capazes se juntaram a ele: Joshua
Marshman e William e Hanna Ward. Mais tarde, Carey, Marshman
e Ward ficariam conhecidos como o "trio de Serampore". Uma das
expressões mais famosas de sua parceira foi a aliança que eles forma-
lizaram em 1800 (posteriormente expandida em 1805). Essa
aliança, o Formulário de Acordo, como era chamado, trazia 11 pro-
messas sobre a maneira como o trio conduziria os seus trabalhos
missionários:
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WH LIAM CAREY
escreveu Carey e seus irmãos, "de que Paulo podia plantar e Apoio
podia regar em qualquer parte do mundo, mas seria em vão se Deus
não desse o crescimento". Contudo:
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODLLO DE MISSÕES DE WILLIAM CAREY
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LIÇÕES DE MESTRE
Por que essa forte ênfase na liderança nacional? Carey e sua equipe
estavam convencidos de que "somente por intermédio dos pregado-
res nativos podemos esperar o anúncio universal do Evangelho nesse
continente imenso". 28 A Faculdade de Serampore foi fundada para
treinar esses "pregadores nativos". Ela foi um grande sucesso. Muito
do paternalismo e da dominação ocidental sobre as igrejas, que atra-
palhou o trabalho missionário no final do século XIX e início do XX,
poderia ser evitado se o princípio de Carey da valorização dos nativos
fosse seguido mais intensamente.
6. Sensibilidade cultural
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WII.UAM CAREY
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LIÇÕES DF MESTRE
A tarefa da grande comissão, para Carey, era levantar uma igreja que se
apossaria da cultura para Cristo. Esse alvo supremo total e integral
para misS oe s requeria maneiras multifacetadas de fazer missões. Carey
oferece uf 1 corretivo para a estratégia liberal e unidimensional de mis-
sões, que enfatiza a abordagem cultural e material à maneira igualmente
pietista e unidimensional de evangelização e plantação de igrejas.
O modelo integral de missões, contudo, envolvia mais do que
apenas fi£ ar ocupado em muitas frentes. Também incluía o caráter
do missionário e sua busca para ser igual a Cristo. A perspectiva inte-
gral de mí ss ões não apenas aproximava a evangelização da ação social,
mas t a m b ^ n o "ser" do "fazer". No seu Formulário de Acordo, o trio
de Serampore resolveu ser "constante em oração e cultivar a devoção
pessoal". O que eles tinham em mente em particular era "oração
secreta, feí' v °rosa e crença no que se pede", que "esteja na raiz de toda
a piedade pessoal".34
Junto 0-° fervor na oração veio o comprometimento total com a
causa. " D e v e m o s estar constantemente atentos ao espírito mun-
dano e ao cultivo da indiferença cristã contra toda a tolerância",
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WII.LIAM CAREY
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LIÇÕES DE MESTRE
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PERDIDOS: O MODELO DE MISSÕES DE WILLIAM CAREY
com o tema que me pediram para abordar: "Você poderia falar sobre
a necessidade da fé em Cristo para a salvação? Para ser franco, nem
todos os nossos membros continuam acreditando nisso". Fiquei aba-
lado com essa confissão. Concordei em pregar, e acabei falando sobre
a necessidade de colocarmos nossa fé somente em Cristo para obter a
salvação.
A forte ênfase de Carey sobre a perdição da humanidade, a singu-
laridade e a suficiência de Cristo e a soberania de Deus tornou possível
sua carreira missionária pioneira. Não podemos sustentar um fundo
missionário em nossas igrejas se esses três temas acabarem atrofiados.
Para conter a crescente confusão no meio evangélico, sobre Cristo ser
o único caminho, são necessários estudos bíblicos sobre a exclusivi-
dade de Cristo e uma pregação estratégica sobre essa questão.
Uma forte apresentação da necessidade da fé somente em Cristo
está registrada no livro Alegrem-se os Povos: a Supremacia de Deus em
Missões, de John Piper. 39 A questão discutida nesse livro, e particu-
larmente no capítulo sobre Cristo como foco consciente da fé salvadora,
pode ser um bom começo para uma renovação da teologia de missão
de sua família, igreja ou organização.
Uso n° 4: Formule uma visão e uma estratégia missionária para a
sua igreja. Tom Telford trabalha como consultor de missões para
centenas de igrejas na América do Norte. Ele afirma que a maioria
das igrejas que visita "tem uma percepção bastante distorcida de
missões. Eles são como alguém que atira uma flecha e depois dese-
nha o centro do alvo ao redor da ponta da flecha. Depois, sustenta
que atingiu o alvo em cheio". 40 Uma das coisas que mais me im-
pressionam em Carey e seus companheiros é a maneira cuidadosa
que eles trabalharam segundo seu planejamento, e planejaram
seguindo seu trabalho. Seu Formulário de Acordo estabeleceu a visão
e a estratégia básicas que o trio de Serampore seguiu pelo resto de
sua vida. O Formulário dava a cada um deles um foco que os ajuda-
va a fazer mais coisas para Deus.
A ACMI (Associação dos Conselhos Missionários de Igrejas) é
uma maneira que vários pastores e líderes encontraram para ajudar as
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LIÇÕES DF MESTRE
Deus não dividirá sua glória com ninguém [...] esforços da igre-
ja local isentos de oração indicam um espírito independente,
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UMA LIÇÃO SOBRE OS PFRDIDOS: O MODLLO DF MISSÓHS DE WII.UAM CARF.Y
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LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 9
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LIÇÕES DF. MESTRE
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UMA LIÇÃO DE JUSTIÇA: O MODELO DE AÇÃO SOCIAL CRISTÃ DE WILLIAM WILBERFORCE
A vida de Wilberforce
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UMA LIÇÀO DE JUSTIÇA: O MODELO DE AÇÃO SOCIAL CRISTA DE WILLIAM WILBERFORCE
uma posição mais segura como legislador, onde permaneceu até a sua
aposentadoria, em 1825.
A mudança espiritual na vida de Wilberforce ocorreu em 1784. Na-
quele ano, ele fez uma viagem pelo continente europeu acompanhado
por Isaac Milner, um velho colega de escola de Huíl. Milner era
evangélico e começou a conversar com Wilberforce sobre o cristianis-
mo. Durante sua viagem, eles leram juntos a obra de Philip Dodriges,
Rise and Progress ofReligion in the SouL* Wilberforce foi profunda-
mente tocado por esse livro e acabou confessando sua fé em Jesus
Cristo. Durante o restante de sua vida, procurou ser um seguidor
disciplinado de Jesus Cristo, embora comida, bebida e preguiça fos-
sem tentações constantes para ele. Wilberforce lutou contra o vício
do ópio, adquirido após prescrição médica para tratamento de uma
doença. 13 O fardo da causa abolicionista quase acabou com a sua
saúde repetidas vezes, mas a fé o sustentou.
O que lhe dava poder para perseverar era o prazer que sentia em
Deus, o tipo de satisfação descrita por Richard Baxter (veja o capítu-
lo 5). Wilberforce sentia que a alegria em Cristo era uma poderosa
maneira de defender a fé cristã. Ele escreveu: "Minha grande objeção
ao sistema religioso defendido por muitos que declaravam ser cris-
tãos ortodoxos", confessou, é que "a religião parece ter sido feita para
ser revestida de proibição e perigo, e não de paz, esperança e ale-
gria".14 Alegria em Deus se tornou uma das características da fé de
Wilberforce. Essa tendência para a alegria podia ser vista no amor
que demonstrava pelas crianças. Seus amigos adultos algumas vezes
reclamavam quando Wilberforce, entediado com a conversa dos adul-
tos, pedia licença, apanhava uma bola e ia brincar com as crianças no
jardim.15 Hannah More, contudo, viu esse atributo da alegria como
um dom de Deus que o capacitava a atrair para o Evangelho as pes-
soas com quem convivia, mas não eram cristãs. Ela o encorajou a ver
"a alegria como um dos mais desejáveis frutos do Espírito".16 Outro
amigo escreveu sobre Wilberforce, dizendo que "os tons de sua voz e
as expressões de seu rosto mostravam que a alegria era sua principal
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LEITURAS COMPLEMENTARES
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CAPÍTULO 10
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Tríbalismo e pós-modernidade
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A vida de Bonhoeffer
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[...] quem até hoje pôde viver em comunhão cristã com outros
cristãos que louve a graça de Deus do fundo do coração, agradeça
a Deus de joelhos e reconheça: é graça, nada mais do que graça o
fato de ainda podermos gozar a comunhão de irmãos cristãos".21
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Perdendo o ideal
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Jesus Cristo está entre o amante e aqueles que ele ama [...]
Uma vez que Cristo está entre mim e os outros, não me atrevo
a desejar a comunhão com eles. Como somente Cristo pode
falar comigo de maneira tal que posso ser salvo, então os outros
também podem ser salvos somente pelo próprio Cristo. Isso
significa que devo libertar a outra pessoa de todas as minhas
tentativas de regular, coagir, e dominá-la com o meu amor [...]
Porque Cristo há muito agiu de modo decisivo para meu irmão,
antes que eu pudesse começar a agir, devo deixar que sua liber-
dade esteja em Cristo; devo encontrar com ele apenas como a
pessoa que ela já é aos olhos de Cristo.34
O individualismo na comunidade
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UMA LIÇÃO DE COMUNHÃO: OS PRINCÍPIOS DE COMUNIDADE CRISTA DE DIETRICH BONHOEEEER
Bonhoeffer tem uma receita que parece feita por encomenda para
os tempos pós-modernos. Na cultura pós-moderna, um egoísmo
radical leva a pessoa a procurar a subcultura em que o "eu" possa
pertencer de verdade. Mas com freqüência a tribo cobra um preço
alto para que alguém faça parte dela. O indivíduo seguidamente deve
abrir mão de sua individualidade diante do grupo — ou ficar com
ela e sair do grupo.
A comunhão cristã jamais deve sucumbir a esses dois perigos: um
individualismo arrogante e um comunalismo opressivo. Quando se
espera conscientemente que Cristo seja mediador de nossa experiên-
cia de comunhão cristã, ele nos leva por uma terceira via. Bonhoeffer
a chama de trilha alternativa.
"Deixe aquele que não pode ficar sozinho ter consciência da
comunidade cristã".36 Devemos ser capazes de ficarmos sozinhos
com Deus por meio de Cristo e descobrir as nossas necessidades
satisfeitas nele, caso contrário nos tornaremos parasitas da comuni-
dade cristã, além de um fardo, sugando a vida da comunidade,
porque fizemos disso um substituto idolatra de Deus. Devemos
aprender a içar sozinhos com Cristo para encontrar nossa suficiên-
cia nele, antes que possamos nos tornar membros construtivos e
colaboradores da comunhão.
Existe, porém, um outro lado dessa terceira via: "Deixe que aque-
le que não está na comunidade tenha consistência do que é ficar
sozinho".37 Essa é a conseqüência necessária da regra anterior. Um
espírito independente, que não precisa de ninguém e prefere confiar
em si mesmo a mostrar uma confiança radical no corpo de Cristo é
um espírito em perigo. Portanto, "somente na comunhão aprende-
mos a ficar corretamente sozinhos, e apenas na solidão aprendemos a
viver corretamente em comunhão". 38
Humildade disciplinada
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UMAIJÇÀO DE COMUNHÃO: OS PRINCÍPIOS DE COMUNIDADE CRISTÃ DE DIETRICH BONHOEEEER
Santa Ceia. Tanto os nazistas quanto Jones queriam ficar com ele
devido aos seus poderes de cura. Perto do final do filme, um oficial
nazista atira no pai de Jones, que cai quase morto. Jones encontra o
Graal e o leva até seu pai. Ele enche o copo com água e a derrama
sobre o ferimento do pai. Milagrosamente, a ferida some e ele é salvo.
Em tempos pós-modernos, quando a ferida dentro de nossa cul-
tura e nossas instituições é profunda e talvez mortal, o poder da
morte sacrificial de Cristo — simbolizada pela Ceia e pela comuni-
dade cristã — pode ser o remédio que fará uma grande cura. Vamos
derramar o seu conteúdo e testemunhar o ferimento profundo de
um mundo pós-moderno desaparecer diante das feridas de Cristo,
que têm poder de cura.
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LIÇÕES DE MESTRE
LEITURAS COMPLEMENTARES
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Epílogo
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LIÇÕES DF MESTRE
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PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
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PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
Apostólica
(amar a verdade de Deus)
Una Católica
(amar o povo de Deus) (amar a missão de Deus)
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PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
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LIÇÕES DE MESTRE
Estabeleça alvos anuais para oração e ação. Uma das coisas mais
importantes que um líder precisa fazer antes de tomar decisões é
orar. Quando for estabelecer os alvos de oração para sua organiza-
ção referente ao próximo semestre ou ano, procure direcionar suas
orações de maneira que elas possam potencializar a sua declaração
de missão, e pense sempre nas características "clássicas". Passe algu-
mas horas com os demais líderes e juntos escrevam uma lista de
alvos bastante específicos para o crescimento clássico, que pode se
tornar uma diretriz constante para suas orações e ações.
Use as quatro características clássicas para divisão dos alvos por
tipos. Faça uma lista equilibrada. Pense nas áreas estratégicas de sua
vida pessoal ou de sua organização. Você possui alvos que cobrem a
maioria dessas áreas ou todos os alvos estão centrados em uma ou
duas áreas crônicas? Se possível, faça uma lista de dez alvos ou menos.
Alvos em excesso geram frustração, além do aumento de dificuldades
para o seu alcance.
Meu amigo Randy MacFarland usou esse método de maneira efi-
caz, tanto no seu pastorado como no período em que foi deão do
seminário. Ele reunia sua equipe de líderes uma vez por ano em um
local para retiro. Ali oravam e estabeleciam juntos os alvos de oração
para cada ano. As listas estabelecidas eram digitadas e impressas em
260
PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
Mantenha o rumo mesmo quando tudo parece dar errado. A essa altura
você deve estar pensando:
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LIÇÕES DE MESTRE
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PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
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LIÇÕES DE MESTRE
Por isso termino essa viagem ao passado com duas gotas de sabedoria
antiga para aqueles que desejam sentir-se vivos e despertos enquanto
continuam na estrada da excelência. Thoreau disse certa vez: "O dia
somente nasce para aqueles que estão acordados". Ele se expressou
264
PASSANDO DA LIÇÃO PARA A DECISÃO
[Oro para que] assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé,
estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largu-
ra, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer
o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que
sejais tomados de toda a plenitude de Deus.
EFÉSIOS 3:17-19
265
NOTAS
INTRODUÇÃO
C A P Í T U L O I: U M A LIÇÃO S O B R E A V E R D A D E
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NOTAS
24. Ib.
25. Ib., p. 33.
26. WELLS, David. God in the Wasteland, p. 185.
27. BARNA, George. Absolute Confusion. Ventura: Regai, 1993,
p. 89.
28. WELLS, David. God in the Wasteland, p. 213.
29. Algumas igrejas têm usado outro livro que escrevi para elevar o
nível de conhecimento teológico da congregação: Doing Theology
with Huck andjim: Parablesfor Understanding Doctrine. Downers
Grove: InterVarsity Press, 1993. Nesse livro, utilizo algumas
das abordagens da teologia das narrativas para tornar a teologia
mais acessível.
30. SOYINKA, Kayode. "Archbishop Tutu". África Today. Set./Out.
1995, pp. 7, 8.
269
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NOTAS
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NOTAS
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NOTAS
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LIÇÕES DE MESTRE
43. Ib., p. 7.
44. COLSON, Charles. The Body. Waco: Word, 1992, p. 367.
45. Ib., p. 366.
46. Ib., pp. 368-369.
47. Ib., pp. 371-372.
48. Ib., pp. 370-371.
49. WOLTERS, Albert. Creation Regained. Grand Rapids: Eerdmans,
1985, pp. 76-77.
50. Ib., pp. 296-297.
51. LOVELACE, op. cit., pp. 364-375.
52. SMITH, Timothy L. Revivalism and Social Reform in Mid-
Nineteenth-Century America. Nova York: Abingdon, 1957.
53. LOVELACE, op. cit., p. 399.
284
NOTAS
9. Ib. , p. 22.
10. Ib. , pp. 52, 53.
11. Ib. , p. 60.
12. Ib. , p. 194.
13. Ib. , p. 202.
14. Ib. , p. 297.
15. Ib. , p. 385.
16. Ib. pp. 389, 390.
17. Ib. pp. 772, 773.
18. Ib. p. 830.
19. Ib. p. 831.
20. BONHOEFFER, Dietrich. Life Together São Francisco: Harper
& Row, 1954, p. 17. Publicado no Brásil pela Editora Sinodal
com o título de Vida em Comunhão.
21. Ib. p. 20.
22. Ib., p. 21.
23. Ib.
24. Ib., pp. 22, 23.
25. Ib., p. 23.
26. Ib., p. 25.
27. Ib., p. 27.
28. Ib., p. 28.
29. Ib., pp. 31-33.
30. Ib., p. 32.
31. Ib.
32. Ib., p. 34.
33. Ib.
34. Ib., p. 35.
35. Ib., p. 37. -
285
LIÇÕES DE MESTRE
286
NOTAS
EPÍLOGO
287
POR MAIS DE 500 ANOS, A IGREJA EVANGÉLICA
TEVE ÓTIMOS PROFESSORES.
MAS AINDA TEM MUITO OUE APRENDER.
ISBN 85-7325-367-3